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Politicas Trabalhador

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Políticas em Saúde do Trabalhador
Profa. Mestre Alessandra Bezerra
Saúde do Trabalhador já se faz presente desde a implementação da Lei Orgânica da Saúde 8080/90, que regulamenta o SUS .
A Política de Saúde do Trabalhador deve seguir os mesmos princípios do SUS. 
O trabalhador deve ser atendido num sistema com diferentes níveis de complexidade
Ações prevenção
Promoção da saúde
Assistência curativa
Reabilitação.
Marcos Legais
Constituição Federal de 1988 
Art.196 
 “A Saúde é um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas ....”
Art. 200
“Ao Sistema Único de Saúde compete ... executar as ações de saúde do trabalhador...”
Lei nº 80.080/90 
Lei Orgânica da Saúde 
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
Inciso I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
Definição de Saúde do Trabalhador 
(Lei 8.080 Art. 6º § 3º) 
Conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
Políticas em Saúde do Trabalhador
Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador
Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
RENAST / CEREST
RENAST - Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
Criada em 2002, por meio da Portaria MS 1.679/02.
Rede nacional de informações e práticas de saúde, organizada com o propósito de implementar ações assistenciais, de vigilância, prevenção, e de promoção da saúde do trabalhador
Objetivo:
Disseminar ações de saúde do trabalhador, às demais redes do SUS.
A Renast foi implementada de forma articulada entre:
Ministério da Saúde (MS)
Secretarias de Saúde dos estados
Distrito Federal
Município
A Renast se propõe a qualificar os serviços públicos de saúde, fazendo com que o SUS, como um todo, incorpore e funcione na perspectiva da Saúde do Trabalhador.
A Renast deve se integrar a rede de serviços do SUS por meio de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST.
A Implementação da RENAST:
I. Estruturação da rede de Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST).
II. Inclusão das ações de saúde do trabalhador na atenção básica, por meio da definição de protocolos, estabelecimento de linhas de cuidado e outros instrumentos que favoreçam a integralidade.
III. Implementação das ações de promoção e vigilância em saúde do trabalhador.
IV. Instituição e indicação de serviços de Saúde do Trabalhador de retaguarda, de média e alta complexidade já instalados, aqui chamados de Rede de Serviços Sentinela em Saúde do Trabalhador.
V. Caracterização de Municípios Sentinela em Saúde do Trabalhador.
Definidos a partir de dados epidemiológicos, previdenciários e econômicos, que indiquem fatores de riscos significativos à saúde do trabalhador, oriundos de processos de trabalho em seus territórios
Rede de unidades sentinela
Dispositivos da RENAST. 
Realização diagnósticos.
Notificação de agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
Identificação de casos
Investigações epidemiológicas.
Unidade sentinela: Unidade de saúde, desde as unidades de atenção primária à saúde até as referências especializadas.
Fortalece a capacidade de diagnósticos precoces
As informações geradas pela estratégia devem subsidiar o planejamento e avaliação de ações na RENAST. 
CENTROS DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR - CEREST 
É uma unidade do SUS especializada na atenção a problemas de saúde relacionados ao trabalho.
Visa a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador por meio da prevenção e vigilância.
Objetiva dar subsídio técnico para o SUS, nas ações de promoção, prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais.
Dar suporte técnico e científico às intervenções do SUS no campo da Saúde do Trabalhador,
Tipos de Cerest: Estaduais e Regionais
Atribuições:
Apoiar investigações de maior complexidade.
Assessorar a realização de convênios de cooperação técnica
Subsidiar a formulação de políticas públicas
Fortalecer a articulação entre a atenção básica, de média e alta complexidade para identificar e atender acidentes e agravos relacionados ao trabalho
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho ou de notificação compulsória.
Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados pela Estratégia de Vigilância Sentinela
PORTARIA NO - 205, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016
Câncer relacionado ao trabalho;
Dermatoses ocupacionais;
Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Ler/Dort);
Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) relacionada ao trabalho;
Pneumoconioses relacionadas ao trabalho;
Transtornos mentais relacionados ao trabalho.
CEREST / PI
Investigar e avaliar os locais de trabalho para detectar os possíveis riscos e periculosidades que possam causar dano para a saúde do trabalhador. 
Todos os trabalhadores são beneficiados com as ações do CEREST
Urbanos e rurais
Setor público e privado
Com carteira assinada ou não
Independente do tipo de vínculo empregatício
Principais ações do CEREST-PI
Desenvolvimento de estudos e pesquisa.
Qualificação de recursos humanos.
Suporte técnico assistencial interdisciplinar em saúde do trabalhador.
Avaliar o controle de qualidade das ações de saúde do trabalhador, desenvolvida no âmbito estadual e municipal.
Propor normas relativas a diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes portadores de agravos a saúde, decorrente do trabalho.
Coordenar o programa de acompanhamento e avaliação da implantação da RENAST.
Compete ao SUS a execução das ações de Saúde do Trabalhador, conforme determina a Constituição Federal; 
O papel do MS de coordenar nacionalmente a política de Saúde do Trabalhador, conforme Lei nº 8.080/90;
A necessidade de implementação de ações de Saúde do Trabalhador em todos os níveis de atenção do SUS.
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Portaria MS n° 1.823, de 23 de agosto de 2012
Definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados nas três esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos trabalhadores e a redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de desenvolvimento e dos processos produtivos.
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Finalidades
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Público Alvo: 
Todos os trabalhadores
Homens e mulheres
Zona urbana ou rural
Mercado de trabalho, formal ou informal
Empregado público ou privado
Assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico
Aposentado
Desempregado.
Universalidade
Integralidade
Participação da comunidade, dos trabalhadores e 
do controle social
 Descentralização
 Hierarquização
 Equidade
 Precaução
Princípios e Diretrizes
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Para fins de implementação considera-se a articulação entre: 
I. As ações individuais, de assistência e de recuperação dos agravos, com ações coletivas, de promoção, de prevenção, de vigilância dos ambientes, processos e atividades de trabalho, e de intervenção sobre os fatores determinantes da saúde dos trabalhadores.
II. As ações de planejamento e avaliação com as práticas de saúde; 
III. O conhecimento técnico e os saberes, experiências e subjetividade dos trabalhadores edestes com as respectivas práticas institucionais. 
Parágrafo único. A realização da articulação tratada neste artigo requer mudanças substanciais nos processos de trabalho em saúde, na organização da rede de atenção e na atuação multiprofissional e interdisciplinar, que contemplem a complexidade das relações trabalho-saúde. 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Contempla todos os trabalhadores priorizando, entretanto, pessoas e grupos em situação de maior vulnerabilidade.
Atividades ou em relações informais e precárias de trabalho
Atividades de maior risco para a saúde
Submetidos a formas nocivas de discriminação
Trabalho infantil
		
		Buscar a equidade na atenção. 
Fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integração com os demais componentes da Vigilância em Saúde; 
Promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis; 
Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador; 
Ampliar o entendimento de que a Saúde do Trabalhador deve ser identificada em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Objetivos:
Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde; 
Assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde; 
Assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS. 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador (ST) junto aos demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde; 
Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; 
Estruturação da RENAST no contexto da Rede de Atenção à Saúde: 
Ações de ST junto à APS; 
Ações de ST junto à Urgência e Emergência; 
Ações de ST junto à Atenção Especializada (Ambulatorial e Hospitalar). 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Estratégias
Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; 
Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; 
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; 
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
POLITICA NACIONAL DE SAÚDE DO 
TRABALHADOR E DA TRABALHADORA 
Profa. Alessandra Bezerra 
INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES SAÚDE-TRABALHO E O ESTABELECIMENTO 
DO NEXO CAUSAL
ADOECIMENTO DOS TRABALHADORES E SUA 
RELAÇÃO COM O TRABALHO
● Trabalhadores compartilham com os não-trabalhadores formas de adoecer e morrer que são decorrentes do estilo de vida, do sexo, da idade, do perfil genético e da exposição a fatores de risco.
Entretanto;
● Trabalhadores apresentam doenças e acidentes que são decorrentes dos trabalhos que exercem ou exerceram, ou pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado.
Fonte: Schilling (1984)
Classificação das doenças segundo sua relação com o trabalho 
Agravos relacionados ao trabalho classificados em três grupos: 
GRUPO I
▪ Doenças para as quais o trabalho ou as condições em que ele é realizado constituem causa direta, condição necessária.
▪ A relação causal ou nexo causal é direta e imediata.
Exemplo: Intoxicação por chumbo - Saturnismo
GRUPO II
▪ Doenças em que o trabalho pode ser um fator de risco contributivo, mas não necessário; 
▪ O nexo causal é de natureza eminentemente epidemiológica.
Exemplo: Doença coronariana
GRUPO III
▪ O trabalho é provocador de um distúrbio latente ou agravador de uma doença ou distúrbio preexistente.
Exemplo: Asma
Os grupos II e III, são formados por doenças consideradas de etiologia múltipla.
Nestas, o trabalho poderia ser entendido como um fator de risco, ou seja, “um atributo ou uma exposição que está associada com uma probabilidade aumentada de ocorrência de uma doença, não necessariamente um fator causal”.
Nexo causal será essencialmente de natureza epidemiológica: excesso de frequência em determinados grupos ocupacionais ou profissões.
A eliminação dos fatores de risco reduz a incidência ou modifica o curso evolutivo da doença ou agravo à saúde.
Grupos II e III
Para identificar a relação entre o papel do trabalho no processo de adoecimento é fundamental ferramentas de investigação. 
Anamnese Ocupacional 
INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES SAÚDE- TRABALHO -DOENÇA
Ferramentas de investigação da relação saúde-trabalho. 
Fácil acesso ao profissional
Simples
Uso mais universal para investigar a relação entre trabalho e condições de saúde e doença 
Anamnese Ocupacional
▪ A Anamnese ocupacional faz parte da entrevista clínica.
História clínica atual 
Investigação sobre diversos sistemas ou aparelhos 
Antecedentes pessoais e familiares 
História ocupacional
Hábitos e estilo de vida
Exame físico
Métodos complementares
Inspeção do posto de trabalho
Análise ergonômica da atividade
Apenas os trabalhadores sabem descrever as reais condições, circunstâncias e imprevistos que ocorrem no cotidiano e são capazes de explicar o adoecimento.
 É de fundamental importância para a identificação das relações saúde trabalho doença: Ouvir o trabalhador.
▪ Detectar os riscos à saúde presentes no trabalho 
▪ Detectar alterações de saúde do trabalhador e a relação dessas com o trabalho realizado 
▪ Prover informações para o tratamento adequado 
▪ Prover informações que permitam acesso do trabalhador aos benefícios da Previdência Social. 
Objetivos da Anamnese ocupacional
A anamnese ocupacional segue uma sistematização para que nenhum aspecto relevante seja esquecido. 
Conhecer as condições de trabalho e de suas repercussões sobre a saúde do trabalhador.
As respostas apresentadas poderão auxiliar no estabelecimento do nexo causal.
Que tipo de trabalho você faz? 
Quais são as tarefas que você executa?
Há quanto tempo você trabalha? Quantas horas por dia?
Que exposições estão envolvidas diretamente no posto de trabalho?
E em locais próximos ao seu posto de trabalho?
Que Equipamento de Proteção Individual (EPI) você utiliza?
Identifica algum processo de trabalho que afeta sua saúde? 
Liste todos os outros trabalhos em ordem cronológica.
Há sintomas ou doenças relacionados ao trabalho? 
Qual o tempo dos sintomas? 
Qual a periodicidade dos sintomas? 
Outros trabalhadores têm sintomas? 
Você tem o hábito de fumar, beber ou faz uso de alguma droga?
Outros trabalhadores têm problemas semelhantes ou reclamações? 
Há dias perdidos de trabalho? Qual é a razão?
Realiza exames médicos periódicos? 
Qual é o tempo de trabalho por semana? 
Quantos anos trabalhou ou trabalha?
Investigar as ocupações anteriores 
Variabilidade dos períodos de latência para o surgimento de uma patologia relacionada ao trabalho 
Horas 
Conjuntivite por exposição a irritantes químicos
Asma ocupacional
Anos 
Silicose
Câncer
Atividade
	Durante uma visita domiciliar um ACS cadastrou JMS, 58 anos, aposentado por tempo de serviço. O usuário, aparentando emagrecimento e desânimo, relatou espontaneamente ao ACS que tinha dificuldade para subir morros, devido a fôlego curto. Relatou, ainda, que esses problemas surgiram aos poucos e foram piorando ao longo dos últimos 10 anos. JMS acha que o fôlego curto é provocado pelo excesso de poeira que inalou no trabalho que realizou no passado, em pedreiras, já que vários ex-colegas de trabalho apresentam queixas semelhantes. 
	Alegando dificuldades para andar muito, diz sair pouco de casa, motivo pelo qual não procurou a UBS. O ACS levou o problema à equipe, que julgou importante a visita da Equipe de saúde ao domicílio de JMS. 
Nesse caso, que questõesdevem ser formuladas na anamnese ocupacional a esse paciente, visando a melhor investigar possível doença relacionada ao trabalho?
Procedimentos para o estabelecimento 
do nexo causal:
Natureza da exposição: 
O agente patogênico pode ser identificado pela história ocupacional e/ou pelas informações colhidas no local de trabalho?
Especificidade da relação causal e a força da associação causal: 
O agente patogênico ou o fator de risco pode estar contribuindo significativamente entre os fatores causais da doença?
Tipo de relação causal com o trabalho: 
Classificação de Schilling
Causa necessária (Tipo I)? 
Fator de risco contributivo de doença de etiologia multicausal (Tipo II)? 
Fator desencadeante ou agravante de doença preexistente (Tipo III)?
Grau ou intensidade da exposição: 
É compatível com a produção da doença?
Tempo de exposição: 
É suficiente para que a doença se desenvolva e apareça? 
Tempo de latência:
É suficiente para que a doença se instale e manifeste?
Registros anteriores: 
Existem registros quanto ao estado anterior de saúde do trabalhador? 
Eles contribuem para o estabelecimento da relação causal entre o estado atual e o trabalho?
Evidências epidemiológicas: 
Existem evidências epidemiológicas que reforçam a hipótese de relação causal entre a doença e o trabalho presente ou pregresso do segurado?
Como diretriz básica, a resposta positiva à maioria das questões apresentadas auxilia no estabelecimento do nexo causal entre doença e trabalho.
A identificação ou comprovação de efeitos da exposição ocupacional a fatores ou situações de risco, pode exigir a realização de exames complementares específicos:
Toxicológicos
Laboratoriais
Imagem
Clínicos especializados
Audiometria.
Elementos para o reconhecimento 
do nexo causal 
A história clínica e ocupacional
Estudo do local de trabalho
Estudo da organização do trabalho
Os dados epidemiológicos
A ocorrência de quadro clínico em que o trabalhador foi exposto
A identificação de riscos químicos, físicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos. 
Principais dificuldades para o estabelecimento do nexo trabalho-doença
• Ausência ou imprecisão na identificação de fatores de risco e/ou situações a que o trabalhador está ou esteve exposto;
• Ausência ou imprecisão na caracterização do potencial de risco da exposição;
• Conhecimento insuficiente quanto aos efeitos para a saúde associados com a exposição em questão;
• Desconhecimento ou não-valorização de aspectos da história de exposição e da clínica relacionada ao trabalho;
• Necessidade de métodos propedêuticos e abordagens por equipes multiprofissionais, nem sempre disponíveis nos serviços de saúde.
Apesar da importância da abordagem multiprofissional para a atenção à saúde do trabalhador, o estabelecimento da relação causal entre a doença e o trabalho é de responsabilidade do médico, que deverá estar capacitado para fazê-lo.
Resolução/CFM n.º 1.488/1988
▪ Embora a anamnese ocupacional seja de fácil realização, nem sempre é suficiente para esclarecer relação da doença com o trabalho. 
 ▪ Processo de trabalho do paciente é complexo ou pouco conhecido ou ele informa com dificuldades 
Inspeção do ambiente de trabalho
A inspeção dos ambientes de trabalho pode decorrer de demandas diferentes:
● Ação rotineira da vigilância em saúde dos trabalhadores 
● Promover busca ativa de casos de doenças e acidentes relacionados ao trabalho 
● Apurar denúncias de trabalhadores ou sindicatos quanto ao não cumprimento das normas regulamentadoras.
● Necessidade de conhecer melhor o processo de trabalho
 - Complementar informações obtidas na realização de uma anamnese ocupacional.
O reconhecimento da existência de fatores de risco no ambiente de trabalho é fundamental para a definição da existência ou não de situação de risco para o trabalhador. 
Em seguida a esse reconhecimento, deve-se avaliar a probabilidade de que o dano ocorra e sua gravidade. 
Durantes as inspeções nos ambientes de trabalho, busca-se, ainda, verificar o cumprimento, pelas empresas, das normas de segurança e saúde no trabalho, definidas nas legislações.
Classificam-se os riscos à saúde presentes nos ambientes de trabalho em cinco grupos de fatores de risco.
▪ Condições ou conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar efeito adverso. 
▪ Efeito: 
Morte
Lesões 
Danos à saúde
Propriedade
Meio ambiente
Os Riscos Ambientais:
▪ Agentes Físicos
▪ Agentes Químicos
▪ Agentes Biológicos
▪ Agentes Ergonômicos
▪ Agentes Mecânicos
 
Para a análise do risco que os agentes ambientais oferecem à saúde dos trabalhadores, devem ser considerados:
Natureza e intensidade do agente
Suscetibilidade do indivíduo ao agente
Tempo de exposição
Intercâmbio brusco de energia entre o organismo e o ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo acarretar uma doença profissional.
Ruído
Vibrações mecânicas
Temperaturas extremas
Pressões anormais
Radiações ionizantes
Radiações não ionizantes
Agentes Físicos
▪ Redução na capacidade auditiva do trabalhador
▪ Atua desfavoravelmente sobre o estado emocional afetando o equilíbrio psicossomático.
▪ Influi negativamente na produtividade
▪ Causador indireto de acidentes do trabalho
Ruído
Vibrações Mecânicas
▪ Vibrações localizadas: operações com ferramentas manuais elétricas. 
- Alterações neuro-vasculares nas mãos dos trabalhadores
- Problemas nas articulações e braços.
▪ Vibrações de corpo inteiro: operadores de grandes máquinas e motorista de caminhões e tratores. 
Problemas na coluna vertebral
Dores lombares.
Temperaturas Extremas
▪ Calor intenso: Afetam a saúde e o rendimento dos trabalhadores.
▪ Frio intenso: Câmaras frigoríficas. Hipotermia; lesões na epiderme do trabalhador, conhecidas como úlceras do frio.
Pressões Anormais: Encontradas em trabalhos submersos ou realizadas abaixo do nível do lençol freático; 
▪ Mergulhadores profissionais
Radiações Ionizantes: Oferecem sério risco à saúde dos indivíduos expostos. 
▪ Anemia
▪ Leucemia
▪ Câncer
▪ Alterações genéticas
Radiações não Ionizantes: Radiação Infravermelha, Radiação Ultravioleta, Radiação Laser.
▪ Queimaduras na pele e nos olhos
▪ Eritema
▪ Câncer de pele.
▪ Sob a forma líquida, gasosa ou de partículas e poeiras
▪ Grande parte dessas substâncias possui características tóxicas
▪ Grau de toxicidade: características da substância (estado físico, solubilidade, PH)
▪ Via de penetração do agente no organismo: via respiratória, cutânea e digestiva
▪ Diversas substâncias apresentam ainda o risco de explosão.
Agentes Químicos
Agentes Biológicos
▪ Vírus, bactérias, parasitas, fungos: Associados ao trabalho em hospitais, laboratórios, agricultura, pecuária…
	▪ Tuberculose
	▪ Tétano
	▪ Malária....
Medidas Preventivas : 
▪Vacinação
▪Esterilização 
▪Rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho
▪ EPI 
▪ Ventilação adequada
Agentes Ergonômicos
São aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais.
Ajustamento mútuo ideal entre o homem e seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência e bem estar no trabalho.
 
▪ Máquinas e mobiliário inadequados, levando a posturas e posições incorretas
▪ Levantamento e transporte manual de pesos
▪ Jornada de trabalho prolongada
▪ Más condições de iluminação, ventilação e de conforto para os trabalhadores
▪ Trabalho em turnos e noturno
▪ Trabalhos repetitivos, monótomos
▪Ritmo de trabalho excessivo
▪ Situações causadoras de estresse físico e psíquico
Inadequações na:
▪ Limpeza do ambiente 
▪ Proteção e sinalização de máquinas e áreas perigosas
▪ Rotulagem de produtos químicos 
▪ Armazenamento inadequado
▪ Proteção de instalações elétricas e outras situações que podem levar a acidentes de trabalho. 
	
Agentes Mecânicos e de Acidentes
Classificação dos riscos à saúde presentes nos 
ambientes de trabalhoAÇÕES DECORRENTES DO DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA OU DANO RELACIONADO AO TRABALHO
Uma vez estabelecido o nexo causal entre a doença e o trabalho o profissional responsável pelo atendimento deverá assegurar:
 
▪Orientação ao trabalhador quanto ao seu problema de saúde
▪Encaminhamentos necessários para a recuperação da saúde
▪Afastamento do trabalho ou da exposição ocupacional
	- Caso a permanência do trabalhador represente um 	fator de agravamento do quadro ou naqueles nos 	quais as limitações funcionais impeçam o trabalho;
▪ Estabelecimento da terapêutica adequada
	- Procedimentos de reabilitação
▪ Solicitação à empresa da emissão da CAT para a Previdência Social, responsabilizando-se pelo preenchimento do Laudo de Exame Médico
▪ Notificação à Vigilância em Saúde através de instrumento específico, Ficha de Notificação do SINAN.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A PREVENÇÃO DA
DOENÇA OCUPACIONAL
Exame Admissional
Exame médico periódico
Exame médico de retorno ao trabalho
Exame de mudança de função
Manter prontuário atualizado e com todas as informações sobre o trabalhador, resultados de exames, suas queixas e condutas adotadas
Ficha de Funções
Ficha de Entrega do EPI
Treinamentos
Conhecimento da atividade na admissão
Treinamentos continuados
Registrar as trocas de atividades e/ou setor, quando solicitados pelo médico do trabalho
Registro de ginástica laboral, se houver
Melhorias contínuas no ambiente de trabalho
Manutenção/investimentos/novas tecnologias
ATIVIDADE
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
Qual risco você atribuiria a atividade retratada? 
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a atividade retratada?

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