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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO ENFERMAGEM DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
Indiana Ludwig
Legislação aplicada à saúde do trabalhador
 Tutor: Prof. Adriano Moura da Fonseca Pinto
Dourados/MS 
2019�
SUICÍDIOS NA FRANCE TÉLÉCOM
Referência: SCHÄFER, Ulf; KOROTOV, Konstantin. Suicídios na France Télécom. Harvard Business Publishing. 19 de Maio de 2014.
O estudo de caso fala do ocorrido na France Télecom, em relação aos suicídios, tentativas de suicídios e depressão de funcionários da mesma.
Uma das líderes em telecomunicações com participação em internet, televisão digital, serviços de TI e redes de telefonia celular. A maioria de suas divisões operava sob a marca Orange foi privatizada em 1998 e estava sendo submetida a processos de reestruturação produtiva, entre estes, uma diminuição importante do número de empregados e trabalhos em novas funções. 
Após a privatização a FT seguia lances similares ao redor da Europa: governos vendendo suas redes telefônicas, dando origem a grandes organizações, a FT seguia planos similares enquanto as novas empresas provadas começavam a remodelar a indústria europeia de telecomunicações. 
Os funcionários da FT estavam menos entusiasmados. A primeira tentativa de dar fim ao controle da empresa por parte do governo da França foi nos anos 1990 e foi suprimida pelos próprios funcionários da empresa. A empresa adentrou no mundo das empresas privadas em um momento de rápido crescimento, comunicações digitais, particularmente a Internet, estavam crescendo consideravelmente.
Porém a queda dos preços das ações para as participações da FT, a necessidade de reembolsar a dívida que a empresa tinha com os acionistas trouxeram uma nova era de privação para os funcionários da FT.
 Após dois meses de protestos, o governo da França descartou o Contrat de Première Embauche (Projeto de lei de oportunidades iguais), que garantia aos jovens oportunidades ao mercado de trabalho. Dessa maneira, com o projeto descartado os empregadores rescindiram os contratos dos trabalhadores com idade abaixo de 26 anos.
Nos 10 anos da privatização a empresa desfez de 40.000 cargos para melhoria e pagar os seus acionistas. Pressionados pelo empregador os funcionários começaram a sofrer “espiral de suicídios”.
Muitos dos suicidas deixaram notas culpando seu stress ao trabalho ou decisões de gestão para os motivos de suas ações. Um dos funcionários de 52 anos que suicidou-se falou de “exaustão” e “gerenciamento por terror” afirmando “eu estou cometendo suicídio por causa do meu emprego na France Télécom” adicionando as palavras: “Esta é a única razão”.
O governo francês interviu e exigiu que a administração da empresa indicasse que estavam levando a sério a situação. O ministro do Trabalho descreveu a FT como uma empresa que não para de passar por mudanças tecnológicas e econômicas e isso é ótimo para o mundo tecnológico da França. Ele então adicionou. “Mas precisamente porque foi submetida a toda essa evolução e a essas mudanças é essencial que a empresa se atente bastante aos seus funcionários e que compreenda que não há progresso tecnológico sem progresso social”. As novas tecnologias e fases no trabalho não podem interferir na vida do funcionário, deve haver uma estratégia de valorização do trabalhador.
Toda mudança seja ela um crescimento ou um regresso em uma empresa requer adaptação tanto do empregador quanto do empregado, é um desafio para o funcionário mudanças dentro de um ambiente de trabalho, e quem pode minimizar isso é uma boa gestão, o cuidado com o funcionário o estimula, afinal lideres despreparados adoecem funcionários, neste século em que vivemos é inaceitável que ainda exista assédio moral, o que acaba desencadeando muitas vezes a pior das doenças do século a depressão a ansiedade a insegurança. 
Sem o cuidado, atenção e apoio da empresa o funcionário não evolui e a empresa também fica estagnada.
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