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Processo Civil_


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FASES METODOLÓGICA DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
€ São quatro fases: praxismo, processualismo, instrumentalismom e neoprocessualismo. 
€ Praxismo (ou sincretismo): 
ª não há autonomia entre direito material e processual; 
ª o processo é o direito material em movimento; e 
ª o processo é o aspecto prático do direito material. 
€ Processualismo (automismo): 
ª marcado pela autonomia entre direito material e processual; e 
ª o direito processual em esfera totalmente distinta do direito material. 
€ Instrumentalismo: 
ª autonomia mantida; 
ª aproximação do direito processual ao direito material; e 
ª direito processual concretiza e efetiva o direito material, ao passo que este dá sentido àquele. 
€ Neoprocessualismo (formalismo valorativo, formalismo ético, modelo constitucional de processo) 
ª a Constituição se apresenta como norma fundante das normas processuais; e 
ª por consequência temos a consagração dos direitos fundamentais. 
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JURISDIÇÃO E AÇÃO 
z ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO: 
ª primeiro estágio: imanentistas, para os quais o processo civil é visto como parte integrante do Direito 
Civil. 
ª segundo estágio: autônoma, que possui regras e princípios próprios e está TOTALMENTE desvinculada do 
Direito Civil. 
ª terceiro estágio: instrumentalistas, que defendem a reaproximação do direito processual do direito 
material. 
z NEOCONCRETISTAS: o Direito Processual Civil e o Direito Civil estão muito próximos um do outro, o Direito 
Processual Civil tem um único sentido, o de prestar a tutela jurisdicional a quem fizer jus a ela no plano material. 
z JURISDIÇÃO: Jurisdição constitui parcela do Poder Estatal, voltada para a função jurisdicional, que é executada como 
uma atividade, composta por um complexo de atos para a prestação efetiva da tutela jurisdicional. 
z JURISDIÇÃO É PODER, FUNÇÃO E ATIVIDADE: 
x JURISDIÇÃO COMO PODER - Poder Estatal de interferir na esfera jurídica dos jurisdicionados. 
x JURISDIÇÃO COMO FUNÇÃO - Encargo atribuído pela CF ao Poder Judiciário (em regra). 
x JURISDIÇÃO COMO ATIVIDADE - Conjunto de atos praticados pelos agentes estatais investidos de jurisdição. 
z CARACTERÍSTICAS: 
a) Caráter substitutivo - caracteriza-se a jurisdição por substituir a vontade da parte pela vontade da Lei aplicada 
ao caso concreto, como forma de colocar fim ao conflito. 
b) Lide ʹ caracteriza-se a jurisdição por atuar quando há um conflito de interesses em decorrência de uma 
pretensão resistida. 
c) Inércia ʹ caracteriza-se a jurisdição por ficar subordinada à provocação pela parte (princípio da demanda); e 
d) Definitividade ʹ caracteriza-se a jurisdição por decidir o conflito de interesses de forma incontestável, 
definitiva e imutável. 
z EQUIVALENTES JURISDICIONAIS 
ª autônomos: transação, reconhecimento jurídico do pedido, renúncia. 
ª heterônomo: tribunais administrativos e arbitragem. 
Sem necessidade de maior aprofundamento, é relevante ter em mente alguns conceitos: 
ª AUTOTUTELA: Solução de conflitos pelo uso da força, por intermédio do qual a parte vencedora sacrifica o 
interesse da outra. 
ª CONCILIAÇÃO: Solução de conflitos pela vontade das partes, por intermédio da conciliação (transação), da 
submissão ou da renúncia. 
ª MEDIAÇÃO: Solução de conflitos fundada no exercício da vontade das partes, sem a existência de um 
sacrifício de interesses, mas na investigação das causas que levaram ao conflito, com a finalidade de assegurar 
o real interesse de ambas as partes. 
ª ARBITRAGEM: Solução de conflitos por intermédio da nomeação consensual (prévia ou posterior ao conflito) 
de árbitros que tenham a confiança das partes para a solução do conflito de interesses. Essa solução decorre 
da imposição da decisão pelo terceiro (árbitro), independentemente da vontade das partes. 
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ª TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS: A solução de questões por tribunais administrativos também é considerada 
como um equivalente jurisdicional para parte da doutrina. São exemplos o CADE (Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica) e o CARF (Conselho Administrativo da Receita Federal). 
z PRINCÍPIO 
ª Princípio da investidura: necessidade de que a jurisdição seja exercida pela pessoa legitimamente investida na 
função jurisdicional. 
ª Princípio da territorialidade: apenas poderá ser exercida a jurisdição dentro dos limites territoriais brasileiros, em 
razão da soberania do nosso Estado. 
ª Princípio da indelegabilidade: a) externa; e b) interna. 
Pela perspectiva externa, o princípio da indelegabilidade remete à ideia de que o Poder Judiciário não poderá 
outorgar a sua competência a outros poderes. Dito de forma simples, não pode o Poder Judiciário delegar a 
atribuição de julgar os processos aos poderes Executivo ou Legislativo. 
Pela perspectiva interna, o princípio da indelegabilidade entende que a jurisdição é fixada por intermédio de 
um conjunto de normas gerais, abstratas e impessoais, não sendo admissível a delegação da competência 
para julgar de um Juiz para outro. 
ª Princípio da inevitabilidade: o princípio da inevitabilidade impõe às partes a vinculação ao processo e a sujeição à 
decisão judicial. 
1º momento: vinculação das partes ao processo judicial. 
2ª momento: estado de sujeição ante a vinculação automática. 
ª Princípio da inafastabilidade: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a 
direito. 
1º aspecto: relação entre contencioso judicial e administrativo. 
2º aspecto: acesso à ordem jurídica justa. 
ª Princípio do juiz natural: ninguém será julgado a não ser pela autoridade competente. 
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COMPETÊNCIA INTERNA 
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, RESSALVADO às partes o 
direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. 
FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA - registro ou distribuição da petição 
¾ regra - fixada, decorre a perpetuação da competência 
¾ exceção 
o supressão do órgão judiciário 
o alteração da competência absoluta 
Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as 
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, SALVO quando suprimirem órgão judiciário 
ou alterarem a competência absoluta. 
Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas 
neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas 
constituições dos Estados. 
z CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
ª competência de foro X competência do Juízo 
COMPETÊNCIA DO FORO (TERRITORIAL) COMPETÊNCIA DO JUÍZO 
O foro deve ser compreendido como o local em que o 
magistrado exerce sua competência. 
Uma vez definido o local, deve-se perquirir qual é o Juízo 
competente, ou seja, qual, dentre os vários juízes do 
foro, é concretamente competente. 
ª competência originária X competência derivada 
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA COMPETÊNCIA DERIVADA 
Define o órgão jurisdicional para conhecer o processo 
pela primeira vez. 
Estabelece a reponsabilidade de julgar recursos a partir 
da decisão do órgão originariamente competente. 
ª competência relativa X competência absoluta 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA 
Estabelece regras de competência a partir do interesse 
público. 
Fixa regras de competência a partir do interesse 
particular. 
z CRITÉRIOS 
¾ Objetivo: a) em razão da matéria; b) em razão da pessoa; e c) em razão do valor. 
¾ Funcional 
¾ Territorial 
z COMPETÊNCIA OBJETIVA 
ª competência em razão da pessoa (que leva em consideração o elemento partes) 
ªcompetência em razão da matéria (que leva em consideração a causa de pedir) 
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ª competência em razão do valor da causa (que leva em consideração o pedido) 
z CRITÉRIO TERRITORIAL 
ª Servirão para definir, dentro da competência da justiça comum estadual ou federal, onde a demanda será 
proposta. 
z CRITÉRIO FUNCIONAL 
ª competência originária e recursal; 
ª competência de acordo com a fase do processo (cognição, cautelar ou execução); 
ª competência em razão de assunção de competência, instituto próprio do NCPC, que está previsto no art. 
947; 
ª competência decorrente de arguição de inconstitucionalidade em controle difuso, disciplinada no NPCP, no 
art. 948. 
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PARTES E PROCURADORES 
භ�CAPACIDADES 
‡ capacidade para ser parte 
‡ capacidade para estar em juízo 
‡ capacidade postulatória 
භ���W��/��������^�Z�W�Zd� (também conhecida como capacidade processual ou judiciária) remete ao conceito de 
capacidade civil. 
භ�CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO (de capacidade processual em sentido estrito, ou legitimatio ad processum) refere-
se ao modo como se exerce a ação e a defesa no curso do processo em relação à prática de atos processuais. 
ª TODA pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. 
ª O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. 
ª A curadoria do incapaz será determinada em duas situações: 
a) quando o incapaz não possuir representante ou assistente; ou 
b) quando os interesses do incapaz colidirem com os interesses do representante ou do assistente. 
ª O NCPC prevê a designação de curador especial para o réu preso revel e para aqueles que foram citados por edital 
ou por hora certa. 
CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO ? REGRAS ESPECÍFICAS 
União AGU 
Estados e Distrito Federal procuradores do Estado 
Município Prefeito ou procuradores municipais 
autarquias e fundações públicas quem tiver essa prerrogativa de acordo com lei específica. 
massa falida administrador judicial 
herança jacente ou vacante curador 
espólio inventariante 
pessoa jurídica quem o ato constitutivo designar ou seus diretores 
sociedade e associações sem personalidade jurídica pessoa que for responsável pela administração dos bens 
pessoa jurídica estrangeira gerente, representante ou administrador da filial no Brasil 
condomínio administrador ou síndico 
ª Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja 
parte. 
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ª A sociedade ou a associação sem personalidade jurídica NÃO poderá opor a irregularidade de sua constituição 
quando demandada. 
ª O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para 
qualquer processo. 
භ� CAPACIDADES PROCESSUAIS (OU POSTULATÓRIA): atributo para que determinada pessoa possa praticar 
validamente atos processuais. 
ª Atributo conferido ao advogado regular perante a OAB e, em situações específicas, à própria parte. 
ª Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo 
e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
¾ Se o autor não regularizar a incapacidade processual ou a irregularidade de representação, o processo será 
extinto sem julgamento do mérito. 
¾ Se o réu não regularizar a incapacidade processual ou a irregularidade de representação, ele será revel no 
processo, considerando-se que se recusou a manifestar-se validamente no processo. 
¾ Se for terceiro interessado no processo, poderá ser excluído ou considerado revel. 
ª Na fase recursal 
¾ NÃO conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
¾ Determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
භ�LEGITIMAÇÃO PARA AGIR 
Para encerrar a primeira parte, é importante deixar claro que as capacidades que estudamos acima não se confundem 
com a legitimação. 
A pessoa, pela simples existência, tem capacidade de ser parte. Digamos que seja plenamente capaz, não esteja presa 
e tenha sido citada regularmente, logo, terá também capacidade de estar em Juízo. Vamos supor, ainda, que essa 
pessoa tenha constituído advogado de forma regular, que juntou a documentação nos autos de forma que não há 
qualquer vício da capacidade postulatória. Na situação acima, ainda que atendidas as regras relativas à capacidade, 
pode ocorrer de a parte não ter legitimação para agir sozinha no processo. 
São situações, portanto, que, para além da capacidade, exige-se que duas ou mais pessoa atuem juntas no processo 
ou, pelo menos, que ambas as partes (com capacidade de ser parte, de estar em juízo e postulatória) sejam intimadas. 
Essas situações envolvem a denominada legitimação para agir, que está disciplinada nos arts. 73 e 74, do NCPC. 
Conforme o art. 73, os cônjuges somente poderão propor ações que envolvam os bens do casal conjuntamente. Do 
mesmo modo, quando demandados em lide que envolva bens do casal, ambos os cônjuges devem ser citados. 
Antes de iniciar, é importante registrar que as regras que veremos abaixo aplicam-se tanto aos cônjuges (casado por 
intermédio de contrato solene) como àqueles que convivem em união estável, conforme expõe o §3º do art. 73: 
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. 
O caput do art. 73 estabelece que os cônjuges somente terão legitimidade para agir se estiverem juntos nas ações 
que envolvam direito real imobiliário, a não ser que o casamento se dê em regime de bens de separação absoluta. 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real 
imobiliário, SALVO quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
Deste modo, cabe destacar que não é necessário formar litisconsórcio no polo ativo, basta o consentimento do 
cônjuge. Dito de outra forma, a parte poderá agir sozinha desde que tenha obtido o consentimento do outro cônjuge 
e isso reste provado no processo. 
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De acordo com a doutrina1: 
Não é caso de litisconsórcio necessário. Trata-se de norma que tem o objetivo de integrar a capacidade 
processual ativa do cônjuge demandante. Dado consentimento inequívoco, somente o cônjuge que ingressa com 
a ação é parte ativa; o que outorgou o consentimento não é parte na causa. Nada impede, porém, a formação 
do litisconsórcio ativo, que é facultativo. 
Quando estiverem no polo passivo da ação, ambos os cônjuges devem ser citados nas ações que envolverem as 
hipóteses citadas nos incisos do §1º, do art. 73: 
§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: 
I - que verse sobre direito real imobiliário, SALVO quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; 
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; 
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; 
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de 
ambos os cônjuges. 
Para fins de prova... 
LEGITIMAÇÃO PARA AGIR DOS CÔNJUGES 
Para propor ação: 
z devem ingressar juntos quando envolver ação sobre 
direito real imobiliário, exceto se o regime de bens for 
de separação total. 
Quando demandados: 
z devem ser citados quando envolver ação sobre direito 
real imobiliário, exceto se casados em regime de 
separação total de bens. 
z Ambos os cônjuges deverão, necessariamente, ser 
citados nas seguintes hipóteses: 
ª Ação que envolva fatos relacionadosa ambos os 
cônjuges. 
ª Ação referente à dívida contraída por um dos 
cônjuges a bem de família. 
ª Ação que tenha por objeto o reconhecimento, a 
constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um 
ou de ambos os cônjuges. 
Por exemplo, ação hipotecária em face de bens do casal. 
ª Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor, ou do réu, SOMENTE é indispensável nas hipóteses de 
composse ou de ato praticado por ambos. 
ª A ação de suprimento de vontade de um dos cônjuges poderá ser proposta em duas situações: 
¾ negativa de um dos cônjuges sem justo motivo; e 
¾ quando for impossível o cônjuge conceder o consentimento. 
 
1 DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil, 18ª edição, Bahia. Editora Jus Podvim, 2016, 2016, p. 324. 
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JUIZ 
භ�PODERES, DEVERES E RESPONSABILIDADE JUIZ 
ª assegurar a igualdade de tratamento; 
ª velar pela duração razoável do processo; 
ª prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; 
ª adotar medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias; 
ª promover a autocomposição; 
ª dilatar prazos e alterar a ordem produção dos meios de provas de acordo com as necessidades do conflito; 
ª exercer o poder de política; 
ª determinar o comparecimento pessoa para inquirir partes (não gera confissão); 
ª buscar o conhecimento de mérito com o suprimento de pressupostos processuais e saneamento de vícios 
processuais; 
ª representar para a coletivização de demandas no caso de direitos individuais homogêneos. 
භ�PROIBIÇÃO DO NON LIQUET Æ o juiz NÃO se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico. 
ª O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
භ�PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA - o juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe VEDADO 
conhecer questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 
භ�RESPONSABILIDADE CIVIL DO MAGISTRADO 
‡ agir com dolo ou fraude no desempenho de suas funções; e 
‡ recursar, omitir ou retardar providência que deveria ordenar de ofício quando o pedido não for apreciado no 
prazo de 10 dias. 
භ�IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO 
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO 
presunção absoluta de parcialidade presunção relativa de parcialidade 
Circunstâncias objetivas: 
ª mandatário da parte, perito, membro do MP ou 
testemunha. 
ª decidiu no feito em outro grau de jurisdição 
ª advogado, defensor ou membro do MP (+ 
cônjuge/companheiro ou parente até 3º) 
ª cônjuge/companheiro ou parente até 3º for parte no 
processo. 
Circunstâncias subjetivas: 
ª amigo íntimo ou inimigo da parte ou advogado. 
ª receber presentes de pessoa com interesse na 
causa. 
ª aconselhar ou subsidiar as despesas do processo 
(após iniciado o processo). 
ª credor ou devedor da parte (cônjuge/companheiro 
ou parente até 3º). 
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ª sócio ou membro de direção ou de administração de PJ 
parte no processo. 
ª herdeiro presuntivo, donatário ou empregador 
ª relação de emprego ou prestador de serviços de 
instituição parte no processo. 
ª cônjuge/companheiro ou parente até 3º for advogado 
ou atue no escritório. 
ª promover ação contra parte ou advogado. 
ª interessado no julgamento do processo. 
Violação gera nulidade mesmo se não arguida 
oportunamente 
Não gera nulidade 
Enseja ação rescisória Não enseja ação rescisória 
Arguição por incidente a qualquer tempo Arguição por incidente no prazo de 15 dias a contar do 
conhecimento do fato 
ª será considerada ilegítima a alegação de suspeição: 
x se a própria parte que alegar a suspeição a provocar. 
x se a parte que alegar a suspeição já tiver praticado ato no processo que implique a aceitação tácita do 
magistrado. 
භ�YƵĂŶĚo 2 ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, 
remetendo os autos ao seu substituto legal. 
භ�,/WMd�^�^����/DW��/D�EdK���^h^W�/��K� ?ĂƌƚƐ ?� ? ? ? ? ? ? 
‡ aplica-se 
‡ magistrado 
‡ MP 
‡ auxiliares de justiça 
‡ sujeitos imparciais do processo 
‡ não aplica 
‡ testemunha 
 
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Petição (prazo de 15 dias a contar do 
conhecimento do fato) 
o juiz reconhece o 
impedimento ou a 
suspeição 
autos encaminhados ao 
substituto 
O juiz não reconhece o 
impedimento ou a 
suspeição 
petição autuada em 
apartado 
em 15 dias, o juiz arguido deve apresentar defesa 
e provas 
remessa tribunal 
distribuído ao relator 
definição dos 
efeitos 
sem efeito suspensivo: o processo 
principal continua o curso 
com efeito suspensivo: o processo 
principal ficará suspenso 
atos urgentes serão 
praticados pelo substituto 
legal 
acolhida rejeição 
encerra-se o incidente 
fixa-se o momento a partir do 
qual o juiz não poderia atuar se 
estiver impedido ou suspeito, 
com decreto de nulidade dos atos 
afetados 
recurso 
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ATOS DAS PARTES 
ª produção de efeitos de forma imediata. 
ª consequências: 
x a irretratabilidade, uma vez que os efeitos são imediatos; e 
x a preclusão consumativa, uma vez que a prática do ato pela parte exaure a prerrogativa de fazê-lo. 
ª Veda-se o uso de cotas marginais e interlineares. O juiz mandará riscar e multará a parte em ½ salário mínimo. 
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COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
භ��KE��/dK^ 
ª CITAÇÃO 
‡ ato por meio do qual se dá ciência sobre determinado processo 
‡ réu, executado ou interessado como destinatários 
ª INTIMAÇÃO 
‡ ato de comunicação de atos processuais praticados ou a serem praticados 
‡ partes, auxiliares e terceiros são destinatários 
ª NOTIFICAÇÃO 
‡ comunicação para que se manifeste formalmente sobre assunto juridicamente relevante 
‡ jurisdição voluntária como âmbito de aplicação 
භ�CITAÇÃO 
ª Regular - Ato de integração do demandado ao processo 
ª Irregular - Gera a invalidade do processo 
ª Comparecimento espontâneo - Convalida eventual irregularidade da citação formal 
ª Desnecessidade 
‡ Indeferimento da petição inicial 
‡ Improcedência liminar do pedido 
ª Efeitos da Citação: a citação valida a causa 
‡ induzimento da litispendência 
‡ litigiosidade da coisa 
‡ constituição em mora do devedor 
ª Intimação do réu em improcedência liminar ou indeferimento de petição inicial 
‡ não haverá citação 
‡ o réu apenas será intimado para que tome ciência dos atos praticados no processo 
‡ se o autor apelar, teremos a citação para apresentação das contrarrazões 
ª Formas de citação 
‡ a pessoalidade da citação é a regra geral. 
‡ regras específicas: 
ª CITANDO AUSENTE: se estiver ausente a pessoa a ser citada, considera-se válida a citação efetuada na pessoa 
que recebeu o mandado, que é administradora, preposta ou gerente em nome do ausente. 
ª LOCADOR AUSENTE: nos contratos de locação, se o locador se ausentar do país sem informar a quem compete 
receber intimações, será considerada válida a citação que for encaminhada à pessoa responsável por receber 
os aluguéis. 
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ª CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA: no caso da União, Estados-membros, Distrito Federal, Municípios e respectivas 
autarquias e fundações, a citação deverá ser dirigida ao órgão da advocacia pública competente. 
ª Momento para citação 
‡ REGRA GERAL: poderá ocorrer em qualquer lugar onde se encontre o réu. 
‡ MILITAR: poderá serintimado na unidade onde estiver exercendo suas funções se não for conhecida a sua 
residência ou nela não for encontrado. 
‡ NÃO SERÁ EFETUADA A CITAÇÃO (exceto se necessário para evitar o perecimento do direito): a) de quem 
estiver participando de culto religioso; b) daquele que tiver cônjuge/companheiro ou parente até 2º grau do 
dia do falecimento até os 7 dias seguintes; c) de noivo, do dia do casamento até os 3 dias seguintes; e d) de 
doente, enquanto for grave o seu estado de saúde. 
‡ NÃO SERÁ EFETUADA A CITAÇÃO DO INCAPAZ OU DE QUEM ESTIVER INCAPACITADO DE RECEBÊ-LA. A 
incapacidade deve ser atestada por médico nomeado (laudo no prazo de 5 dias) ou por declaração de médico 
da família. Comprovada a incapacidade, nomeia-se curador para representar seus bens e interesses. 
ª Formas para citação: 
1º) Citação por meio eletrônico. 
‡ Obrigatoriedade de empresas públicas e privadas manterem cadastro nos sistemas processuais eletrônicos. 
‡ A obrigatoriedade estende-se à União, aos estados-membros, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
‡ A obrigatoriedade não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte. 
2º) Citação pelos Correios. 
‡ Não se aplica às ações de estados, às demandas contra incapaz, contra pessoa de direito público, quando o 
demandado residir em local não atendido pelos Correios e quando o autor requerer motivadamente a utilização 
de outra forma. 
3º) Citação por oficial de justiça. 
‡ O oficial poderá se valer da citação por hora certa se for o caso e também pode cumprir o ato em comarcas 
contíguas e em regiões metropolitanas. 
4º) Citação por edital 
‡ Subsidiário 
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES 
CITAÇÃO POR MEIO ELETRÔNICO 
x utilizada para citar empresas privadas (com exceção de microempresas e empresas de pequeno porte); 
x utilizada para citação da Fazenda Pública (federal, estadual, distrital ou municipal); 
x exige prévio cadastro no sistema eletrônico processual para que seja viabilizada; e 
x considera-se citação pessoal. 
CITAÇÃO PELOS CORREIOS 
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x regra; 
x não pode ser utilizada: ações de estado, ação contra incapaz, contra pessoa jurídica de direito público, 
contra pessoa que reside em local não atendido pelos Correios ou quando o autor requerer, 
justificadamente, outra modalidade; 
x requisitos da carta: cópia da inicial e do despacho/decisão do juiz, referência ao prazo para a resposta, 
endereço do juízo e indicação do cartório; e 
x será encaminhada por aviso de recebimento; e 
x considera-se citação pessoal. 
CITAÇÃO POR OFICIAL DE JUSTIÇA 
x requisitos do mandado: nome e endereço das partes, finalidade da ação, referência ao prazo para 
contestar/embargar, consequência (sanção) pelo descumprimento da ordem, se houver, intimação para 
comparecer em juízo para audiência, se houver, cópia da petição inicial e do despacho/decisão que 
determina a citação, assinatura do chefe de cartório; 
x deve-se colher assinatura e entregar contrafé (no caso de recurso de assinar ou receber contrafé, deve-se 
certificar); 
x considera-se citação pessoal, em regra; 
x citação ficta por hora certa, quando houver suspeita de ocultação. Nesse caso, o oficial deverá comparecer 
por duas vezes, oportunidade em que avisará da intimação no dia útil seguinte em hora marcada, sob pena 
de citar o réu em nome de familiar, vizinho ou porteiro. 
CITAÇÃO POR EDITAL 
x feita subsidiariamente; 
x hipóteses: desconhecido ou incerto o citando, ignorado, incerto e inacessível o domicílio/residência do 
citando e nos casos expressos em lei. 
x requisitos do edital: circunstâncias que o autorizam, publicação na internet (Tribunal e CNJ) e certidão nos 
autos, prazo de 20 a 60 dias e advertência de nomeação de curador caso o réu seja revel. 
x multa: ao autor que, dolosamente, provocar a citação por edital quando conhecido ou acessível o 
endereço (reverte a multa em favor do citando) 
භ�CARTAS 
ª COMUNICAÇÃO DE ATOS PROCESSUAIS 
‡ efetuada, em regra, apenas dentro dos limites territoriais do Juízo; 
‡ se extrapolar tais limites, haverá expedição de cartas (precatória, de ordem, arbitral ou rogatória); 
‡ exceções ? admite-se a prática do ato por determinação do juízo competente pelo oficial de justiça, ainda que fora 
dos limites territoriais do juízo, quando envolver: 
‡ comarcas contíguas 
‡ regiões metropolitanas 
ª ESPÉCIES: 
‡ CARTA DE ORDEM - Prática de ato processual pelo juízo imediatamente inferior vinculado ao tribunal 
‡ CARTA ROGATÓRIA - Prática de ato de cooperação internacional entre poderes judiciários de Estados distintos 
‡ CARTA PRECATÓRIA - Prática de ato de cooperação interna por intermédio do qual o juízo deprecante solicita 
a prática de ato processual pelo juízo deprecado 
06318468323 - INGRID ALVES
 
 
 
 
 
 
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‡ CARTA ARBITRAL - Prática de ato judicial a pedido do juízo arbitral 
ª INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE AS CARTAS 
‡ REQUISITOS: indicação dos juízes (de origem e de cumprimento); petição, despacho e procuração; menção do 
ato processual; e assinatura do juiz emitente. 
‡ É NECESSÁRIO fixar prazo. 
‡ A carta tem CARÁTER ITINERANTE. Se houve remessa, deve-se informar imediatamente o juízo na origem. 
‡ Devem ser cumpridas, preferencialmente, por MEIO ELETRÔNICO. 
‡ Caso cumpridas por MEIO ELETRÔNICO, TELEFONE ou TELEGRAMA, devem conter o resumo dos requisitos 
acima. 
‡ DEVOLUÇÃO DA CARTA: faltar requisito legal, incompetência em razão da matéria ou da hierarquia e dúvida 
acerca da autenticidade. 
‡ CUMPRIDA deve ser devolvida no prazo de 10 dias. 
භ�INTIMAÇÕES 
ª A intimação é um ato de ciência. 
ª SÃO OBRIGADO A MANTER CADASTRO NOS SISTEMAS DIGITAIS DE PROCESSO 
‡ empresas privadas (com exceção das microempresas e empresas de pequeno porte); 
‡ União, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades da administração indireta; 
‡ Ministério Público, Defensoria Pública e Advocacia Pública. 
ª Em relação à publicação em diário oficial, devem ser observadas algumas regras: 
‡ o advogado da parte poderá requerer que a intimação seja dirigida apenas à sociedade de advogados (desde 
que registrada na OAB); 
‡ na intimação deve constar o nome das partes e dos advogados ou sociedade de advogados com o número de 
registro na OAB; 
‡ o nome da parte deve ser inteiro, sem abreviatura; 
‡ o nome do advogado deve constar tal como está na procuração ou no registro da OAB; 
‡ o advogado poderá requerer que a intimação seja feita em nome de um dos advogados quando houver mais 
de um advogado na procuração, se não observada pelos servidores, implicará a nulidade da intimação; 
ORDEM E FORMAS PARA A INTIMAÇÃO 
1º - meio eletrônico; 
2º - inserção da intimação em diário oficial; 
3º - intimação pessoal em cartório (escrivão ou chefe de secretaria); 
4º - por carta registrada com aviso de recebimento; 
5º - por oficial de justiça se domiciliado na sede do juízo ou por carta registrada com aviso de recebimento se 
domiciliado fora do juízo; 
6º - intimação por hora certa; ou 
7º - por edital. 
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TUTELA PROVISÓRIA 
භ�dhd�>����&/E/d/s� P�aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate acerca do objeto da 
decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. 
භ�dhd�>��WZKs/^MZ/� P�ƚĞŵ�ƉŽƌ�ĨŝŶĂůŝĚĂĚĞ�ĂŶƚĞĐŝƉĂƌ�Ž�ŐŽnjŽ�ĚĞ�ĚĞƚĞƌŵŝŶĂĚŽ�ĚŝƌĞŝƚŽ�ŽƵ�ĂƐƐĞgurá-lo a fim de que possa 
ser gozado em momento oportuno. 
භ���Z��d�Z1^d/��^����dhd�>��WZKs/^MZ/� P 
ª COGNIÇÃO SUMÁRIA - a decisão se assenta em análise superficial do objeto litigioso 
ª PRECARIEDADE - poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo 
ª IMPOSSIBILIDADE DE COISA JULGADA - não poderá sofrer os efeitos da coisa julgada 
භ��^W��/�^����dhd�>��WZKs/^MZ/� ?��KE&KZD�����KhdZ/E� P 
ª tutelaantecipada: é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa tutela antecipa-se a concessão da prestação 
jurisdicional à parte em razão de alguma situação urgente. 
ª tutela cautelar: é provisória e fundada na urgência. A diferença dessa tutela é que nesse caso ela é conservativa. 
Assim, não há concessão da tutela jurisdicional, mas conservação do interesse da parte a fim de que ela possa ser 
beneficiada posteriormente com a tutela jurisdicional. 
ª tutela de evidência: caracteriza-se pela provisoriedade e por ser satisfativa. A grande distinção em relação à tutela 
antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a cessão antecipada da tutela jurisdicional não se funda na urgência, 
mas na evidência do direito pleiteado pelo autor. 
භ�^1Ed�^� 
‡ antecipada 
‡ provisória 
‡ satisfativa 
‡ urgente 
‡ cautelar 
‡ provisória 
‡ conservativa 
‡ urgente 
‡ evidência 
‡ provisória 
‡ satisfativa 
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FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO 
භ�FORMAÇÃO 
ª com a citação válida; e 
ª aplicam-se os efeitos do processo ao réu após a citação válida. 
භ�SUSPENSÃO 
ª conceito: suspensão do curso do procedimento, a paralisação da marcha processual, com o veto a que se pratiquem atos 
processuais. 
ª hipóteses: 
‡ Suspende-se o processo quando houver morte ou perda da capacidade processual das partes, do representante legal ou 
do advogado. 
‡ Suspende-se o processo por convenção das partes (máximo de 6 meses, podendo ser sucessivamente convencionado). 
‡ Suspende-se o processo por impedimento ou suspeição. 
‡ Suspende-se o processo por admissão do incidente de resolução de demandas repetitivas. 
‡ Suspende-se o processo por prejudicidade ou preliminaridade de processos (subordinação entre processos) 
‡ Suspende-se o processo por questões preliminares, por, no máximo, 1 ano (verificação de fato ou produção de provas). 
‡ Suspende-se o processo em razão de força maior. 
‡ Suspende-se o processo quando se discutir questão decorrente de acidente e fatos da navegação de competência do 
Tribunal Marítimo. 
‡ Suspende-se o processo nas demais hipóteses previstas no NCPC. 
ª No período de suspensão do processo é vedada a prática de quaisquer atos processuais. Excepcionalmente, alguns atos podem 
ser praticados. Isso ocorrerá quando envolver a realização de atos urgentes para evitar danos irreparáveis. 
ª Quando a análise de processo civil depender de averiguação de fato delituoso, ou seja, de conduta apurada no âmbito criminal, 
é possível a suspensão do processo para aguardar a decisão da Justiça Criminal. 
‡ Suspensão por ação prejudicial 
‡ Suspensão por 3 meses para ajuizamento da ação penal 
‡ Suspensão por 1 ano para julgamento da ação penal 
භ�EXTINÇÃO: a sentença extingue o processo, com ou sem resolução de mérito. No caso de a decisão se dar sem análise de mérito, 
dada a norma fundamental que impõe o dever de o magistrado perseguir uma solução integral de mérito, é necessário que se 
intime a parte prejudicada para que, se possível, possa corrigir o vício. 
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AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
භ�&�^�^ ?�ĂďĞƌƚƵƌĂ�A?�ƚĞŶƚĂƚŝǀĂ�ĚĞ�ĐŽŶĐŝůŝĂĕĆŽ�A?�ŝŶƐƚƌƵĕĆŽ�A?�ĚĞďĂƚĞƐ�A?�ĚĞĐŝƐĆŽ�A?�ĚŽĐƵŵĞŶƚĂĕĆŽ ? 
ABERTURA: declaração de abertura pelo magistrado seguida do pregão pelo servidor. 
Tentativa de Conciliação: realizada independentemente da existência de outras tentativas de solução consensual do 
conflito. 
INSTRUÇÃO: colheita de provas. 
1º - provas periciais; 
2º - depoimento do autor e, após, do réu; e 
3º - testemunhas do autor e, após, do réu. 
DEBATES 
ª REGRA: 20 minutos, na seguinte ordem: a) autor; b) réu; e c) MP (se houver). 
ª PRORROGAÇÃO: 10 minutos (a critério do juiz). 
ª QUANDO HOUVER LITISCONSORTES OU TERCEIRO INTERVENIENTE: 30 minutos para ambos que será dividido de 
forma igual (15 para cada), salvo convenção em sentido diverso. 
ª QUESTÕES COMPLEXAS: memoriais escritos no prazo de 15 dias (prazos sucessivos). 
DECISÃO: prazo de 30 dias para proferir a sentença 
ª prazo impróprio e não preclusivo. 
DOCUMENTAÇÃO: lavratura de termos 
භ���D�/^�Z�'Z�^ 
ª poder de polícia pelo magistrado (manutenção da ordem e do decoro, determinação para retirada em caso de 
comportamento inconveniente, possibilidade de requisição policial, tratamento com urbanidade e registro em ata dos 
requerimentos). 
ª adiamento da audiência: 
1º - convenção das partes; 
2º - não comparecimento justificado da parte quando necessária a presença; 
3º - atraso injustificado superior a 30 minutos. 
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PROVA DOCUMENTAL 
භ�&KZ���WZK��Ed���K^��K�hD�EdK^ 
ª Os DOCUMENTOS PÚBLICOS gozam de presunção relativa de autenticidade e de veracidade (fé pública). 
ª Se exigido o documento público não há como provar de outras formas. 
ª Documento público feito por oficial público INCOMPETENTE ou SEM a observância das FORMALIDADES legais tem 
eficácia de documento privado. 
ª DOCUMENTO PÚBLICO, com declaração de ciência, prova a ciência e o fato; ao passo que DOCUMENTO PRIVADO, 
com declaração de ciência, prova APENAS a ciência. 
ª Considera-se AUTÊNTICO o documento com reconhecimento de firma, com autoria identificada mediante 
certificado e, quando apresentado o documento, não restar impugnado pela parte contrária. 
ª Os DOCUMENTOS são analisados em sua integralidade (globalidade), pois são indivisíveis. 
ª REGISTROS DOMÉSTICOS (diários e agendas) e CARTAS somente podem ser utilizados como meio de prova para 
certificar recebimento de crédito, anotações que tenham por finalidade suprir a falta de algum título em favor de quem 
é apontado como credor e para esclarecer ciência de fatos para os quais não se exige prova determinada. 
ª NOTA ESCRITA pelo credor em qualquer parte do documento quanto à quitação, ainda que não assinada, prova em 
benefício do devedor. 
ª LIVROS EMPRESARIAIS provam contra o autor e, em lides entre empresários, a favor do autor. 
ª Faz a MESMA PROVA QUE DOCUMENTOS ORIGINAIS: 
a) certidões emitidas dos autos pelo escrivão ou chefe de secretaria. 
b) traslados e certidões emitidas dos cartórios pelos oficiais públicos. 
c) certidões emitidas a partir de documentos e fatos registrados que estão sob o poder de oficiais públicos. 
d) cópias de documentos públicos autenticadas pelos registros públicos. 
e) cópias dos autos do processo quando atestadas a autenticidade do documento pelo advogado. 
f) extratos digitais emitidos de bancos de dados públicos ou privados desde que atestado pelo emitente. 
g) reproduções digitalizadas de documentos públicos ou privados quando juntados aos autos pelo: i) auxiliar 
de justiça; ii) órgão da justiça ou auxiliares; iii) Ministério Público e auxiliares; iv) Defensoria Pública e seus 
auxiliares; v) procuradorias; vi) repartições públicas e respectivos advogados. 
O juiz apreciará fundamentadamente, dentro daquilo que o documento permitir, caso contenha ENTRELINHA, 
EMENDA, BORRÃO ou CANCELAMENTO. 
භ�CESSAÇÃO DA FÉ DO DOCUMENTO 
ª Em relação aos documentos públicos, eles perdem a fé quando declarada judicialmente a falsidade do documento 
não verdadeiro ou alterado. 
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ª Em relação aos documentos privados, eles perdem a fé quando: 
a) declarada judicialmente a falsidade do documento não verdadeiro ou alterado. 
b) for impugnada a autenticidade sem a prova da veracidade; 
c) for assinado em branco e o seu conteúdo for impugnado por preenchimento abusivo. 
ª Em relação ao ônus da prova, em ARGUIÇÃO DE FALSIDADE, a prova deve ser feita por quem arguir o preenchimento 
abusivo e, em impugnação de autenticidade, compete provar que produziu o documento. 
ª A fé de determinado documento a princípioaceito e, portanto, dotado de fé, ou seja, dotado de caráter de prova, 
poderá cessar de diversas formas. 
භ�ARGUIÇÃO DE FALSIDADE 
ª MOMENTOS: a) na contestação (quando juntado com a inicial); b) na réplica (quando juntado com a contestação); 
e no prazo de 15 dias contados da intimação, quando juntados no curso do procedimento. 
ª CONTRADITÓRIO: intima-se quem apresentou o documento para se manifestar no prazo de 15 dias. 
ª RETIRADA DOS AUTOS: na hipótese de a parte que juntou o documento concordar que o documento não é válido. 
ª PERÍCIA: se a parte não anuir. 
ª DECISÃO: a) interlocutória (se suscitada como questão preliminar); ou b) sentença (se admitida suscitadas como 
questão principal). 
භ�PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTAL 
ª MOMENTO: o AUTOR produz a prova documental na INICIAL; o RÉU na CONTESTAÇÃO. Após, PRECLUSÃO. 
ª A JUNTADA POSTERIOR é admitida excepcionalmente quando destinada a provar: a) fatos novos; b) fatos antigos, 
cuja ciência à possibilidade de juntada ocorreu após a inicial/contestação; c) documentos necessários para contrapor 
provas da outra parte, desde que seja igualmente nova, ou seja, após a inicial/contestação. 
ª CONTRADITÓRIO: juntado o documento a parte adversa será intimada para: a) rejeitar a admissibilidade; b) 
impugnar a autenticidade; c) arguir a falsidade (com ou sem incidente); d) manifestar-se sobre o documento que foi 
adulterado. 
ª MOMENTO DO CONTRADITÓRIO: a) réu manifesta-se na contestação quanto aos documentos juntados na inicial; 
b) autor manifesta-se na réplica quanto aos documentos juntados na contestação; e c) quanto aos documentos 
juntados em outros momentos do procedimento, intima-se a parte contrária para se manifestar em 15 dias. 
ª DILATAÇÃO do prazo para manifestação: quantidade ou complexidade dos documentos acostados pela parte 
contrária. 
ª REQUISIÇÃO de documentos ou processo administrativo de repartições públicas, com envio do original para cópias 
ou em meio digital. 
භ��K�hD�EdK^��>�dZNE/�K^ 
ª A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de sua conversão à forma impressa e 
da verificação de sua autenticidade, na forma da lei. 
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ª O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico NÃO CONVERTIDO, assegurado às partes o acesso ao 
seu teor. 
ª Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com a observância da legislação específica. 
PROVA TESTEMUNHAL 
භ�A PROVA TESTEMUNHAL É SEMPRE ADMISSÍVEL, EXCETO: 
ª se a lei prever em sentido contrário 
ª fatos já provados ou que possam ser comprovados por intermédio de exame pericial ou por provas documentais 
PROVA DE CONTRATO 
ª regra: prova documental 
ª excepcionalmente admite-se prova testemunhal: quando não pode ou não tem como efetuar a prova (exemplos: 
parentesco, depósito necessário e hospedagem). 
භQUEM PODE TESTEMUNHAR? REGRA: todos; PARTICULARIDADES: 
ª são incapazes para testemunhar: 
‡ interdito por enfermidade ou por deficiência mental. 
‡ está doente ou possui retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, de modo que não tinha 
condições de discernir os fatos, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as 
percepções. 
‡ menor de 16 anos. 
‡ cego e surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. 
ª são impedidos para testemunhar: 
‡ cônjuge/companheiro, ascendente ou descendente em qualquer grau e o colateral até 3º grau da parte (não 
se aplica quando: a) interesse público exigir b) em causas relativas ao estado da pessoa, quando a prova não 
possa ser obtida de outra forma necessária ao julgamento do mérito. 
‡ parte na causa. 
‡ quem intervém em nome da parte como tutor, representante da pessoa jurídica, juiz, advogado ou que 
tenham assistido a parte. 
ª são suspeitos 
‡ inimigo ou amigo íntimo 
‡ interesse no litígio 
භ�SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA 
a) falecimento; 
b) enfermidade que impossibilite de depor; e 
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c) mudança de residência ou trabalho, sem ciência de onde pode ser encontrado. 
භ�:h/�&KZ��ZZK>��K��KDK�d�^d�DhE,�� 
a) se ele entender que realmente tem conhecimento dos fatos, não poderá atuar na causa. Nesse caso, o magistrado 
deve se declarar impedido para julgar o feito, permanecendo como testemunha nos autos. 
b) se nada souber sobre os fatos, determinará a retirada do seu nome do rol de testemunhas. 
භ�^�K�Khs/�K^�EA RESIDÊNCIA/LOCAL DE TRABALHO 
a) Presidente/vice; 
b) Min. de Estado; 
c) Min. STF, conselheiro do CNJ, Min. STJ, STM, TSE, TST e TCU; 
d) PGE e conselheiros do CNPM; 
e) AGU, PRE, PRM, DPGU e DPGE; 
f) senadores e deputados federais; 
g) Governadores; 
h) Prefeito; 
i) deputados estaduais e distritais; 
j) desembargadores do TJ, Juízes do TRF, TRT e TRE e conselheiros do TCE; 
l) PGJ; e embaixador de país (desde que haja reciprocidade). 
භWZK���/D�EdK 
ª juiz solicita a autoridade que indique dia/hora/local e envia cópia da inicial ou da contestação a depender de quem 
a arrolou como testemunha 
x a autoridade se manifesta e a data fica agendada 
o com o comparecimento, há colheita da prova 
o sem o comparecimento, o magistrado designada data e hora para inquirição na sede do juízo 
x sem manifestação (há mais de um mês), o magistrado designada data e hora para inquirição na sede do juízo 
භ�INTIMA-SE JUDICIALMENTE QUANDO: 
ª se intimada pelo advogado e juntada o AR nos autos a parte não comparecer, haverá determinação da intimação 
judicial. 
ª quando for necessária a oitiva pela via judicial a requerimento da parte e aceita por decisão do juiz. 
ª quando se pretender a oitiva de servidor público ou militar, teremos a requisição para a chefia. 
ª quando se pretender a oitiva de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria. 
ª quando se pretender a oitiva de autoridade com prerrogativa de definir dia, hora e local do ato. 
NÃO COMPARECIMENTO DE TESTEMUNHA INTIMADA JUDICIALMENTE: a) condução coercitiva; e b) pagamento 
das despesas pelo adiamento 
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භ�INTIMAÇÃO 
‡ formas: 
‡ 1ª - intimação por carta com AR pelo advogado, que juntará o comprovante de intimação 3 dias antes 
da audiência. 
‡ 2ª ? advogado leva a testemunha independentemente de intimação (inviabiliza a intimação judicial 
em caso de não comparecimento) 
‡ 3ª ? intimação judicial: a) parte intimada por AR pelo advogado não comparecer; b) requerimento 
fundamentado do advogado; c) requisição de servidor público ou militar; d) oitiva de MP e DP; e e) 
oitiva de autoridade com prerrogativa de definir dia, hora e local. 
‡ No caso de intimação judicial o não comparecimento implica: 
‡ a) condução coercitiva 
‡ b) ressarcimento das despesas geradas pelo adiamento. 
භ����Yh�>/&/����K ?�WK��DK^�d�Z��^�^�'h/Ed�^�^/dh��O�^ P 
1º - a testemunha é admitida e será ouvida na forma regular, conforme a ordem de oitiva acima analisada. 
2º - constata-se que a testemunha incorre em algum dos impedimentos para testemunhar (incapacidade, suspeição 
ou impedimento). Nesse caso, identificada algumas dessas situações ? seja de ofício pelo magistrado seja por 
contradita das partes ? o juiz poderá: 
a) dispensar a testemunha; ou 
b) ouvi-la como informante. 
3º - testemunha poderá se escusar a depor quando o fato puder acarretar grave dano a si próprio ou ao seu 
cônjuge/companheiro ou parentes até 3º grau ou se tiver o dever de sigilo em face do estado ou profissão. 
භDK�K����/Ed�ZZK'�Z� ?ĐƌŽƐƐ�ĞdžĂŵŝŶĂƚŝŽŶ ) 
ª O advogado da parte irá arrolar diretamente a testemunha e, após, perguntará direto. 
ª O juiz pode formular perguntas antes ou após. 
ª O juiz exerce poder de polícia no ato processual e, além disso, não admitirá questionamentos indutivose que não 
tenham relação com as questões objeto da prova. 
ª As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas no termo, se a parte o requerer. 
É possível ao magistrado determinar o comparecimento de TESTEMUNHAS REFERIDAS. 
Admite-se, por decisão de ofício ou a requerimento, a acareação que será realizada com a finalidade de esclarecer 
manifestações divergentes das partes. 
 
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SENTENÇA I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
€ CONCEITO LEGAL DE SENTENÇA 
ª aquilo que o procedimento especial disciplinar como sentença; 
ª no procedimento comum é o pronunciamento que põe fim à fase cognitiva; 
ª pronunciamento que extingue a execução. 
€ CONCEITO DOUTRINÁRIO DE SENTENÇA: ato jurídico do qual decorre uma norma jurídica individualizada, ou 
simplesmente norma individual, que se diferencia das demais normas jurídicas (leis, por exemplo) em razão da 
possibilidade de tornar-se indiscutível pela coisa julgada. 
€ SENTENÇA TERMINATIVA E DEFINITIVA 
ª SENTENÇA TERMINATIVA - sem análise do mérito (art. 485, do NCPC) 
ª SENTENÇA DEFINITIVA - com análise do mérito (art. 487, do NCPC) 
€ SENTENÇA TERMINATIVA ʹ HIPÓTESES 
ƒ INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. 
ƒ NEGLIGÊNCIA DAS PARTES (AMBAS). 
ƒ ABANDONO DA CAUSA (PELO AUTOR). 
ƒ AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS COMO REQUISITO DE EXISTÊNCIA E VALIDADE DO PROCESSO. 
¾ pressupostos de existência: 
o subjetivos 
ƒ juiz - investido de jurisdição 
ƒ parte - capacidade de ser parte 
o objetivos 
ƒ existência de demanda 
¾ requisitos de validade 
o subjetivos 
ƒ juiz - competência e imparcialidade 
ƒ partes - capacidade processual, capacidade postulatória e legitimidade "ad causam" 
o objetivos 
ƒ intrínsecos - respeito ao formalismo processual 
ƒ extrínsecos: a) negativos - inexistência de perempção, litispendência, coisa julgada ou 
convenção de arbitragem; e b) positivo - interesse de agir. 
ƒ AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE OU DE INTERESSE PROCESSUAL. 
ƒ DESISTÊNCIA DA AÇÃO. 
ƒ INTRANSMISSIBILIDADE DA AÇÃO. 
ƒ DEMAIS CASOS PRESCRITOS NA LEGISLAÇÃO PROCESSUAL. 
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ª APELAÇÃO: encerramento da fase de conhecimento sem resolução do mérito. 
ƒ PRAZO DE 15 DIAS 
ƒ RETRATAÇÃO do juiz sentenciante NO PRAZO DE 5 DIAS. 
ª A sentença que põe fim à fase de conhecimento sem análise do mérito não impede que a parte possa novamente 
propor a mesma demanda. PARA REPROPOSITURA DE NOVA AÇÃO EM FACE DE PRONUNCIAMENTO SEM RESOLUÇÃO 
DO MÉRITO 
¾ correção do vício que levou à sentença 
¾ depósito das custas e dos honorários da sentença resolutiva 
€ PEREMPÇÃO 
¾ três abandonos da causa (deixar de dar andamento ao processo por mais de 30 dias quando lhe competia 
dar andamento ou cumprir diligências determinadas pelo juiz). 
¾ implica a impossibilidade de discutir o mesmo objeto contra as mesmas partes 
¾ não impede que o objeto seja utilizado como matéria de defesa 
€�SENTENÇA DEFINITIVA - HIPÓTESES 
ƒ ACOLHIMENTO OU REJEIÇÃO DO PEDIDO. 
ƒ DECIDIR PELA PRESCRIÇÃO OU PELA DECADÊNCIA. 
ƒ RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 
ƒ TRANSAÇÃO. 
ƒ RENÚNCIA À PRETENSÃO FORMULADA. 
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EXECUÇÃO ? NOÇÕES GERAIS I 
PRINCÍPIOS 
€ PRINCÍPIO DA NULLA EXECUTIO SINE TITULO: não existe execução sem título executivo. 
€ PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO: a execução ? que se realiza em favor do credor ? deve se 
valer de todos os atos necessários com a finalidade de satisfazer o crédito. 
€ PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO PARA O DEVEDOR: quando, por mais de um meio igualmente vantajoso para o 
credor, for possível efetuar a execução, deverá ser feita pelo meio menos gravoso ao executado. 
€ PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS: o juiz poderá adotar as medidas que entender necessárias 
para o bem do cumprimento da execução. 
€ PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE DA EXECUÇÃO: o juiz deve prestar a tutela jurisdicional específica em relação às 
obrigações de fazer, de não fazer e de dar e, apenas excepcionalmente, convertê-la em perdas e danos. 
€ PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA: o exequente, independentemente de ser execução definitiva ou 
provisória, tem o dever de reparar todos os dados que, por ventura, causar ao executado em razão do processo de 
execução. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
€ APLICABILIDADE DAS REGRAS DE EXECUÇÃO: 
ª ao processo de execução de título extrajudicial; 
ª aos procedimentos especiais em execução; e 
ª aos procedimentos de cumprimento de sentença. 
€ PODERES DO JUIZ NA EXECUÇÃO: 
ª ordenar o comparecimento; 
ª advertir prática de ato atentatório à dignidade da justiça; 
ª ordenar a colaboração com a execução. 
€ ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA EXECUÇÃO 
ª Hipóteses 
x Fraude à execução. 
x Oposição maliciosa à execução, empregando ardis e meios artificiosos. 
x Dificultar ou embaraçar a realização da penhora. 
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x Resistência injustificada às ordens judiciais. 
x Não indicar os bens passíveis de penhora e valores ou não exigir prova de propriedade quando intimado pelo 
Juiz para fazê-lo. 
ª�Consequência: multa revertida para o exequente não superior a 20%, calculado sobre o valor atualizado do débito. 
€ DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO: não implica desistência do direito de executar e implica a extinção automática da 
impugnação e dos embargos quando envolver questões processuais, mas será necessária concordância do 
impugnante/embargante quando houver discussão de outros assuntos (o exequente deve pagar custas e honorários). 
LEGITIMIDADE 
භ�>�'/d/D/������d/s� 
ª legitimado ordinário: credor 
ª legitimado derivado ou superveniente: recebeu o crédito por sucessão 
ª legitimado extraordinário: em nome próprio cobra crédito alheio 
භ�LEGITIMIDADE PASSIVA 
ª ordinária: devedor, que consta do título 
ª derivado ou superveniente: 
a) espólio, herdeiro ou sucessores 
b) cessão de débito 
c) fiador 
d) concessão de bem de terceiro com garantia real 
ª responsável tributário 
භ�CUMULAÇÃO SUBJETIVA NA EXECUÇÃO: Admite-se a formação de litisconsórcio no procedimento de execução. 
භ�CUMULAÇÃO OBJETIVA NA EXECUÇÃO: condições: 
ª mesmo executado; 
ª igual competência do juízo; e 
ª igualdade de procedimento. 
භ�INTERVENÇÃO DE TERCEIRO: admite-se o incidente de desconsideração de personalidade jurídica. 
COMPETÊNCIA 
€ JUÍZO COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO (à escolha do exequente) 
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ª foro do domicílio do executado 
ª foro de eleição 
ª foro dos bens executados 
REQUISITOS 
භ�/E��/DW>�D�EdK�(situação de fato) 
ª não satisfação de obrigação certa, líquida e exigível. 
ª em obrigações bilaterais, o credor somente poderá exigir do devedor quando cumprir com a sua parte. 
භ�d1dh>K��y��hd/sK�(situação de direito) 
ª CONCEITO: ato ou fato a quem a lei atribui eficácia executiva. 
ª ROL TAXATIVO: 
1) Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e cheque. 
2) Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor. 
3) Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas. 
4) Instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia 
Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal. 
5) Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por 
caução. 
6) Contrato de seguro de vida em caso de morte. 
7) Crédito decorrente de foro e laudêmio. 
8) Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos 
acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio. 
9) Certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei. 
10) Crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na 
respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas. 
11) Certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais 
despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei. 
12) Todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
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CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO EXECUTIVO 
ª certeza: 
¾ Quem deve? 
¾ Para quem deve? 
¾ Como deve? 
¾ O que deve? 
ª liquidez: 
¾ Quanto deve? 
ª exigibilidade: 
¾ Já venceu? 
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TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 PROCESSO x PROCEDIMENTO 
ª RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL: constitui o conjunto de direitos, deveres, ônus, obrigações e faculdades que 
relacionam os atores do processo 
¾ regras de suspeição e impedimento, ônus da prova, coisa julgada 
¾ competência privativa da União (art. 2, I, da CF) 
ª PROCEDIMENTO: forma como os atos processuais se combinam no espaço e no tempo 
¾ fixação da ordem dos atos processuais (petição, contestação, saneamento, produção de provas) 
¾ competência concorrente da União, estados e DF (art. 24, IX, da CF). 
 PROCESSO 
ª de conhecimento: 
¾ procedimento comum 
¾ procedimentos especiais (art. art. 539 a 770) 
ª de execução 
¾ procedimentos comuns 
o pagar 
o fazer e não fazer 
o entregar coisa 
¾ procedimentos especiais 
o contra a Fazenda Pública 
o de alimentos 
 FUNGIBILIDADE 
ª regra: a parte poderá optar pelo procedimento comum não obstante a existência de procedimento específico 
ª exceções: 
¾ impossibilidade de tutela do direito, a não ser pelo procedimento especial 
¾ expressa disposição legal vedando a utilização do procedimento comum 
 TIPICIDADE, DÉFICIT E FLEXIBILIZÇÃO PROCEDIMENTAL 
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Não obstante a tipicidade dos procedimentos, há situações de déficit procedimental que viabilizam a flexibilização do 
procedimento que pode ocorrer: 
ª pelo juiz, com fundamento no art. 139, VI, do NCPC; ou 
ª pelas partes, por intermédio da cláusula geral dos negócios jurídicos processuais, que admitem a flexibilização 
procedimental e a criação de convenções processuais sobre situações jurídicas, tudo na forma do art. 190, do NPCP. 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 CONCEITO: é a ação que visa à liberação do devedor de determinada obrigação, que objetiva declaração judicial 
liberando o devedor da obrigação. 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
ª credor não puder ou injustificadamente se recursar a receber; 
ª credor não receber a coisa no lugar, no tempo e na condição devidos; 
ª credor for incapaz de receber, não for conhecido, for declarado ausente ou residir em local incerto ou cujo acesso 
seja perigoso ou difícil acesso; 
ª houver dúvida em relação a quem deve receber o pagamento; e 
ª pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
 OBRIGAÇÕES CONSIGNÁVEIS 
ª pagar quantia 
ª entregar coisa 
ª NÃO APLICA: obrigação de fazer e de não fazer 
 CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL ($) 
ª depósito em rede bancária 
ª notificação do credor para, em 10 dias: 
¾ levantar o valor consignado ou nada fazer (quitação da dívida) 
¾ não aceitar (não precisa justificar) 
¾ ação judicial no prazo de 30 dias 
ª não ingressou, fica sem efeito o depósito 
 COMPETÊNCIA: lugar do pagamento 
 DEPÓSITO faz cessar juros e riscos, salvo se improcedente a ação 
 CONSIGNAÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS: consignada uma das parcelas, as demais devem ser depositadas no 
prazo de 5 dias, a contar do vencimento. 
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 DETERMINAÇÃO DE COISA INCERTA: 
ª SE DEPENDER DO AUTOR: deverá fazê-lo no momento da petição inicial 
ª SE DEPENDER DO RÉU: juiz fixa prazo (ou em 5 dias) para determinação da coisa 
 MATÉRIAS QUE PODEM SER ALEGADAS NA CONTESTAÇÃO 
ª NÃO houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; 
ª foi justa a recusa; 
ª depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; 
ª depósito não é integral, caso em que deverá indicar o valor que entende devido. 
 ALEGAÇÃO DE DEPÓSITO INSUFICIENTE (com indicação do valor devido) 
ª intima-se o autor para: complementar o depósito no prazo de 10 dias 
ª se não houver complementação, há liberação parcial do autor e o réu poderá levantar o valor incontroverso, o 
processo segue para discutir a diferença: 
¾ se julgada procedente a ação, libera-se o autor da diferença e o réu pagará as custas e os honorários 
¾ se julgada improcedente a ação, o réu terá um título executivo para executar contra o réu 
DÚVIDA ACERCA DE QUEM É O CREDOR 
ª citam-se todos os possíveis credores 
ª assim: 
¾ não comparecendo ninguém ʹ converte-se o depósito em arrecadação de coisa vaga 
¾ comparecendo apenas um ʹ o juiz decidirá a consignação 
¾ comparecendo mais de um ou todos ʹ o juiz declara efetuado o depósito, extingue a obrigação do devedor 
(consignante) e o processo terá seu curso 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS 
¾ Tem por finalidade inicial a obrigação de fazer (prestar contas), mas se restar saldo devedor, a sentença 
constitui título executivo judicial, para ser executado no cumprimento de sentença para pagar quantia certa. 
¾ Apresentada a petição, o réu é citado para, no prazo de 15 dias: a) prestar contas; b) contestar. 
¾ Se prestar as contas, o juiz intimará a parte autora para impugnar e o procedimento segue o rito comum. 
¾ Se contestar, o procedimento seguirá o rito comum. 
¾ Se houver revelia, serão consideradas as contas indicadas pela parte autora. 
¾ Com a sentença de procedência, o juiz condenará o réu a prestar contas no prazo de 15 dias, sob pena de 
prestação das contas pela parte autora. 
¾ Caso haja saldo, haverá execução mediante cumprimento de sentença. 
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EMBARGOS DE TERCEIRO 
€ CONCEITO: ação que visa impedir ou livrar constrição de bem que esteja na posse ou na propriedade de terceiro. 
€ NÃO PODE SER PARTE (terceiro) 
€ sofreu CONSTRIÇÃO ou AMEAÇA de constrição em relação a bens sobre os quais tem direito. 
€ LEGITIMADOS ATIVOS 
ª cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação (exceto expropriação de 
bem indivisível) 
ª adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à 
execução 
ª quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo 
incidente não fez parte 
ª credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido 
intimado nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos 
€ AJUIZAMENTO 
ª FASE DE CONHECIMENTO: a qualquer tempo, antes do trânsito em julgado 
ª FASE DE EXECUÇÃO: até 5 dias após adjudicação, alienação ou arrematação, DESDE QUE antes da assinatura da 
carta 
€ DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO 
ª REGRA: por dependência 
ª no caso de embargos de terceiro por ato praticado em carta precatória executória: 
¾ REGRA: ajuizamento no juízo deprecado; ou 
¾ NO CASO DE DEVOLUÇÃO DA CARTA: juízo deprecante. 
€ PETIÇÃO INICIAL: 
ª prova sumária da posse/domínio 
ª prova de que é exercício 
ª provas a produzir (rol de testemunhas) 
€ CONTESTAÇÃO: 15 dias 
ª Se o autor dos embargos for detentor de DIREITO REAL DE GARANTIA SOBRE O BEM IMÓVEL, na peça de defesa 
poderá ser alegado: 
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¾ a insolvência do réu; 
¾ que o título que concede o direito real é nulo ou não vincula terceiros; 
¾ que a coisa dada em garantia é outra e não a coisa litigiosa. 
OPOSIÇÃO 
 CONCEITO: Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, 
até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. 
 AJUIZAMENTO: até a sentença. 
 DISTRIBUIÇÃO: por dependência. 
 DISTRIBUÍDA: 
ª 15 dias para contestar; 
ª trâmite conjunto com sentença na mesma data (primeiro decide a oposição, após o processo originário). 
ª excepcionalmente, a decisão será em momento distinto, caso: 
¾ a oposição seja ajuizada após a audiência de instrução e julgamento; e 
¾ houver prejuízo à duração razoável do processo. 
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PRECEDENTES 
€�NOÇÕES INICIAIS 
ª Não se pretende tornar nosso sistema um sistema de comom law, mas conferir estabilidade, previsibilidade e 
padronização para o julgamento dos processos perante o tribunal. 
ª Conceitos: 
 
ª OS TRIBUNAIS DEVEM OBSERVAR NA EDIÇÃO DAS SÚMULAS 
‡ a regulamentação contida nos regimentos internos; 
‡ as circunstâncias fáticas dos precedentes que motivam a criação do entendimento. 
ª Jurisprudência estável, íntegra e coerente: 
x Jurisprudência estável envolve a consolidação de entendimentos, que não podem ser modificados sem 
justificativas plausíveis. 
x Jurisprudência íntegra envolve o respeito às decisões anteriores que envolvem a mesma matéria jurídica. 
x Jurisprudência coerente reflete a ideia de isonomia de entendimento em relação a casos semelhantes ou que 
abordem teses jurídicas semelhantes. 
ª PRECEDENTES OBRIGATÓRIOS 
‡ decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade; 
‡ enunciados de Súmula Vinculante; 
‡ acórdão em incidente de assunção de competência e resolução de demandas repetitivas em recursos 
extraordinário ou especial; 
‡ enunciados do STF em matéria constitucional do STJ em matéria infraconstitucional; 
‡ orientação do plenário do órgão em relação a julgadores vinculados. 
€ RATIO DECIDENDI E OBITER DICTA 
PRECEDENTE
decisões anteriores 
utilizados como 
justificativa de 
entendimento anterior
JURISPRUDÊNCIA
resultado de várias 
decisões judicias no 
mesmo sentido sobre uma 
mesma matéria proferida 
pelos tribunais
SÚMULA
consolidação objetiva da 
jurisprudência
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‡ RATIO DECIDENDI 
‡ razões de decidir vinculativas 
‡ constituem o núcleo do procedente 
‡ OBITER DICTA 
‡ fundamentos prescindíveis do julgamento 
‡ não alteram o resultado do julgamento 
€ DISTINGUISHING E OVERRULLING 
ª DISTINGUISHING (distinção): demonstra a distinção do caso concreto em relação aos entendimentos citados. 
ª OVERRRULLING (superação): não aplicação do precedente citado sob o argumento de que aquele precedente está 
superado, momento em que é firmado novo entendimento a respeito. 
ª Observações: 
x Ao decidir, os juízes e os tribunais não podem proferir decisões surpresas, seguindo uma fundamentação 
adequada e racional. 
x A superação de tese jurídica poderá ser precedida de audiência pública e da admissão do amicus curiae no 
processo a fim de que haja amplo debate acerca da superação do entendimento. 
x Quando houver superação de entendimento, em razão dos efeitos que essa decisão poderá gerar, admite-se 
a modulação dos efeitos, a fim de que sejam considerados a partir de determinado lapso de tempo, tendo em 
vista o interesse social ou a segurança jurídica. 
x Para a superação de teses, devem ser observados os princípios da segurança jurídica e da proteção da 
confiança e da isonomia. 
x Os Tribunais devem dar publicidade a seus precedentes. 
€ JULGAMENTOS REPETITIVOS: consideram-se casos repetitivos a decisão proferida em incidentes de resolução de 
demandas repetitivas e os recursos especial e extraordinário repetitivos. 
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TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
භ�PRESSUPOSTOS RECURSAIS: são requisitos formais dos recursos, analisados no juízo de admissibilidade do recurso, 
que implicam, caso algum deles esteja ausente, a não admissão do recurso. 
ª requisitos intrínsecos 
¾ cabimento/adequação: ato impugnado suscetível de ataque 
¾ legitimidade: parte vencida, terceiro prejudicado e MP na qualidade de fiscal da ordem jurídica (o amicus curie 
pode ingressar apenas com embargos de declaração e IRDR) 
¾ interesse: demonstração da necessidade de ajuizamento do recurso e a adequação do expediente recursal 
escolhidos. 
¾ inexistência de: 
o fato impeditivo: parte proibida de falar nos autos (ex. abuso processual e litigância de má-fé) e 
desistência; e 
o extintivo: renúncia e aquiescência à decisão. 
ª requisitos extrínsecos 
¾ tempestividade recursal: prazo (em regra, 15 dias) 
¾ regularidade formal: exigências formais para que possa ser admitido 
¾ preparo: pagamento das custas processuais incidentes sobre aquela espécie recursal, e a respectiva 
comprovação no ato de interposição recursal. 
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MANDADO DE SEGURANÇA (PARTE 01) 
NOÇÕES CONSTITUCIONAIS 
භ����/D�EdK��KE^d/dh�/KE�> P�ĐŽŶĐĞĚĞƌ-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, NÃO 
amparado por ?ŚĂďĞĂƐ-ĐŽƌƉƵƐ ?� ŽƵ� ?ŚĂďĞĂƐ-ĚĂƚĂ ?, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
භ�D�E���K����^�'hZ�E����K>�d/sK� ? legitimidade ativa 
9 partido político (com representação no CN) 
9 organização sindical 
9 entidade de classe 
9 associação (funcionamento há 1 ano e para a defesa dos membros) 
භ�&/E�>/���� P�ƉƌŽƚĞŐĞƌ�Ž�ĚŝƌĞŝƚŽ�ůşƋƵŝĚŽ�Ğ�ĐĞƌƚŽ�ĐŽŶƚƌĂ�Ă�ŝůĞŐĂůŝĚĂĚĞ�ŽƵ�Ž�ĂďƵƐŽ�ĚĞ�ƉŽĚĞƌ�ĚŽ��ƐƚĂĚŽ ? 
භ����K�^h�SIDIÁRIA: ajuizável apenas se não couber habeas corpus ou habeas data. 
LEI Nº 12.016/2009 
භ��/Z�/dK�>1Yh/�K�����ZdK P�ĚŝƌĞŝƚŽ�ƋƵĞ�ŶĆŽ�ŐĞƌĂ�ĚƷǀŝĚĂƐ ?�ƋƵĞ�ƉŽĚĞ�ƐĞƌ�ĚĞŵŽŶƐƚƌĂĚŽ�ĐŽŵ�ŽƐ�ĚŽĐƵŵĞŶƚŽƐ�ĐŽŶƐƚĂŶƚĞƐ�
do processo, sem a necessidade de instrução probatória. 
භ�>�'/d/D/�����W�^^/s�� ?ƋƵĞŵ�ƉŽĚĞƌĄ�ƐĞƌ�ƌĠƵ�Ğŵ�ĂĕĆŽ�ĚĞ�ŵĂŶĚĂĚŽ�ĚĞ�ƐĞŐƵƌĂŶĕĂ ? 
ª litisconsórcio passivo: autoridade coatora e pessoa jurídica a que se encontra vinculada. 
ª autoridade coatora federal: se a consequência do ato abusivo ou ilegal houver de ser suportado pela União ou por 
entidade controlada pela União. 
ª autoridade equiparada: a) representantes ou órgãos de partidos políticos; b) administradores de entidades 
autárquicas; e c) dirigentes de pessoas jurídicas ou pessoas naturais que exerçam atribuições do Poder Público. 
භ>�'/d/D/������d/s� 
ª MS Individual: pessoa natural ou jurídica, de direito privado ou público 
ª MS Coletivo: 
x partido político com representação no Congresso Nacional, para defesa dos interesses dos filiados ou em 
defesa da finalidade partidária 
x organização sindical 
x entidade de classe 
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x associação, regulamente constituída há mais de 1 ano, para defesa de parte ou de todos os seus membros, 
sem a necessidade de concessão de autorização especial para agir 
භ�>�'/d/D���K��ydZ�KZ�/E�Z/� P�Ž titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, 
de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo 
de 30 (TRINTA) DIAS, quando notificado judicialmente. 
භ�E�K����/D�EdK��K�D�E���K����^�'hZ�E�� 
9 ato pendente de recurso administrativo com efeito suspensivo 
9 decisão judicial da qual caiba recurso 
9 decisão judicial transitada em julgado 
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