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Contestação Caso 14 Condominio

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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCESSO Nº 123456
Legitimidade ativa – Armando Martins Legitimidade passiva – Condomínio Bosque das Capivaras
 Condomínio Bosque das Capivaras, neste ato, representado pelo seu síndico, Sr. Celio Silva, já devidamente qualificado nos autos de ação indenizatoria, movida por Armando Martins, também já devidamente qualificado na inicial, pelo rito ordinário, vem por seu advogado legalmente constituído (procuração em anexo), com endereço profissional na Rua XXX, nº XXX, bairro XXX, Rio de Janeiro, para fins do artigo. 39, I, CPC, vem respeitosamente perante vossa excelência propor a seguinte CONTESTAÇÃO.
I- PRELIMINARMENTE
 CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA
 O autor ajuizou ação em face do reu, alegando ser ele o responsável pelo acontecido e o mesmo planeja obter indenização, contudo o condomínio não é parte legitima para se encontrar no polo passivo desta ação, uma vez que, tem-se o conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 201, logo é parte individualizada, já que o exercício deixa claro que a unidade que lançou o objeto tinha sido identificada, não podendo o condomínio responder pelo dano nos termos do art. 938 do Código Civil.
 “Art. 938, CC. Aquele eu habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.”
Desta feita, ante a todos os argumentos expostos, não resta duvidas que a parte legitima para estar no polo passivo da demanda, é o dono do apartamento 201, unidade autônoma, seja ele proprietário ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi lançado.
 II- DOS FATOS
 Armando andava pela calçada da rua onde morava, no bairro de Botafogo, Cidade do Rio de Janeiro, alegou ele que foi atingido por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 201 do Condomínio Bosque das Capivaras. Foi relatado em sua petição inicial que desmaiou com o impacto, sendo socorrido por pessoas que passavam na rua, acionaram o corpo de bombeiros que o levou para o hospital Municipal X. Armando foi atendido e passou por procedimento cirúrgico para estagnar uma hemorragia interna sofrida.
 Passados alguns dias Armando comenta que passou mal, e teve de retornar ao hospital do município X, e foi descoberto que devido há um erro médico teve a necessidade de realização de nova cirurgia, em decorrência de uma infecção no crânio causada por uma gaze cirúrgica deixada no seu corpo por ocasião da primeira cirurgia. Dito isso, ele alega na inicial que sofreu danos, requerendo o pagamento de lucros cessantes, tanto pelo tempo em que ficou sem trabalhar em decorrência da primeira cirurgia quanto pelo da segunda, porém não lhe comporta direito, além disso requer também danos morais.
 III- DO MÉRITO
 Devendo este ser demandado, e não propriamente dito em relação ao fato exposto, uma vez que, o próprio em peça inicial afirma que estava até mesmo exercendo suas atividades laborais, e que somente alguns dias, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi devido ao erro médico.
	Nestes termos, vejamos o que dispõe a legislação civil acerca desse tipo de situação:
 “Art. 403. CC. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do prejuízo disposto na lei processual.”
 Embora eu sob o ponto de vista material o evento esteja relacionado, a queda do pote de vidro que fora lançado do apartamento 201, unidade individualizada do condomínio bosque das capivaras, apenas deve ser atribuído os resultados sofridos do primeiro evento, isto é, valor total de R$ 30.000,00 ( trinta mil reais), a título de lucros cessantes, pela violação de sua integridade física. Porém, como esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento correto seria nomear um perito em juízo, cabendo a este analisar se o valor foi corretamente calculado.
 IV- DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a vossa excelência:
I - O acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com a consequente extinção do processo sem analise do mérito;
II - Julgar parcialmente os pedidos do autor, alegado na inicial, uma vez que foi identificado o causador do acontecido;
III - A condenação do autor aos honorários advocatícios fixados em 25%;
 
V- DAS PROVAS
Outrossim, requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do artigo 332 do CPC, em especial o que se desrespeita às prova, tais como:
·	Documental 
·	Testemunhal
·	Pericia 
·	Laudo médico 
Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento
Fortaleza, 25 de maio de 2017.
Gilberto Chaves Custodio Pedrosa
OAB/CE nº 201501583115

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