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3.6 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Tema muito diversificado na DOUTRINA. Critérios mais comuns: 3.6.1 Quanto aos destinatários Se classificam em GERAIS(se dirigem a uma generalidade de pessoas em mesma situação) e INDIVIDUAIS (destinatários ou casos específicos – tombamento, demissão, autorização). Quanto à formação da vontade; SIMPLES(declaração de vontade de um único órgão – colegiado ou singular) COMPLEXOS(conjugação da vontade de mais de um órgão que se fundem para formar um único ato) – ex: a lei (art. 66 CF/88 Legislativo + Executivo) nomeação desembargadores (93, III CF – órgão especial + executivo) nomeação de Ministros STF e STJ (Senado e Presidencia) ; COMPOSTOS(a vontade de um órgão é instrumental em relação à vontade de outro – 2 vontades distintas 3.6.2 Quanto à capacidade de produção de efeitos jurídicos; PERFEITOS (quando já estão em condições de produzir efeitos – completaram todas as etapas do ciclo de formação); IMPERFEITOS (não completaram o ciclo – ex: falta homologação, aprovação); PENDENTES(sujeitos à condição ou termo); CONSUMADOS (já exauriram seus efeitos) 3.7 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS HELY LOPES MEIRELLES 3.7.1 NEGOCIAIS; - Envolvem DECLARAÇÃO DE VONTADE do Poder Público coincidente com a pretensão do particular para CONCRETIZAÇÃO de negócios jurídicos públicos ou ATRIBUIÇÃO de certos DIREITOS A PARTICULAR (licença, autorização, permissão, aprovação, homologação); - não há imperatividade. 3.7.2 NORMATIVOS; - determinações de caráter GERAL para ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA (decretos, regimentos, resoluções, portarias de conteúdo geral). 3.7.3 ENUNCIATIVOS; - atestam uma situação existente; - são atos adm apenas EM SENTIDO FORMAL (atos da Administração) – atestados, certidões, pareceres e votos. 3.7.4 ORDINATÓRIOS; - atos que ORIENTAM A ATIVIDADE administrativa interna; - dirigem os servidores no exercício das atribuições (circulares, ordem interna, portarias, avisos, despachos, ordens de serviço, portarias de nomeação, etc). 3.7.5 PUNITIVOS. - são os que contém uma SANÇÃO imposta pela ADMINISTRAÇÃO aos SERVIDORES e PARTICULARES que se submetem à disciplina adm (ex: multa adm, tributária, punição disciplinar, multa trânsito, multa contratual, etc). 3.8 PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA - atoPERFEITO quando completa seu CICLO DE FORMAÇÃO e contém todos os seus ELEMENTOS ESSENCIAIS (imperfeito ou inexistente é o ato que ainda não completou o CICLO e não ESGOTOU AS FASES para produção de seus efeitos jurídicos). - Pode ocorrer de o ato ser PERFEITO mas NÃO VÁLIDO (não preenche todas as exigências legais) – ex: PRESIDENTE NOMEIA MINISTRO STF SEM OUVIR SENADO; - EFICAZ é o ato que se encontra em estado atual de produtividade de seus efeitos (sem condição SUSPENSIVA OU TERMO. “EFICÁCIA É A APTIDÃO DO ATO DE PRODUZIR EFEITOS JURÍDICOS TÍPICOS (PRÓPRIOS) NUM CASO CONCRETO” MARIA SYLVIA – Ato PERFEITO: obedeceu as etapas de formação; VALIDADE: conformidade do ato com a LEI. ATO COM VÍCIO DE NULIDADE pode produzir efeitos até que seja declarada formalmente a sua nulidade pela pp ADMINISTRAÇÃO ou pelo JUDICIÁRIO, mediante provocação do interessado ou de ofício. 4. ELEMENTOS E REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ELEMENTOS – estáticos REQUISITOS DE VALIDADE – dinâmicos Conteúdo deve ser lícito, possível e determinado com forma exigida em LEI. 4.1ELEMENTOS 4.1.1 SUJEITO – agente capaz com competência para praticar o ato. A quem a lei (ou o Decreto em art. 84, VI CF/88) atribui a prática do ato. Competência – conjunto de atribuições da Adm Pública e seus agentes fixadas na Lei. Art. 11 Lei 9784/99 (LPA) – competência irrenunciável (princípio da indisponibilidade) SALVO casos de delegação e avocação. Delegação – características Parcialidade (vedada transferência total); Motivação (objeto e objetivos); Publicidade; Limitação; Precariedade (duração estabelecida por tempo ou alcance dos objetivos); Revogabilidade. NÃO podem ser objeto de delegação: a) atos de caráter normativo; b) decisão de recursos administrativos; c) matérias de competência exclusiva. Avocação – características Excepcional; Temporária (precária); Motivação relevante e justificada. 4.1.2 OBJETO (conteúdo) Deve ser lícito, moral, possível e determinável. Ex: remoção (transferir servidor de uma localidade para outra). Alteração no mundo jurídico que o ato se propõe a processar. 4.1.3 FORMA Modo de exteriorização (escrito, verbal, sinal, decreto, portaria, etc) e observância das formalidades exigidas em Lei. Regral Geral – atos escritos. Se a lei exigir forma, deve ser respeitada. Ex: contratos. 4.1.4 MOTIVO Pressuposto de FATO e de DIREITO que autoriza a Administração a praticar o ato adm. Motivação é a EXPLICITAÇÃO dos motivos. A motivação é discurso destinado a justificar a edição do ato e está ligado a FORMA. 4.1.5 FINALIDADE Objetivo (fim) que a Adm Pública quer alcançar com o ato. 02 sentidos: a) finalidade “lato sensu” – interesse público; b) finalidade “stricto sensu” – explícita extraída da lei para o ato específico. CELSO ANTÔNIO – outra perspectiva: Pressuposto subjetivo – SUJEITO; Pressupostos objetivos – MOTIVO + REQUISITOS PROCEDIMENTAIS Pressuposto teleológico – FINALIDADE; Pressuposto lógico – CAUSA; Pressuposto formalístico – FORMALIZAÇÃO. 4.2 VÍCIOS DOS ATOS ADM. É defeito nos seus elementos que permite a INVALIDAÇÃO do ato. Provocam a ANULAÇÃO ou NULIDADE a depender do caso concreto. 4.2.1 Vício de sujeito ou competência: a) Incapacidade – São as mesmas estabelecidas pela lei civil – normalmente são posteriores (sanidade mental) – Teoria do órgão – Se administrado vai de boa-fé e preencher os requisitos objetivos para garantir aquilo que o levou a procurar o Estado, não precisará ter o ato anulado (SÓ P ATOS VINCULADOS). Se o ATO FOR DISCRICIONÁRIO NÃO PQ O AGENTE NÃO TINHA JUÍZO PARA PONDERAR A CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DO ATO. FUNCIONÁRIO DE FATO – aquele que exerce cargo sem investidura legal – Mesmo resultado para o administrado de boa-fé. (ex: funcionário que não possui formação universitária exigida para preenchimento daquele cargo ou vencimento do prazo para contratação) Características: (i) aparência de regularidade; (ii) boa-fé por parte do administrado; (iii) conformidade com o direito. NÃO CONFUNDIR COM A HIPÓTESE DO USURPADOR DE FUNÇÃO PÚBLICA (art. 328 CP). Ato praticado por usurpador que não tem qualquer relação com a investidura É INEXISTENTE. b) incompetência – prática de atos previstos na lei mas se excedendo nos meios empregados (excesso de poder). Alguns autores também tratam o desvio de finalidade como exemplo dodesbordar os limites da competência quanto ao conteúdo do ato (desvio de finalidade). 4.2.2 Vício de objeto: Ilegalidade do objeto. O resultado do ato importa em violação da lei. O efeito jurídico ou o resultado produzido pela prática do ato é ilegal. Objeto deve ser LÍCITO, POSSÍVELE DETERMINADO OU DETERMINÁVEL. Não se admite também atos cujo objeto seja IMORAL. 4.2.3 Vício de forma: Consiste na omissão (ausência de forma) ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência do ato. Art. 22 da Lei 9784/99 (LPA) “Atos do processo adm não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente exigir” Processo administrativo – FORMALISMO MODERADO/MITIGADO (exceções: ex: licitação – art. 4 par único da lei 8666 – ato adm FORMAL). Somente a formalidade essencial (prevista na lei) causa a nulidade absoluta do ato, podendo haver CONVALIDAÇÃO DO VÍCIO DE FORMA se esta não afetar a garantia do administrado. 4.2.4 Vício de motivo: Motivo – deve possuir expressão objetiva nos fatos e correspondência na lei (diferente de MÓVEL que está ligado à expressão da vontade subjetiva do agente) 02 ponderações: a) ocorrênciado fato; (vício – INEXISTÊNCIA do fato) b) descrição do fato pela lei. (vício – INADEQUAÇÃOdo fato com a lei ou FALSIDADE do motivo). CONTROLE DOS MOTIVOS – (i) Se relaciona com o Princípio da Legalidade. Importada da doutrina francesa: “TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES”. (Gaston Jezé) No BRASIL: A VALIDADE DE UM ATO ADM MOTIVADO DEPENDE DA EXISTÊNCIA OU VERACIDADE DOS MOTIVOS DE FATO ALEGADOS. Ex: se a Adm Pub demite funcionário comissionado alegando dificuldade financeira e logo em seguida nomeia outro – VÍCIO DE MOTIVO – NULIDADE. EXCEÇÃO: DESAPROPRIAÇÃO por utilidade pública (Pode utilizar o bem para fim DIVERSO DESDE QUE JUSTIFIQUE A MUDANÇA) (ii)teoria dos conceitos jurídicos indeterminados – conceitos vagos, imprecisos, fluidos – maior grau de subjetividade para o administrador (exemplos: boa-fé, relevância e urgência, interesse público, reputação ilibada). Ex: caso de ex-deputado de Rondônia nomeado pordecreto para Conselheiro do TCE (Judiciário declarou nula pq o sujeito não tinha reputação ilibada e idoneidade moral – crimes contra ordem tributária, peculato, estelionato, constrangimento ilegal, desacato, lesões corporais). Governador havia recusado a indicação feita pela Assembleia legislativa. Vice-Governadora aceitou e nomeou em decreto sem motivo. 4.2.5 Vício de finalidade: - DESVIO DE PODER ou DESVIO DE FINALIDADE (art. 2º LAP 4717/65 – “se verifica quando o agente pratica o ato VISANDO FIM DIVERSO daquele previsto, EXPLÍCITA OU IMPLICITAMENTE, na regra de competência’). Ex: decreto expropriatório de inimigo político; punição disciplinar por questões pessoais, prática de ato p favorecer terceiros (MP dos PORTOS). OCORRE quando DISTORCE a finalidade LEGAL ou SE AFASTA da finalidade pública. LEADING CASE JUSTIÇA BRASILEIRA – TJ/RN – RELATOR SEABRA FAGUNDES – horários de tráfego de transporte coletivo entre a Capital ecidades do interior fixados para favorecer EMPRESA (Ap. Cível 1.411, Rel Des Seabra Fagundes – 1948) – semente da LAP 4717/65). - ATOS FORMALMENTE LEGAIS, EMANDOS POR AUTORIDADE COMPETENTE, MOTIVOS APARENTEMENTE VERDADEIROS e OBJETOS LÍCITOS, mas OS FINS QUE JUSTIFICAM A OUTORGA DE COMPETÊNCIA SE AFASTAM DO Q PREVISTO NA LEI (ESPECIALMENTE COMPETÊNCIA DISCRICIONÁRIA. - GRANDE PROBLEMA – DIFICULDADE PROBATÓRIA Indícios contradição com atos posteriores(ex: exonera servidor por falta de verba p. contratar logo depois; Contradição com atos anteriores (ex: funcionário sempre elogiado e demitido a bem do serviço público logo na sequência); Motivação excessiva (muitos motivos – exemplo de desapropriação em salvador – embelezar a cidade e instalar escola-parque); Motivação contraditória (falta de nexo lógico entre as premissas e o ato); Motivação insuficiente; Alteração dos fatos (adulteração, deformação ou ausência de justificação com fatos reais). - ATOS FORMALMENTE LEGAIS, EMANDOS POR AUTORIDADE COMPETENTE, MOTIVOS APARENTEMENTE VERDADEIROS e OBJETOS LÍCITOS, mas OS FINS QUE JUSTIFICAM A OUTORGA DE COMPETÊNCIA SE AFASTAM DO Q PREVISTO NA LEI (ESPECIALMENTE COMPETÊNCIA DISCRICIONÁRIA. ELEMENTOS REQUISITOS VALIDADE VÍCIOS SUJEITO CAPAZ E COMPETENTE 1.FUNCIONÁRIO DE FATO 2.USURPADOR DE FUNÇÃO 3. EXCESSO DE PODER OBJETO LÍCITO, POSSÍVEL, DETERMINÁVEL E MORAL VÍCIO DE CONTEÚDO OU EFEITO E IMORALIDADE FORMA SE EXIGIDA EM LEI: OBRIGATÓRIA INOBSERVÂNCIA COMPLETA OU PARCIAL DE FORMALIDADES LEGAIS MOTIVO EXISTÊNCIA E ADEQUAÇÃO INEXISTÊNCIA OU INADEQUAÇÃO FINALIDADE PREVISTA EM LEI E DE INTERESSE PÚBLICO DESVIO DE PODER 5 DISCRICIONARIEDADE E OS ELEMENTOS DO ATO ADM CONVENIÊNCIA e OPORTUNIDADE – PRERROGATIVA da ADM PÚBLICA de optar por 2 OU MAIS SOLUÇÕES previstas na lei. NÃO REPRESENTA LIBERDADE TOTAL HELY LOPES – sempre um mínimo legal (1. Competência; 2. Forma; 3. Finalidade). O ATO NÃO É TOTALMENTE DISCRICIONÁRIO. DISCRICIONARIEDADE – VALORAÇÃO DOS MOTIVOS E SELECIONAR O OBJETO DO ATO QUANDO A LEI LHE PERMITE DECIDIR SOBRE A CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DO ATO NÃO EXCLUIAPRECIAÇÃO DO JUDICIÁRIO ( ART. 5º, XXXV CF) – CONTROLE LIMITADO (SELF-RESTRAINT) ELEMENTOS DISCRICIONARIEDADE COMPETÊNCIA NÃO. PREVISÃO NA LEI OBJETO SIM. DEPENDE CASO CONCRETO FORMA NÃO. SE LEI EXIGIR DEVE OBSERVAR MOTIVO SIM. DEPENDE CONCEITO JURÍDICO E CASO CONCRETO FINALIDADE NÃO. REGRA – A LEI DETERMINA - PÚBLICA 6 - TEORIA DAS INVALIDADES NO ATO ADM – NULIDADE E ANULABILIDADE Teoria das invalidades no direito privado 6.1 NULIDADE – alegada por qualquer interessado; MP ou ofício juiz não sendo possível supri-la, ainda que requerido pelas partes (art. 168 CC) e pode ser reconhecida a qualquer tempo – INTERESSE PÚBLICO SUPERIOR 6.2 ANULABILIDADE (nulidade relativa) – somente os interessados alegam (art. 177 CC) – INTERESSE PARTICULAR DIREITO ADM – APLICÁVEL? 4 POSIÇÕES OSWALDO ARANHA – DISTINÇÃO ENTRE ATOS NULOS E ANULÁVEIS; (MAJORITÁRIA) Doutrina majoritária – GRAUS DO VÍCIO – CRITÉRIO DE DISTINÇÃO – POSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ANULÁVEIS. NULIDADE –VÍCIO GRAVE – NÃO ADMITE CONVALIDAÇÃO ANULABILIDADE – VÍCIO MENOR – CABE SANEAR – CONVALIDAÇÃO – PRODUZ EFEITOS QUE MERECEM PRESERVAÇÃO. 6.3 ATOS INEXISTENTES – SÃO TÃO GRAVES QUE JAMAIS PRESCREVEM E NÃO PODEM SER OBJETO DE CONVERSÃO e CONVALIDAÇÃO – ATOS ABSOLUTAMENTE INSANÁVEIS 6.4 CONVALIDAÇÃO DO ATOtécnica da Adm Pública para suprir o vício COM EFEITOS RETROATIVOS À DATA em que foi praticado, a fim de que possa CONTINUAR a produzir efeitos. LIMITES DA CONVALIDAÇÃO – TEMA POLÊMICO – O que seria aproveitável de um ato IRREGULAR, no qual COLIDEM ILEGALIDADE e NECESSIDADE DE ESTABILIZAR RELAÇÃO JURÍDICA? Súmula 473 STF e art. 53 da LEI 9784/99 – A ADM DEVE anular seus próprios atos, quando eivados de vício de ilegalidade. Críticos do DEVER DE INVALIDAR – WEIDA ZANCANER e CELSO A.B MELLO (falam em DEVER DE CONVALIDAR) EDMIR NETTO ARAÚJO E IRENE PATRÍCIA– NÃO HÁ DEVER DE CONVALIDAR ATO ANULÁVEL MAS EXISTE DEVER DE RECOMPOR A LEGALIDADE FERIDA – NO CASO DE ANULABILIDADE – DISCRICIONARIEDADE PARA PONDERAR ENTRE A INVALIDAÇÃO E A CONVALIDAÇÃO. Requisitos para CONVALIDAÇÃO: Ausência de prejuízo ao INTERESSE PÚBLICO; Ausência de prejuízo a TERCEIROS; Presença de DEFEITOS SANÁVEIS, excluindo-se as nulidades. POSSIBILIDADE DE: CONVALIDAÇÃO OBSERVAÇÕES SUJEITO SIM Desde que não seja compet exclusiva ou em razão da matéria. OBJETO NÃO É possível CONVERSÃO FORMA SIM Desde que não seja ESSENCIAL à validade do ato MOTIVO NÃO FINALIDADE NÃO 6.5 CONVERSÃO – Utilizada para transformar um ato INVÁLIDO em ato de outra categoria, COM EFEITOS RETROATIVOS ÀDATA DO ATO ORIGINAL, para aproveitar os efeitos já produzidos. Ex: concessão sem licitação – converto em permissão precária se o caso não demandar licitação – objetivo – IMPRIMIR VALIDADE AO ATO JÁ PRATICADO. 6.6 EXTINÇÃO Formas de extinção: Cumprimento de seus efeitos a.1 esgotamento conteúdo jurídico (ex: férias servidor); a.2 execução material (ex: ordem de demolição de um imóvel); a.3 implemento de condição resolutiva ou termo final (ex: esgotamento prazo autorização realização evento); Desaparecimento ou perda do sujeito ou objeto da relação jurídica Ex: morte do funcionário (sujeito); tomada pelo mar de terreno de marinha dado em aforamento extingue a enfiteuse (objeto); Retirada do ato – prática de ato que extingue o anterior (revogação, anulação, cassação, caducidade, etc...) Renúncia do ato– rejeição pelo beneficiário da situação jurídica que lhe é favorável (ex: renúncia de cargo, de título concedido). 6.7 ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO SÚMULAS 473 e 346 STF – Adm. Pode REVOGAR seus atos 346 - administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 473 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivadosde vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Determinações REPETIDAS pelo art. 53 da Lei 9784/99 6.7.1 REVOGAÇÃO – SEMPRE DE OFÍCIO LIMITES Atos que a lei declare irrevogáveis; Atos já exauridos ou que determinam provid. Material já executada; Atos vinculados por não haver juízo de conveniência e oportunidade; Meros atos como atestados, certidões ou votos; Atos que precluem com o advento de ato sucessivo; Atos complexos que demandam concurso de diferentes órgãos para formação; Atos que geram direitos adquiridos – Súmula 473 STF. 6.7.2 ANULAÇÃO – DE OFÍCIO OU CONTROLE JUDICIAL – PROVOCAÇÃO E RESTRITO AO ASPECTO DA LEGALIDADE. LIMITES ASPECTO TEMPORAL – FEDERAL – 05 ANOS – ART. 54 DA LEI 9784/99 (DECADÊNCIA), salvo se houver comprovada má-fé do DESTINATÁRIO BENEFICIADO. Outros limites ao poder de anular: a) ato deve ser ampliativo da esfera jurídica do particular; b) destinatário do ato anulado deve ESTAR DE BOA-FÉ. EC 45/04 (REFORMA JUDICIÁRIO ) – ART. 103-A – POSSIBILIDADE DE O JUDICIÁRIO ANULAR ATO ADM QUE CONTRARIA OU APLICA INDEVIDAMENTE CONTEÚDO DE SÚMULA VINCULANTE EM RELAÇÃO À ADM PÚBLICA DIRETA E INDIRETA (Federal, Estadual e Municipal) e demais órgãos do Judiciário. LEI 11417.06 – ART. 7 – ESGOTAMENTO DAS VIAS ADMINISTRATIVAS – CONDIÇÃO DE ADMISSIBILIDADE DA ANULAÇÃO PELO STF. ANULAÇÃO REVOGAÇÃO FUNDAMENTO ILEGALIDADE CONVENIÊNCIA/OPORTUNIDADE SUJEITO ADM PÚBLICA E PODER JUDICIÁRIO SÓ ADM PÚBLICA EFEITOS REGRA: EX TUNC EX NUNC � PAGE \* MERGEFORMAT �7�
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