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1. INTRODUÇÃO 
a. ASPECTOS HISTÓRICOS 
Precursores do TEA 
● Na virada do século XVIII e XIX o diagnóstico de ‘idiotia” era comum no campo da 
psicopatologia de crianças e adolescentes, com isso pode ser considerado o termo 
antecessor do transtorno do espectro do autismo. (Bercherie, 1998) 
● em torno do termo débil mental gerou-se a discussão do tratamento moral (pinel) e a 
melhora utilizando o método clínico pedagógico (Francês Jean Itard que 
desenvolveu à margem do campo médico-psiquiátrico - a educação especial) 
● Howard Potter, médico do New York State Psychiatric Institute and Hospital, em 
1933, baseado na esquizofrenia que Eugen Bleuler descreveu, apresentou e discutiu 
sobre seis casos em que os sintomas surgiram antes da puberdade, incluindo 
alterações no comportamento, falta de conexão emocional e ausência do instinto de 
integração com o ambiente, denominando como esquizofrenia infantil 
● Em 1943 conceitos sobre o espectro autismo, psicose e esquizofrenia se 
confundiram 
nascimento do TEA e diferentes concepções 
● Em 1940 surgiram as primeiras descrições modernas do que hoje é denominado 
Transtorno do espectro autista 
● Leo kanner, utilizando a noção de autismo de Eugen Bleuler, descreveu 11 crianças 
onde o distúrbio seria a incapacidade de se relacionarem de maneira normal com 
pessoas e situações, desde o ínicio de sua vida - isolamento autístico extremo 
● O isolamento autístico extremo leva a criança a negligenciar, ignorar ou recusar o 
contato com o ambiente, que poderia estar presente nos primeiros anos de vida 
● a criança não apresentava mudanças da expressão facial ou posição corporal com a 
chegada dos pais. 
● Três das crianças não adquiriram a fala ou faziam um uso mínimo, a linguagem 
verbal não possuía uma função de comunicação tornando- se uma ferramenta de 
exercício de memória auto suficiente, sem um valor conversacional/semântico 
● Segundo Kanner todos os estímulos que vinham do exterior e que eram 
experimentados pela criança, eram uma intrusão assustadora, o que explica a 
tendência a ignorar o que o que é perguntado, a recusa por alimentos e o desespero 
com barulhos fortes e objetos em movimento. 
● após um ano da publicação de kanner, ​Hans Asperger​, médica de viena, escreveu 
o artigo “psicopatia autística’ na infância”, ele fez uso do termo autismo para 
descrever 4 crianças que tinham como questão central o transtorno no 
relacionamento com o ambiente, compensando isso com um alto nível de 
originalidade no pensamento e atitudes 
● ele dizia que as características autísticas apareciam a partir do segundo ano de vida 
e eram persistentes. 
● Pobre em expressões gestuais e faciais, quando eram inquietas, se movimentavam 
de modo estereotipado e sem objetivo. Sua fala era artificial, mas com atitudes 
criativas com uso de palavras incomuns e neologismo. 
● não possuíam pobreza afetiva, mas sim uma alteração qualitativa, desarmonia das 
emoções e na disposição, tal falta de harmonia poderia explicar a hipo ou 
hipersensibilidade no campo dos instintos sexuais, do apetite e da reações aos sons 
e toque. 
● Ao contrário dos casos de Kanner, aqui as crianças não possuíam uma boa relação 
com os objetos, ele considerava que tinham relações anormais, ignorando 
elementos do ambiente ou se fixando exageradamente em uma única coisa 
● Olhar que não se detinha em algo por muito tempo e algumas se dedicavam a 
coleções exóticas. Asperger atribuiu tal problema a uma deficiência biológica, 
genética. 
● Kanner até o final da década de 1950, enfatiza os fatores de ordem psicológica ou 
ambiental e em 1960 os fatores orgânicos ganham força, mesmo com diversas 
descrições a mais aceita era a concepção psicogenética que se apropria do campo 
psiquiátrico, até o final de 1970, baseada na influência do saber psicanalítico no 
campo 
● o TEA que era geralmente incluído no grupo de de psicoses infantis, é tratado então 
como um transtorno das fundações do psiquismo infantil 
● características dos pais são associadas com o gênese do quadro dos filhos e muitas 
vezes banalizadas por meio de metáforas como: mães geladeiras” 
● Diversos autores psicanalistas contribuíram para essa direção, tais como: Margareth 
Mahler (1897-1985), que integrou a corrente do ego e diferenciou a psicose infantil 
autista da psicose infantil simbiótica, Bruno Bettelheim (1903-1990) que trabalhou 
com crianças autistas na escola Ortogênica Sonia Shankammann. 
● As concepções de psicanálise e teorias-clínicas sobre o autismo sofrendo diversas e 
importantes mudanças com o decorrer do tempo e a revolução dos pensamento e 
compreensão do autismo se deu em dois fatores: a prática clínica com a criança 
pequena, até mesmo bbs e estudos de filmes caseiros das famílias com crianças 
que o TEA já estava desenvolvido, mas que foram filmados quando ainda eram bbs, 
antes da instalação da considerada patologia (primeira pesquisa do filme foi 
realizada por Massie em 1978 sobre psicose infantil) 
● “É reconhecido por todos os observadores, exceto por um reduzido número 
daqueles impedidos por compromissos doutrinários, que o autismo não é uma 
doença primariamente adquirida ou feita pelo homem. (...) Fazer os pais se sentirem 
culpados ou responsáveis pelo autismo de seu filho não é apenas errado, mas 
adiciona de modo cruel um insulto a um dano” (Kanner, 1968, p. 25). 
● Lorna Wing, início de 1980, após mudanças na descrição clínica, defendeu que o 
autismo e a síndrome descrita por Asperger em 1944 possuíam a mesma tríade 
sintomática 
● Considerando essa visão histórica, é considerada duas origens e a natureza do 
quadro 
○ primeira é associada com a tradição psicanalítica que possui como referência 
pesquisadores como: Jacque lacan, o casal Lefort, P. Bruno, C. Soler, etc. e 
se baseia em uma visão estrutural da constituição do sujeito e na relação 
onde o sujeito deve ser analisado na lógica em que articulam a linguagem e o 
corpo 
○ segunda ganhou força em 1970 e está associada a pesquisa genética que 
pode considerar a hegemonia na produção do conhecimento sobre o 
autismo, utilizando como referência pesquisadores como: Michael Rutter, 
Simon Baron-Cohen e Uta Frith, onde o autismo é considerado uma patologia 
determinada biologicamente e caracterizada por déficits em módulos 
cognitivos 
 
b. PRIMEIRO CASOS 
● Donald Grey Triplet (1933), Estados Unidos; 
● Internado por ordem médica aos 3 anos de idade; 
● Diagnosticado aproximadamente aos 5 anos pelo psiquiatra Leo Kanner; 
● Mãe e sociedade como papel fundamental para o desenvolvimento. 
 
 
 
 
2. CONCEITO ATUAL 
● O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento que 
tem como características alterações presentes desde cedo, tipicamente antes dos 
três anos de idade. O impacto é múltiplo e variável em áreas do desenvolvimento 
humano como as de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de 
adaptação. 
 
3. ETIOLOGIA 
● Os filhos de duas pessoas com mente técnica podem herdar genes para habilidades 
cognitivas úteis e tambémgenes envolvidos no desenvolvimento do autismo. 
● A genética explica o autismo, no entanto, ainda não foi identificado qual o conjunto 
de genes que desenvolvem o espectro. 
● Além disso, também existem fatores hormonais como níveis altos de testosterona no 
útero, fator importante para o desenvolvimento de mentes autistas. 
 
4. PREVALÊNCIA/INCIDÊNCIA 
● De acordo com estudos o TEA é quatro vezes mais frequente em pessoas do sexo 
masculino e não possui distinção de raças, credos ou classes sociais. 
● Sabe-se que a genética e fatores ambientais como complicações no parto ou no 
período neonatal podem ter associação com o transtorno. 
● 60 - 70% possuem deficiência intelectual leve 
● 20-30% nunca falam (necessária a intervenção precoce) 
● 400 - 130 por 100.000, ocupando o 3 lugar entre os distúrbios do desenvolvimento 
(Gadia et al., 2004, p. 84) 
 
5. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
● O diagnóstico do TEA é feito através da avaliação do quadro clínico e não existem 
testes laboratoriais específicos para sua detecção; 
● Para melhor caracterizar o diagnóstico existem escalas, critérios e questionários; 
● Normalmente utiliza-se o CID-10 ou DSM-IV como sistemas diagnósticos ​(se der, 
colocar uma imagem deles no slide) 
● O diagnóstico precoce é importante para que se inicie a intervenção adequada o 
mais rápido possível; 
 
6. CLASSIFICAÇÃO 
● Grau leve: a criança pode apresentar dificuldade de iniciar uma relação social com 
outra pessoa e pode possuir pouco interesse em interagir com os demais, 
apresentando respostas atípicas ou insucesso a aberturas sociais. No geral, 
possuem dificuldade para trocar de atividade, problemas de planejamento e 
organização 
● Grau moderado: um nível um pouco mais grave no déficit social e na comunicação 
verbal e não verbal. Possuem limitações em iniciar interações sociais e prejuízos 
aparentes mesmo com a presença de apoio. São mais inflexíveis nos seus 
comportamentos, apresentam dificuldade com mudanças, com um comportamento 
repetitivo e sofrem para modificar o foco de suas ações 
● Grau severo: existem déficits mais graves em relação a comunicação verbal e não 
verbal e também dificuldades evidentes para uma interação social com grave 
prejuízo no funcionamento. Possuem dificuldades extremas em lidar com mudanças 
e com comportamentos repetitivo - que interfere mais em seu funcionamento- Além 
disso possuem grande sofrimento para mudar o foco de suas ações 
 
7. CARACTERIZAÇÃO DA CRIANÇA 
usar imagens para descrever ou vídeo 
- MOTOR 
- Movimentos estereotipados (flapping de mãos) 
- Ações repetitivas (alinhar/empilhar objetos) 
- Dissemetrias na motricidade (dificuldades de rolamento na idade esperada; 
movimentos corporais em bloco e não suaves e distribuídos pelo eixo corporal; 
dificuldade, assimetria ou exagero em retornar os membros superiores à linha 
média) 
- SENSORIAL 
- Sensibilidade exagerada a determinados sons e reação exacerbada a estes; 
- Insistência em objetos com luzes e que giram ou piscam; 
- Insistência tátil; 
- ROTINAS 
- Rotinas ritualizadas e rígidas 
- Dificuldade na modificação de alimentação (podendo ser o alimento, os recipientes, 
o lugar entre outros aspectos que envolvam a alimentação); 
- FALA 
- Ecolalia 
- Características peculiares na entonação e volume da voz; 
- Perdas de certas habilidades já adquiridas (geralmente por volta dos 12 aos 24 
anos) 
- ASPECTO EMOCIONAL 
- Dificuldade em expressar e entender sentimentos; 
- Extrema passividade no contato corporal 
- Sensibilidade em momentos de desconforto 
- Dificuldade em expressar preferências 
- Dificuldade em se aninhar no colo dos cuidadores 
8. IMAGENS 
 
 
9. DESENVOLVIMENTO MOTOR/COGNITIVO/EMOCIONAL 
 
 DESENVOLVIMENTO 
MOTOR/SENSITIVO 
DESENVOLVIMENTO 
COGNITIVO 
DESENVOLVIMENTO 
AFETIVO/EMOCIONAL 
0-6 MESES -Ausência ou raridade 
de movimentos 
exploratórios. 
 
-Ignora ou apresenta 
pouca resposta aos 
sons de fala (voz do 
cuidador, susto com 
barulhos estranhos); 
-Apresenta silêncio ou 
gritos aleatórios; 
- Choro indiscritivo e 
crises de choro sem 
motivo aparente. 
 
- Não busca o olhar do 
cuidador ou o faz com 
menor frequência; 
-Presta mais atenção em 
objetos do que em 
pessoas; 
-Ausência de interação 
com o cuidador na 
amamentação. 
6-12 MESES Resistência a 
mudanças e 
novidades na 
alimentação(novas 
texturas e diferentes 
sabores). 
-Gritam muito ou 
apresentam choro 
indiferenciado; 
-Tendem ao silêncio e 
a não manifestar 
amplas expressões 
faciais com 
significado; 
-Não reagem a 
estímulos de 
linguagem (conversa); 
-Não atendem pelo 
nome, ignoram ou 
reagem apenas após 
insistência ou toque; 
-Apresenta dificuldade 
em movimentos 
antecipatórios e 
imitativos; 
-Não se engaja em 
brincadeiras que 
demandam socialização 
(como 
esconde-esconde). 
- Não repete gestos 
manuais ou os repete 
fora de contexto. 
 
12-18 MESES - Não explora muitos 
objetos, comumente 
fixa-se em uma das 
partes do objeto 
apenas; 
- Resistência à 
introdução de 
alimentos novos na 
dieta. 
-Podem não 
apresentar as 
primeiras palavras 
nesta faixa de idade; 
-Fala em repetição e 
sem autonomia; 
-Dificuldade na 
compreensão de 
situações novas; 
-Apresenta apenas 
expressões de 
emoção primárias 
(alegria, raiva, 
frustração, excitação) 
-Não apresenta 
brincadeiras “faz de 
conta”. 
-Não apresentam ações 
de apontamento de 
objetos para demonstrar 
objetos que apresentam 
curiosidade ou 
compartilhamento dos 
mesmos. 
18-24 MESES -Pode apresentar 
recusa alimentar ou 
insistir em algum tipo 
de alimento, 
mantendo, por 
exemplo, a textura, a 
cor, a consistência 
etc. 
-Tende à ecolalia; 
-Utiliza menos gestos 
e/ou utilizá-los 
aleatoriamente. 
Respostas gestuais, 
como acenar com a 
cabeça para “sim” e 
“não”, também podem 
estar ausentes nessas 
crianças entre os 18 e 
os 24 meses. 
-Não brinca 
apropriadamente com 
o que o brinquedo 
apresenta. 
- Não se interessa e não 
tentar pegar objetos 
estendidos por pessoas 
ou fazê-lo somente após 
muita insistência. 
- Não segue o apontar 
ou o olhar do outro. 
- Só mostra ou dá algo 
para alguém se isso se 
reverter em satisfação 
de alguma necessidade 
sua imediata (uso 
instrumental do 
parceiro). 
-Não tem o formato de 
brincadeira de imitar as 
ações dos adultos. 
24-36 MESES -Apresenta dificuldade 
no esquema alimentar 
(permanecer na 
mamadeira), 
apresentar recusa 
alimentar e não 
participar das cenas 
alimentares. 
- Tende à ecolalia. A 
distinção de gênero, 
número e tempo não 
acontece. Cantos e 
versos só são 
recitados em repetição 
aleatória; 
- Brincadeiras 
repetitivas e pouco 
criativas. 
- Os gestos e 
comentários em 
resposta ao adulto 
tendem a aparecer 
isoladamente ou após 
muita insistência; 
-Repetição da fala de 
terceiros em relação 
com a situação de 
comunicação; 
- A criança com TEA 
pode apresentar 
dificuldades ou 
desinteresse em 
narrativas referentes ao 
cotidiano. 
- Não demonstra 
interesse por outras 
crianças, podendo se 
afastar, ignoras ou 
limitar-se a observar 
outras crianças à 
distância; 
-Quando brinca com 
outras crianças, 
apresenta dificuldade 
em entendê-las. 
 
10. POTENCIALIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR 
a. quais podem apresentar? 
● A educação escolar são de particular importância para pessoas com 
TEA e seus familiares, pois poderão ajudar a desenvolver interesses 
e competênciasque permitam até mesmo a independência na vida 
adulta em alguns casos. Intervenções educacionais podem ajudar no 
desenvolvimento habilidades sociais, resolução de problemas 
adaptativos e comunicação mais efetiva (BRITO, 2011; BRITO et al., 
2010; WOODBURY-SMITH; VOLKMAR, 2009) 
● Não há um tipo de escola que é particularmente apropriado para 
pessoas com TEA. 
● Para Woodbury-Smith e Volkmar (2009), a aprendizagem em 
pequenas classes com supervisão e apoio, podem ser as melhores 
opções para os casos de crianças que se adaptam melhor em escolas 
especiais. 
● A análise da criança com autismo no contexto escolar confronta a 
linha de que esta é incapaz de estabelecer relações pessoais. 
(CAMARGO, 2012) 
 
● Respondem com mais precisão a estímulos visuais e cinestésicos, ela tem 
dificuldade em interpretar de modo usual o que lhe é solicitado. ​Preferência 
por “​pega-pega”​ do que ​“esconde - esconde”. ​(CAMARGO, 2012) 
● Mostra que em atividades estruturadas ela pode ter participação mais 
frequente, quando solicitada, a criança tem interação. 
● É essencial se basear nas particularidades da criança com autismo para 
nivelamento das atividades,quando feito isso a criança tem a possibilidade de 
aumentar a atenção compartilhada de objetos, jogo simbólico e expressão 
verbal. (CAMARGO, 2012) 
 
11. LIMITAÇÕES NO CONTEXTO ESCOLAR 
a. quais são? 
● Dificuldade em manter o foco, a falta de iniciação comunicativa nas 
condições de jogos, sofre uma provável rejeição do grupo. (CAMARGO, 
2012) 
● Atividades como desenho, jogo de construção, leituras entre outras, com 
frequência requerem maior compreensão da linguagem e do pensamento 
simbólico sendo a dificuldade para estes uma característica muito presente 
em autistas. (CAMARGO, 2012) 
● O ambiente em que a atividade está sendo realizada é um fator de muita 
influência. (CAMARGO, 2012) 
● O ambiente na ​sala de aula​, por apresentar um excesso de estimulação 
social, pode provocar comportamentos de impulsividade, irritabilidade e 
reações negativas (barulhos e conversas em um pequeno espaço). 
(CAMARGO, 2012) 
● Recebendo estímulos visuais, auditivos e táteis o convívio com outras 
crianças gera um sobrecarga de estímulos na criança com o espectro, 
resultando assim em momentos de pausa na interação, vista como uma 
rejeição. Que na verdade nada mais é que um meio que a criança mostra 
que está se reorganizando diante dos estímulos. (CAMARGO, 2012) 
● Outro fator crítico é a questão da formação profissional e o restrito respaldo 
oferecido aos educadores e à comunidade escolar acerca do processo de 
intervenção de pessoas com necessidades específicas, em particular de 
pessoas com TEA (BRITO; CARRARA, 2010; BRITO et al., 2010; WHITE et 
al., 2007). 
 
 
REFERÊNCIAS 
CAMARGO, Siglia Hoher; BOSA, Cleonice Alves. Competência social, inclusão escolar e autismo: 
um estudo de caso comparativo. ​Psicologia: teoria e pesquisa​, v. 28, n. 3, p. 315-324, 2012. 
 
JUSTINO, Camila Cristina Catan et al. Assistência educacional a pessoas com transtorno do 
espectro autista. ​Enfermagem Brasil​, v. 18, n. 3, p. 319-320, 2019. 
 
 
12. O PAPEL DO TO EM CONTEXTO ESCOLAR 
● O objetivo global da terapia ocupacional é ajudar a pessoa com autismo a melhorar 
a qualidade de vida em casa e na escola. O terapeuta ajuda a introduzir, manter e 
melhorar as habilidades para que as pessoas com autismo possam chegar à 
independência. (CREFITO-9, 2016) 
 
a. intervenção na família: ​habilidades da vida diária, tais como o treinamento do 
toalete, vestir-se, escovar os dentes, pentear cabelos, calçar sapatos e 
outras habilidades de preparação. 
b. escola: ​consciência corporal e sua relação com os outros, habilidades visuais 
para leitura e escrita, habilidades motoras finas necessárias para a realização 
de caligrafia ou cortar com uma tesoura​, ​brincar funcional, resolução de 
problemas e habilidades sociais e integração dos sentidos (realizado através 
da abordagem de integração sensorial) 
c. comunidade: desenvolver relacionamentos com seus pares e adultos, 
aprender a se concentrar em tarefas, expressar sentimentos de formas mais 
adequadas, envolver-se em jogo com os pares, aprender a se auto-regular, 
independência, aprendizagem e autoconfiança. 
 
 
 
13. REFERÊNCIAS 
 
BARON-COHEN, Simon; BOLTON, Patrick. Autismo. ​Um guia para pais. Madrid: 
Alianza Editorial​, 1993. 
 
 
CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 9ª 
REGIÃO. ​O papel do Terapeuta Ocupacional no tratamento do Autismo. ​14 de 
set. de 2016. 
 
MELLO, A. M. S. R. de. ​Autismo: guia prático. 5 ed. São Paulo: AMA; Brasília: 
CORDE, 2007. 104 p.: il. 
 
MORAL, A.; SHIMABUKURO, E. H.; ZINK, A. G.; MOLINA, E. C. ​Entendendo o 
autismo. 3º Edital SANTANDER/USP/FUSP de Direitos Fundamentais e Políticas 
Públicas da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São 
Paulo (PRCEU-USP), 2018. 
 
TISMOO BIOTECNOLOGIA. ​Conheça a história da primeira pessoa 
diagnosticada com autismo​. Disponível em: 
<https://medium.com/tismoo-biotecnologia/conhe%C3%A7a-a-hist%C3%B3ria-da-pri
meira-pessoa-diagnosticada-com-autismo-675d5b2d7217>. Acesso em 30. out. 
2019 
 
PAULA, C. S. DE. Epidemiologia, avaliação e evidências científicas sobre transtorno 
do espectro autista. 2012. 32 slides 
 
14. https://www.youtube.com/watch?v=vsJgvwhOSRo&t=106s 
15. vídeos 
a. https://www.youtube.com/watch?v=zbjfmfWXPyo 
b. https://www.youtube.com/watch?v=vsJgvwhOSRo&t=106s​ (certeza) 
c. https://www.youtube.com/watch?v=vNUcUTP7Dpw 
d. https://www.youtube.com/watch?v=3sfOCYI3x2E 
e. https://www.youtube.com/watch?v=N2npSevYhNE 
f. https://www.youtube.com/watch?v=Y9Fgywuls2s 
g. https://www.youtube.com/watch?v=TmEI_QOg5a0 
h. https://www.youtube.com/watch?v=UcWQaGL56Gs 
i. https://www.youtube.com/watch?v=L7tOUlPSLhM​ (to) 
j. https://www.youtube.com/watch?v=FfPx2E6s-B8 
k. https://www.youtube.com/watch?v=i6Of5nbywdw 
 
ENTREVISTA 
ROSANA, ESTUDANTE DE PEDAGOGIA E ESTAGIA EM ESCOLA PÚBLICA 
SENDO MONITORA DE ALUNO COM AUTISMO. 
 
1. Na escola onde você atua, a criança com autismo fica em sala especial, ou está em sala 
comum e tem reforço? 
"Não ele tá numa sala de aula com os outros 32 alunos e ele não tem aula de 
reforço a única coisa que ele tem são provas adaptadas e alguns exercícios 
adaptados." 
 2. Você teve preparação para atender crianças com Espectro Autista? Em qual momento 
da sua carreira? 
"Então quando eu comecei eu não sabia nada sobre o autismo e não tinha 
experiência nenhuma na área, daí a prefeitura começou a oferecer curso para 
profissionais e as professoras de mais tempo na escola também." 
3. Você atua com os colegas da sala antes que o aluno entre na turma? 
"Então, eu sempre converso com a professora que é orientadora para ver o quê que 
ela trouxe de material para ele no dia conforme a matéria a gente já fica com o 
material pra poder orientar ele." 
4. A escola te dá espaço e meio para ter contato com os familiares? 
“Então a prefeitura ela orienta que a gente não tem contato com a família, mas a 
escola pede que a gente tenha contato com a família porque essa interação faz 
parte do aprendizado dele.” 
5. Qual o modo que você eos professores usam para avaliar a criança? 
"Avaliação dele é com provas adaptadas e em muitas vezes é, na fazendo prova oral 
com ele e com material adaptado." 
6. A adaptação dos materiais são feitas pelos professores responsáveis? A escola auxilia 
neste processo? 
“Esse material é tudo adaptado pela professora regente. A gente pode tá trazendo 
algum material que ele tenha assimilação melhor, mas a orientação é que seja 
professora regente que faça.” 
7. Você vê inclusão acontecendo no dia a dia pelos profissionais da escola na qual 
trabalha? 
“Eu acho que hoje os professores estão buscando conhecimento para poder se 
adequar e passar orientação com mais qualidade para os alunos, mas eu acho que 
ainda precisa melhorar muito.”

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