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Avaliação Nutricional e Planejamento Dietético em Pediatria Fases do crescimento normal • O crescimento ocorre de maneira diferente em cada fase da vida: Fase intrauterina • A média da velocidade de crescimento (VC) do feto é de 1,2 a 1,5 cm/sem, mas apresenta grandes variações. • A VC no meio da gestação é de 2,5 cm/sem e diminui para quase 0,5 cm/sem logo antes do nascimento. • O final da gestação é caracterizado, portanto, por baixa velocidade de crescimento e intenso ganho ponderal. Fases do crescimento normal Fase do lactente • A velocidade de crescimento continua elevada, porém é menor do que na fase intrauterina. • Primeiro semestre: maior VC (cerca de 25 cm/ano) • Segundo semestre: 15 cm/ano. • Nessa fase, os principais fatores implicados no crescimento da criança são os nutricionais e ambientais; os fatores genéticos e o hormônio de crescimento têm menor atuação. • Portanto, na fase do lactente o padrão familiar de estatura (genética) tem pouca importância no crescimento. Fases do crescimento normal Fase pré-púbere • Período entre o terceiro ano de vida e o início da puberdade. • Caracteriza-se por crescimento mais estável, de aproximadamente 5-7 cm/ano. • Nessa fase, os fatores genéticos e hormonais (hormônio de crescimento) têm maior relevância. • É importante lembrar que a VC, apesar de mais estável, também sofre oscilações. Portanto, a avaliação em curtos períodos pode levar a erro. Fases do crescimento normal Fase púbere: • O crescimento puberal ocorre mais cedo nas meninas do que em meninos, porém o estirão puberal nos meninos é maior. • Nessa fase, a aceleração do crescimento está relacionada, principalmente, aos hormônios sexuais e ao hormônio de crescimento. • Faz parte das ações básicas de saúde. Na nutrição, anotamos o peso e a estatura/comprimento no Cartão da Criança. Ao longo dos anos, foi modificado: diferença nas populações de referências utilizadas nas curvas de ganho de peso e estatura. Caderneta de Saúde da Criança • Cinco ações que integram a Caderneta de Saúde da Criança, relevante para vigilância nutricional de crianças a fim de reduzir a mortalidade infantil e desnutrição: • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; • Incentivo ao aleitamento materno; • Controle das Infecções Respiratórias agudas; • Controle das diarreias e terapia de reidratação oral; • Controle das doenças imunopreveníveis (imunização) (BARROS et al, 2009) Avaliação nutricional na infância • Exames laboratoriais • Sinais e sintomas clínicos de distúrbios nutricionais • Consumo alimentar • Antropometria: peso, comprimento/estatura, circunferência do braço, perímetros cefálico e torácico, circunferência abdominal e pregas cutâneas - outras tabelas de referência (apostila). Avaliação nutricional na infância Na anamnese clínica, é importante investigar: • antecedentes pessoais, • dados relacionados à gestação e ao nascimento (tempo gestacional, peso ao nascer, Teste de Apgar), • as intercorrências e hábitos de vida da mãe, • tempo de aleitamento materno exclusivo • início da alimentação complementar, dentre outras questões. A estatura reflete o estado nutricional atual e o comprometimento nutricional de longa duração. Quanto é afetada, o que ocorre lentamente, pode representar distúrbios nutricionais crônicos e nem sempre é recuperada em todo seu potencial. • Para realizar o diagnóstico nutricional é necessário comparar os resultados obtidos através desses índices com valores de normalidade, chamados de padrão de referência, e utilizar pontos de corte que são os limites de referência. Observação: VARIABILIDADE INDIVIDUAL • Herança genética • Influências ambientais • A OMS preconiza como rotina o acompanhamento do crescimento infantil, por meio da aferição de medidas antropométricas e a utilização de curvas de crescimento que as medidas antropométricas obtidas sejam comparadas a um padrão de referência, utilizando-se curvas de crescimento. Avaliação de recém-nascidos • O primeiro momento de avaliação do estado nutricional infantil é ao nascimento. • É um importante indicador de saúde do recém-nascido, pois retrata as condições do desenvolvimento fetal intrauterino, refletindo a situação nutricional e metabólica materna. • O peso ao nascer inadequado também prediz riscos à saúde a curto prazo, como a maior morbimortalidade neonatal, desnutrição no primeiro ano de vida, susceptibilidade à infecções, desconforto respiratório e traumas durante o parto (TOURINHO; REIS, 2012). Peso ao nascer Peso ao nascer • O baixo peso ao nascer (< 2.500 g) associa-se a maior mortalidade e morbidade neonatal e infantil, sendo considerado um fator influente na sobrevivência nos primeiros anos de vida. Peso ao nascer • Existem fatores maternos relacionados ao baixo peso ao nascer, como: - tabagismo, - uso de drogas lícitas ou ilícitas, - Hipertensão arterial, - doenças infecciosas crônicas, - intervalo interpartal menor que 24 meses, - gestação múltipla, - partos cesáreos indicados precocemente, - desnutrição materna ou ganho de peso inadequado (BARROS, 2008). Peso ao nascer • A macrossomia fetal (> 4.000g) associa-se: - asfixia neonatal, - maior risco de hipoglicemia fetal, - Trabalho de parto prematuro, - desproporção cefalo-pélvica, - traumas esqueléticos, - distúrbios hidroeletrolíticos, - aspiração de mecônio, entre outros. • A longo prazo, o crescimento fetal inadequado favorece o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta – programação metabólica (TOURINHO; REIS, 2012). • Avaliar os outliers. Idade gestacional • Para avaliar o peso ao nascer é importante conhecer a idade gestacional, ou seja, o período de tempo entre a concepção e o nascimento. • É importante conhecer a duração da gestação, cujo tempo normal é de 40 semanas (+2 semanas). Idade gestacional • Crianças que nasceram a termo, mas apresentaram baixo peso ao nascer , são denominadas pequenas para idade gestacional (PIG). Um retardo do crescimento intrauterino (RCIU), resultado de desnutrição materna. • As crianças nascidas pré-termo, que não tiveram a velocidade de crescimento intrauterino alterada, atingirão mais facilmente peso e estatura adequados à idade, do que aquelas nascidas a termo e com RCIU. • Os recém-nascidos prematuros permanecerão com crescimento abaixo do esperado para uma criança da mesma faixa etária durante algum tempo. • Para que esta condição não implique condutas assistenciais inadequadas na avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança, o Ministério da Saúde recomenda que seja utilizada a idade corrigida no uso das curvas de crescimento da OMS (2006). Idade corrigida • A idade corrigida é a diferença entre a idade pós-natal menos o número de semanas que faltou para completar a Idade Gestacional de 40 semanas. • Exemplo: Um bebê que nasceu com 36 semanas, considerando uma gestão de 40 semanas, faltaram 4 semanas intrauterinas (40 - 36 = 4). Assim, quando esta criança completar a idade cronológica de 3 meses (12 semanas), sua idade corrigida será de 2 meses (8 semanas), e será ela a anotada na curva de crescimento para sua avaliação. Idade corrigida para prematuros • O perímetro cefálico deve ser corrigido até 1 ano e meio. • O peso até 2 anos . • A altura até 3 anos e meio. Avaliação de recém-nascidos • Peso • Comprimento • Perímetro cefálico • Perímetro torácico Perímetro cefálico (PC) • Representa o crescimento do sistema nervoso central, que é bastante acelerado nos primeiros anos de vida. • Os dois primeiros anos de vida representam o período em que o crescimento cerebral se completa quase totalmente (83,6% no 1o ano de vida). • Os nutrientes do leite humano, dentre eles os fosfolipídios, os ácidos graxos poli- insaturados de cadeia longa, o ferro, a lactose, além de hormônios e fatores de crescimento, são importantes para o crescimento cerebrale para o desenvolvimento neuropsicomotor. Perímetro cefálico (PC) • Essa medida é usada no acompanhamento de crianças menores de dois anos, servindo de indicador para diagnóstico de microcefalia, macrocefalia e hidrocefalia. • Também é usada em avaliação nutricional a medida do PC em relação à idade para o diagnóstico de desnutrição crônica, uma vez que esta pode gerar retardo no crescimento, redução das células cerebrais e na circunferência cefálica. • O acompanhamento da medida do PC é especialmente importante para crianças que sofrem de retardo no crescimento intrauterino. • Microcefalia • Macrocefalia • Hidrocefalia Perímetro cefálico (PC) O valor do PC ao nascimento varia de 34 a 35 cm e seu crescimento é mais rápido nos primeiros seis meses de vida, alcançando, a seguinte evolução: • 1o trimestre: 2cm/mês • 2o trimestre: 1 cm/mês • 3o trimestre: 0,5 cm/mês Perímetro cefálico (PC) • O perímetro cefálico é medido ao redor do crânio, posicionando a fita acima da sobrancelha, e posteriormente na região occipital, no maior diâmetro e deixando as orelhas livres. • A medida pode ser realizada com a criança sentada ou deitada e com a cabeça livre de adornos (BARROS, 2011). Perímetro cefálico (PC) • Os pontos de corte do perímetro cefálico por idade e sexo, considera: Perímetro torácico • Trata-se de um indicador da reserva de gordura corporal do recém nascido, podendo ser utilizado isoladamente ou associado ao perímetro cefálico (BARROS,2010). • Ao nascimento, o perímetro torácico é aproximadamente 2 cm menor que o perímetro cefálico, igualando-se em torno dos 6 meses de vida e assumindo maiores proporções a partir do primeiro ano de vida. Perímetro torácico • Dessa forma, a relação entre Perímetro Torácico e Perímetro Cefálico é PT/PC = 1 no primeiro semestre de vida, uma vez que seus valores são praticamente iguais (JALDIN et al, 2011). • Dos seis meses a cinco anos, uma relação normal entre PT/PC é maior que 1. • Caso essa relação se apresente menor que 1, é indicativo de desnutrição, já que o perímetro torácico não se desenvolve devido a atrofia muscular torácica e redução da adiposidade (VITOLO, 2008). Perímetro torácico • Para avaliação do perímetro torácico a criança deve estar sentada (lactentes) e despida. • A fita deve ser posicionada horizontalmente no maior diâmetro do tórax na altura dos mamilos. Perímetro torácico • Os valores de referência do PC e do PT em relação a idade, utilizando a referência de Jelliffe (1968): Evolução ponderal de lactentes • Até os dois anos de idade, para o acompanhamento nutricional das crianças devem ter avaliados peso, comprimento e perímetro cefálico e torácico. • Essas medidas devem ser realizadas, se possível mensalmente ou seguindo o calendário mínimo do Ministério da Saúde. • A avaliação frequente nessa fase é fundamental, pois se trata de um período de importante crescimento físico. Evolução ponderal para lactentes Evolução ponderal para lactentes Crianças de 0 a 10 anos • O peso corporal das crianças é um parâmetro fundamental para avaliação do crescimento, tem sensibilidade acurada e identifica agravos nutricionais de maneira precoce. • A estatura reflete o estado nutricional atual e o comprometimento nutricional de longa duração. • Quanto é afetada, o que ocorre lentamente, pode representar distúrbios nutricionais crônicos e nem sempre é recuperada em todo seu potencial. Lembrando... • Comprimento (abaixo de 2 anos) • Estatura (acima de 2 anos) Curvas de crescimento • Sd Down • Caderneta da Criança, MS. Percentil ou z-score? • Percentil é um termo estatístico e refere-se à posição ocupada por determinada observação no interior de uma distribuição. • Para obtê-lo, os valores da distribuição devem ser ordenados do menor para o maior; em seguida, a distribuição é dividida em 100 partes de modo que cada observação corresponda um percentil daquela distribuição. Percentil ou z-score? • Por exemplo, vamos pensar numa fila, onde 100 crianças foram colocadas em ordem de tamanho, da menor para a maior. Assim, a primeira criança da fila corresponderá ao P1, a quinta ao P5, a decima ao P10 e aquela correspondente ao número 50 é a que está na metade da fila (seria o P50), até chegar ao P100. O valor do percentil 50 corresponde à mediana (EGSTRON, 2009). As medidas de percentil apresentam fácil entendimento e tendem a ser mais sensíveis, ou seja, mais abrangentes. Crianças classificadas como risco nutricional a partir do percentil podem estar apenas próximas de uma situação de risco, mas não necessariamente em risco nutricional. Percentil ou z-score? • Escore-z é outro termo estatístico e quantifica a distância (número de desvios padrão) do valor observado em relação à mediana dessa medida ou do percentil 50. • Essa é a principal diferença entre percentil e escore z, pois o primeiro quantifica o começo (próximo ao zero) até o final da distribuição (próximo ao 100). • Já o Escore z quantifica a partir da mediana (equivalente ao percentil 50). Valores negativos de escore z indicam que o valor está à esquerda da mediana e valores positivos, que está à direita.As medidas de score-z são mais específicas, ou seja, elas detectam com maior precisão aqueles casos que estão mais gravemente relacionados com situações de risco nutricional. Recentemente, a recomendação da OMS para o uso do score-z, se deve ao fato dele discriminar melhor valores extremos. Índices antropométricos • Os índices antropométricos irão fornecer informações diferentes sobre o crescimento das crianças, sendo os recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da Saúde para a avaliação do estado nutricional de crianças. Índices antropométricos Peso/idade (P/I) • Expressa a relação entre o peso corporal e a idade cronológica da criança. • Não diferencia o comprometimento nutricional atual dos pregressos/crônicos. • Por isso, é importante complementar a avaliação com outro índice antropométrico. Peso/idade (P/I) Estatura/idade (E/I) • Expressa o crescimento linear da criança e é considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. • Esse indicador tem associação com condições socioeconômicas, infecções crônicas e recorrentes e aporte nutricional inadequado. • Junto com as informações dos índices peso para idade coletadas regularmente, permite conhecer melhor o crescimento da criança ao longo da vida. • Isoladamente, indica que a criança tem déficit de longa duração, embora apresente peso adequado para a estatura atual (MEDEIROS et al, 2011). Estatura/idade (E/I) • Trata-se do índice que indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. • O comprometimento nutricional afeta primeiro o peso da criança, se o persistir reduz a velocidade de crescimento e, por fim, afeta a estatura. • O comprometimento estatural pode estar associado a um quadro crônico, ainda vigente ou pregresso e superado, mas sem a devida normalização/recuperação do canal do crescimento. Estatura/idade (E/I) Estatura/idade (E/I) • A principal causa de baixa estatura em nosso meio é a desnutrição crônica, cujo diagnóstico muitas vezes é difícil pela falta de informações da história pregressa e dos dados antropométricos da criança. OBS: desnutrição crônica, observam-se atrasos proporcionais de peso e estatura em relação à idade. Desnutrição aguda, raramente a estatura está comprometida. • Quando a desnutrição crônica é descartada, é preciso pensar em diagnósticos diferenciais, principalmente na Baixa Estatura Familiar e no Retardo Constitucional do Crescimento e da Maturação Sexual, além de outras doenças. Velocidade de crescimento (VC) • A velocidade de crescimento é outro indicador bastante sensível para reconhecer desvios de crescimento infantil. • O primeiro ano de vida é caracterizadopor maior velocidade de crescimento (25 cm/ano), sendo 15 cm no primeiro semestre e 10 cm no segundo. • O crescimento nesse momento relaciona a fatores nutricionais e ambientais, havendo pouca expressão dos fatores genéticos e hormonais. Velocidade de crescimento (VC) • A partir dessa idade a velocidade de crescimento diminui e assume uma • velocidade constante a partir de 2 anos (5-7 cm/ano) até a puberdade. • Nesse momento, fatores hormonais e genéticos assumem maior importância e a velocidade aumenta novamente atingindo um pico médio de 9 cm/ano nas meninas (cujo estirão de crescimento ocorre, em geral, aos 11 anos) e 10 cm/ano nos meninos (estirão por volta dos 13 anos de idade). Velocidade de crescimento (VC) Alvo genético • Avaliação importante em crianças com queixas de problemas no crescimento, pois existe o fator genético que precisa ser considerado em relação ao aumento estatural. É calculada da seguinte forma: Observação... Idade óssea • Importante elemento na avaliação do crescimento, sendo utilizada como um índice de maturação endócrina global, pois os fatores de desenvolvimento ósseo são semelhantes aos da maturação hipotálamo- hipofisária. • É determinado pela avaliação da maturação óssea hipofisária. • São analisadas as radiografias dos ossos do punho e das mãos. • Em menores de 1 ano são avaliados os ossos dos pés e quadril. Observação... Idade óssea • Idade óssea igual à cronológica: uma baixa estatura familiar. • Idade óssea menor que a idade cronológica: atraso constitucional de crescimento, relacionado à puberdade familiar tardia (melhor prognóstico, dentro do padrão genético). Peso/estatura (P/E) • Este índice expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura, e dispensa a informação da idade. • É preciso muito cuidado na sua interpretação, sendo utilizado como informação complementar ao diagnóstico nutricional. • É utilizado para identificar o emagrecimento da criança e o excesso de peso. Peso/estatura (P/E) • Classificação do estado nutricional para crianças segundo índice peso/estatura (0 a 5 anos): Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I) • Expressa a relação entre o peso e o quadrado da estatura. • É um indicador sensível para identificar o excesso de peso entre crianças. • A inclusão do IMC como parâmetro de avaliação permite que a criança seja melhor avaliada na sua relação peso / comprimento (para menores de 2 anos) ou peso / estatura (para maiores de 2 anos). • Tal parâmetro auxilia na classificação de crianças que num determinado período estiveram desnutrição crônica, possibilitando uma melhor identificação de crianças com excesso de peso e baixa estatura. • Já o peso por idade limita-se a mostrar se a criança está com peso abaixo do recomendado para a sua idade, mas não mostra se a sua estatura já foi comprometida. Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I) Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I) Circunferência do braço (CB) • Medida recomendada para triagem em crianças de 1 a 5 anos, quando não é possível realizar aferição de peso e estatura. • Essa medida avalia a massa muscular (reserva proteica) e permite quantificar diferenças intra-individuais durante o acompanhamento nutricional. • Essa medida representa o perímetro ocupado pelos tecidos ósseo, muscular e adiposo. Circunferência do braço (CB) • Na avaliação da circunferência braquial, o limite mínimo aceitável é: - 12,5 cm (para crianças de 6 a 30 meses) - 13,5 cm (para crianças de 31 a 60 meses) • Outra forma de avaliar o perímetro braquial é através de percentis para idade e sexo, segundo um padrão de medidas que utiliza como referência a população americana. Circunferência do braço (CB) Tem como vantagens: • Simplicidade, • Facilidade e rapidez na coleta e interpretação dos dados; • Boa aceitabilidade • Baixo custo. Desvantagem: é uma medida isolada de um segmento corporal, não limitando um diagnóstico global. Circunferência da cintura • Riscos associados ao excesso de gordura abdominal vem sendo associados à hiperinsulinemia e aumento das lipoproteínas plasmáticas. • No entanto, ainda não é consensual o ponto anatômico onde ela deve ser aferida e os pontos de corte utilizados (Machado et al, 2010). • Os pontos de corte de Freedman parecem apresentar maior especificidade para detectar hiperleptinemia, com menor número de falsos-positivos. Ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela Avaliação antropométrica importantíssima! Prescrição dietética em Pediatria • Avaliar se criança possui alguma patologia de base se Nutrição VO, NE ou NPT. • Para esta disciplina, VO para crianças saudáveis. • A recomendação de nutrientes para crianças varia principalmente em função do estágio da vida, do sexo e da condição clínica. Equações desenvolvidas para crianças saudáveis, sendo necessária atenção especial para pacientes em condições especiais. • FAO/WHO. Energy and protein requirements. WHO Technical Report Series, 724. Geneva: World Health Organization,1985. • Schofield WN. Predicting basal metabolic rate, new standards and review of previous work. Hum Nutr Clin Nutr 1995;39 (Suppl 1):5-41. • Para ajuste em relação à situação clínica do paciente... Recomendações Nutricionais (SBP) • A distribuição das calorias totais tende a seguir as seguintes proporções de macronutrientes: carboidratos (30 a 50%), lipídeos (30 a 40%), proteínas (10 a 20%). • Para cálculo da oferta energética estima-se que as crianças amamentadas, em média, recebam pelo leite materno de 6 a 9 meses 473 CAL/dia, dos 9 aos 11 meses e de 12 a 23 meses 346 CAL/dia. • O leite materno fornece 0,7 Cal/ml e os alimentos complementares devem conter densidade energética mínima de 0,7 CAL/g. Por esse motivo devemos evitar o termo sopa que sugeriria alimento diluído preferindo a denominação de papa, que sugere maior densidade energética. Alimentação Complementar Conceitos • Alimentação complementar consiste na introdução de qualquer tipo de alimento na dieta de uma criança, que até então se encontrava em regime de aleitamento materno exclusivo. • Alimentos de transição, anteriormente designados “alimentos de desmame””, se referem a alimentos especialmente preparados para crianças pequenas, até que elas passem a se alimentar de alimentos consumidos pela família. • Leite materno deixa de satisfazer 100% das necessidades do bebê. Aconselhamento Nutricional à família na Alimentação Complementar • Ouvir quais as expectativas da família. • Alimentação Complementar Tradicional ou BLW? • Manutenção no Aleitamento Materno ou Fórmula Infantil ? • Individualizar conduta! Guia Alimentar para menores de 2 anos Doze Passos • Pág. 221 do Guia. Atividade • Realizar Avaliando o Aprendizado – Ciclo 1 • Leitura do Artigo sobre Recomendações Nutricionais – o estado da arte (2016) • Leitura dos 12 Passos, referente ao Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos.
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