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Relatório do Filme Documentário O dia que durou 21 anos

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Prévia do material em texto

CURSO DE HISTÓRIA 
Carlos Augusto Souza
RA 8637726
RELATÓRIOS FILMES DOCUMENTÁRIOS
“32, A guerra Civil”
"35, O Assalto do Poder"
"O Dia que Durou 21 Anos"
"Um Sonho Intenso"
São Paulo
2019
�
Relatório do Filme Documentário
“32, A Guerra Civil”
O documentário "32, A Guerra Civil, do diretor Eduardo Scorel, de 1992, propõem discutir os acontecimentos pós revolução de 1930. Nesse enredo temos Getúlio Vargas com seu governo provisório, que começa a causar a inquietação de uma elite oligárquica cafeeira, que ainda não se acostumou com as perdas de beneficies e de prestígio.
Getúlio Vargas ao implantar os projetos da Revolução de 1930, encontra grupos diversos com conflitos de ideias e interesses. Por sua vez, São Paulo que teria perdido voz ativa, poder e visibilidade com essa nova ordem política nutria um desconforto, o que seria um dos estopins para as insurreições. 
O documentário nos mostra como São Paulo reagiu a essa nova situação, onde Getúlio Vargas, tinha como objetivo tirar os poderes dos barões do café, por conta das oligarquias que tanto prejudicou o desenvolvimento do país. Contudo o produto em si, o café, era muito bem recebido, e ficar sem ele não estaria nem seus planos econômicos.
O diretor tenta restaurar o pensamento da época, traz muitos historiadores e sociólogos de grande reputação, para desenhar essa atmosfera, que ainda hoje não é bem definida, principalmente no Estado de São Paulo. Um desses pontos tão complexos, é o verdadeiro motivo para esse movimento de 1932, onde muitos acham - E isso cai quase como um senso comum. Que o movimento foi de cunho separatista, ou seja de emancipação de São Paulo, do resto da federação.
Esse motivo já perde todo o seu pseudo argumento, pois com os relatos de estudiosos do caso, entendemos que, segundo o renomado historiador, José Murilo de Carvalho foi um guerra entre ideologias liberais X conservadoras. Onde nem de longe houve sugestão desse tipo de pauta.
O sociólogo Hernani Donato, também compartilha desse pensamento, e vai mais além, explica que essa confusão na verdade foi um estratégia de Getúlio Vargas, que ao replicar o movimento como separatista, ganharia o apoio da massa popular do país. Pois um movimento de caráter separatista, remeteria logo a atitudes não patrióticas, o que naquele momento seria traduzido como algo contra o bem estar de todo restante da nação. 
São Paulo queria voltar a ter um protagonismo, suas elites disseminava a todos a pujança desse estado, e como essa força era primordial para continuar a levar a nação nas costas, com uma "locomotiva que leva o Brasil avante" . Fica bem evidente no documentário que esse sim foi a razão desse movimento. 
E para isso foram lançados vários argumentos, entre eles um paranoico medo do comunismo. Um empresariado que não aceitava uma democracia social, rumo que o governo provisório estava mostrando uma certa inclinação.
Todavia também esse movimento, que no filme o diretor resolve chamar de guerra civil, não pode ser chamado de "revolução constitucionalista", pois a constituição já teria sido convocada por Getúlio Vargas. Como abordados nas nossas aulas de Brasil Contemporâneo, poderíamos ao invés de revolução, chamar de contrar-revolução. 
Concluímos que o movimento de 1932, foi bem articulado politicamente e teve um grande amparo nas elites, que por sua vez, teve a proeza de mobilizar também a classe dominada em um único bloco.
 Como relatado no filme, esse movimento é considerado uma "mini primeira guerra", em terras brasileiras, onde tivemos o uso de novas tecnologias, propaganda, fotografia, radio, etc. Incluindo até um nacionalismo bem parecido com o chauvinismo, que foi usado para inflamar a população.
O sonho de um Brasil novo, na verdade era mera especulação para o resurgimento de velhas práticas que as elites ainda insistiam em manter.
.
Relatório do Filme Documentário
“35, O Assalto ao Poder”
O documentário "35, A Guerra Civil, foi um filme idealizado pelo diretor Eduardo Scorel, 2002, o diretor também retratou o documentário 32, A Guerra Civil..
O tema central do documentário gira em torno dos levantes militares de Natal, Recife e Rio de Janeiro, em novembro de 1935, que por suas consequências, foi chamada pejorativamente pelo governo de "intentona comunista",
Essa maneira debochada de chamar esses levantes de "intentona", se dá muito pelo fato, de que essas revoltas, terem sido projetadas com um certo improviso e inexperiência. Na verdade, e isso é endossado no filme, o espírito de revolução que deveria ser mais abrangente, deu lugar mais a uma paixão dos movimentos anteriores (1922, 1924, 1930) feitos nos quartéis.
Natal, no Rio Grande do Norte, sem sobras de dúvidas foi das três cidades, a que mais chegou perto da adesão popular. Por conta da distribuição de dinheiro feita pelos revoltos, porém no campo da ideologia, também foi um fracasso.
Apesar de todo um esquema de comunicação, envio de dinheiro, e intercâmbios entre países comunistas e o Brasil, as ações não eram capazes de aglutinar um contingente para efetuar todas essas mudanças nas estruturas. A ansiedade também cegou a todos que participavam dessas ações, afinal um país tão grande como o Brasil e com um histórico de ser mais apaziguador do que revolucionário, demandaria mais tempo para chegar ao objetivo.
A Internacional Comunista, sempre desconfiou das noticias eufóricas vindas do Brasil, e nunca se deslumbrou com essa pseudo oportunidade, apenas deu apoio como faria para qualquer outros interessados, que apresentasse ter inclinações para sua ideologia. 
Porém analisando esse episódio dos planos revolucionários, entendemos que foi injusto, chamar o movimento de "intentona", pois os integrantes da insurreição, tinham sim motivos para os levantes e portava ideias concretas de ideologias socialistas, e portanto se mostravam descontentes com esse tipo de governo. "Tanto é que os brasileiros conseguiram convencer os comunista" a ajudá-los (Boris Fausto).
Mas o Grande vencedor foi Getúlio Vargas, e tudo que ele representava. Com a insurreição, Vargas pode desengavetar seus projetos ditatórios mais cruéis. O autoritarismo se apoiou na histeria generalizada, que a sociedade tinha sobre o comunismo. A repressão veio com leis de segurança nacional, capaz de fazer muitos países autoritários morreram de inveja com tamanha variedade de perdas de direitos individuais. 
A repressão, as formas de torturas e os assassinatos de rebeldes, vieram de formas desproporcionais. Se instituiu um estado de alerta, que deu argumentos para a implantação do Estado Novo. Ou seja os que muitos temiam, erroneamente acontecer se o comunismo vencesse, Vargas implantou com maior rigidez e uma astúcia que sempre lhe foi peculiar. 
Relatório do Filme Documentário
" O Dia que durou 21 Anos”
O documentário " O Dia que Durou 21 Anos" do diretor Camilo Tavares, Brasil 2012, explora os caminhos utilizados que culminaram na ditadura militar de 1964. Nos apresenta uma faceta muito pouco explicada do golpe, no que diz respeito a sua aceitação pela sociedade e como ela foi financiada.
Mas para entrar nessa atmosfera dos anos iniciais da década de 1960, temos que entender, os pensamento da época, uma nova era, com novas ideias para se liberar de costumes conservadores, desencadeou movimentos culturais muito significativos. 
O Capitalismo dito como "selvagem", que visa o lucro exagerado e tem o consumo como um projeto de bem estar social, recebe sua maior critica, vinda dos movimentos de contra cultura da Europa. A Alienação é combatida e uma revolução cultural, faz renascer questionamentos de liberdade.
E o documentário de um certo modo, começa retratando isso, mostra como os estadunidenses, querendo manter isolado qualquer aproximação com as revoluções cubanas e chinesa, e isso incluiqualquer movimento contrário ao conservadorismo, articula para que ideias tidas como socialistas, não cheguem a America Latina, mas especificamente o Brasil.
 Não era interessante para seus planos capitalistas, que ideias socialistas chegassem e comprometesse a ordem conservadora, isso poderia atrapalhar seus planos imperialista. O que aconteceu com Cuba, não poderia se repetir, caso o contrário poderia ter um movimento em escala nas Américas.
E portanto João Goulart era uma real ameaça, pois suas pautas governamentais e seu estilo democrático, que incluía dar voz a movimentos sociais, foi visto, ou melhor foi intitulado pejorativamente de comunista.
Os estadunidenses usaram e abusaram de estratégias para inflar a elite , e colocar na ordem do dia, uma verdadeira caça a um comunismo que só existia na vertigem enlouquecida de uma sociedade histérica, que foi iludida por propagandas de medo, foram muito bem produzidas pelo IPE - Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais.
A intervenção estadunidense em assuntos domésticos, promoveu um imperialismo cruel, de dominação velada. E essas ações coloca em choque as liberdades de uma nação, e com isso restringe o poder de escolher qual caminho deve seguir.
O Golpe Militar de !964, como vimos nas aulas de Brasil Contemporâneo foi planejado, ou melhor, foi desenvolvido desde 1961, quando os militares muito fizeram para que João Goulart não assumisse seu mandato de presidente. Desde então os Estados Unidos intensificaram sua atuação para desmontar essa estrutura de governo e inseriram no imaginário de uma sociedade histérica, uma figura próxima de um "salvador" da pátria, que regataria valores conservadores e faria a limpeza das estruturas do governo Goulart, que era taxado pejorativamente de comunista.
Com esses argumentos se instaurou a ditadura militar no Brasil, que em nenhum momento pode ser revisionada como uma "ditabranda". Os atos Institucionais, tiravam direitos da população, caçavam políticos, fechavam casas legislativas e implantavam a tortura como forma de repressão aos que insistiam em questionar tais afrontas. 
O filme mostra esse lado do imperialismo estadunidense, que ocorrerá aqui no Brasil. Um intervenção tão potente na nossa política, que machucou e deixou feriadas abertas de dor, vergonha e humilhação. Afinal perdemos nossa autonomia, nossa capacidade de caminhar para um desenvolvimento social mais justo, por conta de caprichos imperialistas 
Por fim, entendemos que um governos extremista e autoritário, junto com forças de uma elite egocêntrica e uma mídia manipuladora, pode tirar nossas liberdades, e ferir de maneira profunda nossa democracia. Que no caso, de tempos em tempos é testada, como os mesmo argumentos de histeria coletiva da sociedade. 
Relatório do Filme Documentário
" Um Sonho Intenso”
O documentário "Um Sonho Intenso" de José Mariani -2013, se propõem a nos mostrar um panorama geral de como nossas políticas econômicas e sociais caminharam desde a queda da primeira república até o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. 
Os rumos que tomaram a sociedade no que diz respeito a sua formação, passa por projetos políticos, que foram muito acanhados no que diz respeito a formação de uma sociedade mais justa. Ou melhor, o projeto dos nossos nobres dirigentes, nunca se revestiu verdadeiramente na busca de inclusão da população pobre. Pelo contrário, havia um barreira encabeçada pelas elites, para temas de inclusão. Sempre deixando essa sociedade marginalizada, em um sonho, que continha esperanças, porém só ficara no campo da retórica, sem o comprometimento efetivo desejado. Parafraseando o título do filme, a sociedade vivia um sonho intenso.
Mas há uma ruptura do que até então era considerado uma república oligárquica. E nesse cenário Getúlio Vargas é o protagonista, o que vira a chave e faz com que o sonho de ver um plano de governo social, pudesse em fim tomar corpo. 
Com Vargas e os militares, o Brasil desenha um patamar de políticas que continham um cunho social. Digamos que havia um binômio desenvolvimento industrial X desenvolvimento social. Um vez que a industrialização pesada da química, eletricidade, aço e petróleo, foi capaz de rearranjar o tecido social. O trabalhismo para os pobres e o desenvolvimento lucrativo para as elites.
Essa elite brasileira, sempre se mostrou meio arredia com a inclusão do populacho. Sua atitude era total reticente para políticas de emancipação onde a dignidade para os pobres pudessem ser elevadas. Na verdade o filme, na visão do diretor, mostra que, essa elite tinha medo das massas populares, e assim deveriam manter um controle, mesmo que isso levasse os pobres terem condições de vida bem lastimáveis.
Com uma sucessão de governos que se curvaram as elites, como Juscelino Kubitschek até o autoritarismo dos militares, pouco se fez verdadeiramente para a classe trabalhadora e pobre. As políticas sociais são camufladas, a perda de direitos se torna desumana, a nossa vergonha, com a supressão de diretos políticos, cíveis e sociais, esta estampada para o mundo.
Porém depois de Fernando Collor de Mello, a sociedade entra em crise, se o fim da ditadura era o fim dos problemas, a democracia não foi feliz com seu primeiro presidente eleito por voto direto.
Um novo cenário de esperança se dá com Fernando Henrique Cardoso, que muito longe de fazer um governo inclusivo, consegue enfim dar um alento para essa sociedade. Mesmo com seu neoliberalismo entreguista, começaremos a ser vistos com grande produtores de comida, empresas estrangeiras com novo fôlego, começam a vir para o Brasil e o povo caminha para diminuição da pobreza.
O Filme nos apresenta o governo de Luís Inácio Lula da Silva, que soube ministrar bem os bons ventos da economia, deixado por Fernando Henrique e incluiu um projeto de inserção das massas populares. 
Com sua política de reajustes do salário mínimo, o pobre pode ter ganhos reais, foi inserido e começou a realizar o sonho de possibilidades, como estudar, andar de avião, comer bem, ter visibilidade e consolidar direitos sociais.
Dois momentos são interessantes e que me marcaram muito nesse documentário, na verdade são duas citações. Uma de Getúlio Vargas, que ainda sobre seu governo, teria dito que " um dia um representante do povo subiria ao poder executivo. O que me fez analisar seu governo e entender como suas políticas, foram o inicio de um caminho, que nos levaria a não ser " uma caricatura dos estadunidenses". Citação essa, que seria a segunda fala que mencionei, feita pelo economista da Unicamp, João Manuel Cardoso de Melo.
Ou seja, nos faltou coragem para romper com uma elite que não quer o desenvolvimento sociais igualitário, que é paranoica com questões de ordem e insistem no fantasma do comunismo. O nosso caminho para um sociedade humanista, ainda está num sonho intenso.

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