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controle microbiano2019

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CONTROLE DO CRESCIMENTO 
MICROBIANO
Profa. Marcia Matsuoka Rosa
O bem estar da humanidade depende em grande parte da
capacidade do homem em controlar a população dos
microrganismos, visando:
- Prevenir a transmissão de doenças. 
- Evitar a decomposição de alimentos. 
-Evitar a contaminação da água e do ambiente.
-Vários são os agentes físicos e químicos que podem ser utilizados 
para manter os microrganismos em níveis aceitáveis 
POR QUE CONTROLAR O 
CRESCIMENTO MICROBIANO?
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
n DEFINIÇÕES
(1) ESTERILIZAÇÃO
(2) DESINFECÇÃO
(3) ANTI-SEPSIA
(4) DEGERMINAÇÃO
(5) SANITIZAÇÃO
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
n DEFINIÇÕES
1. ESTERILIZAÇÃO:
- Destruição de todas as formas de vida microbiana,
incluindo os endosporos (formas mais resistentes)
- Método mais comum: Aquecimento
n - Esterilização comercial: uso do calor para matar os
microrganismos patogênicos sem necessariamente
degradar os produtos (alimentos).
n suficiente para matar os endosporos do Clostridium
botulinum nos alimentos enlatados.
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
2. DESINFECÇÃO:
- Processo que promove a inibição, morte ou remoção
de vários microrganismos patogênicos e
saprófitas, sem eliminar todas as formas de vida.
(somente a destruição dos patógenos vegetativos
e não dos endosporos)
- Métodos: - substâncias químicas
- radiação ultravioleta
- água fervente
- vapor
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
n DESINFECÇÃO: na prática utiliza-se desinfetantes 
(produtos químicos) para tratar uma superfície ou 
substância inerte.
n ANTI-SEPSIA: quando este tratamento é para um 
tecido vivo.
Produto químico = anti-séptico
***Anti-Sépticos: menos tóxicos que os desinfetantes
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
MODIFICAÇÕES DA DESINFECÇÃO:
(A) DEGERMINAÇÃO: remoção mecânica dos
microrganismos, em vez da morte, em uma
área limitada.
****mata somente os microrganismos e não os
endosporos
Ex. quando a pele é esfregada com álcool antes
de receber a injeção.
PRINCÍPIOS DO CONTROLE 
MICROBIANO
MODIFICAÇÕES DA DESINFECÇÃO:
(B) SANITIZAÇÃO: Processo que leva à redução
dos microrganismos, a níveis seguros, de
acordo com os padrões de saúde pública
(elimina 99,9% das formas vegetativas).
Ex. lavagem de copos, talheres e louças com alta
temperatura ou aplicando desinfetante
químico.
Curiosidades
SUFIXO CIDA: Nome dos tratamentos 
que causam a morte direta dos 
micróbios (MORTE).
germicida, fungicida
-SUFIXO STÁTICO/STASE: Inibem o crescimento e 
multiplicação
bacteriostase
-SEPSE: Termo grego= estragado/podre (indica 
contaminação)
Asséptico = sem contaminação
FUNGICIDA/BACTERICIDA: Quando um determinado 
produto exerce uma ação específica sobre determinado 
grupo de microrganismos.
FUNGISTÁTICO/BACTERIOSTÁTICO: devem ser 
usados apenas quando eles inibem as atividades vitais 
daquele determinado microrganismo sem matá-lo.
A TAXA DE MORTE MICROBIANA
n DEFINIÇÕES:
n A morte microbiana ocorre na forma
exponencial.
n Após uma rápida redução da população, a
taxa de morte torna-se mais lenta devido à
sobrevivência de células mais resistentes.
TAXA DE MORTE MICROBIANA
Tempo (min.) Mortes/min. nº de cél. vivas
0 0 1.000.000
1 900.000 100.000
2 90.000 10.000
3 9.000 1.000
4 900 100
5 90 10
6 9 1
Taxa de Morte é normalmente constante (Para cada 1 min. – 90 % da 
pop. morre)
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
TRATAMENTO MICROBIANO
1. TAMANHO DA POPULAÇÃO
2. NATUREZA DA POPULAÇÃO
3. CONCENTRAÇÃO DOS AGENTES
4. TEMPO DE EXPOSIÇÃO
5. TEMPERATURA
6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
TRATAMENTO MICROBIANO
1. TAMANHO DA POPULAÇÃO
Quanto > a população microbiana > o tempo de 
tratamento
2. NATUREZA DA POPULAÇÃO
- Presença de Endosporos: mais resistentes
- Diferentes estágios de crescimento:
células jovens mais suscetíveis (do que as na fase 
estacionária)
- Presença de Mycobacterium (mais resistentes)
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
TRATAMENTO MICROBIANO
3. CONCENTRAÇÃO DO AGENTES
Quanto + concentrado o agente > a eficiência
**** relação não linear
4. TEMPO DE EXPOSIÇÃO
Tratamentos de calor e radiação são muito dependentes do 
tempo; 
Os agentes químicos necessitam de ação prolongada para 
que os endósporos sejam afetados
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
TRATAMENTO MICROBIANO
5. TEMPERATURA
- Temperaturas mais altas: mais eficiência no tratamento
- 1º C aumenta 10 x a eficiência (potencializa o controle e
em conjunto com o agente pode-se diminuir sua
concentração)
6. CONDIÇÕES AMBIENTAIS
- Presença de material orgânica: inibe a ação dos
antimicrobianos químicos
- pH do meio e calor: ácido (potencializa o resultado)
Tamanho da população
Concentração do agente
Temperatura
Escherichia coli em 
Fenol
AÇÕES DOS AGENTES DE 
CONTROLE MICROBIANO
1. ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA
Membrana Plasmática:
- regula ativamente a passagem de nutrientes para
dentro da célula e a eliminação de dejetos da
mesma
- Lesão na membrana: causa o vazamento do
conteúdo celular no meio (agentes químicos e
antibióticos).
AÇÕES DOS AGENTES DE 
CONTROLE MICROBIANO
2. DANOS ÀS PROTEÍNAS E AOS ÁCIDOS NUCLÉICOS
Proteínas:
- Enzimas = vitais para o desenvolvimento celular 
Ligações covalentes e pontes de hidrogênio são 
rompidas por certos produtos químicos e calor.
DNA, RNA:
- Fonte de informação genética - a lesão destes pelo 
calor, radiação ou substâncias químicas é 
frequentemente letal para a células – esta não pode 
ser replicar ou realizar funções metabólicas normais.
MÉTODOS DE CONTROLE 
MICROBIANO
1. MÉTODO FÍSICO:
2. MÉTODO QUÍMICO:
MÉTODOS DE CONTROLE 
MICROBIANO
1. MÉTODO FÍSICO:
- CALOR (SECO OU ÚMIDO)
- PASTEURIZAÇÃO
- FILTRAÇÃO
- BAIXAS TEMPERATURAS
- RESSECAMENTO
- PRESSÃO OSMÓTICA
- RADIAÇÃO
MÉTODO FÍSICO
1. CALOR:
-
Causa a morte microbiana através da desnaturação das 
proteínas (úmido) ou oxidação (seco).
- Ponto de Morte Térmica (PMT): < temperatura em que todos os 
microrganismos em uma suspensão líquida serão mortos por 
calor em 10 min.
- Tempo de Morte Térmica (TMT): período mínimo de tempo em 
que todos os microrganismos serão mortos.
- Tempo de Redução Decimal (TRD ou D): o tempo, em minutos, 
em que 90 % de uma população microbiana em uma 
determinada temperatura serão mortas. 
Efeito da temperatura na viabilidade de 
uma bactéria mesofílica
MÉTODO FÍSICO
1. CALOR:
- A RESISTÊNCIA AO CALOR VARIA DE ACORDO COM O 
MICRORGANISMO
• Os endosporos bacterianos são as formas mais resistentes.
• Células vegetativas de bactérias - mortas de 5-10 min a 60-70ºC
• Células vegetativas de fungos - mortas de 5-10 min a 50-60oC
• Esporos de fungos - mortas de 5-10 min a 70-80ºC
MÉTODO FÍSICO
1. CALOR:
A) CALOR SECO:
- Calor seco ou ar quente em temperaturas suficientemente altas 
levam os microrganismos à morte. 
- Leva mais tempo que o calor úmido.
- Há materiais que não podem ser esterilizados por calor úmido, 
neste caso o calor seco é o preferido 
- Estufa esterilizante: amplamente utilizada para as vidrarias 
e outros materiais (160 ºC/2 h ou 180 ºC/1 h). 
MÉTODO FÍSICO
1. CALOR:
A) CALOR SECO: 
- Incineração: processo drástico de eliminação dos 
microrganismos e que destroem o produto.
- Flambagem: processo onde o material é levado diretamente ao 
fogo, seja seco ou embebido em álcool (utilizado na desinfecção 
de alças de vidro).
MÉTODO FÍSICO
1. CALOR:
B) CALOR ÚMIDO:
• É um processo mais eficiente devido ao maior poder de penetração do
vapor d´água.
• A morte é decorrente da desnaturação de ácidos nucleicos e
proteínas, podendo tambémromper membranas. Além disso, o vapor
tem maior capacidade de romper as pontes de hidrogênio.
• Causa desnaturação e coagulação das proteínas vitais.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO:
- Fervura (100 ºC)
- Vapor de fluxo livre
- Autoclave
MÉTODO FÍSICO
FERVURA:
Mata as formas vegetativas dos patógenos bacterianos, quase
todos os vírus e os fungos e seus esporos (~ 10 min.)
VAPOR DE FLUXO LIVRE (NÃO PRESSURIZADO)
Equivalente a água fervente (100ºC ao nível do mar). Não mata os 
endosporos bacterianos e alguns vírus 
Um tipo do vírus da hepatite pode sobreviver a até 30 min 
de fervura e alguns endosporos bacterianos resistem à 
fervura por mais de 20 h.
MÉTODO FÍSICO
AUTOCLAVE:
Esterilização mais confiável: temperatura acima da água fervente (através 
do vapor sob pressão)
Método preferencial de esterilização, usada a menos que o material
possa ser danificado pelo calor ou umidade.
Aumenta a pressão interna, e consequentemente a temperatura: 1 atm e
121ºC.
121 ºC – suficiente para matar todos os organismos e seus endosporos
por 15 min.
Figura 1. Autoclave
MÉTODO FÍSICO
PASTEURIZAÇÃO:
Louis Pasteur: descobriu um método prático de prevenir a
deterioração da cerveja e vinho através de um aquecimento leve
(suficiente para matar microrganismos que causavam a
deterioração sem alterar o sabor do produto).
- Principalmente utilizado na Indústria de Laticínios
- Teste de eficiência: atividade da fosfatase (enzima presente no
leite que após a pasteurização deve estar inativada).
Pasteurização lenta: em que se aplicam temperaturas
mais baixas durante maior tempo (65°C por 30 minutos).
Pasteurização rápida: quando se aplicam temperaturas
mais altas (75°C) durante alguns segundos - HTST (High
Temperature and Short Time) ou "alta temperatura e curto
tempo".
Pasteurização muito rápida, quando a temperatura vai
de 130°C a 150°C, durante três a cinco segundos - UHT
(Ultra High Temperature) ou "temperatura ultra-elevada".
MÉTODO FÍSICO
Tratamentos Equivalentes:
À medida que a temperatura é aumentada, muito menos tempo é 
necessário para matar o mesmo nº. de micróbios.
Ex. Endosporos
- 115º C – 70 min.
-125 ºC – 7 min.
63 ºC – 30 min. (pasteurização)
72 ºC – 15 s (HTST)
140 ºC - < 1 s (UHT)
Resultados similares
MÉTODO FÍSICO
2. FILTRAÇÃO:
Passagem de um líquido ou gás através de um material semelhante
a uma tela, com poros pequenos o suficiente para reter os
microrganismos.
- Filtro de Partículas de Ar de Alta Eficiência (HEPA – high
efficiency particulate air). Ex: salas de hospitais com pacientes
queimados (0,3 µm).
- Filtro de Membrana – compostos por ésteres de celulose ou
polímeros plásticos (normalmente usa-se filtro de 0,2 µm).
MÉTODO FÍSICO
3. BAIXAS TEMPERATURAS:
- Depende do tipo de microrganismo e da intensidade de
aplicação.
- Diminuição/interrupção do metabolismo celular.
Refrigeradores comuns (0 – 7 ºC): efeito bacteriostático (a temperatura afeta
a reprodução e o metabolismo celular).
Temperaturas baixas (abaixo do ponto de congelamento) obtidas
RAPIDAMENTE tendem a tornar os micróbios dormentes – não
necessariamente os mata.
O congelamento LENTO é mais nocivo – os cristais de gelo que se formam e
crescem rompem a estrutura celular e molecular dos microrganismos.
MÉTODO FÍSICO
4. RESSECAMENTO:
Na ausência de água, os microrganismos não podem crescer ou se
reproduzir mas podem permanecer viáveis por anos através das
formas de resistência (endosporos/esporos).
Liofilização os microrganismos são submetidos à
desidratação extrema em temperaturas de
congelamento mantidas em ampolas fechadas à vácuo.
A resistência das células vegetativas ao ressecamento varia com a 
espécie e o ambiente do organismo.
Bactéria da gonorreia – pode suportar o ressecamento por cerca de 
1 hora;
Bactéria da tuberculose – pode permanecer viáveis por meses;
Endósporos bacterianos podem sobreviver por séculos.
MÉTODO FÍSICO
5. PRESSÃO OSMÓTICA:
Ø Concentrações de sais – Plasmólise
Ø Processo semelhante ao ressecamento
Ø Bastante utilizado na conservação de alimentos.
Ex: curar carnes (sal) e conservar frutas (açúcar).
Fungos – mais resistentes em crescer em baixas concentrações de água
e altas concentrações de sais. Essa propriedade combinada com
capacidade de crescer em condições ácidas é a razão pela qual as frutas
e grãos são deteriorados por fungos.
MÉTODO FÍSICO
6. RADIAÇÃO:
Radiação tem vários efeitos sobre as células, dependendo do seu
comprimento de onda, intensidade e duração.
Dois tipos de radiação que mata microrganismos:
- Radiação Ionizante
- Radiação não-ionizante
RADIAÇÃO IONIZANTE:
- Radiações de pequeno comprimento de onda e portanto de alta 
energia e penetrabilidade.
- Raios Gama, raios X ou feixes de elétrons de alta Energia.
- Além de microbicidas os raios de alta energia são capazes de 
penetrar em pacotes de produtos e esterilizar seus interiores são 
mais utilizados para esterilizar alimentos e equipamentos médicos
MÉTODO FÍSICO
RADIAÇÃO NÃO - IONIZANTE:
- Possui um comprimento de onda > que da Radiação 
Ionizante (normalmente acima de 1 nm).
- Luz Ultra Violeta (UV): comprimento de onda de 4 a 400 nm, 
sendo o comprimento de 260 nm o mais eficiente.
Desvantagem - apresenta baixa penetrabilidade (não atravessa
vidros, filmes escuros e outros materiais). 
MÉTODO FÍSICO
O gray (representado por
Gy) é a unidade
no Sistema Internacional
de Unidades de dose
absorvida. Ele representa
a quantidade de energia
de radiação ionizante
absorvida (ou dose) por
unidade de massa.
O uso da temperatura no controle de microrganismos (fonte: Pelczar et al., 1996).
O uso da temperatura no controle de microrganismos (fonte: Pelczar et al., 1996).
MÉTODOS DE CONTROLE 
MICROBIANO
2. MÉTODO QUÍMICO:
Os agentes químicos são usados para controlar o crescimento de
microrganismos em ambos os tecidos vivos e os objetos
inanimados (DESINFETANTES).
AGENTES QUÍMICOS: dificilmente se obtém a esterilidade
PROBLEMA: ação dos agentes é diferente para cada microrganismo.
- Alta toxicidade para os microrganismos 
- Solúvel em água 
-Estabilidade elevada 
-Ausência de toxicidade para o homem e 
animais 
- Ausência de afinidade por matéria orgânica 
estranha 
- Toxicidade para os microrganismos em 
temperatura ambiente 
- Capacidade de penetração 
- Não ser corrosivo e nem manchar 
- Desodorante (inodoro ou odor agradável)
-Detergente (remover mecanicamente os 
microrganismos)
-Disponibilidade e baixo custo
CARACTERÍSTICAS 
DOS AGENTES 
QUÍMICOS
MÉTODOS QUÍMICOS MAIS USADOS
n FENOL (ácido carbólico) E COMPOSTOS FENÓLICOS
n solução de fenol 5% mata rapidamente as formas vegetativas dos 
microrganismos, porém os esporos são muito mais resistentes.
n o fenol por ser tóxico e apresentar odor desagradável não é muito 
utilizado como desinfetante ou anti-séptico. 
- Pastilhas de Garganta: apresenta fenol que tem um efeito analgésico 
mas baixo efeito antimicrobiano. 
Altera a permeabilidade seletiva da membrana, desnatura e
inativa proteínas como enzimas, causando uma perda de
substâncias intracelulares (lisam as células).
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
• FENOL (ácido carbólico) E COMPOSTOS FENÓLICOS
n Tem sido substituído por vários derivados químicos, os quais são 
menos tóxicos para os tecidos e mais ativos para os 
microrganismos. Alterações na estrutura do fenol → aumento da ação 
antimicrobiana ediminuição da toxicidade (alquil-fenóis – orto, meta e 
para-cresóis; creolina).
• Exemplos :
• lysol - desinfetante produzido a partir de uma solução de
sabão contendo o-fenilfenol (orto), o-benzil-p-clorofenol e
xilenol, usado para desinfetar objetos inanimados(assoalhos,
paredes e superfícies de mesa, termômetro retal);
• hexaclorofeno - atua como um bacteriostático em bactérias
Gram +, particularmente em estafilococos. (3% xampus, sabão)
MÉTODOS QUÍMICOS MAIS 
USADOS
BIGUANIDAS
Clorexidina (frequentemente utilizada no controle microbiano da pele 
e mucosas) (Merthiolate).
- Efetiva para a maioria das bactérias vegetativas e fungos, mas não 
é esporicida.
- Combinada a um detergente ou álcool, é utilizada para a escovação
cirúrgica das mãos e preparo pré-operatório.
Efeito bactericida: está relacionado à lesão que este reagente causa 
a membrana plasmática.
MÉTODOS QUÍMICOS MAIS 
USADOS
• HALOGÊNIOS
Iodo e Cl são agentes antimicrobianos efetivos, tanto isoladamente quanto como 
constituintes de compostos inorgânicos e orgânicos. 
• É um agente microbicida de alta eficiência contra todos as espécies bacterianas. 
É também esporicida, fungicida, virucida e amebicida.
• Usados principalmente para assepsia da pele. Também desinfeta pequenas 
quantidades de água; na sanitificação de utensílios de alimentação; desinfeta o 
ar (vapores de iodo)
Mecanismo do I2: o iodo se combina ao aminoácido tirosina, um
componente de muitas enzimas e outras proteínas celulares,
inibindo a função proteíca. Também oxida os grupos sulfidrila (- SH)
de certos aminoácidos que são importantes para manter a estrutura
das proteínas.
IODO
na) AÇÃO: age sobre esporos, fungos e vírus
nb) USO: 2% em água ou solução alcoólica
nc) Assepsia de tecidos / sabonete de iodo
Está disponível como:
tintura – solução em álcool
iodóforo – molécula orgânica da qual o iodo é liberado 
lentamente (não mancham e são menos irritantes)
Aplicação: desinfecção da pele e tratamento de feridas.
HALOGÊNIOS
CLORO
Hipoclorito de cálcio: usado para desinfetar equipamentos de laticínios e 
utensílios de restaurantes.
Hipoclorito de sódio: desinfetante doméstico, utilizado em indústrias 
alimentícias e em sistemas de hemodiálise.
•Uma solução de hipoclorito 1% é usada como desinfetante doméstico; 
•5 a 12% como alvejantes e desinfetantes domésticos e como sanitificantes 
em instalações de laticínios e indústrias de alimentos
MÉTODOS QUÍMICOS
MAIS USADOS
É um forte oxidante que impede o funcionamento de boa parte do 
sistema enzimático celular.
•Cloro na forma gasosa (Cl2) ou em combinações químicas representa um
dos desinfetantes mais largamente utilizados
•O gás comprimido em forma líquida é a escolha universal para a
purificação de águas de abastecimento, pública, piscinas e estações de
tratamento de água e esgoto.
nVANTAGEM: permanência de atividade residual (sem recontaminação)
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
ÁLCOOIS
a) desnaturação de proteínas
b) desorganização dos lipídeos de membrana
c) agente desidratante
d) Antisséptico e desinfetante
e) Maior ação em células vegetativas do que em esporos
f) Aumento da eficácia: diluição a 70% em água - O etanol puro é menos 
efetivo que as soluções aquosas (etanol + água), pois a desnaturação 
requer água.
VANTAGENS: agem e depois evaporam sem deixar resíduo.
- ÁLCOOIS
- os álcoois propílicos e isopropílicos 40 a 80% são bactericidas para
células vegetativas.
- O álcool etílico 70% e o álcool isopropílico 90% (mais eficiente
contra vírus) são utilizados como anti-sépticos de pele e como
desinfetantes de termômetro clínicos de uso oral, e de certos
instrumentos cirúrgicos.
Porém não são considerados anti-sépticos satisfatórios quando
aplicados a feridas –causam a coagulação de uma camada de
proteína, sob a qual as bactérias continuam a crescer.
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
METAIS PESADOS E SEUS COMPOSTOS
- Bastante utilizados como germicidas ou anti-sépticos.
- Prata, Mercúrio, Cobre e Zinco.
- Nitrato de Prata 1 %, Cloreto de Mercúrio, Sulfato de Cobre, 
Cloreto de Zinco.
Mecanismos de ação: quando os íons de metal se combinam com os 
grupos sulfidrilas nas proteínas celulares ocorre a desnaturação.
PRATA:
É UTILIZADA COMO ANTISÉPTICO EM SOLUÇÃO DE NITRATO DE
PRATA 1%
Curativos impregnados com prata liberam lentamente os íons
demonstram serem úteis quando há problemas com bactérias
resistentes à antibióticos.
MERCÚRIO:
Cloreto de mercúrio –
EFEITO BACTERIOSTÁTICO.
-Seu uso é limitado devido sua toxicidade, poder de 
corrosão e ineficácia em contato com a matéria orgânica;
-Utilizado em tintas para evitar mofo;
- Mercurocromo – usado domesticamente.
COBRE:
Sulfato de cobre – usado para inibir algas verdes (algicida)
Hidroxiquinolina de cobre
– utilizados em tintas para prevenir mofo
ZINCO:
Telhas galvanizadas: revestidas com zinco para evitar
crescimento microbiológico;
Soluções de bochecho – cloreto de zinco
Antifúngico em tintas – óxido de zinco (componente de pigmentos)
Alguns desinfetantes, antisépticos e detergentes mais comumente usados 
Agente Químico Concentração (%) Aplicações
Compostos Fenólicos 0.5 - 3.0 desinfecção de objeto inanimado
Álcoois 70 - 90 antisepsia da pele, desinfecção de instrumento cirúrgico
Iodo 1 antisepsia da pele, pequenos cortes, desinfecção da água
Compostos Clorados 0.5 - 5.0
desinfecção de água, superfícies 
não metálicas, equipamento de 
laticínios, materiais domésticos
Compostos Quaternários 0.1 - 0.2 saneamento ambiental de superfícies e equipamentos
Compostos Mercuricos 1 antisepsia da pele, desinfecção de instrumentos *
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
AGENTES DE SUPERFÍCIE
Agentes de superfície (tensoativos ou surfactantes) podem
reduzir a tensão superficial entre as moléculas de um líquido.
- sabão: pouco valor anti-séptico (mais importante na
remoção mecânica através da esfregação).
- detergentes: ânion da molécula reage com a membrana
plasmática (atuam sobre um amplo espectro de micróbios
e não são tóxicos)
COMPOSTOS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO
(QUATS) – apresenta íon amônio de 4 valências.
Agente de superfície mais amplamente usado (detergente iônico)
Sua capacidade de limpeza está relacionada à parte positivamente 
carregada (cátion) da molécula.
São bactericidas contra gram-positivas e em menor ação contra gram-
negativas.
CLORETO DE BENZALCÔNICO
CLORETO DE CETILPIRIDÍNIO
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
MÉTODOS QUÍMICOS
MAIS USADOS
ALDEÍDOS:
GÁS FORMALDEÍDO – excelente desinfetante – encontrado como 
FORMALINA (37% de gás formaldeído)
Extensivamente usada para conservar amostras biológicas e inativar 
bactérias e vírus em vacinas.
GLUTARALDEÍDO – menos irritante e mais efetivo que o formaldeído.
Usado para desinfetar instrumentos hospitalares – pode ser considerado
esterilizante.
Usados por agentes funerários para embalsamar.
QUIMIOESTERILIZANTES GASOSOS:
- Substâncias químicas que esterilizam em uma câmara fechada com o 
uso de gás.
- ÓXIDO DE ETILENO: desnatura proteínas. Mata todos os micróbios e 
endosporos, mas requer tempo de exposição prolongado (4 a 18 
horas)
- Altamente penetrante
- Outros gases: óxido de propileno e beta-propiolactona (suspeita de 
serem carcinogênicos)
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
n PEROXIGÊNICOS:
n Exercem atividade antimicrobiana oxidando componentes celulares.
n Ex: ozônio, peróxido de hidrogênio, peróxido de benzoíla e ácido 
peracético.
CONSERVANTES DE ALIMENTOS:
- Retardam a deterioração:
o Benzoato de sódio e ácido sórbico – alimentos ácidos (queijos e 
refrigerantes);
o Propionato de cálcio – pães
o Nitrato de sódio – embutidos (presunto, salame, salsicha)
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
Técnica de diluição em tubo;
Técnica de inoculação em placa;
Técnica do coeficiente fenólico.
MÉTODOS PARA AVALIAR A ATIVIDADE 
ANTIMICROBIANA DOS DESINFETANTES E ANTI-
SÉPTICOS.
Fonte: Madigan et al., 2010
Teste de Difusão em Discos - Antibiograma
Padrões definidos pelo 
Instituto de PadrõesClínicos e Laboratoriais 
(CLSI)
Um exemplo do tipo de resultado obtido com o 
método do coeficiente fenólico na avaliação de 
desinfetantes – organismo-teste Salmonella 
typhi .
Técnica do coeficiente fenólico.
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:
n A maioria dos agentes físicos é muito drástica e a maioria dos
agentes químicos é muito tóxica para uso interno em humanos.
n Mesmo antissépticos moderados podem ser aplicados somente
sobre a pele.
n Os fármacos antimicrobianos são classificados de acordo com
sua estrutura molecular, seu mecanismo de ação e seu espectro
de atividade antimicrobiana.
n Diferentes tipos de fármacos antimicrobianos são produzidos
continuamente pela indústria farmacêutica.
n Categorias de fármacos antimicrobianos: Agentes sintéticos
Antibióticos
AGENTES QUIMIOTERÁPICOS:
Agentes sintéticos:
Salvarsan- primeiro agente quimioterápico: composto orgânico com 
arsênio para tratamento da sífilis: até 1900 (muito tóxico) 
Paul Erlich - Prêmio Nobel 1908
SULFAS (Sulfanilamida)
Análogo do ácido p-aminobenzóico inibe 
a síntese de ácido fólico,precursor de 
ácidos nucléicos. 
MÉTODOS QUÍMICOS 
MAIS USADOS
ANTIBIÓTICOS ® (antimicrobianos obtidos a partir de um
ser vivo)
Controle microbiano através da ingestão ou aplicação superficial.
Alexander Fleming foi o primeiro a utilizar o termo antibiótico
para designar moléculas produzidas por um determinado
organismo capaz de inibir o crescimento de outros.
- inibem a síntese da Parede Celular,
- inibidores competitivos de enzimas,
- inibidores à síntese de proteínas nos ribossomos,
- danos à Membrana Plasmática,
- inibe a síntese de Ácidos Nucléicos.
MÉTODOS QUÍMICOS MAIS 
USADOS
MÉTODOS QUÍMICOS MAIS 
USADOS
ANTIBIÓTICOS
- Alguns antibióticos são utilizados para controle de produtos 
(bacteriocina).
Nisina: adicionada ao queijo para inibir o crescimento de certas 
bactérias da deterioração formadoras de endosporos
Natamicina: antibiótico antifúngico aprovado para uso em 
alimentos, principalmente para queijo.
- Espectro de ação: * Largo espectro (ex: Tetraciclina)
* Baixo espectro (ex: Vancomicina)
Antibióticos b-lactâmicos: 
Principais representantes: penicilinas e cefalosporinas
* 50% dos antibióticos produzidos mundialmente
* Produtores: Penicillium chrysogenum: penicilina
Acremonium spp.: cefalosporina
* Inibem a síntese de peptidoglicano (transpeptidação)
* Provocam a liberação de autolisinas: digestão da
parede já existente
* Espectro: ativos contra bactérias Gram positivas
* Aparecimento de resistência: produção de β-lactamases
Principais Agentes Antimicrobianos de Procariotos
Antibióticos Aminoglicosídeos: 
* Aminoaçúcares unidos por ligações glicosídicas
* Principal representante: Estreptomicina (produzida por
Streptomyces griseus)
* Ação: inibição da síntese de proteínas (ligação com a subunidade 30S)
* Espectro: ativos contra G- e G+, usados clinicamente contra Gram negativos
* Rápido aparecimento de cepas resistentes
* Apenas 3% do total de antibióticos produzidos
Principais Agentes Antimicrobianos de Procariotos
Eritromicina
Fonte: Madigan et al., 2010. Microbiologia de Brock
Principais Agentes Antimicrobianos de Procariotos
Antibióticos Macrolídeos: 
* Principal representante: Eritromicina (produzida por
Streptomyces erythreus)
* Ação: inibição da síntese de proteínas - combina-se com a subunidade 
50S ribossomal
* Ativos contra bactérias Gram + e Gram -
* Usado em substituição à penicilina para
pacientes alérgicos
Fonte: Madigan et al., 2010. Microbiologia de Brock
Produção e Utilização Anual de Antibióticos no Mundo
*
*
*
*
* Antibióticos β-lactâmicos
Fármacos Antifúngicos
• Apresentam problemas para o desenvolvimento de quimioterápicos
• Muitos fármacos antifúngicos podem ser utilizados apenas em 
aplicações tópicas 
• Alguns apresentam toxicidade seletiva: afetam estruturas ou processos 
metabólicos específicos dos fungos
• Principais representantes: Polienos (Streptomyces nodosus; S. nursei)
Azóis (fármacos sintéticos)
Alilaminas
Fonte: Madigan et al., 2010. Microbiologia de Brock
Mecanismos de Ação de Agentes 
Quimioterápicos Antifúngicos
Controle de vírus
* A condição de parasita intracelular obrigatório
- íntima ligação com as funções da célula hospedeira
- dificuldade de controle pela rápida variação genética
a) Análogos de Nucleosídeos
* AZT (Zidovudine): análogo estrutural da timidina -
bloqueia a síntese de DNA intermediário dos
retrovírus (bloqueia a transcriptase reversa)
* Aciclovir: inibe o alongamento do ácido nucleico viral
b) Neviparina: liga-se à transcriptase reversa, inibindo sua
ação
c) Rifamicina: inibe a RNA polimerase
Fármacos Antivirais
RESISTÊNCIA A COMPOSTOS
ANTIMICROBIANOS
Capacidade adquirida por um organismo de resistir a um
agente quimioterápico ao qual este é normalmente
susceptível.
Envolve GENES DE RESISTÊNCIA:
-Trocas genéticas
-Mutação.
Aparecimento de Resistência a Drogas Antimicrobianas 
em Alguns Patógenos Humanos
Fonte: Madigan et al., 2010. Microbiologia de Brock
* Apresentam linhagens que não podem ser controladas com os fármacos 
atualmente conhecidos
*
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*
Surgimento de bactérias resistentes às drogas antimicrobianas. 
(a) relação entre o uso do antibiótico e a porcentagem de bactérias resistentes 
(b) porcentagem de casos relatados de gonorréia causada por linhagens 
resistente às drogas
Fonte: Madigan et al., 2010. Microbiologia de Brock
Neisseria gonorrhoaea
Aparecimento de Resistência a Drogas Antimicrobianas 
ATÉ A PRÓXIMA!!!

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