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Resenha crítica - Desenvolvimento humano nas perspectivas de Piaget e Vygotsky

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Resenha crítica do artigo: Desenvolvimento humano nas perspectivas de Piaget e Vygotsky
	O presente artigo evidencia de modo bastante claro, conciso e objetivo as teorias relativas ao desenvolvimento humano, conforme os preceitos e obras das duas maiores autoridades quando o assunto é desenvolvimento humano; Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky.
	Fazendo um breve retrospecto acerca de Jean Piaget, convém mencionar que ele nasceu na cidade de Neuchâtel na Suíça em 1896 e faleceu em 1980, cursou ciências naturais, sendo diplomado doutor posteriormente, ele também estudou filosofia e psicologia, destacando-se com relevantes ensaios na última, buscou incessantemente, compreender e explicar como o ser humano obtém o conhecimento lógico-abstrato que o diferencia dos demais animais, procurou também dimensionar a forma com a qual o indivíduo atribui valores ao seu mundo, por meio de diversas análises e pesquisas de campo, resultando por fim, na consolidação da teoria do conhecimento, partindo como referencial a biologia, onde as cogitações do campo filosófico encontraram amparo no conhecimento empírico.
	Já Lev Semenovich Vygotsky nasceu na atual Bielo Rússia, em 1896, estudou filosofia, direito, literatura, medicina, história e psicologia, faleceu em 1934, de tuberculose. É possível descreve com bastante clarividência que Vygotsky tenha fornecido preciosos subsídios no campo do desenvolvimento humano e seus processos psíquicos como a inteligência, os sentimentos, o raciocínio e o pensamento.
	Piaget quando consolidou a teoria explicativa da gênese do conhecimento humano, formulou uma infinidade de proposições teóricas e metodológicas, de acordo com a natureza do processo de crescimento natural do indivíduo, indo de encontro à tese do inatismo maturacionismo a qual sustentava que o homem nasce pronto e que suas aptidões cognitivas dependem meramente de fatores geneticistas. 	Pode-se observar também, como outra tese antagônica à de Piaget a tese do comportamentalismo, cujas predileções dão total enfoque a fatores externos, tendo como base os estímulos. 
	Assim sendo, a teoria de Piaget ficou mundialmente reconhecida como Epistemologia Genética, sua maior necessidade era explicar a ordem sucessiva com que as diferentes capacidades são consolidadas em cada sujeito.
Corroborando as informações supracitadas, Bello (1995, p. 01) sugeriu que Piaget sustentava que o comportamento de todo ser vivo não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo, ou seja, a teoria epistemológica é teoricamente fundamentada como interacionista, uma vez que o cognitivo do sujeito se adapta a situações novas, e assim, se manifesta por meio complexidade desta interação do sujeito com o meio que o mesmo está inserido, isto é, para Piaget quanto mais emaranhada for a relação, maior será a capacidade cognitiva do sujeito com esse meio.
	É essencial ressaltar, que as teorias de Piaget subsidiaram diversos campos de estudos, não somente a Psicologia do Desenvolvimento, como também a Sociologia e Antropologia, permitindo ainda que os pedagogos tracem um paralelo metodológico.
Por outro lado, Vygotsky sustentou na sua formulação da teoria sócio-histórica novos parâmetros entre o plano individual e social da ação, no seu entendimento o desenvolvimento psicológico nasce no curso da apropriação de formas culturais de cada atividade, desse modo, ele trouxe uma contribuição fundamental para a educação sempre que se relacionam as características psicológicas de cada indivíduo, são geridas por meio das diversas interações do sujeito com o meio no qual se desenvolve. 
Face ao exposto, inclui-se sobretudo, as características do funcionamento psicológico conforme o comportamento individual do homem, que é construída no transcurso de sua trajetória, a partir dos processos de interação. Assim sendo, Vygotsky aponta que os sujeitos desenvolvem suas relações, à medida na qual se relaciona com o contexto social, visto que o homem torna-se humano a partir de suas relações sociais, compreendendo, consequentemente, que o psicológico através das diversas dimensões e funções surgem e se consolidam por meio das relações, e as tornam internas, isto é, mudam para se constituir em funcionamento interno. 
Por outro lado, com a finalidade de impor limites e compreender de maneira global as ações do indivíduo, os mecanismos que ele utiliza, se tornam em subsídios os quais moderam suas próprias ações, criando a partir desse momento a autorregularão, isto é, um pressuposto do ato voluntário, caracterizando o processo em que o funcionamento do intersubjetivo possibilita a adoção do funcionamento individual.
	Após estudar o conteúdo exposto no presente artigo, convém abrir uma ressalva à exímia exposição das teorias e analogias contempladas neste estudo, onde foi retratado com coesão e clareza, de maneira sucinta, as obras de Jean Piaget e Lev Vygotsky, obras estas que permeiam ainda hoje diversos estudos nos mais diferentes campos do saber, sobretudo, no que se refere ao desenvolvimento do pensamento e conhecimento humano, levando em consideração que num primeiro olhar, ambas pareçam ser obras antagônicas, contudo posteriormente, com o aprofundamento dos conhecimentos emanados, verifica-se portanto que Piaget e Vygotsky se complementam.

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