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1 MEDBOOK COLABORADORES: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, JÚLIA E WAL AUTORAS: JÚLIA E THAY MEDICINA 2017.1 GINECOLOGIA MEDBOOK 2 MEDBOOK SUMÁRIO 1. SEMIOLOGIA GINEGOLÓGICA ............................................................................................................ 3 2. BIOLOGIA MOLECULAR .................................................................................................................... 21 3. ENDOCRINOLOGIA GINECOLÓGICA/ CICLO MENSTRUAL ..................................................... 26 4. CICLO MENSTRUAL e CLIMATÉRIO .............................................................................................. 43 5. AMENORREIA ...................................................................................................................................... 61 6. ANOVULAÇÃO CRÔNICA ................................................................................................................... 78 7. SÍNDROMES ANOVULATÓRIAS ...................................................................................................... 83 8. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL ................................................................................................................. 95 9. DIFERENCIAÇÃO SEXUAL NORMAL ........................................................................................... 104 10. MÁ FORMAÇÃO DO TRATO GENITAL FEMININO .................................................................. 104 11. DISFUNÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE ...................................................................................... 119 12. SÍNDROME PRÉ-MENTRUAL E ..................................................................................................... 126 13. TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENTRUAL ........................................................................... 126 14. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ........................................................................ 135 15. SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL ....................................................................................... 151 16. FIBROMIALGIA ................................................................................................................................. 160 17. OSTEOPOROSE ................................................................................................................................. 167 18. PUBERDADE PRECOCE .................................................................................................................. 170 19. PRÉ E PÓS OPERATÓRIO EM GINECOLOGIA ........................................................................... 177 20. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) ................................................................................ 186 21. FISIOLOGIA DA MICÇÃO ................................................................................................................ 196 22. PROPEDÊUTICA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA .................................................................. 207 23. PROLAPSOS GENITAIS ................................................................................................................... 232 24. MAMOGRAFIA ................................................................................................................................... 243 25. DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA .................................................................................................. 251 26. CÂNCER DE OVÁRIO ....................................................................................................................... 263 27. IMAGENS EM GINECOLOGIA ......................................................................................................... 267 28. CÂNCER DE COLO DE ÚTERO ....................................................................................................... 282 29. CÂNCER DE MAMA .......................................................................................................................... 292 3 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: JAKOBI GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: THAY Slide/Áudio SEMIOLOGIA GINEGOLÓGICA ANAMNESE v Identificação: • Nome; • Idade; • Raça (raça negra tem maior incidência de miomas); • Estado civil (Em grávidas: para verificar a estabilidade emocional da família); • Profissão (ex.: aeromoças à Explicado abaixo em ciclo menstrual); • Grau de escolaridade (para escolher linguagem mais adequada a ser utilizada com o paciente); • Naturalidade e procedência (Condições climáticas); • Religião (Para verificar se aceita aborto, contracepção) v Queixa e duração • Mais comuns: o “Dor no pé da barriga ou no baixo ventre”à Pode ser obstipação intestinal crônica (70% das dores pélvicas) § Causas àFalta de fibras e óleos; § Fezes endurecidas à Vasos hipertrofiam à Aparecimento de hemorróidas § A contracepção (progesterona) relaxa os vasos da musculatura lisa e deixa o intestino mais lentoà também contribui para o aparecimento de varizes à faz força, dilata vasos, sangra. § Melhora com dieta: Ameixa preta, bagaço de laranja, caroço de mamão (anti inflamatório natural pélvico. o Alterações/atrasos menstruais o Corrimentos à principalmente em locais muito quentes, como RO à Prevenção com uso de calcinhas de algodão e roupas frescas, evitar calças muito apertadas • Mucorréia à Excesso de secreção vaginal à Comum no período fértil ou quando mantém relação sexual à Recomendação: Dormir sem calcinha. v História pregressa da moléstia atual • Quando começou, se a dor “anda”, como é o corrimento v Antecedentes familiares v Antecedentes pessoais v Antecedentes menstruais v Antecedentes sexuais 4 MEDBOOK v Antecedentes obstétricos v Interrogatórios sobre os diversos aparelhos v Antecedentes Ginecológicos Ø Antecedentes Menstruais • Idade da menarca à 1ª menstruação • á Estímulo visual/luminosidade = Menarca precoce à Neuroendocrinologia. • Mudança de rotina, de turnos de trabalho (ex.: aeromoças)à Ruptura do ciclo menstrual. • Vulnerabilidade de emoções • Ciclo Menstrual: duração e fluxo o Normalmente a menstruação vem entre o intervalo de 25 e 35 dias à média do ciclo regular: 28 dias; o Duração média: de 3 a 5 dias; o Fluxo: § OBS.: A menstruação NÃO coagula! à Existe um anticoagulante à Quantidade de sangue do endométrio > Quantidade de anticoagulante à Começa a coagular à Presença de coágulos à Metrorragia = Menstruação acompanhada de coágulos. § Estrogênio à 1ª Fase proliferativa à Sangramentos § Progesterona à 2ª Fase secretora - Ovulação àCorpo amarelo ou lúteo à Aparecimento de espinhas, relaxamento das veias, musculatura uterina (mm.liso) ü Na gravidez, se não tiver progesterona não há relaxamento uterino à Aborto • Sintomas associados • Data da última menstruação à É fundamental, para saber se está gravida ou não. o Atraso menstrual à ATÉ 90 dias. o Amenorréia à Quando o atraso é SUPERIOR a 90 dias. § Primária à Nunca menstruou. § Secundária à Já menstruou e parou. • Idade da menopausa o Suspeitar quando: Mulher que sempre mesntruou e parou de menstruar aos 45 anos. • Sintomas de hipoestrogenismo § Ocasionados pela menopausa; § Falta de estrogênio. • Sangramento da pós-menopausa o PERIGO! à Pode ser início de um câncer. • Terapia Hormonal o Professor não é a favor da reposição hormonal. v Antecedentes Sexuais 5 MEDBOOK • Abordar o comportamento sexual à doenças como HIV, sífilis, gravidez precoce. • Idade da primeira relação sexual à Sexarca • Número de parceiros o Qual a necessidade de perguntar a quantidade de parceiros? à Doenças sexualmente transmissíveis, câncer de colo de útero (Quanto maior quantidade de parceiros sexuaisà Mais contatoela teve com DNAs distintos dos espermatozóides à á probabilidade de câncer cervical. o Se a naturalidade do parceiro israelita (são postectomizados – circuncisão à expõe a glande, mais fácil higiene) à Menor chance de câncer de colo de útero. o Nunca teve relação sexual, nem engravidou à Maior chance de câncer de mama e de endométrio à porque a progesterona na gravidez para proteger as mamas e o endométrio. • Frequência • Metodo anticoncepcional (Oral, injetável, preservative, DIU, implantes, laqueadura e vasectomia...) • Dispareunia à Dor no ato sexual o De introdução à geralmente por “medo”, a mulher faz vaginismo, impede a entrada à Geralmente a causa é psicológica. o De fundo à Relacionado à determinadas posições sexuais à Com a penetração, traciona os ligamentos redondos ligados à pelve à Se tiver qualquer inflamação (causa orgânica), pode gerar a dor. • Sinusorragia o Sangramento no ato sexual o SINAL DE ALERTA à Pode ser câncer de colo de úteroà Fazer COLPOSCOPIA. o É diferente de spotting à Quando está tomando anticoncepcional oral e há sangramento à Quantidades baixas de estrogênio. • Orgasmo o Nas mulheres não ocorre sempre como no homem. o Anorgasmia à Ausência/incapacidade de atingir orgasmo. • Libido o Menopausa à á Androgênios = á Libido. Ø Antecedentes Obstétricos • Número de gestações à Quantos partos normais, quantas cesárias. • Idade do primeiro e último parto • Abortos • Tipo de parto • Local dos partos • Pesos dos recém-nascidos • Lactação o Alta produção de progesterona à Proteção contra câncer de mama e de endométrio. o Estrogênio à é proliferativo à Prolifera células, onde pode ocorrer mutações genéticas e ocasionar células cancerígenas. 6 MEDBOOK • Intercorrências na gestação ou no parto EXAME FÍSICO v Exame Físico Geral v Exame Ginecológico: Ø Propedêutica mamária ü Quadrantes da mama e porcentagem de dutos em cada quadrante; ü Os dutos são canais que fazem a comunicação e ligação entre as glândulas e linfonodos das mamas. ü Além disso, os dutos também são responsáveis pelo transporte de leite até os mamilos. ü Quadrante superior direito, em direção à axila à Maior quantidade de tecido mamário à Local de maior incidência de nódulos e tumores. ü Queixas Frequentes em Mastologia o Nódulos o Descarga mamária § Secreção, leite, sangue 7 MEDBOOK § Espontânea § Estimulada o Dor mamária § Auto exame das mamas à Observar principalmente os mamilos, movimentos simétricos, subir e descer lentamente. § É normal uma mama maior que a outra. EXAME DAS MAMAS v Inspecção à Três sinais: volume, asimetría, retração ou abaulamento cutáneo, ulceraciones ou lesões eczematozas. o Inspeção estática à Ex. de descrição:Mama de médio a grande volume, flácidas, um pouco pendentes, com estrias, areola pigmentada, mamilos salientes à Tipíco de mulher que já amamentou. o Dinâmica: simetria, formato, papilas, presença de abaulamentos, retrações e cicatrizes. o Tubérculos de Montgomery à “pontinhos” na aréola, aumenta quando amamenta. § São glândulas sebáceas localizadas na aréola e em torno do mamilo. § Principal função é produzir uma substância oleosa, que serve para proteger tanto os mamilos quanto a aréola durante amamentação. v Palpação à de linfonodos axilares e supraclaviculares e do parênquima mamário. v Expressão látea o Bilateral dos mamilos à é positiva se houver saída de secreção o + à Saída de secreção nas mamas à Colher e fazer exame de colpocitologia oncótica pelo método de coloração papanicolau (amarela e azul): § Células amarelas à Progesterona § Células azuis à Estrógeno 8 MEDBOOK ULTRASSONOGRAFIA DA MAMA • Mulheres com menos de 20 anos; • Mulheres entre 20 e 35 anos com a mama densa à palpação; • Mamas com menos tecido gorduroso • Suspeita clínica de CISTO da mama. • O problema do cisto é quando ele tem conteúdo interno, VEGETAÇÃO à Fazer punção e fazer citologia oncótica pelo método papanicolau. MAMOGRAFIA • Mulheres acima de 35 anos à O ideal é fazer associado à ultrassonografia; • Mulheres entre 20 e 35 anos com a mama clinicamente liposubstituídas (Lipossubstituição = Metaplasia); • Rastreamento do CÂNCER da mama. Mastite 9 MEDBOOK 1 2 3 1. Nódulo à sólido, bem delimitado à Fibroadenoma (Comum em jovens, dificilmente vira câncer, tirar se estiver crescendo rapidamente). 2. Câncer à Sem delimitação. 3. Câncer à Sem delimitação, aspecto de “tentáculos” (parte superior da imagem, mais oval). ü OBS.: Se houver vegetação à PUNCIONAR. ü OBS.: Micro calcificações serve para alertar precocemente diagnóstico de CÂNCER DE MAMA. ü OBS.: Exame padrão-ouro de tumores à ANATOMOPATOLÓGICO. 10 MEDBOOK PUNÇÃO DA MAMA PUNÇÃO COM AGULHA FINA (PAF) EXÉRESE DE UNIDADE MAMÁRIA 11 MEDBOOK IMAGENS DE SEIO COM CÂNCER DE MAMA AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS • Examinar a paciente SEMPRE acompanhado de alguém. v Inspeção • Inspeção estática • Inspeção dinâmica • Inspeção da Vulva • Inspeção dinâmica Imagem macroscópica CA de mama Mamografia tumor de mama Sarcoma phyllodes 12 MEDBOOK • Inspeção da Vulva • Hímen imperfuradoà Má formação que não permite a saída da menstruação, faz hematométria à Fica coletando sangue mentrual, sente dor importante, faz de dilatação de útero e de vagina à faz anestesia e incisão em cruz para saída da menstruação. Corrimento vaginal Leucorreia com prurido à Geralmente fungos Hímen Imperfurado* Abcesso de Bartholin 13 MEDBOOK Ø Avaliação dos órgãos genitais internos • Exame especular • Como colocar o espectro? Introduz de cima para baixo, a 45 graus em movimento rotatório e forçando para baixo. • Aspecto do colo do útero = Ponta do nariz. Exame especular Exame especular Especulo Vaginal Introdução do Especulo Vaginal 14 MEDBOOK EXAME A FRESCO • 40 - 60 % presença de pseudo-hifas e esporos morfologicamente semelhantes à cândida sp. TRICOMONÍASE COLETA DE COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA E PARASITÁRIA 15 MEDBOOK Ø Importância • Rastreamento do câncer do colo uterino; • Redução de 43% da incidência de câncer cervical; • Redução de 46% da mortalidade; • Alta especificidade (97% a 100%); • Baixo custo; • Tolerável pelas pacientes; • Fácil aplicação a grandes populações; • É exame de triagem; • Quando alterado deve ser complementado com avaliação colposcópica e histológica Ø Indicações e orientações para a coleta • Coleta anual em todas as mulheres com vida sexual ativa; • Abstinência sexual por dois dias; • Não usar duchas ou cremes vaginais nos dois dias prévios à coleta; • Não colher durante o período menstrual; • Avaliar a presença de infecções vaginais ou corrimentos. • Em caso positivo, tratar a infecção e realizar a coleta após o tratamento. HISTOLOGIA • Células Superficiais • Células intermediárias • Células profundas • Células basais 16 MEDBOOK • No fundo de saco de Douglas ficam resíduos/células mortas à Atualmente não se colhemais secreção dessa região. • Metaplasia escamosa à Transformação do epitélio de uma camada para um epitélio estratificado. INVERSÃO DE CÉLULAS • Pode acontecer: o Menarca, quando começa a menstruar; o Quando toma pílulas anticoncepcional; o Quando engravida • Excesso de hormônios por causa da placenta (estrogênio e progesterona). • Endocérvice vai para dentro. • Conduta: Retirar a pílula anticoncepcional Se tiver infecção, receitar antibiótico tópico. 17 MEDBOOK COLO ÚTERO NORMAL COLO DO ÚTERO COM INFLAMAÇÃO – CERVICITE TESTE DE SCHILLER • Delimita o tecido suspeito • Coloca iodo a 10%, a célula fica à PRETA (por causa da glicose)à Schiller negativo = NORMALIDADE. • A célula que está se reproduzindo muito (cáncer), não tem reserva de glicose à nao segura o iodo à fica BRANCA à Schiller positivo = CÂNCER. 18 MEDBOOK PALPAÇÃO – TOQUE VAGINAL BIÓPSIA HISTOPATOLÓGICA BIÓPSIA DE COLO UTERINO 19 MEDBOOK CONIZAÇÃO • Método de diagnóstico e tratamento NIC. ULTRASSONOGRAFIA ECOGRAFIA HISTEROSALPINGOGRAFIA • Exame que avalia a infertilidade. • É um exame ginecológico de raio-X do útero e das trompas, feito com contraste. 20 MEDBOOK LAPAROSCOPIA 21 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: POLIANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: THAY Slide/Áudio. FEV 2017 BIOLOGIA MOLECULAR • Importante à para compreender a carcinogênese, como começa um câncer, algumas doenças, algumas displasias. REPLICAÇÃO, TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO • Processos que ocorrem com os ácidos nucléicos e são essenciais para o funcionamento das células. • Replicação à Quando o DNA se duplica em uma outra hélice de DNA. • Transcrição à DNA serve de molde para uma cadeia de RNA. • Tradução à Processo final que culmina na produção de proteínas. • O DNA pode produzir uma série de proteínas diferentes, de acordo com a combinação das bases nitrogenadas. NUCLEOSÍDEO • Composto por: o Pentose (Ribose à RNA, Desoxirribose à DNA); o Base nitrogenada. NUCLEOTÍDEOS • Unidade formadora de ácidos nucléicos (DNA, RNA); • Composto por: o Radical fosfato o Pentose (Ribose à RNA, Desoxirribose à DNA); o Base nitrogenada (Adenina, Citosina, Timina, Guanina). 22 MEDBOOK • Carbono 3 à Faz ligação com grupamento fosfato • Carbono 5 à Já tem ligação com grupamento fosfato 23 MEDBOOK DNA • Ácido desoxirribonucléico; • Molécula de fita dupla, formando dupla hélice; • As fitas estão unidas por ligações de hidrogênio. RNA • Ácido ribonucléico; • Molécula de fita simples; • É dividido em: o RNA mensageiro (RNAm); o RNA transportador (RNAt); o RNA ribonucléico (RNAr). REPLICAÇÃO DO RNA • Síntese de proteínas. • É a única molécula capaz de sofrer autoduplicação; • Ocorre durante a fase “S” da intérfase; • É do tipo semiconservativa à Cada molécula nova apresenta uma fita vinda da mãe e outra recém sintetizada (50% do DNA da célula mãe); • Temos constantemente a produção de DNA e a morte celular programada (apoptose); • Células germinativas à Não são idênticas, pois são células haplóides (n=23). v 3 estágios da replicação • Desenrolamento; • Síntese contínua; • Síntese descontínua. A = T C = G 24 MEDBOOK TRANSCRIÇÃO GÊNICA • Processo onde ocorre a informação sai do genoma de DNA para a formação de RNAm, que comandam toda a maquinaria celular. • DNA serve de molde para formação de RNA. • Existem locais programados para abertura do DNA, onde vai começar uma transcriçãmde haste simples de RNA. • Como o “idioma” do DNA e do RNA é o mesmo, os nucleotídeos, a informação é transcrita, ou seja, copiada. Ø Uma das fitas de DNA aberta serve de molde para a síntese de uma cadeira de RNAm complementar a fita molde, e que codifica para um gene que será expressão na forma de proteína. TRADUÇÃO • Uma molécula de RNAm já processada é exportada para o citoplasma, onde se liga aos ribossomos. • Os ribossomos, além de proteínas, são formados por moléculas de RNAr. • Polirribossomos à Complexo formado pela cadeia de DNA + ribossomos. • Nos ribossomos, além do sítio para a ligação do RNAm, existem sítios para a ligação dos RNAt, que se ligam aos nucleotídeos do RNAm. • No ribossomo ocorre então a ligação entre os aminoácidos de vários RNAt diferentes até a formação da cadeia polipeptídica, ou seja, de proteína. 25 MEDBOOK SÍNTESE PROTEICA • Ocorre a transcrição, o RNAm sai do núcleo, se liga aos ribossomos, e vão produzindo os peptídeos, polipeptídeos e proteínas. • Local de produção de proteínas à Citoplasma (e não no núcleo). RESUMO DO PROCESSO 26 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slide/Áudio. FEV 2017 ENDOCRINOLOGIA GINECOLÓGICA/ CICLO MENSTRUAL Exercício 1 • 3 a 5 semanas (vida intrauterina) tem pouca diferença entre o aparelho reprodutor masculino e feminino. • Quando as células germinativas chegam a esta área induzem a proliferação de células no mesonefro e no epitélio celômico adjacente, para formarem par de cristas genitais mediais ao mesonefro. Estas células formam um agregado de sustentação, os cordões sexuais que revestem as células germinativas. Os ductos de Muller formam-se paralelamente aos ductos mesonéfricos. O desenvolvimento sexual subsequente é controlado pela presença ou ausência do fator determinante de testículo, codificado no cromossomo Y. As Células de Sertoli produzem HAM (Hormônio Anti Mulleriano). • 18 semanas (a divisão é parada na prófase, só vai retomar depois da puberdade). Em torno de 18 a 20 semanas a gônada está pronta. Então o ducto de Wolf vai desaparecer e o de Muller vai proliferar, evoluir. • O que precisa pra isso acontecer: Cromossomo y: homem 27 MEDBOOK Cromossomo x: mulher • Então o homem fabrica o HAM (hormônio anti-Mulleriano) esse hormônio destrói o ducto de Muller, como consequência o ducto de Wolf vai prosperar, esse indivíduo é do sexo masculino. Se ele não fabricar HAM, é porque o indivíduo tem cromossomo x, o ducto de Muller vai prosperar, e se transformará nas tubas uterinas. Eles vão crescendo no sentindo caudal (crescem de cima para baixo), são dois ductos, pois é uma tuba uterina de cada lado, o crescimento continua, forma o útero e 2/3 superior da vagina. ERROS QUE PODEM ACONTECER: ü 1-As duas tubas podem não se juntar e ao olhar a vagina com o espéculo há visualização de dois colos, significa que eles não juntaram. Isso é chamado de ÚTERO DE DIDELFO, essa mulher não tem capacidade de engravidar. No Didelfo tem dois corpos mas não obrigatoriamente é septado ü 2- As tubas podem se juntar, mas o septo pode não absorver ou absorver só parcialmente, isso é conhecido como ÚTERO SEPTADO. ü 3- As tubas podem se juntar mais embaixo do que deveria, isso é conhecido como ÚTERO BICORNO. • As células germinativas diferenciam-se em ovogônia e entram na primeira divisão meiótica, permanecendo até a puberdade. Na ausência de HAM, o sistema de ductos mesonéfricos degenera, embora possam ser encontrados remanescentes no mesoovário (paraooforoe mesoooforo) ou ao longo da parede lateral do útero e dos 2/3 superior da vagina (cistos de Gartner) em pelo menos ¼ das mulheres. • Os ductos de Muller ou paramesonefro crescem em sentido caudal e medial para se fundirem na linha média. A porção fundida forma o canal útero vaginal que mais tarde serão o epitélio e as glândulas do útero e os 2/3 superiores da vagina. O estroma do endométrio o e miométrio diferenciam-se do mesênquima subjacente. 28 MEDBOOK Vagina (3º mês) fusão dos ductos (3º ao 5º) • O útero e a extremidade superior da vagina começam a se formar quando os ductos de Muller ou paramesonéfrico fundidos na extremidade tocam o seio urogenital em um espessamento conhecido como tubérculo sinusal. Os ductos se fundem em direção ascendente entre o 3º e o 5º. • Seio urogenital, também chamado de tubérculo urogenital. É importante, pois é onde ocorre o espessamento, irá crescer no sentido cranial e formará o terço inferior da vagina. Na imagem mostra basicamente o crescimento e união perfeita. Esse processo ocorre com 12 semanas. • Obs: Quando o ducto de Wolf é absorvido, pode ficar um resquício. Esses resquícios remanescentes, formam o CISTO DE GARTNER. É comum vê-los ao examinar a vagina da mulher e pode ser confundido com um cisto vaginal, porém a remoção cirúrgica do cisto de Gartner é bem pior (mais complicada). Esse é um cisto de origem embrionária, ele pode acompanhar toda região que foi ducto de Muller, então pode ser encontrado em qualquer área que correspondia ao ducto. AO NASCIMENTO. • Com 18 a 20 semanas a gônada está completa, já com seus 2 milhões de folículos, logo, seus folículos atualmente tem a sua idade mais 20 semanas. Quando a menina nasce, eles morrem por apoptose, chegando a 650 000 a 850 000 folículos ovarianos. • E a vagina? Forma-se a partir do 3º mês de vida intra útero a partir do seio urogenital mais especificamente do tubéculo ou bulbo sinusal. 29 MEDBOOK PAUSA ENDÓCRINA DO PERÍODO PÓS LACTÂNCIA ATÉ A PUBERDADE • QUIESCÊNCIA DO EIXO HHG: Quiescência do eixo HHG (hipotálamo, hipófise e gônada) - o útero não está incluso, pois é apenas um órgão efetor e não endócrino, recebe as consequências do eixo. Quando nasce, geralmente há sangramento e até uma mama por supressão hormonal materna. A partir de então, ela não recebe mais nada da mãe, uma pausa endócrina. O ovário está regredindo. • 8 ANOS: INICIO DOS PULSOS DE GnRH: A produção de GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas) é PULSÁTIL, tem amplitude e frequência programada e são geralmente noturnos. • RESPONSIVIDADE DA HIPÓFISE: Os pulsos de GnRH irão agir na hipófise, é preciso que a mesma esteja íntegra. • OVÁRIOS: 300.000 A 400.000 de FOLÍCULOS PRIMORDIAIS (O restante morreu de apoptose ao longo da infância) Então, na menina, a puberdade se inicia em torno dos 8 anos com os pulsos de GnRh por estímulo da hipófise, tendo em torno de 300 mil folículos; Nos meninos a puberdade/esse processo ocorre mais tardiamente. A menina irá menstruar no dia que inicia os pulsos? NÃO! Veremos no decorrer da aula o que ocorrerá. ADOLESCÊNCIA / PUBERDADE v Adolescência: Nada mais é que um conceito TEMPORAL/SOCIAL. Segundo a OMS, é um período que ocorre dos 10 aos 19 anos. E, após, inicia a idade adulta, quando assumimos compromissos e responsabilidades. . • Caracterizada por crescimento e desenvolvimento biopsicossocial marcante. • Início – indeterminado, podendo preceder ou suceder a puberdade. • Término – difícil também de determinar. Obedece a fatores socioculturais v Puberdade: É um conceito BIOLÓGICO, que tem relação com o início do funcionamento do eixo. • Desencadeada pela reativação do eixo HHG (hipotálamo, hipófise e gônada), caracterizada pelo componente biológico das transformações que capacitam o indivíduo para a reprodução. • à Início – Sexo feminino – Entre 8 a 13 anos 30 MEDBOOK • à Início – Sexo masculino – Entre 9 a 14 anos CRONOLOGIA DA PUBERDADE Quando começam os pulsos, a primeira coisa que acontece é a aceleração do crescimento. Nesse momento, as mães já deveriam procurar o médico, mas ao invés disso, procuram só quando vem a telarca. Entretanto, a telarca acontece após 2 anos do início dos pulsos de GnRH. O problema é que quanto mais cedo intervirmos nesse eixo, posso dar mais chance para a menina (no caso de uma garotinha de 6 anos que já teve a telarca, provavelmente seu eixo iniciou aos 4 anos. As vezes, concomitante a telarca ou após um/dois anos temos a PUBARCA ou ADRENARCA, esse processo não depende só da gônada, mas também da adrenal. Marcada pelo surgimento dos pelos. E mais1 ou 2 anos temos a menarca. No total isso ocorre em torno de 5 anos (dos aproximadamente 8 aos 13 anos). Não deve ocorrer a pubarca sem que haja a telarca. ALTERAÇÕES FÍSICAS DA PUBERDADE v Estirão do crescimento: 1-Estágio inicial: velocidade mínima 2- Pico de velocidade de crescimento: aceleração rápida do crescimento 3- Estágio final: redução da velocidade e interrupção do crescimento. Fusão epifisária. 31 MEDBOOK v Depois que menstrua é comum crescer no máximo 4cm, de 2 a 4cm, a menos que tenha uma boa genética, neste caso, poderá crescer até 8cm. Por isso essa ilusão de que se atrasar a menstruação ela vai crescer mais, mas não é o que as evidências científicas mostram. è Fatores envolvidos para o estirão de crescimento: ü ESTRÓGENOS ü HORMONIO DO CRESCIMENTO – GH ü FATOR DE CRESCIMENTO INSULINA SÍMILE-1 IGF-1 v Ganham de 20 a 25% de sua altura final e 50% do seu peso adulto. (Se a menina menstruou, necessariamente ela já ovulou. Por isso pode ocorrer de engravidar antes mesmo de ter menstruado, pois já ovulou.) v Caracteres sexuais secundários/ regulação hormonal ü GONADARCA (termo utilizado quando o eixo começa a pulsar) Reativação do eixo HHG pulso de GnRH FSH/LH E2/PROGESTERONA TELARCA ü ADRENARCA CRH ACTH (corticotrofina) Androgênios: Adrostenediona/ Dehidroepiandrosterona (DHEA) / S-DHEA PUBARCA ü MENARCA 1ª menstruação v A adrenarca não depende só da gônada, depende também da suprarrenal, pois ela também produz testosterona. A Pubarca ela está ligada aos ANGRÓGENOS, produzidos na gônada e na suprarrenal. Ela é resultado da produção de andrógenos, tendo como principal, a testosterona. Posso ter pubarca sem o funcionamento da gônada? Sim. Pois os andrógenos estão vindo da suprarrenal? Tenho testosterona, mas não tenho estrogênio. A suprarrenal está funcionando, a gônada não está, pois ali são produzidos os estrógenos. Se houver muitos pêlos para essa idade, o problema está na suprarrenal, provavelmente um tumor de suprarrenal, justificaria está havendo essa superprodução de andrógeno. Pode ser um tumor de célula da Teca (onde é produzido a testosterona), mas é raro, vamos pensar em tumor de suprarrenal. IMPORTANTE SABER: ü Estrógeno – produzido na gônada e no tecido celular subcutâneo ü Andrógeno - produzido na gônada e na suprarrenal ü Progesterona – apenas no corpo lúteo 32 MEDBOOK Revisando: 1. Telarca 2. Pubarca 3. Menarca (encerra o cliclo). Então, começa no estirão, com pulsos de GnRh, o qual é produzido no hipotálamo, estimula a hipófise a produzir FSH e LH, estimula ovário produz estrógeno, progesterona e ilibina. ALTERAÇÕES FÍSICAS DA PUBERDADE Caracteres sexuais secundários: • Mucosa vaginal espessa e pregueada • Redução do Ph vaginal • Depósito de gordura no monte pubiano e grandes lábios • Clitóris e pequenos lábios mais proeminentes • Ovário aumenta de volume • Útero: aumenta de volume, alteraa proporção corpo 2/3/colo 1/3 forma tubular, modificada para piriforme 33 MEDBOOK Caracteres sexuais secundários 34 MEDBOOK MECANISMOS POSTULADOS COMO DESENCADEADORES DA PUBERDADE • Gonadostato humoral- Feedback negativo dos esteroides sexuais. “É como um termostato. Ele teria um equilíbrio nesse período de quiescência hormonal do eixo e em um determinado momento esse equilibro se rompe e aí começaria um estímulo para o hipotálamo produzir pulsos de GnRH.” • Inibição neural- mecanismo inibitório intrínseco do SNC. “Que poderia ser pelo GABA ou pelo Neuropeptídeo Y (NPY).” GABA? Neuropeptídeo Y (NPY) • Estimulação neural- Sistema Kissspeptina-GPR54? “É um hormônio presente no tecido adiposo. Isso teria alguma explicação de por que meninas mais gordinhas tem puberdade mais cedo e as magrinhas mais tarde.” • Hipótese somatométrica- Leptina? “É aquele momento em que a menina adquire um IMC tal que rompe o equilíbrio da aquiescência do eixo e vai estimular o hipotálamo a produzir o GnRH” • Reativação do eixo HHG- A teoria mais aceita atualmente para explicar este processo inclui a diminuição da atividade de neurotransmissores inibidores do neurônio GnRH, como o GABA, e o aumento da atividade de neurotransmissores estimuladores do neurônio GnRH, como GLUTAMATO e a KISSPEPTINA. “Então seria um conjunto de fatores que contribuiriam para este equilíbrio no Hipotálamo produzir os pulsos de GnRH. Não existe um explicação exata. ESTEROIDOGÊNESE “Esteróides são os hormônios sexuais: estrógeno, andrógeno e progesteronas. Já vimos que o eixo tem que funcionar, mas para ele funcionar tem que ter a esteroidogênese. A esteroidogênese ocorre essencialmente na gônoda, no caso das mulheres no ovário, e em menor quantidade na suprarrenal. 35 MEDBOOK ESTRUTURA ANATÔMICA E FUNCIONAL DO OVÁRIO • Temos um epitélio de células cuboides (Camada de epitélio germinativo) e o epitélio de células pavimentosas (Túnica albugínea) logo abaixo. Tudo junto forma a cápsula do ovário. Dentro do ovário a gente vai achar, como em qualquer órgão, cápsula, medula e córtex. Aqui nós temos também o pedículo ou Hilo do ovário. Por esse pedículo passa toda a inervação e irrigação. No córtex é onde tudo acontece. • Quantos folículos tinham quando chegou à puberdade? 300-400 mil. Tudo na forma de folículo primordial/primário (folículo que parou a sua divisão celular na prófase e ele só vai retomar depois que ele for recrutado, que ele vai retomar e fazer a primeira divisão meiótica). Quando ele for recrutado ele vai se tornar folículo secundário ou folículo ovulatório. • Cada vez que inicia um ciclo, pulso de GnRH-FSH-LH. Quando se inicia o ciclo menstrual? No primeiro dia da menstruação. Quem está agindo? FSH. • Pulso (Tem que ter amplitude e frequência adequada) produz FSH, o FSH vai agir no ovário e vai recrutar os folículos, somente os melhores. Recrutou 4-5 folículos primários e vai retomar a divisão, saem da prófase e terminam a divisão meiótica. Todos os folículos serão folículos ovulatórios? Não, somente um vai ser, dois no máximo. è Resumindo: Esse folículo vai crescer, se transformar em um folículo secundário, vai crescer ainda mais e se transformar em um folículo ovulátório. Ele vai ovular, não sai o folículo, sai o ovócito e o restante do folículo fica e passa a se chamar corpo lúteo. • Quem tem mais estrógeno, o folículo ovulatório ou os que vão morrer? Folículo ovulatório. • Corpo lúteo produz estrógeno, progesterona e inibina e o folículo estrógeno e inibina • O único lugar do organismo que produz progesterona é o corpo lúteo. • Tem inibina e estrógeno no ciclo inteiro, mas progesterona só tem quando ocorre a ovulação, quando tem corpo lúteo. O corpo lúteo vive de 12 a 14 dias. è Resumindo: Folículo primárioà passa a ser folículo secundárioà recrutado; faz a primeira divisão meióticaà e passa a ser folículo pré-ovulatório. Ela vai vacuolizando, formando vacúolos e ele ovula. Quando isso acontece, sai só o ovócito e fica só o corpo lúteo. 36 MEDBOOK ESTRUTURA ANATÔMICA • CÓRTEX Células da granulosa • MEDULA Células da TECA • HILO Remanescente embriológico 37 MEDBOOK ESTRUTURA FUNCIONAL • FOLÍCULO Estrógeno Inibina • CORPO LÚTEO Progesterona Estrógeno Inibina • ESTROMA Testosterona (principalmente) Androstenediona • Quando o ovócito sai, ele ovula, levando com ele a zona pelúcida. O que está mais próximo do estroma são as células da TECA. 38 MEDBOOK • Então é: Ovócitoà Zona pelúcidaà Camada Granulosaà Células da TECAà Estroma. HISTÓRIA: Regnier de graaf (1641-1673). Médico Holandês è Estudou com detalhes a anatomia dos órgãos sexuais masculinos e femininos e descreveu o fenômeno da ovulação e os folículos ovarianos que contem óvulos em fase de maturação, hoje conhecidos como folículos de Graaf (folículo pré-ovulatório). Faleceu aos 32 anos. REAÇÕES BIOQUÍMICAS • O acetato irá agir nessa estrutura para transformá-la em uma molécula de colesterol, que é o substrato dos esteroides sexuais. Se eu preciso ter colesterol para começar a esteroidogênese, o que eu preciso ter na pessoa? Tecido adiposo. Por isso atletas de alta performance não tem menstruação, pois não tem tecido adiposo e as mulheres magrinhas demoram para entrar na puberdade. • Quantos átomos de carbono tem a molécula de colesterol? 27. Quando essa molécula de colesterol sofre a ação do acetato ela vai perder 6 átomos de carbono, ficando com 21 e se transformando em pregnano, que vai dar origem ao estrógeno, progesterona e androgênio. Dependendo da reação que ele sofrer e das enzimas envolvidas, ele vai dar origem aos progestogênios e corticoides. O pregnano se ele perder 2 átomos de carbono ele vai dar origem ao Androstano, que vai gerar os andrógenos. Então, resumindo: se ele ter 19 átomos de carbono ele é um androgênio, se ele tiver 21 ele é uma progesterona ou um corticoide e se forem 18 átomos de carbono ele é um estrogênio. 39 MEDBOOK • Molécula de colesterolàprimeiro ele foi um pregnano (perdeu 6 atomos de carbono, ficando com 21), aí ele pode ser uma pregnolona, que vai se transformar em progesterona e sob a ação da 11-Desoxicorticosterona ela pode se transformar em uma Corticosterona e se transformar em Aldosterona. Ou ela pode ser uma 17ALFA- Hidroxipregnenolona. A diferença é que ela tem uma hidroxila na posição 17 ALFA. A 17ALFA-Hidroxiprogesterona vai gerar o 11-Desoxicortisol e o cortisol (Até aqui aconteceu tudo nas células da TECA). Sai da célula da TECA e passa para a camada granulosa, sofrendo um processo de aromatização (ação da enzima aromatase). Lembrando que 17ALFA-Hidroxiprogesterona pode se transformar em Androstenediona e testosterona. Nessa camada Granulosa vai dar origem ao Estrona e Estradiol. Para transformar em estrógeno precisa do processo de aromatização dentro da granulosa, pela ação da enzima aromatase; Quem tem muito tecido adiposo, além do estrógeno produzido no ovário, ela esta produzindo na periferia. 40 MEDBOOK • Via Delta 4(D4) e via Delta 5(D5). Toda reação começa com o colesterol e vai desembocar em androstenediona e testosterona. • “Todo mundo quer ser estradiol” • Temos três estrógenos: E1, E2 e E3. è E1: Estrona; Ela é E1 por que ela pode ser produzida antes do ovário funcionante. Ela é produzida na periferia. è E2: Estradiol; Produzido essencialmente no ovário. è E3: Estriol;Ele é essencialmente produzido na placenta. É o hormônio da placenta produzido na gravidez. (OBS: Trajeto D4 é predominante no tecido luteinizado, enquanto o trajeto D5 é característico do tecido não luteinizado. Assim, o corpo lúteo secreta principalmente progesterona e estrógenos pela via D4, ao passo que no folículo, a pregnenolona é a molécula primaria que conduz aos esteroides C-19, DHA e androstenediona, que atuam principalmente como precursores de estrógenos) 41 MEDBOOK • Na célula da TECA eu tenho receptor para LH e na célula da Granulosa eu tenho receptor para FSH. Para a célula da TECA captar colesterol e fazer todo o processo é necessário o LH para produzir Androgênios, que vão passar pela célula da Granulosa e pela ação do FSH a aromatase vai agir, vai aromatizar os andrógenos e vai produzir estrógeno. • LH age na célula da TECA, que está mais perto do estroma, que pega o colesterol do estroma e põem para dentro da TECA e ocorre toda aquela reação pela ação das desmolases, descarboxilases e desidrogenases, até chegar em androstenediona e testosterona. Essas duas passam por transporte passivo para a célula da granulosa e sofrem aromatização. Para elas sofrerem aromatização precisam do FSH; que vai ativar a aromatase que vai transforma-las em estrona e estradiol • Para que uma mulher tenha estrógeno ela precisa de pulsos de GnRH-LH-FSH e ovário funcionante. O ovário precisa ter receptores, não basta ter apenas LH e FSH, pois se não tiver, não produz estrógeno. *Sem aromatase não vai ter estrógeno e vai sobrar testosterona. Pensar na ausência de cada componente e no que vai “sobrar” em excesso. (OBS: acetato (2 carbonos). Portanto, os progestágenos, andrógenos e estrógenos podem ser sintetizados “in situ” a partir de uma molécula com 2 átomos de carbono, nos vários compartimentos do tecido ovariano, a partir do colesterol como precursor comum dos esteroides. A conversão do colesterol em pregnenolona ocorre no interior da mitocôndria e é um dos principais efeitos do LH no tecido ovariano. A conversão envolve hidroxilação nas posições dos cabornos 20 e 22 (enzimas 20-hidroxilase e 22-hidroxilase), com clivagem subsequente da cadeia lateral (desmolase 20,22) 42 MEDBOOK RETOMANDO CONCEITOS ü Tudo se inicia com uma molécula do colesterol (27 moléculas de carbono) e o precursor do colesterol é o acetato ü O colesterol é captado pelos estromas que tem que entrar numa célula das TECAS e vai iniciar a esteroidogênese ü O acetato vai se transformar uma molécula de pregnano e a partir do pregnano vai se transformar em duas vias: v àDELTA 4 (célula luteinizada) v A via DELTA 4 ocorre na célula luteinizada no corpo lúteo, ou seja, depois da ovulação então além do estrógenos ela produz progesterona v à DELTA 5 (célula folicular – não luteinizada) • A célula DELTA 5 só ocorre nas células foliculares que produz estrógeno e inibina • Corpo lúteo produz progesterona, estrógeno e inibinaànessa ordem de importância v Então, o pregnano pode se transformar em progesterona se for pela VIA DELTA 4 ou em estrógeno se for pela VIA DELTA 5 v Progesterona produzida exclusivamente no corpo lúteo após a ovulação v Só tem aromatização na célula granulosa v Se não tem a enzima aromatase não tem aromatização v Granulosa receptor pra FSH v Célula da TECA receptor pra LH v Todo estrógeno quer ser um estradiolà esse processo não é uma aromatização v Aromatização é a transformação dos androgênios em estrogêniosà esse processo se da por aromatização 43 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: JULIA Slide/Áudio. MAR 2017 CICLO MENSTRUAL e CLIMATÉRIO REGULAÇÃO DO CICLO MENSTRUAL • Feto (20 semanas) à 2 milhões de ovócitos • Ao nascimento + ou – 800mil ovócitos • Quiescência de eixo(pausa) e volta funcionar com 8 anos • 8 anos pulso de GnRH à Primeiro reflexo clínicoà ESTIRÃO DO CRESCIMENTO • GnRH age na hipófise anterior produz à FSH e LHà age nos ovários que produz estrógeno, progesterona e inibinaà estes hormônios vão inibir a hipófise • Após 4 anos de pulso de GnRH tem menstruação • Se menstruou é porque ovulou • Não vê a ovulação apenas a menstruação • Útero é um órgão efetor ( o útero não produz nada) • O endométrio tem três fases à Descamativa è Proliferativa è Secretora 44 MEDBOOK HIPOTÁLAMO • Órgão neuroendócrino • O hipotálamo, parte integrante do diencéfalo, é formado por inúmeros núcleos mal definidos. Limitado anteriormente pelo quiasma óptico e dorsalmente pelo sulco hipotalâmico e pelo tálamo. . • Na sua superfície inferior, o hipotálamo é contínuo com o infundíbulo (haste pituitária) HIPÓFISE • É uma pequena glândula localizada na sela túrcica do esfenoide. Limitada acima pelo diafragma selar e lateralmente pela parede dos seios cavernosos • É uma pequena glândula localizada na sela túrcica do esfenóide • Limitada acima pelo diafragma selar e lateralmente pela parede dos seios cavernosos • Constituída de duas regiões: adeno-hipófise (hipófise anterior) e neuro-hipófise (hipófise posterior) • INTERAÇÃO HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE Hipotálamo à hipófise • Cada substância do hipotálamo vai agir num ponto específico da hipófise e é claro que um interfere na produção do outro • Hormônios estimulantes vão agir na hipófise pra estimular a liberação v Hormônios de liberação hipotalâmica: o GnRHà estimula FSH e LH o GHRHàestimula GH (hormônio do crescimento) o TRHà estimula TSH o VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e PHI-27(peptídeo histidina isoleucina)à age na suprarrenal o CRH e ADH • Estes hormônios (estimulantes) são produzidos no hipotálamo e agem na hipófise para produzir outros hormônios 45 MEDBOOK v Hormônios da hipófise anterior o FSH e LH o GH o TSH o PROLACTINA o ACTH (Beta- lipotrophina e Beta- endorfina) v Hormônios hipotalâmicos inibidores: o Somatostatina (hormônio inibidor da produção do GH, ou seja, do hormônio do crescimento). Quando reduz a somatostatinaà hipotálamo começa a funcionar e aumenta a produção de GH e a criança cresce o Dopamina (hormônio inibidor do TSH e da prolactina) v Hormônios produzidos no próprio hipotálamo e são inibidores dele mesmo que são dopamina e somatostatina v OBSERVAÇÃO: Na mulher grávida pode ter um hipertireoidismo fisiológicoà na mulher grávida que tem a dopamina inibida para a mesma pode lactar tem consequentemente o TSH também, uma vez que a dopamina não é um hormônio seletivo, logo a grávida terá os hormônios tireoidianos aumentadosà Aumento fisiológico CRONOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL • Vamos estudar um ciclo padrão de 28 dias mas pode ser de 26 até 34 dias • Ovulação: à TAMANHO DO CICLO -14 DIAS =DIA DA OVULAÇÃO • OBS: Ensinar pacientes a fazer tabela é uma Tarefa difícil, porque não sabe-se quando a paciente irá ovular, eu sei quando ovulou • O endométrio tem três fases à Descamativa è Proliferativa 46 MEDBOOK è Secretora • Na fase proliferativa age o estrógeno por ação do • Na fase secretora age a progesterona (só na segunda fase do ciclo) • Quando o corpo lúteo começa a morrer o endométrio descamaà menstruação • Se o corpo lúteo não morrerà gravidez • Primeira fase do ciclo é variávelà é folicular • Segunda fase do ciclo é fixaà é luteínica v CICLO DE 28 DIAS: Do primeiro ao sétimo dia do cicloà MENSTRUAÇÃO (no útero) Iniciaos pulso de GnRH FSH predomina porque esta recrutando o colesterol pra entrar dentro do folículo e fazer pico de estrógenoà FASE PROLIFERATIVA • OBS: Quando for pedir FSH tem que escrever do primeiro ao quinto dia do ciclo porque fora disso ele não serve ( aumenta o recrutamento) • Seguindo o ciclo até o décimo terceiro diaà o FSH recrutou e produziu muito estrógeno • E a produção de FSH cai e a produção de LH esta muito alta • No dia da ovulação tem pico de estrógeno e esse pico libera um pico de LHà isso se chama de Freedback positivo (Obs: O certo era o que fosse produzido no útero fizesse freedback – com a hipófise, o LH faz um freedback POSITIVO.) • No décimo segundo dia tem pico de estrógeno e vai produzir lá na hipófise pico de LH, isso já no décimo terceiro dia.( passaram 24 horas). RESUMINDOà Pico de estrógeno 24horas depois pico de LH e 12horas depois tem a ovulação • Quando o folículo está no seu tamanho máximo (+ ou – 18 milímetros) essa mulher deve ovular, mas só vai ovular se tiver pico de LH (dosa o LH para vê se a mulher vai ovular) • Após 48 horas da ovulação tem o corpo lúteoà significa que ovulou • Se não tiver o corpo lúteoà é uma mulher que não ovula FASE SECRETORA: • Corpo lúteo começa a produzir progesterona, estrógeno e inibina • O corpo lúteo começa morrendo aos poucos e nisso a hipófise já começa o recrutamento de FSH para liberação e começo de um novo ciclo com a função de picos de estrógeno • Só tem menstruação quando o corpo lúteo morre porque a progesterona sustenta o endométrio • ÓVULOà DURA EM MÉDIA 24HORAS • ESPERMATOZÓIDEà DURA EM MÉDIA 72 HORAS • Corpo lúteo insuficiente é quando o corpo lúteo começa a morre antes de completar o cicloà menstruação vem antes do esperado àRESUMINDO: ü Ciclo endometrial à Descamação ( morte do corpo lúteo) à Proliferação (por ação dos estrógenos, FSH) è Secreção (por ação da progesterona, LH) v Função principal da progesterona é estabilizar o endométrio 47 MEDBOOK • No colo do útero tem uma substância mucoide e o estrógeno deixa bem fino com o intuito de facilitar a passagem do espermatozoide. Depois da ovulação que não aconteceu nada (não engravidou) a progesterona deixa esse muco grosso, espesso • A primeira coisa que você tem que medir quando o plantel folicular, a quantidade de folículo começa a reduzir, é o FSH. O FSH é um ótimo parâmetro para o plantel folicular. Um outro hormônio muito bom que a gente mede é a Inibina, por que se eu tiver pouco folículo eu tenho pouca inibina. CLIMATÉRIO v CLIMATÉRIO • é um conceito de tempo e não biológico, que vai de 40 a 65 anos, onde se espera que tudo que se tem pra reduzir, reduza. v MENOPAUSA: • Meno = menstruação. Menopausa é a pausa da menstruação. É apenas um evento. A partir do momento que para de menstruar ela está na pós-menopausa. v Como eu sei que é a ultima menstruação? Só irei saber daqui a 12-24 meses. Nós consideramos 24 meses (2 anos). Ex: paciente chega e fala que a última menstruação foi há 2 anos. A data relatada há 2 anos atrás será a data da menopausa da paciente. No período dos dois anos ela está na PERIMENOPAUSA e após esses dois anos ela está na PÓS-MENOPAUSA. v Nós consideramos que a ultima menstruação ocorre de 45-50 anos. Se for antes é precoce, se for depois é tardia. Não é necessariamente uma patologia. v PERIMENOPAUSA • O período que vai de dois anos antes até dois anos depois da ultima menstruação eu chamo de perimenopausa. v SANGRAMENTO PÓS-MENOPAUSA: Se permaneceu dois anos ou mais sem menstruar e, após, esse período teve sangramento: chama-se de Sangramento pós-menopausa. Neste caso deve-se investigar a paciente. 48 MEDBOOK • Se eu tenho um plantel folicular reduzido, uma redução da qualidades desses folículos, eu vou ter uma maturação folicular irregular. • Os folículos ficam menos sensíveis ao estimulo gonadotrófico, por que eles são ruins. • A maturação folicular gera uma diminuição de Estrogênio e Inibina, que vão fazer um feedback negativo e aumentar a produção de LH e FSH, respectivamente. • O FSH aumenta muito, por isso se for medir faz a sua medição. MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO: REPERCUSÕES CLÍNICAS DO HIPOESTROGENISMO v FASES • 1° fase: A mulher menstrua muito, ou seja, continua ovulando. • 2° fase: Meses alternados onde menstrua e não menstrua. 49 MEDBOOK • 3° fase: Não menstrua mais MANIFESTAÇÕES DE HIPOESTROGENISMO: v SINTOMAS Os sintomas que a mulher apresenta nesse período, divide-se em: • Agudos ou Imediatos; • Médio prazo; • Tardios ou de longo prazo 1. AGUDOS OU IMEDIATOS • Fogachos: Vem uma sudorese, do abdomem para cima um calor e logo após calafrios. 2. MÉDIO PRAZO • São sintomas que já tem a ver com a redução do colágeno.São sintomas relacionados a atrofia das mucosas. Lembrando que a origem é urogenital, por isso alterações urológicas também; • Mulher pós-menopausa com sangramento, tem que ser investigada; • A atrofia gera dispareunia e infecção urinária por diminuiçao da defesa urogenital, já que o PH diminui pelo hipoestrogenismo. 50 MEDBOOK 3. LONGO PRAZO • As doenças de longo prazo são as doenças que podem matar a paciente, ou seja, não só geram desconforto quanto ameaçam a vida das paientes. • Toda mulher de 40-50 anos tem que pedir uma colonoscopia, pois CA retal mata mais que CA de mama. Se vier normal, você solicita novamente a cada 5anos, se não pede a 1 vez por ano. HIPOESTROGENISMO – FOGACHOS • São a principal queixa no climatério; • Afetam 75% das mulheres; • 15 anos pós-menopausa; 10 a 12% das mulheres ainda apresentam queixa; • 20 anos após, 5% ainda refere; • Seu mecanismo não está estabelecido; • O déficit estrogênico leva a um desequilíbrio no balanço entre a norepinefrina e dopamina, causando instabilidade vasomotora. Ø FREBASCO- Manual de Orientação em Climatério MANIFESTACÕES CLÍNICAS UROGENITAIS • Infecção das vias urinárias, por causa da atrofia e da redução do PH. A vagina vai estar mais vulnerável. v Infecções genitais v Síndrome uretral v Incontinência urinária 51 MEDBOOK • Distopias genitais, por que o aparelho genital tem um aparelho de suspensão e sustentação. Esse é um aparelho muscular. Se você perde massa muscular e perde colágeno, vai ter flacidez no de suspensão e sustentação. Qualquer mulher pode ter, principalmente as mulheres obesas, pois a massa abdominal pesa sobre o aparelho genital. • Vaginite atrófica MANIFESTAÇÕES UROGENITAIS • Diminuição de colágeno na vulva e vagina: o Secura vaginal o Encurtamento Vaginal; è Vai ver uma vagina lisa e pálida, por que as camadas de epitélio são poucas • Produção diminuída de cel. Superficiais: o Redução do Glicogênio o Elevação do PH è Se você tem poucas células superficiais, você tem redução do glicogênio, por que são as células superficiais que produzem glicogênio por ação do estrógeno. • Infecções vaginais o Vulvovaginites o Dispareunia OSTEOPOROSE • Redução da massa óssea por unidade de volume com deterioração da micro arquitetura do tecido ósseo inviabilizando a sua função precípua de sustentação com consequente aumento do risco de fraturas. ü FRATURAS MAIS COMUNS: o Vértebras, muito comum por causados processos espinhosos; o Fêmur proximal o Punho/rádio distal (colles) • A relação mulher/homem é 7/1, por que a parada de hormônios na mulher é súbita. • As fraturas de fêmur tem maior morbimortalidade • A relação homem/mulher é 2/1 • O tratamento para osteoporose estabelecido não tem bons resusltados 52 MEDBOOK • Crescimento: ganho de massa corpórea • Puberdade a 3° década: perda lenta: 0,2 a 0,5% aa • Menopausa: 25% de perda da massa óssea nos primeiros 5 anos • A partir de 5 anos, perda de 2 a 5% ano FATORES DE RISCO • Fisiológicos: o Idade o Raça o Hipoestrogenismo o Sexo, da mais em sexo feminino que masculino • Patológicos o Heparina o Anti-convulsivante o Corticoides o IMC • Ambientais o Sol, carência de vitamina D; • Estilo de vida o Dieta inadequada o Tabagismo age na imunidade celular e vai atingir tudo o Sedentarismo O que acontece com a caixa torácica na osteoporose? É reduzida e gera problemas respiratórios e digestivos. 53 MEDBOOK PREVENÇÃO v Dieta adequada v Atividade física v Exposição ao sol v Não fumar v Não ingerir bebidas alcoólicas TRATAMENTO v Ingestão de cálcio: 1,2 a 1,5 g/dia v Alimentos ou suplementação v Vitamina D > 65 anos v Estrogênio v Calcitonina v Raloxifeno- agonista estrogênio no tecido ósseo v Alendronato v Não são bons os resultados do tratamento da osteoporose estabelecida. DOENÇA CARDIOVASCULAR v É a principal causa de morte de mulheres na pós-menopausa; • Qual a principal causa de doença cardiovascular? Síndrome metabólica. Qual a principal fator de risco para a síndrome metabólica? Obesidade. v “Imunidade” desaparece após a menopausa; • O estrógeno é um fator protetor para a doença cardiovascular, por que ele age diretamente na parede do endotélio tornando-a mais flexível e assim evitando a Hipertensão e a doença cardiovascular. v Influência gradual da menopausa no aumento de risco v Aumento o risco de IAM na menopausa precoce e na ooforectomia bilateral < 35 anos ü RELAÇÃO DE DOENÇA CARDIOVASCULAR HOMEM/MULHER • Entre 45 e 54 anos à 5,9:1 • Entre 55 e 64 anos à 3,7:1 • Entre 65 e 74 anos à 2,5:1 HIPOESTROGENISMO v No hipoestrogenismo você tem um aumento do LDL, diminuição do HDL que resulta no aumento do Colesterol Total. 54 MEDBOOK AVALIAÇÃO CLÍNICA NA MENOPAUSA v Anamnese v Exame físico; melhor marcador do estrógeno é o corpo da mulher. v Exames complementares (Quem pede progesterona é por que não estudou!) 1. Colpocitologia oncótica: (Técnica Papanicolau) é solicitado até 64 anos; é exame para rastreamento de CA de colo de útero. 2. Mamografia: A partir dos 50 anos anualmente; é exame de rastreamento de CA de mama ou complementação diagnóstica se a paciente chegar com um nódulo, por exemplo, e deseja confirmar o diagnóstico. 3. Perfil lipídico: Paciente acima de 40 anos. 4. USG transvaginal??? Não é solicitado esse exame como de rotina. Só é solicitado se a mulher tiver sangramento pós-menopausa. 5. Densitometria óssea?? Só é solicitado em mulher com mais de 65 anos ou mulheres tabagista e com IMC abaixo de 19. è Exames são solicitados para: Rastreamento, complementação diagnóstica e ajuste terapêutico. ABORDAGEM TERAPÊUTICA v Estilo de vida v Alimentação v Atividade Física v Tabagismo e Alcoolismo ü Que mulheres não tratar? ü Que mulheres tratar? ü Quando e por quanto tempo tratar? ü Como tratar? ¤ QUE MULHERES NÃO TRATAR? 55 MEDBOOK v 4 Contraindicações para o tratamento de reposição hormonal (Estrógeno): • Câncer de mama • Doença hepática grave em atividade • Câncer de endométrio – sangramento não diagnosticado (Sangramento não diagnosticado é indicativo de câncer de endométrio) • Doença tromboembólica ¤ QUE MULHERES TRATAR? v Sintomas vasomotores v Desejo da paciente àSó faz reposição com estrógeno em pacientes com sintomas vasomotores e risco para osteoporose. ¤ COMO TRATAR? • Individualização do tratamento • Objetivos específicos • Dose: Sempre a menor dose • Tempo: Não deve se estender por mais de 10 anos, mas ele é individualizo, tem que analisar cada caso. • Via de administração: Qualquer uma, vai depender. v Tratamento essencialmente é REPOSIÇÃO DE ESTRÓGENO • Natural Fonte natural: Usados para a reposição hormonal EEC: Um dos mais usados e indicados. • Nativo Sintético 17-BETA-Estradiol: O mais usado e indicado. Sulfato de estrona estriol • Sintético- Mais usados para anticoncepção. Etinil estradiol dietilestibestrol v Pra que serve o progestógeno? Para manter o endométrio, estabilizá-lo. Todas essas são utilizadas, vai depender da disponibilidade 56 MEDBOOK . v Como é feito o esquema? Quadrado roxo é progesterona e rosa é estrógeno 57 MEDBOOK v Caso 1: paciente com 41 anos, menstruação era sempre regular (28-35 dias) e nos últimos 3 meses está menstruando a cada 15 dias. O que essa paciente precisa? Progesterona, pois na fase após ovulação há liberação de progesterona (na segunda fase do ciclo). à Então, se a paciente menstruou hoje conta 14 dias e toma o medicamento nos próximos 14 dias. Fazendo um ciclo de 28 dias. à Até quando ela deve tomar? Deve-se fazer 3 ciclos e voltar para reavaliação v Caso 2.: A mesma paciente, retorna após 3 ciclos e relata um “calorzão”. à O que deve-se fazer? Continua com a progesterona e acrescenta o estrógeno. Se ela quiser continuar menstruando, adiciona o estrógeno e na segunda fase repor progesterona. à Pode usar 28 dias de estrógeno, 10 ou 14 de progesterona ou 28 dias de cada um. v Reposição apenas de estrógeno sem progesterona quando? Quando houver Sinal de hipoestrogenismo E se a mulher não tem útero. v Se a mulher tem útero, deve-se sempre repor progesterona, pois a ausência de progesterona aumenta o risco de câncer de endométrio se a mulher tiver o útero. v No exame físico a Mulher não é só vagina: é Mama, axila, espéculo e toque SEMPRE! ¤ QUANDO E POR QUANTO TEMPO TRATAR? • Quando se iniciarem os sintomas (perimenopausa) • Enquanto persistirem os sintomas que motivaram a terapêutica. • Não se inicia o tratamento caso faça mais de dois anos que a paceinte parou de menstruar, pois irá desestabilizar o endométrio. REVISÃO • Vida uterina (20 semanas) à2000 mil óvulos • Ao nascimentoà600 a 800 mil óvulos • Na puberdadeà300 a 400 mil óvulos • Mulher com 37 anosà + ou – 100 mil óvulos • Na menopausaà 25 mil óvulos (Não pode tirar os ovários porque a esteroidogênese ocorre no folículo e também no estroma) • Em torno dos 8 anos inicia-se os pulsos de GnRHà frequência e amplitude adequadaà vai mudando de acordo com o ciclo menstrual • Pulso de GnRH vai agir na hipófise anteriorà Produz FSH E LHà vai agir nas gônadasà produzà estrógeno, progesterona e inibina • Tem testosterona circulante mas em pouquíssimas quantidades ( quando em muita quantidade há algum tipo de patologia) • Toda progesterona quer se transformar em estradiol • Só tem progesterona se tiver ovulação • Estirão do crescimento, telarca, menarca e pubarcaà manifestações clínicas desse eixo • pH da vagina em torna de 3,7 a 4,3à quanto mais camadas de epitélioàmais glicogênioà mais estrógenoà mais ácido é a vagina • Quando chega na menopausa essas camadas de estrógeno vão diminuir, a cor da mucosa vaginal muda e os epitélios se reduz58 MEDBOOK CORREÇÃO DA ATIVIDADE 1-Em relação ao climatério, assinale a opção correta. A) A osteoporose, uma das consequências da deficiência de estrogênio, é caracterizada por redução na quantidade de osso devido à maior atividade dos osteoclastos . à O estrogênio não depende da quantidade de osteoblastos (faz o osso crescer); estrogênio inibe a atividade dos osteoclastos (degrada o osso) B) Na pós-menopausa, as pressões sistólica e diastólica aumentam devido à diminuição da produção de estrogênios, que têm ação vasodilatadora. à(Pressão arterialàAumento da resistência do vaso ou do fluxoà se aumenta a resistência do fluxo aumenta a pressão se aumenta a resistência do vaso também aumenta a pressão. Diminuição do estrogênio não vai produzir óxido nítrico que tem ação vasodilatadora, então isso faz aumentar a pressão). O estrogênio age no endotélio vascular e produz óxido nítrico que é um potente vasodilator B) Na pós-menopausa, o ovário continua a produzir, pelas células da TECA remanescentes, androgênios em grande quantidade. à(Androgênio em quantidades reduzidas) C) Em mulheres na menopausa, os estrogênios têm sido utilizados na profilaxia de doenças cardiovasculares, com a função de elevar os níveis séricos de óxido nítrico e de endotelina e diminuir tromboxane. à(Estrogênio não é usado na profilaxia). Não se deve iniciar estrogênio depois que já se passaram 2 anos da menopausa porque pode ter formado plaquinhas de gorduras na parede dos vasos e esse estrogênio pode “chacoalhar” o vaso e formar trombos. Só usa estrógeno para tratar sintomas neurovegetativos (Índice de Kupperman)à que vai falar se devo ou não utilizar estrógeno na mulher se ela tiver índice de Kupperman elevado trata com estrógeno (se tiver só atrofia genital e não tem índice de Kupperman vai usar estrógeno tópico) D) Na pós-menopausa, os níveis séricos de FSH e LH são elevados, o que se deve tanto à maior produção hipófisaria quanto à conversão periférica. à(Não se tem conversão periférica de FSH e LH, existe conversão periférica estrógeno) 2-Considere as assertivas a seguir sobre fisiologia menstrual e controle neuroendócrino e assinale a alternativa correta. A) Altos níveis de estrogênios aumentam a síntese e armazenamento de FSH e LH, portanto, têm importante efeito na regulação de LH e FSH. à(Estrógeno tem efeito de Freedback negativoà diminuem a síntese de FSH) B) O pulso da secreção de GnRH deve estar dentro de um patamar crítico de frequência e não de concentração para manter a função reprodutiva normal. à(De frequência, amplitude e concentração) C) Aumento da freqüência de pulso de GnRH favorece a secreção de FSH e diminuição do pulso de GnRH favorece a secreção de LH. 59 MEDBOOK à(GnRH aumenta no FSH e no LH) D) GnRH tem ação positiva na glândula hipófise anterior: síntese, armazenamento, ativação e secreção de gonadotropinas. E) Altos níveis de progesterona sobre a glândula hipófise favorecem o aumento da resposta do LH ao GnRH e também ao FSH no ciclo menstrual. à(Para ter LH no ciclo menstrual a quantidade FSH cai drasticamente) 3-No climatério/ menopausa ocorre, A)Redução do número de folículos, ciclos anovulatórios irregulares e aumento FSH B) Erro na resposta aos hormônios hipofisários e redução do nível de estradiol e progesterona C) Variabilidade das secreções hormonais com aumento do FSH e da PROGESTERONA à (Não tem aumento de progesterona, tem aumento de FSH e LH ) D) Todas estão corretas E) Apenas A e B estão corretas 4- Pesquise sobre o Índice de Kupperman e Blatt e desenhe a tabela Índice da Menopausa, de Kupperman e Blatt - A primeira descrição sistemática dos sintomas da menopausa foi feita pelos médicos alemães H.S. Kupperman e M.H.G. Blatt, com base na observação clínica de pacientes. Divulgado em 1953, o "Índice da Menopausa" de Kupperman e Blatt, com seus 11 sintomas, passou a ser usado como referência pelos médicos ginecologistas para o diagnóstico do climatério. Em 1964, as médicas Bernice Neugarten e Ruth Kraines, acrescentaram mais alguns sintomas ao Índice, com base no estudo Menopausal symptoms in women of various ages.O Índice da Menopausa atribui pesos diferentes a cada sintoma, de acordo com sua intensidade. A classificação que vai de leve e moderado a intenso, ajuda a identificar a aproximação da menopausa em mulheres bastante sintomáticas. São eles: SINTOMAS LEVES MODERADOS INTENSOS ONDAS DE CALOR 4 8 12 PARESTESIA 2 4 6 INSÔNIA 2 4 6 NERVOSISMO 2 4 6 DEPRESSÃO 1 2 3 FADIGA 1 2 3 ARTRALGIA/MIALGIA 1 2 3 CEFALÉIA 1 2 3 PALPITAÇÃO 1 2 3 ZUMBIDO NO OUVIDO 1 2 3 TOTAL 17 34 51 LEVES - ATÉ 19 / MODERADOS - DE 20 A 35 / INTENSOS - MAIS DE 35 60 MEDBOOK http://www.sogesp.com.br/canal-saude-mulher/guia-de-saude-da-mulher-madura/perimenopausa-e-as-fases-da-transicao è O Índice de Kupperman que vai dizer se deve ou não oferecer reposição hormonal para a paciente 61 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slide/Áudio. MAR 2017 AMENORREIA • Etimologicamente, significa ausência de menstruação • É a ausência da menstruação em uma época da vida que deveria habitualmente ocorre àPRIMÁRIA (nunca menstruou por algum motivo) àSECUNDÁRIA (por algum motivo parou de menstruar) o Fisiológico (mulher grávida, amamentando) o Patológico • Causas:àGenética (Consequência amenorreia primária) àEndócrina àNeurológica (Pode tanto genética como adquirida) àPsíquica (meninas muito magrasànão tem colesterol para iniciar o processo); pseudo gravidez (pseudociese) àAnatômica (essencialmente erro canalicular, não se formou o útero, não se formou a vagina) Observação: hímem imperfurado amenorreia primáriaà erro anatômico DEFINIÇÃO: • AMENORREIA PRIMÁRIA • Ausência de menstruação aos 14 anos associada à falha no desenvolvimento sexual (ausência de caracteres sexuais secundários) ou ausência de menstruação aos 16 anos, independente do desenvolvimento desses caracteres. (FEBRASGO 2010) • Ausência de menstruação aos 13 anos de idade quando não há características sexuais secundárias visíveis, ou aos 15 anos de idade na presença de características sexuais secundárias normais (Novak e Berek) àOBSERVAÇÃO: Definições literárias diferentes mas não é uma diferença significativa pois é apenas de 1 ano para mais ou para menos • AMENORREIA SECUNDÁRIA • Ausência de menstruação por um período equivalente a 3 ciclos consecutivos ou atraso menstrual de 60 dias, em mulheres que já tiveram anteriormente, pelo menos um ciclo espontâneo 62 MEDBOOK è OBSERVAÇÃO: antes de 60 dias à digo atraso menstrual AMENORREIA EXAME FÍSICO Sem caracteres sexuais Com caracteres sexuais secundários secundários USG Pélvico USG Pélvico Com útero Sem útero Com útero Sem útero FSHCariótipo XY Seguir roteiro para Cariótipo (menino) amenorreia secundária Alto Baixo Cariótipo XX Cariótipo XY Causa gonodal Causa central Agenesia milleriana Insensibilidade aos androgênios Cariótipo RNM de crânio Neovaginoplastia se necessário Gonadectomia Alterado Normal Tumor de SNC ou causa hipotalâmica após puberdade Gonadec Insuficiência Encaminhar para o especialista tomia Ovariana Reposição hormonal Comentários a respeito desse esquema acima: 63 MEDBOOK Quando o FSH é baixo, eu também posso fazer o TESTE de GnRH e doso FSH, esse teste serve pra dizer se o problema é hipofisário ou não. Obs: eu não faço reposição de FSH e nem de GnRH, o que eu reponho é estrógeno e progesterona. Menina tem características sexuais secundárias: já sei que ela tem estrógeno, teve estirão, telarca, pubarca, vulva escura e etc. Se tem útero: sigo o roteiro para amenorreia secundária. Porque ela tem tudo e não menstrua? Ela pode ter uma causa canalicular. Sem útero: peço o cariótipo para saber se é masculino (XY) ou feminino (XX). Se for XX, é uma agenesia mulleriana, por algum motivo o ducto de muller não prosperou. Cariótipo veio XY: insensibilidade dos androgênios, síndrome de Morris. Um tem caracteres sexuais secundários e o outro não. O que aconteceu: onde tem caracteres sexuais secundários: a esteirodogenese se completou, se não, não teria os caracteres, mas não masculinizou pois ela não tem receptor pra androgênio no órgão alvo (pênis, testículo, glândulas sebáceas..), tem que ter receptor de testosterona nos órgãos alvo, para que ele se transforme em diidrotestosterona, se não tem receptor, nada disso acontecerá. No outro caso não teve esteroides sexuais nem masculino e nem feminino, é um menino sem caracteres femininos e nem masculino Uma molécula de COLESTEROL que se transforma em PREGNENOLONA, essa pode seguir duas vias, a DELTA 4 e DELTA 5. Delta 4: ocorre no corpo lúteo, na célula luteinizada Delta 5: ocorre no folículo Para que chegue testosterona, pra transformar em estradiol, pela via delta 5, eu preciso da 17-alfa-hidroxilase, para transformam em 17-Hidroxiprogesterona. 64 MEDBOOK Em XY: a testosterona entra na célula alvo do receptor e se transformará em dihidrotestosterona. Em XX: entrará na célula da granulosa, sofrerá aromatização e se transformará em estradiol. Caso falte 17-alfa-hidroxilase, teremos a Síndrome Hiperplasia Adrenal Congênita. HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Explicação do esquema acima : Colesterol se transforma em pregnenolona, segue a via delta 4 ou 5. As duas precisam de 17-alfa-hidroxilase para transformar a progesterona e continuar o caminho, se não tem 17-alfa-hidroxilase, não terá mais nada para baixo. Em caso de XY: não terá dihidrotestosterona, se for XX: não terá estradiol e estrona, e não terá desoxicortisol, cortisol e nem cortisona. Em compensação, ele seguirá outra via, a desoxicorticosterona faz corticosterona, aldosterona e a desidrocorticosterona. Terá mutuo nessa pessoa aldosterona e cortisona, pois a pessoa continua tendo colesterol, portanto ele continuará tentando seguir a vida. Espera-se que essa pessoa tenha falta de aldoosterona e cortisona. Aqui o individuo é XY, mas não tem carecteres secundários de nenhum, pois a reação parou na metade. Em compensação ele terá hiperaldosteronismo, e terá hiperplasia supre renal congênita. 65 MEDBOOK SÍNDROME DA INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA FEMINIZAÇÃO TESTICULAR Mutação no braço longo do cromossomo X Explicação do esquema acima : Célula de sertoli produziu o HAM (HORMÔNIO ANTI MULLERIANO), por isso ela não tem útero. Em compensação, na célula alvo do destino do pênis e glândulas sebáceas, fabrica testosterona, mas não age, porque não entra na célula alvo para se transformar em dihidrotestosterona. Qual a característica desse individuo que é XY, mas o sexo social é feminino? São pessoas que não tem pelos ou muito pouco (principal característica) 66 MEDBOOK • Primeiro avalio se têm caracteres sexuais presentes. AUSENTE A paciente tem útero: Ø FSH alto – problema está na gônada, tenho que fazer o cariótipo. • FSH baixo – faço teste de GnRH, se der negativo (dá GnRH e a hipófise não responde) problema está na hipófise. Não adianta dar FSH para essa pessoa, e sim estrógeno e progesterona. Se o teste deu positivo, então a hipófise está OK, o problema está no hipotálamo. De um jeito ou outro, terei que pedir um ressonância para ver a causa; se for um tumor, encaminho para um neurologista, que fará a abordagem cirúrgica. Paciente sem útero – peço cariótipo, para ver se é feminino ou masculino. Ø É menino (XY): Deficiência de 17-alfa-hidroxilase ou 5-alfa-redutase. CARACTERES SECUNDÁRIOS PRESENTES Paciente com útero: Ø Sigo roteiro para amenorreia secundária. Paciente sem útero: Ø Peço cariótipo Ø É feminino (XX)– agenesia Mulleriana. Ø Masculino (XY) – insensibilidade a androgênio. 67 MEDBOOK AMENORREIA SECUNDÁRIA • Ausência de menstruação por 60 dias, ou por 3 ciclos. • Devo investigar se trata se causa patológica ou fisiológica, como a gravidez. • Primeira conduta: pedir Beta-HCG • Segunda: teste da progesterona. ETIOLOGIA • Hipotalâmica e cortical (um tumor, por exemplo) • Hipofisária (um prolactiloma) • Gonadal (exemplo, alguma causa autoimune destrói todos os folículos) • Útero Vaginal (canicular) v TESTE DA PROGESTERONA: Dou progesterona por 10 dias e suspendo, espera-se que a paciente menstrue. - Se ela menstruar significa que ela tem estrógeno, mas não estava produzindo progesterona, não havia corpo lúteo, então ela não está OVULANDO. Trato, se ela quiser engravidar, com um indutor da ovulação (veremos em aula sobre fertilidade); se ela não quer engravidar, dou anticoncepcional + progesterona. - Ela não menstrua após os 10 dias de progesterona- ela não tem estrógeno, endométrio não proliferativo. Então eu dou estrógeno e progesterona e suspendo. Se ela menstruar, significa que todo o sistema canalicular está funcionando. Se não menstruar, problema é canalicular, algo destruiu a camada basal do endométrio (o próprio profissional ou uma infecção de endométrio, é preciso coletar uma boa história, antes que qualquer exame). 68 MEDBOOK Então faço o teste da progesterona, paralelamente, peço TSH E PROLACTINA, pois são as duas causas mais comum de amenorreia. • TSH alto - hipotireoidismo. (O TSH quando faz feed-back negativo para o hipotálamo; é uma causa importante de amenorreia). • TSH normal – fazer teste da progesterona, positivo – anovulação crônica. Negativo – estrógeno + progesterona, positivo – FSH/LH, se der alto – causa ovariana; baixo –central. Negativo – causa canalicular. • Prolactina alta - A prolactina tem a capacidade de inibir a secreção do hormônio luteinizante (LH) e do folículo- estimulante (FSH) pela hipófise, que são os hormônios que agem estimulando as gônadas (testículo e ovário). Com a diminuição do LH e do FSH, e conseqüente deficiência doshormônios sexuais, pode ocorrer diminuição do desejo sexual (libido), impotência, infertilidade, menstruações irregulares (oligomenorreia) ou ausência de menstruação (amenorreia). (FONTE: polb.med.br Dra Márcia Gonçalvez) Na SÍNDROME DE ASHERMANN – não há resposta ao ESTRÓGENO+ PROGESTERONA. CAUSA OVARIANA ü FSH e LH altos – insuficiência ovariana. ü Falência ovariana precoce, radioterapia ou cirúrgico. 69 MEDBOOK CAUSAS HIPOFISÁRIA ü Hipogonadismo Hipogonadotrófico ü Hiperprolactinemia; hipotireoidismo; Sd. Sheehan (se caracteriza pelo hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária decorrente de hipotensão ou choque em virtude de hemorragia maciça durante ou logo após o parto, prevenção tratando hemorraria); adenomas hipofisários. CAUSAS HIPOTALÂMICAS ü Anorexia nervosa ü Estresse ü Desnutrição ü Exercício físico ü Pseudodociese ü FSH-LH baixos ü Responde ao teste de GnRH exógeno. INVESTIGAÇÃO DIAGNOSTICA ü Anamnese àValorizar na amenorreia primária: ü Queixa de dor progressiva, cíclica, no baixo ventre, após aparecimento dos caracteres secundários, sem menstruação ü Desenvolvimento das mamas e dos caracteres sexuais secundários ü Massas nas regiões inguinais; desenvolvimento pondero-estatural ü Antecedentes de traumas, cirurgias, radioterapia, quimioterapia ü Condições do nascimento e do crescimento ü Distúrbios nutricionais e alimentares ü Estado psicológico, emocional e vivencial ü História familiar, ocorrência de outros casos e suas evoluções ü Sinais de hiperandrogenismo ü Retardo ou anormalidade no crescimento corporal àValorizar na amenorreia secundária: ü História menstrual ü Uso anterior de drogas e/ou medicamentos (hormônios, psicotrópicos, anabolizantes) ü Radioterapia, quimioterapia ü Exercício físico excessivo ü Situação emocional, conjugal, familiar social (separação, desemprego, instabilidade financeira) ü Abortamento e procedimentos anticonceptivos com manipulação intrauterina ü Hemorragia intraparto, amamentação ou não 70 MEDBOOK ü Operações e procedimentos ginecológicos prévios (cauterizações, curetagens, histeroscopias, miomectomias, complicações) ü Descarga papilar láctea ou serosa, uni ou bilateral, espontânea ou à expressão ü Sinais de hiperandrogenismo (pele oleosa, acne, hirsutismo) ü Sinais de falência ovariana (fogachos, distúrbios mentais, dispareunia, e sintomas neuropsíquicos) ü Fadifa, febre, queda de estado geral, calafrios noturnos, associados a contato com portadores de doenças orgânicas importantes, como tuberculose EXAME FÍSICO ü Anomalias dos genitais e presença de nódulos nas regiões ínguino-crurais ü Observar os caracteres sexuais secundários e a presença ou não de pelos axilares e pubianos ü Avaliar cronologia do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários ü Presença de estigmas nas suspeitas disgenesias gonadais àNa amenorreia primária: ü Peso, estatura, envergadura ü Estigmas de Turner (disgenesias gonadais) ü Massas inguinais (testículos?) ü Genitália externa e interna ü Discrepância entre idade cronológica e desenvolvimento corportal (infantilismo) àNa amenorreia secundária: ü Estado nutricional e ponderal. Avaliação de índice de massa corpórea ü Hirsutismo, acne, estrias, acantose suprarrenais ü Galactorreia (iatrogenia, hiperprolactinemia funcional ou adenoma hipofisário) ü Genitália externa e interna (anomalias, iatrogenias) EXAMES COMPLEMENTARES è DEVEM SER SELETIVAMENTE INDICADOS: ü Radiografia de punho (idade óssea, índice de Pyle) ü Colpocitologia (Índice de Frost) ü Glicemia (diabetes mellitus, SOP, hipertecose ovariana) ü Ultrassonografia pélvica (útero e ovários) ü Dosagem de FSH e E2 (hipopituitarismo, hipogonadismo) ü Dosagem de FSH/LH e PRL (SOP, hiperprolactinemia funcional, prolactinoma) ü Cromatina sexual e, sobretudo nos casos em que esta se apresente percentualmente baixa ou ausente (XO, XY ?), cariótipo (disgenesias, anomalias genéticas) ü Radiografia da sela túrcica – CAT ou ressonância magnética ü Ultra-sonografia de abdome total (suprarrenal) ü Dosagem de T (total e livre), 17 OH-P, S- DHEA (hiperfunção/tumor de ovário e suprarrenal ü Dosagem de TSH ultra-sensível e T4 livre (hiper/hipotireoidismo) TRATAMENTO Por ser amenorreia um sintoma, o tratamento deve ser voltado para a causa que lhe deu origem. Ø Tratamento clínico de doenças intercorrentes Ø Aconselhamento psicológico Ø Tratamento hormonal, incluído a indução da ovulação 71 MEDBOOK Ø Tratamento cirúrgico, para correção dos defeitos anatômicos Ø Eventualmente, na falência ou na contraindicação da terapia corretiva, deve-se indicar o tratamento de substituição para evitar os riscos de prolongada carência estrogênica REVISÃO DE AMENORREIA O que é amenorreia? É a ausência de menstruação em uma época da vida que deveria habitualmente ocorrer. Ela pode ser primária ou secundária: ü Primária: mulheres que nunca menstruaram ü Secundária: mulheres que já tiveram uma menstruação espontânea e depois pararam de menstruar. àAmenorreia fisiológica: a amenorreia da menina que nunca menstruou, da gravida, da lactante, da mulher na menopausa. à Amenorreia patológica: aqui entram as medicamentosas também, a principal delas é o anticoncepcional. ü Causas: Genética: principalmente por uma consequência da amenorreia primária. Endócrina: qualquer erro no eixo dará problema. Neurológica: Pode ser tanto genética como adquirida, ou tumores. Psíquica (meninas muito magrasànão tem colesterol para iniciar o processo); pseudo gravidez (pseudociese) Anatômica: está ligada principalmente as primarias, são as agenesias, tanto agenesia de migração (não desce dos ductos mullerianos, por isso não forma nem útero e nem vagina) ou por erro de fusão. è E nas amenorreias secundárias: Erro anatômico: as principais são as iatrogênicas, causadas por cirurgia ou infecção. • Amenorreia primária: quando aos 14 anos a menina não tem nenhum dos caracteres secundários (telarca, pubarca e nem distrubuição de pelos e gorduras) ou ausência de menstruação aos 16 anos, independente do desenvolvimento desses caracteres. OU ausência de menstruação aos 13 anos de idade quando não há características sexuais secundárias visíveis, ou aos 15 anos de idade na presença de características sexuais secundárias normais . Essas duas definições são valida . • Principais manifestações de estrogenização: estirão e telarca (essa é a mais significativa). Se não tem telarca, não tem estrogênio. Pubarca: adrenarca, 72 MEDBOOK AMENORREIA EXAME FÍSICO Sem caracteres sexuais Com caracteres sexuais secundários secundários USG Pélvico USG Pélvico Com útero Sem útero Com útero Sem útero FSH Cariótipo XY Seguir roteiro para Cariótipo (menino) amenorreia secundária Alto Baixo Cariótipo XX Cariótipo XY Causa gonodal Causa centralAgenesia milleriana Insensibilidade aos androgênios Cariótipo RNM de crânio Neovaginoplastia se necessário Gonadectomia Alterado Normal Tumor de SNC ou causa hipotalâmica após puberdade Gonadec Insuficiência Encaminhar para o especialista tomia Ovariana Reposição hormonal Comentários a respeito desse esquema (professora só pincela o assunto, pois já deu na aula anterior) ü Quando a paciente chega com queixa de amenorreia, nunca menstruou, tem 14 anos com todos os caracteres secundários: 1 passo: boa historia clinica é muito importante: como foi o nascimento? Historia familiar? Usa anticoncepcional? Qual? Fez procedimento ginecológico na cavidade uterina? Teve infecção? São umas das principais perguntas 73 MEDBOOK 2 passo: exame físico: tem caracteres secundários ou não? Faço exame ginecológico, se a vagina for fechada, teremos duas possibilidades: ela tem um septo ou ela não tem vagina, porque não teve descida dos ductos mullerianos, então ela tem uma agenesia, e já sei que a causa é canalicular . 3 passo: Independente dos caracteres, tendo vagina ou não, eu faço USG pélvica. - 16 anos, Sem útero, sem caracteres sexuais secundários: é sexo masculino, peço cariótipo - Sem caracteres sexuais secundários, mas TEM útero: peço FSH, se for alto pensar em causa gonadal, não tem produção estrogênica, também peço cariótipo, se for alterado, pode ter um mosaico, se for isso, terá que fazer a retirada da gonada, devido ao risco de malignização. - teste do GNRH: serve para saber se é a hipófise ou hipotálamo que está com problemas, so farei esse teste se for importante para diagnostico. Com caracteres sexuais secundárias e sem útero: também faço cariótipo, se for XX, ela terá agenesia mulleriana. Pode ter filho, mas não pode gerar. Se for XY: síndrome de insensibilidade androgênica, não tem receptor para androgênio nos tecidos alvos ( testículo, pênis e folículo piloso), então ela não terá pênis, nem pelos, essas mulheres terão mamas mas NÃO TERÃO PELOS, o testículo dessa paciente não desceu. (Síndrome Morris; testículo feminilizante ou síndrome de insensibilidade androgênica) deve-se fazer a retirada de testículo. Não pode ter filho de jeito nenhum. Hiperplasia adrenal congênita: deficiência de 17-alfa-hidroxilase não terá estrógenos e nem androgênios, terá hiperaldosteronismo. Amenorreia secundária: Ausência de menstruação por período equivalente a 3 ciclos consecutivos ou atraso menstrual de 60 dias, em mulheres que já tiveram anteriormente, pelo menos um ciclo espontâneo. ü Primeira coisa a se fazer: BHCG ü Se não estiver gravida: investigar! Toma anticoncepcional? Ciclo regular? procedimentos ginecológicos? Esta tomando alguma medicação? Qual? Teve algum trauma? Cirurgia? Histórico familiar? ü Exame físico: ginecológico Obsrevação: quando pensar em eixo: sempre de cima para baixo. Quando for investigar: de baixo para cima. ü Faço o teste da progesterona. ü Peço o TSH e a prolactina, assim ganho tempo. (Veremos tudo isso melhor na aula de anovulação). ü Posso pedir também o FSH - para ver se a causa é ovariana. ü Investigo hipófise. 74 MEDBOOK TESTE DA PROGESTERONA: Dou acetato de medroxiprogesterona de 5 a 7 dias (10mg) e suspende, espero por mais 10 dias ela menstruar. Se ela menstruar o teste é positivo. • Então, duas coisas podem acontecer: 1. Se for positivo - significa que ela não está ovulando, mas TEM ESTRÓGENO. 2. Se for negativo - significa que ela não tem progesterona e NEM ESTRÓGENO, endométrio não proliferou. Nesse caso, então, vamos dar estrógeno + progesterona por uns 15 dias. Vamos ver se assim o endométrio vai proliferar. 1. TESTE NEGATIVO – não menstruou - problema está no endométrio - causa canalicular. Ocorreu alguma lesão: curetagem, infecção. Confirmar diagnóstico: ultrassom, histerografia, histeroscopia, vejo se tem sinequia (definição: aderência por meio de tecido fibroso patológico de dois tecidos ou partes de um órgão normalmente separadas), e penso na melhor conduta. OBSERVAÇÃO: Se no local não tiver ultrassom, não tiver nada, avaliamos a história da paciente, fazemos o exame especular e vejo se tem sinequia, aproveito e ainda insiro um DIU nela. Obs. O tratamento é o mesmo em qualquer situação. TEM SINEQUIA -> eu já corto, e para não colabar novamente, dou estrógeno. Outra coisa que posso fazer, É colocar o DIU, garanto que não vai colabar novamente. E NÃO pode ser de progesterona, pois vai atrofiar o endométrio. 2. TESTE POSITIVO - significa que a cavidade uterina está integra. O problema está acima do útero e da vagina. Vamos investigar ovário ou hipotálamo. ü Pedimos FSH e LH. ü TSH e prolactina já pedimos 1. FSH elevado - quem não está funcionando é o ovário - hipogonadismo hipergonadotrofico. Problema está na gônada. (Falência ovariana precoce, radioterapia, doença autoimune ou genética, etc) Tratamento: estrógeno e progesterona. OBS.: Em quais circunstâncias faço exérese? Cariótipo XY ou mosaico. 2. FSH baixo - hipogonadismo hipogonaditrofico. O problema está na hipófise ou no hipotálamo. ü Peço ressonância para ver se tem um tumor de hipófise ou hipotálamo. ü Se não tiver nada, peço teste de GnRh. è Toda vez que faço estrógeno e progesterona na mulher, estou simulando um ciclo. Como é o ciclo? Hipotálamo produz GnRh em pulsos. Hipófise produz FSH e LH. Ovário produz estrógeno e progesterona. Progesterona + estrógeno + inibina (inibidora do eixo). Na primeira fase do ciclo há o recrutamento, tenho estrógeno e inibina, só na segunda entra a progesterona. Então toda vez que quero simular o ciclo da mulher, dou estrógeno e depois de 14 dias associo progesterona por mais uns 7/10 dias, mantendo o estrógeno. Quando eu cessar o hormônio, ela vai menstruar - este é um ciclo artificial. Se eu quiser fazer por mais dias, ou por menos dias, eu posso, o importante é que eu inicie a progesterona depois do estrógeno por pelo menos uns 6 dias. Se eu não der progesterona, ela vai sangrar também, mas porque uma hora o endométrio vai desabar, não é isso que queremos, queremos simular um ciclo. è No útero a primeira fase é PROLIFERATIVA. Segunda fase SECRETORA. FSH à recrutamento de folículo, folículo produz muito estrógeno, age no endométrio vai proliferar muito -: ovulou, tem corpo lúteo, tenho LH. Agora tenho uma onda de progesterona que vai fazer o endométrio secretar muito. Até que vai desabar. CAUSAS HIPOFISÁRIA ü Hipogonadismo Hipogonadotrófico Quais são as causas hipofisárias? Tenho que fazer exame de imagem. ü Hiperprolactinemia; hipotireoidismo; Sd. Sheehan e adenomas hipofisários 75 MEDBOOK Síndrome de Sheehan já falei o que é hemorragia súbita no pós parto por necrose da hipófise, gerando pan- hipopituitarismo. Ou seja, não são só os hormônios gonadotróficos, mas também as tireotrofinas e todas as trofinas. A Síndrome de Sheehan tem que dar todos os hormônios para melhorar a paciente, pois é um pan-hipopituitarismo. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico; Temos que repor todos os hormônios. CAUSAS HIPOTALÂMICAS ü Anorexia nervosa; tem que ter pelo menos 17% da composição corporal de massa gorda para desenvolver a esteroidogênese. ü Estresse ü Desnutrição ü Exercício físico ü Pseudociese, gravidez falsa. ü FSH-LH baixos ü Responde ao teste de GnRH exógeno. INVESTIGAÇÃO DIAGNOSTICA ü Anamnese àVALORIZAR NA AMENORREIA PRIMÁRIA: ü Queixade dor progressiva, cíclica, no baixo ventre, após aparecimento dos caracteres secundários, sem menstruação ü Desenvolvimento das mamas e dos caracteres sexuais secundários; desenvolvimento e a cronologia. Uma garota com pubarca e sem telarca, de onde está vindo essa pubarca? Da suprarrenal, estrogênio ela não tem do ovário. Com telarca e sem pubarca, (Depois da telarca, seis meses após, aparece a pubarca); ela tem insensibilidade aos receptores androgênicos. ü Massas nas regiões inguinais; desenvolvimento pondero-estatural; Mãe refere “hérnia inguinal” na meninas, você pode pensar em testículos. ü Antecedentes de traumas, cirurgias, radioterapia, quimioterapia ü Condições do nascimento e do crescimento; se teve hipóxia; ü Distúrbios nutricionais e alimentares ü Estado psicológico, emocional e vivencial ü História familiar, ocorrência de outros casos e suas evoluções ü Sinais de hiperandrogenismo ü Retardo ou anormalidade no crescimento corporal àVALORIZAR NA AMENORREIA SECUNDÁRIA: A mulher já menstruou, não pergunto se já teve telarca, pubarca... 76 MEDBOOK ü História menstrual ü Uso anterior de drogas e/ou medicamentos (hormônios, psicotrópicos, anabolizantes) ü Radioterapia, quimioterapia ü Exercício físico excessivo ü Situação emocional, conjugal, familiar social (separação, desemprego, instabilidade financeira) ü Abortamento e procedimentos anticonceptivos com manipulação intrauterina ü Hemorragia intraparto, amamentação ou não ü Operações e procedimentos ginecológicos prévios (cauterizações, curetagens, histeroscopias, miomectomias, complicações) ü Descarga papilar láctea ou serosa, uni ou bilateral, espontânea ou à expressão ü Sinais de hiperandrogenismo (pele oleosa, acne, hirsutismo) ü Sinais de falência ovariana (fogachos, distúrbios menstruais, dispareunia, e sintomas neuropsíquicos) ü Fadifa, febre, queda de estado geral, calafrios noturnos, associados a contato com portadores de doenças orgânicas importantes, como tuberculose EXAME FÍSICO ü Anomalias dos genitais e presença de nódulos nas regiões ínguino-crurais ü Observar os caracteres sexuais secundários e a presença ou não de pelos axilares e pubianos ü Avaliar cronologia do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários ü Presença de estigmas nas suspeitas disgenesias gonadais àNa amenorreia primária: ü Peso, estatura, envergadura ü Estigmas de Turner (disgenesias gonadais) ü Massas inguinais (testículos?) ü Genitália externa e interna ü Discrepância entre idade cronológica e desenvolvimento corporal (infantilismo) àNa amenorreia secundária: ü Estado nutricional e ponderal. Avaliação de índice de massa corpórea; obesidade é uma causa importante de anovulação. ü Hirsutismo, acne, estrias, acantose suprarrenais ü Galactorreia (iatrogenia, hiperprolactinemia funcional ou adenoma hipofisário) ü Genitália externa e interna (anomalias, iatrogenias) EXAMES COMPLEMENTARES è DEVEM SER SELETIVAMENTE INDICADOS: Temos que pedir duas coisas essenciais, idade óssea e dosagem de LH (Uma coisa que LH serve); ü Radiografia de punho (idade óssea, índice de Pyle) ü Colpocitologia (Índice de Frost) ü Glicemia (diabetes mellitus, SOP, hipertecose ovariana) ü Ultrassonografia pélvica (útero e ovários) ü Dosagem de FSH e E2 (hipopituitarismo, hipogonadismo) ü Dosagem de FSH/LH e PRL (SOP, hiperprolactinemia funcional, prolactinoma) ü Cromatina sexual e, sobretudo nos casos em que esta se apresente percentualmente baixa ou ausente (XO, XY ?), cariótipo (disgenesias, anomalias genéticas) ü Radiografia da sela túrcica – CAT ou ressonância magnética ü Ultra-sonografia de abdome total (suprarrenal) 77 MEDBOOK ü Dosagem de Testosterona (total e livre), 17 OH-P, S- DHEA (hiperfunção/tumor de ovário e suprarrenal) ü Dosagem de TSH ultra-sensível e T4 livre (hiper/hipotireoidismo); Tanto hipertireoidismo como hipotireoidismo pode dar amenorreia. ; sendo que mais comum é o hipotireoidismo. TRATAMENTO Por ser amenorreia um sintoma, o tratamento deve ser voltado para a causa que lhe deu origem. Ø Tratamento clínico de doenças intercorrentes Ø Aconselhamento psicológico Ø Tratamento hormonal, incluído a indução da ovulação; Ø Tratamento cirúrgico, para correção dos defeitos anatômicos; Ø Eventualmente, na falência ou na contraindicação da terapia corretiva, deve-se indicar o tratamento de substituição para evitar os riscos de prolongada carência estrogênica. 78 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JULIA. AUTORA: JULIA Slide/Áudio. MAR 2017 ANOVULAÇÃO CRÔNICA CONCEITO ü Definida como a ausência habitual da postura ovular; Tem FSH normal, ela recruta normalmente os folículos, produz estrogênio, mas não sai. Se não cai esse folículo na cavidade, não forma corpo lúteo, se não tem corpo lúteo não tem progesterona, só tem estrógeno. ü Só se considera, quando há persistência do fenômeno. • Ausência da menstruação por três ciclos, pelo menos 2 ciclos. • Atraso de 60 dias Se a mulher não menstrua, ela não ovulou. Uma pessoa que nunca ovula, pode sangrar. Será uma menstruação abundante, intensa, pois era um endométrio que estava muito espesso/proliferado. Paciente relata que fica 1-2 meses sem menstruar e depois diz que usa 20 absorventes por dia, por exemplo. CLASSIFICAÇÃO ü Anovulação fisiológica: • Ocorre nas pré-menarca, pós-menopausa, gravidez, amamentação e nos períodos pós-parto e pós-aborto. ü Anovulação patológica: • Pode decorrer de alterações funcionais ou orgânicas do eixo neuroendócrino conforme sua etiologia. No pós- aborto ela tem que se protegida, fazer uso de anticoncepcional imediatamente, pois dentro de 3 semanas ela vai ovular. Amenorreia secundária é uma perturbação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário; REVISANDO: o hipotálamo produz pulsos de GnRH, a hipófise LH e FSH, os ovários estrógeno, progesterona e inibina e o útero tem endométrio proliferativo, descamativo e secretor. Ele precisa ter sincronia funcional para você ter ovulação e menstruação normais. Quando eu digo que a perturbação é no setor superior, é uma deficiência alta, eu posso ter: 79 MEDBOOK ü Disfunção cortical; ü Disfunção límbica; ü Anorexia nervosa; ü Amenorreia psicogênica; ü Trauma craniano; ü Exercícios físicos intensos; ü Tumores; Por que essas mulheres não menstruam? Por que elas não ovulam, pois os pulsos de GnRH estão perturbados. Ela não produz LH/FSH adequadamente. Pois neste caso os pulsos de GnRH não estão sendo produzidos ou eles existem, mas não estão sincrônicos. Na hipófise quais causam poderiam acontecer para não produzir LH/FSH adequadamente? ü Hiperprolactinemia; ü Pan-hipopituitarismo; ü Hipopituitarismo isolado; ü Amenorreia pós-pilula, o anticoncepcional anovulatório, interfere na ovulação, somente ele irá levar à amenorreia. ü Tumores; OBSERVAÇÃO: O que eu preciso ter para ter ovulação? Pico de estrogênio e depois pico de LH. Se eu quiser inibir a ovulação de uma mulher tem que inibir o pico de LH, para isso eu corto o estrogênio. Única fase do ciclo que tem feedback positivo, pois aumenta estrógeno aumenta LH. Quando o estrógeno inibe o FSH, nesse momento o FSH cai e o LH sobe. Adianta eu dar progesterona? Não, pois quem regula o ciclo hormonal é o estrógeno. Para inibir o pico de LH eu dou estrógeno, com isso eu não tenho pico de estrógeno eu não tenho LH. A causa também pode ser ovariana: ü Síndrome dos ovários policísticos; ü Disgenesia gonádicas; ü Insuficiência ovariana precoce; ü Síndrome do ovário resistente; ü Hipertecose; ü Tumores; Paracomeçar o processo não tem que começar pela célula da TECA? Para produzir testosterona e os androgênios. Se eu tenho hipertecose eu não consigo iniciar o processo. Ou se eu tenho uma hiperprodução na TECA por algum motivo, a paciente terá hipertecose, produzindo testosterona além do normal. 80 MEDBOOK Ø FATOR ETIOLÓGICO ü Doenças crônicas ü Disfunção tireoidiana ü Disfunção supra-renal ü Tumores adrenais ü OBESIDADE ü Desnutrição ü Iatrogenia àDo mesmo o hipo e o hipertireoidismo perturbam o processo ovulatório, pois todos os dois tem feedback para a hipófise e hipotálamo. Sendo o hipotireoidismo mais comum. Da mesma forma na desnutrição e obesidade, pois na desnutrição falta colesterol e na obesidade sobra estrógeno, já que tem muito estrógeno na periferia; causando perturbação do eixo, pois inibe o FSH. Obesidade é uma causa importante de anovulia, consequentemente de infertilidade. Insuficiência ovariana precoce ü A redução do conteúdo folicular explica a inapropriada resposta gonadal ao estímulo gonadotrópico. Sindrome Savage ou do Ovário resistente ü Existe incompatibilidade ou ausência de resposta dos receptores gonadotrópicos, eventualmente de natureza auto-imune. Sindrome de Savage, quase não se usa mais esse termo, mas ele é a ausência de receptores de FSH no ovário. Se ele não tem receptor para FSH não vai se completar a esteroidogênese e não terá ovulação. Disgenesias gonadais ü Hipergonadotrópicas e hipoestrogenicas, na presença de ovários em fita, desprovidos de folículos, intensos a quaisquer estímulos; ü Cursam geralmente com amenorreia primária Doenças crônicas ü Insuficiência renal e hepática; • Metabolismo dos esteroides está prejudicado, acarretando alteração do perfil endócrino; ü Diabetes decorrente da resistência insulínica: • A diminuição na excreção dos esteroides, bem como o quadro tóxico determinado pelo catabolismo anômalo, produzem o desequilíbrio no eixo neuroendócrino SISTÊMICO 81 MEDBOOK Paciente que tem resistência insulínica precisa ter sempre IMC abaixo de 23 e tem que fazer atividade física todos os dias. Amenorreia com sinais de hiperandrogenismo associada à síndrome de resistência á insulina do tipo II; ü É explicada pela estimulação da teca ovariana, pelas altas taxas circulantes desse hormônio, com elevação dos hormônios tipo masculino. • Sinal característico: hiperpigmentação cutâneo. Paciente tem ciclo, tá menstruando, tá ovulando, mas você olha no seu pescoço e tem acantose nigrans, pode ter ovário policístico. Síndrome de Cushing ü Elevam-se concentrações de corticoides e de andrógenos, favorecendo inclusive, o aumento da conversão periférica de estrógenos; Hiperplasias Supra-renais ü Deficiência de enzimas provoca o bloqueio, em diferentes passos, da cadeia de esteroidogêneses na supra-renal, sempre acompanhado da redução na produção de cortisol. Pois tem muito andrógeno circulante. Hiper ou hipotireoidismo ü Pode haver elevação da prolactina ü Altera-se o metabolismo periférico dos estrógenos ü Modifica-se a responsividade dos órgãos alvo aos estrógenos circulantes ü Ocorrem distúrbios na captação e no transporte desses esteroides O hormônio que estimula a produção de prolactina é o TSH, se eu tenho hipotireoidismo eu tenho muito TSH, estou compensando, ele tanto vai estimular a tireoide, quanto a produção de prolactina, perturbando o eixo e levando a anovulação. Obesidade ü Existe maior conversão periférica de andrógenos em estrógenos, interferindo na produção regular das gonadotrofinas. Trato a causa, nesse caso. A mulher tem anovulação crônica, se eu tratar a causa ela vai ovular, qual a primeira pergunta que eu devo fazer à ela? Se ela quer engravidar. Por que se ela quer engravidar a conduta é uma e se não quer é outra. Se ela não quer engravidar eu trato a causa e entro com anticoncepção. Se ela quer engravidar, tratei a causa e não ovulou, eu entro com um indutor da ovulação. 82 MEDBOOK Desnutrição ü Casos graves comportam-se como as pacientes com anorexia nervosa Conduta ü Mulher jovem, que não deseja momentaneamente engravidar com amenorreia hiperestrogenica ou com sangramentos irregulares: • Realizar interrupção da estimulação estrogênica persistente sobre o endométrio, com progesterona (risco de hiperplasia e alterações atípicas do endométrio) • Acetato de Medrociprogesterona (MPA) = 5 a 1-mg durante os 12 a 14 primeiros dias de cada mês • Manter até não ocorrer mais sangramento e obter taxas estrogênicas baixas. Conduta ü Se a mulher não deseja engravidar: • Adoção dos contraceptivos orais de baixas doses • Pílulas compostas por progestínicos, que não interferem no perfil lipídico (desogestrel, gestodeno) até os 45 anos e uso de métodos de barreira ou DIU após, até a cessação da função ovariana. Conduta ü Hiperprolactinemia tanto funcional quanto tumoral ü Tratamento clínico: • Bromocriptina 2.5 a 40mg/dia fracionadas em 2 a 3 doses V.O caso Sx adversa: V.V • Cabergolina 0.5mg a 2mg por semana A gente usa mais cabergolina, pois a Bromocriptina dá muito efeito colateral. ü Tratamento cirúrgico: • Microprolactinomas recidivantes em mulheres jovens que desejem conceber e com intolerância ao tratamento clínico; Complicações ü Se relegadas a própria sorte, as portadoras de anovulação podem desenvolver: • Lesões malignas das mamas • Lesões malignas do endométrio • Sequelas de hipoestrogenismo • Sequelas de Osteoporose 83 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. PRODUTORA: JULIA Slide/Áudio. MAR 2017 SÍNDROMES ANOVULATÓRIAS è Três principais Síndromes Anovulatórias mais comuns: Síndrome dos ovários policísticos (SOP), Hiperprolactinemia e Hipotireoidismo RELEMBRANDO • Pulso de GnRH à FSH / LHà ESTRÓGENO /PROGESTERONA / INIBINA • Endométrio: Proliferativoà Secretorà Descamativo • Muco cervicalà filante e espesso • No início do cicloà FSH aumenta primeiro • Pico de estrógeno à pico de LH • Pico de LH promove a OVULAÇÃO INTERAÇÃO HIPOTÁLAMO – HIPOFISÁRIA 84 MEDBOOK è IMPORTANTE: Hormônios liberados pelo hipotálamo vão agir hipófise estimulando a hipófise a produzir o seu hormônio • Hormônios liberados pelo hipotálamo: GnRH, GHRH, TRH, VIP/PHI-27, CRH/ ADH • Hormônios liberados pela hipófise: FSH/ LH, GH, TSH, PROLACTINA, ACTH • Hormônios hipotalâmicos inibidores: somatostatina, dopamina VIPà Peptídeo Intestinal Vasoativo PHI à Peptídeo Histidina Isoleucina • Hiperprolactinemia e o hipotireoidismoà anovulia Observação: o hipertireoidismo também altera a função ovulatória mas não na mesma medida que o hipotireoidismo • Por que o Hipotireoidismo interfere no hormônio prolactina? Se tiver hipotireoidismo pode ter aumento de TSH. Se tiver aumento de TRH tenho o aumento da prolactina • Dopamina (FIP= Fator Inibidor de Prolactina, antigamente) age diretamente na prolactinaà inibindo • Lactação inibe a dopamina • Drogas que dão depressão de dopamina também dão hiperprolactimenia • REDUZ a dopamina AUMENTA a prolactina • Qualquer droga que consome dopamina vai aumentar a produção de prolactina porque a dopamina é responsável por inibir a prolactina • Dopamina é produzida no hipotálamoà Hormônio hipotalâmico • Hipófise produz prolactina à São três Síndromes Anovulatórias importantes: o Síndrome dos ovários policísticos o Hiperprolactinemia o Hipotireoidismo OBSERVAÇÃO: Só vamos estudar Síndrome dos Ovários Policísticos e Hiperprolactinemia • A anovulação constituium problema muito comum, que se apresenta em uma variedade de manifestações clínicas, incluindo amenorreia, sangramento uterino disfuncional e hirsutismo. (SPEROFF, 2015) 85 MEDBOOK SÃO CAUSAS MAIS COMUNS DE ANOVULAÇÃO: • Síndrome do ovário policísticoà mais comum em prevalência (O ovário não tem culpa nenhuma ele é APENAS o resultado de todo o processo que é mais geral do corpo) • Hiperprolactinemia (Segunda mais comum em prevalência) • Falência ovariana precoce (Pode ser por quimioterapia, radioterapia mas também pode ser autoimune ou idiopática) • Hiperplasia supra-renal congênita ( não clássica porque a clássica tem uma amenorreia primária e deve ser diagnosticada bem mais cedo mas a hiperplasia supra-renal congênita não clássica pode ocorrer após a puberdade) • Hiperandrogenismo isolado (deficiência de 17-ALFA-HIDROXILASE) • Síndrome de Cushing SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS • A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio no eixo neuro-endócrino-reprodutor associado a alteração morfológica ovariana e à produção androgênica elevada. FEBRASGO, 2015 • Um ovário que tem muitos cistos não quer dizer que seja uma Síndrome dos Ovários Policísticos • TODA adolescente tem ovário com múltiplos cistos. Isso não significa que tenha Síndrome do Ovário Policístico EPIDEMIOLOGIA • Prevalência entre 6 a 8% da população feminina durante o período reprodutivo. • 80% dos casos de hiperandrogenismo • 30-40% das pacientes com infertilidade • 90% das pacientes com ciclos irregulares ESTEROIDOGÊNESE • • • • • • • • • 8 LH FSH 86 MEDBOOK • Reação vai começar com o colesterol e terminar em androstenediona e testosteronaà na TECA • Célula da granulosaà formando androstenediona e testosterona e pela ação da aromatase vai se transformar em ESTRADIOL e ESTRADIOL àTeoria das duas células e das duas gonadotrofinas A camada da granulosa começa a crescer pelo aumento de estrogênio, com isso o FSH vai diminuindo e os folículos começam a produzir mais receptores de FSH, o folículo que produzir mais receptores terá ação do FSH e começa a se desenvolver, e vai ficando independente e lança na corrente sanguínea o hormônio inibina que vai inibir o FSH, impedindo que os outros folículos se desenvolva e os níveis de FSH diminuem, os outros folículos são obrigados a liberar seus androgênios na circulação pois não conseguem aromatisar. Após o pico do LH ocorre ovulação, após essa fase ocorre a liberação da progesterona. Se não engravidar o corpo lúteo se suicida, ocorre a menstruação e inicia um novo ciclo ETIOPATOGENIA • Síndrome do ovário policísticoà começa com o aumento da insulina (resistência à insulina) • O ovário só é o reflexo • Hoje não se opera ovário policístico porque o problema não é nos ovários • Tudo começa com a resistência a insulinaà algumas pessoas tem resistência a insulina • O hiperinsulinismo faz a pessoa engordar • A insulina age diretamente na hipófiseà aumentando o LH e praticamente não interfere no FSH • A insulina aumenta a produção de LH • A insulina também tem ação ovarianaà no ovário aumenta a produção dos androgêniosà faz isso na célula da TECAà a insulina age na célula da TECA • Androgênio circulanteà vai para periferia (restante) • Na periferia tenho células adiposas que vai tentar aromatizar o andrógeno e o que sobrar vai para o folículo piloso • Folículo piloso é outro alvo dos androgênios à quem não tem receptor para androgênio não tem pelos • No pêlo vai se transformar em diidrotestosterona à dentro do folículo e então esse pêlo engrossa, cresce 9 87 MEDBOOK • Os androgênios vão primariamente para os ováriosà porque querem ser transformados em estrógenos à o ovário não da conta só da conta daquilo que ele mesmo produziu e então o que vai ficar circulante vai aromatizar para formar estrógeno na célula adiposaà no folículo piloso se transforma em diiidrotestosterona e o pêlo engrossa, aumentaà primeira manifestação hirsutismo, acne • Androgênioà forma final estrógeno ou diidrotestosterona • Estimula a liberação de LH e diminui a de FSH • Aumenta a atividade da aromatase periférica e diminui a atividade da aromatase no ovário • A insulina diminui a produção hepática de SHBG • Com aumento da insulina ocorre aumento da IGF1 (proteína carreadora de insulina) que inibe o FSH. O IGF1 vai no ovário agir nos receptores do LH, isso independente, sem comando do FSH. Encontra os folículos ativando a produção do androgênio e testosterona e não vão ser aromatizado e vão para a circulação e o folículo não vai desenvolver por não produzir estrógeno. Os andrógenos aumentados inibe a produção de S-HBG e IGF1PB que é a proteína que segura o IGF1. O IGF1 fica livre atacando o ovário. O ovário vai recebendo estímulos constantes de LH e alguns folículos não vão conseguir se soltar, ou seja, não vai conseguir amadurecer, formando cistos e não conseguem sair do ovário, ficando o ovário cheio de cistos: SOP • Resistência à insulina dá ovário policístico • Resistência à insulinaà obesidade, uso de corticoide, expressão genética • Aumenta a produção de estrona ou estradiolà Freedback negativo com a hipófiseà FSH diminuià recrutamento inadequadoà porque não tenho LH suficiente para produzir o dominanteà não tenho pico de estrógeno também não terei pico de LH e não vai ter ovulaçãoà tem-se anovulia • Os androgênios também agem no fígado, a insulina também vai agir no fígado • O fígado produz proteína carreadoraà S-HBG • S-HBG é a proteína que transporta os hormônios pelo corpo fazendo com que atuam em lugares específicos • Logo os androgênios e a insulina diminuem a produção do S-HBGàconsequência os hormônios ficam todos soltos circulandoàLIVRES • Reduz S-HBGà aumenta a quantidade de estrógeno e andrógeno circulante livre/soltoà mais andrógeno circulante para o folículo piloso e o estrógeno fazendo freedback negativo com a hipófise CRITÉRIO DE DIAGNÓSTICO DE ROTTERDAM. 2003 1- Anovulação crônica (espaniomenorreia (quando a menstruação atrasa 40, 50 dias) e/ou amenorreia ( quando passa de 60 dias)) 2- Sinais clínicos e ⁄ ou bioquímicos de hiperandrogenismoà se tenho sinal clínico não preciso pedir exames porque estou vendo o hiperandrogenismoà agora pode querer saber se esse androgênio está vindo da suprarrenal ou nãoà Se estiver vindo todo da suprarrenal posso ter uma hiperplasia drenal congênita não clássica ü Para saber se a testosterona é da suprarrenal medir S-DHEà se estiver alto está sendo produzido na suprarrenal , o ovário também produz mas em pequenas quantidades ü Esse exame vai dizer se esse hiperandrogenismo é da suprarrenal ou do ovário 3- Ovários policísticos por exames de imagem Ultrassonografia: 12 ou mais folículos medindo 2-9 mm de diâmetro e ⁄ ou Volume ovariano > 10 cm³ 88 MEDBOOK Muitos cistosà devido ao recrutamento inadequado è Esses são os três critérios para diagnóstico de SOP e dois desses critérios dão o diagnóstico de SOP è Precisa excluir outras causas de anovulia: pedir TSH e prolactina MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Irregularidade menstrual à Amenorreia àOligomenorreia • Infertilidade • Hirsutismo • Acne • Obesidade • Acantose nigricans (manifestação clínica do hiperinsulinismo) è As principais manifestações clínicas: hirsutismo, acne e acantose nigricans • Acne e hirsutismo sinal clínico de hiperandrogenismo ESCALA DE FERRIMANN-GALLWEY • Usado para o hirsutismo à Até8=hirsutismo leve à De 09 a 18= hirsutismo moderado à acima de 19= hirsutismo severo INVESTIGAÇÃO SUBSIDIÁRIA • Laboratorial: ü Testosterona total e livre (especialmente a livre que vai dar toda a manifestação clínica) ü FSH e LH (quando suspeitar de falência ovariana precoce) ü Glicemia de jejum ü TSH e T4 livre ü Prolactina ü Homeostatic model assessment (HOMA) Vou pedir TSH e prolactinaà Não vou pedir todos esses exames, primeiro tem que analisar o caso 89 MEDBOOK • HOMA: teste que mede a resistência à insulina (teste caro, demorado e coloquei pra saber que existe)à porque a manifestação clínica esta na “minha cara” pra quê pedir um HOMA. Peço logo glicemia • S-DHEA para saber se a testosterona é da suprarrenal DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL OBSERVAÇÃO: Se for tumor ovariano o DHEA vai estar alto, se for tumor de adrenal o S-DHEA que vai estar alto • Principal diagnóstico diferencial; hipotireoidismo e hiperprolactinemia ABORDAGEM TERAPÊUTICA • Paciente obesa à controle nutricional e exercícios físicos è Controle da irregularidade menstrualà primeiro momento controlar o ciclo: anticoncepcional combinado (progesterona de escolha: acetato de ciproterona, drospirenona porque tenho que escolher uma progesterona que tenha ação antiandrogênica já que a paciente tem sinais de androgenismo) . Observação: dou anticoncepcional quando a paciente não quê engravidar 90 MEDBOOK ü Se a paciente quê engravidar vou dar só a progesterona: VO 10-14 DIASà protege o endométrio e corrige a irregularidade menstrual è Controlar o hirsutismo: Ciproterona, drospirenona, espiranolactona, funasterida è Anovulia: indutor da ovulação (mais comum citrato de clomifenoà conto cinco dias do dia que ela menstruou e dou cinco dias e espero) análogod de GnRH, letrozol è Resistência à insulina: metformina IMPORTANTE: Já fiz o meu diagnóstico agora vou fazer a abordagem terapêutica ü Perguntar se a paciente quê engravidar: • Não deseja gestar: àAnticoncepcional àCiproterona àDrospirenona • Deseja engravidar: TRATAR àDou progesterona (10-14 dias) àObesidade (se a mulher emagrecer 10% do seu peso ela vai ovular espontaneamente) àResistência à insulina àIndutores de ovulação OBSERVAÇÃO: Se a paciente estiver usando metformina e ela engravidar tem que suspender o uso da metformina ü Se engravidou continuo dando progesterona até 12 semanas porque o corpo lúteo pode ser ineficiente CONCLUSÃO: Paciente não quê engravidarà Anticoncepcional Oral Combinado com acetato de ciproterona ou drospirenona). Se deseja gestarà vou tratar a obesidade, resistência à insulina e vou dar o indutor da ovulação HIPERPROLACTINEMIA • Prolactina (PRL) é um hormônio sintetizado e secretado por lactotrófos, células da hipófise anterior ou adeno-hipófise, com a principal função de estimular a lactação. (FEBRASGO, 2015) CAUSAS DE HIPERPROLACTINEMIA è Fisiológicas ü Gravidez ü Lactação ü Sono ü Atividade física ü Relação sexual ü Pós-prandial àNão Fisiológica: ü Farmacológica ü Doenças endócrinas ü Tumores hipofisários ü Lesões hipotalâmicas ü Insuficiência renal crônica ü Tumores não produtores de PRL ü Lesões da parede torácica 91 MEDBOOK HIPERPROLACTINEMIA SECUNDÁRIA A FÁRMACOS Antagonistas dopaminérgicos: ü Antipisicóticos/neurolépiticos: Fenotiazinas (clorpromazina), butirofenonas (haloperidol), antipsicóticos atípicos. ü Antidepressivos: triciclicos e tetracíclicos, inibidores da MAO, inibidores da recaptação de serotonina, outros. ü Benzamidas: metoclopramida, sulpiride, veralipride. Depleção de dopamina: ü Ação cardiovascular: Alfa-metildopa, Reserpina, Verapamil Outros mecanismos ü Estrogênios, Opiáceos, Cocaína CAUSAS PATOLÓGICAS • Tumores hipofisários: ü Microprolactinomas ü Macroprolactinomas • Tumores hipotalâmicos: ü Craniofaringioma ü Meningeoma • Doença endócrino-metabólica: ü Hipotireoidismo ü Hiperplasia adrenal ü Tumores não secretores ü Insufuciência renal • Lesões da parede torácica: ü Herpes zoster ü Dermatite atópica ü Queimadura INCIDÊNCIA (FEBRASGO, 2015) • 15 a 20% das mulheres com amenorreia • um terço das mulheres com galactorreia e infertilidade • 75% com galactorreia e amenorreia • O prolactinoma: 40% de todos os tumores hipofisários. 92 MEDBOOK QUADRO CLÍNICO è Sinais e sintomas precoces: - Galactorréia: 80% - Irregularidade do ciclo menstrual - Infertilidade è Sinais e sintomas tardios: - Hipotrofia genital - Vaginite atrófica - Diminuição da libido - Osteoporose - Cefaléia e alteração visual (Porque se o prolactinoma for grande comprime o quiasma óptico) Então, o aumento da PROLACTINA vai levar à ANOVULIA: ü Induz estado hipogonadotrópico (na hiperprolactinemia vai dá mais alteração de médio prazo e tardia) ü Reduz o número de células da granulosa e a ligação ao FSH ü Luteinização inadequada ü Redução da secreção lútea de progesterona DIAGNÓSTICO • Dosagem de prolactina • TSH e T4 livre • FSH (Dá noção do plantel folicular) se tiver alto o FSH o meu plantel folicular está reduzido, se estiver normal o FSH o meu plantel folicular está bom • RM ou TC (saber o tamanho do prolactinoma ou qualquer outro tumor compressivo) • Exame de campo visual 93 MEDBOOK • Paciente chega com irregularidade menstrual, galactorreia, infertilidade principalmente queixa neurológica alteração em especial do campo visualà pensar em hiperprolactinemia • Então vai dosar a PROLACTINA ü Prolactina normal ü Prolactina alterada è Prolactina normal então não tem hiperprolactinemia, logo investigar outras causas è Prolactina alta: continuar a investigação ü Dosar o TSH e investigar uso de drogas que aumenta a prolactina ü Paciente esta usando um daqueles fármacos (que estimula a prolactina ou que inibe a dopamina)à Troca/retirada da medicação ü Não usa droga nenhuma, então vou dosar o TSHà TSH ALTO: investigação para o hipotireoidismo. TSH NORMALà Fazer uma ressonância ou uma tomografia (porque estou procurando tumor) è Ressonância e tomografia normais então pode ter uma hiperprolactinemia idiopática, tumor adenohipófise < 1 cm ( microadenoma), tumor adenohipófise ≥ 1 cm ( macroadenoma) à INICIAR TRATAMENTO TRATAMENTO • Posso tratar com bromocriptina ou cabergolina • Bromocriptina: 2,5mg 2 x ao dia ou 5mg DU Deve-se iniciar o tratamento com doses baixas, aumentando lentamente a dose diária até controle da prolactina. • Cabergolina: 0,5mg 1 x por semana. Tem potente e prolongada atividade na redução da prolactina. Atualmente é a droga de eleição nos estados hiperprolactinêmicos em mulheres não desejosas de gestação ü A Cabergolina é a droga de escolha porque os efeitos colaterais são menores e porque pode usar na gravidez 94 MEDBOOK CONTROLE DO TRATAMENTO • Dosar prolactina a cada 4-6 semanas: ü Prolactina está normalà manter a dose ü Prolactina altaà aumentar a dose da medicação e dosar novamente a prolactina com 4-6 semanas até que a prolactina esteja normal • Hiperprolactinemia idiopáticaà controlar a prolactina a cada 4-6 meses, manter o tratamento por 2anos e fazer a retirada gradativa da medicação. Se a prolactina voltar a subir aumenta a dose da medicação • Microadenona < 1 cm: controlar a prolactina a cada 4-6 meses, fazer uma ressonância pra vê se o tumorcresceu , manter a medicação por 2 anos e retirar gradativamente • Macroadenoma ≥1 cm : controle da prolactina a cada 4-6 meses, ressonância em um ano e ai vai acompanhando se reduziu se não reduziu à analisar se encaminha essa paciente para a cirurgia 95 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: MAIORQUIN GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slide/Áudio. MAR 2017 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (Más Formações Genitais) • Começa quando o óvulo encontra o espermatozoide (Obs. A fecundação não ocorre diretamente dentro do útero, ela ocorre no terço distal da tuba uterina e depois migra num processo de nidação até dentro do útero: fixou no útero acabou a nidação começa reprodução celular de FORMA ORDENADA). • Essa reprodução celular intensa, porém ordenada, forma as células germinativas primordiais. • As células germinativas primordiais alcançam as gônadas primitivas em torno da quarta semana e sétima semana de gestação v GENITÁLIA INTERNA • Indiferenciadas (pode se transformar em ovário ou testículo) e bipotênciais (testículos e ovários) • Paralelamente está o sistema ductal da genitália externa (Ductos Wolff e os Ductos de Muller) • Ductos de Muller relacionado à formação ductal feminino e também são descendentes dos tubos mesonéfrico, por isso que quando uma mulher tem uma mal formação genital tem que procurar também mal formação renal • Quando falamos em gônadas refere-se a testículos e ovário 96 MEDBOOK • (Na diferenciação sexual) O gene determinante do testículo fetal fica no braço curto de cromossomo Y • No feto 46XX a gônada se transforma em ovário àausência da interferência do cromossomo Y • A partir da oitava semana os testículos (46XY) fetais secretam testosterona, determinando a estrutura ductal que irá se desenvolver. • Os testículos também secretam o FATOR INIBIDOR dos Ductos de MULLER (FIM) fazendo uma inibição dos Ductos de Muller • Quando tem produção de testosterona e FIM tem-se o desenvolvimento dos Ductos de Wolff. Os Ductos de Wolff vão dar origem aos genitais internos MASCULINOS (epidídimo, canal deferente e vesícula seminal) • Na ausência da testosterona e do FIM tem-se o desenvolvimento dos Ductos de Muller. Os Ductos de Muller vão dar origem aos genitais internos FEMININOS (útero, trompas de Falópio e os dois terços superiores da vagina)àObs: Ductos de Muller não forma a vagina toda APENAS dois terços superiores da vagina, útero e as trompas • Os Ductos de Muller são originários dos ductos mesonéfricosà relação com más formações renais à pacientes com má formação uterina, tubária. (Principais malformações conhecidas do útero àútero didelfo, útero septado e útero 97 MEDBOOK bicorno. Para diagnosticar essas malformações realiza-se um exame chamado de histerosalpingografia, no qual injeta contraste na cavidade uterina tornando-a visível à fazer o diagnóstico • Faz esse exame geralmente, em pacientes que tem dificuldade em engravidar, sendo que o primeiro exame a ser pedido é o espermograma porque às vezes o problema pode estar no parceiro, então primeiro investiga o parceiro Imagem: http://brasil.babycenter.com v GENITÁLIA EXTERNA • Também tem uma fase indiferenciada e bipotencial • Constituindo-se de: tubérculo genital, seio urogenital e dobras labioescrotais v NO FETO 46XY • A testosterona, por ação da enzima 5-alfa-redutase, se transforma, em di-hidrotestosterona atuando na genitália externa (testosteronaà dihidrotestosterona) o Tubérculo genital em pênis o Dobras labioescrotais em escroto o Dobras do seio urogenital em uretra peniana • Obs: A masculinização se completa em torno de 14 semanas v NA FETA • Pela ausência de testosterona e pela falta de completa de receptores, a genitália se desenvolverá para o lado feminino. o O tubérculo genital em clitóris o Dobras do seio urogenital em pequenos lábios o Dobras labioescrotais em grandes lábios 98 MEDBOOK • Obs: A exposição aos andrógenos (andrógenos é qualquer tipo de hormônio masculino) entre 9 e 13 semanas pode ocorrer hipertrofia de clitóris, hipospádia(uretra não chega no final da glande), fusão pequenos lábios e escrotalização dos grandes lábios • Na recém-nascida é normal hipertrofia dos grandes por ação dos esteroides sexuais via placentária • Na infância a menina não apresenta modificações importantes nos esteroides sexuais • Inicia-se por volta dos 8-9 anos de idade o desenvolvimento puberal o Amadurecimento do SNC o Hipotálamo seja estimulado (GnRH) o Estimula a hipófise (FSH) o FSH atua no ovário para produção de estrogênios (corrente sanguínea age nos receptores do broto mamário) PUBERDADE 99 MEDBOOK • Para entra na puberdade precisa de ter três componentes: telarca (broto mamário), pubarca (pêlos) e menarca (menstruação) • Crescimentoà interação entre estrogênios que estimulam a secreção do hormônio de crescimento e este o Fator I de crescimento (semelhante à insulina) • Telarcaà entre 9 e11 anos ação dos estrogênios nos receptores do botão mamário • Pubarcaà andrógenos produzidos pela supra renal e ovários são os responsáveis • Menarcaà entre 8 e 14 anos estimulo do endométrio pelo estrogênio e progesterona produzidos nos ovários HIPOGONADISMO 1. HIPOGONADISMO HIPERGONADOTRÓFICO\ ¤ CAUSAS o Pode ocorrer: Amenorreia primária (nunca menstruou) e secundária( menstruou e parou) o Acidentes cromossomiais o Alteração do cromossomo X (falha ovariana por cromossomos incompetentes) o Síndrome de Turner (45X) exemplo clássico (deficiência de um cromossomo) àEstatura baixa, pescoço alado àImplantação baixa do cabelo àMamilos afastados à4 e 5 metacarpianos curtos e outras alterações ¤ CARACTERÍSTICAS • Atrofia dos folículos ovarianos muito rápido • Idade da puberdade com ovários em fita • Amadurecimento do SNC é normal • Hipotálamo e hipófise tentam estimular os ovários daqui que vem o nome hipogonadismo hipergonadotrófico porque a hipófise e o hipotálamo tentam estimular os ovários e faz uma hiperestimulação desses hormônios principalmente FSH • Estas pacientes devem ser cariotipadas para descartar testículos, genitália externa é feminina (não produz FIM) • Cerca de 98% dos fetos com 1 cromossomo são abortados. Obs: Então, relembrando, no hipogonadismo hipergonadotrófico o principal exemplo é a síndrome de Turner 45X • A presença de cromossomo Y no cariótipo requer a exérese (retirada) da gônada (com risco de virilzação e malignização dessa gônada). ¤ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL o Quimioterapia precoce, irradiação dos ovários o Virose, ooforite autoimune o Deficiência de 17-alfa-hidroxilase (não formação de esteroides sexuais) ¤ Então, temos casos de hipogonadismo hipergonadotrófico que não é sindrômico, e sim devido a fatores externos. Tem pacientes do sexo feminino que nascem com a 46XX e o organismo reconhece o ovário como corpo estranho. Ocorre uma inflamação autoimune desses ovários e faz com que esses ovários fiquem em fita, hipogonadotrófico, ou seja, é como se destruísse o ovário dessa paciente, quando isso a acontece não menstruará (faz amenorreia). Obs: nem todo hipogonadotrismo é classificado como Sind. De Turner Em casos de mulheres que param de menstruar (ex: menina parou aos 13 anos), solicitar os seguintes exames: LH, FSH, testosterona e USG. Obs: O FSH normal é 25, se passar a paciente está na menopausa ou tem uma deficiência ovariana. Características da Síndrome De Turner 100 MEDBOOK 2. HIPOGONADISMO HIPOGONADOTRÓFICO• A Puberdade é retardada • Temos casos de amenorreia primária e secundária • Causas frequentes àDesnutrição àAnorexia nervosa àDrogas àDiabetes àAlcoolismo àHipotireoidismo àEsporte com muita exigência física àInsuficiência de supra renal àEstresse àDefeitos hipotalâmicos àCausas hipofisárias Nesses casos de hipogonadismo hipogonadotrofico o FSH aparece normal, e as gônadas não necessariamente ficam em fitas, mas elas ficam muito pequenas. Avaliamos o tamanho através de USG, abaixo de 2,5 é pequeno, e maior que 12 é grande. ESTADOS INTERSEXUAIS • São anormalidades na diferenciação sexual decorrentes de alterações dos cromossomos sexuais ou do ambiente hormonal fetal. • Essa Diferenciação sexual se faz pelo conjunto: - Sexo genético (é cariótipos, menina 46XX e menino 46XY) - Sexo gonodal (menina ovário, menino testículo) - Genitália interna e externa: o (INTERNA - menina: útero, trompas, 2/3 da vagina; Menino: epidídimo, vesícula seminal e canal deferente) o (EXTERNA - menina: clitóris, pequenos lábios, grandes lábios e 1/3 da vagina; Menino: pênis, bolsa escrotal e uretra) - Características sexuais secundárias o (Mulher: pelos e gordura corporal. Homem: pelos, voz, e distribuição corporal) - Meio ambiente. (sexo de opção) SÃO ELES: • Pseudo-hemafroditismo • Pseudo-hemafroditismo masculino • Hemafroditismo verdadeiro. 1. PSEUDO-HEMAFRODITISMO FEMININO (PHF): v Gônada é feminina (ovário) v Genitália externa: é ambígua (ou seja, pode ser masculina ou feminina, mas como é um ser pseudo- hermafrodita, geralmente as características são masculinas) v Diagnóstico pelo cariótipo (46XX) v Causas prováveis: o Hiperplasia congênita da suprarrenal o Tumor materno ou fetal produtor andrógenos (hormônio masculino) o Drogas masculinizantes, deficiência placentária de aromatase.(enzima que filtra esse tipo de hormônio) v Hiperplasia congênita da suprarrenal (adrenal) • É responsável pelos 45% dos RN de genitálias ambíguas. 101 MEDBOOK • A deficiência 21-hidroxilase ocorre em 90% dos casos. E é uma alta taxa de óbito neonatal reflexo condicionado devido a: - Baixos níveis de cortisol - Altos níveis de 17-hidroxiprogesterona. - Alterações de Na e K. - Acidose metabólica Bebe com genitália ambígua: vai para UTI neonatal , faz suporte com reposição do que está faltando e depois investigar a patologia de base. v Pseudo-Hemafroditismo Feminino: • A masculinização ocorre em diferentes graus, de acordo com o período em que atua os andrógenos na vida intra- uterina. • Após a 10 semana, quando uretra e vagina estão separadas os andrógenos podem causar apenas hipertrofia do clitóris. ( se for antes da 10 semana, os pequenos lábios pode se fechar e formar uma pseudouretra,e os grandes lábios vão fechar e formar uma pseudo bolsa escrotal) • Os diferentes graus de masculinização de meninas na infância sempre pensar em hiperplasia ou tumor de supra renal (então os principais fatores de masculinização de meninas na infância: hiperplasia ou tumor de supra renal – pergunta de prova!) 2. PSEUDO-HEMAFRODITISMO MASCULINO (PHM): o A Gônada é masculina (46XY) o Genitália externa: é feminina ou ambígua. o Alterações do meio hormonal do feto masculino o Insensibilidade incompleta ou completa dos receptores androgênicos fetais. o Falha da enzima 5 alfa redutase § Então, se houve falha na 5 alfa redutase (transforma testosterona em dihidrotestosterona) como houve formação?? Advinda do espermatozoide – Y, e uniu-se a um óvulo - X. Quem define o sexo é sempre o homem, pois todo óvulo é X. E, temos espermatozoide X e Y. Os homens que têm mais X, terão mais meninas. Homens com mais espermatozoide Y terão mais meninos. Neste caso, tivemos um 46 XY, mas a genitália externa é feminina ou ambígua. Por que isso ocorre? Devido ao período hormonal ou esse cromossomo Y não produziu a partir da oitava semana testosterona; Pode ter inibido os ductos de Muller. Por alguma não produção de testosterona, a genitália não desenvolveu (pênis atrofiado, bolsa escrotal aberta), formando2/3 ou 1/3 inferior de vagina. Outro fator: a insensibilidade incompleta ou completa dos receptores de androgênios fetais. Terceiro fator: falha da enzima 5-alfa- redutase, que não vai transformar a testosterona em di-hidrotestosterona para fazer a ação.) PHM COMPLETO - Testículo feminizante ou Síndrome de Morris, responsáveis por 10% dos casos de amenorreia primária. - Testículos normais (intra-útero) produzem testosterona. - Ausência dos receptores nos ductos de Wolff, estes se atrofiam e não formam o epidídimo, canal deferente e vesícula seminal. (genitália interna masculina, formando então, genitália externa feminina) - Estes testículos secretam FIM fazendo com que os ductos de Muller também se atrofiem. - Na forma completa não temos genitália interna. - A genitália externa é feminina, mas só possui 1/3 inferior da vagina. (Geralmente descobre-se que geneticamente o indivíduo é do sexo masculino, quando chega aos 13/14 anos, não menstrua, procura um ginecologista, e através de um ultrassom nota-se que não tem útero. Caso já tenha relações sexuais, verá que não consegue uma penetração completa, pois só tem 1/3 inferior da vagina. Já ocorreu de uma senhora de 52 anos, casada, descobrir que era homem). DIFERENCIAÇÃO COM SINDROME DE ROKITANSKY (uma diferenciação de pseudo-hemafroditismo masculino) 102 MEDBOOK - Defeito anatômico não forma 2/3 superiores da vagina e o útero; as gônadas são ovários e o cariótipo é 46XX. - Pacientes com testículo feminizante são: o Identificadas ao nascimento como mulher o Sexo de criação social feminino o Desenvolvimento puberal feminino (não tem menstruação, porém terá amenorreia) o Mamas podem ser normais (é importante investigar rins) PHM FORMA INCOMPLETA - Pode corresponder desde a completa falta de virilização até a masculinização fenotípica completa. (há então casos em que o homem tem todas as características masculinas, porém tem oligospermia ou azoospermia – diminuição ou ausência de espermatozoide) - Há casos descritos em que o único achado é oligospermia severa ou azoospermia - O Exemplos mais significativo dessa forma é: o Deficiência de 5-alfa-redutase, enzima responsável pela transformação da testosterona em diidrotestosterona. o A falta total ou parcial dessa enzima pode ser responsável por diferentes graus de genitálias ambíguas PHM INCOMPLETO - Hipospadia perineal e incompleto desenvolvimento da vagina - Clitóris simulando pênis, falha de fusão lábio escrotal, seio urogenital aberto ou abertura separada na uretra e vagina. - Defeito maior é na genitália externa - Na puberdade a testosterona é metabolizada por diferentes locais produzindo: voz grossa, libido masculino, ereção, mamas normais para sexo masculino. (sabemos que a testosterona pode ser metabolizada também na suprarrenal. Então se esse cidadão tiver a suprarrenal normal, na puberdade ele pode ter uma masculinização, só que terá azoospermia, pênis pequeno, será criado como um homem). HEMAFRODITISMO VERDADEIRO (HV) - Existe tecido ovariano e testículos na mesma gônada ou separadamente. - Cerca de 60% dos casos são femininos (XX), restantes são (XY) e mosaicos 46XX/46XY antigamente conhecidos como quimeras. (quando o DNA coletado da boca, por exemplo, da 46XX, e o do sangue do mesmo indivíduo da 46XY, DNA diferente em diferentes locais do corpo A aparência vai depender do sexo de criação Futuramente pode optar por um sexo.) - Examespara diagnóstico: o Cariótipo leucocitário • Obs.: A hipospádia é uma malformação genética nos meninos que se caracteriza pela abertura anormal da uretra em um local por baixo do pênis ao invés de na ponta. A uretra é o canal por onde sai a urina, e por isso essa doença provoca a saída de urina pelo local errado. TIPOS: • Distal: a abertura da uretra está localizada em algum lugar perto da cabeça do pênis; • Peniana: a abertura da uretra está localizado ao longo do corpo do pênis; • Proximal: a abertura da uretra está localizada na região próxima do escroto; • Perineal: é o tipo mais raro, sendo a abertura da uretra localizada próxima do ânus, fazendo com que o pênis se encontre menos desenvolvido que o normal. 103 MEDBOOK o PHF: cortisol, teste com estimulo ACTH, sódio, potássio, 17- hidroxiprogesterona. o PHM: testosterona, 5-alfa-redutase o Tomografia, RSM, USG, RX (são exames complementares conforme a necessidade) 104 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: POLIANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: THAY Slide/Áudio. MAR 2017 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL NORMAL MÁ FORMAÇÃO DO TRATO GENITAL FEMININO IDENTIDADE SEXUAL • Sexo genético; • Sexo gonadal; • Genitália interna; • Genitália externa; • Características sexuais secundárias e comportamentais; • Resposta da sociedade a todas essas manifestações de desenvolvimento sexual. DIFERENCIAÇÃO DA GENITÁLIA • Feminina à Passiva • Masculina à Dependente da ação de andrógenos e cromossomo “Y” SRY (braço do cromossomo Y) DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS – INÍCIO DA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL • 5ª semana o Se formam de derivação o mesênquima, epitélio celômico e células vindas do saco uterino. o Nesta fase são indiferenciados em vários ovários e testículos • 6 ª e 7ª semana o Gene SRY à Direciona a gônada bipotencial a produzir o fator determinante de testículos (TDF). o Na ausência do gene SRY, a gônada é direcionada para diferenciação em ovário o Ocorre a dferenciação testicular através das células de Sertoli que produzem o fator de inibição Mulleriano (MIF) ou hormônios anti-Mulleriano (HAM) • 8ª semana o As células e Leydig iniciam a produção de testosterona a partir da 8ª semana, com pico entre 15ª e 18ª semanas 105 MEDBOOK DIFERENCIAÇÃO DA GENITÁLIA INTERNA • Em cada hemisfério do embrião, existe um par de ductos: o Paramesonéfrico (Muller) à Origina o aparelho genital feminino o Mesonéfrico (Wolff) à Origina o aparelho genital masculino • O que define a genitália interna são 2 hormônios: o HAM (Hormônio anti-Mulleriano) à Produzido pelas células de Sertoli e responsável pela regressão do sistema ductal de Muller de cada lado do testículo à Começa ocorrer a involução dos ductos de Muller o Testosterona à É produzida pelas células de Leydig e responsável pelo desenvolvimento de Wolff para epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal DIFERENCIAÇÃO DO OVÁRIO • Na ausência do gene SRY ocorre a diferenciação do ovário que começa 2 semanas mais tarde que o testículo • 20ª semana à Células germinativas proliferam e chega 5-7 milhões de folículos primários • Ao nascer, há cerca de 1 a 2 milhões de folículos primordiais • Puberdade 300.000 foliculos à Porque sofreram apoptose NA MULHER • A relação embriológica entre os ductos mesonéfricos e paramesonéfricos, jutifica a associação entre a má formação do sistema renal • Na mulher, podemos encontrar resquícios de ductos de Wolff (hidátide de Morgani – peritônio, paraoóforo, mesosalpinge, cistos de Gardner – parede vaginal). • A formação da genitália externa é passiva e ocorre na ausência da diidrotesterona • Tubérculo genital à clitóris • Pregas labioescrotais à grandes lábios • Seio urogenital à pequenos lábios, vagina (1/3 inferior) e uretra 106 MEDBOOK • O processo de diferenciação se completa com 20 semanas de gestação • Mulher que só tem 1/3 inferior da vagina à Se faz uma neovagina à Criar o terço médio superior da vagina através de uma tuberização da região entre vagina e bexiga, aumentando o tamanho dessa vagina curta NO HOMEM • Tubérculo genital à Pênis • Pregas labioescrotais à Bolsa escrotal • Seio urogenital à uretra peniana Testosterona à 5-α redutase à diidrotesterona ESTADOS INTERSEXUAIS ESTADOS INTERSSEXUAIS - CLASSIFICAÇÃO • Hermafrodita à Indivíduo que possui obrigatoriamente identificado, ambos tecidos ovariano e testicular • Pseudo-hermafrodita masculino à possui como gônada somente testículo, porém a genitália externa ou interna assume características femininas • Pseudo-hermafrodita feminino à possui somente ovários, porém o desenvolvimento genital assume característica masculina • Hermafrodita verdadeiro PSEUDO-HERMAFRODITA FEMININO • No indivíduo 46XX o grau de virilização depende da época que recebeu influência androgênica • <12 semanas à Virilização completa • 12 – 20 semanas à Virilização parcial (clitoromegalia, fusão das pregas labioescrotais, enrugamento dos grandes lábios) • > 20 semanas à Clitoromegalia HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA (HAC) v Causas: • Deficiência 21 β hidroxilase • Deficiência de 3 β hidroxiesteroide desidrogenase • Deficiência de 11 β hidroxilase v As suprarrenais sintetizam, a partir do colesterol, três tipos de hormônios esteróides: • Mineralocorticóides (aldosterona) • Glicocorticóides (cortisol) • Hormônios sexuais (androgênios: testosterona) 107 MEDBOOK v Esta cadeia de transformações enzimáticas, é regulada por um mecanismo de feed back negativo, onde o cortisol circulante inibe a produção do hormônio adrenocorticotrófico hipofisário (ACTH) e do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) v Quando ocorre deficiência de uma das enzimas envolvidas na biossíntese de cortisol temos a HIPERPLASIA CONGÊNITA DAS SUPRARRENAIS (HCSR) que é um erro inato do metabolismo dos esteróides, adrenais, transmitidos geneticamente e de caráter autossômico recessivo v Na HCSR baixas concentrações de cortisol plasmático levam ao aumento da secreção de ACTH que, estimulando cronicamente as suprarrenais, provoca uma hiperplasia funcional das mesmas com superproduçãode metabólitos intermediários pré-bloqueio enzimático, subprodução dos metabólitos pós-bloqueio e consequente desvio na produção hormonal. DEFICIÊNCIA 21 β HIDROXILASE • Causa mais comum de HAC • Determinada por alteração do gene de 21-hidroxilase beta (CYP21A2) que se localiza no braço curto do cromossomo 6. • A enzima 21-OH atua tanto na via produtora de glicocorticóide como na de mineralocorticóide. • Sua deficiência produz aumento da produção de androgênios, podendo ou não estar diminuída a síntese de mineralocorticóide v FORMAS o Virilizantes simples ou clássica (22 beta OH) à Identificada ao nascimento devido a ambiguidade sexual o Perdedora de sal à Há comprometimento na secreção de mineralocorticoides (aldosterona) e também glicocorticoides à Costuma ser muito grave o Início tardio não clássico à O desenvolvimento heterossexual ocorre na puberdade, quando começa a ter o amadurecimento da sua genitália. v SINAIS o Meninas com genitália ambígua (clitóris aumentada, fusão das pregas labioescrotais e seio urogenital) o Órgãos femininos internos (útero e tubas de Falópio e ovários) desenvolvem-se normalmente por que não são afetados pelos androgênios o 2/3 dos RNs afetados com perda de sal, desenvolvem: hiponatremia, hipercalemia, hipotensão. 108 MEDBOOK o Meninas não tratadas que tem a forma clássica ou perdedora de sal crescem rapidamente, maspossuem idade óssea avançada, entram na puberdade precocemente, apresentam fechamento precoce das epífises, e baixa estatura quando adulta o A HSRC com tratamento apropriado é possível a gravidez e a procriação normal v DIAGNÓSTICO o Na presença de ambigüidade genital e níveis elevados de 17-hidroxiprogesterona DEFICIÊNCIA DE 3 β HIDROXIESTEROLDESODROGENASE • Afeta a síntese de glicocorticóides, mineralocorticóides e esteróides sexuais. • Este distúrbio é herdado de forma autossômica recessiva Ø SINAIS o Forma clássica: ao nascimento é muito rara; meninas afetadas podem estar levemente masculinizadas; em casos graves pode haver perda de sal; o Forma não clássica: pode estar associado ao desenvolvimento geral recoce heterossexual • Excesso de androgênios decorre da conversão periférica devido às altas concentrações sanguíneas de DHE (desidropiandrosterona) Ø DIAGNÓSTICO o Dosagem da SDHEA e testosterona DEFICIÊNCIA DE 11 β HIDROXILASE • Resulta na incapacidade de converter 11-desocortisol em cortisol, resultando no acúmulo de precursores dos androgênios • Constitui 5 a 8% de todos os casos de HSRC Ø SINAIS o Em geral são hipertensas devido a desoxicorticosterona atuar como mineralocorticóide Ø DIAGNÓSTICO o É firmado com aumento dos metabólitos 11 desoxicorticosterona e 11 desoxicortisol ANDROGENIZAÇÃO DE FONTE NÃO ADRENAL • Exposição materna a drogas e estados de hiperestrogenismo materno • Androgênios à Placenta aromatiza à Estrógenos • Placenta não aromatiza eficientemente alguns androgênios sintéticos ou quando se encontra em excesso • Administração de testosterona, hormônios sintéticos (etisterona, noretindrona e danazol) HIPERANDROGENIZAÇÃO MATERNA 109 MEDBOOK • Tumores secretores de androgênios de fonte adrenal (síndrome de cushing) • Tumores ovarianos: luteoma da gravidez, arrenoblasto ma, tumor de células de Leydig. PSEUDO-HERMAFRODITISMO MASCULINO • Causadas por doenças gênicas hereditárias decorrentes de enzimas que controlam a biossíntese ou ação androgênica: o Desordens da ação androgênica no tecido alvo (Síndrome da insensibilidade androgênica e deficiência da enzima 5α redutase) o Desordens na produção de testosterona o Deficiência do hormônio anti-Mulleriano v DESORDENS DA AÇÃO ANDROGÊNICA NOS TECIDOS ALVOS Ø Insensibilidade androgênica o Forma completa (Sd. De Morris): A síndrome de insensibilidade aos androgênios (AIS) é uma doença com herança ligada ao cromossomo X que afeta pacientes com cariótipo 46 XY, nos quais há prejuízo total (forma completa, CAIS) ou parcial (PAIS) do processo de virilização intra-útero devido à alteração funcional do receptor de androgênios o Forma incompleta Ø DEFICIÊNCIA DA ENZIMA 5 α REDUTASE • QUADRO CLÍNICO o Genitália externa fenotipicamente feminina, mas genitália interna masculina o Próstata rudimentar o Pode apresentar hipospádia (malformação congênita, caracterizada pela abertura anormal do orifício por onde sai a urina - meato uretral - , em diferentes locais na parte de baixo do pênis - face ventral do pênis - , ou mais raramente na bolsa escrotal.), com abertura separado para uretra e vagina, vagina em fundo cego o Diminuição de pelo facial e corporal • DIAGNÓSTICO o Índice DHT/TESTOSTERONA: Normal < 20 o Casos de deficiência da enzima 5-α redutase é > 35. 110 MEDBOOK Ø DESORDENS NA PRODUÇÃO DE TESTOSTERONA o Decorrem de erros enzimáticos de origem hereditária que causam secreção deficiente de testosterona pelas células de Leydig durante o período embrionário o Essa deficiência inclui: § 20, 22 colesterol desmolase § 3 β – hidroxiesteroide desidrogenase § 17 β hidroxiesteroide desidrogenase v Deficiência de 20, 22 colesterol desmolase • Essa enzima metaboliza o colesterol em pregnenolona. • Na sua ausência há um acúmulo de lipídios na adrenal que a torna aumentada de volume e amarelada, sendo denominada HIPERPLASIA CONGÊNITA LIPÓIDE • QUADRO CLÍNICO o Não possuem estruturas Mulerianas o Genitália externa feminina ou severamente ambígua o Testículos ficam no abdômen ou no canal inguinal o Ausência de espermatogônias nos túbulos seminíferos o Epidídimos e ductos deferentes encontram-se ausentes ou hipoplásicos o Em geral esses RNs sucumbem nos primeiros dias de vida devido a deficiência dos mineralocorticóides e glicocorticóides (hipercalcemia e hiponatrenia) v Deficiência de 3 β – hidroxiesteroide desidrogenase (DEI) • Níveis de dehidroepiandrosterona (DHEA) estão elevados e há risco de crise adrenal perdedora de sal • Genitália ambígua com hipospádia • Apresenta níveis de androstenediona e estradiol elevados, porém com testosterona abaixo do normal 111 MEDBOOK v Deficiência do HAM • Doença hereditária de padrão recessivo, autossômica, ou ligado ao X, que causa mutação do gene que codifica o HAM ou de seu receptor • QAUDRO CLÍNICO o São indivíduos XY que por falta de HAM no período embrionário desenvolve genitália interna feminina que se encontra num saco herniário inguinal o Fertilidade é preservada o Apresenta tetsiculos abdominais ou inguinais e pode haver ectopia testicular devido às estruturas uterinas herniadas HERMAFRODITISMO VERDADEIRO • Indivíduos portadores de gônada masculina e feminina • Útero, ovário e testículo (mesmo que sejam rudimentares) • 60-65% à 46XX com translocação do gene SRY • 30% à 46XX/46XY • 10% à 45 X0/46XY Ø QUADRO CLÍNICO o Genitália ambígua o Fenótipo externo é dependente da quantidade de andrógeno produzido pelas gônadas, mas na maioria apresenta masculinização da genitália e são criados como homens em 75% dos casos o 3/4 apresentam ginecomastia, metade menstrua após a puberdade e quase todos tem útero, do lado ovariano geralmente há tuba, enquanto que do lado do testículo há presença do ducto deferente. o As gônadas podem ser combinadas: § Testículo + ovário § Testículo + ovotestis § Ovário + ovotestis § 2 ovotestis o As alterações cromossômicas promovem uma desordem na diferenciação da gônada, que podem ser: § Disgenesia gonadal pura § Disgenesia gonadal mista § Disgenesia gonadal com fenótipo de Turner § Anorquidia v Deficiência gonadal pura • Não apresenta má formação somática nem sinais de masculinização 112 MEDBOOK • Cariótipos: o 46 XX o 46 XY (Sd. De Sawer) o Ambos tem fenótipo feminino e gônadas em estrias Ø QAUDRO CLÍNICO o Amenorreia primária, estatura normal ou elevada o Desenvolvimento amário discreto ou ausente o Pelos axilares e pubianos escassos o Genitália externa e interna femininas o Útero e trompas hipodesenvolvidos v Disgenesia gonadal com fenótipo de Turner • Está associada aos estigmas de Turner por perda de um cromossoma X ou Y em todas as células (60% dos casos) ou parte deles (mosaicismo) e ocorre em indivíduos fenotipicamente do sexo feminino Ø QUADRO CLÍNICO o Baixa estatura o Infantilismo sexual o Gônadas em fita o Má formação somática v Anorquidia Ø QUADRO CLÍNICO o Genitália externa e interna tipicamente masculina, porém sem testículos o Não há desenvolvimento adequado do phalus à Pênis muitas vezes rudimentar DEFINIÇÃO DO GÊNERO • Desenvolvimento da sexualidade na criança 5-6 anos • Determinação do gênero 2 anos e 6 meses • Definição do gênero do intersexo deve ser feito até esse período 113 MEDBOOK • Ex.: 46 XX com HAC à FEMININO • Disgenesia gonadal mista à opta para o lado que a possibilidade cirúrgicas anatômicas e gônadas masculinas funcionantes, phalus adequado para o coito e potencial de fertilidade • XY com pouca virilização à decisões são mais difíceis CONDUTA TERAPÊUTICA • 46 XY (feminino) à Gônadas devem serremovidas nas primeiras semanas de vida • No homem hipospádia, criptorquidia ou testículo intra-abdominal àdevem ser corrigidos até 18 meses de vida • 46 XX intersexo com HAC à Terapia com resposição glicocorticóides (prednisona 5mg/dia) e mineralocorticóides; vaginoplastia após a puberdade e TH em pacientes hipogonádicas no período pré-púbere • Mães com HAC durante a gestação à Fazer terapia (durante a gestação) para evitar intersexo no feto feminino. o Terapia com glicocorticóides (prednisona 20mg/kg/dia) + em 3 tomadas. Antes de 9 semanas. MÁ FORMAÇÃO DO TRATO GENITAL FEMININO • Anormalidades anatômicas do trato genital • Ocorrem em decorrência de agenesia e disgenesia Mulleriana e que são identificados mais frequentemente ao exame físico 114 MEDBOOK • Pode estar associado a outras má formações que incluem anormalidades dos sistemas ósseos e renal como na Sd de Rokitanski-Kuster-Hauser AGENESIA OU HIPOPLASIA MULLERIANA v SÍNDROME DE MAYER-ROKITANSKY-KUSTER-HAUSER HÍMEN IMPERFURADO • Impede a passagem de tecido endometrial e sangue, ocasionando hidrocolpos ou hidrometrocolpos • Mulheres com história de dor abdominal vaga, com exacerbação em determinadas épocas do mês/cíclica 115 MEDBOOK • Hematométrio à Sangue fica retido, quando a menina menstrua • Atrofia ou hipotrofia à Se vê em mulher na menopausa e nomenarque (uso de contraceptivo de longa data à volta ao normal quando para) OBSTRUÇÃO OU MÁ FORMAÇÃO DO TRATO GENITAL DISTAL X INSENSIBILIDADE AOS ANDROGÊNIOS (IA) • Mulheres com IA têm telarca, ausência de desenvolvimento significativo dos pelos pubianos e axilares • A vagina pode estar ausente ou encurtada • Útero Unicorno, Bicorno ou Didelfo à Paciente pode ter aborto de repetição à Cavidade uterina não em expansão normal IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 116 MEDBOOK 117 MEDBOOK CLASSIFICAÇÃO DE PRADER • A caracterização da genitália externa pode seguir os critérios de Prader, numa tentativa de comparação entre as diversas casuísticas, em diferentes serviços. • Apesar de a classificação de Prader ter sido elaborada em 1954 para hiperplasia congênita de supra- renal (HCSR), ela pode ser utilizada nos dias de hoje e pode ser ampliada para outros casos de ambigüidade genital. • Prader classificou as genitálias externas dos pacientes com HCSR de acordo com o grau de virilização que essas meninas sofriam: do mais leve (Prader I) até o mais virilizado (Prader V): o Prader I - Aumento isolado do clitóris, indicando que a virilização tenha ocorrido após 20 semanas de vida intra- uterina (VIU); o Prader II - Aumento do clitóris associado a um intróito vaginal em forma de funil, podendo visualizar-se aberturas uretral e vaginal distintas, indicando virilização iniciada com 19 semanas de VIU; o Prader III - Aumento de clitóris associado a um intróito profundo, em forma de funil, com a uretra esvaziando-se na vagina, como um pseudo seio urogenital. Há vários graus de fusão lábio-escrotal indicando uma virilização ocorrida com 14-15 semanas de VIU; o Prader IV - Clitóris fálico com abertura urogenital em forma de fenda na base do falo, indicando virilização ocorrida com 12-13 semanas de VIU; o Prader V - Fusão lábio-escrotal completa e uretra peniana, indicando virilização ocorrida com 11 semanas de VIU. Genitália ambígua Pênis rudimentar e bolsa escrotal não muito definida Classificação de Prader 118 MEDBOOK 119 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: POLIANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: THAY Slide/Áudio. MAR 2017 DISFUNÇÃO SEXUAL E SEXUALIDADE • Normal à Homem e mulher terem prazer. • Disfunção à Dificuldade de se satisfazer durante relação sexual CONSULTA MÉDICA • Dificuldade de conversar com o médico sobre o assunto • Dificuldade do casal: o Falta de conhecimento ou experiência o Incapacidade de falar sobre suas práticas sexuais • Oportunidade para o profissional orientar sobre outros assuntos: o Risco de ISTs o Estimular práticas seguras à Usa preservativo? Sempre? Já teve alguma relação sem preservativo? o Avaliar a necessidade de contracepção e vida reprodutiva o Desfazer ideias erradas o Identificar disfunções sexuais § Tem dor? à Procedimentos cirúrgicos ginecológicos à podem levar a uma dor residual § Tratamento de radioterapia à atrofia § Histerectomia à Sintomas de falta de hormônios à Sintomas de menopausa (inclusive atrofia) § Já teve orgasmo? NA GRAVIDEZ, PRÉ E PÓS PARTO • á Prolactina à Proteção maternal à relação sexual é deixada em segundo plano • Estresse físico, emocional e econômico (principalmente para homens – provedor financeiro) • Atitudes e comportamento sexual à cumplicidade e compartilhamento de práticas que ambos sintam prazer • Sistemas de valores sexuais • Folclore • Crenças reliogiosas à Ex.: religiões que dizem mulheres não podem sentir prazer à retirada de clitóris • Mudanças sexuais • Restrições médicas à Médico solicita abstinência sexual devido após procedimento médico 120 MEDBOOK PRÁTICAS SEXUAIS • Atividade sexual precoce à Falta de conhecimento e de preparo para prática sexual • Múltiplos parceiros à Não é ideal à á risco de doenças • Uso irregular de codom • ISTs à Herpes genital à Dor à Dificuldade de ter relação sexual • Gestação não planejada • Satisfação à independente da freqüência • Monogamia à â risco • Atividade homossexual • Mulheres forçadas a práticas sexuais - estupro (22%) • Homem forçado a prática (3%) FISIOLOGIA SEXUAL • Clitóris à Área anatômica mais sensível, sensações e orgasmos intensos • 1ª estimulação não física e física não genital, antes da estimulação do clitóris • Na ausência da excitação • Estudos imunohistológicos à NEUROTRANSMISSORES (epitélio glandular do clitóris)à Noradrenalina, dopamina, ocitocina, serotonina (+) à turgência na vulva e na vaginaà vasodilatação à á irrigação sanguínea à clitóris fica túrgido o Prolactina, GABA (-) à Diminuem desejo sexual à Ex.: pós parto • Mamas, mamilos, lábios, pele (grande parte) e vagina (toque/pressão) • A vagina não é o lugar que tem mais terminações nervosas à E sim o clitóris • Maioria das mulheres tem orgasmo pela estimulação do clitóris • Não há ejaculação feminina à As glândulas de Bartholin e de Skene ejetam secreções para ajudar na lubrificação, mas não há ejaculação • Toda mulher pode ter múltiplos orgasmos • Glândulas de Bartholin à São as maiores glândulas vulvovaginais e secretam muco. Situam-se na base dos grandes lábios. Seus ductos se abrem imediatamente por foradas margens laterais do orifício vagina. • Glândula de Skene à É uma glândula localizada, ao lado da uretra feminina, que tem a função de produzir muco durante o ato sexual. 121 MEDBOOK PONTO “G” • A maior estimulação é do clitóris à Mas a mulher pode ter também prazer na região vaginal 122 MEDBOOK ANATOMIA • Fáscia de Halban • Rica inervação • Tecido esponjoso do clitóris ao redor da uretra • Tecido extenso: glande, corpo e ramo do clitóris à segue: o Ao longo do arco púbico o Tecido periuretral na frente da parede vaginal anterior o Tecido bulbar sob os músculos superficiais do períneo (circundam a parte ântero-distal da vagina) INERVAÇÃO INERVAÇÃO DA VULVA Sensação agradável 123 MEDBOOK CICLO DE RESPOSTAS • Mediada por complexa interação: o Psicológica o Interpessoalo Ambiental o Biológica (hormonais, vascular, muscular e neurológica) RESPOSTAS CICLO DE RESPOSTAS • Início: desejo, intimidade e emocional • Estimulação • Desejo à Entusiasmo/excitação sexual • Orgasmo • Reprodução 124 MEDBOOK FATORES QUE PODEM AFETAR A RESPOSTA SEXUAL • Idade • Duração e qualidade do relacionamento • Fatores psicológicos pessoais decorrentes dos relacionamentos com os ais na infância • Perdas anteriores e traumas • Formas de lidar com as emoções de modo geral • Doenças • Uso de medicamentos • Álcool e drogas ilícitas • Saúde mental • Envelhecimento • Fatores relativos à personalidade • Relacionamentos • Disfunção sexual do parceiro • Infertilidade • Medicamentos • Doença crônica: DIP, SOP, Herpes recorrente, Líquen escleroso AVALIAÇÃO DOS PROBLEMAS SEXUAIS • Geral • Técnicas de entrevista: Exame físico • Critérios diagnósticos AVALIAÇÃO • Disfunção sexual • Desejo sexual e distúrbios da ejaculação • Transtorno da excitação genital • Disfunção orgânica • Transtornos sexuais dolorosos: Vaginismo, dispareunia (dor à relação sexual) • Disfunção sexual pela idade • Violência sexual: abuso sexual, estupro • Violência sexual à crianças, mulheres (1/3 na infância, 13% ou 1:8) CONDUÇÃO v VAGINISMO o Contratura muscular involuntária, onde a mulher não permite a penetração o Estimular o casal a manter atividades sem coitos o Explicar à paciente, a contração reflexa dos músculos em resposta ao toque o Auto toque diário à minutos, próximo ao óstio vaginal 125 MEDBOOK o Sugerir acréscimo de imaginação o Exame vulvo-vaginal e prescrição de dilatadores (progressivos) à Começar o toque aos poucos, até a mulher conseguir ser tocada o Swab à para investigar alodínia (dor causada por um estímulo que normalmente não provoca dor) o Parceiro ajudar a usar o dilatador o Casal, dilatador, atividade sexual o Dilatador, coito, lubrificação v DISPAREUNIA • Investigar doenças ginecológicas • Infecção • Atrofia • Doença inflamatória 126 MEDBOOK RESUMO N1 DOCENTE: POLIANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JÚLIA. AUTORA: THAY Slide/Áudio MAR 2017 SÍNDROME PRÉ-MENTRUAL E TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENTRUAL SÍNDROME PRÉ- MENSTRUAL • Sintomas cíclicos físicos e comportamentais que aparecem nos dias anteriores à menstruação e interferem no trabalho ou estilo de vida, seguidos por um intervalo livre de sintomas • TDPM à Forma severa da SPM • A TPM é cíclica à Igual ao ciclo menstrual à Paciente com quadro apenas em 1 mês ou 1 ciclo menstrualà NÃO é TPM • Entidade cíclica distinta caracterizada por sintomas proeminentes de irritabilidade, raiva, tensão intensa, disforia e labilidade de humor SINTOMAS • Muito comuns • Sugerem tipicamente nos últimos 7-10 dias do ciclo (Auge da fase lútea) • Presente em 75% das mulheres com ciclos regulares • Significativamente, ocorre: o SPM de 20-30% o TDPM de 2-8% das mulheres SINTOMAS FÍSICOS • Edema abdominal à A mulher percebe que o abdome aumenta de tamanho antes da menstruação • Fadiga extremaà Cansa com atividades cotidianas • Aumento sensibilidade das mamas à Dores • Dor de cabeça à Muito comum SINTOMAS COMPORTAMENTAIS MAIS COMUNS • Labilidade de humor • Irritabilidade 127 MEDBOOK • Humor depressivo • Aumento de apetite à Compulsão por doces • Esquecimento • Dificuldade de concentração OUTROS SINTOMAS MENOS COMUNS • Ansiedade/tensão • Choro fácil • Sede • Acne • Perturbação gastrointestinal à Diarreia, cólicas intestinais, ritmo intestinal acelerado • Ondas de calor • Palpitações • Tonturas • Edema de extremidades inferiores CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – SPM E TDPM • Disforia o Transtorno mental com sintomas significativos de ansiedade e depressão, que não satisfazem critérios para Transtorno do humor ou Transtornos de ansiedade específicos o Caracterizado pela presença de humor disfórico persistente ou recorrente com duração mínima de 1 mês o Alteração do humor acompanhada de uma sensação subjetiva desagradável, com irritabilidade, amargura, desgosto, ansiedade e inquietação • Depende da presença de sintomas típicos • Sequência temporal à Cíclico • Severidade à Leve, moderado, acentuado • Exclusão de outros sintomas à Dificuldades cotidianas... • Documentação em diário retrospectivo • Sintomas cíclicos associados à fase lútea e menstrual do ciclo • Evidencia de disfunção socioeconômica 50-80% dos casos 128 MEDBOOK CALENDAR OF PREMENSTRUAL EXPERIENCES – COPE • Calendário de experiências vividas pela mulher à Tudo que sente, vai anotar • Classificação da gravidade de cada sintoma à De 0 (ausente), 1 (Leve), 2 (Moderado), 3 Grave) 129 MEDBOOK CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAR SPM 1. Autorrelato de 1 ou mais sintomas afetivos e 1 ou mais sintomas somáticos durante 5 dias que precedem a menstruação em cada 1 de 3 ciclos menstruais 2. Alivio dos sintomas no espaço de 4 dias depois do inicio da menstruação sem recorrências antes do dia 12 do ciclo à Sintomas na fase lútea do ciclo. 3. Auesência de medicações, TH, droga ou abuso de álcool 4. Disfunção socioeconômica DISFUNÇÃO SOCIOECONÔMICA • Discórdia no relacionamento com um parceiro, confirmado pelo mesmo • Dificuldade de parentalidade à parentes • Fraco desempenho ou freqüência no trabalho/escola • Isolamento social aumentado • Problemas legais àFurto, tentativa de homicídio, lesão corporal • Ideação suicida • Busca de cuidados médicos em razão de sintomas somáticos à Sintomas muito intensos à Iniciar medicação CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAR SPM à Vai pedir em prova!!! v SINTOMAS AFETIVOS o Depressão o Explosão de raiva o Irritabilidade o Confusão o Retraimento social o Fadiga CRITÉRIOS PARA CARACTERIZAR TDPM A. Sintomas durante fase lútea, maioria ciclos, ultimo ano, remissão após menstruação e ausentes após a mesma B. 5 ou mais critérios (PELO MENOS 1 ENTRE OS 4 PRIMEIROS) C. Severidade comparável a transtorno mental (ex.: episodio depressivo maior, transtorno de ansiedade generalizada, com interferência obvia e marcante no trabalho, atividades usuais e relacionamento) à Fazer diagnóstico diferencial com Transtorno de ansiedade, com depressão D. Os sintomas podem se sobrepor a outros transtornos, mas não exacerbação do mesmo 1. Sentindo-se triste, sem esperança ou autodepreciada 2. Sentindo-se tensa, ansiosa ou “no limite” v SINTOMAS SOMÁTICOS o Sensibilidade nas mamas o Inchaço abdominal o Dor de cabeça o Extremidades inchadas 130 MEDBOOK 3. Marcada labilidade de humor, intercalada com frequente atitude chorosa 4. Irritabilidade persistente, raiva e aumento nos conflitos interpessoais 5. Interesse diminuído nas atividades usuais que podem estar associadas a retraimento das relações sociais 6. Dificuldade de concentração 7. Sentindo-se fatigada, letárgica ou sem energia 8. Alterações marcantes no apetite que podem estar associados às compulsão alimentar ou certa ânsia por alimentos 9. Hipersonia ou insônia 10. Um sentimento subjetivo de estar sobrecarregado ou fora de controle 11. Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou edema nas mamas, cefaléia, senssções de “inchaço” ou ganho de peso com aperto nas roupas, sapatos ou anéis ou artralgias ou dor muscular IMPORTANTE • Para o diagnóstico de SPM necessita critérios afetivos e somáticos, na TDPM, pode incluir, mas não requer os somáticos• TDPM à Tem mais critérios emocionais e comportamentais • Diferenciar SPM e TDPM de outros transtornos • Excluir condições médicas (ex.: hipo/hipertireoidismo) • Maior risco de depressão maior no futuro • Quando não há intervalos livres de sintomas. CUIDADO à Avaliar transtorno de humor e ansiedade FISIOPATOLOGIA • Baixos níveis de progesterona à Deveria estar mais elevado na segunda fase do ciclo • Altos níveis de estrogênio à Não era pra estar aumentado nessa segunda fase • Níveis de estrogênio em queda à Sintomas • Alterações na proporção E/P • Atividade aumentada da aldosterona • Atividade aumentada da renina-angiotensina • Atividade suprarrenal aumentada • Abstinência de opiáceos endógenos • Hipoglicemia subclínica à Excesso produção insulina, consumo aumentado de glicose, não chega a conseguir dar o diagnóstico, quando mede dá normal, mas apresenta sintomas • Alterações centrais nas catecolaminas • Responsividade às prostaglandinas • Deficiências vitamínicas • Secreção excessiva de prolactina • Diagnóstico preciso, COPE, 3 ciclos menstruais • Alteração da dieta • Estilo de vida 131 MEDBOOK • Placebo: esperança, conforto e tranquilização (processo) • Observações: maior senso de autocontrole (terapêutico) TRANSTORNO PARA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- MENSTRUAL TRATAMENTO v MEDIDAS GERAIS o Práticas de esportes: Liberação de endorfinas o Redução de ingesta de sal, açúcar refinado e gordura animal v DROGAS PSICOATIVAS o Sono: Maior melatonina, menor serotonina à Maior depressão o Claridade: Maior concentração de serotonina (menor melatonina) v DROGAS PSICOTRÓPICAS o Antidepressivos serotoninérgicos o Fluoxetina: 10 a 20mg/dia o Sertralina: 50-150 mg/dia v MEDICAÇÃO HORMONAL o ACO o Inibição da menstruação o Inibição da função ovariana à Tempo limitado 132 MEDBOOK DISMENORREIA • Dor menstrual, espasmódica à Cólica menstrual • Abdome inferior • Primária à Associadas a ciclo ovulatórios, contrações, ausência de doença • Secundária à Associada a patologias pélvicas à Endometriose, adenomiose, miomas EPIDEMIOLOGIA • Adolescência, ciclos ovulatórios, 60-90%, maior com a idade • Gravidade relacionada com o volume e duração do sangramento • Reduz após parto e uso de CO • Faltas ao trabalho/escola • Moderada/severa – 60% • Fatores risco: o Piora àIMC < 20, menarca precoce, > intervalo e duração de sangramento, TPM, esterelização prévia, história de abuso sexual, tabagismo o Melhora à CO, exercicios, casamento (relação estável), paridade maior FISIOPATOLOGIA • Dismenorreia primária à Causada por isquemia miometrial em razão das contrações uterinas freqüentes e prolongadas. Contrição dos vasos, causa direta da dor. DIAGNÓSTICO • Clínico o Anamnese minuciosa o Sintomas característicos o Ex.: Físico (excluir outras patologias) o Exames à Laboratoriais e de imagem NÃO são necessários TRATAMENTO • Calor, alimentar, vitaminas, ervas, exercícios, intervenções comportamentais, etc. • AINES (escolha) à Retardam ou impedem a ovulação à Uso 3 dias antes e durante da menstruação à Desensibilização do endométrio à Quando menstrua, sente menos dor o Derivados ácido propiônico (naproxeno, ibuprofeno, cetoprofeno) o Fenamatos à ácido mefenâmico, ácido tolfenâmico, ácido flufenâmico, meclofenamato) o Inibidores seletivos da COX-2 à Alto custo, risco potencial, uso limitado à Prostaglandina tem efeito de vasoconstrição no endométrio à AINES melhoram esse quadro o Escopolamina (Buscopan) à Melhora a contratura muscular • ACO à Tratamento de 1ª linha à Oral, anel, injetável, etc. à Reduz numero de dias e volume de sangramento 133 MEDBOOK FLUXOGRAMAS AMENORREIA PRIMÁRIA Condutas: Solicitar RM Reposição hormonal (E + P) Conduta: Reposição hormonal (E 21 dias + P 14 dias – parar 7 dias = menstruação) Conduta: Começar com apenas estrógeno Conduta: Gonadectomia na Puberdade (evitar malignização) Conduta: Neovagina (Se necessário) 134 MEDBOOK AMENORREIA SECUNDÁRIA HIPOTIREOIDISMO TEM ESTRÓGENO NÃO TEM ESTRÓGENO HIPERPROLACTINEMIA Causa: Destruição camada basal • Sd. Ashermann • Curetagem • Infecção – Endometrite • Sinéquias Conduta: GnRH Alto à Hipófise Baixo àHipotálamo 135 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: CLAUDETE MARTINS GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slide e áudio: Infecções Sexualmente Transmissíveis Aula 1 – 30/03/2017 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Qual o diagnóstico mais provável em uma mulher de 35 anos que apresenta corrimento vaginal, cujo odor piora após o coito e ao exame o pH é igual a 5? a) Vaginose bacteriana b) Trichomoníase c) Leucorre fisiológica d) Corrimento pós-coito normal Pacientes quando chegam ao consultório vão dizer o que as incomodam nos mínimos detalhes. A gardnerella o cheiro é característico por que a paciente diz que piora na menstruação, o cheiro de peixe podre, e piora na relação sexual, onde o pH se modifica. • Resposta: Vaginose bacteriana Comentários: Na candidíase há um corrimento branco e espesso, com ardor e prurido vulvar, se desenvolvendo em um pH vaginal ácido <4,5. Na vaginose bacteriana o corrimento é branco-acizentado, em pequena quantidade com odor extremamente fétido, aparecendo em pH vaginal tendendo a neutro-alcalino. No trichomoníase o corrimento é amarelo- esverdeado em grande quantidade e é acompanhado de qualquer outro sintoma, em um pH também acima de 4,5. OBSERVAÇÃO: Minhas provas eu coloco casos clínicos, só que não tem múltipla escolha. Então, eu coloco pedindo o diagnóstico e o diagnóstico diferencial (comentários), do jeito que está. PREVENÇÃO Ø Informação para a população geral; Ø Atividades educativas que priorizem: a percepção de risco, as mudanças no comportamento sexual; Ø Promoção e adoção de medidas preventivas; Ø Aconselhamento das pessoas portadoras de DST e seus parceiros; Na Trichomoníase é muito difícil o aconselhamento para os homens, pois eles não apresentam sintomas. É difícil convencer que ele está doente. Ø Estimular a adesão ao tratamento; Ø Promoção e disponibilização de preservativos em todos os serviços públicos; PARCEIROS SEXUAIS Serão considerados parceiros, para fins de tratamento ou profilaxia, os indivíduos com quem o paciente relacionou-se sexualmente nos últimos 30 dias. ABORDAGEM AO PORTADOR DE DST 136 MEDBOOK Exercício da sexualidade; Estar bem resolvido ou não sobre sua sexualidade (o médico), não pode deixar explicito sua posição, se é homofóbico ou não. Valores sexuais do paciente; Valores sexuais do profissional de saúde; 137 MEDBOOK Sífilis primária SLIDE 7 (imagem que a professora mostrou, a imagem abaixo foi retirada da internet) 1. SÍFILIS TRATAMENTO: Penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM (1.200.000 UI em cada glúteo) dose única. OBS: As minhas questões de DSTs possuem gravuras. Gravem bem elas. SINONÍMIA: Lues, cancro duro CONCEITO: Doença infecto-contagiosa de evolução sistêmica (crônica), ocorrendo pelo contato sexual e por outros contatos íntimos (dentro do contato sexual). Pode ser transmitida da mãe para o feto, ou pelo contato da criança com as lesões maternas durante o parto. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 21 a 30 dias após contato infectante. Porém pode variar de 10 a 90 dias, dependendo do número evirulência de bactérias infectantes e da resposta imunológico do hospedeiro. AGENTE ETIOLÓGICO: Treponema pallidum àTratamento da gestante é exatamente igual ao da não gestante; Se a paciente está grávida e tem alergia a Penicilina o que você faz para que o bebê seja considerado tratado? Você interna a paciente, faz dessensibilização da paciente para penicilina e aplica penicilina. Nessa aula é necessário saber que para se considerado o bebê tratado tem que usar penicilina. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Nas lesões recentes: pesquisa de treponema, bacterioscopia em campo escuro, Imunoflorescência direta. • Sorologia não treponêmica: VDRL, RPR • Sorologia treponêmica: FTA-Abs; Elisa 138 MEDBOOK OBSERVAÇÃO: Se tiverem uma questão que pergunte como se chama o cancro de inoculação da sífilis, vocês respondam que é o cancro duro. Pergunta da aluna: Em quantos dias desaparece esse cancro? Resposta: Em 30 dias mais ou menos se tratar ou não fizer nada (não significa cura, mas significa que avançou para sífilis secundária). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Herpes simples, cancro mole (mais de uma lesão, auto inoculável (onde a secreção encosta forma outra ferida)), cancro misto de Rollet (cancro duro + cancro mole), donovanose, farmacodermia, viroses exantemáticas, fissuras e ulcerações traumáticas. RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL OBERVAÇÃO: NÃO VOU FAZER PERGUNTAS SOBRE GESTANTES COM DSTs, ISSO É PARA O PRÓXIMO SEMESTRE. • A gestante deve efetuar pelo menos dois testes sorológicos, um na primeira vista e outro entre 28 e 32 semanas de gestação e no período periparto. • Ocorrendo lesões genitais: investigar rapidamente • Não há indicação de solicitação de sorologia imediatamente após o tratamento • A sorologia pode permanecer reatora em títulos baixos (até 1:8) por toda vida, mesmo após o tratamento correto. Pode significar falso-positivo ou cicatriz sorológica. A sorologia pode dar até 1:8 e ser cicatriz, mas se for uma paciente em que fiz tratamento e um mês depois eu faço VDRL e vem 1:16 eu vou pensar o que? É por que o paciente não tratou corretamente ou se ela se infectou novamente. CAUSAS DE FALSO-POSITIVOS :Doenças infecciosas como a tuberculose, doenças do colágeno como lúpus eritematoso sistêmico. VDRL positivo tem que pedir FTA-Abs para confirmar o diagnóstico. • FTA-Abs- realizado por meio da imunofluorescência indireta. • O FTA-Abs é realizado para confirmação diagnóstica quando o VDRL positivo. • FTA-Abs (+) e VDRL (-) duas possibilidades: ü se a gestante já foi tratada alguma vez para sífilis, trata-se de cicatriz sorológica. ü caso nunca tenha sido tratada, 50% terão clareado (desaparece pela própria reação do organismo) a bactéria do organismo. Neste caso o tratamento empírico faz necessário. TRANSMISSÃO VERTICAL • Em todas as fases clinicas de manifestação da sífilis, pode haver transmissão vertical da doença por passagem transplacentária • Dos fetos de gestantes com sífilis não tratada, de 70 a 100% serão infectados • O risco de transmissão cai para 1 a 2% em gestantes tratadas. • O feto só é acometido a partir de 16 semanas, em razão da imaturidade do sistema imunológico. Em gestações abaixo de 16 semanas, pode ocorrer o abortamento. REPERCUSSÕES FETAIS 139 MEDBOOK Alterações de funções hepáticas: (isso é questão de prova!!!) Ø Hepatomegalia Ø Trombocitopenia Ø Anemia Ø Ascite • A gente vê todas essas alterações na USG A placenta apresenta-se e amentada e edematosa com sinais evidentes de processo inflamatório. O acometimento neonatal pode causar lesões em órgãos internos, como pulmão (pneumonia Alba de Virchow), fígado (cirrose hipertrófica), baço e pâncreas Também cursa em osteocondrite em ossos longos, como o fêmur, a tíbia e o radio. SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA É quando o diagnostico é realizado após 2 anos de vida da criança. • Alterações: ü Neurologicas: Lesão do 8 par craniano (mais importante). Ceratite intersticial, periostite dos ossos frontais do crânio, tíbia em sabre e o característicos dentes de Hutchinson TRATAMENTO E CONTROLE DE CURA ü Recente: (primária) e latente até 01 ano: penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM (1.200.000 em cada região glútea), dose única ü Latente com mais de 1 ano e tardia: penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM por semana, durante 3 semanas NEUROSSIFILIS: Penicilina G cristalina de 2.000.000 a 4.000.000 UI EV de 4/4h por 10 a 14 dias (tem que internar a paciente), seguido de penicilina G benzatina 2.400.000 UI IM semanalmente, por 3 semanas. *Drogas alternativas: (funciona para as não gestantes) Ø Azitromicina 1g VO por semana, durante 2 ou 3 semanas para sífilis até 1 ano diagnosticada. Ø Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou Ø Eritromicina ou tetraciclina 500mg VO 6/6h, durante 14 dias para sífilis até 1 ano e durante 40 dias para sífilis com mais de 1 ano. 2. CANCRO MOLE 140 MEDBOOK SINONÍMIA: cancroide, cancro venereo simples, cavalo INCUBAÇÃO: de 2 a 5 dias AGENTE ETIOLÓGICO: Haemophilus ducrey MANIFESTAÇÕES: Lesões múltiplas, ulceradas, com bordas irregulares, auto-inoculaveis, acompanhadas de adenite unilateral (bubão) ü Homem: os locais mais frequentes são o freno, sulco balanoprepuccial ü Mulher: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios da vulva. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ü Exame direto das lesões: bacterioscopia pelo método de Gram ü Cultura: semear imediatamente após a coleta ü PCR: mais usado em pesquisas ü Biópsia de ulcera genital poderá ser útil no diagnostico diferencial ou em casos nãos responsivos a terapia empregada. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: As ulceras genitais são presentes em DST como sífilis, cancro, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo e outras doenças não DST como a síndrome de Behçet, pênfigo, doença de Crohn e líquen erosivo plano. TRATAMENTO: Os regimes de tratamento recomendados pelo CDC são: Ø Azitromicina 1g VO (dose única) Ø Ceftriaxone 250mg IM (dose única) Ø Ciprofloxacina 500mg VO 2xdia, durante 3 dias Ø Eritromicina 500mg VO3x ao dia por 7 dias. Ciprofloxacina não é recomendado na gravidez e lactação. 3. DONOVANOSE 141 MEDBOOK SINONÍMIA: Granuloma inguinal, granuloma ulcerativo, ulcera venérea crônica, granuloma donovani. CONCEITO: doença progressiva, caracterizada por lesões granulomatosas, ulcerosas, indolores e auto-inoculáveis.(diferente do cancro mole, a donovanose é INDOLOR) Acomete mais peles e mucosas dos genitais, perianais e inguinais. INCUBAÇÃO: 3 dias a 6 meses MANIFESTAÇÕES: são ulceras de bordas planas, com fundo granulomatoso de aspecto vermelho vivo e sangramento fácil (quando toca com espátula, sangra. Geralmente a cicatriz fica retraída, as vezes precisando até de cirurgia plástica) DIAGNÓSTICO: a cultura do organismo causador da doença é difícil de ser obtida, e o diagnostico requer a visualização de corpúsculos de Donovan em amostras citológicas ou biopsia local com coloração de Wright, Giemsa ou Leishman. TRATAMENTO: Ø Eritromicina 500mg VO 6/6h por no mínimo 21 dias ou até a cicatrização completa de todas as lesões, considerada critério de cura. (critério de cura cai na prova) ü Deve-se considerar o uso de um aminoglicosídeo associado a antibioticoterapia (gentamicina 1mg/kg/dia EV de 8/8h) pelo fato de não ser possível o uso dos antimicrobianos de primeira escolha durante a gestação (doxiciclina ou ciprofloxacino) ü Por ser doença de baixa infectividade, o tratamento dos contactantes sexuais não é necessário. ü Tem uma confusão de ideias nessa ultima parte, pois aluna questiona “se ohomem é transmissor, ele não deveria ser tratado para não transmitir mais?” àProfessora diz que a literatura não fala no tratamento do homem, mas ela acha que tem que tratar. (ela não explica o tratamento) 4. PAPILOMA VÍRUS 142 MEDBOOK SINONÍMIA: condiloma acuminado, verrugas anogenital, crista de galo, HPV CONCEITO: Causada pelo HPV é a virose mais comum transmitida por via sexual. Todavia, nem sempre pode-se definir o modo e quanto a contaminação ocorreu. É mais prevalente nas mulheres e está ligado as neoplasias intraepiteliais do colo uterino. Observação: só é percussor do câncer, se for no colo do útero INCUBAÇÃO: 3 semanas a 8 meses GESTANTES: vulva, perianal, mucosa vaginal, éctocervice e intra-anal. Maior prevalência: fúrcula, grandes lábios vulvares e pequenos lábios. As verrugas internas são muitas vezes acompanhadas de lesões internas cervicais, inclusive de lesão intraepitelial. É frequente a piora das manifestações clinicas na gravidez por causa da redução da atividade imunológica celular. TRATAMENTO: ü Baseado na presença de lesões e sintomatologia de qualquer ordem. ü Remissão espontânea: 20 a 30% em 3 meses ü Na gravidez o tratamento pode ser realizado por método abiativo químico ou físico (com destruição tissular) ou por meio de exérese cirúrgica. (a remoção cirúrgica é a melhor opção na gravida) ü Ácido tricloroacético a 80 a 90% de concentração, semanalmente , até o desaparecimento das verrugas. Ø Podofilina e acido tricloacético (NÃO pode na gravida) Ø Cauterização (pode na gravida) Ø Imiquimode (pode na gravida, mas é muito caro) • Por acreditar na transmissão sexual e na associação de DST, somos favoráveis à consulta dos parceiros VIA DE PARTO: ü O parto pode ser normal, desde as lesões não estejam no canal de parto. ü A cessaria está indicada para todos os casos em que a condilomatose funcione como tumor prévio ou quando houver risco de sangramento excessivo no canal de parto ü Não há evidencias cientificas que comprovem que o parto cesárea previne a transmissão vertical do HPV, uma vez que não se sabe se a via de transmissão é transplacentária, perianal ou pós-natal 5. HERPES SIMPLES GENITAL 143 MEDBOOK Doença infectocontagiosa sujeita a crises de repetição O contato com lesões ulceradas ou vesiculadas é a via mais comum de transmissão, mas pode se dar também através do paciente assintomático. Ø Valaciclivir 500mg/1000mg 1x ao dia por 6 meses (nesse caso, esse é o melhor, porém é muito caro, média de:600 reais 1 caixa, e o SUS não oferece ) Ø Fanciclovir 250mg 2x ao dia por 6 meses MANIFESTAÇÕES: Primomanifestação: eritema, ardor, prurido e dor. Sobre a base eritematosa, aparecem vesículas agrupadas, permanecem por 4 a 5 dias e depois erosão. Todo esse processo dura de 2 a 3 semanas. (quando tem primoinfecção, a mulher tem chance de ter várias repetições ao decorrer da vida, principalmente se estieverem em momentos de muito estresse, tristeza e TPM) INFECÇÃO RECORRENTE: (todos que já tiveram varicela quando criança tem possibilidade de desenvolver herpes labial e/ou genital) Como a herpes simples vírus fica latente na bainha de mielina de nervos periféricos, novos surtos são esperados. COMPLICAÇÕES: Infecção no sistema nervoso central ou doença disseminada. A infecção neonatal é a de mais alta frequência. DIAGNÓSTICO: é Clínico. A cultura e Biópsia são raramente utilizadas, pois sua sensibilidade diminui com a duração da lesão. TRATAMENTO NA GESTANTE: Medidas de suporte: analgésicos, banho de acento com chá de camomila gelado, gel de lidocaína. Antivirais: Ø Aciclovir 200mg 5X ao dia por 5 dias Ø Fanciclovir 250mg 3X ao dia por 5 dias Ø Valaciclovir 500mg 2X 5 dias Episódios recorrentes: aciclovir 400mg VO 2X ao dia por todo período gestacional. TRATAMENTO DA NÃO GRÁVIDA: ü Primoinfecção: Ø Aciclovir 400mg 3x ao dia de 7 a 14 dias Ø Valaciclovir 1000mg 2x ao dia de 7 a 14 dias Ø Fanciclovir 250mg 3x ao dia de 7 a 14 dias ü Recorrente: Ø Aciclovir 400mg 3x por 5 dias Ø Valaciclovir 500mg 3x por 5 dias Ø Fanciclovir 125mg 2x ao dia por 5 dias ü Supressão (quando tem mais de 6x por ano) Ø Aciclovir 400mg 2x por 6 meses (oferecido pelo SUS) 144 MEDBOOK 6. TRICOMONÍASE 145 MEDBOOK CONCEITO: Causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. É uma DST clássica curável PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 1-2 semanas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:] ü Corrimento amarelo esverdeado, bolhoso, com odor desagradável, ardência ao coito e colpite difusa. Colpite multifocal em 2% dos casos pequenos, pontos hemorrágicos (Strawberry cervix) ü Muitas apresentam prurido vulvar ü A maioria dos homens infectados são assintomáticos OBSERVAÇÃO: COLO com aspecto tigroide = tricomoniase) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ü Microscopia: no exame a fresco, protozoário movendo-se ativamente entre as células e os leucócitos. ü Bacterioscopia pelo GRAM: identificação do protozoário e aumento dos leucócitos. ü Cultura em meio de Diamond: elevada sensibilidade e especificidade > 95%, deve ser considerada em caso de dúvida. 146 MEDBOOK TRATAMENTO DA NÃO GRÁVIDA: Ø Metronidazol 2g. VO, dose única de 250mg VO de 8/8h por 7 dias. Ø Secnidazol 2g. VO dose única. Ø Tinidazol 2g VO dose única. A administração VO é mais resolutiva que a via vaginal. Recidivas e resistência ao metronidazol: O CDC propõe: Ø Tinidizol 2g VO DU, nos casos de falhas Ø Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias (7 gramas) Ø Metronidazol ou tinidazol 2g/dia por 5 dias *CDC: Centros de Controle e Prevenção de Doenças (em Inglês: Centers for Disease Control and Prevention – CDC) – informação retirada da internet TRATAMENTO DA GESTANTE: Droga da escolha: metronidazol - não é recomendado seu uso no primeiro trimestre da gestação. (então se a paciente gravida chegar com tricomoníase antes do primeiro trimestre, não trata, tem que esperar completar o primeiro trimestre) Ø Metronidazol 500mg VO 2x ao dia por 5-7 dias; Ø Metronidazol 2g VO DU Efeito colateral: náusea e vômito Ø Tinidazole não recomendável da gravidez (categoria C) Parceiros: tricomoniase no homem é, habitualmente, assintomático e transitória. Por ser uma DST o parceiro deve ser tratado obrigatoriamente. 147 MEDBOOK 7. GONORREIA ü É mais fácil dar o diagnostico no homem, devido a essa secreção mostrada na imagem. SINONÍMIA: doença gonocócica, pingadeira, gota matinal, esquentamento e corrimento. CONCEITOS: doença infectocontagiosa de mucosas, clássica DST sendo excepicional a contaminação acidental ou por fômites. Estima-se que mais de 60 milhoes de casos ocorram no mundo a cada ano. No brasil são mais de 1,5 milhão a cada ano. INCUBAÇÃO: 2-10 dias após contato infectante. AGENTE ETIOLÓGICO: Neisseria gonorrhoaea. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ü Homem : formigamento ou prurido intrauretal, com disúria logo após surgir o fluxo uretral mucoso que logo se torna muco purulento com eliminação oabundante e espontanea ou a mais leve pressão. ü Mulher: disúria, urgência urinária e, menos frequente secreção amarelada. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ü Bacterioscopia e cultura por meio seletivo. COMPLICAÇÕES: ü Homens: balanopostite, prostatite, epididimite e estenose da ureta. ü Mulher: Bartholinite( se a mulher apresentar, faz o exame pra gonorreia, mas já começa a tratar), salpingite (doençainflamatória pélvica) e pelviperitonite. ü No homem o critério de cura é basicamente clínico (quando deixa de ter a secreção, “pingadeira matinal) ü Na mulher, faz-se necessária a cultura do material endocérvico de 7 a 10 dias após o término do tratamento. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ü Bacterioscopia da secreção uretal pelo GRAM: evidencia a presença de diplococos gram – no interior de polimorfonucleares. (ATENÇÃO: somente na gonorreia dá isso, pode cair na prova) ü Cultura: meio seletivo de Thayer- Martin ü Em uretrites agudas no homem, a bacterioscopia é um bom método. ü Na mulher, a cultura de material de canal cervical é a melhor opção. 148 MEDBOOK ü PCR ou Captura híbrida. TRATAMENTO E CONTROLE DE CURA: Ø Azitromicina 2 comp 500mg (dose total 1grama) + ofloxacina 400mg VO dose única, OU doxiciclina solúvel 100mg VO de 12/12h durante 7 dias + tianfenicol 500mg VO 12/12h por 7 dias. TRATAMENTO DA GESTANTE: Ø Estearato de Eritromicina 500mg VO de 6/6h por 10 dias OU ampicilina 3,5g dose única VO precedido de probenecide 1g dose única OU amoxicilina 3g dose única VO procedido de probenecide 1g dose única. 8. CHLAMYDIA TRACOMATIS 149 MEDBOOK Quando a mulher aparece sempre com leucorréia, e o médico não encontra a causa, deve-se pensar em clamydia, e tratar como tal. SINONÍMIA: uretrite não gonocócica, UNG, cervicite, doença inflamatória pélvica. CONCEITO: DST que se apresenta em forma de uretrite, endocervicite, oftalmia. INCUBAÇÃO: 2 semanas, podendo extender até 1 mês ou mais. AGENTE ETIOLÓGICO: Chlamydia tracomatis. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: ü Homens: principal quadro é uretrite com secreção clara e mucoide raramente purulenta, acompanhada de disúria leve ou moderada. ü Mulheres: endocervicite com muco cervical igual ao da uretrite masculina. Mais da metade dos homens e das mulheres afetados pela clamídia é oligo ou assintomático. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ü A sorologia só tem indicação nos casos de infecções complicadas, como salpingite, artrite, pneumonia, etc. ü O diagnóstico é complicado, geralmente é feito por exclusão COMPLICAÇÕES: Epididimite, orquite, prostatite, salpingite, pelviperitonite, infertilidade, esterelidade e artrite. OBSERVAÇÕES: No mundo são mais de 90 milhões de casos a cada ano. E a maior parte delas é assintomática. 1/3 das mulheres com Clamídia terá DIP. Se eu perguntar “qual o agente etiológico do linfogranuloma venéreo?” vocês colocarão: clamydia. 150 MEDBOOK TRATAMENTO: Ø Azitromicina 1g VO dose única OU doxiciclina 100mg 2x ao dia por 7 dias. TRATAMENTO DA GESTANTE: Ø Azitromicina 1g VO dose única ou amoxicilina 500mg VO de 8/8 por 7 dias 151 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DRA. POLIANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA: THAY Slides e áudio - Sangramento uterino anormal. Aula 2 - 11/04/17. SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL • Sangramento uterino anormal à Amenorreia, hipermenorreia • Fase variável – Fase proliferativa – 1ª fase ciclo • Fase fixa – Fase secretora – 2ª fase ciclo à Porque o corpo lúteo tem um tempo de vida praticamente igual – Dura SEMPRE 14 dias • Quando formos pensar em sangramento uterino anormal, em problemas hormonais, a alteração pode acontecer na primeira ou na segunda fase, mas temos que lembrar das características de cada uma. • Estrogênio à Proliferação do endométrio • Progesterona à Mantém e amadurece o endométrio, para caso ocorra a implantação PARTE HORMONAL – EIXO HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE - OVÁRIO 152 MEDBOOK • Só para lembrar à Hipotálamo libera GnRH à Estimula a hipófise para liberação das gonadotrofinas FSH e LH à Estimulando ovário para produção de estrogênio e progesterona, basicamente à Hipotálamo reconhece e diminui sua produção de GnRh, FSH e LH(feedback negativo) DEFINIÇÃO • Ausência de alteração orgânica o Anatômica à Gônada o Sistêmica • 80% ciclos anovulatórios à Problema na ovulação à Por fatores hormonais diretos no ovário ou não • 20% ciclos ovulatórios à Vai haver ciclos ovulatórios • Diagnóstico de exclusão à Portanto, somente pode ser atribuído, quando a causa orgânica não for encontrada FASES • O sangramento uterino anormal pode ocorrer em 3 fases: o Infância – Adolescência o Idade reprodutiva o Pós-menopausa • Duas épocas mais comuns de ocorrer sangramento uterino anormal à Adolescência (imaturidade do eixo) e climatério – menopausa (deficiência hormonal do eixo) DURAÇÃO DO CICLO MENSTRUAL • A duração do ciclo normal varia de 30 a 25 dias. • O fluxo menstrual dura aproximadamente 2 a 8 dias , média de 4 dias • Perda sanguínea média de 35 ml por ciclo 153 MEDBOOK MANUAL DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DA SOGIMIG, 2012 • A duração do ciclo menstrual normal varia de 21 a 35 dias, com média de 28 dias • Até 35 dias consideramos que está normal • Ciclo de 21 dias à Vai acabar sangrando duas vezes no mês • O fluxo menstrual dura aproximadamente 2 a 6 dias • Perda sanguínea de 20 a 60 ml BEREK E NOVAK, 15ª EDIÇÃO, 2012, e 14ª EDIÇÃO, 2008 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CICLO, FLUXO E INTERVALO ENTRE OS CICLOS DURAÇÃO CICLO VOLUME DO FLUXO INTERVALO ENTRE CICLOS Hipomenorreia Diminuição da duração Oligomenorreia Diminuição da quantidade do fluxo e o período. Pode não se alterar Prolomenorreia Ciclo a cada 25 dias Hipermenorreia Aumento da duração Menorragia Aumento fluxo. Período de duração não altera Polimenorreia Ciclo a cada 15 dias Metrorragia Sangramento fora do período menstrual Opsomenorreia Ciclo a cada 30-40 dias Menometrorragia Sangramento aumentado no período menstrual que se estende fora do período. Espaniomenorreia Ciclo a cada 2-3 meses MENACME • Duração? • Volume? • Intervalo? • Sempre buscamos essas questões para poder classificar o ciclo EPIDEMIOLOGIA • Poucos estudos epidemiológicos de boa qualidade • 40% das consultas em estudos brasileiros à Quase metade das pacientes em consultas ginecológicas, queixam-se de alteração de ciclo menstrual à Até esclarecermos quem nem todas tem sangramento uterino anormal • Grande importância à Impacto na qualidade de vida, produtividade, utilização de serviços de saúde à Paciente que sangra 5 dias, mas exageradamente (menorragia) à Não consegue trabalhar nem estudar à Sonolêcia, mal estar, cansaço à Compromete a qualidade de vida da paciente, pode causar anemia. PRINCIPAIS CAUSAS DE SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL (SUA) 154 MEDBOOK ASSOCIADAS A DOENÇAS FISIOLÓGICAS OU ATROGÊNICAS Doenças da gestação, abortamento Disfunção do córtex cerebral Prenhez ectópica, doença trofoblástica Imaturidade do eixo H-H-O Pólipo placentário Estresse psíquico ou emocional Miomatose uterina, adenomiose Digitálicos Tumores de colo, vagina e endométrio Drogas com ação depressora hipotalâmica Cervicite, endometrite, salpingite Dispositivo intrauterino (DIU) Trauma genital ou corpo estranho Terapia de reposição hormonal Pólipo endometrial Esteróides sexuais Endometriose Fenitoína Síndromes dos Ovários Policísticos Anticoagulantes Doenças tireoidianas Galactorreia v FISIOLÓGICAS • Drogas que agem no SNC – ação depressora hipotalâmica à Vão atuar na região que deveria estar produzindo hormônios, podemcausar desequilíbrio eixo e causar distúrbio na liberação dos fatores de liberação de gonadotrofinas. • DIU à Corpo estranho, útero contrai para tentar eliminar e acaba machucando o endométrio, gera reação inflamatória à A pessoa menstrua, mas o DIU fica ali atrapalhando a reepitelização do endométrio • Galactorreia à Pode ser fisiológico no pós-parto ou hiperprolactinemia (inibe o eixo e gera amenorréia) • Paciente chegou no pronto-socorro com sangramento anormal: QUAL 1º EXAME A SER SOLICITADO? BETA HCG!!! à Abortamento ou gestação em curso normal, que tenha sangramentos no início. v ASSOCIADAS A DOENÇAS • Gravidez ectópica à Implantação nas trompas, paciente geralmente sangra • Doença trofoblástica à Teve um abortamento, fez uma curetagem, e meses depois começou a ter sangramento anormal à Pode ser uma Doença trofoblástica, uma Neoplasia trofoblástica gestacional (DTG), não podemos descartar • Paciente vem para fazer preventivo, mas está com sangramento frequente à Verificar se o sangramento é uterino (menstruação) ou no colo do útero (neoplasia – fazer citologia oncótica) • Inflamações (salpingite, endometrite, cervicite) à Também podem sangrar à O tecido fica muito congesto, muito friável, e por um esforço da paciente ou após relação sexual, pode sangrar • SOP à Já tem tendência a ter alteração anormal CLASSIFICAÇÃO 155 MEDBOOK • SUA Agudo • SUA Crônico • SUA Anovulatório • SUA Ovulatório SUA ANOVULATÓRIO • Frequente? • Prolongada? • Intensa? Quantos absorventes?Absorvente noturno? Normal = 3 absorventes/dia ou 1 pacote ou mais um pouco/ciclo • Após período amenorréia? • OBS.: Em ciclos anovulatórios, a secreção de estrogênio é contínua à Estrogênio prolifera o endométrio. Se você tiver um distúrbio de proliferação contínua do endométrio, uma hora as arteríolas não conseguem nutrir, aí ocorre o sangramento • Proliferação endometrial à Sangramento irregular, prolongado e intenso. ATENÇÃO! PARA FINS DE DIAGNÓSTICO • Ciclos maiores de 42 dias • Ciclos menores que 21 dias • Sangramento por mais de 8 dias • Devem ser considerados anormais, principalmente depois dos primeiros 2 anos após menarca GERENCIANDO O DIAGNÓSTICO • Anamnese detalhada • Exame físico e ginecológico à Paciente sangrando tem que fazer exame ginecológico (não necessariamente fazer preventivo), mas tem que olhar e ver de onde vem o sangramento • Exames laboratoriais: o Teste de gravidez à Qualquer que seja sua declaração sobre atividade sexual o Hemograma com contagem de plaquetas à Rastrear coagulopatias, alteração plaquetas, discrasias sanguíneas o Provas tireoidianas • Exames de imagem: o USG transabdominal (quando nunca teve relação sexual) ou transvaginal (se já teve relação sexual) à Não se deixa de fazer quando está sangrando de forma anormal (quando está menstruando não precisa) o Histerossonografia o Histeroscopia/Curetagem o Histopatológico de biópsia de endométrio o RM para anomalias anatômicas 156 MEDBOOK TRATAMENTO – FASE AGUDA • Excluir gestação à Tópica ou ectópica • Estrogênios conjugados à Para reepitelizar endométrio, 25mg, IV (não existe mais estrogênio IV, hoje em dia se faz oral), 4/4h, ocorre proliferação e estabilização rápida do endométrio; 72% de eficácia contra 38% placebo • Estrogenioterapia oral • Curetagem à Paciente não consegue ingerir medicação • Ácido tranexâmico à 1g a 1,5g, IV, 6/6h à Ajuda a reduzir sangramento • Tamponamento à Sonda de Folley à 10 a 30ml de solução salina à Faz pressão no endométrio e alivia o sangramento, estabiliza a paciente, até ter tempo para fazer tratamento adequado TRATAMENTO AINES • Sangramentos não muito aumentados • Ácido mefenâmico à Naproxeno e ibuprofeno • Redução de expressão de prostaglandinas vasodilatadoras • Posologia à De acordo com cada medicação, usar 5 dias, iniciando no primeiro dia do ciclo SUA OVULATÓRIO • Características o Cíclico, padrão menstrual 24-35 dias o Sangramento com: Número de dias á; volume menstrual á o Antes da menstruação – 2ª fase à Problema/insuficiência corpo lúteo à â progesterona à Dar progesterona para regularizar • Causas o Alteração das prostaglandianas § PGF-2 â § PGE-2 â § PGI-2 á TRATAMENTO SUA CRÔNICO • Sistema uterino de Levonorgestrel (SIU-LNG) o Redução de 96% do sangramento em 6 meses o Diferença de redução de sangramento significativa estatisticamente representa 60% das indicações cirúrgicas o Progestogênios orais à Indicados para mulheres em menorragia associada a ciclos irregulares TRATAMENTO ESTROGÊNIO + PROGESTERONA • Redução do fluxo em 43% • Muitas vezes, só a progesterona não consegue regularizar o ciclo • 1ª fase à Só estrogênio (14 dias) 157 MEDBOOK • 2ª fase à E + P (10-12 dias) TRATAMENTO ANDROGÊNIOS • Danazol à Estudos mostram efetivo (50%) na redução, contudo há efeitos colaterais • Mais efetivo que ácido mefenâmico • Não são muito utilizados à Caros e não acessíveis TRATAMENTO AGONISTA GnRH • Melhores resultados em mulheres com miomatose • Efeitos colaterais à Náuseas e cefaléias • Redução signifcativa do sangramento à Amenorreia • Associar estrogênio + progesterona • Estimular indiretamente na liberação das gonatrofinas TRATAMENTO HISTERECTOMIA • Vaginal à Histeroscópica assistida – Abdominal • Paciente que descartamos doenças, outras causas, e sangra muito, anemia, de difícil controle, com prole completa à Tratamento cirúrgico – Histerectomia (após inúmeras tentativas de controle do sangramento) TRATAMENTO ENDOMETRIAL HISTEROSCÓPICA (HEA) – ABLAÇÃO ENDOMETRIAL HISTEROSCÓPICA • Necessita habilidade do cirurgião • Retirada do endométrio da paciente à Curetagem à Paredes colabam = Sinéquia • Indicação à Paciente hipertensa grau III, por exemplo • Laser à Fibra de quartzo pequeno e grande tempo cirúrgico • Eletrocoagulação à Menor tempo cirúrgico, resultados semelhantes • Complicações à Absorção do fluido de distensão. TRATAMENTO CURETAGEM 158 MEDBOOK • Hipertermia local TRATAMENTO CRIOTERAPIA • 10-20 minutos • Resultados semelhantes a HEA • Não se utiliza muito TRATAMENTO ABLAÇÃO • Radiofrequência • Útero simétrico • Eficácia semelhante à HEA TRATAMENTO CIRÚRGICO • Ablação endometrial à Conservador • Miomectomia à Desejo gestacional, paciente jovem • Embolização artérias uterinas à Emboliza a artéria que nutre o mioma e ele morre, há hiporofia do mioma à Caro, mas nem sempre dá certo, o mioma não some completamente muitas vezes • Histerectomia à Falha dos outros métodos ou contra-indicação, paciente hemofílica • Cirurgia via laparoscópica à Sem cortes. Traciona útero por baixo, solta todos os ligamentos por cima, depois retira o útero pela vagina. NÃO PODE ESQUECER • Anamnese muito bem feita à ver se tem anemia, perguntar da menstruação • Excluir gravidez 159 MEDBOOK • Causa: o Problema está no útero ou não? Pode intervir de imediato? o Coagulopatias? o Mioma? o Medicamentos? § Anticoncepcional oral, toma todos os dias? Não esquece? Porque quando esquece, pode iniciar sangramento anormal; § Anticoncepcional injetável, pode ser erro de técnica, agulha adequada (30x7 ou 30x8 para atingir intramuscular profundo. Se aplicar com agulha 25x7 fica fora do local ideal, subcutâneo, absorve antes do dia)160 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: POLYANA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JULIA. PRODUTORA: JULIA Slides e áudio: FIBROMIALGIA E OSTEOPOROSE Aula 3 - 18/04/2017 FIBROMIALGIA è Dor no tecido fibromuscular • Síndrome dolorosaàChama de Síndrome porque são muitas características em uma doença só • Caracterizada por dor difusa: ü Nos músculos ü Tendões ü Ossos e ü Articulações è É uma dor generalizada • Os exames laboratoriais NÃO dão alterados • Acomete mulheres e homens SÍNDROME DA FIBROMIALGIA • Síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema músculo - esquelético, podendo apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas. • Ausência de substrato anatômico na sua fisiopatologia e por sintomas que se confundem com a Depressão Maior e a Síndrome da Fadiga Crônica HISTÓRICO • 1843:Frioriep, descobriuos pontos dolorosos da fibromialgia e definiu suas características • 1904:Gowers, define os sintomas, tais como “sensibilidade local e a dureza das fibras musculares”à PRIMEIRO A CHAMAR DE FIBROMIALGIA è Alguns ainda consideram-na uma Síndrome de Somatização (de sintomas) • 1980: Passou a ser caracterizada como uma Síndrome de dor crônica, real, causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor à A dor é subjetiva, essa dor existe, o paciente sente a dor • Os exames laboratoriais são normais mas a dor existeà Paciente sente dor • 1990 (COLÉGIO AMERICANO DE REUMATOLOGIA): Critérios de classificação da fibromialgia è Validados para a População Brasileira 161 MEDBOOK • Sensibilidade dolorosa em sítios anatômicos preestabelecidos àTENDER POINTS • Tender points: locais específicos que o paciente sente dor ao ser examinado • Analisar todos os pontos específicos (são 18 pontos dolorosos) e verificar quais são positivos • Uma pessoa normal não vai sentir tanta dor nesses Tender Point, já uma pessoa que tem fibromialgia a dor é muito intensa • O número de tender points relaciona-se com avaliação global da gravidade das manifestações clínicas, fadiga, distúrbio do sono, depressão e ansiedadeàNormalmente esses Tender Points positivos vão se relacionar com toda a avaliação da paciente, então a paciente vai ter outros sintomas além dos Tender Points positivos IMPORTÂNCIA • Primeira causa de dor musculoesquelética crônica:osteoartrite (fazer diagnóstico diferencial comosteoartrite) • 2% da população (5%a 10% nos ambulatórios de clínica) • Dor generalizada (Geralmente é a queixa) • Acompanhada por: à Fadiga à Problemas de memória àDistúrbios do sono à Depressão e ansiedade (depressão pode ser um quadro sutil que está associado) • Às vezes a paciente entra em um quadro depressivo pela angústia de conviver com tanta dor, dia e noite • Prevalência entre 30-50 anos (Auge da vida produtiva da pessoa, muito trabalho, muita preocupação, estresse) • Associada AR, LES, Sjorgren(Pode ter fibromialgia associada a essas doenças) • O reconhecimento da concomitância é extremamente útil, pois permitirá uma orientação terapêutica mais adequada • Estudos apontam para uma disfunção do processamento sensorial(Dor ocasionada por uma disfunção do processamento sensorial) • A dor desses pacientes é real • Os sintomas psicológicos (depressão, ansiedade) podem ser secundários à dor • Não é depressão que leva a fibromialgia, ou seja, a depressão, a ansiedade é secundária à dor, podem aparecer após a fibromialgia • A alteração do sono mais comum consiste na intrusão de ondas delta de sono profundo, levando a um sono não reparador(A pessoa não consegue entrar em um sono profundo) • Outros achados: diminuição do sono tipo REM, movimentos periódicos dos membros, síndrome das pernas inquietas (pode ter ou pode não ter), fadiga matutina e dor ao despertar QUADRO CLÍNICO • Polimorfo (Várias coisas nada a ver juntas) • Anamnese cuidadosa e exame físico detalhado 162 MEDBOOK • Sintoma presente em todos os pacientes é a dor difusa e crônica, envolvendo o esqueleto axial (tronco) e periférico (membros) • TODOS OS DIAS O PACIENTE TEM DOR; o paciente aprende a conviver com a dor • Não tem como definir de onde vem à dor porque a dor vem do sistema sensorial • Os pacientes têm dificuldade para localizar a dor. Podem apontar sítios periarticulares, sem especificar se a origem é muscular, óssea ou articular • Paciente fala que é uma “dor estranha”ànão consegue dizer especificadamente como é a dor • O caráter bastante variável (queimação, pontada, peso, “tipo cansaço” ou como uma contusão) • Comum o agravamento pelo frio, umidade, mudança climática, tensão emocional ou esforço físico • Sono não reparador • Fadiga (sensação de exaustão fácil e dificuldade para realização de tarefas laborais ou domésticas) • Diversos tipos de distúrbios de sono (ausência de restauração de energia e cansaço pela manhã) • Sensações parestésicas (não respeitam uma distribuição dermatômica)ànão respeitam terminações nervosas • “Sensação” de inchaço, principalmente nas mãos, antebraços e trapézios (não observada pelo examinador) à Se der diurético a pessoa não vai perder líquido ou se perder líquido é pouquinho mais o edema continua, não é aquele edema habitual. Não tem líquido extravasado para o meio extracelular • Cacifo negativo • Diurético tira líquido de tecido extracelular • É um manejo mais especializadoà Bloqueio venoso central ajuda um pouco ( Paciente fica no hospital, faz uso de uma medicação venosa à base de lidocaínae outros medicamentos associados, fica tomando soro, paciente tem que está monitorizado para não fazer bradicardia e depois de um ou dois dias a pessoa começa a diminuir o edema). Depois disso aumenta a diurese • Outros: cefaleia, tontura, zumbido, dor torácica atípica, palpitação, dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, tensão pré-menstrual, urgência miccional, dificuldade de concentração e falta de memória • 30% a 50% têm depressão (viver com dor não é fácil) e pode ter outros sintomas associados • Ansiedade, alteração do humor e do comportamento,irritabilidade FATORES DESENCADEANTES • Cortar o sedentarismoàPessoa que tem fibromialgia tem que fazer atividade física 163 MEDBOOK • Oscilações hormonaisà Por isso é mais frequente em mulheres. Oscilações hormonais ocorrem no climatério e a mulher fica mais susceptível • Traumas emocionaisà Emoções muito fortes • Traumas físicosà acidente, uma queda, uma agressão, qualquer coisa que leva à dor • Má postura EXAME FÍSICO • Tirando a avaliação dos Tender Points não vai ter muita coisa para encontrar • Fornece poucos achados • Geralmente pacientes em bom aspecto geral, sem evidência de doença sistêmica, sem sinais inflamatórios, sem atrofia muscular, sem alterações neurológicas, boa amplitude de movimentos e com força muscular preservada • Achar os pontos dolorosos = TENDER POINTS • São 9 pontos dolorosos BILATERAIS (9 do lado esquerdo e 9 do lado direito totalizando 18 pontos dolorosos) è “Pontos dolorosos” (TENDER POINTS) 1. SUBOCCIPITALà Na inserção do músculo subocciptal 2. CERVICAL BAIXOà Atrás do terço inferior do esternocleidomastoideo, no ligamento intertransverso C5 – C6 3. TRAPÉZIOà Ponto médio do bordo superior, numa parte firme do músculo 4. SUPRAESPINHOSOà Acima da escápula, próximo à borda medial, na origem do músculo supraespinhoso 5. SEGUNDA JUNÇÃO COSTOCONDRALà Lateral à junção, na origem do músculo grande peitoral 6. EPICÔNDILO LATERALà 2 a 5 cm de distância do epicôndilo lateral 7. GLÚTEO MÉDIOà Na partemédia do quadrante superior- externo na porção anterior do músculo glúteo médio 8. TROCANTÉRICOà Posterior à proeminência do grande trocanter 9. JOELHOà No coxim gorduroso, pouco mais acima da linha média do joelho 164 MEDBOOK http://www.home-health-care-physical-therapy.com/Fibromyalgia-Tender-Points.html • É importante saber esses pontos dolorosos(sendo 9 pontos bilaterais TOTALIZANDO 18 pontos dolorosos)à TENDER POINTS • Apertar com pressão quando for realizar o exame (Cuidado para não machucar o paciente) CRITÉRIO DE RESPOSTA DOLOROSA IMPORTANTE!!! • Pelo menos 11 dos 18 pontos, é recomendado como proposta de classificação, mas não devem ser considerados como essencial para o diagnóstico DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Síndrome de dor miofascial • Reumatismo extra - articular afetando várias áreas • Polimialgia reumática e artrite de células gigantes • Polimiosites de dermatopolimiosites • Miopatias endócrinasà hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, insuficiência adrenal • Miopatia metabólica por álcool • Neoplasias • Doença de Parkinson • Efeito colateral de drogas- corticosteroide, cimetidina, estatina, fibratos, drogas ilícitas TRATAMENTO • Tratamento principal é o alívio da dor • Tentar melhorar a qualidade de sono dessa paciente • Reestabelecimento do equilíbrio emocionalà procurar saber o que está acontecendo com a paciente • Tratamento específico de desordens associadas • Melhora do condicionamento físico • Melhora da fadigaàPara melhorar afadiga tem que melhorar o condicionamento físico da paciente tem que melhorar também o sono • Às vezes o paciente que tem fibromialgia o ideal é fazer uma hidroterapia com a água norma, depois uma hidroginástica até dar uma fortalecida para depois começar a fazer uma outra atividade fora da piscina • Educar e informar o paciente sobre a sua patologia (doença) • Informar os familiares também • Atitudes positivas frenteàs propostas terapêuticas e seus sintomas 165 MEDBOOK TRATAMENTO FARMACOLÓGICO • ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: è Agem alterando o metabolismo da serotonina e da noradrenalina, e nos nociceptores periféricos e mecânico – receptores promovendo analgesia periférica e central, potencializando o efeito analgésico dos opióides endógenos, aumentando a duração da fase 4 do sono n-REM, melhorando os distúrbios de sono e diminuindo as alterações de humor destes pacientes è Amitriptilina 12,5 a 50mg è Ciclobenzaprina10mg ü Começa com doses baixas • BLOQUEADORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA: è Quando usada em conjunto com um derivado tricíclico, pode amplificar a ação destes últimos no alívio da dor, do sono e bem estar global è Fluoxetina 10 a 40mg(antidepressivo) ü Usa doses baixas, começa com 10mg 166 MEDBOOK TRATAMENTO ALTERNATIVO • Acupuntura ü Estudos mais recentes demonstram que um grupo de pacientes pode melhorar da dor com a eletroacupuntura. Portanto, para algumas situações, a acupuntura pode ser um tratamento e aceitável, demonstrando melhora importante dos sintomas • Suporte psicológico ü 25% a 50% dos pacientes apresentam distúrbios psiquiátricos concomitantes, que dificultam a abordagem e a melhora clínica destes, necessitando muitas vezes de um suporte psicológico profissional. A abordagem cognitivo comportamental também é efetiva, desde que combinada com técnicas de relaxamento, ou exercícios aeróbicos, alongamentos e educação família. Esta última é extremamente importante, em especial por se tratar de uma enfermidade de longa duração, com queixas persistentes. Por outro lado, o apoio psicológico dos familiares conduz, com certeza, à melhor qualidade de vida • Atividade física ü Apresenta efeito analgésico; estimula a liberação de endorfinas, funciona como antidepressivo; e proporciona uma sensação de bem estar global e de autocontrole ü Bem dosada para não ser extenuante ü Início leve e “intensidade” aumentada gradativamente ü Bem planejada para ser tolerada desde o início e para manter a adesão do paciente por um período prolongado 167 MEDBOOK OSTEOPOROSE • Temos dois tipos de osteoporose: uma Primária e uma Secundária • Na Osteoporose Primária o laboratório é NORMAL(Vai pedir exames da paciente e não vai ter nada alterado) • Apesar de 80% dos casos se enquadrarem como Osteoporose Primária, este deve ser um diagnóstico de exclusão • A causa mais frequente de Osteoporose Secundária é a insuficiência ou a deficiência de vitamina D MENOPAUSA • Aumento da absorção óssea >risco de fraturas • Na época do climatério tem o hipoestrogenismo e o hipoestrogenismo está diretamente relacionado com a osteoporose na época da menopausa • Quando a mulher chega no climatério ela tem fogaço, perde cabelo, alteração da líbido • Tem-se o aumento da reabsorção óssea • Quando jovem tem uma constante retirada de tecido ósseo pelos osteoclastos e constantemente os osteoblastos estão passando e repondo uma nova matriz • Quando a mulher entra na menopausaocorre um desequilíbrio nessa via de formação e absorçãoà acaba tendo uma maior absorção óssea e um maior risco de fraturas • Muitas vezes isso é silêncioso O QUE É OSTEOPOROSE? • Doença na qual a densidade e a qualidade óssea se reduzem, levando à debilidade do esqueletoe ao aumento no risco de faturas, particularmente na coluna, pulso, quadril, pelve e braço • A Osteoporose e as fraturas associadas são uma importante causa de mortalidade e morbidade • Em mulheres acima dos 45 anos, a osteoporose é responsável por mais dias de internação do que qualquer outra doença, incluindo diabetes, infarto do miocárdio e câncer de mama • Fraturas do quadril e da coluna estão associadas a um aumento da mortalidade de cerca de 20% • Sobreviventes: muitos terão alguma forma de deficiência • Temos hoje alguns exames que medem densidade e qualidade de massa óssea à EXAME DE IMAGEM • OBSERVAÇÃOàDensitometria óssea é uma medida areal ela não mede volume e também não mede qualidade de osso. Só mede a quantidade areal do osso, ou seja, mede o volume da massa óssea. Isso não diz a qualidade daquele osso • Tem a debilidade de todo o esqueleto ósseo • Se o paciente tem osteoporose no quadril e osteopenia no punho à Fala-se que a paciente tem osteoporose (Não importa o lugar, ou seja, o lugar que está pior considera o paciente todo) • Se na densitometria vem osteopenia no fêmur e osteoporose na colunaà O certo é osteoporose • A coluna tem uma osteopenia e o fêmur está normalà O ideal é osteopenia (Porque considera o que está pior, corpo inteiro da paciente) • Mesmo que no laudo há dois diagnósticos considera o piorà pois esse é o certo 168 MEDBOOK • Há um risco de fratura aumentado, principalmente em quadril, punho, coluna, pelve e braço são as piores fraturas • Fratura de coluna muitas vezes passa despercebidoà dá um mau jeito, vai pegar o netinho e sente uma dor • Fratura de punho ou pulsoà chamada de fratura de Colles (fratura do terço distal do rádio) • Fratura de quadril é a FRATURA MAIS GRAVEà fratura de quadril provavelmente vai levar esse paciente a óbito até um ano e meio (não é por embolia pulmonar). Pode ter depressão associado • Fratura de ossos longos pode sair a medula e a pessoa fazer uma embolia pulmonarà seria agudo • Fratura de cabeça de úmero é considera uma grande fraturaà Pode pensar em osteoporose • Fratura de quadril pode bater o martelo que é por causa da osteoporoseà Se for fratura de baixo impacto (a vozinhacaiu tomando banho: um pé estava normal e a posição do outra estava viradoà Fratura de colo de fêmur) • Fratura de colo de fêmur em pessoa idoso pode saber que é osteoporose • Fratura de Collesà geralmente é por osteoporose (minha mãe caiu e colocou a mão assim pra apoiar) • Fratura de Colles a gente chama de Fratura de Sentinela porque essa fratura chama a atenção é a primeira fratura na maioria das vezes • Fratura de terço distal de antebraço, fratura de punho distal, fratura de Colles É FRATURA SENTINELA (está falando “olha estou com osteoporose”) • A mulher fratura mais que o homem mas o homem morre mais em relação a mulher ( homem não suporta ficar na cama, em casos de fratura de quadril) • Junta massa óssea até os trinta anos através de uma boa alimentação, atividade física e um pouco de exposição no sol • Dos 30 aos 40 anos fica “uma briga” entre osteoclastos e osteoblastos • Depois dos 40 anos mulher e homem, principalmente a mulher porque perde hormônios e começa a perde o desequilíbrio entre osteoclastos e osteoblastos • Depois que forma massa óssea só vai perder • Cálcio não trata a osteoporose mas é um grande suporte do antiabsortivo • Vai usar um antiabsortivo ou um formador de massa óssea • Para usar um antiabsortivo tenho que ter cálcio e vitamina D em quantidades ideias para que possa jogar para o osso IMPORTANTE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA • O envelhecimento da população mundial está se acelerando a um ritmo sem precedentes • Há maior número de internações por osteoporose e suas complicações quando comparado com diabetes e hipertensão FRATURAS DE QUADRIL NO BRASIL 169 MEDBOOK • 1 fratura de quadril a cada 1,38 minutos • 2050?! ESTRATÉGIA • Primeiro é a prevenção da doença e prevenção das quedas • Indicar exames adequados • Indicartratamentos medicamentosos adequados • Atuar na prevenção de quedas( tirar o tapete, não usar chinelo) • Adesão do tratamento do paciente • Diminuição do risco de fraturas (medidas gerais)àAtravés das prevenções • Diminuição da incidência de fraturas 170 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DRA. IDA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slide e áudio: Puberdade Precoce e Puberdade Tardia Aula 4 – 20/04/2017 PUBERDADE PRECOCE • Aparecimento dos caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos acompanhado de maturação esquelética acelerada ou a puberdade que ocorre mais de 2,5 desvios-padrão mais cedo que a idade média de determinado grupo ü Hoje sabemos que de acordo com a etnia, localização geográfica (regiões de desnutrição, atraso menstrual) vai alterar o período de puberdade.Aparecimento dos caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos de idade significa que o Eixo começou a funcionar mais cedo.Como começa a puberdade? Pulso de GnRH, FSH e LH, Estrógeno, Progesterona e Inibina..A expressão dos caracteres sexuais secundários são isso aqui. O crescimento são os pulsos de GnRH, LH-FSH, estrógeno e mais os hormônios do crescimento, GF1 e o IGF1 símile(FATOR DE CRESCIMENTO INSULINA SÍMILE -1 IGF-1). Até lá é a expressão do que? Da produção de estrógeno. Então, se eu tenho o aparecimento de telarca precoce ou é o eixo que está funcionando ou é o grumet que está produzindo estrógeno. Na pubarcatemos o aparecimento de pelos pubianos, se eu não tenho ovário funcionante eu não tenho pubarca, de onde está vindo? Da adrenal. Pode ter sangramento antes dos outros caracteres, na menarca precoce. Qualquer fator/ patologia que altere o GnRH vai desencadear o processo. • Ocorre em 20/ 10.000 crianças • A maioria das variações cronológicas na puberdade sãonormais. 2,5% das meninas vão apresentar variação pubertária. ü Para eu dizer que realmente é uma puberdade precoce eu preciso avaliar o Eixo. Na puberdade o que você vê é a expressão da maturação dos hormônios. Então, eu digo que é verdade quando há ativação do Eixo, por alguma coisa que iniciou o pulso de GnRH. Onde eu imagino que seja a patologia? Tumor ou alguma outra coisa central. PUBERDADE PRECOCE VERDADEIRA • Depende de GnRH ou central. Depende da ativação do eixo. 171 MEDBOOK PSEUDOPUBERDADE PRECOCE • Ou independente da ativação do GnRH ou de causa periférica. A causa é periférica, que estará produzindo estrógeno. VARIANTES DO DESENVOLVIMENTO PUBERAL: ü Telarca Prematura Isolada: Tem produção de estrógeno em algum lugar ou que tem adiantamento pubertário que está dentro do normal. Nesse caso só observamos; ü Pubarca Prematura Isolada: O que pode acontecer? Pode ser um tumor da granulosa ou da célula da TECA, raros, ou mais comumente tumor da suprarrenal. Geralmente essa aqui é a Hiperplasia Suprarrenal Congênita Não- Clássica, por que a clássica foi diagnosticada ao nascimento, com genitália ambígua. ü Menarca Prematura Isolada: Muito difícil, por que para eu ter profilefaração do endométrio eu teria que ter produção de estrógeno. Se eu ter estrógeno eu necessariamente teria que ter telarca. Uma menarca isolada tem que procurar sempre algo de uso exógeno ou da mãe, quando é bebezinho. ü Obesidade: Fator importante de adiantamento pubertário; Revista de Pediatria SOPERJ Ø Telarca Precoce Isolada: Na telarca precoce a menina apresenta desenvolvimento mamário unilateralou bilateral isolado sem outros sinais de Puberdade Precoce [PP]. Geralmente é uma condição benigna que ocorre desde o nascimento até os dois/três anos de idade. Apresenta uma regressão espontânea dentro de meses ou pode persistir até a puberdade. Em raros casos, principalmente quando surge após os seisanos de idade, pode evoluir para PP. A velocidade de crescimento e a idadeóssea permanecem adequadas para aidade cronológica. As concentrações de gonadotrofinas e estrogênios estão dentro dos valores de normalidade pré-púbere, embora os níveis de FSH possam estar elevados. A fisiopatologia da telarca precoce não é completamente esclarecida. Como o eixo HHG está ativado nos primeiros dois anos de vida a telarca poderia ocorrer consequente à secreção de gonadotrofinas, especialmente FSH (minipuberdade). Ou pela secreção de estrogênio de um cisto ovariano ou ainda pela exposição à estrogênio materno. Desreguladores endócrinos (endocrinedisruptors) têm sido também relacionados ao aparecimento de telarca precoce isolada. Ø Pubarca Precoce Isolada: Consiste no aparecimento de pelos pubianos antes dos oito anos em meninas e nove anos de idade nos meninos. Pelos e odor axilar, acne, pequeno aumento da velocidade de crescimento e avanço discreto de idade óssea também podem ser observados em alguns casos, principalmente nos dois primeiros anos de evolução, mas a progressão da puberdade e a altura final são normais. Na pubarca precoce isolada os níveis séricos de androgênios adrenais são normais. Deve ser distinguida da adrenarca precoce em que os níveis dos androgênios adrenais estão elevados, da hiperplasia adrenal congênita (forma não clássica ou atenuada), e em raros casos, de um tumor secretor de androgênio. Em crianças obesas pode-se observar uma frequência maior de pubarca precoce como manifestação de resistência insulínica e síndrome metabólica (adulto) Ø Menarca Precoce Isolada: É caracterizada por um sangramento vaginal isolado antes da idade de oito anos sem outros sinais de puberdade ou avanço da idade óssea. Tais episódios são mais frequentes durante o inverno e não têm um caráter cíclico. As concentrações de gonadotrofinas e de estradiol estão na faixa de normalidade pré-púberes. A história 172 MEDBOOKclínica detalhada, bem como o exame da genitália externa, é essencial para descartar possíveis lesões traumáticas ou tumores, abuso e manipulações genitais. (http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=561) CAUSAS • PUBERDADE PRECOCE VERDADEIRA ü Depende da ativação do Eixo. ü Idiopática (90% da falha do gene MKRN3)- 90% dos casos. ü Lesões expansivas, compressivas ou irritativas do SNC; o Craniofaringiomas; tumor hipofisário. o Harmartoma hipotalâmico; o Sequelas (traumas e meningocefalia) o Encefalopatias (hipoxia, trauma, irradiação) ü Hidrocefalia: não tratada. ü Displasia do septo óptico • PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA OU PSEUDOPUBERDADE ü Hipotireoidismo idiopático: excesso de estímulo ao hipotálamo para produzir TRH. ü Síndrome de MacCuneAlbrigth (mutação da subunidade da proteína Gcodificada pelo gene Gnassi); você vai encontrar manchas café-com-leite na paciente. ü Tumor de ovário ü Iatrogenia CLÍNICA • Cronologia e velocidade dos eventospubertários. • Antecedentes de traumas, meninge encefalite; EXAME FÍSICO • Peso, altura e envergadura, manchas na pele e palpação datireoide; • Exame ginecológico • Usar critérios de Tanner; IMAGEM • Raio X de punho para idade óssea – desvio padrão máximo de 2 anos (SEMPRE FAZ ESSE EXAME) • USG pélvic: tumor de ovário, cistos na Síndrome MacCune Albrigth • RNM de crânio no caso de ativação do eixo • USG de supra renal se provas funcionais alteradas ( em caso de virilização) Solicitados dependendo da história 173 MEDBOOK LABORATÓRIO • LH é o parâmetro para diagnóstico de Puberdade Precoce Verdadeira ou Central (FUNDAMENTAL) • FSH de alguns casos (valores basais não são úteis no diagnóstico) • Valores suprimidos podem indicar Puberdade Precoce Periférica • TSH para rastreio do hipotireoidismo idiopático (SEMPRE) • Teste de GnRH quando LH não conclusivo (Se LH inconclusivo) O parâmetro é esse, se não estiver acelerando é por que não é uma puberdade precoce clara. Não está tendo uma produção suficiente para fechar as epífises. Menina com puberdade precoce, mas raio-x normal é um antecipação pubertária normal e avalio a cada 3 meses a paciente, se ter aumento eu vou intervir. Os exames de imagem são solicitados somente se houver alteração laboratorial. TRATAMENTO è Critérios: ü Idade óssea > 2 anos: A menina tem 8 anos e tem idade óssea de 10,5 anos. Tenho que tratar, se não ela vai parar de crescer. ü Aumento da velocidade do crescimento, ü Defasagem de altura se < 14 cm ü LH elevado ( basal ou após estimulo de GnRH) • Deve ser iniciado o tratamento imediatamente após o diagnóstico. Se for central eu vou fazer remissão do eixo, se for periférico eu vou tratar a patologia de base. • Remoção de causa, quando possível !!!!! v TRATAMENTO HORMONAL • Bloqueio hipofisário do GnRH, com análogo de GnRH. • Análogos agonistas hiperativos do GnRH ANÁLOGOS: Inicialmente eles agem com estimulo de supressão contínua da secreção da gonadotrofina. Dá o análogo de GnRH, ele vai ocupar os receptores de GnRH na hipófise, causando dessensibilização, ou seja, o hipotálamo pode continuar a produzir GnRH, mas não vai agir na hipófise. Com isso reduz a ação gonadotrófica. CONTROLE • Curva de crescimento e estadiamento mamário e pubiano: a cada 3 meses inicialmente e depois a cada 6 meses; • Idade óssea anual • Até 9 de idade cronológica ou 10/12 anos de idade óssea Dois objetivos do tratamento: Crescimento normal e bloquear o desenvolvimento puberal. PUBERDADE TARDIA 174 MEDBOOK • Permanência de características pré-púberes aos 13 anos de idade ou ausência de caracteres sexuais secundários; ou a idade cronológica que ocorre mais de 2,5 desvios-padrão acima damédia da idade de desenvolvimento puberal.Ou você pode ter parada do desenvolvimento, ex: com 8 anos apareceu a telarca, mas a menina já tem 16 anos e não aconteceu mais nada. Ou ela teve pubarca aos 8-9 anos e fez 16 e não aconteceu mais nada. Tem que investigar. • OBS: Cronologia da puberdade cai em prova!! FIGURA RELEMBRANDO: Por ação do acetato o ciclopentanoperidrofenantreno irá se transformar em uma molécula de colesterol, que primeiro é carreado na corrente sanguínea pelo LDL e depois ele entra na célula. No LDL tem um receptor que age nas células da TECA e coloca o colesterol para dentro. Por ação da P450 SCC, que provoca a clivagem da cadeia lateral, vai perder os 6atomos de carbono. HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA. è CLASSIFICAÇÃO Ø Constitucional Ø Hipogonadotrófica Ø Hipergonadotrófica CONSTITUCIONAL • História familiar; altura dos pais, alimentação • Processo de crescimento lento desde a infância; • Estatura abaixo do percentual 2,5 ou 3; • FSH e LH normais ou baixos; HIPOGONADISMO HIPOGONADOTROFICO • Causas: ü Hipofisária e Hipotalâmica ü Doenças crônicas, as periféricas (desnutrição e hipotireoidismo) è Causas Hipotalâmicas(radioterapias, cirurgias) ü Alterações migratórias dos nêuroniosGnRH ( Síndrome de Kalmann) devido a mutação do gene produtor ou receptor. (Se um dos dois estiver com problema não vai ter produção de GnRH) è Causas hipofisárias ü Mutações genéticas: alterações no desenvolvimentoda hipófiseàGene HESX1, PROP1 e PIT1 è Doenças Crônicas ü Hepatopatias ü Cardiopatias 175 MEDBOOK ü Endocrinopatias ü Síndrome disabsortivas, não vai ter tecido adiposo. ü Doença inflamatória intestinal ü Anorexia ü Retardo mental ü Ginastas; fecha as epífises por conta da sobrecarga. HIPOGONADISMO HIPERGONADOTRÓFICO: ü Ocorre nos ovários. Dosagem de FSH é o divisor de águas; Menina chegou com puberdade tardia, tem ou não tem caracteres sexuais secundários? Tem: Não tem puberdade tardia, é amenorreia primária; TEM ESTRÓGENO; Não tem: Puberdade tardia. • Disnesiasgonadias • Déficit de 17 alfahidroxilases • Ovários resistentes • Doenças autoimunes • Galactosemia • Quimio e radioterapia, destrói os ovários. • Ausência de aromatase (MUITO RARO) DIAGNÓSTICO • Exame físico • Níveis de FSH e LH • Cariótipo (hipo e hiper) • Dosagens hormonais PRL (prolactinoma), LH, FSH e TSH e T4 livre. FSH alto: Problema no ovário, faz o cariótipo. 46XX: Disgenesia ovariana ou falência ovariana precoce. 46XY: sexo masculino. FSH normal ou baixo: Teste de GnRH PRL alto: exame de imagem da cela túrcica, pra ver prolactinoma TSH e T4 livre: se estiver baixo não tem pulso, hipotireoidismo. TRATAMENTO HORMONAL • Indicado em todos os casos em que há comprovadamente incapacidade para produção hormonal • Promover o desenvolvimento mamário e estimular o crescimento Dois objetivos: estimular o crescimento e acelerar o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. è Estrógenos conjugados 0,3 mg/dia è Estradiol 0,5 a 1,0 mg/dia. No Brasil não tem o 0,5mg. • Reavaliar após 6 meses: volume do ovário e espessura do endométrio. 176 MEDBOOK Você dá estrógeno e reavalia depois de 6 meses, se após esses 6 meses o volume do ovário estiver próximo do normal eu começo a dar progesterona. MANUTENÇÃO • Estrógenos conjugados 0,625 ou estradiol 1,0 a 2,0 mg durante 21 dias + acetato de medroxiprogesterona 5mg do “12 ou 21”dias 177 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DR. JAKOBI GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA:THAY Slides e áudio – Pré e pós operatório em ginecologia Aula 5 - 25/04/17. PRÉ E PÓS OPERATÓRIO EM GINECOLOGIA EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS • A solicitação rotineira e sem critérios de exames complementares em pacientes no período pré-operatório não deve ser realizada à Exagero de exames, substituição da semiologia • Quanto mais exames forem solicitados (desnecessariamente), maior a chance de serem encontradas alterações nos resultados (falso positivo, falso negativo, valor preditivo positivo e negativo) à Tudo isso tem variâncias. Não se pode afastar doenças com resultados negativos de exames. • Quem faz o risco cirúrgico, solicita e interpreta exames é o médico (de preferência um cardiologista). Ex.: Um odontólogo deve solicitar a um médico para que faça isso • Tudo que é retirado na cirurgia, de dentro da paciente (ex.: Mioma) tem que ser enviado para o anatomopatológico. Pode-se tirar fotos também = EVIDÊNCIAS • Exame pré-operatório começa quando o paciente entra no consultório (pálida...), deve-se fazer anamnese e exame físico completo • Laqueadura à Acima de 25 anos e/ou 2 filhos vivos, marido também que autorizar • Exame anormal sem indicação, ocasionam: o Novas consultas; o Novos exames; o Atraso no procedimento cirúrgico e aumento do custo. 178 MEDBOOK AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA v CUSTOS o Espirometria (seria desnecessário em paciente sem dispnéia e com função cardíaca normal, custa caro, mas deve ser feito por causa da judicialização) pré-operatória e laparotomia o Estados Unidos da América: 3,5 milhões de laparotomias eletivas/ano o Execução da espirometria em 69% dos casos Custo: US$ 25-45 milhões o Gravidez alto risco à Paciente da periferia que só come peixe e farinha; paciente da cidade, com colesterol aumentado, tabagista, tem maior risco de fazer um tromboembolismo o Gravidez baixo risco à paciente que tem proteína normal, come carne todo dia, está bem nutrida o Como se precaver em uma cirurgia? Encaminha paciente ao cardiologista, que irá solicitar os exames adequados (paciente acima de 45 anos, tem que passar pelo cardiologista sem dúvida) o Ex.: ECG alterado à Faz a cirurgia, mas o anestesista vai tomar mais cuidado, fazer anestesia que impacta menos o coração o Protocolo Hospital Base à Só marca cirurgia e faz internação, se a paciente trouxer 2 doadores de sangue v IMPORTÂNCIA DO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO 1. Diminuição da morbidade cirúrgica § Paciente menopausada à Introduz estrogênio para melhorar o trofismo vaginal e a cicatrização § Paciente diabética à Compensa diabetes antes da realização da cirurgia, para evitar problemas na cicatrização 2. Minimização de custos e suspensões de cirurgias 3. Avaliação e otimização da saúde do paciente (estresse do paciente provoca aumento PA, então se interna um dia antes, toma calmante, dorme bem) 4. Planejamento da anestesia e cuidados pré-operatótios (está gripado? à Se estiver não pode operar – prof não explicou por que. Fazer ausculta cardíaca, pulmonar). 5. Diminuição da ansiedade do paciente 179 MEDBOOK 6. Consentimento informado • “Antes da realização de qualquer anestesia é indispensável conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente, cabendo ao anestesista decidir da conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo soberano e intransferível”. à Se o anestesista disser para cancelar a cirurgia, cancele. • Guidelines são fundamentais apoio para decisão de quais exames à Baseados no porte da cirurgia e no estado clínico da paciente. • Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA) escala dos riscos de pacientes cirúrgicos, segundo idade e doença; • National Institute of Health and Clinical Excellence (NICE), 2003 escala da ASA e a complexidade das cirurgias. • Grau 1 (menor): ex. drenagem de abscesso mamário, • Grau 2 (intermediário): como cirurgias nos anexos uterinos, • Grau 3 (maior): como histerectomia total abdominal, • Grau 4: como cirurgias oncológicas. • Ex.: Cirurgias pubianas, vulvares, retirada Glândula ou cisto de Bartholin inflamada à anestesia no nervo pudendo, anestesia todo o lado. v IDENTIFICAÇÃO DE TIPO DE CIRURGIA 1. Intratorácica 2. Intra-abdominal (ginecológica) 3. Ortopédica 4. Neurológica 5. Arterial 6. Risco hemorrágico elevado v ESCALA DA SOCIEDADE AMERICANA DE ANESTESIOLOGISTAS (ASA) 1. Paciente sem doença 2. Paciente com doença sistêmica leve à Ex.: HAS 3. Paciente com doença sistêmica grave, não incapacitante 4. Paciente com doença sistêmica grave, incapacitante, que representa constante risco de vida 5. Paciente moribundo sem expectativa de sobrevivência sem cirurgia ou com expectativa de vida mínima, independente da cirurgia 180 MEDBOOK 6. Paciente doador de órgãos em morte cerebral (cadáver) o Cirurgia de emergência acrescenta-se a letra “E” após cada classificação do estado físico • A avaliação médica completa com abrangente anamnese e exame clínico permitem ao médico o julgamento dos exames realmente necessários. v ETAPAS • História clínica minuciosa • Exame físico pormenorizado • Se necessário: exames complementares, orientados pelos dados clínicos à Risco cirúrgico: 1º avaliação cardiologista, 2º avaliação anestesista • O sucesso de um procedimento cirúrgico tem origem, inegavelmente, na avaliação completa e eficaz do paciente no período pré-operatório. Anamnese, exame físico geral e específico. [boa semiologia!]. v A CONSULTA PRÉ-OPERATÓRIA / PRÉ-ANESTÉSICA PERMITE: 1. Fazer interrogatório sistematizado de antecedentes mórbidos (alergias, doenças sistêmicas, uso de medicações, cirurgias prévias, história familiar, etc.). 181 MEDBOOK 2. Avaliar as condições orgânicas e psíquicas do paciente. 3. Esclarecer sobre o procedimento anestesiológico. 4. Solicitar exames pré-operatórios e consultorias, quando necessário. 5. Obter consentimento informado do paciente ou de seu representante legal. 6. Avaliar via aérea e acesso venoso. 7. Planejar a anestesia, a analgesia e os cuidados perioperatórios. 8. Informar prognósticos, diagnósticos, riscos e objetivos ao paciente ou ao representante legal. 9. Melhorar o fluxo de cirurgias nos centros cirúrgicos. v AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA • A avaliação pré-operatória inicia pela anamnese e pelo exame físico cuidadoso e orientado, avaliando: 1. História da doença atual e de seu tratamento. 2. Tolerância ao exercício. 3. Última visita ao clínico. 4. Medicações em uso e história de alergia. 5. História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco – uso e cessação). 6. Qualquer condição de doença crônica, particularmente os aspectos cardiovasculares, pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e neurológicos. 7. Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando: complicações, dor, náuseas e vômitos, gravidez, sangramentos, transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva). 8. Sangramentos e cicatrização. 9. Via aérea – Condições de intubação. 10. História anestésica familiar – complicações. 11. Acesso venoso, pulsos, local das punções. 12. Exames laboratoriais. 13. Necessidade de consultoria. v RECOMENDAÇÃO DE EXAMES NA AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE ACORDO COM ACHADOS CLÍNICOS 182 MEDBOOK • Plaquetas à Hemorragias muito comuns em grávidas 183 MEDBOOK • ẞ-HCG sanguíneo. • Biossegurança: HIV e HbsAg. OBESIDADE E CIRURGIA • Contrariamente à crença generalizada, obesidade não é fator de risco independentepara evolução pós-operatória desfavorável. • Apesar de haver resultados conflitantes, no que diz respeito especificamente às complicações respiratórias. • Sugere-se, entretanto, que, em se tratando de pacientes com IMC > 27 kg/m2, possa haver benefício com a redução do peso. FUMO E CIRURGIA • O tabagismo correlaciona-se com maior incidência de complicações, mesmo na ausência de DPOC. • Aumenta risco de tromboembolismo, descompensação cardíaca, prejudica a perfusão sanguínea, tendência de fazer coagulopatias. • A cessação do tabagismo por pelo menos 8 semanas reduza este risco. • Existem benefícios no aconselhamento pré-operatório, associado à reposição nicotínica. VALIDADE DOS EXAMES COMPLEMENTARES • Exame radiológico: seis meses • ECG e análises laboratoriais: três meses DEFINIÇÕES • Pós-operatório à Começa no período da admissão do paciente na sala pós-anestésica e estende-se até o período após a alta do paciente • É dividido em três fases: § PO imediato à Período crítico onde se deve ter mais atenção, começa ao final da cirurgia e dura 24 horas § PO mediato à Período em que o paciente se encontra internado, das 24 horas iniciais até 7 dias depois (geralmente quando obtém alta) 184 MEDBOOK § PO tardio à Tem início após os primeiros 7 dias do reconhecimento da alta § Maior risco pós-parto normal à Primeiras 2 horas COMPLICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA • Exacerbação de doença pré-existente ou aparecimento de afecção imprevisível (tromboembolismo, ICC, hemorragia, infecção) até 30 dias após a operação, exigindo intervenção terapêutica • Incidência: 17%. (Até 7 dias a incidência é maior) PÓS-OPERATÓRIO E COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS • Toda cirurgia é uma lesão corporal • O tratamento cirúrgico promove graves conseqüências, dentre as quais as mais importantes são: § Destruição tecidual § Alterações pulmonares § Alterações orgânicas § Alterações hidroeletrolíticas § Alterações infecciosas • Grau de complexidade dos cuidados a serem tomados no pós-operatório depende: § Porte da cirurgia (Grandes incisões, mais difícil recuperação) § Condições clínicas do paciente § Comorbidades § Faixa etária AVALIAÇÃO GERAL NO PÓS-OPERATÓRIO • Diária • Análise das queixas procedentes • Exame físico • Exames subsidiários • Prescrições médicas direcionadas • “Período pós-operatório é caracterizado por uma fase catabólica intensa. Cuidados intensivos visam evitar complicações no pós-operatório” • Liberação para paciente se alimentar à Quando retorna os ruídos hidroaéreos. à Laparotomia causa íleo paralítico, esperar retorno dos RHA para sair do jejum REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA E VOLÊMICA • Determinação dos parâmetros deve ser dinâmica e repetida a curtos intervalos • Perda de líquido por dia, de forma sensível e insensível à 2.000 a 2.500ml/dia (urina, suor, evacuação, vômito...) • Paciente que está em jejum e que foi operado, é necessário repor essa perda (há mais perda sanguínea, sangrou, está a cavidade aberta e evaporou) à Repõe no mínimo de 3.000. O ideal é 4.000 a 5.000ml, porque ela vai urinar ainda. • Atentar para: § Pressão arterial 185 MEDBOOK § Pulso § Diurese (principalmente pacientes ginecológicos, para ver se médico não atingiu os ureteres. Se tiver sangue, hematúria, pensar em lesão de bexiga) § Turgor e elasticidade da pele (se está hidratada ou desidratada) § Edema § Curva de peso § Pressão venosa central (em ginecologia não necessita muito) § Geralmente febre no pós operatório é sangue na cavidade uterina à Lavar bem a cavidade uterina antes de fechar a parede. COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIO • Imediatas • Mediatas • Tardias • Complicações gerais e especificas FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO • 2/3 dos pacientes apresentam febre no pós-operatório, mas apenas 1/3 é decorrente de infecção • Considerar: § Tipo de cirurgia § Estado imunológico do paciente § Doenças de base § Duração da internação hospitalar (Professor é adepto da alta hospitalar precoce à Alta hospitalar cesariana à 24 horas; Alta hospitalar parto normal à 12 horas) § Epidemiologia das infecções hospitalares COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NO PÓS-OPERATÓRIO • Insuficiência respiratória • Atelectasia • Pneumonia • Tromboembolismo pulmonar (pós parto, tabagistas) • Professor indica que em mortes por causa desconhecida à SEMPRE solicitar necropsia. 186 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DRA. CLAUDETE MARTINS GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUÍRIA, JULIA. AUTORA: JULIA Slides e áudio: DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) Aula 6 - 27/04/2017 DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) • Em alguns lugares vão vê escrito DIPA (Doença Inflamatória Pélvica Aguda) mas ela pode ser crônica também • Vamos falar da Doença Inflamatória Pélvica de uma maneira geral DEFINIÇÃO • Processo agudo causado pela ascensão de microorganismos do trato genital inferior • São teoria, não se tem certeza de como é uma Doença Inflamatória Pélvica começa mas imagina-se que alguns germes de maneira ascendente tais como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeaetem na vagina e através do colo uterino ascende para as Trompas e daí forma um processo inflamatório • Vai depender também de como o hospedeiro vai reagir imunologicamente. Se a mulher está bem ela não vai desenvolver a doença com tanta intensidade • O que pode acontecer com uma pessoa que tem DIP e não trata ou trata de maneira incorreta? INFERTILIDADE porque pode ter obstrução tubária e nunca engravidar v PRINCIPAIS GERMES: ü Chlamydia trachomatis ü Neisseria gonorrhoeae CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Dor pélvica aguda, dor à mobilização cervical, à palpação dos anexos e febre • Gravem bem DOR À MOBILIZAÇÃO CERVICAL porque é o que mais vocês vão ver no laboratório de Ginecologia e uma das provas terapêuticas que a gente faz. Tenta imobilizar o colo(na hora de fazer o toque combinado, a mão que está na vulva vai chegar lá no colo uterino e vai pinçar o colo e tenta mobilizar para um lado e para outra. A paciente que tem DIP vai sentir uma dor intensa) • DOR À MOBILIZAÇÃO CERVICAL é considerado critério maior EPIDEMIOLOGIA • Sistema de notificação precária em nosso país 187 MEDBOOK • Dificuldade de critérios clínicos (Porque às vezes a paciente não tem todos os sintomas mas quando faz o exame ginecológico e mobiliza o colo e ela sente dor. Aí vai dizer que ela não tem DIP? Tem sim, não precisa ter todos aqueles sinais , sintomas.) • Baixa taxa de mortalidade • Alta taxa de morbidade (infertilidade, dispareunia (dor à relação sexual), dor pélvica crônica, gravidez ectópica (a maioria das mulheres que apresenta gravidez ectópicavai atrás que ela teve uma Doença Inflamatória Pélvica porque ocasionou obstrução da Trompa e fez com que o óvulo fecunda-se ali na Trompa mesmo e desenvolve-se) • Maior prevalência em mulheres sexualmente ativas entre 15 – 25 anos de idade (MS, 2006) • Como é uma doença silenciosa causada pela Chlamydia trachomatisentão é uma doença sexualmente transmissívelà Quanto mais relação sexual desprotegida a mulher tiver mais chance vai ter para adquirir uma Doença Inflamatória Pélvica • A maioria das mulheres que tem Doença Inflamatória Pélvica não são as solteiras são as mulheres casadas porque não tem relação com camisinha por confiar plenamente no marido. AGENTES ETIOLÓGICOS • AERÓBIOSàHaemophilus influenzae • AERÓBIOS FACULTATIVOSàGardnerella vaginalis, Streptococcus spp • ANAERÓBIOSàMobiluncus mulieris• GERMES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEISàChlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae • Em amarelo são os germis mais comuns • Mobiluncus mulierisvem junto com Gardnerella vaginalis por causa do pH que se assemelha • PROVAAA!!!! Professora vai perguntar quais são os germis que mais causam Doença Inflamatória Pélvica (são os de amarelo e lembrar que o Mobiluncus mulierisestá associado á Gardnerella vaginalis) • Quando vai realizar o exame ginecológico e a paciente se queixa de corrimento a gente tem um recurso que é muito fácil de identificar se a paciente tem uma Gardnerella e um MobiluncusàTeste das aminas (KOH pinga na secreção) para verificar se a paciente tem Gardnerella que é o que mais causa vaginose bacteriana e se tiver já trata 188 MEDBOOK FATORES DE RISCO • Idade (< 25 anos segundo MS, 2006) • Início precoce da atividade sexual (maior chance de ter vários parceiros) • Episódio anterior de DIP • A vaginose bacteriana • Múltiplos parceiros sexuais e sexo inseguro • Procedimentos intrauterinos (inoculação de patógenos)àDIU não causa DIP mas ao inserir o DIU pode inocular patógenos que estava na vagina para dentro do útero • Anticoncepcional oral(algumas pessoas acham que não tem a necessidade de usar preservativo por fazer uso de anticoncepcional não vai engravidar mas esquecem das patologias; e o hormônio causa a mudança do pH vaginal e favorece o aparecimento de determinado microorganismo) ETIOPATOGENIA • Maneira ascendente: • Na hora da relação sexual a mulher tendo bactérias na vagina, o sémen ao penetrar vai levando os espermatozoides e as bactérias que se encontram na vulva 1) As bactérias que causam as ISTs podem entrar na vagina com o sémen 2) As bactérias podem passar através do colo do útero e entrar no útero 3) As bactérias entram nas Trompas de Falópio e nos ovários que podem ficar infectadas 4) A infecção pode deixar as Trompas de Falópio e disseminar-se para outras partes do corpo FORMAS CLÍNICAS • Endometrite (inflamação do endométrio) • Salpingite (inflamação das tubas uterinas) • Ooforite (inflamação de ovário) • Abscesso tubo-ovariano (ATO) (quando a inflamação se espalha) • Parametrite (Inflamação nos paramétriosà ovários, trompas, útero e ligamentos é chamado de paramétrios) • Pelviperitonite • Peri-hepatite (Fitz-Hugh-Curtis)àCorda de violão 189 MEDBOOK QUADRO CLÍNICO v SINTOMAS • Cuidado para não pegar um desses sintomas sozinhos e dizer que a paciente tem DIP • Muitos desses sintomas podem aparecer em outras patologias ü Dor em baixo ventre ou na região lombossacral(paciente chega com dor “nos quartos” vai imaginar ser problema de coluna mas pode ser uma DIP) ü Sintomas geniturinários, como corrimento, sangramento vaginal (sangramento vaginal porque tem uma DIP) ü Dispareunia (dor na relação) ü Disúria ü Febre ü Sangramento uterino anormal ü Dor no hipocôndrio direito e náuseas ou vômitos sugerem peri-hepatite (necessariamente não é apendicite) v SINAIS ü Temperatura axilar > 38 ºC ü Dor à palpação e descompressão brusca dolorosa no baixo ventre (SINAL DE BLUMBERG) ü Dor à palpação do colo uterino e dos anexos ü Abaulamento doloroso do fundo de saco vaginal(paciente pode ter uma parametrite) ü Palpação de tumor anexial doloroso (paciente pode ter um abscesso tubo ovariano ATO) ü Canal cervical com corrimento branco, amarelado ou sangramento • Paciente sangrando tem que examinar, não vai colher preventivo CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS • A exuberância de sintomas na DIP nem sempre é observada (paciente não vai chegar com todos os sinais e sintomas NÃO É ASSIM) • DIP representa um espectro de doenças clínicas, desde uma endometrite à uma sepse intra-abdominal fatal( a paciente pode te só uma doença inflamatória ou queixa só de uma coisa ou duas e casos de sepse NÃO É FREQUENTE MAS PODE ACONTECER principalmente em pós parto se a paciente tiver uma doença inflamatória pélvica que se associou) • Não existe um teste padrão-ouro para diagnóstico (TEM QUE JUNTAR OS SINAIS E SINTOMAS) DIAGNÓSTICO 190 MEDBOOK v CRITÉRIOS MAIORES ü Dor abdominal / pélvica ü Dor à palpação dos anexos ü Dor à mobilização do colo uterino (Lembra que foi falado dor à mobilização cervical é um CRITÉRIO MAIOR e PATOGNÔMONICO DA PESSOA QUE TEM DIP) v CRITÉRIOS MENORES ü Temperatura axilar maior que 37, 8°C ü Corrimento cervical (sempre tem) ou vaginal anormal ü Hemograma com sinais infecciosos (leucocitose com desvio à esquerda) ü Outras provas laboratoriais sugerindo infecção (VHS, proteína C reativa) ü Comprovação laboratorial de clamídia ou gonococo na cérvix v CRITÉRIOS ELABORADOS ü Evidência histológica de endometrite ü Ecografia ou tomografia evidenciando abscesso tubo-ovariano ü Laparoscopia evidenciando DIP OBSERVAÇÃO: Não é apenas dor à mobilização do colo uterino, os outros critérios maiores estão sempre juntos(dor abdominal / pélvica, dor à palpação dos anexos). Pode acontecer dá paciente ter dor à palpação dos anexos e não ter dor a mobilização. Agora dor à mobilização do colo COM CERTEZA vai estar associado dor abdominal / pélvica e dor à palpação dos anexos. ATENÇÃO: Se a paciente tiver apenas um critério elaboradodá pra dar diagnóstico de DIP. Se faz uma laparoscopia (mas ninguém vai fazer uma laparoscopia para dar o diagnóstico de DIP) ocasionalmente pode descobrir se a paciente tem DIP mas isso não é um exame que se faz para identificar uma DIP 191 MEDBOOK è 3 CRITÉRIOS MAIORES + 1 CRITÉRIO MENOR OU 1 CRITÉRIO ELABORADO è Exames complementares para confirmar o seu diagnóstico: v Hemograma v VHS e Proteína C Reativa v EAS e urocultura v Exame bacterioscopico com cultura (se for necessário) e antibiograma de material obtido v USG pélvica transvaginal ou transabdominal v Teste de gravidez(pode ter uma gravidez ectópica) v Se a paciente tem um abaulamento na fossa ilíaca direitaà Pode ser ATO (AbscessoTubo-ovariano), gravidez ectópica, ooforite, cisto de ovário v Radiografia simples do abdomên v Sorologia para HIV, sífilis e hepatite B e C DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Apendicite aguda (Como diferenciar no exame físico uma apendicite aguda e um ATO, por exemploàSinal de Blumberg, Ílio Psoa.Na DIP não tem isso • Infecção do trato urinário (Pode se assemelhar com a DIP devido ador lombar, embaixo ventre) • Gravidez ectópica (Pedir Beta-HCG) • Litíase ureteral • Endometrioma roto (Tumor de endométrio pode ser causado por uma endometriose. Endometriose é a implantação do endométrio em outro lugar que não seja aquele dentro do útero) • Torção de mioma uterino (o mioma pediculado pode torcer e causar uma dor intensa e pode ter sangramento pra dentro da cavidade uterina) • Rotura de cisto ovariano • Torção de tumor cístico de ovário è Pelo quadro clínico da paciente consegue excluir o diagnóstico diferencial e começa o tratamento para diminuir as sequelas reprodutivas. É COMPLICADO NÃO TRATAR UMA DIP, A PACIENTE PODE TER CONSEQUÊNCIAS TRATAMENTO 192 MEDBOOK è -- à • Em mulheres jovens, sexualmente ativa com queixa de desconforto ou dor pélvica, e preenchendo os critérios diagnósticos DIP, deve-se iniciar imediatamente o tratamento, pois um retardo poderá carretar danos irreversíveis no seu sistema reprodutor (Tem que tratar, não dá pra esperar ultrassonografia pra daqui um mês começaro tratamento. Pode até pedir uma ultrassonografia mas já inicia o tratamento) • Os esquemas terapêuticos tem que contemplar: àNeisseria gonorrhoeae àChlamydia trachomatis ü Vaginose bacteriana ü Bactérias Gram Negativas ü Bactérias facultativas ü Estreptococos AMBULATORIAL: Quadro clínico leve, sem sinais de pelviperitonite àESQUEMA 1 • Esquema 1 tem uma resposta muito mais rápida • Quando faz ceftriaxona na paciente a dor que ela estava sentindo já some Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única +Doxiciclina 100 mg, VO de 12/12horas por 14 dias + Metronidazol 500 mg, VO, de 12/12horas por 14 dias àESQUEMA 2 Ofloxacina 400 mg, VO DE 12/12 horas por 14 dias ou Ciprofloxacina 500 mg 12/12 horas por 14 dias + Doxiciclina100 mg,VO de 12/12 horas por 14 dias +Metronidazol 500 mg, VO de 12/12 horas por 14 dias EM AMBOS OS ESQUEMAS O METRONIDAZOL ESTÁ ASSOCIADOàGardnerella vaginalis está aí como causa. Se não tem o exame que diga é Chlamydia trachomatisou éGardnerella você trata Quadro clínico sugestivo e sem outro diagnóstico provável Iniciar tratamento para diminuir sequelas reprodutivas 193 MEDBOOK MEDIDAS GERAIS: • Repouso • Abstinência sexual durante o tratamento • Tratamento sintomático (analgésico, antitérmico) • Recomendar o retorno para avaliação após 3 dias ou antes se não houver melhora ou se houver piora do quadro (Porque avaliação após 3 dias se o tratamento é 14 dias ? Lembre-se da ceftriaxona se com 3 dias a paciente está bem o tratamento esta tendo o efeito desejado caso contrário analisar a conduta terapêuticaàencaminhar para tratamento hospitalar) NO RETORNO • Melhora do quadroà manter tratamento • Não havendo melhoraàencaminhar para tratamento hospitalar com antibiótico IV • Incluir ações complementares: ü Aconselhar sobre prevenção ü Oferecer sorologia (sífilis, hepatite B e C, HIV) ü Agendar retorno TRATAR TODOS OS PARCEIROS ü Tratamento para o homem é em dose única • Azitromicina 1g. VO, dose única + Ciprofloxacina 500 mg, VO, dose única • Solicitar sorologias: Sífilis, hepatite Be C, HIV TRATAMENTO HOSPITALAR CRITÉRIOS ü Caso em emergência cirúrgica (por exemplo: ATO roto) ü Quadro grave com sinais de peritonite, náusea, vômito ou febre alta (> 38ºC) ü Paciente imunodeficiente (diabetes, lúpus, hepatite, HIV) ü Gestante ü Intolerância ao tratamento ambulatorial 194 MEDBOOK • ATO presente: faz esquema tríplice (Penicilina G Cristalina +Gentamicina +Metronidazol) • ATO duvidoso: Clindamicina + Gentamicina • ATO ausente: Penicilina G Cristalina +Gentamicina ( OBSERVAÇÃO: A professora diz que ela acrescentaria o Metronidazol) TRATAMENTO CIRÚRGICO v INDICAÇÕES ü Falha do tratamento clínico ü Presença de massa pélvica que persiste ou aumenta, apesar do tratamento clínico ü Suspeita de rotura de abscesso tubo ovariano ü Hemoperitônio ü Abscesso de fundo de saco de Douglas ATIVIDADE Mulher de 22 anos, solteira, previamente saudável, dá entrada em atendimento de urgência com queixa de dor ventre há cerca de uma semana. Nega alterações urinárias ou gastrointestinais. Está no 8° dia do ciclo menstrual e a última menstruação normal se encerrou há cerca de 4 dias. Questionada, referiu parceiro sexual masculino único há 3 meses, fazendo uso do coito interrompido como método anticoncepcional. Apresenta Bom Estado Geral, temperatura axilar de 38,1ºC, dor à palpação em abdômen inferior, com descompressão brusca negativa e ruídos hidroaéreos presentes. Ao Exame Ginecológico: colo uterino hiperemiado e presença de leucorreia amarelada. Toque vaginal: dor importante à mobilização do colo uterino, sem massas palpáveis. Neste caso: a) O tratamento com anti-inflamatório não esteroidal é suficiente em função de se tratar de quadro de salpingite aguda leve autolimitada b) A conduta imediata deve ser a laparoscopia de urgência para o diagnóstico de certeza antes de se instituir antibioticoterapia c) Após início da antibioticoterapia, deve-se realizar laparoscopia de urgência para firmar diagnóstico de certeza e, na presença de abscessos pélvicos, procede-se a respectiva drenagem d) O quadro clínico é bastante sugestivo de doença inflamatória pélvica aguda e antibioticoterapia empírica é a melhor abordagem terapêutica inicial para a maioria dos casos desse tipo 195 MEDBOOK e) A doença inflamatória pélvica aguda não é a primeira hipótese diagnóstica para este caso, pois a paciente apresenta parceiro sexual único RESPOSTA: O quadro clínico é bastante sugestivo de doença inflamatória pélvica aguda e antibioticoterapia empírica é a melhor abordagem terapêutica inicial para a maioria dos casos desse tipo. COMENTÁRIOS: Paciente com vida sexual ativa apresentando dor em andar inferior do abdômen, obriga a colocar DIPA entre as hipóteses diagnósticas. O diagnóstico de certeza é feito pela presença de qualquer critério elaborado da doença (endometrite diagnosticada histologicamente, exames de imagem sugestivo de abscesso tubo- ovariano e laparoscopia) ou de 3 critérios maiores ( dor à mobilização do colo uterino, dor à palpação anexial e descompressão brusca positiva) junto de 1 critério menor (febre, leucocitose, desvio à esquerda , VHS aumentada, PCR aumentada, corrimento amarelo-esverdeado em grande quantidade, cultura endocervical positiva para gonococo e clamídia) Na menor suspeita de DIPA, devemos iniciar antibioticoterapia de imediato mesmo empiricamente, por se tratar de doença progressiva. 196 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DR. WAGNER GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA: THAY Slides e áudio – Fisiologia da micção. Aula 7 – 02/05/17. FISIOLOGIA DA MICÇÃO • A pelve é uma estrutura que tem uma parte óssea e uma parte muscular. Ela tem um diafragma, quando visto de fora para dentro, nós temos aqui: o canal vaginal, a uretra, o reto, a musculatura, cóccix, osso sacro e ísquio. • Em volta do reto, nós vemos os músculos do esfinter anal. E nós temos aqui, uma rafe tendinosa, que se liga ao esfíncter e esse músculo coccígeo forma o elevador do ânus. Que por sua vez, forma o ângulo inferior da vagina, porque ele se insere aqui nessa altura, em uma rafe que nós chamamos de arco tendinoso. • A musculatura dos elevadores do ânus, se inserem no arco tendinoso. E este arco tendinoso é uma fáscia, chamada de fáscia pubocervical. Em cima dessa fáscia, está a bexiga.então vocês vêem aqui uma abertura da fáscia, e vêem o colo. A uretra perfura essa fáscia. Então a bexiga fica sentada sobre isso aqui. 197 MEDBOOK • O colo uterino é ligado nessa região da vagina, por uma serie de ligamentos,que chamamos de Complexo de Martin. • Nós temos o ligamento útero-sacro, vai até o osso sacro. • Lateral temos o ligamento cardinal ou ligamento de Mackenrodt. • Essa imagem não mostra, mas tem dois ligamentos aqui chamados de pubovesical, que passam pela bexiga e fixar no púbis. • O útero pode ter 3 posições: anteversoflexão, medioversão ou retroversão/retroversoflexão.E o nome desse ligamento é redondo.Ele liga o útero e se insere na virilha. • O lado de dentro, temos o osso sacro e os elevadores do ânus. • A uretra, se fizermos um corte longitudinal, primeiro ela tem uma mucosa, depois tem uma camada esponjosa que tem vasos. Essa camada esponjosa tem um mecanismo que chamamos de mecanismo de selo, ela mantém a uretra fechada, dando uma certa resistência. Essa camada esponjosa é muito importante, porque elasó existe em mulher nomenacme,é estrógeno dependente. A mulher na menopausa, atrofia, perdendo o mecanismo de selo, a mucosa fica colada e tem uma certa resistência para abrir a uretra. • Aqui nós temos uma camada de músculo longitudinal, que é o músculo detrusor e uma circular. 198 MEDBOOK • Em um corte transverso: a mucosa, a camada esponjosa, a musculatura longitudinal e a musculatura circular. • A bexiga é formada pelo músculo detrusor, tem uma mucosa e o músculo detrusor está em duas camadas, sendo a mais espessa na base da bexiga. • Aqui nós mostramos os elevadores do ânus, as primeiras fibras envolvem a uretra. Aqui nós vemos a base da bexiga, a uretra, e as primeiras fibras dos elevadores do ânus que envolvem a uretra distal, isso faz com que haja um esfíncter da uretra distal. A gente chama de músculo compressor da uretra, mas na verdade são fibras dos elevadores do ânus. • Aí nós vamos entender isso, a importância do tratamento da fisioterapia, o fortalecimento dessa musculatura, tem importância da contenção urinária da paciente. • Na parte medial e proximal, eu tenho a musculatura circular, que também forma um esfíncter. Então a bexiga tem tanto um esfíncter distal, quanto um esfíncter proximal. • Para vocês verem melhor na imagem aqui: Os elevadores do ânus, a uretra, as primeiras fibras que envolvem a uretra, a bexiga, a fáscia pubovescial, e o arco tendíneo. E a bexiga fica em cima do arco tendíneo. 199 MEDBOOK • Mais uma visão aqui: Vagina, os elevadores do ânus, a uretra, o músculo do púbis. 200 MEDBOOK 201 MEDBOOK • A bexiga tem uma fase de enchimento, que é a maior parte do tempo. E uma fase glomerular, de transição. • Na fase de enchimento, a musculatura do detrusor está relaxada, por inibição da inervação parassimática, a inervação sacral. E esses esfíncteres, tanto proximal quanto distal, mantêm fechado, por inervação simpática. • Quando os terminais nervosos emitem sinal para o cérebro e o indivíduo tem vontade de urinar, ele controla conscientemente e relaxa essa musculatura e por ação parassimpática contrai o músculo detrusor. • Para que a urina saia, tem que ter um gradiente de pressão aqui dentro suficiente para vencer tudo isso. • Tem o mecanismo de selo, que a uretra está colabada, a mucosa uma na outra, e além de vencer o gradiente de pressão de relaxamento, para que ele vença tudo isso aqui. • Então nós temos uma parte anatômica e do SN que controla isso daí. • Na bexiga, nós temos um arco aferente e outro eferente, que controlam. O arco quando é sacral é parassimpático. E o simpático é até T2 mais ou menos. • Depois, nós vemos um arco que faz a intermediação até o que a gente chama de núcleos pontinos da base do cérebro, que são o centro de controle da urina. Que por sua vez, tem na área do córtex,o centro de controle da vontade miccional, o controle consciente. • O arco, quando a bexiga está cheia, manda um comando direto pro cérebro. Constantemente o córtex está mandando impulsos inibindo a contração do detrusor, que é a fase de enchimento. Nessa fase, normalmente esse detrusor não deve contrair, o núcleo central do córtex inibe os núcleos pontinos e a contração do detrusor. 202 MEDBOOK • No momento consciente que a paciente quer, então ele manda o comando e contrai o detrusor, fazendo o processo miccional. • Tanto a parte anatômica quanto a neurológica, pode dar problemas no ato da miccção. Nós sabemos que por exemplo, traumas raquimedulares, qua causam ruptura aqui, vão ficar com ação predominantemente sparassimpática, e vai provocar o espasmo do detrusor, pessoas paraplégicas tem espasmo do detrusor. • Lesões nas bases pontinas é o contrário, eu não vou ter atividade do detrusor, eu vou ter uma distensão, aqueles bexigomas. • Todas as patologias de cunho neurológico pode ter influência, por exemplo o diabetes, Parkinson, AVC, trauma raquimedular, podem ter influência na miccção feminina. CISTOCELE E INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO • Mas também podem existir problemas anatômicos, nós falamos para vocês que, para que haja o ato da micção, essa uretra com a bexiga tem que estar com uma angulação e tem que ter uma mobilidade mínima. O colo vesical vai da uretra até onde se insere na bexiga. Daqui para trás, é onde dá o que chamamos de cisctocele, o laceamento da fáscia pubovesical, que perde fibras de colágeno e pode dar uma cistocele. • O que é a cistocele? É uma queda da bexiga, para a luz vaginal, formando aquela imagem sacular. • Quando acontece isso, o que acontece com a bexiga? PARASSIMÁTICO = ESVAZIAMENTO SIMPÁTICO = ENCHIMENTO (Contrai o esfíncter e relaxa a musculatura) 203 MEDBOOK • Aqui está a bexiga, o colo vesical e a uretra.Esse ângulo aqui é mais ou menos de 180 graus. Quando eu tenho uma queda dessa bexiga, esse ângulo vai ficar mais agudo. Consequentemente essa bexiga vai ter que trabalhar mais, não vai conseguir esvaziar toda a bexiga, vai ficar uma urina de depósito. • No ato da micção, a paciente contrai o músculo detrusor, a pressão aqui dentro é a do músculo detrusor. Nós também temos uma pressão abdominal, porque tem varias vísceras no abdômen, e tem uma pressão. • No CEAM, quando vocês começaram a passar o espéculo, vocês vêem qua a vagina é uma cavidade virtual. Quando você abre o espéculo, o colo do útero tende a entrar nas abas do espéculo, porque nós criamos uma pressão negativa, e a pressão positiva do abdômen comprime, faz com que esse colo tenda a sair. • Aqui dentro, na bexiga, eu vou teralem da pressoa do detrusor, vou ter a pressão do abdômen. Posso criar uma FÓRMULA: • Quando eu tiver algum problema anatômico na região pelve, por exemplo ma cistocele, no momento da micção, quando contrai o músculo detrusor e com a prensa abdominal, esse colo vesical tem uma certa mobilidade, de mais ou menos 1cm. • Mais de 1cm à hipermotilidade do colo vesical. • O colo não está fixo, tem uma certa mobilidade. Quanto maior a cistocele, maior a mobilidade desse colo vesical. A bexiga vai ter mais dificuldade de esvaziar, tendo mais urina de depósito. • Qualquer aumento da pressão abdominal, vai perder urina por transbordamento à É aquela paciente que não consegue esvaziar a bexiga direito e qualquer esforço que ela tem, vai atingir a pressão de perda de urina à INCONTINÊNCIA URINA DE ESFORÇO à Causas: Pode ser de origem congênita, paciente muito obesa e a grande maioria por trauma de parto (parteiras à laceração da fáscia, fazendo uma cistocele) DEFICIÊNCIA ESFINCTERIANA INTRÍNSECA E INCONTINÊNCIA URINÁRIA • Posso ter também um problema na área do esfíncter, vai ter uma incontinência urinaria também, porque esse esfíncter não vai conseguir segurar. • Normalmente uma paciente hígida, pode tossir, pegar peso, que ela não vai perder urina. Mas se ela tiver algum problema no esfíncter, ela pode perder à DEFICIÊNCIA ESFINCTERIANA INTRÍNSECA • URGE INCONTINÊNCIA à Paciente sente vontade de urinar e não controla. Ex.: Perde urina no coito, quando sobe escada ou perde peso, quando dá risada • INCONTINÊNCIA URINÁRIA MISTA à Incontinência urinária de esforço + urge incontinência • A paciente pode perder urina também por contrações involuntárias do músculo detrusor Paciente que tem que ir toda hor ao banheiro, levanta 5-6 vezes durante a noite para urinar. Ex.: Quem usa muita cafeína, ambientes muito frios, nicotina. A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é definida, segundo a Sociedade Internacional de Continência (“International ContinenceSociety”), como a perda involuntária da urina pelo óstio uretral externo (uretra), secundária ao aumento da pressão abdominal, na ausência de contração do detrusor (músculo que envolve a bexiga), como por exemplo; Pressão vesical = Pressão músculo detrusor + pressão abdominal 204 MEDBOOK ao tossir, espirrar, pular, deambular, mudar de posição e rir intensamente. É o tipo mais comum de IU, e sua prevalência nas mulheres pode variar de 15 a 56%, dependendo da população. A Incontinência Urinária de Urgência (IUU) é uma das formas de apresentação da Síndrome da Bexiga Hiperativa. Caracteriza-se por uma urgência (uma vontade forte e inadiável de urinar), com ou sem incontinência urinária, geralmente associada à polaciúria (aumento do número de micções diárias) e a noctúria (aumento do número de micções noturnas). Está normalmente associada a alterações na contratilidade do músculo detrusor e/ou a alterações na sensibilidade e complacência vesical. Quando esse fenômeno não é precedido da sensação de urgência miccional, chamamos de Incontinência Reflexa (IUR). A urgência surge frequentemente associada a gestos simples do dia-a-dia, como por exemplo; lavar a louça ou a introdução da chave na porta ao chegar a casa, e pode ser agravada pelo consumo excessivo de café, chá ou álcool, apesar de poder ser provocada também por causas neurológicas. Incontinência Mista (IUM) corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência descritos acima (de esforço e urge-incontinência). Incontinência por transbordamento ocorre quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar. Pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução à saída de urina. Fonte: http://www.abfp.org.br/incontinencia-urinaria/ CITOMETRIA SIMPLES 205 MEDBOOK • Se introduz na uretra uma cânula, um ducto, que tenha um transdutor na ponta, capaz de medir a pressão dentro da bexiga, registrando no manômetro. Abre-se o soro fisiológico em temperatura corporal (porque se eu colocar ele gelado, pode estimular a contratura do músculo detrusor). Quando eu passo a sonda vesical, antes de conectar, o que eu faço? Eu tiro a urina residual e vou medir. • O volume residual normal à Alguns autores falam em 30ml, mas a maioria deles considera até 50ml. • Volume residual aumentado àSe estiver > 50ml • Lembrar que a urina é um meio de cultura. Se a paciente tem um volume residual aumentado, essa paciente vai ter com freqüência infecção urinaria baixa à CISTITE à Frequente em pessoas idosas, principalmente quando tem cistocele, mais por lesão do esfíncter. • Primeiro medir o volume residual. Eu posso injetar o soro, e quando ela tiver a primeira sensação de vontade de urinar, eu meço o volume que eu já injetei de soro, em torno de 200ml • Continuo enchendo, até a paciente disser que não aguenta mais, ai eu tenho a CAPACIDADE RESIDUAL MÁXIMA. • Eu posso medir também o fluxo urinário à FLUXOMETRIA • Se eu tenho aqui dentro a pressão vesical, eu posso também medir a pressão abdominal. E um artifício para eu medir a pressão abdominal, sem colocar nada dentro do abdômen é porque a pressão intra-vaginal ou intra-retal é a mesma pressão abdominal. Eu coloco um transdutor intra-vaginal (mais comum) ou intra-retal, e vou ter a pressão abdominal. • Se eu tenho a pressão abdominal e a pressão vesical, eu posso calcular a PRESSÃO DO DETRUSOR • Essa citrometria simples é nada mais do que o estudo urodinâmico, e é multicanal, porque vou ter uma sonda com canal para injetar liquido, uma sonda que mede aqui (?) e outra que mede a pressão abdominal, aneado a um computador, que me dá a pressão do detrusor, que vai dar um gráfico. 206 MEDBOOK • O computador desenha a pressão do detrusor, que normalmente é constante. • A pressão intra-vaginal é a pressão abdominal. • Ele desenha nesse gráfico (creio que seja este acima), e eu posso ter um perfil urodinâmico da paciente, que permite fazer uma diferenciação da incontinência urinária de esforço, da incontinência urinária por ação do detrusor ou a urge-incontinência. Isso representou um grande avanço na medicina. Antigamente, a ciência achava que tudo era incontinência de esforço, porque os sintomas são muito parecidos, confunde um pouco. As vezes você consegue diferenciar algum sintoma ou outro. Mas outros você confunde, acha que é de esforço , mas depois você vai ver no estudo urodinâmico e não era, era uma hiperatividade do detrusor ou uma urge-incontinência. • Com isso melhorou os resultados dos tratamentos. Antigamente, quase toda incontinência urinaria nós tratávamos cirurgicamente. E 50% havia erro, porque só 50% era de esforço.Aquelas de esforço por hipermotilidade do colo vesical a gente acertava, e as outras a gente errava (não necessitava fazer cirurgia). v VALORES NORMAIS DA CISTOMETRIA • Pressão intravesical – curva cistométrica à O computador me mostra essa curva e é só interpretar. A curva do detrusor, na fase de enchimento, as contrações tem que estar ausentes. Se ela estiver presente está errado. • Decúbito à menos de 15 a 20 cm de H20 • Em pé à 20 a 30 cm de H20 àEm pé aumenta a pressão vesical • Primeiro desejo miccional à entre 150 e 200 ml • Capacidade cistométrica máxima à 250 a 700 ml • Contrações não inibidas ausentes • Qmax ou Fluxo urinário à maior que 15 ml em 1 segundo à Uma paciente com um cistocele, com essa angulação, vai ter um Qmax, um fluxo menor que 15ml. • Pressão de perda sob esforço (leak point) à maior que 60 cm de H20 § Abaixo de 60 cm de H2O à indica lesão esfincteriana intrínseca. § Acima de 90 cm de H2O à indica hipermotilidade do colo vesical • Se eu tiver uma paciente que tem um divertículo de uretra, aquela paciente que urina e depois fica pingando, O divertículo é obstrutivo, então eu vou ter a diminuição do fluxo da urina e eu tenho como medir isso. • Se ela tiver com 200ml para cima, eu vou pedir para a paciente fazer a Manobra de Valsalva, aumentar a pressão abdominal ou tossir e vou ver se ela tem perda de urina e eu registro lá a pressão de perda de urina. • Ex.: Uma paciente que se apresenta no ambulatório, queixa que não consegue segurar a urina, não tem continência urinária. Ela perde urina por esforço ou urge incontinência ou uma perda constante (como no divertpiculo – explicado acima – ou câncer de bexiga, que pode fazer uma fístula vesicovaginal tendo uma perd constante). 207 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DR. WAGNER GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA: THAY Slides e áudio - Propedêutica na incontinência urinária Aula 8 –03/04/17. PROPEDÊUTICA NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA ANATOMIA DO TRATO URINÁRIO 208 MEDBOOK BEXIGA • Órgão muscular, oco, predominantemente extraperitoneal, dividida em três camadas anatômicas: mucosa interna, camada intermediária (fibras longitudinais e circulares que compõem o detrusor) e camada externa formada por gordura e tecido de conexão • Capacidade: 250 a 400ml • Inervação do detrusor: Parassimpática URETRA • Tubo muscular 4cm. • Revestido por túnica mucosa • Segue em sentido anteroinferior a partir da bexiga, atrás e a seguir da sínfise púbica. • Óstio externo localizado no vestíbulo da vagina. • Os órgãos pélvicos são sustentados principalmente pela atividade muscular do assoalho pélvico e auxiliada pelas fixações ligamentares. • Os músculos do assoalho pélvico contraem-se para manter a continência urinária e fecal e relaxam-se para permitir o esvaziamento vesical e intestinal. INERVAÇÃO • Sistema nervosoautonômo • Simpático: enchimento • Parassimpático: esvaziamento • Sistema nervoso somático. PROPEDÊUTICA CLÍNICA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA • Anamnese à Eu tenho que caracterizar isso na anamnese: Se é só durante esforço físico (coito, pegar peso) ou se é só a urge incontinência. Às vezes ela pode ter os dois juntos. • É importante também relacionar o tempo que isso está ocorrendo Ex.: ela teve um parto traumático, de um bebê de 5kg, com uso de fórceps e depois começou a manifestar isso à Vou pensar em Incontinência urinaria de esforço à faezr um exame físico bem feito, para ver se essa paciente não tem uma cistocele, grau I, grau II... • Exame Físico à O exame físico tem que ser bem feito para identificat o diagnóstico. • Diário Miccional à Diário miccional à qual é padrão miccional dela, se ela levanta muito a noite para urinar, se perde urina constantemente, se é aos pingos. • Teste do Absorvente à Pesam o absorvente e manda a paciente usar 1-2 horas ali na clinica e depois pesa novamente o absorvente para ver o volume de urina. • Resíduo pós-miccional à Resíduo ou volume pós-miccional à Através da cistometria simples. Normal até 50ml 209 MEDBOOK NOMENCLATURA EM UROGINECOLOGIA • Continência: controle voluntário da função intestinal e vesical SINTOMAS DE ARMAZENAMENTO • Frequencia diurna aumentada • Noctúria à Levanta 5-6 vezes à noite para urinar à Não é normal • Urgência à Ou urge incontinência à paciente tem grande necessidade de ir ao banheiro. Se nao for, acaba urinando. • Incontinência urinária à Perda involuntária de urina • Incontinência de esforço à Perda involuntária de urina mediante esforço físico. Vive normalmente, se nao fizer esforço, não vai ter perda urinária • Incontinência por urgência à Perda involuntária de urina, que nao consegue segurar • Enurese à Perda urinária com o paciente dormindo, é comum em crianças, mas pode ter em adultos • Incontinência mista à Por esforço e a urge incontinência • Incontinência contínua à Ex.: Câncer de colo uterino fazendo uma fistula vesiscovaginal • Incontinência coital à Relacionada com a de esforço SINTOMAS DE ESVAZIAMENTO • Disúria ou tenesmo vesical à Desconforto na hora da micção • Jato fraco • Hesitação à Urina e para, urina e para • Esforço para urinar à Grande esforço para urinar. Ex.: principalmente as pacientes que tem grandes cistocele grau III, que a bexiga está saindo para fora. Fazem muito esforço, às vezes tem que colocar o dedo para colocar essa cistocele para dentro, para nao sair. SINTOMAS PÓS-MICCIONAIS • Sensação de Esvaziamento Incompleto à Ex.: Muito comum em cistites à esvaziou a bexiga, mas continua com vontade de urinar • Gotejamento pós-miccional à Ex.: Divertículo (já falou acima) ANAMNESE NA IU • Sintomas urinários: início (se tem relação com o parto, número de filhos, época que aconteceu), gravidade, frequência, sintomas associados (problemas psicológicos, fica anti-social, não quer sair para lugares onde tem muita gente, situação constrangedora, instabilidade emocional). • Idade (pacientes mais velhas pensar em perda do mecanismo de selo, problemas de reposição hormonal) • Paridade (número de filhos, em que condições foi o parto) • Doenças sistêmicas ou do TGU (mal de Parkinson, diabetes, demência senil, trauma raquimedular) 210 MEDBOOK • Medicamentos (Anticolinérgicos) • Traumas e cirurgias (principalmente do TGU – pode lesar inervações) • Fatores de risco: ITU (primeira coisa que tem que investigar. Cistite é a causa mais comum de urge incontinência), paridade, hipoestrogenismo (Perda do mecanismo de selo, aquela camada esponjosa), obesidade (Aumento da pressão abdominal), cirurgias pélvicas, afecções do trato urinário, patologias crônicas. EXAME FÍSICO • GERAL o Identificar fatores que aumentam a pressão abdominal: § IC (Acúmulo de liquido no terceiro espaço, aumenta também o tamanho do fígado, vai aumentar a pressão abdominal) § DPOC § Quadro de asma súbito, com crises repetitivas, tosse e incontinência urinária, crises de broncoespasmo à Diagnóstico: Refluxo gastroesofágico § Neuropatias. UROGINECOLÓGICO • INSPEÇÃO o Vulva: sinais de contato constante com urina (odor amoniacal, cheiro de urina. Quando a paciente tem perda continua de urina, quando passa o espéculo já sente o odor) o Trofismo genital (Mulheres nomenacme a parede vaginal é cheia de rugosidade. Parede lisa à Pensar em perda do mecanismo de selo) o Avaliação do Meato uretral (Paciente idosa, mucosa uretral saindo para for a à Ureterocele à Qmax diminuído, obstáculo para fluxo urinário) • Avaliação de Prolapso Genital 211 MEDBOOK • Não explicou os estágios do prolapso genital, dizendo que já havia falado (Acredito que aa prática) EXAME UROGINECOLÓGICO v AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO ASSOALHO PÉLVICO • Digital e eu mantenho o dedo na longitudinal, maior diâmetro da vagina • Quando eu vou avaliar o períneo, eu coloco o dedo transversal, e vou pedir para a paciente contrair o períneo, para prender a urina e as fezes. Vou fazer avaliação funcional do assoalho pélvico, porém hoje não se faz muito isso, porque o pessoal da fisioterapia que faz aqui. • Grau 0: sem função perineal objetiva, nem mesmo à palpação à à mando ela contrair e não percebo nem mesmo à palpação. • Grau 1: função perineal objetiva ausente, reconhecida somente à palpação à Sem função sexual nem para reter urina • Grau 2: função perineal objetiva débil, reconhecida à palpação • Grau 3: função perineal objetiva e resistência opositora, não mantida à palpação à Consegue ficar mais do que 5 segundos • Grau 4: função perineal objetiva e resistência opositora mantida à palpação por mais de 5 segundos. à à Não fica mais do que 5 segundos, contrai mas nao cosnegue permanecer TOQUE VAGINAL • Ver a situação dos órgãos pélvicos, massa palpável com aumento da pressão abdominal • Importante também fazer a palpação abdominal à Na IC o abdomen fica enorme. Verificar presença de ascite, realizando o teste de piparote. TESTE DA PERDA URINÁRIA 212 MEDBOOK • Realizado com 200-300 ml à Quando está com sensação de vontade de urinar (sem ser aquela vontade da capacidade maxima) • Manobra de Valsalva à Pedir para paciente tossir ou soprar o dorso da mão, e verificar se ela teve perda urinária MEDIDA DO VOLUME URINÁRIO PÓS-MICCIONAL • Normal até 50 ml TESTE DO ABSORVENTE OU PAD-TEST • Positivo se 8g em 24 horas • Absorvente que voce pesa antes de colocar na paciente. Depois de 24 horas, se tiver 8 gramas a mais à TESTE POSITIVO! à Geralmente também tem queixa de odor amoniacal. DIÁRIO MICCIONAL v REGISTRO DE DADOS COMO: • Débito urinário em 24h • Volume médio eliminado • Frequência das micções. ESTUDO DA MOBILIDADE DO COLO VESICAL • Q-tip test ou teste do cotonete à Quando a paciente fazesforço, abaixa o colo vesical, e percebe-se o deslocamento e mede • Se tiver mais que 30 graus = á mobilidade do colo vesical • US via vaginal à Também vê a mobilidade do colo vesical PROPEDÊUDICA COMPLEMENTAR NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA • Exame de Urina tipo I ou EAS • Urocultura • Bactéria mais comum de IU à E. coli à Solta toxina que inibe um pouco a contratura do esfíncter à Pode ter urge incontinência e perda urinária AFASTAR INFECÇÃO URINÁRIA!!! CAUSA + COMUM DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA â INFECÇÃO PELA TOXINA DA E.COLI 213 MEDBOOK • • Uretrocistoscopia à Sonda que vai dentro da bexiga, e facilita ver o trígono e o orifício interno do colo vesical. • Ver se o orifício interno da uretra à Pode ser Deficiência esfincteriana intrínseca • Avaliação UrodinâmicaAVALIAÇÃO URODINÂMICA 214 MEDBOOK • A cistometria vai dar o resultado do Qmax v UROFLUXOMETRIA CURVA NORMAL = CURVA EM SINO Inicia a micção, apresenta fluxo máximo e depois cai. FLUXO HESITANTE Iniciou, deu uma para e depois urinou novamente 215 MEDBOOK • NOMOGRAMA DE BLAIVAS à Curva já vem desenhada. Se eu tiver Qmax e a pressão do detrusor máxima. o Se a curva cair aqui, significa que eu não obstrui. o Qmax diminuído, e quanto maior pressão do detrusor, maior o grau de obstrução. o Obstrução severa à Só um pequeno espaço para saída da urina. Ex.: Tumor de bexiga, de uretra. v CISTOMETRIA DE ENCHIMENTO • É a relação entre a pressão e o volume vesical durante o enchimento. • Inicia com o começo da infusão e termina com a “permissão para urinar” dada pelo urodinamicista. • Objetivos: avaliar a atividade do detrusor, sensação, capacidade e complacência vesical. • Registra: pressão vesical, abdominal, detrusora, desejo miccional inicial, perda urinária, contrações involuntárias não inibidas do detrusor, dor, complacência, pressão de perda (leak point). • Perda < 60mmH2O à Defeito esfincteriano NOMOGRAMA DE BLAIVAS FLUXO INTERMITENTE Começa o fluxo, chega a parar aqui e depois continua novamente, para e depois continua. 216 MEDBOOK • Perda > 90mmH20 à Hipermobilidade do colo v CISTOMETRIA DE ESVAZIAMENTO • É a relação entre o volume e a pressão durante a micção. • Inicia quando é dada a “permissão para urinar” pelo urodinamicista e termina quando o paciente considera • terminada a micção. • Avalia função, contratilidade e atividade do detrusor. INCONTINÊNCIA URINÁRIA • A perda involuntária de urina pode ocorrer através de duas vias básicas o Perda de urina involuntária através da uretra o Perda de urina através de aberturas anormais § Ureter ectópico § Fístula urinária à Ex.: Paciente tem câncer de colo uterino, vai para bexiga, vai ter a fístula vesicovaginal, tendo uma perda constante. INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO (IUE) • CONCEITO à Pode ser definida como um sintoma, um sinal (Manobra de Valsalva) e uma condição urodinâmica. (IUGA/ICS-2010) • SINTOMAà Queixa de perda de urina • SINAL à Observação da perda urinária • Antigamente a maioria era diagnosticada como Incontinência de esforço. Porém o tratamento é diferente para cada tipo, por isso a importância do diagnóstico correto. • CONDIÇÃO URODINÂMICA à Na cistometria é observada perda urinária durante aumento de pressão abdominal sem contração do detrusor. • A diferenciaçao entre hipermobilidade uretral e deficiência esfincteriana intrínseca não é recomendada pela nomenclatura de 2010 pois há ampla variação nas características uretrais das pacientes incontinentes (FEBRASGO). Porém na prática, ainda é importante fazer essa diferenciação, devido o tratamento. • PREVALÊNCIA à É a causa mais frequente de incontinência urinária na mulher (50%). Aumenta com a idade, pico 40-49 anos. v FISIOPATOLOGIA IUE o Lesão das estruturas que mantêm a posição anatômica adequada da uretra e colo vesical (cisctocele, quando perde o mecanismo de selo, perda de tecido elástico da fáscia pubovescial, prolapso uterino) o Alteração da mobilidade (hipermobilidade do colo vesical) DIAGNÓSTICO IUE • Sinal (Manobra Valsalva) • Sintoma • Condição urodinâmica 217 MEDBOOK o Lesão de algum componente do assoalho pélvico (músculo elevador do ânus, fáscia endopélvica e ligamentos pubo-uretrais o Deficiência esfincteriana intrínseca (lesão de esfíncter): Desconfiar quando paciente fez procedimento cirúrgico, hipoestrogenismo e envelhecimento (perda de colágeno). v CLASSIFICAÇÃO INCONTINÊNCIA BLAIVAS E OLSSON IMPORTANTÍSSIMO!!!!! • Tipo 0 à Paciente tem a queixa, mas exame ginecológico normal • Tipo I à Colo vesical está fechado. O esfíncter proximal, na parte de enchimento, está cumprindo o seu papel. Desce menos de 2cm, ao esforço, surgindo a incontinência. • Tipo III à Vai dar um leak point abaixo de 60. v DIAGNÓSTICO IUE o Quadro clínico: Perda urinária de caráter progressivo não relacionadas com urgência, freqüência e urge- incontinência. o Investigar uso de fármacos alfa-bloqueadores (anti-hipertensivos), cirurgias ginecológicas, história obstétrica, estado hormonal 218 MEDBOOK o Patologias associadas como diabetes (principalmente a tipo II cursa com neuropatia periférica, pode ter lesão de nervos, prejudicando o arco reflexo), hipertensão e pneumopatia obstrutiva crônica o Exame uroginecológico o Diário miccional o Teste do Absorvente Pad test o Resíduo Miccional o Avaliação da Mobilidade do colo (Quip test/US) EXAMES COMPLEMENTARES IUE § Exame do sedimento urinário + urocultura à Para verificar se tem infecção § Estudo urodinâmico § Ultrassonografia à Mobilidade do colo vesical normal ( < 10mm) • Paciente em posição de pé, coloca o transdutor, aí você vê a uretra, a bexiga. 219 MEDBOOK • Isso aqui escuro é o púbis. Aqui está o colo vesical, traça uma linha aqui. Isso é a paciente em repouso. • Mobilidade do colo vesical à Normal até <10 v TRATAMENTO IUE Ø CLÍNICO o Se é uma incontinência urinária leve – Até tipo II à Fisioterapia 220 MEDBOOK o Fisioterapia : exercícios perineais (fortalecer musculatura dos elevadores do ânus, melhorando a continência urnária), eletroestimulação do assoalho pélvico (voltagem mais elevada na IUE e voltagem baixa na urge-incontinência) e cones vaginais Ø FARMACOLÓGICO o Estrogênio – não mostrou eficácia na pós-menopausa à Literatura não demonstrou melhora da IU. Mas acabamos usando na prática para melhorar o coito, o trofismo vaginal, as infecções/cistites de repetição o Antidepressivo tricíclico (Imipramina) – não há estudos para recomendação segura do seu uso à Não usa muito no ambulatório. o Duloxetina (Usa mais. Inibe recaptação de serotonina e noradrenalina) – 80 mg/dia reduz os episódios de perda Ø CIRÚRGICO o Geralmente na classificação de III para cima o Via vaginal (Kelly-Kennedy) – náo é mais indicada. § Na parede anterior da vagina, você faz uma incisão, disseca a bexiga da fáscia pubovesical. Depois você tira o excesso de mucosa de maneira em que tira aquela formação sacular, e sutura essa fáscia. Tem muito resultado na IU de esforço, mas dá muita recidiva, por isso hoje não é indicada como primeira escolha. É de fácil execução, você faz via vaginal, não precisa entrar na cavidade, o prognóstico é melhor. Pessoas idosas pode até fazer com anestesia baixa, você Poe fazer esse procedimento. Mas pelo fato dela dar muita recidiva, ela não é muito indicada. Ela tem uma vantagem, que esteticamente ela melhora bastante. Você imagina aquela cistocele, quando você tira aquilo, esteticamente a paciente fica melhor. É uma cirurgia que ainda é feita, mas com certa ressalva. o Via retropúbica (Burch) à Técnica mais usada. Tem duas maneiras de ser feita: § Maneira mais antiga à Por via abdominal. Você abre o abdome da paciente, a segunda camada que você vai encontrar depois da pele é o tecido gorduroso. Depois você encontra a fáscia do reto abdominal. Aí você abre a fáscia do reto abdominal, dá uma diástase no músculo e vai encontrar o peritônio. Não entra na cavidade, vai dissecando até chegar na cúpula vaginal, abaixo do púbis. Você passa uma sonda vesical para delimitar bem a uretra e dá uns pontos pegando na parte lateral, no ligamento de Cooper do lado de dentro da sínfise púbica, e eleva a cúpula vaginal. § Tem uma técnica que eles fazempor via baixa, por clamp. Anestesiam o paciente e com um clamp faz uma fixação do púbis e clampeia, puxando essa cúpula vaginal. Fica mais firme o colo vesical, tem menos mobilidade, e melhora. CIRURGIA DE BURCH A Suspensão de Burch para a Bexiga nada mais é do que suturar a fáscia vaginal no ligamento de Cooper, elevando-a. Como a bexiga repousa sobre a fáscia vaginal, a elevação da fáscia vai automaticamente elevar também a bexiga. A incisão pode ser feita por via abdominal, na linha da cesariana, ou então por via vaginal (internamente). É necessária anestesia geral. Seis amarras (três de cada lado da bexiga) são suturadas da fáscia vaginal até o ligamento de Cooper. O procedimento todo leva cerca de 45 a 60 minutos. Fonte: https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/155743/mod_resource/content/1/Cirurgias%20P%C3%A9lvicas%20.pdf 221 MEDBOOK o Slings (autólogos ou sintéticos) à São aquelas alças, geralmente pegam a fáscia látea ou fáscia do músculo reto abdominal. Autólogo quando é a fáscia da própria paciente, que tem como vantagem ser dela mesmo. Os slings funcionam muito bem. CIRURGIA DE SLING Quando o tratamento conservador falha, é possível indicar o implante de sling na uretra (canal por onde passa a urina e que liga a bexiga ao meio externo). Esse tratamento minimamente invasivo nada mais é do que a introdução de uma fita de polipropileno (ou de tecido do próprio corpo da paciente) abaixo da uretra, por via vaginal, com o objetivo de aumentar a resistência uretral e reduzir a perda de urina. Hoje em dia, é possível realizar este tipo de procedimento em regime ambulatorial (com possibilidade de alta no mesmo dia). O implante de sling sintético proporciona melhora da incontinência urinária em 70 a 90 % das pacientes. É indicada para incontinência de esforço quando o tratamento conservador falha Fonte: http://portaldaurologia.org.br/faq/o-que-e-a-cirurgia-de-sling-na-incontinencia-urinaria-feminina/ INJEÇOES PERIURETRAIS o Melhor em pacientes sem hipermobilidade à Para dar maior fixação à uretra. o Colágeno bovino, gordura autológa, silicone, botox • Para ter o diagnóstico de Incontinência urinária de esforço tem que ter 3 fatores: Sinal, Sintoma e estudo urodinâmico. Se eu tiver mais hipermobilidade do colo vesical, já tenho indicação para Cirurgia de Burch. Incontinência urinária de esforço Hipermobilidade do colo vesical Cirugia de Burch Insuyiciência esyincteriana intrinseca Cirurgia tipo SLING ou TVT 222 MEDBOOK • Se ela tem hipermobilidade do colo vesical e é obesa, a indicação seria o Sling, que funciona melhor. Ou o TVT (transvaginal, sintético - Tension free vaginal tape) • Se tiver Insuficiência esfincteriana intrínseca já tem indicação de Sling ou TVT. HIPERATIVIDADE DO DETRUSOR - BEXIGA HIPERATIVA v CONCEITO • Contrações involuntárias do detrusor, durante o enchimento vesical que podem ser espontâneas ou provocadas por tosse, barulho de água corrente ou enchimento rápido da bexiga (urodinâmica) v CLASSIFICAÇÃO • Conforme etiologia o Instabilidade do detrusor : idiopática (maioria delas) o Hiperreflexia do detrusor: secundária a doença neurológica – AVC, neuropatia diabética, Parkinson, esclerose múltipla, demência senil, uso de cafeína (você tira a cafeína e a paciente melhora), tabagismo, etc. v DIAGNÓSTICO Ø ANAMNESE o Aumento da frequência miccional (85%), o Urgência à vontade repentina e intensa de urinar, conseguindo chegar ao banheiro a tempo (54%), o Urge-incontinência à não chega a tempo no banheiro e perde urina no meio do caminho (30-50%), o Enurese, o Perda aos esforços ou coito. o História de DM, IC, medicamentos, obstipação, ingesta hídrica aumentada, neuropatias, radioterapia prévia, trauma ou cirurgia medular. Ø EXAME FÍSICO o Dar ênfase ao exame neurológico o Sensibilidade dos dermátomos referentes à S2, S3 e S4 o Avaliação do tônus do esfíncter anal à Se ela tiver incontinência urinária e fecal concomitantemente, pensar em patologias neurológicas o Pesquisa do reflexo do músculo bulboesponjoso e patelar v EXAMES SUBSIDIÁRIOS o Sedimento urinário para descartar processos infecciosos o Diário miccional: detectar hábitos de ingestão hídrica e miccionais o Estudo urodinâmico: o diagnóstico definivo é dado pela cistometria em que se demonstram contrações involuntárias do detrusor desencadeadas por estímulos externos. 223 MEDBOOK o Cistoscopia em casos suspeitos de litíase, corpo estranho, cistite intersticial, neoplasia ou falta de resposta ao tratamento clínico. Obrigatório para paciente acima de 55 anos com início recente dos sintomas principalmente se forem fumantes (Lembrar que a nicotina é uma das causas de câncer de bexiga, não só de pulmão) v TRATAMENTO MEDICAMENTOSO o Relaxamento do detrusor Ø ANTICOLINÉRGICOS o Inibem a contratilidade do detrusor (SNC parassimpático). Como efeitos colaterais são referidos boca seca, constipação intestinal, turvação visual cuja intensidade depende do fármaco e da dose. o Oxibutinina (Retemic®): tem efeito espasmolítico direto além da ação anti-colinérgica. Dose: 5 mg 3x ao dia, aumentando para 10mg se os resultados forem insuficientes. o Flavoxato: amina terciária com efeito antiespasmódico, analgésico e anestésico. Apresenta alguma melhora na sensação de urgência à Professor diz que não usa. v TRATAMENTO MEDICAMENTOSO – RELAXAMENTO DO DETRUSOR o Imipramina: antidepressivo tricíclico que inibe a recaptação da noradrenalina e da serotonina na membrana pré- sináptica resultando em relaxamento vesical e aumento da resistência uretral. Tem ação anticolinérgica e propriedades anestésicas. Algum resultado no tratamento da noctúria e enurese à Professor diz que não usa. o Tolterodina (Detrusitol®): Professor diz que usa. Tem menos efeitos colaterais que a Oxibutinina, só é mais cara.Age competindo diretamente nos receptores colinérgicos periféricos. Apresenta seletividade in vitru para receptores muscarínicos vesicais reduzindo os efeitos colaterais. Dose: 2 a 4 mg/dia, dividido em duas tomadas. Existe a forma de ação longa 4mg à noite. v TRATAMENTO CIRÚRGICO o Está reservado apenas a casos graves, refratários a outros tratamentos. o Consiste em técnicas de denervação vesical (ex.: paratletas que tem hiperrreflexia) o Medidas gerais: § Controlar a ingestão de líquidos 1.500 a 2.000ml/dia § Evitar a ingestão de cafeína e álcool, tabaco também. § Regularizar o hábito intestinal DISTÚRBIO URINÁRIO NO CLIMATÉRIO v Infecção do Trato Urinário: Deve-se principalmente a atrofia da mucosa e elevação do pH vaginal prejudicando os mecanismos de defesa facilitando a colonização do intróito vaginal por uropatógenos, particularmente E. colli. v Neuropatia periférica por diabetes (Pessoas idosas)à 70-80% das pessoas acima de 80 anos tem diabetes. v Hiperatividade do detrusor: As alterações sensoriais da bexiga ocorrem por envelhecimento e atrofia. O tratamento baseia-se no uso de anti colinérgicos dependendo da gravidade dos sintomas. 224 MEDBOOK v Incontinência urinária de esforço: Há uma perda do colágeno, relaxando a fáscia pubovesical, desce e forma uma cistocele. 10 % a 20% de pacientes ambulatoriais e 40% a 55% das institucionalizadas, apresentam algum grau de IUE. Entre as menopausadas, 20% têm insuficiência esfincteriana intrínseca. PROLAPSO GENITAL O prolapso genital ocorre por fraqueza ou defeitos nos órgãos pélvicos de suspensão, que são constituídos de ligamentos ou aqueles de sustentação, constituídos por fáscias e músculos. Sua avaliação constitui uma etapa importante do exame ginecológico, devendo, sempre que possível, ser classificado o grau de prolapso por meio de métodos padronizados. O prolapso de órgão pélvico (POP) é definido como odeslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital. Pode ser um descenço da parede vaginal anterior e/ou posterior, assim como do ápice da vagina. Quando ocorre prolapsos da parede anterior da vagina denomina-se: uretrocele e cistocele, da parede posterior da vagina: retocele e prolapso do segmento apical da vagina: enterolcele e prolapso uterino. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o papel da fisioterapia na prevenção e tratamento do prolapso uterino. Fonte: http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/97/320O_Papel_da_Fisioterapia_no_Prolapso_Uterino.pdf • Mostra o primeiro desejo miccional de 260ml • A pressão dentro da bexiga está normal, significa que não teve atividade detrusora. • Fez a Manobra de Valsalva, aumentou a pressão intra-vesical. • E por fim, a tosse. • Aqui ele registrou a perda de urina como 200cm de água 225 MEDBOOK • A pressão abdominal é praticamente constante. • A pressão dentro da bexiga varia principalmente às custas d detrusor • Diagnóstico aqui é IU por hiperatividade do detrusor, não era para ter isso aqui. TTO: Anticolinérgico. • Diagnóstico: IU de esforço + hiperatividade do detrusor = IU Mista. TTO: Se eu fizer anticolinérgico ela vai melhorar parcialmente. Mas tem que fazer exame ginecológico porque ela pode ter uma cistocele grau I ou grau II. Às vezes eu preciso, além de anticolinérgico, encaminhar a paciente para fisioterapia. 226 MEDBOOK • Nomograma de Blaivas à A curva está semi-obstruída. Não deu o Qmax. O fluxo médio é de 16ml/s (Qmax acima de 15 = fluxo dificultado) • Atividade do detrusor aqui olha, não era para ter. 227 MEDBOOK • Paciente com Qmax semi obstruído, e com leak point provavelmente acima de 90. Diagnóstico: Ela tem uma semi-obstrução e uma atividade de detrusor. Precisa investigar, para ver se é uma cistocele. TTO: Se for, ela vai se beneficiar com o anticolinérgico e exercícios. 228 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DRA. RITA DE CÁSSIA GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUIRIA, JULIA. PRODUTORA: JULIA Slides e áudio: DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO Aula 9 - 04/05/2017 CASO 1 A.B.M., 29 anos de idade, branca, solteira, comerciante, queixa-se de dor abdominal há 1 dia. Refere que foi de início súbito em abdômen, especialmente em fossa ilíaca direita, com piora progressiva e limitação à deambulação. Caracteriza a dor como “em facada”, com irradiação lombar e face medial da coxa. Refere melhora parcial da dor com a flexão de coxa direita. Não apresenta náuseas ou vômito. (DUM) Data da última menstruação: há 6 dias. Teste de gravidez negativo. Temp. axilar: 38°C. Nega cirurgias prévias. Mãe hipertensa e diabética. ü ANTECEDENTES MENSTRUAIS: Ciclos menstruais regulares com intervalo de 30 dias e duração de 4 dias. ü ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: Menarca aos 16 anos de idade. Corrimento frequentemente, de cor acinzentada, fluido, associados a odor pronunciado. ü ANTECEDENTES SEXUAIS: Início da atividade sexual aos 18 anos de idade, sem parceiro fixo. Última relação há 3 dias. ü ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: Nuligesta ü EXAME GINECOLÓGICO: ABDOMEN: Ausência de abaulamentos. Dor à palpaçãosuperficial de hipogástrico e fossa ilíaca direita com sinais de irritação peritoneal (descompressão brusca positiva) limitando a palpação profunda. ü TOQUE: Dor intensa à mobilização do colo uterino, abaulamento de fundo de saco posterior, com dor limitando a caracterização anexial. ü ESPECULAR: Colo epitelizado, conteúdo vaginal fluido, acinzentado. 229 MEDBOOK QUESTÕES: 1. Qual o diagnóstico sindrômico? Síndrome do Abdome Agudo Inflamatório. Quadro de dor abdominal, descompressão dolorosa, ausência de sangramento pode caracterizar como diagnóstico sindrômico Abdome Agudo Inflamatório. Lembrando que é uma paciente de 29 anos com Beta-HCG negativo. Fazer um link com Abdome Agudo Hemorrágico. No Pronto Socorro, a paciente vai chegar com o mesmo quadro dor abdominal, dor ao exame, descompressão dolorosae tem que pensar sempre em dois diagnósticos: Abdome Agudo Inflamatório e Abdome Agudo Hemorrágico, o que exclui um do outro é o Beta-HCG que a gente tem que pedir OBRIGATORIAMENTE até se a paciente falar que nunca teve relação sexual. Menstruou tem que pedir um Beta-HCG. NÃO ESQUEÇAM DISSO. Porque é isso que vai fazer o diagnóstico diferencial. E uma observação a paciente não estava sangrando. 2. Qual o diagnóstico? DIP (Doença Inflamatória Pélvica)à É muito genérico. Diagnóstico: ATO (Abcesso Tubo Ovariano). A paciente tinha uma massa anexial palpável, abaulamento de fundo de sacro. A Doença Inflamatória Pélvica tem vários sintomas pode ir desde sintomas leves, moderados e a paciente que pode chegar sim com abcesso Tubo Ovariano. 3. Diagnóstico diferencial? Apendicite (sinais clínicos: vômitos, modificação de todo o trânsito intestinal). No Abcesso Tubo Ovariano não tem isso e o toque vai ajudar no diagnóstico de ATO (dor à mobilização do colo, massa em anexo). Infecção do trato genital (pielonefrite). 4. Quais os diagnósticos etiológicos? Chlamydiatrachomatis(Quando pensa em clamídia pensa em doença inflamatória pélvica porque a clamídia é o principal agente etiológico). Abcesso Tubo Ovariano é uma consequência de um processo inflamatório. Porque nem todas as pacientes com Doença Inflamatória Pélvica cursam com abcesso. Gardnerellavaginalis 5. Quais exames complementares você solicitaria para esclarecer esse caso clínico? Hemograma, EAS e urocultura, bacterioscopia (vagina e colo), colpocitologia oncótica, ultrassom transvaginal e abdominal e as sorologias HIV, hepatite e VDRL. 6. Qual a conduta? Internação Hospitalar. Penicilina G Cristalina +Gentamicina +Metronidazol Tratar os últimos parceiros (dos últimos 6 meses) Inicia o antibiótico e observa o abcesso porque pode ter uma resolução espontânea. Quando não tem uma resolução tem que drenar e retirar todo o pus porque senão a paciente não melhora. 230 MEDBOOK CASO 2 R.S.L., 49 anos de idade, solteira, dona de casa, natural de São Paulo. Veio ao ambulatório queixando-se de menstruações irregulares há cerca de 2 anos e, nos últimos meses, ondas de calor. Refere que apresenta fluxo a cada 2 ou 3 meses. Há 6 meses, está sem menstruar e apresenta ondas de calor, insônia, nervosismo e cansaço, que estão causando grande desconforto. ü ANTECEDENTES PESSOAIS: Hipertensão crônica em tratamento com propranolol, 50 mg, e higroton, 50mg. ü ANTECEDENTES MENSTRUAIS: Menarca aos 13 anos de idade, ciclos normais. ü ANTECEDENTES SEXUAIS: Sexarca aos 17 anos. Total de 3 parceiros. Libido normal e orgasmo reduzido nos últimos anos. ü ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS: Um aborto espontâneo há cerca de 20 anos ü EXAME FÍSICO: o PA= 130/90 mmHg (em tratamento) o Peso= 75,8 kg o Altura= 1,48 cm EXAME GINECOLÓGICO: Apenas o exame especular apresentou mucosa vaginal com pouca lubrificação, paredes hipotróficas e colo normal. Primeiro raciocínio: idade da paciente (49 anos), solteira (não tem parceiro fixo), menstruação irregular há cerca de 2 anos. Nos últimos meses onda de calor, insônia, cansaço. IMC 34,6 (Caracteriza obesidade acima de 30) QUESTÕES: 1. Quais as hipóteses diagnósticas? Amenorreia Secundária; Síndrome Climatérica (variedade do ciclo, vagina seca, ondas de calor)àNão caracteriza menopausa; Síndrome Metabólica; Hipertensão e Obesidade. 2. Qual a conduta a ser adotada nesse caso? ObservaçãoàNão precisa pedir FSH e LH para fazer diagnóstico Mamografia, dosagem de prolactina, dosagem de TSH,T4 livre, ultrassom transvaginal (para vê o espessamento de endométrio), perfil lipídico, colesterol, glicemia de jejum. O tratamento da pressão arterial não está adequadoà pedir um mapa, encaminhar para o cardiologista. 231 MEDBOOK 3. Tratamento? Não entrar com reposição hormonal (tem que analisar os riscos e os benefícios, paciente obesa e considerar essa a primeira consulta). A princípio vai tratar o fogaço. Tratar os sintomáticos e aguardar os exames para avaliar a possibilidade de terapia hormonal ou não que vai depender do perfil glicêmico, perfil lipídico. Terapia hormonal (progesterona e estrogênio). Progesterona porque a paciente tem útero e vai proteger Para diminuir os sintomas do climatério (fogaço): cinarizina. A cinarizina auxilia na microcirculação, atua nos canais de cálcio atingindo a vasodilatação. Vai melhorar os sintomas. 232 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: WAGNER GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL, JÚLIA AUTORA: JULIA Slides e áudio – PROLAPSOS GENITAIS Aula10 - 09/05/2017 PROLAPSOS GENITAIS A pelve é formada basicamente por estrutura óssea, ligamentosa e muscular. Essas estruturas tem função de excretas do organismo (sexual e reprodutiva). A imagem mostra uma bacia feminina ginecoide (arredondada), típica pélvis feminina. DEFINIÇÕES DE TERMOS Prolapsos à é o deslocamento para baixo ou para frente de um órgão pélvico em relação a sua localização normal.O deslocamento é para baixo ou para frente devido a pressão abdominal. Compreende: • Cistocele: deslocamento inferior da bexiga (é o mais comum) • Cistouretrocele: é uma cistocele que inclui a uretra como parte do complexo de órgãos prolapsados. • Prolapso uterino: é a descida do útero e do colo pelo canal vaginal em direção ao intróito vaginal. Pode chegar ao grau 3 ou 4, quando está todo para fora. • Retocele: é a protusão do reto para a luz vaginal posterior. • Enterocele: é a herniação do instestino delgado para a luz vaginal. 233 MEDBOOK CLASSIFICAÇÃO DOS PROLAPSOS v ANTIGA • Cistocele: grau I, II e III( a partir do colo vesical é o ponto mais saliente, quando imobilizado mais que 1 cm, 1,5cm, classifica-se como cistocele grau I. Quando se aproxima da caranculahimenal é grau II, quando ultrapassa a caranculahimenal é grau III. Há autores que classificam como grau IV quando ela sai toda para fora). • Retocele: grau I, II e III • Prolapso útero vaginal: grau I, II e III( quando chega ao terço inferior, é grau I. Se chegar a caranculahimenal, é grau II, quando quando ultrapassa a caranculahimenal é grau III. Há autores que classificam como grau IV quando ela sai toda para fora). * São termos descritivos, imprecisos e induzem erros * Prejulgam a verdadeira natureza de qualquer prolapso concentrando a atenção na bexiga, no reto ou o útero e não nos defeitos específicos responsáveis pelas alterações da sustentação vaginal * Usar a classificação antiga pode deixar desapercebido uma enterocele oculta. POP – Q (PROLAPSE ORGAN PELVIC QUANTIFICATION) 1.996 • InternationalContinenceSociety • American UrogynecologicSociety • Society of Gynecologic Surgeons • Essas três sociedades citadas acima, reuniram-se para propor uma mudança na classificação. Atual classificação é a POP-Q. *A NOVA CLASSIFICAÇÃO:Descrições anatômicas de locais específicos da vagina substituem os termos tradicionais (cistocele, retocele, enterocele): • 9 medidas local – específicas • 6 pontos ao longo da vagina (Aa e Ba – esses dois são na parte anterior a vagina. Ap e Bp – ficam na parte posteriorda vagina. C fica no coloe Dfica no saco vaginal) • 3 outras medidas: hiato genital (hg), corpo do períneo (cp), e o comprimento total da vagina (ctv). 234 MEDBOOK Aa: exatamente onde fica o colo vesical. Esse ponto é fixo. Ba: fica no ponto mais saliente entre Aa e C Ap: seria na protuberância do reto. Bp: situa-se em qualquer lugar mais saliente até o ponto D. pb: da fúrcula vaginal até região mediana do anus, é a região perineal (pb)mede de 3 a 4 cm. Hg: hiato genital • A posição anatômica dos seis pontos definidos deve ser medica em “cm” proximal(para dentro da vagina, ou seja, acima do hímen recebe o sinal negativo)(-) ou distal (é para fora da vagina, recebe o sinal positivo)(+), com o plano do hímen representando zero. • Hiato genital (hg): medido em “cm” do meato uretral até a linha media da parte posterior do hímen. • Corpo do períneo (cp): medida em “cm” da margem posterior do hiato genital até a abertura anal media • Comprimento total da vagina (ctv): é a maior profundidade da vagina em “cm” qnd. O ápice é reduzido até sua posição normal completa. * TODAS as medidas, exceto ctv, são medidas em esforço máximo. (precisa-se fazer Valsalva). 235 MEDBOOK PACIENTE SEM PROLAPSO • Aa (em um paciente normal, é um ponto fixo que fica no colo vesical, com aproximadamente 3cm) • Ba (quando normal, coincide com o Aa, pois localiza-se no ponto mais saliente, e o ponto mais saliente é o colo vesical) • C(fica no colo, em torno de -8,) • D( fundo de saco vaginal, -10), • Ap( -3) • Bp(-3) • Ctv( 11) • Hg(3,5 a 4) • cp( 3 a 4) • -3, -3, -8, -10, -3, -3, 11, 4, 3 CLASSIFICAÇÃO DE POP – Q Aa Ba C D Ap Bp ctv hg cp -3 -3 -8 -10 -3 -3 11 4 3 -3<Ba< -1 -1 <Ba< 1 236 MEDBOOK SINTOMAS DO PROLAPSO v GERAIS • Sensação de pressão ou de algo está saindo da vagina; Alegam como se estivessem sentadas obre um ovo, sensação de peso, dor lombar. • Sintomas acentuam c/ a paciente em pé e aliviam quando deitadas. v ALGUMAS SITUAÇÕES 1. PERDA DA SUSTENTAÇÃO VAGINAL ANTERIOR: • Hipermotilidade uretral: incontinência urinária de esforço • Substrato anatômico: perda da elasticidade da fáscia (pubovesical, uterovesical e pubovesicocerival) e da sustentação. 237 MEDBOOK Na imagem acima vemos a uretra, a bexiga, e o ponto mais saliente logo ali na altura do hímen, ou próximo como vimos. Vemos também o esforço do detrusor, onde a paciente urina a qualquer esforço. Vemos uma cistocele bem alterada. Temos ali o anel do hímen. No ponto Aa ESTÁ NEGATIVO. No Ba está bem no extremo. Ponto C estaria -2. O hiato genital está 4.5(elasticidade maior da vagina). O períneo esta aberto, diminuído, provavelmente uma ruptura da musculatura dos elevadores do ânus. A parede posterior, ponto Ap está normal. Ponto Bp está -2cm. Vagina está encurtada. 238 MEDBOOK 2. GRANDE PROLAPSO VAGINAL ANTERIOR OU EVERSÃO DO FÓRNICE DA VAGINA • Paciente vai ter dificuldade miccional, pois está tudo invertido, às vezes leva a necrose e úlcera, necessitando de biópsia). Sintomas: dificuldade miccional Substrato anatômico: prolapso vai abaixo da uretra impossibilitando a micção, devido perda da sustentação muscular e do AP. de sust. Retináculo Peri-uterino de Martin 239 MEDBOOK 3. PROTUSÃO DO RETO PARA O CANAL VAGINAL (RETOCELE) Sintomas: • Esvaziamento retal ineficiente, paciente relata como constipação; • Às vezes tem de empurrar com o dedo a parede posterior da vagina para conseguir esvaziar o reto • Sensação de peso, abaulamento doloroso, disfunção coital • Substrato anatômico: perda de sustentação e ou da elasticidade reto-vaginal Aqui o problema está na parede posterior, RETOCELE. 240 MEDBOOK EXAME FÍSICO • Paciente na posição ortostática • Paciente na posição litotomia dorsal padrão (Pacienteem pé, um dedo na vagina e outro no ânus para palpar a crepitação do gás na alça.) 241 MEDBOOK TRATAMENTO O diagnóstico correto do defeito anatômico é o primeiro passo a ser dado. 1. Deve ser corrigido fatores como: • Obesidade • Tosse crônica (DPOC) • Evitar esforços físicos excessivos (colágeno diminuído) • Compensar diabetes • Fazer reposição hormonal se indicado 2. Exercícios de sustentação da musculatura vaginal: • Exercícios de Kegel: Podem ser realizados em pacientes c/ pequenos defeitos anatômicos • Eletroestimulação perineal: indicado em Incontinência urinária e pequenos prolapsos, melhorando inclusive o desempenho sexual, pois fortalece a musculatura dos elevadores do ânus TRATAMENTO CIRÚRGICO (INDICADO PARA OS GRANDES PROLAPSOS) A literatura é forte em trabalhos demonstrando índices de falhas variáveis entre todos tipos de técnicas. 1. Defeitos de compartimento anterior • Colporrafia anterior (cistocele grande) – reconstrução das estruturas de suporte vesical e uretra. • Se a paciente tem Incontinência urinária de esforço: Cirurgia de Burch – porém da muita recidiva, então se usa associada acolporrafia anterior. • Paciente com alongamento hipertrófico do colo uterino, prolapso útero vaginal grau I, jovens e que desejam ter filhos: Cirurgia de Manchester – Fostergill – indicada para pacientes que tem o colo muito longo e prolapso discreto. (trata-se de uma amputação do colo) 2. Defeitos do compartimento apical (prolapso uterino ou de cúpula vaginal) • Graus 2,3 E 4: histerectomia vaginal • Grau I, c/ cistocele e Incontinência urinária -> histerectomia vaginal pode ser praticada: o No momento da histerectomia o cirurgião deve preocupar-se em promover uma sustentação apropriada para o ápice e as paredes vaginais, a fim de reduzir o risco de prolapso da cúpula vaginal o Avaliar a necessidade de culdoplastia para prevenir enterocele (Merccal, Moschcovitz ou Halban), colporrafia anterior e posterior, fixação da cúpula ao ligamento sacro – espinhoso ou colpexiasacra • Prolapso de cúpula vaginal pós-histerectomia faz-se colpo fixação sacro-espinhosa via vaginal ou colpexia (fixação) via abdominal • Colpocleise (cirurgia de Lefort) ou fechamento total da vagina. – paciente que não tem condição cirúrgica. Através do toque vaginal insere 10ml de lidocaína de um lado e de outro da parede e faz o procedimento por ali. 3. Defeitos do compartimento posterior Fáscia reto-vaginal: suspensa na cérvice bilateralmente pelos ligamentos útero-sacro. 242 MEDBOOK • Ruptura da fáscia reto-vaginal: reto e enterocele • Defeitos ao longo da parede posterior cervical ou no ápice: enterocele alta • Defeitos na porção média ou na conexão da fáscia ao corpo perineal: retocele mediana • Defeitos na extensão lateral com destacamentos de suas ligações às fáscias dos elevadores do ânus: retocele baixa • Retocele: colpoperioplastia em geral corrige o problema • Enterocele: dissecar o saco herniário, fazer culdoplastia (fechamento do espaço da fáscia) para prevenir a reincidência da enterocele (Meccall, Halban, Moschcovitz) 243 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: WAGNER GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JULIA. AUTORA: JULIA Slides e áudio: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS EM MAMOGRAFIA Aula 11- 16/05/2017 MAMOGRAFIA Ø Generalidades: • Equipamentos atuais utilizam ampolas de molibdênio ou ródio que emitem raios e são processados impregnando filmes de alta definição, obtendo imagens nítidas e com distinção das várias estruturas existentes na glândula mamária. Corte anatômico mostrando a mama: tem tecido gorduroso envolvendo a glândula, fica atrás do músculo peitoral maior. Temos os ductos primário, secundário e terciário formando os lobos e cada um é um lóbulo. Exame de imagem: A parte mais clara é o tecido glandular e a parte mais escura é o tecido gorduroso. MAMOGRAFIA - INDICAÇÕES Rastreamento (Consenso MS – INCA 2004) Ø Mulheres assintomáticas: Fora do grupo de risco • Na idade entre 50 a 69 anos – a cada 2 anos; • Exame clínico anual a partir de 40 anos; Ø Mulheres do grupo de risco: História familiar, não tiveram filhos, obesas, alimentação de origem animal, fator genético (Mutação do gene BRCA1 E BRCA2 que predispõe ao câncer de mama, colo e reto) • Exame clínico das mamas e mamografia anual, a partir de 35 anos; Ø Rotina em mulheres assintomáticas: • Pré-terapia hormonal; • Pré-operatório de mastoplastia; seguimento de cirurgia conservadora e mastectomia; 244 MEDBOOK Outras indicações: • Pacientes com sinais e sintomas para câncer de mama (nódulo, espessamento, descarga papilar) • Outras indicações diagnósticas: controle radiológico de lesão categoria 3 de BI-RADS; mama masculina; avaliação de resposta à quimioterapia neoadjuvante; Só para lembrar que a mama é dividida em quadrantes: quadrante superior medial, quadrante inferior medial; quadrante superior lateral e quadrante inferior lateral. E a cauda de Spencer ou porção granular. Em pacientes magras a palpação da cauda de Spencer é bem nítida. INCIDÊNCIAS NO EXAME DE MAMOGRAFIA Ø Básicas: São as incidências de rastreio, não esquecer! • CC: à Crânio-caudal • MLO: à Médio-lateral oblíqua Ø Incidência complementares ou adicionais: • Compreensão seletiva, quando eu comprimo uma mama para ver se a imagem é ou não real • Amplificação • Mediolateral a 90° • Lateromedial a 90° è Incidências complementares ou adicionais: São de indicação do radiologista • Craniocaudal exagerada: ver lesão bem posterior na mama; em pacientes obesas, principalmente. • Rolada • Tangencial à pele • Prolongamento axilar: ver lesão na cauda de Spencer. Chamada também de incidência de Cleópatra. • Cleavage: incidência mais medial • Variações de ângulo • Oblíquas progressivas • Lateromedial oblíqua • Caudocranial: paciente com muita cifose, principalmente • Manobra de Eklund: lesões entre as duas mamas. 245 MEDBOOK Ø INCIDÊNCIA CC Os quadrantes superior e inferior estão sobrepostos. Não dá para ver se é inferior ou superior, para saber se a lesão está em um desses quadrantes tem que olhar na MLO. Observa-se se é lateral ou medial, direita ou esquerda. Ø INCIDÊNCIA MLO O raio vai entrar na obliqua e vai pegar a mama até a borda do músculo peitoral, da axila, a cauda de Spencer. DIREITA X ESQUERDA 246 MEDBOOK CLASSIFICAÇÃO BI-RADS Categorias descritas pelo BI-RADS* Categorias Significado Recomendação 0 Incompleto (examinador não consegue através do método classificar a lesão, precisa de método complementar (RNM, USG, TC)) Complementação 1 Normal Controle a cada 2 anos 2 Benigno Controle anual 3 Prov. Benigno Controle a cada 6 meses, por 3 anos 4 Suspeito Biópsia (percutânea) 5 Muito suspeito (quase 90% de chance de maligno) Biópsia ou cirurgia 6 Malignidade já definida pela patologia Conduta de acordo com o tumor Ø PADRÕES DE IMAGENS 1. Microcalcificações 2. Nódulos 3. Assimetria focal 4. Distorção focal 5. Dilatação ductal isolada 6. Linfonodos axiliares alterados 7. Área densa- neodensidade 1- CALCIFICAÇÕES MAMÁRIAS • Tipicamente benignas • Provavelmente benignas • Indeterminadas • Provavelmente malignas • Tipicamente malignas Ø CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO LE GAL- 1.984 • Tipo l: anelares, todas benignas; normalmente de vasos. • Tipo ll: Puntiformes e regulares à 25% são malignas • Tipo lll: Semelhantes a poeira, de difícil identificação morfológicaà 40% são malignas • TipoIV: Puntiformes irregulares à 66% são malignas • Tipo V: Vermiformes ou pleomórficasà todas são malignas Ø CLASSIFICAÇÃO BI-RADS – 2003- MAIS UTILIZADA • Baseia-se na morfologia e na distribuição das calcificações para descrevê-las e categorizá-las: • Puntiformes/ arredondadas: à Margem bem definidas, iguais em forma, diferentes no tamanho. Puntiformes são menores que 0,5 mm e arredondadas maiores que 0,5 mm de diâmetro. • Amorfas ou indistintas: à comparadas a grãos de areia ou flocos de neve. Quando difusas sugerem benignidade e quando agrupadas podem justificar biopsia, sendo que 20% são malignas. 247 MEDBOOK Calcificação nos ductos, geralmente, por acúmulo de leite. • Heterogêneas grosseiras: à São maiores que 0,5 mm de diâmetro, com alta densidade, variáveis em forma e tamanho e com tendência à coalização. São relacionadas a fibrose ou fibroadenomas; lembra pipoca. • Pleomórficas finas: à tem 0,5 mm e são variáveis em forma e tamanho. Tem alta probabilidade de malignidade e são classificadas como 4a, 4b e 4c de acordo com a experiência do profissional. A 4c é altamente suspeita. • Finas lineares/ ramificadas: à 0,5 mm de diâmetro, finas, descontínuas, irregulares em densidade, podendo apresentar configurações ramificadas, em forma de vírgula ou das letras do alfabeto (v, w, x, y, z). Tem altíssima probabilidade de malignidade. Ø CATEGORIA BI-RADS 2 Categoria 2: Categoria benigna. • Calcificações- vasculares, cutâneas, com centro lunecente, de doença secretrória, tipo “leite de cálcio”, redondas (> 1mm de diâmetro), de fios de sutura • Nódulo calcificado (fibroadenoma típico), tipo pipoca. O fibroadenoma com calcificação é tipo 2, sem a calcificação é tipo 3. • Nódulo com densidade de gordura (lipoma, fibroadenolipoma) • Cisto oleoso (esteatonecrose) • Linfonodo mamário • Nódulos que provam ser cistos simples após USG • Alterações após cirurgia e/ou radioterapia • Ginecomastia Ø CATEGORIA BI-RADS 3 Acompanha a paciente até 3 anos. • Nódulo não palpável, não calcificado, redondo ou oval, regular ou levemente lobulado, com limites definidos, sólido • Microcalcificação arredondadas ou ovais, isodensas • Calcificações recentes, sugerindo esteatonecrose • Assimetria focal ou difusa sugerindo parênquima mamário • Dilatação ductal isolada, sem descarga papilar. 248 MEDBOOK Fibroadenoma, tipo pipoca, categoria 2. Ø CATEGORIA BI-RADS 4 • Nódulo lobulado, irregular • Microcalcificações puntiformes, irregulares-agrupadas, em segmento ou regionais • Dilatação ductal, isolada com descarga papilar com sangue ou tipo “água de rocha” • Distorção focal • Assimetria focal, difusa- sem sugerir parênquima mamário • Área densa, neodensidade. Vejo o tecido glandular condensado, liposubstituída; • Linfonodos axilares alterados, na incidência MLO Tem que biopsiar Ø CATEGORIA BI-RADS 5 • Nódulo espiculado • Microcalcificações puntiformes, irregulares em trajeto ductal • Microcalcificações ramificadas, em qualquer distribuição Tecido predominante é o fibroglandular; possivelmente de uma mulher de mais idade (30-40 anos). A parte superior está bem densa. 249 MEDBOOK Essa imagem é para memorização, tem exemplo do 2, 3, 4 e 5. Localização do nódulo: mama esquerda , quadrante lateral superior Categoria 4 ou 5, tem que biopsiar. Quadrante lateral: nódulo circunscrito, classificação 0 Mama: adiposa , muito comum em mulher idosa Localização: mama direita, quadrante lateral superior. Nódulo espiculado. Fazer biópsia. Categoria 5 No quadrante inferior elas estão bem agrupadas. Categoria 4 de BI-RADS. Tem que biopsiar. 2. NÓDULOS São classificados em: • Nódulos circunscritos: benigno • Nódulos com margem obscurecida: suspeito • Nódulos espiculados: altamente suspeitos 3. ASSIMETRIA FOCAL • Áreas bem densas com contornos côncavos e tecido adiposo de permeio sem estar associado a nódulos, microcalcificações ou distorção arquitetural. Não é palpável • A maioria dos casos representa superposição de imagens. Caso não haja superposição de imagens, classifica-se em assimetria focal • Pode ser Carcinoma Lobular à 9% • Assitemtria quando associada com: 250 MEDBOOK - Achados patológicos - Microcalcificações (principalmente quando estiverem agrupadas) - Distorção arquitetural Esses três citados acima podem refletir lesões malignas. Mama: predominantemente adiposa, mulher menopausada. Quadrante lateral na mama esquerda: Mamilo no quadrante superior, então não há sobreposição de imagens. Isso é assimetria focal. Não da pra ver calcificações nessa imagem Categoria: 4ª 4. DISTORÇÃO ARQUITETURAL • É definida como uma desorganização dessas estruturas observadas na mama normal, sem a presença de um nódulo definido. 251 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: MAIORQUIM GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WALQUIRIA, JULIA. PRODUTORA: JULIA Slides e áudio: DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA Aula 12 - 18/05/2017 DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA • É importante saber doenças benignas da mama porque é uma grande queixa para o médico generalista OS PROBLEMAS DA MAMA E O GENERALISTA • Os problemas da mama são frequentes e na grande maioria de natureza benigna • É função do Generalista: o Excluir doença maligna o Orientar a paciente a respeito da natureza dos sintomas experimentados • No período menstrual fica com a mama mais sensível, mais túrgida e mais dolorida e no período menstrual vai apalpar a mama e parece que tem muitos nódulos de tão túrgida que a mama está, principalmente jovens e chega no ambulatório falando que tem nódulo, então a função é examinar e orientar a respeito dos sintomas experimentados ESTRUTURAS DA MAMA • A mama é formada por uma camada de pele, uma camada de tecido subcutâneo e depois tem as estruturas próprias da mama • Começando de fora pra dentro: óstio do ducto, os ductos, ácinos (a junção dos ácinos formam os lóbulos e a função dos ácinos é a produção de leite que se acumula nos ductos e depois faz uma contração e se exterioriza) • A maioria dos cânceres de mama acontece nos ductosà Carcinoma ductal tem maior incidência na mama • Quando ocorre preparação para a lactação ocorre uma maturação dessas células ductais. Já aquelas mulheres que não amamentam não ocorre essa maturação e as células estão mais pré - disposta a transformações anômalas. Por isso que dizem que mulheres que amamentaram tem maior proteção porque as células dos ductos sofreu uma maturação e um amadurecimento • ÁCINOSàFormam os lóbulos • Quando tem hiperplasia ductal e aperta a mama vai sair uma secreção • IMPORTANTE: Quais secreções tem que tomar mais cuidado? ü Água de Rocha ü Serosanguinolenta • Ou seja, aquela secreção transparente, leitosa, esbranquiçada é tranquilo • A mama fica depositada sobre um músculoà Peitoral maior ou grande peitoral 252 MEDBOOK QUADRANTES DA MAMA E PORCENTAGEM DE DUCTOS EM CADA QUADRANTE • Pensar na mama como em 4 quadrantes: ü Superior Externo ü Inferior Externo ü Superior Interno ü Inferior Interno • Sempre que for fazer exame das mamas vai imaginar a mama em 4 quadrantes • Por que tem mais câncer no quadrante superior externo? Levando em consideração que 50% dos ductos estão no quadrante superior externo e a maioria dos câncer é ductais, então a explicação é essa • Por que sente mais dor no quadrante superior externo em direção à axila? Porque a maioriados tecidos mamários que produzem leite ou que vão produzir leite, que são os ductos e os lóbulos estão no quadrante superior externo • Os ductos são canais que fazem a comunicação e ligação entre as glândulas e linfonodos das mamas. Além disso, os ductos também são responsáveis pelo transporte de leite até os mamilos. QUEIXAS FREQUENTES EM MASTOLOGIA • Nódulos • Descarga Mamária • Dor mamária è Vamos ver algumas situações de cada uma dessas queixas: 1. NÓDULOS DA MAMA • Benignos: ü Fibroadenoma (é o que a maioria das mulheres tem) ü Cistos da Mama ü Doença Fibrocística ü Celulite/Mastite ü Cistosarcoma Filoides ü Necrose Gordurosa ü Abcesso Subareolar Recorrente MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS EM MASTOLOGIA 253 MEDBOOK • História (a paciente traz uma história que sentiu um caroço ou dor na mama) e Exame Físico • Exame de imagem: ü Ultrassonografia ü Mamografia ü Ressonância Magnética de Mama è Não tem o melhor exame e sim o que é mais indicado para cada caso. Ressonância não é melhor que mamografia tem a sua INDICAÇÃO. Tem alguns casos em que se tem uma maior visibilidade com a mamografia do que com a ressonância e já tem alguns casos que a ressonância vai complementar a mamografia • Citologia por punção • Biópsia: ü Incisional (Retira um pedaço) ü Excisional (Retira toda a lesão) AVALIAÇÃO CLÍNICA MÍNIMA DA MAMA • Investigar queixa de dor e sua relação com o ciclo menstrual (se for uma dor cíclica que toda vez que vai menstruar a mama dói. Isso é uma dor normal porque no período menstrual tem a elevação de hormônios primeiro estrogênio e depois de progesterona. A progesterona faz uma retenção hídrica). Nas mulheres tem receptor de hormônios na mama e no abdômen é onde incha mais porque a mulher tem muitos receptores de hormônios na pele, nas mamas e no útero. Tem mulheres que retêm até dois litros de líquidos • Investigar queixa de secreção mamilar (VAI CAIR NA PROVAAA) ü Quais são os tipos de secreção mamilar que tem que tomar cuidado? à Serosanguinolenta à Água de rocha • Investigar antecedentes de câncer de mama em parentes de primeiro grau (Parentes de primeiro grau: mãe, irmãs e tias) ü EXEMPLO: Minha tia teve câncer com 35 anos, então é uma paciente que tem que ter cuidado com ela porque ela tem uma linha genética que está me dizendo que eu tenho que me preocupar com ela. Agora se a mãe teve essa é uma paciente com alto risco para desenvolver neoplasia mamária • Realizar o exame físico: • Observação Estática: ü A paciente vai ficar na frente do examinador com as duas mãos na cintura e vai observar alguns fatores nas mamas como retração, presença de abaulamento ou se apresenta manchas, lesões ( que lesões se a gente pensar em câncer? Auréola e mamilo). Tem uma doença que se chama doença de PAGET que dá uma descamação e destruição de mamilo e auréola. Atriz Patrícia Pilar teve essa doença 254 MEDBOOK • Observação Dinâmica; ü Pede para a paciente levantar os braços (Toda vez que movimenta os braços vai movimentar o músculo grande peitoral. E como a mama se deposita nesse músculo e quando esse músculo se movimenta a glândula mamária também movimenta junto). Observar: simetria dos mamilos, simetria das mamas porque na constituição das mamas tem os ligamentos mamários que se tiver um tumor esses ligamentos não acompanha, segura o ligamento ou rompe e é onde vai ver as retrações e os abaulamentos. Ainda não se colocou a mão na paciente. ü Outra forma é colocando os braços para trás e faz com que a mama fique mais exposta porque joga a mama para frente. Quando joga os dois braços para frente faz retração dessa mama para testar todo tipo de alteração que pode ter ü Na imagem à esquerda (segunda imagem) há uma retração dos dois lados (retração em espelho) é fisiológico. Agora e só tivesse essa retração de um lado seria problema, investigar a causa da retração • Palpação mamária: ü Com a paciente sentada ü Na imagem palpando quadrante superior externo e o quadrante inferior interno ü Toda palpação tem que ser externa para a interna ü De fora para dentro ü Na imagem é bimanual e polidigital, de fora para dentro como se tivesse pegando tudo que tem nos ductos e jogando embaixo da auréola e do mamilo que quando for fazer a expressão mamilar se tiver secreção vai sair ü Segunda imagem: palpação do oco axilar que pode ser feito dessa maneira como pode depositar o braço em cima do braço do examinador. O importante é que a paciente fique com o ombro relaxado ü No oco axilar procura linfonodos infartados 255 MEDBOOK ü Não palpa só a mama palpa também a cadeia linfática cervical, infraclavicular e supraclavicular. Observando como está a face da paciente, ela vai olhar pro lado que está palpando. Se olhar para o lado oposto o músculo vai ficar esticado e não consegue apalpar • Palpação da cadeia linfática cervical, infraclavicular e supraclavicular • Palpação com a paciente deitada: ü Mesma coisa de um lado e do outro (dois quadrantes por vez) ü Pode palpar um quadrante de cada vez mas vai ter menor sensibilidade ü Segunda imagem; palpando o oco axilar • Expressão mamilar ü Apertar dos dois lados ü Se tiver secreção vai sair pelo mamilo ü Às vezes a paciente fala que sai secreção e ao examinar não sai pode ser o ponto do gatilho ü Ponto do Gatilho só sai secreção da mama se apertar determinado ponto 256 MEDBOOK ULTRASSONOGRAFIA DA MAMA ü Quando solicitar ultrassonografia: • Mulheres com menos de 20 anos (NÃO DEVO FAZER. Só se tiver uma indicação muito precisa. Porque o tecido mamário com 20 anos é radiodenso quase que radiopaco. Faz a ultrassonografia e vem uma coisa velada, branca, não enxerga nada). E geralmente vem com BI-RADS zero significa que precisa de um outro método para complementar. Então se já sabe que paciente com menos de 20 anos vai vim BI-RADS ZERO pra quê pedir • Mulheres entre 20 e 35 anos com a mama densa à palpação (Pedir ultrassonografia) ü Pode pedir mamografia para uma paciente com 35 anos? Pode. Por exemplo, minha mãe teve câncer aos 35 anos então dez anos antes pede uma mamografia e começa a investigar. Minha mãe teve câncer aos 30 anos dez anos antes começa a investigar pede mamografia • Suspeita clínica de cisto na mama (Pedir ultrassonografia porque na mamografia os cistos não são vistos com facilidade, o rio não consegue ter uma definição entre cistos densos, cistos finos e nódulos aí vem BI-RADS ZERO logo tem que pedir ultrassonografia) • Nódulo (margem bem definidas, crescimento horizontal é maior que o crescimento vertical muito provavelmente é benigno) • Nódulo (com margem mal definidas, crescimento vertical muito maior que o horizontal desconfia pode ser maligno) • Cisto (99,9% são benignos, principalmente se for um cisto simples) • Cisto Simples: não tem nada dentro. Agora se tivesse alguma progressão para dentro chama de cisto complexo tem que puncionar ele, tem que biopsiar de preferência a lesão que esta crescendo para dentro do cisto • RESUMO: Cisto simples sem problema. Cisto complexo investigar e quando puncionar: se a paciente sentir muita dor ou maior que 2 cm • O cisto dói mais que um nódulo. Porque o cisto tem uma cápsula e conforme vai crescendo vai esticando a cápsula e essa distensão da cápsula é que causa dor na paciente • Se não palpa o cisto tem que ser guiada a punção por ultrassonografia se palpa pode puncionar • Quando retira o cisto? Depois de duas punções e ele voltou ao mesmo tamanho ou se puncionar e vier sangue MAMOGRAFIA • Mulheres acima de 35 anos (Pra quem tem indicação).A Sociedade Brasileira de Patologia segue a Sociedade Americana à 40 anos • Mulheres entre 20 e 35 anos com a mama clinicamente liposubstituídas 257 MEDBOOK ü Mama liposubstituída? Todo aquele tecido mamário denso, fibrótico ou fibromioso é substituído por gordura. A mama gordurosa ela passa os raios sem problema nenhum. Paciente com 21 anos com mama liposubstituída não é comum • Rastreamento do câncer da mamaà A MAMOGRAFIA • A mamografia é um exame de Screening • Quais as características de um exame de Screening? É um exame de pesquisa, rastreamento então tem que ter algumas características: acessibilidade, ou seja, tem que conseguir colocar ela na maioria da população, relativamente barato, tem que ter um rastreamento, ou seja, tem que dá um verdadeiro positivo acima de 80% • Screening para câncer de mama é MAMOGRAFIA • Screening para câncer de ovário é ULTRASSOM • Screening para câncer de colo de útero é o PREVENTIVO (Papanicolau) • Mamografia tem duas incidências: ü Crânio – caudal (Imaginar olhando a mama de cima para baixo) ü Médio Lateral Obliqua Precisa das duas incidências • Mama com 80 a 90% liposubstituída percebe que o raio tem uma grande penetração no tecido mamário • Numa mamografia boa vê toda a incidência do músculo médio lateral • Primeira imagem: mama sem alterações estruturais, BI-RADS 1 sem alteração • Segunda imagem: paciente provavelmente deve ter seus 35 a 40 anos de idade, vê nitidamente uma lesão na mama • Terceira imagem: é uma paciente mais idosa porque tem uma liposubstituição, chama a atenção as micro calcificações agrupadas • Só afirma se é câncer após o histopatológico PUNÇÃO COM AGULHA FINA (PAF) ü Como é feita: Palpa o nódulo ou o cisto aspira ele e coloca uma gota na lâmina e faz um espalhamento, fixa e manda examinar ü Se o cisto é grande aspira ele, coloca em um vidro e pede uma citologia 258 MEDBOOK FIBROADENOMA • Tumor benigno mas pode ter um crescimento avantajado • Área localizada apresentando crescimento exagerado dos componentes estromais e epiteliais benignos da mama • É o tumor que mais vai aparecer • Na maioria das vezes são pequenos • 50% desaparecem espontaneamente em 5 anos (Paciente chega com um tumor de fibroadenoma medindo meio centímetro não se opera porque a chance de desaparecer é de 50%. Agora se depois de um ano esse tumor dobrou de tamanho ele não vai desaparecer aí tira ) • Não estão associados ao desenvolvimento de tumores CONDUTA NOS FIBROADENOMAS • Observação • Exérese (Retirada) cirúrgica: ü Quando causa deformidade estética ü Na presença de sintomas (exemplo: dor) ü Quando diagnosticados após os 35 anos (35 anos é um marco na vida da mulher) ABORDAGEM DOS NÓDULOS • Abordagem Clínica • Exame de imagem • Punção biópsia aspirativa • TODOS BENIGNOS: ü > 35 anos: excisão com margem e estudo do histológico ü < 35 anos: Sintomas: o NÃO: Seguimento o SIM: Excisão simples e estudo do histológico • ALGUM CRITÉRIO DE MALIGNIDADE: ü < 2cm: Excisão com margem ü 2 a 5cm: Excisão com margem e biópsia incisional ü > 5 cm: Biópsia incisional àFazer o Estudo Histológico em critérios de malignidade não interessa o tamanho • O que é critério de malignidade no ultrassom? Margens indefinidas, tamanho vertical maior que o horizontal e pacientes maiores de 35 anos de idade ou pacientes que tem história familiar de câncer de mama 259 MEDBOOK CISTOS MAMÁRIOS • São estruturas resultantes da dilatação acinar e obstrução dos ductos terminais (Têm que ter essas duas coisas para ter cisto). Ácinos formam os lóbulos, vão começar a dilatar e vai levar a obstrução dos ductos e aí tem o cisto • Podem incidir em 5 a 10% das mulheres • Macrocistos: >1 cm CONDUTA NOS CISTOS MAMÁRIOS • Microcistos: ü Observação (menor que 1 cm) • Macrocistos: ü Punção ü Exérese (Retirada) cirúrgica o Presença de lesão intra-cística o Recorrência após 2 punções 260 MEDBOOK 2.DESCARGA MAMÁRIA (CAI NA PROVAAA!!!!) • Classificação Clínica: ü Espontânea (Maior atenção/ Maior precaução. É aquela paciente que dormir de bruços e acordou com a camisola manchada) ü Provocada • Classificação Etiológica: ü “FISIOLÓGICA”: o Láctea, amarelada ou esverdeada o Não ocorre espontaneamente o Geralmente multiductal (Se sai de vários ductos ao mesmo tempo tranquilo, agora se sai de um ducto ATENÇÃO) ü PATOLÓGICA: o Cristalina ou sanguinolenta o Espontânea o Uniductal • IMPORTANTE: Descarga Mamáriaà Paciente dormiu e acordou com uma mancha na camisola, apertou e não teve nada OBSERVAR. Paciente jovem com descarga sanguinolenta procurar : trauma, lesão que apertou ou sucção para depois investigar CAUSAS DE DESCARGA MAMÁRIA • Ectasia (Quando o ducto está cheio) ductal • Papiloma ductal • Eczema (Avermelhado, descamando) do mamilo • Câncer da mama: ü Menos 3% dos tumores da mama apresentam secreção mamilar e geralmente apresentam nódulo associado • Doença de Paget (Descamação, coceira, geralmente é unilateral e depois da sexta década de vida. É raro) • Hiperprolactinemia • Medicamentos (contraceptivos) è Descarga Mamária: ü Avaliação Clínica ü Exame de Imagem ü Citologia Ø Exame de Imagem: • < 20 anos: ultrassom • 20 a 35 anos: ultrassom ou mamografia • > 35 anos: mamografia Ø Fez a citologia: ü Baixo risco (láctea, amarelada ou esverdeada): seguimento ü Alto risco (Água de rocha ou serosanguinolenta): Exérese da unidade mamária 261 MEDBOOK EXÉRESE DE UNIDADE MAMÁRIA • Retira toda a unidade mamária que está lesada e manda fazer o histopatológico 262 MEDBOOK 3. MASTALGIA (DOR MAMÁRIA) • Mastalgia: 2,7% apresenta câncer • Câncer: 4,6 % apresenta dor (95,4 % das pacientes que teve câncer não teve dor mas 4,6% pode ter dor e ser câncer) • Mastalgia Cíclica (Piora imediatamente antes da menstruação): ¾ dos casos • Mastalgia Acíclica:1/4 dos casos è Mastalgia; ü Avaliação Clínica ü Exame de Imagem (SÓ SE NECESSÁRIO) ORIENTAÇÕES PARA A PACIENTE COM MASTALGIA • A mastalgia é muito comum • A dor mamária raramente é sintoma de câncer • A maioria das pacientes com dor mamária não necessita de tratamento específico • A dor mamária tende a se tornar intermitente e menos frequente TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA MASTALGIA àEFETIVO: ü Ácido Gama-linolênico ü Danazol ü Bromocriptina ü Tamoxifen ü Análogos GnRH àNÃO EFETIVOS: ü Antibióticos ü Diuréticos ü Vitamina B6 ü Progesterona Creme ü Vitamina E 263 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: MAIORQUIM GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL, JÚLIA AUTORA: JULIA Slides e áudio: CÂNCER DE OVÁRIO Aula 13 - 18/05/2017 CÂNCER DE OVÁRIO INTROsDUÇÃO • Primeira causa de morte entre neoplasias ginecológicasà Qual é o problema do câncer de ovário? Primeira causa de morte entre neoplasias ginecológicas. Não é a maior incidência é a primeira causa de morte • Quinta causa de morte por Câncer em países desenvolvidos • No Brasil é o oitavo tipo de Câncer que acomete as mulheres • Dados do CDC (American Center of Disease Control) apontam para 22.000 novos casos com 13000 mortes à cada ano por Câncer de ovário • Por que o câncer de ovário mata tanto? Olha a história naturalà Sintomas tardios HISTÓRIA NATURAL • Sintomas tardios • Resposta insatisfatória ao tratamento• Prognóstico sombrio • Mais de 70% das pacientes já tem doença metastática ao diagnóstico • Mais comum em mulheres brancas após os 40 anos sendo a idade média aos 61 anos (sexta década de vida) • Quando pega a doença em que ela é silenciosa, com baixa sintomatologia a gente está diante de um “camaleão”. Hoje em dia é difícil deixar passar porque a ultrassonografia por pior que ela seja ainda consegue dizer se o que a paciente tem é um tumor ou um nódulo ou um cisto complexo no ovário. • O ultrassom é uma coisa nova, de 15 anos atrás que foi disseminado. Há 25 anos era raro os locais que tinha aparelho de ultrassom e hoje essas pacientes que estão com 60, 70 anos vão tá com câncer e como ele é? Sintomas tardios e silêncios. • É um câncer que mata muito porque quando é descoberto já está avançado FATORES DE RISCO • Mulheres acima de 50 anos nulíparas e que não fizeram uso de anticoncepcional • História familiar de carcinoma ovário • Síndromes neoplásicas em associação com carcinoma ovariano, estão relacionadas a transmissão genética • Ingesta alimentar de carnes e gordura animal e a exposição a elementos químicos como asbesto e silicatos, ou seja, talco. Tem uns trabalhos que mostram que mulheres que usam muito talco na região perineal esse talco entra na via vaginal, colo, trompas e cai no ovário. Tem estudos que mostram que a maioria dos cânceres de ovários não começa nos ovários e sim nas trompas • BRCA1 positivo aumenta a probabilidade de câncer de ovário (Professor fala da atriz Angelina Jolie que retirou as mamas e os ovários por causa da alta probabilidade de desenvolver câncer de mama e ovário) 264 MEDBOOK SINAIS E SINTOMAS • Assintomática nos estádios iniciais à O GRANDE PROBLEMA • Aumento do volume abdominal, dor e distensão, dispepsia, constipação, sintomas urinários, ascite indicam doença já disseminada • Vocês tem que entender como clínicos a dispepsia e constipação, aquela vovozinha que esta lá no PS e chega dizendo que comeu algo e que não fez bem (nem precisa ser vovozinha, 50 anos para acima) ai faz buscopan, ranitidina e plasil tudo no soro ai com duas horas está boa melhorou a dispepsia, melhorou a dor já que o plasil melhora o trânsito gastrointestinal. Essas pacientes que tem queixas constantes de dispepsia e constipação FICAM DE OLHO QUE ELA PODE TER TUMOR DE OVÁRIO • Então a mulher depois dos 40 anos tem que fazer 3 exames obrigatórios por ano: ü Preventivo ü Mamografia ü Ultrassom Pélvica • Se fizer esses 3 exames a chance de descobrir no início é grande • Quando faz o preventivo vai examinar vulva, vagina e colo. São três tipos de câncer que consegue investigar • Se fizer ultrassom vai vê endométrio, corpo períneo e ovários • Então são basicamente sete tipos de cânceres que se consegue monitoriza através desses exames (vulva, vagina, colo, endométrio, corpo períneo, ovários e mama) • Massa pélvica ao exame físico deve ser investigada, principalmente antes da menarca e após a menopausa • Paciente com menopausa não pode ter cisto, nem nódulo e nem tumor de ovário se tiver com alguma coisa disso aí ela está correndo o risco de câncer de ovário • Tromboflebite venosa ou arterial (pacientes que já estão bem avançadas) DIAGNÓSTICO • Ultrassonografia pélvica ou transvaginal • Tomografia ou ressonância magnéticaà Nos casos mais avançados • Hoje já se sabe que ressonância é muito melhor para tumor de ovário • Utilizar o estudo da vascularização do tumor com dopplerfluxometria à A vascularização está aumentada e o ultrassom com doppler pode vim com alta ou baixa resistência: ü BAIXA RESISTÊNCIA É SUPEITO DE MALIGNIDADE ü ALTA RESISTÊNCIA é BENIGNO O que é um tumor cancerígeno?É um tumor constituído de células que não deveriam estar naquele local. Por exemplo, aqui na sala só tem cadeia azul e se a gente colocar uma cadeira vermelha ela vai escoar porque ela não é dessa região ai depois vem e coloca duas, três, seis, sete, dez cadeiras vermelhas e o que vai acontecer com as cadeiras azuis? Vão afastar para dá espaço para as cadeiras vermelhas é a mesma coisa que acontece com as células cancerígenas. São células que por um motivo ou outro teve uma transformação e elas começam a se multiplicar em grande velocidade e tem que ter o que para essas células? Nutrientes e o que leva nutrientes para as células são os vasos sanguíneos através do sangue. Se elas se multiplicam numa velocidade muito grande tem que ter uma rede de vascularização sendo formada muito rápida e não dá tempo de formar todas as camadas dos vasos e quando não forma todas as camadas do vaso o sangue passa por maior facilidade pra chegar até ponta. Por isso o doppler tem uma baixa resistência e no tecido normal tem uma alta resistência porque todas as camadas dos vasos são formadas. Por isso que muitos tumores tem necrose, eles apodrecem o crescimento é tão rápido que não dá tempo de chegar nutrientes nas células que estão sendo produzidas em grande velocidade. Por isso que mulheres com câncer de colo em estágio avançado tem um cheiro ruim, desagradável • O principal marcador sérico é o CA125, encontrado em mais de 80% dos carcinomas ovarianos epiteliais não mucinosos (medidas acima de 35U/ml) 265 MEDBOOK • CA125 é um marcador tumoral • Outra coisa que altera o CA125 é uma doença chamada de endometriose. Faz o CA125 e dá 80U/ml e pode ser endometriose. No câncer de ovário geralmente dá 200, 500, 800. O ponto de corte é 30. Na endometriose geralmente é abaixo de 100, mas tá o dobro está alterado o CA125 • Os carcinomas ovarianos epiteliais não mucinosos são medidos acima de 35U/ml é o ponto de corte só que na maioria dos laboratórios saem 30U/ml, muitos carcinomas saem 200, 300U/ml LESÕES OVARIANAS QUE NECESSITAM DE INVESTIGAÇÃO CIRÚRGICA • Tumores sólidos em qualquer idade • Tumor císticos com mais de 8cm, ou menores que não regridem após dois ciclos menstruais • Tumor de qualquer tamanho com septações ou papilas • Tumores císticos em pré-púberes (antes da puberdade) e pós-menopausa (mulher depois da menopausa NÃO PODE ter tumor, cisto ou nódulo) • Tumor de ovário maior incidência depois da sexta década de vida CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS DE OVÁRIO • Não vê na hora da cirurgia só depois que tenho o histopatológico • Neoplasias do epitélio celômico (80% das neoplasias ovarianas) • Tumor seroso • Tumor mucinoso • Tumor endometróide • Tumor mesonefróide (células claras) • Tumor de Brenner (epitélio urotelial) • Tumor indiferenciado à A maioria é tumor seroso e mucinoso NEOPLASIAS DERIVADAS DAS CÉLULAS GERMINATIVAS (10 A 20% DAS NEOPLASIAS OVARIANAS) • Teratoma maduro • Teratoma imaturo: o Disgerminoma o Carcinoma embrionário o Tumor do seio endodérmico o Coriocarcinoma o Gonadoblastoma NEOPLASIAS DO ESTROMA GONADAL ESPECIALIZADO (6 A 10% DAS NEOPLASIAS OVARIANAS) • Tumor da granulosa, Tumor da TECA (tecoma) • Tumor de Sertoli Leydig (arrenoblastoma e Tumor de Sertoli) • Ginandroblastoma • Tumor de células lipídicas ü Só sabe se o patologista falar através do histopatológico. A importância disso é no tratamento adjuvante porque a paciente vai ter que fazer a quimioterapia. Os tumores de ovários não respondem satisfatoriamente a radioterapia por isso o alto índice de mortalidade no tumor de ovário. 266 MEDBOOK NEOPLASIAS DERIVADAS DO MESENQUIMA NÃO ESPECÍFICO (6% DOS TUMORES OVARIANOS) • Fibroma, Hemangioma, leiomioma, lipoma • Linfoma • Sarcoma NEOPLASIA METASTÁTICA DO OVÁRIO (6 A 10% DAS NEOPLASIAS OVARIANAS) • Mamas, endométrio, linfoma • Tumor de Krukemberg,é metastático do estômago, cólon ou intestino delgado, é caracterizado pelas células em anel de sinete ( CAAAI NA PROVAA Tumorde Krukemberg) DISSEMINAÇÃO DO CARCINOMA OVARIANO • Principalmente por implantação na superfície peritoneal (se o tumor rompe a cápsula entra em contato com o peritônio, alças intestinais, fígado, baço, pâncreas então a disseminação é por contiguidade) • A rota seguida é goteira parietocólica direita até a cúpula diafragmática direita, atingindo o plexo linfático subdiafragmático que se comunica com o plexo toráxico subjacente a pleura. Responsável pelos derrames pleurais tão mais frequentes em hemitórax direito • Paciente com tumor de ovário avançado fazer Raio X de tórax já encontra os derrames pleurais à direita e sabe que é um tumor super super avançado. O tumor de ovário vai se concentrar na região subdiafragmática, ou seja, embaixo do diafragmático e ele vai pegar o plexo linfático que já tem uma comunicação com o plexo torácico e como no direito é o mais comum já caiu no hemitórax direito por isso que os derrames pleurais à direita é mais comum • Linfonodos paraaórtico e hematogênica (pulmão e fígado) ESTADIAMENTO • (FIGO vai de I a IV) é eminentemente cirúrgico, como também é o diagnóstico • Pra fazer o diagnóstico tem que tirar um pedaço ou por vídeo ou cirurgia aberta (laparotomia mediana infraumbilical e supraumbilical) • Retira um pedaço e começa a fazer o tratamento quimioterápico e depois no segundo tempo faz uma cirurgia chamada de resgate que consiste em abrir novamente e tenta tirar o restante que sobrou • Prognóstico RUIM • Difícil o tratamento porque os tumores são diagnosticados em uma idade avançada • No tumor de ovário geralmente opera pra vê o que dá pra fazer e depois opera de novo • Porque pode fazer cirurgia desnecessária e isso é igual à judicialização na saúde • Existe uma cirurgia que chama decúbito que tira os dois ovários, as duas trompas, o útero, o apêndice e o omento maior e faz o esvaziamento ganglionar. Essa cirurgia demora mais ou menos umas 5 horas TRATAMENTO • Cirúrgico • Quimioterápico SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO • Os casos devem ser individualizados • No primeiro ano revisão trimestral após deverá ser semestral • Exames tipo Rx tórax, USG pélvica e abdominal, tomografia, laboratoriais, colpocitológico • CA 125 267 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DR. WAGNER GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA: THAY Slides e áudio – Imagens em ginecologia Aula 14 – 23/05/17. IMAGENS EM GINECOLOGIA RADIOLOGIA • Histerossalpingografia • Mamografia HISTEROSALPINGOGRAFIA v CONCEITO • Exame radiológico que consiste na injeção de contraste na cavidade uterina e trompas sob pressão a fim de obter imagens e estudá-las • Essa paciente deve estar hígida, deve fazer antes um preventivo, um exame ginecológico, antes de indicar este exame. • Ao injetar o contraste, pode levar bactérias e consequentemente levar uma infecção para dentro do útero. v PRINCIPAIS INDICAÇÕES • Estudar cavidade uterina à Procurar má formação • Principais indicações: O As más formações mullerianas O Útero de delfos O Útero bicorno O Obstrução nas trompas O Síndrome de Asherman àApós uma curetagem, forma-se uma fibrose entre as camadas endometriais, impedindo a paciente de menstruar. • Permeabilidade das trompas à Quando for estudar a fertilidade da paciente à Normalmente é um tripé à Fator ovulatório (saber se a mulher está ovulando) + Fator tubário + Fator masculino (espermatozóide, se está na quantidade certa, se é viável) v TÉCNICA UTILIZADA • É injetado sob pressão, e o mecanismo do útero é contrair no sentido de expelir o conteúdo que você injeta nele. • Quando contrai o útero, contrai as pinça (prof fala pinça, mas na net só achei ligaduras) vivas de pinard , há uma isquemia = cólicas • Após a antissepsia, faz-se a fixação do lábio superior do colo uterino com uma pinça de Pozi. • Utiliza-se uma seringa de vidro de 20ml conectada a uma cânula para a injeção do meio de contraste (geralmente por iodo). • Esse contraste vai ganhar a tuba uterina e depois vai cair na cavidade peritonial e se faz o registro. 268 MEDBOOK • Realiza-se a injeção de contraste simultaneamente a leve tração do colo uterino, iniciando-se geralmente, com 15 a 20ml de contraste. • São realizadas então, cinco radiografias, que podem ou não ser orientadas pela radioscopia. • A primeira é feita ântero-posterior, quando há enchimento do útero com contraste. • A segunda quando as trompas sem opacificam. • E em seguida são realizadas tomadas em oblíquas posterior direita e esquerda. • A última tomada é realizada 10 minutos depois de retirado o material. 269 MEDBOOK • Aqui nós temos um exame em ap (ântero-posterior), o raio entra anterior e o filme fica posterior à paciente. • Aqui você vê parte do cateter, que injetou aqui e desenhou a tuba uterina.nao mostra do outro lado, ou nessa fase ele não viu, ou tem uma obstrução ali. • Aqui você vê outra imagem em AP, contraste já na cavidade. 270 MEDBOOK • Aqui nós já temos uma imagem oblíquo posterior direita e vemos a cavidade uterina. • Aqui uma cavidade totalmente contrastada. A cavidade uterina, a trompa, fímbras e o contraste caindo na cavidade. 271 MEDBOOK • Aqui nós já temos uma situação patológica à Salpingite à Que geralmente adere às fímbrias e acumula material purulento. Pode aderir no ovário e provocar um abscesso tubo-ovariano. Fica uma coleção líquida, que chamamos de Hidrosalpinge. Às vezes forma uma aderência permanente, aí você faz o contraste e consegue ver. Essa paciente provavelmente tem uma dilatação, uma aderência que acumula. Esse é um fator que possivelmente causa esterilidade também. • Uma outra situação aqui: Na DIP, quando você tem salpingite de repetição ou uma salpingite crônica, a paciente vai fazendo processo inflamatório e vai fazendo retrações superficiais, de maneira que fica a trompa desse jeito, parecendo um rosário à Sinal do rosário à Salpingite istímica nodosa. Isso aqui já é um processo resolvido, com uma sequela. • Aqui nós temos um Útero bicorno à Uma má formação mulleriana. 272 MEDBOOK • Temos a imagem aqui de duas trompas obstruídas • A histeriosalpingografia é um exame que hoje não é mais tão usado como foi no passado, mas ainda se usa. A histeroultrassonografia substitui em parte, injetando soro fisiológico, sendo menos doloroso para a paciente. ULTRASSONOGRAFIA EM GINECOLOGIA v US DE MAMAS v US PELVICA • Duas vias: O Via abdominal O Via transvaginal US DE MAMAS v PRINCIPAIS INDICAÇÕES • Principal indicação à Mamas densas (pacientes jovens) • Patologias à Abscessos, nódulos, fibroadenoma • O câncer é mais incidente mais tardiamente, quando a mulher já tem a mama menos densa. • Caracterizar o nódulo à Lesões nodulares identificadas à mamografia à para diferenciação sólido – cística, seguida pela adequada caracterização das mesmas à Porque na mamografia não identifica se é sólido ou líquido, só vê os contornos e classifica no padrão BI-RADS. • Ultrassonografia à NÃO serve como método de rastreio para câncer, é um método auxiliar. • Tríade à USG + Mamografia + Exame clínico à Quase que fecha 100% do diagnóstico precoce. • Mas o RASTREIO é a mamografia • Avaliação dos nódulos sólidos para diferenciação benignos e malignos • Avaliação dos cistos • Mastites 273 MEDBOOK CLASSIFICAÇÃO BI – RADS US MAMAS • Categoria 0 à Necessita avaliação posterior através de outro método de diagnóstico por imagem para classificação final. O Se na mamografia e na ultrassonografia der zero, você vai usar uma RM ouuma TC. Você começa com o exame mais barato. A RM é inclusive melhor que a mamografia, por que não fazemos então? Porque é inviável pelo custo. Só vai fazer em pacientes selecionadas. • Categoria 1 à Negativo • Categoria 2 à Achados benignos • Categoria 3 à Achados provavelmente benignos • Categoria 4 à Anormalidade suspeita para malignidade • Categoria 5 à Altamente sugestivo de malignidade • Categoria 6 à Câncer (biopsia prévia já confirmou) v CATEGORIA 1 • Avaliação final à Negativa • Descrição à Nenhuma lesão encontrada • Conduta à Seguimento de rotina • Obs: Correlacionar us e mamografia na área de interesse v CATEGORIA 2 • Avaliação final à Achado benigno • Descrição à Nenhuma característica maligna • Conduta à Seguimento de rotina • Exemplos à Cistos simples, linfonodos intra-mamários, implantes, alterações pós-cirúrgica, fibroadenomas* • Obs: Correlacionar us e mamografia na área de interesse • *fibroadenomas em acompanhamento • Fibroadenoma quando é palpável à Categoria 3, às vezes 4 do BI-RARDS • Se o fibroadenoma crescer o dobro em 1 ano à Desconfiar de Hamartoma • Fibroadenoma normalmente não tem indicação cirúrgica, mas você acaba fazendo porque a paciente fica preocupada psicologicamente. v CATEGORIA 3 • Avaliação final à Achados provavelmente benigno • Descrição à Malignidade altamente improvável • Risco de malignidade à ‹ 2% • Conduta à Seguimento em curto intervalo (6,12,24,36 m) • Exemplos à Fibroadenomas, cistos complicados não palpáveis, micro cistos agrupados • Carcinoma de mama: O Intracanalicular à Vai obstruir e vai acumular secreção, formando um cisto, que vai ter um crescimento vegetativo à Cisto complicado O Acinar v CATEGORIA 4 • Avaliação final à Anormalidade suspeita • Descrição à Probabilidade baixa a moderada de malignidade • Risco De malignidade à 3 a 94% (baixa/intermediária/moderada) • Conduta à Biópsia 274 MEDBOOK • Exemplos à Nódulo sólido sem todos critérios de US para fibroadenoma e outras lesões provavelmente benignas, cistos complexos, fibroadenoma palpável (mas de acordo com o exame e as características pode baixar para 3) à Acaba tirando logo para biopsiar • Fibroadenoma à É bem circunscrito, homogêneo, ou até ter uma calcificação, e geralmalmente tem reforço acústico posterior. v CATEGORIA 5 • Avaliação final à Altamente sugestivo de malignidade • Descrição à Quase certamente câncer • Risco de malignidade à >95% à Mas só fecha diagnóstico com a biópsia. • Conduta à Biópsia v CATEGORIA 6 • Avaliação final à Maligno • Descrição à Malignidade comprovada por biopsia, antes da instituição terapêutica • Conduta à Quimioterapia neoadjuvante, excisão cirúrgica ou mastectomica • De acordo com a densidade/dureza do tecido, você tem a imagem O Estrutura dura à Reflete muito a onda sonora, o som não vai passar e vai retornar e quando é captado, vai dar uma imagem mais CLARA. Ex.: ossos. O Estrutura líquida à Passa a onda sonora quase que na sua tonalidade, dando uma imagem mais ESCURA. O Figura 1 à Esse primeiro aqui, o transdutor está retilíneo. Você tem aqui a pele (mais densa que o tecido gorduroso embaixo), então vai emitir mais onda sonora, dando uma imagem MAIS CLARA. Abaixo tem o tecido gorduroso (menos denso, reflete menos), dando uma imagem MAIS ESCURA. Já o tecido glandular é mais denso, vai refletir mais, dando uma imagem MAIS CLARA. Então isso daqui é uma mama de uma mulher jovem, mais densa. O Figura 2 à Aqui é de uma mama gordurosa. Aqui é a pele, aqui os ligamentos de Cooper, que atravessam a mama e que vai fixar aqui no músculo peitoral. Essa parte aqui bem econgênica, é a fáscia do músculo peitoral. Então aqui: Tecido glandular ecogênico, tecido gorduroso menos ecogênico. 275 MEDBOOK O Caso patológico: Paciente estava amamentando. Mostra a pele, a camada gordurosa e os ductos que estão bem congestos (típico de uma mulher que está amamentando). Mas ela tinha declives, e movimentava, tinha um material purulento. Essa paciente tinha uma Mastite puerperal. Você localiza e vê o melhor ponto para drenar. O Imagem a direita à Veja que a espessura está diferente. O Caso de uma paciente do CEAM, que tinha uma pele espessada. Pedimos uma mamografia e veio bi-rards 2, que não batia com o exame clínico. Encaminhada para o hospital de base e foi feito esse exame. Corte bem próximo da aréola, tem um nódulo irregular e uma sombra acústica. Então tem alguma coisa impedindo a onda sonora, 276 MEDBOOK geralmente são calcificações. A distância deu 3mm, e a profundidade deu 18mm. Foi feito biópisia e era um Carcinoma, e ela já ESTA em tratamento. Então é BI-RARDS 4. ULTRASSONOGRAFIA - VIA TRANSABDOMINAL v PRINCIPAIS INDICAÇÕES • Virgens à Pois não pode fazer o transvaginal. • Grandes massas pélvicas à Porque o campo visual é maior • Patologias de bexiga à Paciente enchendo a bexiga, dá para estudar muito bem essa estrutura • É preciso estar com a bexiga cheia, para fazer a janela acústica. • Imagem do útero, vagina, canal, endométrio. 277 MEDBOOK • Imagem do útero (não vê com nitidez), vagina, canal, endométrio. • Um corte para ver a vagina, toda a estrutura da vagina, até o vestíbulo vaginal, bexiga cheia. 278 MEDBOOK ULTRASSONOGRAFIA - VIA TRANSVAGINAL • Tem uma maior acurácia da imagem, mas o campo visual é muito pequeno, é para ver pequenas estruturas. • Endométrio quase apagado. Você pode medir esse endométrio. • Você pode estudar o miométrio com detalhes. 279 MEDBOOK • Aqui nós temos as camadas. Você tem aqui a camada basal. O endométrio é chamado de trilaminar, no período peri-ovulatório. • Então para estudar o endométrio, o melhor método é o transvaginal. • Um mioma grande, por exemplo, dá para estudar pelo transvaginal. • Esse aqui é o ovário direito, você pode fazer as medidas, calcular o volume, o aparelho já faz isso. • Direita: corte longitudinal • Esquerda: transversal • Esse útero tem um pouco de secreção aqui dentro da cavidade. Essa paciente abortou e teve um quadro infeccioso pós curetagem. Ela tinha um pouco de líquido, mas não tinha restos. 280 MEDBOOK • Aqui o ovário esquerdo e os folículos. • Quando o ovário está aumentado, mais de 12 folículos à SOP • Estamos vendo a bexiga, colo, útero, endométrio. • A gente vê nitidamente 2 nódulos aqui: O Um empurra o endométrio posteriormente O O outro empurra o endométrio anteriormente • Paciente com 47 anos, com pré choque, sangrando. Chegou no pronto socorro achando que poderia ser da menopausa. Tem que ver endométrio, porque pode ser um carcinoma de endométrio, que sangra. Mas nesse caso era Mioma. Isso aqui altera todo aquele mecanismo de pinças vivas de pinard. 281 MEDBOOK • Aqui é um corte longitudinal para vocês verem esse nódulo. • Aqui mais um corte longitudinal. Mas dá para ver nitidamente aqui os 2 nódulos. • Aqui você já começa a perder um pouco a nitidez. • Esse nódulo próximo do colo, vai saindo do colo. Se demorar mais tempo, ele sai à Mioma parido. É um mioma submucoso e pode sair como mioma parido. v Diferença entre mioma parido para o pólipo: • A consistência à O mioma é duro. 282 MEDBOOK RESUMO N2 DOCENTE: DR. MAIORQUIM GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, BELAI, QUÉREN, WAL E JÚLIA AUTORA: JULIA Slides e áudio – CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Aula 15 – 25/05/2017 CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NEOPLASIA INTRA-EPITELIAL CERVICAL INTRODUÇÃO • Papanicolau 1949 (descobriua dedisplasia, isto é, uma alteração local que não deveria estar ali) • Stenger 1979 (classificou em: displasia leve, moderada e grave) • Richardt 1986 (classificou em:) - NIC I (Neoplasia intraeptelial grau I) - NIC II (Neoplasia intraeptelial grau II) -NIC III (Neoplasia intraeptelial grau III) • Bethesda 1988-2001 - Neoplasias intraepteliais de baixo grau (NIC I) - Neoplasias intraepteliais de alto grau (NIC II e III) - Ascus (células escamosas atípicas de significado indeterminado) segue a mesma conduta de tratamento para NIC I-HPV - Agus (células glandulares atípicas de significado indeterminado) segue a mesma conduta de tratamento para NIC I-HPV FATORES DE RISCO PARA A NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL: • Inicio da atividade sexual precoce • Multiplicidade de parceiros • Precocidade na primeira gestação • Desnutrição, tabagismos, DST • Imunossupressão • Uso prolongados de contraceptivos orais 283 MEDBOOK Quando usa anticoncepcional, o tecido glandular terá uma capacidade de exteriorização, quando ele se exterioriza, é como se fosse uma laranja invertida. O ph da vagina é acido, esse ph agirá em cima desse tecido glandular, que deveria estar dentro do canal, protegido pelo muco. Mas como o tecido foi exteriorizado, ele estará exposto a uma agressão contínua. Por isso que algumas mulheres começam a apresentar excesso de corrimento (mucorréia), favorecendo infecções. • Infecções virais (principal HPV) MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO COLO -Inspeção macroscópica: • Aspecto • Forma • Dimensões • Presença de lesões ou tumores • Aparência, fluidos e viscosidade das secreções vaginais • Citologia • Colposcopia (passa o acido acético 3 a 5%, espera cerca de 40 seg, se reagir com a célula é uma reação aceto branca, pode ser branco leve, moderado e intenso - teste de Schiller) - Achados colposcopicos anormais na junção escamocolunar (ZTA) +Epitelio acético branco : explicado acima +pontilhado: pontinhos no colo do útero (finos ou grosseiros) + mosaico: vários vasos que se compactam (fino ou grosseiro) + leucoplasia + orifícios glandulares atípicos + vasos atípicos: vasos bem grandes (já são lesões mais avançadas) ü Colo do útero com várias alterações. A borda da glândula produtora de muco, está muito proeminente. Foi realizado o Teste acido acético, e deu positivo. 284 MEDBOOK O Schiller(iodo +potássio), quando o iodo é passado no colo do útero, as células ricas em glicogênio faz a captação do iodo, então esse colo do útero normal fica totalmente preto. Onde há lesão pelo HPV, não tem glicogênio, portanto o iodo não cora no local da lesão. Então através desse teste, da pra ver onde está a lesão. O teste de Schiller é positivo quando se tem a lesão. HISTOLOGIA - É o PADRÃO OURO, é o que vai definir a conduta terapêutica TRATAMENTO PARA AS DE ALTO GRAU: - Crioterapia - Eletrocoagulação - Laser (usado com maior frequência) mais caro que o CAF - Cirurgia de alta frequência (CAF) (usado com maior frequência) - Conização - Histerectomia ACOMPANHAMENTO - No primeiro ano: citologia trimestral - Segundo ano: citologia semestral - A partir do terceiro ano: citologia de rotina CÂNCER DE COLO DE ÚTERO INTRODUÇÃO • Patologia que atinge o trato genital feminino de tal forma que em pleno século 21 continua a produzir grande número de mortes. • Doença de evolução lenta, em torno de 15 anos da lesão inicial a fase clinicamente diagnosticável. • É o segundo câncer a acometer mulheres no mundo, com uma estimativa de 500mil novos casos e 230 mil mortes em 2010 (OMS). • Dados do INCA registraram que em 2009 houve 5.063 mortes no Brasil, com estimativa de 17.540 novos casos para 2012. • Na década de noventa, 70% dos casos diagnosticados eram de doença invasiva, atualmente encontra-se em 40%. 285 MEDBOOK Antigamente se usava NIC I, II e III, hoje em dia, na maioria dos lugares, já não se usa mais. Hoje se usa as seguintes nomenclaturas: Lsil: Tratar, repetir com 6 meses (isso pelo SUS, no particular já faz logo a colposcopia) Hsil Obs: existe cerca de 170 tipos de HPV, o do condiloma geralmente é o tipo 6, o do CA de colo de é o 16, 18, 45 e tem outros. Por iss exsite as vecinas bivalentes e trivalentes, elas são especificas por tipo Posição relativa de câncer na população feminina por regiões/2010 (INCA/MS) Brasil Sul Sudeste Nordeste Norte Centro- oeste Mama Pele Mama Mama Colo útero Pele Pele Mama Pele Colo uterino Mama Mama Colo útero Colo útero Colo útero Pele Pele Colo útero Cólon/reto Cólon/reto Colon/reto Cólon/reto Estômago Cólon/reto estômago pulmão pulmão Estômago Cólon/reto Pulmão v Anatomia do colo uterino • Porção vaginal/ ectocervical é revestido por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. • Canal endocervical/ epitélio colunar mucossecretor. • A junção escamocolunar (JEC) é a zona de transição entre os dois epitélios. • Zona de transformação. A JEC é onde encotra o epitélio escamoso colunar e o epitélio endocervical. Ectopia: quando a JEC se exterioriza Cisto de nabot: glândula que foi coberta pelo tecido ectocervical. Mas isso não é CA. 286 MEDBOOK COLO UTERINO NORMAL Colo normal em período fértil, devido ao muco com aspecto clara de ovo. Essa paciente tem ectopia, ela provavelmente já teve parto normal. EPIDEMIOLOGIA • Fatores de risco reconhecidos para câncer cervical: o Atividade sexual precoce (16 anos) o Múltiplos parceiros o Doenças sexualmente transmissíveis o Infecção pelo papiloma vírus humano 287 MEDBOOK o Tabagismo o Síndrome da imunodeficiência adquirida ETIOLOGIA • O vírus do HPV tem sido associado ao câncer cervical. o Há mais de 100 subtipos de HPV o Alto risco 16 18 31 33 35 39 45 51 59 e 56 o Encontrados em 70% dos cânceres cervicais. o Sendo o 16 e 18 os mais estudados. A vacina bivalente é 16 e 18. HISTÓRIA NATURAL • Carcinoma espinocelular ou carcinoma de células escamosas 85 a 90% dos cânceres de colo uterino • Adenocarcinoma da endocérvice 10 a 15% e raros sarcomas CARCINOMA ESPINOCELULA Formas macroscópicas: -Exofiticos -Papilíferos - Ulcerados - Francamente infiltrativo com áreas necrose O colo deve ser biopsiado sempre na área de transição, não adianta biopsiar a parte necrosada. Sangra muito. 288 MEDBOOK FORMAS DE PROPAGAÇÃO • Invasão direta: - Continuidade - Contiguídade • Invasão indireta: - Via linfática - Via hematogênica DIAGNÓSTICO • O diagnóstico é clínico através de exame ginecológico, colposcópico, citopatológico e histopatológico. • Papanicolau (1920) observou células cancerosas em esfregaços vaginais. • Ayre (1947) recomendou a raspagem direta da cérvice para obter amostras citológicas. • O método de Papanicolau tornou-se o exame mais importante e mais amplamente utilizado no screening do câncer cervical • Nos EUA houve redução de 70% das mortes por câncer cervical após a introdução do exame citológico, nos últimos 50 anos segundo a American Câncer Society. • Citologia é o método perfeito? Não, tem falhas. Os problemas são os seguintes: - Qualidade das amostras - Coleta do material - Interpretação dos examinadores • Quando é usado citologia, colposcopia e estudo histopatológico a acurácia fica próximo de 100%. • Na tentativa de normatização para o uso universal foi criado em 1991 o sistema Bethesda. • Lesões cervicais escamosas foram divididas em quatro categorias • Lesões glandulares em seis categorias COLPOSCOPIA 289 MEDBOOK