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Trabalho de Anatomia Humana Geral Professora: Sandra Magali Herbele Aluno: Juliana Ribas Este trabalho consiste em descrever a anatomia dos órgãos que fazem parte dos Sistema Endócrino e Sistema Linfático. O que é o sistema endócrino? O sistema endócrino consiste em um conjunto de diferentes glândulas que são responsáveis pela produção de hormônios para o corpo humano. Os hormônios são substâncias que agem de maneira específica, de acordo com as células que os recebem. Como funciona o sistema endócrino? A comunicação entre as células por meio de hormônios é essencial para grande parte do funcionamento do corpo humano. A função do sistema endócrino é exatamente produzir e liberar essas substâncias através das glândulas, para que as células do corpo sejam estimuladas e realizarem mudanças no seu funcionamento. Quando um hormônio é liberado no sangue, mesmo atingindo praticamente todas as células do corpo, ele atua unicamente em algumas delas, que são chamadas de células-alvo. Esse tipo de célula é constituída, na superfície externa da sua membrana plasmática, por proteínas caracterizadas de receptores hormonais, capacitados a combinarem-se de maneira singular aos hormônios específicos. O estimulo hormonal só acontece quando é verificada a combinação correta entre um hormônio e seu receptor na célula-alvo. Glândulas do sistema endócrino: As principais glândulas que compõem o sistema endócrino do ser humano são: hipófise, glândula tireóidea, glândulas paratireoideas, pâncreas, suprarrenais (ou adrenais) e gônadas (testículos e ovários). O hipotálamo, que é uma região do encéfalo, também age como órgão endócrino, fabricando vários hormônios que manipulam o funcionamento da glândula hipófise. O tecido gorduroso também possui função endócrina: ao reter determinada quantidade de gordura, ele produz um hormônio conhecido como leptina, que interage sobre o hipotálamo, reduzindo o apetite. Hipotálamo: O hipotálamo recebe informações vindas dos diversos nervos do corpo e de outras partes do encéfalo, desempenhando um papel importante na integração entre o sistema nervoso e endócrino. Ele também ajuda a secretar hormônios que atuam sobre a hipófise. Hipófise: Localizada na base do encéfalo, a hipófise possui o diâmetro de um grão de ervilha. Ela é considerada por muitos fisiologistas como a glândula mestra do corpo humano, pois seus hormônios regulam o funcionamento de diversas outras glândulas endócrinas. A hipófise é composta por duas estruturas bem distintas de células endócrinas. A parte anterior, chamada de adenoipófise (ou lobo anterior da hipófise), é derivada de um tecido epitelial, como grande parte das outras glândulas endócrinas. Já a porção posterior, conhecida como neuroipófise (ou lobo posterior da hipófise), é uma extensão do hipotálamo composta por neurônios modificados, derivando dessa maneira, de uma origem nervosa. Glândula tireóidea: A glândula tireóidea está localizada dentro do pescoço, debaixo das cartilagens da glote, acima da porção inicial da traqueia. Os principais hormônios dessa glândula são a triiodotironina e a tiroxina, eles são fabricados pelo organismo pelo aminoácido tirosina e contêm iodo na sua composição. A glândula tireóidea executa uma importante função durante a homeostase, quer dizer, no processo de autoajustamento do organismo. No decorrer da nossa vida, hormônios tiroidianos controlam a nossa pressão sanguínea, o ritmo cardíaco, a tonificação muscular e as funções sexuais. A tiroxina e a triiodotironina interagem sobre a maior parte das células do corpo, estimulando sua atividade metabólica. Hipertireoidismo e hipotireoidismo: Se os hormônios da glândula tireóidea são produzidos em excesso a pessoa tende a apresentar sintomas, como temperatura corporal alta, sudorese muito forte, perda de peso, irritabilidade e pressão sanguínea alta. Esse quadro clínico é chamado de hipertireoidismo. Caso os hormônios tireoidianos sejam produzidos em menor escala, os sintomas apresentados pela pessoa são, baixa temperatura corporal, ressecamento da pele, diminuição da pressão sanguínea, apatia aparente e tendencia a engordar. Todo esse quadro, resultante de uma queda generalizada na atividade metabólica, é conhecido como hipotireoidismo. Essas duas variações na intensidade da produção hormonal da glândula tireóidea são doenças relacionadas ao sistema endócrino. Glândulas paratireóideas: Existem quatro glândulas paratireóideas que ficam aderidas ao lado posterior da glândula tireóidea, daí o seu nome. Elas são responsáveis por produzir o paratormônio, que trabalha aumentando o nível de cálcio no sangue. Pâncreas: O pâncreas é considerado uma glândula mista, ou anfícrina, pois exerce simultaneamente funções exócrinas e endócrinas. As ilhotas pancreáticas, ou ilhotas de Langerhans, é composta por centenas de aglomerados celulares que constituem a parte endócrina do pâncreas. Nelas existem dois tipos de células: células-beta, que ocupam cerca de 70% da ilhota e produzem o hormônio insulina, e as células-alfa, que atuam na produção do hormônio glucagon. Insulina: A insulina age facilitando o processo de absorção de glicose pelos músculos esqueléticos, pelo fígado e pelas células do tecido gorduroso, resultando numa queda no teor de glicose circulando pelo sangue. Nas células hepáticas e musculares, a insulina incita a junção das moléculas de glicose entre si, com formação de glicogênio, armazenas para o caso de necessidade. Glucagon: O glucagon age de maneira inversa à insulina, gerando um aumento da taxa de glicose no sangue. Esse hormônio influencia a transformação de glicogênio em glicose, no fígado. Glândulas Suprarrenais: As glândulas suprarrenais, ou adrenais, estão localizadas em cima dos rins, daí a derivação do seu nome. A suprarrenal é composta por dois tipos de tecidos secretores distintos, um que da origem a medula (parte mais interna) da glândula e outro que forma o córtex (parte mais externa). Os dois hormônios principais produzidos pela medula adrenal são: a adrenalina, ou epinefrina, e a noradrenalina, ou norepinefrina. Esses hormônios sintetizam-se pelo aminoácido tirosina. Pertencentes ao grupo dos esteroides, os hormônios produzidos pelo córtex adrenal são conhecidos genericamente como corticosteroides. Uma parte deles (glicocorticoides) trabalha na produção de glicose a partir de proteínas e gorduras. Esse processo eleva o nível de glicose disponível para ser usado como combustível, em casos de resposta a uma situação estressante. Gônadas: As gônadas, também conhecidas como testículos e ovários, são responsáveis por produzirem os gametas, mas também atuam secretando hormônios que estimulam o crescimento e o desenvolvimento do corpo. Os hormônios oriundos dessas glândulas são chamados genericamente de hormônios sexuais. Eles controlam o ciclo reprodutivo e o comportamento sexual participando do sistema endócrino masculino e feminino. Anatomia do sistema linfático O sistema linfático está presente em todo o corpo humano, compreendendo os órgãos que têm por função coletar e drenar a linfa. Dentre eles estão: Linfa: líquido incolor presente nos espaços intersticiais, resultante de trocas entre o sangue dos capilares sanguíneos e as células dos tecidos, isto é, o excesso de líquido que não retornou ao sangue dos capilares. Sua composição química, é semelhante à do plasma sanguíneo, tendo, então, elevadas quantidades de água e proteínas. Capilares linfáticos: a linfa presente nos espaços é coletada por capilares linfáticos (vasos de calibre microscópico), que se convergem para a formação de vasos de maior calibre, chamados “vasos linfáticos”. Vasos linfáticos: vasos com paredes semelhantes àsdas veias, que formam uma rede paralela à rede de vasos sanguíneos, apresentando a função de devolver a linfa para a circulação. Linfonodos: também chamados de nodos linfáticos, são estruturas pequenas ovaladas distribuídas ao longo dos vasos linfáticos. Atuam filtrando a linfa, preservando e destruindo micro-organismos e partículas estranhas. Baço: órgão com atuação no sistema linfático, responsável por filtrar micro-organismos e partículas estranhas do sangue, como vírus e bactérias. Também se responsabiliza por produzir células de defesa do organismo (leucócitos) e no sistema sanguíneo, como reservatório de hemácias (células sanguíneas) pronto para liberá-las assim que necessário. Timo: estimula o desenvolvimento de leucócitos, células de defesa presentes em todo o sistema linfático. Tonsilas: órgãos de tecido linfoide distribuídos nas seguintes regiões: próximo à faringe (tonsilas faríngeas ou adenóide), parte auditiva da faringe, no dorso da raiz da língua e na fossa tonsilar (chamadas de amígdalas). As tonsilas estão relacionadas com a defesa do organismo, consistindo na primeira linha de defesa contra micro-organismos. Algumas das tonsilas são retiradas geralmente no estágio infantil, dentre as que possuem maior índice de remoção destacamos: as amígdalas e as tonsilas faríngeas ou adenóides. Funções do sistema linfático : No corpo humano, constantemente ocorrem trocas de substâncias entre as células dos diferentes tecidos e os capilares sanguíneos. Tais trocas ocorrem nos dois sentidos: do capilar para a célula e da célula para o capilar. Dentre as funções do sistema linfático, estão: Drenagem: o sistema linfático é responsável por drenar a linfa que acaba ficando nos espaços intersticiais. Imunidade: é de responsabilidade deste sistema uma parte da produção e manutenção das células de defesa do organismo, assim como a captação e a destruição de micro-organismos e partículas estranhas que por ventura passem por seus vasos. Transporte: os ácidos graxos, oriundos da quebra de lipídios durante a digestão, são transportados das células intestinais para a circulação sanguínea por meio dos vasos linfáticos. Apesar de possuir funções atreladas à defesa do organismo, o sistema linfático representa uma via para a disseminação de células cancerígenas, favorecendo o processo de metástase. Dessa forma, não é aconselhável a prática de “drenagem linfática” em portadores de tumores cancerígenos. Doenças do sistema linfático Adenite: linfonodos aumentados, doloridos e inflamados como resultado de alguma infecção. Hiperesplenismo: atividade anormal do baço decorrente do aumento de tamanho e associada a um aumento na taxa de destruição de células sanguíneas normais. Linfedema: qualquer acúmulo de fluido linfático no sistema, podendo ocasionar inchaços. Linfoma: qualquer tumor que seja constituído por tecido linfático. O sistema linfático apresenta uma relação intrínseca com a ocorrência de tumores, por ser um sistema que interliga todas as regiões do corpo, ele pode facilitar o processo de metástase. Filariose: também chamada de elefantíase, é uma doença causada por um verme pertencente ao filo nematelmintho. O verme causa o entupimento dos vasos linfáticos, gerando o acúmulo de linfa e o inchaço de determinadas regiões. Muitas são as doenças que podem afetar o sistema linfático, e muitas apresentam um quadro de gravidade bem alto. É importante dar a atenção devida a este sistema para ter a certeza de que o seu funcionamento está sempre em ordem. Bibliografias: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues; BIOLOGIA DOS ORGANISMOS. Vol.2; 4 ed. São Paulo; Moderna 2015. MIRANDA, Neto Marcílio Hubner de (org); CHOPARD, Renato Paulo (colaborador); et. al. ANATOMIA HUMANA: aprendizagem dinâmica. 3 ed. rev. Maringá; Gráfica Editora Clichetec, 2008. TORTORA, Gerard J; CORPO HUMANO: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. 4 ed. editora Artmed; Porto Alegre, 2000. https://youtu.be/KZoAhBWh_Hk
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