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Estruturas e processos Organizacionais Apostila 8

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Layout ou Arranjo Físico
Danielle Stelzer
Layout ou Arranjo Físico 2
Sumário
Introdução ....................................................................................................... 03
Objetivos ......................................................................................................... 04
Estrutura do Conteúdo .................................................................................. 04
Layout ou Arranjo Físico
Tópico 1: Layout ou Arranjo Físico ................................................................... 05
Tópico 2: Planejamento de Arranjo Físico ........................................................ 05
 2.1 Arranjo Físico Administrativo ....................................................... 06
 2.2 Arranjo Físico Industrial .............................................................. 07
Tópico 3: Mobiliário ........................................................................................... 08
Tópico 4: Ruído ................................................................................................. 09
 4.1 Fontes Internas de Ruído ............................................................ 09
 4.2 Fontes Externas de Ruído .......................................................... 10
 4.3 Ruído e as Medidas Profiláticas .................................................. 11
Tópico 5: Climatização ...................................................................................... 12
Tópico 6: Psicodinâmica das Cores .................................................................. 12
Tópico 7: Iluminação ......................................................................................... 13
Tópico 8: Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho .................................... 14
 8.1 Mapa de Risco ............................................................................ 14
 8.2 CIPA ............................................................................................ 15
 8.3 Brigada Contra Incêndio ............................................................. 15
 8.4 Ergonomia ................................................................................... 15
 8.5 Acessibilidade ............................................................................. 16
Resumo ........................................................................................................... 17
Leitura Complementar ................................................................................... 18
Referências Bibliográficas ............................................................................ 19
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Seja bem-vindo(a) ao conteúdo “Layout ou Arranjo Físico”.
A globalização e o constante avanço tecnológico demandam que as organizações 
se tornem mais competitivas, o que exige que aumentem a qualidade de seus produtos 
e reduzam custos de produção através da melhoria e racionalização de seus processos. 
Buscando esse aperfeiçoamento, as empresas desenvolvem melhorias organizacionais e 
operacionais, revendo continuamente os procedimentos e a forma de gestão, visando a 
adequá-los ao mercado. 
Uma das ferramentas utlizadas é o planejamento do arranjo físico ou layout, que visa 
à distribuição racional de pessoas, máquinas e equipamentos no ambiente de trabalho. 
Tais exigências levaram à criação de leis que impactam nesse planjeamento e norteiam 
a sua construção, como normas regulamentadoras relacionadas a ruídos, iluminação e 
acessibilidade.
Bons estudos!
Racionalização de Projetos
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Estrutura do Conteúdo
Objetivo
sAo final deste conteúdo, esperamos que você seja 
capaz de:
1. Planejar o correto layout da organização, 
administrativo ou industrial;
2. Inspecionar os níveis de ruído e iluminação 
aceitáveis, de acordo com as normas regula-
mentadoras;
3. Preparar o ambiente de trabalho, respei-
tando as normas de higiene e segurança no 
trabalho.
Para melhor compreensão do conteúdo estuda-
do, este material está dividido nos seguintes tópicos: 
1. Layout ou Arranjo Físico
2. Planejamento de Arranjo Físico
3. Mobiliário
4. Ruído
5. Climatização
6. Psicodinâmica das Cores
7. Iluminação
8. Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
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1. Layout ou Arranjo Físico
De acordo com Cury (2012), layout ou arranjo físico é a disposição de máquinas, 
equipamentos e serviços em uma determinada área, com a finalidade de minimizar o vo-
lume de transporte de materiais no fluxo produtivo, adaptando as pessoas ao ambiente de 
trabalho de acordo com as atividades exercidas.
O espaço físico organizacional influi no trabalho desenvolvido pelos indivíduos dentro 
da empresa, por isso o projeto de layout busca otimizar as condições de trabalho, racio-
nalizar os fluxos dos processos e a distribuição física, além de minimizar a movimentação 
de pessoas, conseguindo, assim, maior economia, aumento da produtividade e da moti-
2. Planejamento de Arranjo Físico
Planejar o arranjo físico está relacionado ao estudo das decisões sobre a distribuição 
física dos processos. Um planejamento mal elaborado irá interferir na capacidade produ-
tiva da organização, podendo causar interrupções nos processos, acidentes de trabalho, 
aumento do tempo de processamento etc.
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2.1 Arranjo Físico Administrativo
Pensando na obtenção de melhorias, muitas empresas vêm adequando seus layouts. 
Alguns dos modelos mais utilizados na área administrativa são:
• Arranjo físico de corredor: os postos de trabalho são dispostos em corredores, 
incentivando as relações tipo ideal para trabalho em pequenas equipes.
• Arranjo físico em espaço aberto: em uma grande área há uma grande concentra-
ção humana. Não existem paredes ou divisórias e os postos de trabalho são posi-
cionados de acordo com o fluxo dos processos. Ideal para tarefas que não exijam 
grande concentração, vez que não há muita privacidade nos postos de trabalho.
• Arranjo físico panorâmico: são utilizadas divisórias com meia altura ou baias, com 
o intuito de reduzir os ruídos e os espaços são claramente demarcados.
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2.2 Arranjo Físico Industrial
Para a área de produção, podemos citar três tipos de planejamento de arranjo físico:
Arranjo físico do produto: segue uma 
ordem linear desde a entrada da ma-
téria-prima até a saída do produto 
acabado. O fluxo percorrido segue as 
etapas do processo de produção.
Arranjo físico de posição Fixa: utilizado em 
projetos onde o produto permanece fixo 
em um determinado local e os colabora-
dores são direcionados a trabalhar nesse 
produto. A imobilidade do produto pode 
se dar pelo seu tamanho, peso etc.; por 
exemplo, construção de navios e prédios.
Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo do Telecurso 
2000 sobre a organização do trabalho através da reformulação do 
layout da organização e aprenda um pouco mais como os layouts são 
planejados nas indústrias.
Conteúdo On-line
Arranjo físico do processo: 
chamado também de layout 
funcional, é organizado a 
partir das funções ou divisões 
(divisão de máquinas e equi-
pamentos, por exemplo) que 
integram o processo produtivo.
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3. Mobiliário
O cenário das organizações é composto por móveis, máquinas e equipamentos, por 
isso é preciso que o administrador formule um layout que ofereça condições de trabalho 
satisfatórias aos usuários. Abaixo, seguem algumas observações especiais sobre o mo-
biliário:
• Cadeira: deve ser adequada para cada tipo de tarefa e deveser regulada de acordo 
com a altura do usuário. As pernas devem formar um ângulo de 90° quando posicio-
nadas ao chão.
• Mesa: deve ter uma superfície de trabalho nem muito alta nem muito baixa, de acor-
do com a altura definida na cadeira. Os tampos devem ser de madeira ou fórmica 
fosca, evitando o reflexo.
• Arquivos e armários: considerando a substituição futura por documentos eletrôni-
cos, estão prestes a serem extintos.
A padronização desses elementos “reduz o custo operacional de aquisição e manu-
tenção, além de facilitar a decoração (CARREIRA, 2009).”
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4. Ruído
O ruído não deve ser confundido com som ambiente, pois este incomoda, enquanto 
o som é agradável.
O diagnóstico sobre os limites de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente 
deve ser feito por um profissional especializado, obedecendo à NR 15 conforme abaixo:
Nível de Ruído (Db) Máxima Exposição Diária
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
As fontes internas de ruído podem estar 
relacionadas a máquinas desreguladas ou com 
defeitos, conversas paralelas ao trabalho, não 
inerentes ao serviço executado, e tratamento 
acústico inadequado.
4.1 Fontes Internas de Ruído
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Os ruídos externos penetram no ambiente de trabalho 
pelas janelas e portas que, somados ao ruído do próprio 
ambiente, causam um cansaço anormal no final do dia, re-
sultando em estresse. São causados por canos de descar-
ga furado dos veículos, buzinas, alto-falante de vendedores 
ambulantes, máquinas e veículos utilizados em obras etc.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que ao ouvido humano não chega a 
ser agradável um barulho de 70 decibéis e acima de 85 decibéis ele começa a danificar o 
mecanismo que permite a audição. 
Em atividades que expõem os funcionários a fontes intensas de ruído, é preciso for-
necer protetores auriculares aos colaboradores para que não sofram nenhuma lesão, 
como é o caso dos indivíduos que trabalham nas pistas dos aeroportos.
No artigo “Poluição Sonora como crime ambiental”, de Ana-
xágoras Alves Machado, você pode encontrar um bom material a 
respeito dos limites da poluição sonora. O link está disponível na 
seção “Leitura Complementar”.
4.2 Fontes Externas de Ruído
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4.3 Ruído e as Medidas Profiláticas
Carreira (2009) salienta que algumas medidas devem ser tomadas imediatamente 
pelo administrador para reduzir os níveis de ruído.
Controle da fonte — pro-
gramas de treinamento para 
mudança comportamen-
tal dos usuários, projetos 
adequados de máquinas, 
equipamentos, instalações.
Isolamento da fonte — 
confinamento da fonte de 
ruído em um certo espa-
ço, por meio de câmaras 
acústicas, salas especiais 
ou paredes separadas.
Uso de abafadores —
envolver a fonte de ru-
ído de forma a sepa-
rá-la das pessoas.
Tratamento acústico — ins-
talação de painéis de material 
acústico nas paredes, forros, 
pisos, portas e janelas, tendo 
por efeito reduzir a reverbe-
ração, como vidros duplos 
nas esquadrias das janelas, 
cortiça, lá de vidro e gesso.
O ruído não causa apenas lesões, também provoca aumento da tensão a que o ho-
mem está normalmente sujeito. Indivíduos tensos tornam-se irritáveis com facilidade, as 
pessoas predispostas à depressão podem ter seu estado de angústia agravado, enquanto 
são mais frequentes as crises nos epiléticos.
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5. Climatização
Está relacionada com as condições adequadas que um am-
biente de trabalho deve ter para receber os clientes, fornece-
dores, visitantes, funcionários, produtos e máquinas (CAR-
REIRA, 2009) 
Temperaturas fora de controle trazem consequên-
cias desagradáveis e prejudiciais à saúde do trabalha-
dor, reduzindo a produtividade.
6. Psicodinâmica das Cores
A distribuição devida das cores faz com que o am-
biente de trabalho se torne bem mais estimulante. 
Carreira (2009) alega que “as cores apli-
cadas em um ambiente de trabalho provocam 
diversos fenômenos psíquicos se associadas a 
um programa de motivação. As sensações causadas 
pelas cores vão depender fundamentalmente do estado 
emocional e motivacional de cada indivíduo”.
Por exemplo, uma pessoa com fome exposta à cor laranja terá o seu apetite estimula-
do. A Coca-Cola, por exemplo, utiliza o vermelho 
na maior parte de seus produtos, remetendo ao 
calor, mas com o calor sendo “quebrado” pelo 
frescor que representa as bolhas d‘água dese-
nhadas nas latas. A cor estimula os indivíduos. 
Também é o caso do Mc Donald’s, com as 
cores amarela e vermelha. O amarelo forte é 
usado para gerar ansiedade; o vermelho, para 
dar fome, e os dois, juntos, estimulam seus 
clientes a comerem em demasia e rapidamente, 
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pois a presença dessas cores gera um certo desconforto se visualizadas por muito tempo. 
Porém, em alguns estados foi percebido que isso não acordava com a cultura do lu-
gar, como no Rio de Janeiro, em que as lojas têm, internamente, sua decoração em tons 
pastéis, que acalmam e relaxam. Veja alguns significados para as cores:
Fome, energia, calor, raiva
Tranquilidade, saúde, equilíbrio
Paz, simplicidade, higiene
Credibilidade, verdade, calma
Mistério, egoísmo, nobreza
Valor, dignidade
Velhice, desânimo, sabedoria
Expansão, festa, movimento
Feminilidade, delicadeza
Luz, esperança, atenção
Noite, pessimismo, tristeza
Pesar, melancolia
7. Iluminação
Iluminação e acústica são fatores que influenciam diretamente o 
conforto, a produtividade e até mesmo a saúde dos profissionais no 
ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, além de atrapalhar 
o rendimento das pessoas, também pode deixar uma imagem negativa 
da sua marca ou empresa junto ao público.
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De acordo com a NBR 5413, que delibera sobre a iluminação de interiores, os níveis 
permitidos seguem na tabela abaixo:
Ambiente de Trabalho Lux
Sala de espera 100
Restaurante 150
Indústria (comum) 200
Sala de aula 300
Escritório/Lojas/Laboratórios 500
Sala de desenho de alta de precisão 1.000
Sala de serviços de muita alta precisão 2.000
8. Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
Ao administrador, compete preparar o ambiente de trabalho de forma a garantir o 
respeito às normas de segurança, higiene e medicina do trabalho, previstas na legislação 
federal, estaduais e municipais (CARREIRA, 2009).
8.1 Mapa de Risco
É uma representação gráfica que indi-
ca o nível de risco de cada área de trabalho 
da empresa, a fim de prevenir acidentes de 
trabalho, prejuízos à saúde e sinistros. É 
composto pelas instalações, recursos usa-
dos nos processos e pela organização do 
trabalho.
De acordo com o layout do local, são 
apresentados círculos de cores e tamanhos 
diferentes, de acordo o nível e o tamanho 
do risco, e com as cores correspondentes.
Risco Químico
Risco Mecânico
Risco Biológico
Risco Físico
Risco Ergonômico
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8.2 CIPA
A CIPA é uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes composta por represen-
tantes dos empregados e do empregador, que tem como missão a preservação da saúde 
e da integridade física de todos aqueles que interagem com a empresa.
Acesse o Recurso Multimídia e assista ao vídeo sobre o que é a 
CIPA e como ela pode ser formada. O técnico em segurança no traba-
lho, Wellington Vieira, explica a composição de uma Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA).
Conteúdo On-line
8.3 Brigada contra Incêndio
O administradordeverá criar a brigada contra incên-
dio, formada por uma equipe de funcionários de diferentes 
órgãos da empresa ou contratar uma empresa prestadora 
desse tipo de serviço, com o objetivo de acionar o corpo de 
Bombeiros e entrar em ação nos primeiros cinco minutos de 
um incêndio para extingui-lo. 
8.4 Ergonomia
Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem a fim de otimizar o bem-
-estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o 
planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e 
sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações 
das pessoas.
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As leis de acessibilidade são leis no âmbito federal, estadual e 
municipal relativas ao acesso das pessoas portadoras de deficiên-
cia aos logradouros, prédios públicos e privados, estabelecimentos 
comerciais e estacionamentos.
Importante
Muitas empresas adotaram a ginástica laboral para conscienti-
zar os colaboradores sobre a importância de uma boa postura cor-
poral. Sua prática leva à melhora da postura corporal, minimização 
do risco de lesões ocupacionais, alívio do estresse, relaxamento 
muscular, aumento da motivação etc.
Algumas adaptações devem ser feitas para os cola-
boradores portadores de necessidades especiais, como a 
construção de rampas de acesso e adaptação de banheiros 
para cadeirantes, comunicação em braile nos elevadores, 
portas de salas e cardápios para deficientes visuais, sinais 
luminosos para deficientes auditivos etc.
8.5 Acessibilidade
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Neste material, estudamos os conceitos e características do arranjo físico ou layout, 
além da necessidade de sua correta aplicação. Vimos que a disposição das pessoas, má-
quinas e equipamentos no ambiente de trabalho pode influenciar diretamente a motivação 
e produtividade, além do impacto que pode causar à saúde do trabalhador.
Conhecemos as normas que regulamentam os níveis de ruído e iluminação aceitá-
veis nas empresas, além da psicodinâmica das cores e entendemos a razão de muitas 
organizações utilizarem determinadas cores em suas logomarcas ou em seus postos de 
trabalho. Compreendemos, também, a importância da CIPA – Comissão Interna de Pre-
venção de Acidentes, a utilização dos EPIs (equipamentos de proteção individual) e a 
influência das leis de acessibilidade, que tornam obrigatória a adequação dos locais de 
trabalho para o acesso de deficientes.
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Para obter mais informações sobre o desenvolvimento do conteúdo estudado, suge-
rimos a leitura do seguinte texto:
MACHADO, A. Anxágora. Poluição sonora como crime ambiental 2003.
Disponível em: http://jus.com.br/artigos/5261/poluicao-sonora-como-crime-ambiental
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CARREIRA, D. Organização, Sistemas e Métodos: ferramentas para racionalizar as 
rotinas de trabalho e a estrutura organizacional da empresa. São Paulo: Saraiva, 2009.
CURY, A. Organização e Métodos: uma visão holística (perspectiva comportamental e 
abordagem contingencial). 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

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