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Nutrição Comunitária e Social Programa Nacional de Suplementação de Micronutrientes (Ferro, Vitamina A, Iodo e NutriSUS) Estado nutricional Ingestão de nutrientes Necessidade de nutrientes Interação entre nutrientes medicamento absorção doença comportamento alimentar desenvolvimento econômico e social ambiente emocional padrão culturalingestão de alimentos infecção doença febre crescimento gestação amamentação manutenção do organismo estresse atividade física estado nutricional adequado Situação nutricional no Brasil Desnutrição energético-protéica (DEP) Sobrepeso/obesidade Anemia Deficiência de vitamina A Coexistência de situações Doenças dos excessos alimentares Doenças carenciais 4 Transição nutricional no Brasil0 10 20 30 40 50 60 70 1975/1980 1985/1990 1995/2000 2005/2010 A - Sobrepeso/obesidade (mulheres adultas) B - Escesso de peso (10-19 anos) C- Anemia <5 anos D - Déficit estatural <5 anos (área rural) E - Déficit estatural <5 anos (área urbana) F - Bócio (viisível ou palpável) 5 Doenças carenciais: problemas de alimentação e nutrição no Brasil • Política Nacional de Alimentação e Nutrição: uma de suas diretrizes de ação baseia-se na prevenção e no controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e à nutrição. • A determinação da magnitude, da gravidade e da distribuição da doença carencial é fundamental no sentido da promoção de estratégias corretas de controle e prevenção► necessidade de pesquisas DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A • Problema de saúde pública moderado • Impacto da suplementação com vit. A em crianças de 6 -59 meses de idade: redução do risco global de morte em 24%, de mortalidade por diarreia em 28% e mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%. • OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência, a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional. Níveis de retinol sérico inferiores a 20 g/dl (0,70 µmol/L) para crianças e mulheres Principal causa de cegueira evitável 7 Prevalência de deficiência de vitamina A (DVA) em crianças de 6 a 59 meses e mulheres não grávidas em idade reprodutiva por região. Brasil, PNDS/2006. BRASIL: 17,4% BRASIL: 12,3% CRIANÇAS MULHERES 10,7% 19,0% 11,8% 21,6% 9,9% 11,2% 12,1% 12,8% 14,0% 8,0% Fonte: MS, 2008. 8 Deficiência de vitamina A (DVA) Medidas importantes de prevenção da deficiência de vitamina A: 1. Promoção do aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e complementar até 2 anos de idade ou mais com a introdução dos alimentos em tempo oportuno e de qualidade. 2. Promoção da alimentação adequada e saudável, assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos fontes em vitamina A pela população. 3. Suplementação profilática 9 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A • Desde 1983 o Brasil distribui doses maciças de vitamina A em crianças 6-59 meses. • A partir da publicação da Portaria 2.160 de 29/12/1994 a distribuição foi intensificada através da instituição do Programa Nacional de Controle da Deficiência de Vitamina A (Região Norte, Nordeste, ao Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e ao Vale do Ribeira em São Paulo). • 2001, a ação foi ampliada para atendimento a puérperas, no pós-parto imediato • 2005: Portaria nº 729, de 13/05/2005 Instituí o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A • 2010, o programa foi ampliado para os municípios que compõem a Amazônia Legal • Em 2012, foi expandido para todos os municípios da Região Norte, 585 municípios integrantes do Plano Brasil Sem Miséria das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste e todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas 10 Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A A composição da megadose de vitamina A distribuída pelo Ministério da Saúde é: vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E. • Cápsulas de 100.000 UI de vit. A para crianças de 6 a 11 meses e de 200.000 UI para 12 a 59 meses • Distribuição associada às campanhas de vacinação, na rotina das unidades básicas ou por visitas domiciliares feitas pelos Agentes Comunitários de Saúde. • O programa foi ampliado para atendimento às puérperas, por meio de suplementação com cápsulas de 200.000 UI na maternidade, no pós-parto imediato. Expansão do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A 12 Anemia por deficiência de ferro • Grave problema de saúde pública no Brasil em virtude das altas prevalências e da estreita relação com o desenvolvimento das crianças • Grupos vulneráveis à carência de ferro: crianças, mulheres em idade fértil e gestantes Valores da hemoglobina Gestantes e crianças 6 - 59 meses <11 g/dL Mulheres não grávidas <12 g/dL Público mais vulnerável: crianças menores de 24 meses Prevalência de anemia em menores de cinco anos no Brasil Fonte: Viera & Ferreira (2010) Rev. Nutr. 23:433-444 14 Prevalência de anemia em crianças de 6 a 59 meses e em mulheres não grávidas em idade reprodutiva por região. Brasil, PNDS 2006. CRIANÇAS MULHERES BRASIL: 20,9% BRASIL: 29,4% 19,3% 39,1% 20,1% 28,5% 10,4% 25,5% 11,0% 22,6% 21,5% 24,8% Fonte: MS, 2008. Promoção da alimentação Adequada e saudável: Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUS► Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A PREVENÇÃO DA ANEMIA Fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico: instituída pela RDC nº 344, de 13/12/2002, emitida pela Anvisa ► adição obrigatória de 4,2 mg de ferro e de 150 µg de ácido fólico nas farinhas de trigo e milho, cujo prazo para as indústrias se adequarem foi até 17/06/2004. Programa Nacional de Suplementação de Ferro - PNSF Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó -NutriSUS PREVENÇÃO DA ANEMIA Programa Nacional de Suplementação de Ferro • Instituído pela Portaria nº 730 de 13/05/2005, é uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição para o combate da deficiência de ferro no Brasil • Objetiva a prevenção e controle da anemia por meio da administração profilática de suplementos de ferro às crianças de 6 a 24 meses de idade, gestantes (incluindo também o ácido fólico) e mulheres até 3º mês pós parto e/ou pós aborto. A conduta do programa também foi atualizada e prevê: 18 Deficiência de Iodo • Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. • Nessa época, aproximadamente 20% da população apresentavam Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). • Após cerca de seis décadas de intervenção: redução na prevalência de DDI (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000). utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos 19 Deficiência de Iodo • Para atender melhor a população na prevenção dos distúrbios causados pela deficiência de iodo, vem ocorrendo adequações à legislação. • Foi o que ocorreu em 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às faixas de 40 a 100 ppm (parte por milhão). • Em 2003 a faixa de iodação foi ajustada para 20 a 60 ppm. • Todas as adequações de iodação do sal, realizadas pelo Ministério da Saúde, são feitas de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde(OMS) e especialistas nacionaisno tema. NUTRISUS Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó - • Lançada em março de 2015, pelo Ministério da Saúde consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições oferecidas para as crianças diariamente. • Os micronutrientes em pó são embalados na forma de sachês (1g) e deverão ser acrescentados e misturados às preparações alimentares, obrigatoriamente no momento em que a criança for comer • Implantada inicialmente nas creches participantes do Programa Saúde na Escola, a iniciativa tem o objetivo de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle da anemia e outras carências nutricionais específicas na infância • Prevê o atendimento de crianças com idade entre 6 e 48 meses matriculadas em creches participantes do Programa Saúde na Escola. Não há contraindicações para crianças acima da faixa etária, podendo ser contempladas crianças de até cinco anos de idade NUTRISUS - Sachês de micronutrientes Composição NUTRISUS - Sachês de micronutrientes Administração: duração e frequência da intervenção Total de sachês: 120/ano NUTRISUS - Sachês de micronutrientes Administração Misturar o pó do sachê em uma pequena quantidade de comida e oferecer primeiro essa parte para a criança. Servir a quantidade que a criança tem o hábito de comer Tipo de alimento para acrescentar o sachê • Na alimentação comum da criança, podendo ser de consistência pastosa (papas/purês de frutas ou legumes) ou no arroz com feijão. ➢Não misture em líquidos (água, leite ou sucos). ➢Não coloque em alimentos duros. ➢Não aqueça. • A criança que recebe a megadose de vitamina A do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, pode receber o sachê com micronutrientes; • A criança que recebe o sachê de micronutrientes na creche não deve receber os suplementos de ferro, para fins preventivos, distribuídos na Unidade Básica de Saúde; NUTRISUS 28 “Uma nutrição adequada é fundamental para se estabelecer um estilo de vida saudável, produtivo e de alta qualidade, além de prevenir uma série de enfermidades, e contribuir para um pleno desenvolvimento físico e intelectual da população.”
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