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Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS 1.CLASSIFICAÇÃO DOS PORTOS 7 diferentes métodos de classificação de Portos; IPEA; UNCTAD; Auto Diagnóstico; Avaliação da Competitividade; Avaliação da Eficiência; Avaliação das Zonas Portuárias Método das Classes de Portos Organizados. Método IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Classificou 34 Portos brasileiros: Objetivo: Identificar possíveis gargalos logísticos de escoamento de produtos de exportação, com base no crescimento do comércio internacional brasileiro. Critérios: Critérios: Porte Pequeno >> até US$ 500 milhões movimentação ano; Médio >> entre US$ 500 milhões e US$ 5 bilhões movimentação ano; Grande >> acima de US$ 5 bilhões movimentação ano. Critérios: área e influência (Hinterlândia) Área de Intersecção entre a participação de cada porto no comércio internacional da Unidade Federal caso os valores movimentados por ela forem superiores a US$ 100 Milhões ao ano. Critérios: Participação no PIB Produtos de exportação e importação através da Tarifa Externa Comum (TEC) e a participação do valor do comércio externo de cada porto no PIB. Critérios: Pontuação Porte = Grande (3 pontos) médio (2 pontos) e Pequeno (1 ponto) Hinterlândia = 1 ponto cada estado Participação no PIB = 10 x a porcentagem Setores de Atividade = cada setor 1 ponto Valor movimentado = 1 ponto por Bilhão Valor Agregado = Média dos valores dos produtos transportados (US$/t) /100 Método UNCTAD United Nations Conference Trade and Development (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) Dividiu em primeira, segunda, terceira e quarta geração. Critérios: Primeira Geração: Cargas: Geral e Granel; Desenvolvimento: antes anos 60; Atividades: Carga, Descarga, Armazenagem e Serviços de navegação; Organização: Atividades independentes dentro dos portos; Produção de Serviço: Cargas de baixo valor agregado; Segunda Geração: Cargas: Geral e Granel; Desenvolvimento: Entre anos 60 e 80; Atividades: 1ª Geração e Serviços comerciais e industriais voltados aos navios; Organização: Relação próxima entre porto e Usuário; Produção de Serviço: Fluxo caixa e valor agregado médio; Terceira Geração: Cargas: Conteinerizadas e Granel; Desenvolvimento: Após anos 80; Atividades: 1ª e 2ª Geração, distribuição de informação e centro de logística; Organização: Comunidade portuária integrada; Produção de Serviço: Fluxo, distribuição de cargas e serviços múltiplos; Quarta Geração: Cargas: Conteinerizadas e Granel Desenvolvimento: Após anos 80 Atividades: 1ª, 2ª e 3ª Geração, Zonas de processamento industrial e rede de negócios. Organização: Integração do Porto com a Rede de comércio e transporte Produção de Serviço: Serviços de valor agregado Método Auto Diagnóstico Avaliar o desempenho da gestão ambiental. Avaliados em 60 portos marítimos Baseado na ISO 14001 e primeiro passo para a implementação de um sistema de gestão ambiental portuário. Critérios: Critérios: Perfil do porto Estatuto jurídico e Operações: estabelece a posição jurídica do porto e cada atividade realizada; Localização do portos e zona portuária: descreve as atividades físicas dos portos, a utilização do espaço em terra e as características costeiras; Negócio do porto: quantitativa da tonelagem número de conteiners por ano e número de passageiros; Atividades comerciais e movimentação de Cargas: checklist de atividades comerciais e de movimentação de carga; Cargas: Lista-se os tipos de cargas. Critérios: Gestão Ambiental e Procedimentos Política Ambiental: existência de uma política e os temas incluídos nela, regulamentos ambientais e atividades portuárias, objetivos e metas, recursos e orçamentos; Organização e gestão pessoal: analisa-se a responsabilidade da gestão ambiental e representante do porto; Formação ambiental: formação e conscientização dos funcionários; Comunicação: Análise das formas de comunicação interna e externa sobre as questões ambientais Gestão operacional: programas de gestão, padrões de procedimentos e existência de aplicação de um manual de Gestão ambiental. Planejamento e emergência: Análise de planos de emergência e incidentes Monitoramento, Revisões e auditorias. Método Avaliação da Competitividade Utilizado inicialmente no Nordeste da Ásia Posteriormente foi classificado para demais portos Inicialmente foram identificados inúmeros fatores que influenciam a competitividade portuária, mas foram simplificados para 38 fatores e posteriormente para 7 fatores. Critérios: Porto de serviço: Ligado ao aumento da qualidade do serviço prestado no porto; Hinterland interior: Inclui profissionais e mão de obra qualificada em operações portuárias, tamanho e atividade de Zona de Livre Comércio (ZLC); Disponibilidade: Disponibilidade de uma vaga à chegada no porto, e congestionamento do mesmo; Conveniência: Profundidade da água nos canais de aproximação e em cais, sofisticação de informações e estabilidade do trabalho no porto. Custo Logístico: quanto menor o custo maior é o nível de competitividade. Inclui custos de transporte terrestre, relacionados aos navios e as cargas que entram no porto e o tempo que ficam nele. Centro Regional: inclui aspectos geográficos com desvio de rotas tronco principal e acessibilidade; Conectividade: quanto maior a conectividade, maior é a competitividade. Inclui distância de terra e conectividade para os carregadores grandes e um transporte terrestre eficiente. Método Avaliação da Eficiência Também teve seu início na Ásia; Avaliar a eficiência operacional e eficiência das metas de escala; Utilizado o conceito de tamanho de escala mais produtivo, ganhos de escala, abordagem e método bootstrap (análise estatística); Classificados através da entrada e saída de contêineres nos portos. Critérios de Saída: Número total de containers Carregados e Descarregados. Critérios de Entrada: Área do terminal: é verificada a área total do terminal a vim de avaliar os espaços disponíveis para alocar os containers; Recipiente para Guindastes pórticos: local para manter os guindastes que serão utilizados na retirada dos containers; Berços para containers: Local de armazenagem dos containers; Comprimento do Terminal: Largura/abrangência do terminal. Método Avaliação das Zonas Portuárias É dividido em duas metodologias de classificação das hinterlands: Atual e Potencial; As hinterlands são classificadas: por movimentação (primária, secundária e marginal); por aspecto geográfico (imediata influência, de dois ou mais portos no mesmo país, e de portos de um ou mais países); por aspectos físicos, logísticos e econômicos. Método de Classes dos Portos Organizados É um método brasileiro que classifica os portos em 1ª, 2ª e 3ª classe, com base em seis critérios: Infraestrutura: análise da área do porto, movimentação, intermodalidade, disponibilidade para receber navios, profundidade do canal de acesso e equipamentos do porto. Atividade Econômica: funções desempenhadas nosportos Carga: Tipo de cargas: Conteinerizadas, geral, granel sólidos e granel líquidos. Serviços: estatísticas relativas aos embarcadores, ao armador do navio, aos passageiros, aos cruzeiros marítimos e à cabotagem Qualidade gestão ambiental: utilizados índices resultantes de pesquisas/ensaios anteriores (IQGAPO) Comunicação e informação: sistema de integração de dados ou “porto sem papel”. Critério de classificação: Infraestrutura: Área: 1ª Classe (Área de Uso > 75%) (Área utilizada/ Área Terrestre); 2ª Classe (entre 50 e 75%) e 3ª Classe (Abaixo de 50%) Movimentação: 1ª Classe (50 milhões de toneladas); 2ª Classe (entre 10 e 50 milhões) e 3ª Classe (Abaixo de 10 milhões) Intermodalidade: Combinar diferentes modos de transportes 1ª Classe (4 modos distintos: férreo, rodoviário, hidroviário, dutoviário, aéreo) 2ª Classe (3 modos) e 3ª Classe (um ou dois modos) Disponibilidade de berços: 1ª Classe (Berço maior que 400m); 2ª Classe (Berço entre 250 e 400m) e 3ª Classe (Abaixo de 250m) Profundidade do Canal: 1ª Classe (igual ou superior a 15,5m); 2ª Classe (entre 12,5 e 15,5m) e 3ª Classe (Abaixo de 12,5) Equipamentos: 1ª Classe (equipamentos de última geração e automatizados); 2ª Classe (equipamentos apenas para determinados tipos de operações) e 3ª Classe (equipamentos antigos e obsoletos) Critério de classificação: Infraestrutura: 1ª Classe > todos 6 atributos na primeira classe 2ª Classe > 6 atributos na primeira e segunda classe 3ª Classe > Menos de 6 atributos na 2ª classe Critério de classificação: Atividade Econômica: 3ª Classe > Acesso marítimo, transferência de mercadoria, armazenagem e entrega ao navio 2ª Classe > Atividades comerciais e centro de serviços portuários 1ª Classe >Atividades industriais, Redes de negócios, Centro de logística e Hubs Center (transbordo de navios transoceânicos para navios menores) Critério de classificação: Cargas 1ª Classe > Três tipos de cargas: Conteinerizadas, Geral, a Granel. 2ª Classe > Dois tipos de cargas 3ª Classe Um tipo de Carga Critério de classificação: Serviços 3ª Classe > Serviços Públicos (Receita federal, Policia Federal, ANVISA), ao embarcador e ao armador do navio; 2ª Classe > Serviços de passageiros e cabotagem. 1ª Classe > Serviços logísticos. Critério de classificação: Qualidade Ambiental 1ª Classe > ter IQGAPO entre 80 e 100 pontos 2ª Classe > ter IQGAPO entre 50 e 79 pontos 3ª Classe > ter IQGAPO entre 0 e 49 pontos Critério de classificação: Comunicação e informação 1ª Classe > ter sistema integrado de dados ou projeto “porto sem papel” já implantado e em funcionamento; 2ª Classe > ter sistema de dados sem estar totalmente integrado e projeto “porto sem papel” em implantação 3ª Classe > controle em sua maioria manual e não ter projeto “porto sem papel” Critério de classificação: Geral 1ª Classe > ter os seis critérios na 1ª Classe 2ª Classe > ter os seis critérios na 1ª ou na 2ª Classe 3ª Classe > ter menos de seis critérios na soma dos critérios da 1ª e da 2ª classe
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