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Movimento das Placas Tectônicas

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Fichamento capitulo 2 do livro Geologia Geral de Reed Wincader e James S. 
Monroe. 
WICANDER, Reed; MONROE, James S. Fundamentos de Geologia. Cergange 
Learning. São Paulo, 2009. 
O foco principal do capitulo é o movimento das placas tectônicas e suas 
características que proporcionaram uma nova visão ao planeta Terra. 
Sendo analisado diversas hipóteses que precederam a teoria da tectônica 
analisando evidencias que levaram a conclusão da ideia dos movimentos dos 
continentes. 
Essa não é uma ideia recente, pois desde os mapas mais antigos mostram 
diferenças onde os continentes seriam unidos e depois separaram-se até as 
posições atuais. 
No século XIX, o geólogo austríaco Edward Suess percebeu semelhanças entre os 
fósseis das plantas do Paleozoico Superior da Índia, Austrália, África do Sul e 
América do Sul. O registro fóssil é coletivamente conhecido como flora 
Glossopteris. 
Então Suess publicou um livro em 1885, e propôs nome Gondwanaland ou 
Gondwana para um super continente composto de grande área da terra do sul do 
planeta. 
Alfred Wegener, um meteorologista alemão, publicou em 1915 o seu livro ‘A origem 
dos continentes e dos oceanos’, e desenvolveu a hipótese da deriva continental, 
propôs que todas as massas de terra originaram de um único supercontinente 
chamado Pangeia. 
Entretanto, o geólogo sul-africano Alexander du Toit, em 1937 publicou o livro 
“Nossos continentes errantes” e introduziu outras evidências à deriva continental. 
Ele construiu um mapa dos continentes do sul do Gondwana e confrontou a hipótese 
formulada por Suess. 
A combinação das áreas litorâneas; a aparência subsequente das rochas e cadeia 
de montanha com a mesma idade em continentes separados, combinação dos 
depósitos glaciais e zonas paleoclimáticas, semelhanças de muitos grupos de 
plantas e grupos de animais cujos fósseis são encontrados em continentes 
separados, são algumas das evidências para apoiar a deriva continental. 
Em 1950 renasceu o interesse pela deriva continental, com o surgimento de novas 
evidências obtidas no estudo paleomagnetismo, que registra a direção dos polos 
magnéticos da Terra. Baseado nessa pesquisa surgiu resultados inesperados 
quando foi medido o magnetismo de rochas recente foi descoberto que era o atual 
campo magnético da Terra. 
A explicação para isso, é que os polos magnéticos permaneceram próximos aos 
polos norte e sul da Terra e que os continentes se moveram. Foi descoberto que as 
sequencias de rochas se combinam, e que a evidência fóssil consiste com a 
paleografia reconstruída. 
Além dessas descobertas, o mapeamento das bacias oceânicas também revelou um 
sistema de cadeias, constituindo a mais longa cadeia de montanhas do mundo. 
Em 1962, Harry Hess, propôs a teoria da expansão do assoalho oceânico para 
explicar o movimento continental. 
Baseado em um modelo simples da Terra foi feito a teoria da tectônica da Terra. A 
litosfera rígida, consiste em crosta oceânica e continental. 
Em 1970, o geólogo canadense J. Tuzo Wilson, expôs a ideia do ciclo que 
atualmente é conhecido como ciclo de Wilson, com uma hipótese de que o calor 
acumula em um supercontinente, uma abóbada localizada no mesmo se eleva, e ele 
se fratura, hipótese essa chamada de “supercontinente”. Ou seja um 
supercontinente se divide em blocos continentais individuais que se afastam, 
resultando na formação de oceanos interiores entre os continentes separados. 
Os geólogos reconheceram três importantes tipos de limites de placas. 
- Divergente- ocorrem onde as placas estão se separando e uma nova litosfera 
oceânica está se formando. 
-Convergente- onde duas placas colidem e a aresta principal de uma placa ocorre 
em limites convergentes de placa. 
-Transformante- ocorrem ao longo das fraturas no assoalho oceânico, conhecidas 
como falhas transformantes. 
A velocidade dos movimentos da placa pode ser calculado de várias maneiras, 
porém um método mais exato para avaliar a velocidade média do movimento quanto 
o deslocamento relativo é datar as anomalias magnéticas na crosta do assoalho 
oceânico. Ou seja, para um dado intervalo de tempo, quanto mais larga a faixa do 
assoalho oceânico mais velozmente a placa se moveu. 
Para determinar o deslocamento absoluto, necessário ter uma referência fixa por 
meio da qual a velocidade e a direção do movimento da placa podem ser 
determinados. 
O obstáculo para aceitar a deriva continental foi a falta de mecanismo para explicar 
o movimento dos continentes, porém foi demonstrado que os continentes e 
assoalhos oceânicos se moviam mutualmente e que era formado uma nova crosta 
oceânica na expansão das cadeias. 
A dúvida que ainda permanece é o que exatamente direciona as placas. 
Dois modelos foram propostos para explicar o movimento de placa. Em um modelo, 
as correntes de convecção termal são restritas à astenofera, no outro o manto 
interior é envolvido. Em ambos a expansão de cadeias mesoceânicas marca os 
braços ascendentes das correntes adjacentes de convecção. 
Razoavelmente os geólogos estão seguros de que algum tipo de sistema conduz o 
movimento das placas. Atualmente nenhum mecanismo proposto pode explicar por 
completo, porém está provado que ocorreu a movimentação de placas e que ocorre 
atualmente. Embora ainda não tenha sido desenvolvida uma teoria mais extensa 
acerca dos movimentos das placas, entretanto, todas as evidências vem se 
encaixando, e com isso os geólogos vem aprendendo mais sobre o interior da Terra.

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