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Décimo Terceiro Salário - Primeira Parcela (CENOFISCO)

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Resumo: Matéria que trata sobre o pagamento da primeira parcela da Gratificação de Natal ou, como também é
conhecida, o 13º salário, cujo pagamento será efetuado pelo empregador até 30 de novembro de cada ano,
independentemente da remuneração a que o empregado fizer jus.
Origem: FEDERAL
Qualificações: Trabalhista
Número: 44/2019
Décimo Terceiro Salário ­ Primeira Parcela
Data de publicação: 29/10/2019
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Primeira Parcela ­ Pagamento
2.1. Pagamento por ocasião das férias
2.2. Pagamento em parcela única
3. Remuneração
4. Faltas Legais e Justificadas
5. Apuração da Base de Cálculo ­ Valores que Integram a Remuneração
6. Admissão até 17 de Janeiro
7. Admissão após 17 de Janeiro
8. Salário em Utilidades
9. Prazo para Pagamento ­ Primeira Parcela
10. Rescisão Contratual
10.1. Dispensa por justa causa
10.2. Culpa recíproca
11. Afastamento durante o Ano por Auxílio­Doença Previdenciário
12. Afastamento durante o Ano por Auxílio­Doença Acidentário
13. Serviço Militar
14. Salário­Maternidade ­ Procedimentos
15. Adicional de Insalubridade
16. Adicional de Periculosidade
17. Prescrição
18. Encargos
18.1. Previdência Social
18.2. Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
18.3. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
19. DCTFweb
1. INTRODUÇÃO
Foi instituída pela Lei nº 4.090/62 a Gratificação de Natal ou, como também é conhecida, o 13º salário, cujo pagamento será efetuado pelo
empregador no mês de dezembro de cada ano, independentemente da remuneração a que o empregado fizer jus.
O inciso VIII do art. 7º da Constituição Federal estabelece que o 13º salário será calculado com base na remuneração integral ou no valor
da aposentadoria.
O 13º salário é devido aos seguintes trabalhadores:
a) empregado urbano;
b) empregado rural;
c) empregado doméstico;
d) trabalhador avulso; e
e) trabalhador temporário.
Ressaltamos, entretanto, que a Lei nº 5.480/68, que estabelecia as normas para pagamento do 13º salário devido ao trabalhador avulso,
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Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 1 de 15
foi revogada pela Lei nº 8.630/93. Assim, embora o trabalhador avulso tenha direito ao 13º salário, não há dispositivo legal estabelecendo a
época do pagamento, em virtude da revogação da lei que disciplinava o assunto.
Por essa razão, recomendamos aos interessados consultar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), bem como o Órgão Gestor de Mão
de Obra (OGMO) ou, ainda, o sindicato por meio do qual o trabalhador avulso estiver prestando serviços.
Nota Editorial
Considera­se trabalhador avulso todo aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural sem vínculo
empregatício a diversas empresas, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO)
quando se tratar de atividade portuária, assim considerados:
­ trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;
­ trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério;
­ trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);
­ amarrador de embarcação;
­ ensacador de café, cacau, sal e similares;
­ trabalhador na indústria de extração de sal;
­ carregador de bagagem em porto;
­ prático de barra em porto;
­ guindasteiro;
­ classificador, movimentador e empacotador de mercadorias em porto;
­ trabalhador que até 10/06/1973 (Lei nº 5.890/73) prestou serviço temporário a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com
intermediação de empresa locadora de mão de obra temporária, relativamente a esse período;
­ outros, assim classificados pelo Ministério do Trabalho (MT).
2. PRIMEIRA PARCELA ­ PAGAMENTO
Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador deverá pagar como adiantamento da primeira parcela do 13º salário,
de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior, salvo se o empregado já o recebeu por ocasião das
férias. A legislação determina que o pagamento ficará a critério do empregador, não estando este obrigado a pagar o adiantamento no mesmo
mês a todos os seus empregados.
2.1. Pagamento por ocasião das férias
O art. 4º do Decreto nº 57.155/65 determina que o adiantamento do 13º salário será pago ao ensejo das férias, sempre que o empregado o
requerer no mês de janeiro do correspondente ano.
Ressaltamos que o adiantamento somente será possível quando o período de férias do empregado ocorrer entre os meses de fevereiro e
novembro, não sendo devido, portanto, quando estas forem gozadas em dezembro ou janeiro.
Tendo o empregado recebido a primeira parcela juntamente com as férias, inexiste obrigatoriedade de a empresa efetuar a
complementação em novembro, só fazendo o acerto por ocasião do pagamento da segunda parcela.
2.2. Pagamento em parcela única
Não existe previsão na legislação para o pagamento do 13º salário em parcela única no mês de dezembro de cada ano, em face de o
dispositivo legal referente não facultar à empresa adoção desse procedimento.
Caso o empregador queira antecipar o pagamento da segunda parcela, entende­se que poderá fazê­lo, desde que efetue juntamente com
o pagamento da primeira parcela, até 30 de novembro, devendo atentar­se ao seguinte:
a) como determina a legislação, o valor do 13º salário deve ser calculado com base na remuneração devida em
dezembro; se antecipado o pagamento da segunda parcela, esta deverá ser recalculada em dezembro, caso tenha havido
alteração salarial ou caso receba o empregado parcelas variáveis (horas extras, comissões, adicional noturno, etc.);
b) o recolhimento da contribuição previdenciária será devido no dia 20 de dezembro e não quando da antecipação
efetuada, conforme entendimento da própria Previdência Social. Poderá haver diferença no valor descontado do empregado,
caso seja a tabela previdenciária alterada;
c) o depósito do FGTS deverá ser efetuado juntamente com a competência do mês em que for efetuada a antecipação,
por exemplo, efetuado o pagamento integral do 13º salário em 30 de novembro, o depósito do FGTS deverá ocorrer até 7 de
dezembro.
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Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 2 de 15
Observa se que, na hipótese da inobservância da Lei nº 4.090/62, a empresa incorrerá na penalidade de R$ 170,26 por empregado
prejudicado, dobrado na reincidência.
3. REMUNERAÇÃO
O 13º salário corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, e para esse fim a
fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será tida como mês integral.
Para efeito de apuração de 1/12 terá o empregado que trabalhar fração igual ou superior a 15 dias dentro do mês, ou seja, leva­se em
conta o mês­calendário.
Exemplo 1:
­ Mês de novembro = 30 dias
­ Admissão do empregado = 06/11/2018
­ Dias trabalhados = 25
Nesse exemplo, o empregado adquiriu o direito ao 1/12 referente ao mês de novembro.
Exemplo 2:
­ Mês de novembro = 30 dias
­ Admissão do empregado = 20/11/2018
­ Dias trabalhados = 11
Nesse exemplo, o empregado não faz jus à proporcionalidade referente ao mês de novembro por ter trabalhado menos de 15 dias no mês.
4. FALTAS LEGAIS E JUSTIFICADAS
A legislação dispõe, em caráter específico, no art. 473 da CLT sobre as faltas legais, ou seja, falta justificada, inclusive para efeito de 13º
salário.
Além das ausências justificadas previstas na CLT, pode haver outras situações de igual modo justificáveis contidas em acordos ou
convenções coletivas.
Destacamos, ainda, que não deverão ser considerados como faltas, para fins de contagem de 13º salário, os períodos de ausência de
meio expediente ou os atrasos cometidos, tampouco os períodos de ausência do empregado que, por liberalidade do empregador, não tenham
acarretado perda daremuneração do respectivo período.
Assim, para que tais faltas sejam justificadas, o empregado deverá fornecer ao empregador documento que comprove a ausência. Caso
contrário, poderá a empresa proceder ao desconto desses dias.
Informamos, a seguir, as faltas legais ou justificadas que não reduzem a remuneração do empregado:
a) até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que
declarada em sua carteira profissional, viva sob sua dependência econômica;
b) até três dias consecutivos, em virtude de casamento;
c) por um dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana;
Nota Editorial
O art. 7º, XIX, da Constituição Federal instituiu a licença­paternidade estabelecendo o prazo de cinco dias para a referida licença.
d) por um dia, em cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
e) até dois dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;
f) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº
4.375/64 (Lei do Serviço Militar);
g) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento
de ensino superior;
h) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver de comparecer a juízo;
i) até dois dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua
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esposa ou companheira (Lei nº 13.257/16);
j) por um dia por ano para acompanhar filho de até seis anos em consulta médica (Lei nº 13.257/16);
k) ausência do empregado, justificada, a critério da administração do estabelecimento, mediante documento por esta
fornecido;
l) paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não tenha havido trabalho;
m) auxílio­doença, previdenciário ou acidentário, devidamente comprovado, até 15 dias;
n) durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto não criminoso, observados
os requisitos da legislação previdenciária para percepção do benefício de salário­maternidade;
o) comparecimento para depor como testemunha, quando devidamente arrolado ou convocado (art. 822 da CLT);
p) comparecimento como parte à Justiça do Trabalho (Súmula TST nº 155);
q) período de férias, o qual inclusive, é computado para todos os efeitos como tempo de serviço (arts. 129 e 130, § 2º,
da CLT e Súmula TST nº 89);
r) período de afastamento do representante dos empregados quando convocado para atuar como conciliador nas
Comissões de Conciliação Prévia (CCP), sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade (art.
625­B, § 2º, da CLT);
s) convocação para serviço eleitoral (art. 365 da Lei nº 4.737/65);
t) greve, desde que tenha havido acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho dispondo sobre a
manutenção dos direitos trabalhistas aos grevistas durante a paralisação das atividades (Lei nº 7.783/89);
u) período de frequência em curso de aprendizagem (Decretos Lei nºs 4.481/42, 8.622 e 9.576/46);
v) para o professor, por nove dias, por motivo de casamento ou falecimento de cônjuge, pai, mãe ou filho (art. 320, §
3º, da CLT);
x) outros motivos previstos em acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho do sindicato representativo da
categoria profissional.
5. APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO ­ VALORES QUE INTEGRAM A REMUNERAÇÃO
Para a apuração da base de cálculo do 13º salário deverão ser acrescentados ao salário básico mensal todas as vantagens e/ou
adicionais percebidos habitualmente pelo empregado, valores estes que compõem o conjunto remuneratório. Tem­se assim que o 13º salário
corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês, do ano correspondente.
O art. 457 da CLT determina que se compreendem na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e
pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
Integram o salário não só a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.
Assim, para os trabalhadores que recebem salário variável, (comissionistas, tarefeiros, etc.), a primeira parcela do 13º salário será
calculada com base na soma das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até o mês anterior àquele em que se realizar o mesmo
adiantamento, de acordo com o § 1º do art. 3º do Decreto nº 57.155/65.
Para efetuar o cálculo da primeira parcela do 13º salário, para salário variável sem parte fixa, deve­se somar as parcelas percebidas
mensalmente e dividir o total encontrado pelo número de meses trabalhados.
O valor da primeira parcela do 13º salário corresponderá à metade da média encontrada.
Exemplo:
Comissionista Puro
Considerando que o empregado foi admitido em 13/03/2019 como comissionista puro, ou seja, não tem parte fixa do salário, para
pagamento da primeira parcela do 13º salário, levam­se em conta as comissões recebidas de março a outubro, inclusive o DSR, dividindo pelo
número de meses efetivamente trabalhados até o mês de outubro. Assim, temos:
Comissões + DSR
Março = R$  1.715,84
Abril = R$  1.785,40
Maio = R$  1.874,81
13/11/2019
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Junho = R$  1.818,96
Julho = R$  2.789,44
Agosto = R$  2.847,32
Setembro = R$  3.005,31
Outubro = R$  4.201,82
Total de comissões + DSR = R$  20.038,90
Média mensal = R$  20.038,90 ÷ 8 = R$  2.504,86
Quantidade de avos = 8/12
Cálculo da primeira parcela do 13º salário:
R$  2.504,86 ÷ 12 x 8 = R$  1.669,91
Valor da primeira parcela = R$  1.669,91 ÷ 2 = R$  834,95
 
As gratificações e os adicionais fixos, habitualmente pagos ao empregado, integram o salário para apuração do 13º salário por sua média
duodecimal, independentemente da periodicidade de seu pagamento.
Como o 13º salário é pago pelo empregador todos os anos, deverão ser somadas as gratificações recebidas apenas durante o ano em
questão, dividindo­se pelo número de meses trabalhados pelo empregado durante o correspondente ano, ainda que estes valores não tenham
sido pagos mensalmente (gratificações trimestrais, por exemplo). O resultado, que é a média apurada, deverá ser acrescido ao salário para o
cálculo do 13º salário.
Exemplo:
Empregado admitido em 13/03/2019, com salário de R$  2.500,00, recebe uma
gratificação trimestral que totalizou, durante o ano, o valor de R$  1.600,00.
Número de meses trabalhados de março a outubro = 8 meses
Salário mensal = R$  2.500,00
Gratificação trimestral (total pago) = R$  1.600,00
Total de avos de 13º salário até outubro = 8/12
Valor da média = R$  1.600,00 ÷ 8 meses = R$  200,00
Valor da primeira parcela do 13º salário = parte fixa = R$  2.500,00 ÷ 12 x 8 =
R$  1.666,67
R$  1.666,67 ÷ 2 = R$  833,33
Valor da primeira parcela do 13º salário ­ gratificação = R$  200,00 ÷ 12 x 8 = R$  133,33
R$  133,33 ÷ 2 = R$  66,66
Assim, o valor referente à primeira parcela do 13º salário a ser pago, correspondente a
8/12, somando­se fixo e gratificação, corresponderá a R$  899,99 (R$  833,33 +
R$  66,66).
 
Ressalta­se que as gratificações pagas mensalmente e que possuam um valor fixo ou percentual fixo sobre o salário (como adicionais de
insalubridade ou periculosidade, por exemplo) não necessitarão de apuração de média para que sejam integrados no cálculo do 13º salário.
Como já possuem valor fixo, basta que seja este valor acrescido ao salário contratual do empregado (valor devido na data do pagamento do 13º
salário), para que seja encontrada a referida base de cálculo.
As diárias para viagem, bem como a ajuda de custo, de acordo com o §2º do art. 457 da CLT, não integram a remuneração do empregado,
não se incorporamao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
As horas extras e horas noturnas, se habituais, possuem natureza salarial, integrando o salário do empregado para todos os efeitos legais,
conforme as Súmulas TST nºs 60 e 347.
Nota Editorial
Transcrevemos a seguir as Súmulas TST nºs 60 e 347:
"Súmula TST 60 ­ Adicional noturno. Integração no salário e prorrogação em horário diurno. (incorporada a Orientação Jurisprudencial
nº 6 da SDI 1)
I ­ O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (Ex Súmula nº 60 ­ Resolução
Administrativa nº 105, DJU 24.10.1974)
II ­ Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.
Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex OJ nº 6 ­ inserida em 25/11/1996) (Súmula aprovada pela Resolução nº 129, DJU 20.04.2005)".
"Súmula TST 347 ­ Horas extras habituais. Apuração. Média física.
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 5 de 15
O cálculo do valor das horas extras habituais, para efeito de reflexos em verbas trabalhistas, observará o número de horas efetivamente
prestadas e a ele aplica­se o valor do salário hora da época do pagamento daquelas verbas. (Súmula aprovada pela Resolução nº 57, DJU
28.06.1996)".
Para o cálculo, deve ser apurada a média aritmética do número de horas prestadas no decorrer do ano em questão, multiplicando­se o
resultado pelo valor de uma hora extra ou noturna, conforme o caso, percebido no mês do pagamento de 13º salário.
Exemplo:
Admissão em 03/07/2019
Salário contratual = R$ 1.430,00
Salário/hora = R$  6,50
Valor da hora extra = R$  6,50 x 1,50 = R$  9,75
Número de horas extras apuradas de julho a outubro = 160 horas
Média de horas extras apuradas = 160 horas ÷ 4 meses = 40 horas
Valor da média = R$  9,75 x 40 horas = R$  390,00
13º salário devido até outubro = 4/12
Base de cálculo do 13º salário = R$  1.430,00 + R$  390,00 = R$  1.820,00
Valor da primeira parcela do 13º salário = R$ 1.820,00 ÷ 12 x 4 = R$ 606,67 ÷ 2 = R$
303,33
 
6. ADMISSÃO ATÉ 17 DE JANEIRO
Para os admitidos até dia 17 de janeiro a primeira parcela do 13º salário será calculada à base de 50% da remuneração recebida no mês
anterior, devendo ser observado o seguinte:
a) mensalistas, horistas e diaristas: metade do salário contratual percebido no mês anterior;
b) salário variável: metade da média mensal até o mês de outubro, aos que percebem salário variável (comissionistas,
tarefeiros, contratistas e modalidades semelhantes). No caso de salário variável, sem parte fixa, somam­se as parcelas
percebidas mensalmente, divide­se o total pelo número de meses trabalhados, encontrando­se a média mensal. A primeira
parcela do 13º salário corresponderá à metade dessa média mensal.
Exemplos:
b.1) tarefeiro (pecista):
Empregado tarefeiro produz 4.000 peças no período de janeiro a outubro, com a média
mensal de produção de 400 peças, cujo valor do salário/peça é de R$  6,00 em outubro,
temos:
Média mensal de produção = 4.000 ÷ 10 = 400
400 x R$  6,00 = R$  2.400,00
Valor da primeira parcela
R$  2.400,00 ÷ 2 = R$  1.200,00
 
b.2) salário misto para salário misto (fixo + variável), apura­se a média mensal da parte variável e adiciona­se o
salário fixo contratual vigente no mês anterior ao pagamento. Logo, para um fixo de R$  950,00 e comissões, no período de
janeiro a outubro, no montante de R$  12.500,00, temos:
Média das comissões + DSR:
R$  12.500,00 ÷ 10 = R$  1.250,00
R$  1.250,00 + R$  950,00 = R$  2.200,00
Valor da primeira parcela
R$  2.200,00 ÷ 2 = R$  1.100,00
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 6 de 15
 
Observa­se que para apuração da média de comissões, o DSR já está incluso nesse valor.
Considera­se o salário ou a parte fixa dos salários mistos do mês anterior ao pagamento e não a média de janeiro a outubro. A média só é
utilizada para apuração da parte variável ou da produção.
7. ADMISSÃO APÓS 17 DE JANEIRO
O salário mensal é estabelecido na forma dos exemplos anteriores. Computa­se, todavia, o período posterior à admissão do empregado,
atribuindo­se metade de 1/12 da remuneração mensal percebida ou apurada por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias (art. 3º,
§ 4º, do Decreto nº 57.155/65):
a) mensalista
Empregado admitido em 10/03/2019 com salário de R$ 900,00, mantido em outubro,
recebe a primeira parcela de R$  300,00, isto porque:
R$  900,00 ÷ 12 = R$  75,00 (valor de 1/12)
R$  75,00 x 8 (número de meses de serviço de março até outubro) = R$  600,00
R$  600,00 ÷ 2 = R$  300,00
 
b) comissionista puro (sem parte fixa)
Um empregado, admitido em 08/06/2019, recebeu comissões no período de junho a
outubro/2019 nos seguintes valores:
Mês Valor da Comissão + DSR
Junho = R$  1.500,00 + R$  300,00 = R$  1.800,00
Julho = R$  2.450,00 + R$  362,96 = R$  2.812,96
Agosto = R$  3.650,00 + R$  701,92 = R$  4.351,92
Setembro = R$  2.600,00 + R$  520,00 = R$  3.120,00
Outubro = R$  3.300,00 + R$  825,00 = R$  4.125,00
Total de comissões e DSR = R$  16.209,88
Média das comissões: R$  16.209,88 ÷ 5 = R$  3.241,98
Cálculo de 1/12: R$  3.241,98 ÷ 12 = R$  270,16
Cálculo da primeira parcela:
R$  270,16 x 5 (número de meses de serviço de junho até outubro) = R$  1.350,82
Valor da primeira parcela = R$  1.350,82 ÷ 2 = R$  675,41
 
c) comissionista com parte fixa
Na hipótese de fixo e variável, apura­se a média mensal da parte variável, que se adiciona ao salário fixo do mês anterior ao pagamento.
Exemplo:
Um empregado, admitido em 08/06/2019, recebe o valor de R$  1.900,00 (parte fixa) e
comissões no período de junho a outubro/2019 nos seguintes valores:
Mês Valor da Comissão + DSR
Junho = R$  1.500,00 + R$  300,00 = R$  1.800,00
Julho = R$  2.450,00 + R$  362,96 = R$  2.812,96
Agosto = R$  3.650,00 + R$  701,92 = R$  4.351,92
Setembro = R$  2.600,00 + R$  520,00 = R$  3.120,00
Outubro = R$  3.300,00 + R$  825,00 = R$  4.125,00
Total de comissões e DSR = R$  16.209,88
Parte fixa = R$  1.900,00
Cálculo de avos referente à parte fixa = R$  1.900,00 ÷ 12 x 5 = R$  791,67
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 7 de 15
Média das comissões: R$  16.209,88 ÷ 5 = R$  3.241,98
Cálculo da primeira parcela:
R$  3.241,98 ÷ 12 x 5 (número de meses trabalhados de junho até outubro) =
R$  1.350,82
Valor da primeira parcela = R$  1.350,82 + R$  791,67 ÷ 2 = R$  1.071,24
 
d) pecista (tarefeiro)
Empregado, admitido em 01/08/2019, produz um total de 2.500 peças nos meses de agosto, setembro e outubro/2019. O salário/peça em
outubro é de R$  5,00.
Média salarial:
R$  5,00 x 2.500 ÷ 3 = R$  4.166,67
Cálculo de 1/12 = R$  4.166,67 ÷ 12 = R$  347,22
Cálculo da primeira parcela:
R$  347,22 x 3 (número de meses de trabalhados de agosto até outubro) = R$  1.041,66
Valor da primeira parcela = R$  1.041,66 ÷ 2 = R$  520,83
 
Nota Editorial
Para contagem de avos proporcionais para pagamento da primeira parcela do 13º salário aos admitidos após 17 de janeiro e com menos
de um ano na empresa, há os que consideram, para efeito dessa apuração, até o mês de novembro. Assim, o adiantamento seria calculado
computando­se os avos proporcionais de tempo de serviço até novembro, desde que o empregado já tenha trabalhado, no mínimo, 15 dias
naquele mês. Entretanto, como determina o art. 2º da Lei nº 4.749/65, o adiantamento da primeira parcela do 13º salário corresponde à
metade do salário do mês anterior, ou seja, até outubro entendendo­se que a contagem dos avos proporcionais também deve ir até aquele
mês. Portanto, os exemplos deste subitem são descritos até outubro.
8. SALÁRIO EM UTILIDADES
O caput do art. 458 da CLT estabelece que, além do pagamento em dinheiro, compreendem­seno salário, para todos os efeitos legais,
inclusive, o 13º salário, a alimentação, a habitação, o vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do
costume, fornecer habitualmente ao empregado.
Com a publicação da Lei nº 8.860/94, autorizou­se ao empregador, quando do fornecimento de habitação e alimentação, descontar até o
limite de 25% e 20%, respectivamente, dos salários dos empregados beneficiados.
Observa­se dessa forma que, se o valor real da utilidade for superior ao que representa o referido desconto, somente o valor excedente
será considerado parcela in natura e deverá integrar o salário do empregado. A título de exemplo, reproduzimos a seguir três situações
distintas:
Situação 1:
Salário do empregado = R$  4.500,00
Habitação fornecida (valor real do aluguel) = R$  2.000,00
Desconto máximo permitido = R$  1.125,00
Desconto efetivamente efetuado do salário = R$  500,00
Parcela in natura a ser integrada ao salário = R$  2.000,00 ­ R$  500,00 = R$  1.500,00
No cálculo do 13º salário, será computado o valor correspondente ao salário utilidade de
R$  1.500,00. Assim, temos o seguinte:
Salário do empregado = R$  4.500,00
Parcela in natura a ser integrado ao salário = R$  1.500,00
Base de cálculo do 13º salário = R$  4.500,00 + R$  1.500,00 = R$  6.000,00
Valor da primeira parcela do 13º salário = R$  6.000,00 ÷ 2 = R$  3.000,00
 
Situação 2:
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 8 de 15
Salário do empregado = R$  9.000,00
Habitação fornecida (valor real do aluguel) = R$  2.000,00
Desconto máximo permitido = R$  2.250,00
Desconto efetivamente efetuado do salário = R$  2.000,00
Parcela in natura a ser integrado ao salário = R$  0,00
Neste caso, no cálculo do 13º salário será computado apenas o valor de R$  9.000,00,
pois não há parcela a ser acrescida de salário utilidade.
Valor da primeira parcela do 13º salário = R$  9.000,00 ÷ 2 = R$  4.500,00
 
Nota Editorial
Nos termos do § 2º do art. 458 da CLT, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
a) vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho para a prestação do
serviço;
b) educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade,
anuidade, livros e material didático;
c) transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
d) assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro­saúde;
e) seguros de vida e de acidentes pessoais;
f) previdência privada.
9. PRAZO PARA PAGAMENTO ­ PRIMEIRA PARCELA
O empregado que não tiver recebido a primeira parcela do 13º salário por ocasião das férias deverá recebê­la até 30 de novembro. O
adiantamento do 13º salário, por ocasião das férias, será efetuado se tiver sido requerido por ele em janeiro do correspondente ano.
10. RESCISÃO CONTRATUAL
Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho, salvo na hipótese de rescisão com justa causa, o empregado fará jus ao recebimento do 13º
salário proporcional ao tempo de serviço, calculado sobre a remuneração do mês da rescisão.
Caso ocorra a extinção do contrato antes da data prevista para o pagamento da parcela final do 13º salário, o empregador poderá
compensar o adiantamento concedido da gratificação devida proporcionalmente e, se esse valor não for suficiente, poderá ser utilizado outro
crédito de natureza trabalhista a que o empregado tenha direito.
10.1. Dispensa por justa causa
Na hipótese de o empregador efetuar o pagamento da primeira e/ou da segunda parcela do 13º salário e, posteriormente, dentro do
correspondente ano, dispensar o empregado por justa causa, a empresa poderá descontar o valor pago de suas verbas rescisórias, se houver
crédito rescisório suficiente.
Não obstante, existe entendimento divergente quando já tenha o empregado trabalhado durante todo o ano correspondente, sendo
demitido somente no final do mês de dezembro, quando, então, já fazia jus ao recebimento integral do 13º salário.
10.2. Culpa recíproca
A Súmula TST nº 14, na redação dada pela Resolução nº 121/03 (DJ de 21/11/2003), estabelece que reconhecida a culpa recíproca na
rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado terá direito a 50% do 13º salário, além do direito ao recebimento de 50% do
aviso prévio e das férias proporcionais.
11. AFASTAMENTO DURANTE O ANO POR AUXÍLIO­DOENÇA PREVIDENCIÁRIO
O empregado afastado em gozo de auxílio­doença, pela Previdência Social, receberá o 13º salário da seguinte forma:
­ a empresa efetuará o pagamento proporcional aos meses (ou fração igual ou superior a 15 dias) trabalhados, incluindo­
se nessa apuração os primeiros 15 dias de afastamento, pagos pelo empregador;
­ a Previdência Social efetuará o pagamento do 13º salário proporcional ao período de afastamento, a contar do 16º dia
até a data de retorno ao trabalho, com denominação de "Abono Anual", sendo o pagamento geralmente efetuado com a
última parcela do benefício.
Exemplo:
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 9 de 15
­ Salário = R$  1.440,00
­ Admissão = 09/01/2019
­ Afastamento = 08/08/2019
­ 15 primeiros dias = até 22/08/2019
­ Início do benefício = 23/08/2019
­ 13º salário = 8/12 serão pagos pela empresa (período 08/08/2019 a 22/08/2019)
­ Abono anual = 4/12 serão pagos pelo INSS (período setembro/2019 a dezembro/2019)
Cálculo
Empresa = 8/12 = R$  1.440,00 ÷ 12 x 8 = R$  960,00
13º salário = primeira parcela = R$  960,00 ÷ 2 = R$  480,00
Previdência Social = Supondo que o valor do benefício seja de R$  1.080,00, o valor do
abono anual corresponderá a R$  360,00 (R$  1.080,00 ÷ 12 x 4).
 
Salientamos que o abono anual referente à primeira parcela devido pela Previdência Social foi pago em agosto juntamente com o benefício
correspondente a esse mês.
12. AFASTAMENTO DURANTE O ANO POR AUXÍLIO­DOENÇA ACIDENTÁRIO
A Súmula TST nº 46 dispõe que as ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para efeito de cálculo do 13º
salário.
Como o abono anual (benefício previdenciário equivalente ao 13º salário) pode não corresponder ao montante que o empregado receberia
se tivesse trabalhado integralmente no exercício de 2019, cabe ao empregador proceder ao cálculo comparativo, efetuando­lhe o pagamento da
diferença, se for o caso.
Assim, quando acontecer de um empregado ficar afastado pela Previdência Social percebendo benefício de auxílio­doença acidentário, o
13º salário daquele exercício será pago da seguinte forma:
­ a empresa efetuará o pagamento proporcional ao período efetivamente trabalhado (anterior e posterior ao
afastamento), incluindo­se nessa apuração os primeiros 15 dias de afastamento, cuja remuneração cabe ao empregador
(arts. 1º e 2º da Lei nº 4.090/62);
­ a Previdência Social efetuará o pagamento proporcional ao período de afastamento, a contar do 16º dia até a data do
retorno ao trabalho, com denominação de "Abono Anual", geralmente pago com a última parcela do benefício (art. 5º da Lei
nº 8.114/90 e art. 120 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99);
­ a empresa deverá adicionar a importância paga pela Previdência Social ao valor pago por ela. Se o valor recebido pelo
empregado (no total) for inferior ao que perceberia se houvesse trabalhado durante todo o ano, caberá ao empregador
efetuar o pagamento da diferença como "Complementação do 13º Salário".
Nota Editorial
Mesmo com o afastamento por acidente do trabalho, o depósito do FGTS deverá ser efetuado integralmente sobre o valor da
remuneração a que o empregado teria direito, se em atividade estivesse. Assim, consequentemente, incidirá o FGTS sobre o valor do 13º
salário, conforme estabelece o art. 28 do Decreto nº 99.684/90.Exemplo:
O empregado afastou­se em 16/01/2019 e retornou em 02/06/2019.
A empresa deverá pagar o 13º salário/2019 de acordo com os seguintes critérios:
a) 1/12 correspondentes ao período de janeiro/2019 (mês do afastamento);
b) 5/12 relativos ao período de 03/06/2019 a 31/10/2019 (posterior ao afastamento);
c) 4/12 pertinentes ao período de afastamento de fevereiro/2019 a maio/2019, deduzido o valor do abono anual pago
pela Previdência Social relativo a esse período de afastamento.
13. SERVIÇO MILITAR
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 10 de 15
Na hipótese de o empregado vir a ser convocado para a prestação do serviço militar obrigatório, este não fará jus à fração do 13º salário
correspondente ao período de afastamento, mas tão somente àquele referente ao período efetivamente trabalhado.
Exemplo:
Empregado admitido em 15/10/2016
Trabalhou no período de janeiro/2019 a abril/2019
Afastamento por serviço militar no período de maio/2019 a dezembro/2019.
No exemplo mencionado, o empregado terá direito a 4/12 de 13º salário.
14. SALÁRIO­MATERNIDADE ­ PROCEDIMENTOS
De acordo com a legislação vigente, Lei nº 10.710/03, a partir de 01/09/2003, a empresa paga o salário­maternidade à segurada
empregada e se reembolsa do pagamento pelo seu valor bruto, incluído o 13º salário proporcional ao período da correspondente licença,
mediante dedução dos valores do benefício pagos no ato do recolhimento das contribuições devidas, por meio de Guia da Previdência Social
(GPS).
O reembolso do 13º salário será proporcional ao período do salário­maternidade e será efetuado pela empresa por ocasião do
recolhimento em GPS da contribuição previdenciária sobre o 13º salário ou das verbas rescisórias, se for o caso.
Para efeito de apuração do montante, que será deduzido na GPS, deverá ser considerado o período em que a segurada empregada
esteve em gozo da licença­gestante, contando dia a dia dentro do exercício (ano).
De acordo com o § 1º do art. 86 da Instrução Normativa RFB nº 971/09, para fins da dedução da parcela de 13º salário, será adotado o
seguinte procedimento:
a) a remuneração correspondente ao 13º salário deverá ser dividida por 30;
b) o resultado da operação mencionado na letra "a" deverá ser dividido pelo número de meses considerados no cálculo
da remuneração do 13º salário;
c) o resultado dessa operação será multiplicado pelo número de dias de gozo da licença­maternidade no respectivo ano.
Exemplos
Segurada empregada com 13º salário de R$ 1.200,00, está em gozo de licença­maternidade desde 10/10/2019, cujo término se dará em
06/02/2020.
a) R$  1.200,00 ÷ 30 = R$  40,00
b) R$  40,00 ÷ 12 = R$  3,33
c) R$  3,33 x 83 = R$  276,39
São 83 dias, porque:
­ 22 dias são referentes ao mês de outubro/2019;
­ 30 dias são referentes ao mês de novembro/2019;
­ 31 dias são referentes ao mês de dezembro/2019.
O valor do 13º salário (2018) a deduzir na GPS do salário­maternidade será de R$  276,39.
Para o ano de 2020, temos o seguinte:
a) R$  1.200,00 ÷ 30 = R$  40,00
b) R$  40,00 ÷ 12 = R$  3,33
c) R$  3,33 x 37 = R$  123,21
São 37 dias, porque:
­ 31 dias são referentes ao mês de janeiro/2020;
­ 6 dias são referentes ao mês de fevereiro/2020.
O valor do 13º salário (2020) a deduzir na GPS do salário­maternidade será de R$  123,21.
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Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 11 de 15
15. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
O adicional de insalubridade integra a remuneração para o cálculo do 13º salário.
O exercício de atividade em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (grau máximo), 20% (grau médio) e 10% (grau mínimo) do salário mínimo.
Exemplo:
Remuneração do empregado = R$  1.450,00
Valor da insalubridade = R$  954,00 x 40% = R$  381,60
Base para cálculo da primeira parcela do 13º salário = R$  1.450,00 + R$  381,60 =
R$  1.831,60
Valor da primeira parcela do 13º salário = R$  1.831,60 ÷ 2 = R$  915,80
 
16. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Exemplo:
Remuneração do empregado = R$  1.600,00
Valor da periculosidade = R$  1.600,00 x 30% = R$  480,00
Base para cálculo da primeira parcela do 13º salário = R$  1.600,00 + R$  480,00 =
R$  2.080,00
Valor da primeira parcela do 13º salário = R$  2.080,00 ÷ 2 = R$  1.040,00
 
17. PRESCRIÇÃO
O prazo prescricional do direito de ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, inclusive em relação ao 13º salário,
para os trabalhadores urbanos e rurais é de cinco anos, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho, conforme previsto
no art. 7º da Constituição Federal.
18. ENCARGOS
18.1. Previdência social
O desconto da contribuição do segurado incidente sobre o valor bruto do 13º salário é devido quando do pagamento ou crédito da última
parcela e deverá ser calculado em separado e recolhido juntamente com a contribuição a cargo da empresa até o dia 20 do mês de dezembro,
antecipando­se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário no dia 20, conforme estabelece
o art. 216, § 1º, do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
No caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas serão também recolhidas até o dia 20 do mês seguinte ao da
competência (rescisão), antecipando­se o vencimento para o dia útil anterior quando não houver expediente bancário, computando­se, em
separado, a parcela referente ao 13º salário.
Para fins de cálculo da contribuição, utiliza­se como base de incidência o valor bruto do 13º salário, sem qualquer dedução dos
adiantamentos pagos, aplicando­se separadamente dos demais vencimentos a serem percebidos as alíquotas normais de contribuição. Assim,
no mês de dezembro de cada ano, deverão ser observados dois limites máximos de salário de contribuição do empregado, um para o salário
normal de dezembro e outro relativo ao 13º salário.
A Guia da Previdência Social (GPS) deverá ser específica para essa finalidade (exceto quando da rescisão contratual), devendo ser
preenchida normalmente, observando­se o seguinte:
campo 3 ­ Código de Pagamento: o mesmo adotado normalmente pelo empregador para o recolhimento mensal sobre a
folha de pagamento;
campo 4 ­ Competência (mês/ano): utilizar a competência 13.
Exemplo: 13/17.
18.1.1. Empregado doméstico ­ Desconto previdenciário ­ Procedimentos
O desconto previdenciário relativo ao 13º salário, pago ao empregado doméstico, deve ser efetuado por ocasião do pagamento da parcela
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 12 de 15
final, em separado do salário do mês, sem abatimento da antecipação. O seu recolhimento efetua­se até 20 de dezembro ou dia útil
imediatamente anterior. No caso de rescisão contratual, o recolhimento deve ser efetuado no prazo normal de recolhimento das demais
contribuições previdenciárias.
Ressaltamos que nos afastamentos da empregada doméstica por motivo de licença­maternidade o abono anual pago pelo INSS (13º
salário proporcional ao período de salário­maternidade) estará sujeito ao encargo previdenciário por ocasião do pagamento da parcela final do
13º salário ou da rescisão do contrato de trabalho.
A Lei nº 11.324/06 (DOU de 19/07/2006) permitiu ao empregador doméstico recolher a contribuição previdenciária do empregado
doméstico a seu serviço e a parcela a seu cargo, relativas à competência novembro, até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição
referente ao 13º salário, utilizando­se de um único documento de arrecadação (GPS). Assim, no campo 4 da GPS (Competência), deve ser
informado 13/18 e ser feita observaçãoquanto ao recolhimento da contribuição previdenciária relativo ao mês de novembro.
18.2. Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
A contribuição para o IRRF será devida somente por ocasião do pagamento da segunda parcela do 13º salário ou na rescisão contratual,
considerando, porém, seu valor integral, sem a dedução do adiantamento efetuado.
Sua tributação ocorrerá, exclusivamente, na fonte e separadamente dos demais rendimentos do beneficiário, admitidas as deduções
legalmente autorizadas. A tabela a ser utilizada deverá ser aquela vigente no mês do pagamento.
Exemplo:
O valor do 13º salário pago ao empregado foi de R$  5.400,00, e ele tem dois dependentes.
Ressalta­se que o pagamento da primeira parcela do 13º salário pago em qualquer mês do ano não sofre retenção do IRRF.
Por ocasião do pagamento da segunda parcela deve ser adotado o seguinte procedimento:
­ primeira parcela do 13º salário: R$  2.700,00
­ segunda parcela do 13º salário: R$ 1.746,10
­ rendimento bruto a ser considerado para cálculo do IRRF: R$  5.400,00
Cálculo do IRRF
Rendimento Bruto: R$ 5.400,00
(­) INSS (11% de R$ 5.400,00) R$  594,00
(­) Dependente (2 x R$  189,59) R$  379,18
Base de Cálculo para Apuração
IRRF R$ 4.426,82
Alíquota de IR x 22,5%
 
 
R$  996,03
(­) Parcela a deduzir R$  636,13
IRRF R$  359,90
 
Valor líquido da segunda parcela = R$ 5.400,00 ­ R$ 2.700,00 ­ R$ 594,00 ­ R$ 359,90 = R$ 1.746,10.
Tratando de complementação do 13º salário, em relação aos salários variáveis, o IRRF deverá ser recalculado conforme o valor total
dessa gratificação, utilizando, para tanto, a mesma tabela vigente no mês de sua quitação (dezembro). Do novo valor de IRRF apurado será
deduzido o valor do imposto já retido anteriormente, restando ser descontado o saldo verificado.
18.3. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
O FGTS deverá ser recolhido até o dia 7 do mês subsequente ao pagamento tanto por ocasião da primeira quanto da segunda parcela. A
parcela terá o FGTS recolhido por seu valor integral, deduzido o adiantamento efetuado.
Deverá ser recolhido o equivalente a 8% sobre o valor da parcela paga.
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 13 de 15
No caso de salário variável, deve ser informado no campo "Remuneração 13º Salário (somente Parcela do 13º Salário)", na competência
dezembro, o valor da parcela do 13º salário paga em dezembro, já considerados eventuais ajustes.
18.3.1. SEFIP ­ Competência 13
A partir do ano de 2005, é obrigatória a entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13. A partir da versão 8.0, o SEFIP está habilitado
para o cumprimento dessa obrigação. Para o período compreendido entre 1999 a 2004, foi facultativa a entrega de GFIP/SEFIP para a
competência 13.
A entrega de GFIP/SEFIP para a competência 13 deve ser feita até 31 de janeiro do ano seguinte a da referida competência.
Na GFIP/SEFIP da competência 13, o empregador/contribuinte deve informar:
a) a base de cálculo das contribuições previdenciárias da competência 13 referentes ao 13º salário;
b) o valor da dedução do 13º salário­maternidade a ser abatido das contribuições devidas para a competência 13;
c) o valor da compensação a ser abatido das contribuições devidas para a competência 13;
d) o valor referente a competências anteriores, inferiores ao limite mínimo para recolhimento a ser incluído na Guia da
Previdência Social (GPS) da competência 13;
e) o valor da retenção sobre nota fiscal/fatura (Lei nº 9.711/98) sofrida em dezembro e que foi abatido na Guia da
Previdência Social (GPS) da competência 13.
Os campos "Ocorrência" e "Valor" descontados do segurado podem requerer preenchimento caso o trabalhador esteja exposto a agentes
nocivos e/ou tenha múltiplos vínculos empregatícios ou múltiplas fontes pagadoras.
Na GFIP/SEFIP da competência 13, os seguintes campos não devem ser informados:
­ valores pagos a cooperativas de trabalho;
­ dedução do salário­família;
­ dedução do salário­maternidade;
­ comercialização da produção ­ pessoa física e pessoa jurídica;
­ receita de evento desportivo/patrocínio;
­ valor das faturas emitidas para o tomador;
­ remuneração sem 13º salário;
­ remuneração do 13º salário;
­ contribuição do salário­base;
­ base de cálculo da Previdência Social;
­ base de cálculo: 13º salário Previdência Social referente à GPS da competência 13;
­ movimentação.
Caso não existam fatos geradores a informar na competência 13, também é necessária a entrega da GFIP/SEFIP com ausência de fato
gerador, com indicativo de ausência de fato gerador (Sem Movimento), que é assinalado na tela de abertura do movimento, para o código 115.
Observa­se que a SEFIP, competência 13, tem caráter meramente declaratório.
19. DCTFWEB
A DCTFWeb é uma obrigação tributária acessória por meio da qual o contribuinte confessa débitos de contribuições previdenciárias e de
contribuições destinadas a terceiros.
A seguir, os prazos de entrega das obrigações acessórias para ficar tranquilo com as suas rotinas tributárias.
Obrigações
Acessórias Superior a R$ 78 milhões Inferior a R$ 78 milhões
eSo c i a l   ­   F o l h a   d e
Pagamento A partir de 08/maio/18
2º grupo ­ A partir de 10/01/2019
3º grupo ­ A partir de 10/07/2019
4º grupo ­ A observância da obrigatoriedade fixada dar­se­á de forma
progressiva, conforme cronograma a ser estabelecido em resolução
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 14 de 15
específica, a ser publicada.
EFD­REINF
A partir de 01/05/2018 ­
A t é   o   d i a   1 5   d o   m ê s
seguinte
2º grupo ­ A partir de 10/01/2019 ­ Até o dia 15 do mês seguinte;
3º grupo ­ A partir de 10/07/2019 ­ Até o dia 15 do mês seguinte;
4º grupo ­ Os entes públicos integrantes do Grupo 1 ­ Administração
Pública e organizações internacionais integrantes do Grupo 5 ­
Organizações Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais,
em data a ser fixada em ato da RFB.
DCTFWeb
A partir de agosto/2018 ­
A t é   o   d i a   1 5   d o   m ê s
seguinte
2º grupo ­ A partir de janeiro/2019 ­ Até o dia 15 do mês seguinte;
3º grupo ­ A partir de julho/2019 ­ até o dia 15 do mês seguinte.
 
A DCTFWeb das pessoas jurídicas deverá ser apresentada de forma centralizada pelo respectivo estabelecimento matriz e identificada
com o número de inscrição deste no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ressalvadas as unidades gestoras dos órgãos públicos da
administração direta de quaisquer dos poderes da União, quando inscritas no CNPJ como filiais.
Deverão apresentar a DCTFWeb identificada com o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do titular ou responsável:
a) o contribuinte individual, inclusive o titular de serviço notarial e registral, e a pessoa física na condição de proprietário
ou dono de obra de construção civil;
b) os produtores rurais pessoas físicas; e
c) as pessoas físicas de que trata o inciso IX do item 2, que adquirirem produção de produtor rural pessoa física ou de
segurado especial para venda, no varejo, a pessoa física.
As informações relativas às sociedades em conta de participação (SCP) devem ser apresentadas pelo sócio ostensivo, em sua própria
DCTFWeb.
A DCTFWeb pode ser editada e transmitida por meio do sistema da declaração, acessível no Atendimento Virtual (eCAC) da Receita
Federal: idg.receita.fazenda.gov.br. Orientações sobre como acessar o sistema, necessidade de certificado digital e possibilidade de se usar
código de acesso podem ser consultadas na seção 7. Acesso ao sistema.
A DCTFWeb, de regra, tem periodicidade mensal e deve ser transmitida pela internet até as 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 15 do
mês seguinte ao da ocorrência dos fatos geradores. Caso o dia 15 não seja dia útil, a entrega deverá ser antecipada para o dia útil
imediatamente anterior.
Excetuam­se da regra de periodicidade mensal:
1) DCTFWeb 13ºSalário (Anual): declaração relativa à gratificação natalina, transmitida uma vez por ano até o dia 20 de
dezembro de cada exercício, a partir de informações prestadas no eSocial;
2) DCTFWeb Espetáculo Desportivo (Diária): declaração relativa a espetáculos desportivos de que participe associação
desportiva que mantém clube de futebol profissional. Deve ser transmitida até o segundo dia útil após a realização do evento.
Caso ocorra mais de um evento no mesmo dia, as informações devem ser agrupadas. Os dados que alimentam a DCTFWeb
Diária são originados da EFDREINF.
13/11/2019
Arquivo gerado em 13/11/2019 Página 15 de 15

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