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ANTROPOMETRIA CRIANÇA

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Antropometria em Crianças 
Refere-se à aplicação dos índices. Corresponde à 
classificação que é atribuída a um indivíduo ou a 
uma população, em saudável ou não, como resultado 
da aplicação de um valor crítico (ponto de corte) a 
um índice. Tem ideia populacional, epidemiológica. 
Correspondem aos l imites que 
separam os indivíduos que estão 
saudáveis daqueles que não estão. 
É a combinação entre duas medidas antropométricas 
(por exemplo, peso e estatura) ou entre uma medida 
antropométrica e uma medida demográfica (por exemplo, 
peso-para-idade, estatura-para-idade). podem ser 
expressos em percentis ou em escores-z. 
Índice 
Pontos de corte ou valores críticos: 
Indicador 
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DIAGNÓSTICO ANTROPOMÉTRICO 
}  O que é necessário? 
}  Comparar valores encontrados com valores de referência, que 
caracterizam a distribuição do índice em uma população 
saudável. 
INSTRUMENTOS ANTROPOMÉTRICOS 
Antropometro infantil Estadiômetro Balança 
Adipometro 
Fita métrica Balança 
infantil 
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Padrão antropométrico de referência 
}  Conceito: 
}  Instrumento que informa a distribuição esperada das 
medidas antropométricas, para ambos os sexos e para as 
diferentes idades de indivíduos com bom estado nutricional. 
Desenvolvimento 
}  Conceitos: 
}  Do ponto de vista clássico: diferenciação progressiva das 
funções; molecular, histológica e psicológica. 
}  Do ponto de vista prático: aquisição de capacidade, 
assimilação de experiências biológicas e sociais. 
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Como avaliar o Desenvolvimento? 
}  Indicadores do desenvolvimento. 
 
}  Diferenciação morfológica e funcional que pode ser 
apreciada por meio de: 
}  Funções bioquímicas,; 
}  Destrezas e habilidades,; 
}  Maturação neurológica e psicológica. 
}  Fases da gestação e crescimento intrauterino. 
}  Fase 1: ovo ou zigoto – da fertilização até o 14º dia da 
gestação 
}  Hiperplasia celular intensa, ritmo de crescimento. 
Fases da gestação e crescimento 
intrauterino. 
}  Fase 11Embrionária – do14º dia a 8ª semana; 
}  Hiperplasia celular intensa, desenvolvimento da placenta, 
diferenciação de órgãos e sistemas, peso em média 1g e 
medindo 2,5 cm. 
 
}  Fase 111: 8ª à 40ª semana de gestação: 
}  Hiperplasia e hipertrofia celular, crescimento linear 
dependente, tamanho do útero, suporte nutricional, nível de 
oxigênio, insulina, fator de crescimento ligado à insulina. 
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Crescimento infantil no pós-natal 
}  Crescimento ponderal: 
}  Peso ao nascer: fatores determinantes (genética 68% e ambiente 62%). 
}  1º trimestre de 700g a 1000g/mês 
}  5º mês – 2x o peso do RN. 
}  1º ano – 3x o peso do RN. 
}  2º ano- 4x o peso do RN 
}  Obs: a partir do 10º mês o apetite da criança diminui. 
2 anos 
-  Criança delgada 
-  Abdômen proeminente 
Crescimento linear no primeiro ano 
Idade (m) Comprimento(cm) Evolução 
esperada 
RN 49 – 51 - 
3 58 – 60 1º trimestre + 9 cm 
6 65 – 67 2º trimestre + 7 cm 
9 70 – 72 3º trimestre + 5 cm 
12 73 – 75 4º trimestre + 3 cm 
Aumento total no primeiro ano de vida = 24 cm 
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Crescimento linear no 2º ano 
Idade (m) Comprimento(cm) Evolução 
esperada 
12 76.5 – 78,5 1º trimestre + 3,5 cm 
18 79,5 – 81,5 2º trimestre + 3 cm 
21 82,0 – 84,0 3º trimestre + 2,5 cm 
24 84,0 – 86,0 4º trimestre + 2 cm 
Aumento total no 2º ano de vida = 11 cm 
Pré-escolar até puberdade 
}  Pré-escolar 
}  Peso: 2Kg e altura 6 a 8 cm/ano. 
}  Escolar até puberdade 
}  Meninos (+/- 10 anos) 
}  Meninas (+/- 12 anos) 
Peso: 3,5 Kg 
Altura: 6cm/ano 
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Crescimento do perímetro cefálico (PC) de 
criança de 0 a 12 anos 
Idade (m) Perímetro cefálico 
(cm) 
Evolução esperada 
RN 24 - 
3 43 1º trimestre + 1,5 cm/mês 
6 46-47 2º trimestre + 3 a 4 cm/mês 
12 ≥ 49 1º ano 
60 51 
12 anos 53 ou 54 
GRÁFICOS DE CRESCIMENTO 
}  Curvas de distância: mostram a variação 
incremental de um indicador antropométrico ou a 
relação de dois indicadores antropométricos ao longo 
do tempo. Ex: P/I, IMC/Idade. 
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GRÁFICOS DE CRESCIMENTO 
}  Curvas de velocidade: Mede o aumento de um parâmetro 
antropométrico por unidade de tempo. Ex: velocidade de 
altura, velocidade de peso. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO RECÉM-
NASCIDO 
}  Como deve ser feita; 
}  Anamnese, (dados maternos) 
}  Exame físico; nutrição intra-uterina 
}  Classificação do RN 
}  Antropometria 
}  Avaliação da oferta nutricional por meio, de balanços de 
nutrientes, água, proteínas etc. 
}  Avaliação laboratorial. 
}  Parâmetros: peso, comprimento, circunferência torácica. 
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CLASSIFICAÇÃO DO RN 
}  Segundo Idade gestacional(IG); 
}  IG <37 semanas; RN pré-termo (RNPT) 
}  IG entre 37 e 42 semanas; RN de termo (RNT) 
}  IG >42 semana; RN pós-termo. 
}  Segundo Peso ao Nascer(PN); 
}  Macrossomia; 4.000g ou + 
}  PN normal; 2500 a 3999g 
}  RN de baixo peso; < 2500g (RNBP) 
}  RN de muito baixo peso ˂ 1500g (RNMBP) 
}  Peso ao nascer: 
}  Fatores determinantes: 
}  Genética (38%) e ambiente (62%) 
}  Para avaliação utiliza-se a curva de crescimento do National 
Center for Health and Statistics (NCHS)/OMS. 
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DEFINIÇÕES IMPORTANTES!!! 
}  AIG (adequado para idade gestacional) – Percentil 3 e 97 
}  PIG (pequeno para idade gestacional) – abaixo do percentil 3 
}  GIG (grande para idade gestacional) – acima do percentil 97 
}  Recomenda-se, no caso da avaliação antropométrica de 
prematuros, realizar correção da idade. 
}  Idade corrigida = idade cronológica em meses – meses de 
prematuridade 
RECÉM-NASCIDO 
}  Recomendações da OMS (1995) para avaliar o estado 
nutricional do RN. 
}  Quando a IG for desconhecida: RN ˂ 2500g RN de risco. 
}  Quando a prevalência do baixo peso no RN for muito 
elevada. 
}  Ganho esperado de 20 a 30g/dia 
Peso RN (g) Classificação 
2250 a ≥ 1500 RN de risco 
˂ 1500 RN de prioridade máxima 
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RECÉM-NASCIDO 
}  Circunferência torácica (CT) na impossibilidade de aferir o peso. 
}  Em nível populacional, considera-se problema de saúde pública. 
}  PIG com prevalência > 20% 
}  RN ˂ 2500g com IG desconhecida com prevalência > 15% 
}  CT ˂ 29 cm com prevalência > 15% 
CT(cm) Indicador 
29 a 30 RN de risco 
˂ 29 RN de alto risco 
RECÉM-NASCIDO 
}  Relação perímetro cefálico (PC)/perímetro torácico(PT) 
}  No RN o PC é > PT logo PC/PT > 1. 
}  Aos 6 meses o PC é aproximadamente PT logo PC/PT = 1 
}  Aos 2 anos PC é < PT logo PC/PT < 1, se aos 2 anos PC/PT > 1 – 
desnutrição. 
}  Recomenda-se medir 1 vez por semana. 
}  Kannawati-MacLaren - Relação perímetro braquial (PB)/
perímetro cefálico (PC), idade entre 3 meses e 4 anos. 
PB/PC Diagnóstico 
> 0,31 Eutrofia 
≤ 0,31 a > 0,28 Desnutrição leve 
≤ 0,28 a ≥ 0,25 Desnutrição moderada 
< 0,25 Desnutrição grave 
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CURVAS DE CRESCIMENTO 
}  Padrões de referência: metodologia de amostragem 
representativa de indivíduos saudáveis de determinada 
população que vive em condições socioeconômicas, culturais e 
ambientais satisfatórias e estáveis para a plena evolução de 
crescimento, desenvolvimento, saúde e nutrição. 
}  Escore-Z: È utilizado preferencialmente para a realização de 
diagnósticos do estado nutricional de crianças em estudos 
populacionais. MEDIDA DE DISPERSÃO DENTRE UM GRUPO 
DE DADOS. 
}  Percentil: Refere-se a posição de um indivíduo em relação ao 
100% da distribuição de referência.Escore Z e Percentil 
Espera-se encontrar 50% da população acima e abaixo desse valor 
50% 
Desvios- Padrão 
- 1 
- 3 
- 2 
+ 3 
+2 
+1 
15,9 
Distribuição Percentil 
Indica a posição 
que o valor da 
medida ocupa em 
relação aos 100 % 
da distribuição de 
referência 
2,3 ~ 3 
0,1 
84,1 ~ 
85 
97,7~ 97 
99,9 
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Curvas National Center for Health and 
Statistics (NCHS) 
}  Dois conjunto de dados: 
}  Estudo longitudinal realizado entre 1929 e 1975 
}  Por Fels Research Institute, crianças de 0 a 36 meses, norte-
europeus, classe social média alta. 
}  O segundo banco é uma junção de 3 programas de coleta de 
informações. 
}  De 1963 a 1975 nos EUA; NHANES I, NHANES II E NHANES III. 
}  20.000 crianças 
}  Todos os grupos éticos e classes sociais 
}  Representando crescimento de 2 a 18 semanas. 
}  Padrão de referência pela OMS e adotado pelo MS no 
Brasil: 
Importante!!! 
}  Escore Z - Valores de referências: 
 
o  > -2DP e < + 2DP (Adequados ou normais) 
o  < - 2DP (déficits) 
o  ≥ + 2DP ( Excesso) 
Ø  Classificação de risco nutricional, ou seja, 
sobrepeso apenas para o índice antropométrico 
IMC/I: 
 
o  ≥ + 1DP e < + 2DP 
BRASIL, 2008 
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Importante!!! 
}  As curvas de crescimento utilizadas para crianças e 
adolescentes adotadas pelo Ministério da Saúde também 
podem serem expressas em Percentis: 
}  A distribuição em percentil apresenta como pontos de 
cortes críticos para o diagnóstico nutricional: 
o  Percentil 3 (indicador de déficit) 
o  ≥ P3 e < P10 (Indicador de risco para déficit) 
o  ≥ P97 (Indicador de Excesso) 
Esses pontos são considerados para 
todos os índices antropométricos 
Perigo 
O IMC/I possui classificação de risco nutricional para 
excesso de peso, ou seja, sobrepeso- ≥ P85 e < P97 
BRASIL, 2008 
REFERÊNCIA DE CRESCIMENTO DA OMS 
}  National Center for Health Statistics (NCHS)- 1929 e 1975 
o  Crianças em aleitamento artificial; 
o  Norte-europeus * Padrão internacional (OMS) 
}  Em 1993 a OMS proporcionou a realização de um estudo 
multicêntrico. 
}  Objetivo: desenvolver um padrão de referência construído a 
partir de uma amostra mundial- Diversidade étnica. 
}  Amostra de vários países (inclusive Brasil) 
}  Constituída de amostra de crianças em aleitamento materno 
exclusivo até o 6 meses de vida. 
}  Padrões em 2006 (P/I;P/E; E/I, IMC/I)- até 5 anos 
}  Padrão em 2007 (PC/I; PB, PCT e subescapular) 
 
 Crianças e adolescentes de 5 a 19 anos 
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Classificação do Estado Nutricional de 
Crianças 
}  Os três índices mais amplamente utilizados para 
essa finalidade são estatura para idade (E/I), peso 
para estatura (Peso/Estatura) e Peso para Idade (P/
I); IMC/I – acima de dois anos de idade. 
o  Estatura ou comprimento para Idade (E/I) 
Reflete o crescimento linear, servindo como indicador do 
tamanho corporal e do crescimento ósseo. O ganho da 
estatura é lento, por isso demora a refletir processos de 
carência de saúde e nutrição. Tem como indicador 
antropométrico o stunting (nanismo) ou baixo comprimento 
ou estatura/idade . 
È influenciada por condições de nutrição pregressa ou crônica e 
fatores genéticos, podendo estar também relacionada a doenças 
Classificação do Estado Nutricional de 
Crianças 
}  Peso para Estatura ou comprimento (P/E): 
Reflete a distribuição do peso corporal em relação à altura. 
Este índice dispensa a informação da idade. È sensível para 
o diagnóstico de excesso de peso (sobrepeso e obesidade), 
carecendo, porém, de medidas complementares para o 
diagnóstico preciso. 
Tem como indicador antropométrico o wasting (emaciação) 
ou baixo peso para a altura 
Processo intenso de fome e/ou de doença 
Indicador antropométrico, o overweight (excesso de peso) 
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Classificação do Estado Nutricional de 
Crianças 
}  Peso para a Idade (P/I): 
Reflete o peso corporal em relação à idade cronológica da 
criança. Essa característica tornam este indicador muito 
adequado para o acompanhamento do crescimento infantil, 
apesar de refletir a situação global do indivíduo, não 
diferenciando o comprometimento nutricional atual ou 
agudo dos pregressos ou crônicos 
P/I tem como indicador antropométrico o déficit global, ou seja, 
não diferencia a natureza do problema, se é um déficit agudo ou 
déficit crônico. 
O termo déficit agudo resulta de um processo intenso de fome e /ou de 
doença, levando a uma acentuada perda de peso, já o segundo déficit 
crônico resulta de um processo contínuo de subnutrição e/ou doença, 
que atinge o crescimento linear da criança. 
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P97 
P50 
P10 
P3 
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Desnutrição atual X desnutrição crônica 
}  Stanting: baixa estatura para idade (nanismo nutricional), 
desnutrição crônica. 
}  Wasting: baixo peso para altura/comprimento = 
emagrecido, desnutrido atual. 
}  Underweinght: baixo peso para idade, desnutrido atual. 
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