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Slides de Aula - Processo do Trabalho - 2018 1

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Processo do Trabalho
Prof. Diego Cabral
Conceito:
Extrínseco
Intrínseco
Processo
Extrínseco: é um procedimento fundamentado em contraditório; 
Intrínseco: é uma relação jurídica; 
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Normas aplicáveis
CPC – FONTE SUBSIDIARIA!
CLT – FONTE PRINCIPAL!
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Critérios dos Art. 769 e 889 da CLT:
1) Omissão;
2) Compatibilidade.
Novo CPC
Art. 15.  Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum (CPC) será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. (OMISSAO e COMPATIBILIDADE) 
Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
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(FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário) Para analisar e julgar os litígios individuais de natureza trabalhista, o Juiz do Trabalho e os Tribunais do Trabalho devem valer-se de normas processuais 
a) contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, na fase de conhecimento do processo, e do Código de Processo Civil na fase de execução. 
b) do Código de Processo Civil e, de forma subsidiária, das regras contidas na Consolidação das Leis do Trabalho.
c) do Código de Processo Civil, na fase de conhecimento do processo, e das regras contidas na Lei de Execuções Fiscais na fase de execução da sentença.
d) previstas na Consolidação das Leis do Trabalho e, nos casos omissos, o direito processual comum será aplicado de forma subsidiária, exceto naquilo em que houver incompatibilidade.
e) previstas na Consolidação das Leis do Trabalho até a sentença, utilizando toda a matéria recursal prevista no Código de Processo Civil e, por fim, das regras contidas na Lei de Execuções Fiscais na fase de execução da sentença. 
Letra correta: D
Art. 1º Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei nº 13.105, de 17.03.2015.
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1) Princípio da Proteção
Aplica-se ao processo do Trabalho?
Função integrativa, criadora e interpretativa.
É compatível com o ônus da prova?
Como fica tal princípio à luz da reforma?
Princípios específicos do Processo do Trabalho
Esse princípio tem âmbito internacional; 
A legislação do trabalho visa assegurar a superioridade jurídica do empregado face sua inferioridade ecônomica; 
Existem certas características peculiares do Direito Processual do Trabalho, tal como a gratuidade do processo, com a dispensa do pagamento de custas, prevista no art. 790, § 3º, da Consolidação das Leis Trabalhistas é concedido apenas ao empregado, nunca ao empregador. O empregado não precisa pagar as custas para intentar a ação. Além disso, a assistência judiciária é concedida apenas ao empregado, e nunca ao empregador; 
Em outros casos é invertido o ônus de prova ou são aceitas presunções que só favorecem o empregado, e jamais o empregador. Não é compatível com o ônus da prova; 
O impulso processual "ex officio" determinado pelo juiz, na execução, por exemplo, beneficia o empregado. O empregador tem que fazer depósito para poder recorrer, e o empregado não.
Função integrativa: os princípios são utilizados para suprirem lacunas ou omissões do ordenamento jurídico vigente.
Função interpratitva: servem como parâmetro para a interpretação das normas jurídicas existentes. 
Função criadora: informam e inspiram o legislador na elaboração da norma. 
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2) Princípio da conciliação
Momentos obrigatórios: 
1) Na abertura da audiência (Art. 846 da CLT);
2) Após as alegações finais (Art. 850 da CLT)
Mais algum momento?
Sistemática do NCPC, aplica-se?
Novo CPC: Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência
PRINCIPIO DA CONCILIAÇÃO: Regra -> A qualquer momento e em qualquer grau de jurisdição deve ser incentivada a solução de conflitos por meio da composição mediada pelo magistrado! 
A relevância da exigência da tentativa de conciliação, nos processos de dissídios individuais, é tão elevada que a sua ausência implica nulidade processual. 
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos.
§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título.
§ 3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.
No procedimento ordinário do processo trabalhista, a proposta de conciliação é feita pelo juiz laboral em dois momentos distintos:
1) na abertura da audiência, conforme previsão do art. 846 da CLT que assim prevê: “aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação”;
2) antes da sentença, após as razões finais, conforme preceitua o art. 850, caput, da CLT, que diz:
“Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.”
Segundo o art. 852-E da CLT, a conciliação poderá ocorrer em qualquer fase da audiência, como se verifica a seguir: “Aberta a sessão, o juiz esclarecerá às partes presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão, para a solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência”.
A não observância, pelo juiz, da proposta de conciliação acarretará nulidade dos atos posteriores praticados no processo.
Na justiça do trabalho o termo de conciliação é irrecorrível e tem força de coisa julgada, conforme entendimento do art. 831, parágrafo único, da CLT que diz: “no caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a previdência social quanto às contribuições que lhe forem devidas”.
 As Audiências Prévias de Conciliação e Mediação não são compatíveis com o processo do trabalho, visto que impedem a celeridade do trâmite na Justiça do Trabalho, acrescendo mais uma etapa e indo de encontro com o princípio da concentração dos atos. Ou seja, o art. 334 do NCPC não se aplica;
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3) Princípio do jus postulandi 
Art. 791 da CLT - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final;
Súmula nº 425 do TST
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, NÃO ALCANÇANDO a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Poder de postular em júizo: os advogados (em regra). Porém de acordo com esse princípio, é possível os empregados e empregadores ir postular em juízo sem a presença de advogado; 
Art. 791
§ 1º. Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º Nos dissídios coletivos é facultada aos interessadosa assistência por advogado.
Art. 839. A reclamação poderá ser apresentada: a) pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classes.
A prestação jurisdicional, visto que não dependem exclusivamente da assistência de advogado, ou seja, fica a critério do próprio empregado ou empregador pleitear seus direitos trabalhistas pessoalmente ou pagar para serem representados por profissional. 
A súmula 425 diz que o jus postulandi LIMITA-SE A VARA DO TRABALHO E TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO, apresenta as exceções em que as ações trabalhistas devem ser postuladas em juízo: AÇÃO RESCISÓRIA, AÇÃO CAUTELAR, MANDADO DE SEGURANÇA, RECURSOS DO TST E NOS JUÍZADOS ESPECIAIS ATÉ 20 SALARIOS. 
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4) Princípio da Oralidade
Subdivisão:
4.1) Princípio da identidade física do juiz
Súmula nº 136 do TST
JUIZ. IDENTIDADE FÍSICA (cancelada) - Res. 185/2012,  DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz
Atualmente é perfeitamente aplicável tal princípio. 
4.2) Princípio da Imediação
Oralidade: o ordenamento jurídico processual privilegia a prática de atos orais em detrimentos de atos escritos, porém todos os atos que sejam praticados de forma oral devem ser reduzidos a termo, para que fiquem documentados nos autos. 
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ: Não se confunde a pessoa física do juiz que ocupa o cargo de magistrado com a figura do Estado-juiz. É vedado a escolha de determinado magistrado para julgar um litígio. 
Art. 132 do CPC: O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado ou afasto, promovido, aposentado, casos que passará ao seu sucessor. 
É mais capacitado o juiz que já teve contato direto com as provas produzidas e melhor avaliaria a veracidade das questões fáticas. AQUELE JUIZ QUE INSTRUIU É O QUE JULGARÁ O CASO!!! 
PRINCIPIO DA IMEDIAÇÃO: está inserto no artigo 446, II do CPC Brasileiro, o juiz deve proceder direta e pessoalmente à colheita das provas na audiência, o que significa que ele deve ouvir as partes em interrogatórios ou depoimentos pessoais, inquirir as testemunhas através de indagações formuladas pelos procuradores das partes ou por ele mesmo, pedir esclarecimentos do perito sobre o laudo pericial e do assistente técnico sobre o parecer técnico.
Permitir a produção de todas as provas de natureza oral perante o juiz que irá proferir a sentença, pondo-o em contato com as partes, testemunhas e peritos, também em atendimento ao princípio do livre convencimento fundamentado.
Os advogados não podem intervir, nem interromper, nem influir, nem muito menos apartear os que estão depondo, salvo com expresso consentimento do juiz.
EXCEÇÕES: nas cartas rogatórias e cartas precatórias a oitiva das testemunhas e o depoimento pessoal das partes são realizadas por outro juiz que não o do processo, embora este possa remeter ao juiz deprecado (juiz que recebe a carta precatória) perguntas que considerar relevantes. Outro exemplo é o caso da necessidade de intérpretes para a oitiva de estrangeiros ou surdos-mudos.
O juiz pode de ofício interrogar os litigantes; 
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4.3) Princípio da concentração dos atos processuais;
4.4) Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias (Art. 893, §1º da CLT)
Súmula nº 214 do TST
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, SALVO NAS HIPÓTESES DE DECISÃO: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: Na medida do possível, os atos processuis devem ser concentrados em um único momento ou ato-complexo, representado pela audiência. Há a possibilidade de 3 fases: postulatória, instrutória e decisória, acontecendo sucessivamente e sem solução de continuidade durante a sessão da audiência. 
É NA AUDIÊNCIA que o juiz fica ciente da pretensão do autor e da defesa do reclamado, conduz a instrução processual, propõe a conciliação e profere a sentença. 
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: As decisões interlocutórias, ou seja, aquelas decisões proferidas antes dasentenção não cabem recurso imediatamente. Só será possível recorrer tais decisões após a sentença. No caso, o recurso será contra a sentença e as decisões interlocutórias que a precederam. 
Art. 893 1º da CLT: Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva.
Este princípio possui 3 exceções que estão na súmula 214 do TST: 
1) se uma decisão interlocutória proferida pelo TRT for contrária a uma súmula ou OJ do TST, caberá recurso imediato!! 
2) uma decisão interlocutoria proferida pelo TRT que tem previsão no regimento interno de recurso pro mesmo tribunal, será então uma exceção. Decisões monocráticas que defere uma liminar, uma tutela antecipada, mandato de segurança. Es´ta previsto no regimento própria. 
3) Só pode recorrer de uma decisão que acolhe EXCEÇÃO DE incompetência em razão de lugar, quando o juiz ACOLHE a EXCEÇÃO e manda para uma vara DE OUTRO TRT, UM TRT DISTINTO!! Por exemplo, manda do TRT de SP para TRT de RJ.
OBS: Se for para um mesmo (de SP para Guarulhos), o recurso não poderá ser de imediato. Não se encaixará na EXCEÇÃO.
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5) Primazia da realidade
Afetado pela reforma?
Art. 507-B.  É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. (Redação da reforma)
Tudo se resolve pelo ônus da prova!
AULA: O princípio da primazia da realidade significa que no processo o juiz deve prezar o que realmente aconteceu em detrimento em relação ao que parece ter acontecido; A forma (documentações etc) diz uma coisa, mas na realidade vê-se outra coisa ocorrendo. Descarta o documento, pois prevalece a realidade; 
PROVAS valerá mais do que TERMO DE QUITAÇÃO!!
Por mais que exista registro formal declarando determinada situação ou condição, este deve ser desconsiderado mediante a constatação de divergências entre ele e as circunstâncias fáticos e reais, mesmo que este possua a assinatura ou confirmação dos sujeitos da relação de emprego.
A verdade dos fatos impera sobre qualquer contrato formal, ou seja, caso haja conflito entre o que está escrito e o que ocorre de fato, prevalece o que ocorre de fato. 
Na justiça do trabalho as testemunhas são importantes, pois se o documento, acordo ou contrato disser algo e as testemunhas disserem outra coisa, deve prevalecer o depoimento das testemunhas para fazer valer a prevalência da verdade real.
Com advento da reforma, foi criao o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas. Se nesta constar algo, que na prática vê-se algo distinto, valerá então o que acontece na REALIDADE. Ou seja, estará descartada o termo de quitação, valendo mais as PROVAS, TESTEMUNHAS ETC. 
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(FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Oficial de Justiça Avaliador) No tocante aos princípios do processo do trabalho, considere:
	I. O princípio protetor se caracteriza como o mais importante nas relações de trabalho, uma vez que possibilita equilibrar a desigualdade natural existente nos contratos de emprego, em que o empregador detém o poder econômico em detrimento do trabalhador, que necessita do emprego. Assim, é utilizado amplamente pelo julgador, tanto no direito material, quanto no processo dotrabalho, quando não houver provas a respeito dos fatos alegados.
	II. O juiz tem ampla liberdade na condução do processo, na busca de elementos probatórios que formem o seu convencimento, baseando-se no princípio da busca da verdade real e da primazia da realidade.
	III. O princípio do impulso oficial nas execuções é aplicável apenas às ações trabalhistas em que foi deferida justiça gratuita ao reclamante. (Assertiva desatualizada)
		IV. Segundo a jurisprudência consolidada do TST, o princípio da identidade física do juiz é aplicável na Justiça do Trabalho, mesmo após o advento da EC no 24/99, que extinguiu a representação classista. 
	Está correto o que afirma APENAS em :
a) III e IV / b) II e IV. / c) I, II e IV. / d) II e III. / e) I e III 
RESPOSTA: B
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(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - - Oficial de Justiça Avaliador) Considere a seguinte situação hipotética: Reclamação trabalhista em que a reclamante requer o reconhecimento do vínculo de emprego com a empresa “GHJ Ltda.”. A empresa reclamada, por sua vez, nega o referido vínculo, alegando que a reclamante não trabalhou para ela, não tendo, inclusive, jamais ingressado no interior do estabelecimento. O Magistrado converteu a audiência em diligência e se dirigiu à empresa reclamada com as partes. No local, o Magistrado solicitou que a reclamante indicasse o banheiro feminino. Esta não soube indicar e o Magistrado percebeu qual das partes estava faltando com a verdade. Esta hipótese é um exemplo específico do princípio. 
a) dispositivo.
b) da imediação.
c) da estabilidade da lide. 
d) da eventualidade.
e) da perempção. 
RESPOSTA: B
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Conceito: é o poder de exercer a jurisdição nos limites estabelecidos por lei.
Sistema misto de competência
Competência Absoluta.
Competência Relativa.
Competência
AULA: Todo juiz tem jurisdição. Um juiz trabalhista não atua numa vara criminal, não é por falta de jurisdição, e sim por falta de COMPETÊNCIA! 
A competência limita o poder da jurisdição. 
SISTEMA MISTO DE COMPETÊNCIA:
Competência absoluta: tutela PREPONDERANTEMENTE o interesse público; o juiz pode conhecer de ofício a QUALQUER MOMENTO.
Competência relativa: tutela preponderantemente o interesse das partes; Súmula 33: veda que o juiz conheça de ofício incompetência relativa!!!
ANOTAÇÕES:
Contraria o princípio da unidade da jurisdição, diz que a competência é a medida da jurisdição. Há uma efetiva divisão de atribuições de acordo com diversos critérios usados para limitar a atuação de cada órgão jurisdicional (competência jurisdicional). 
A competência ABSOLUTA são normas processuais de ordem pública que fixam a competência interna do juízo e que, por esse motive, não podem ser derrogadas pela vontade das partes. Devem ser conhecidas de ofício pelo juiz, circunstância que obsta a prorrogação da competência. 
Se o reclamado não arguir incompetência absoluta, como preliminar de mérito em sua contestação ou na primeira oportunidade que tiver que falar nos autos, arcará com o pagamento das custas em razão da sua omissão. Uma vez acolhida a argui;’ao de incompetencia absoluta, por provocação ou de ofício, os autos são remetidos para o juízo competente, a quem caberá declarer a nulidade dos atos decisórios praticados pelo juízo incompetente. 
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Critérios:
A) Objetivo
Material
Em razão da pessoa
Em razão do valor da causa
B) Funcional
C) Territorial
Distribuição da Competência
Competência Material (ABSOLUTA): a matéria que cada um julga; refere-se ao direito material envolvido em juízo; 
Competência Em Razão da Pessoa (ABSOLUTA): Deveria ser em razão do cargo; determinado cargo atrai determinada competência distinta; ex: prefeito; 
Competência Em Razão do Valor da Causa (RELATIVA): Legislador cria procedimentos diferentes para causas que tenham determinados valores; No processo do trabalho, valor da causa não define competência!!!! APENAS DELIMITA O PROCEDIMENTO. Ex: 2 salários -> sumário; 40 salários -> sumaríssimo; ordinário -> n tem; 
Competência Funcional (ABSOLUTA): Ligada à critérios de organização do judiciário; 
Competência Territorial (RELATIVA): Define o limite geográfico que cada juízo pode atuar; limites territoriais previamente estabelecidos; 
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A) Absoluta  Partes, MP, terceiro, de ofício etc.
Obs.: Terceiro desinteressado pode arguir?
B) Relativa:
1) Autor?
2) Juiz? 
3) Réu?
Legitimidade para arguir
Quem tem legitimidade para arguir incompetência absoluta? Partes, MP, terceiro e até terceiro desinteressado, como por exemplo, o oficial de justiça, pode arguir. (Lembrar: absoluta -> em razão da matéria, da pessoa e funcional; inderrogável; deve ser declarada de ofício, pode ser a qualquer tempo e grau de jurisdição; em regra arguida em preliminar de contestação!) 
. 
Porém a incompetência relativa:
É arguida por meio de exceção. Caso o réu não o faça, no momento oportuno, terá a prorrogação da competência e o juiz que era incompetente passa a ser competente, embora pudesse ter sido afastado. O juiz não pode declarar a incompetência relativa de ofício, pois não pode ele conhecer de questões suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. A exceção é um incidente, processado em separado, em autos apartados, que serve para acusar a incompetência relativa do juiz, bem como sua suspeição ou impedimento.
APENAS O RÉU PODE ARGUIR INCOMPETÊNCIA RELATIVA, pois ele não influenciou no momento em que foi ajuizada a ação. 
O AUTOR NÃO PODE ARGUIR, pois terá uma preclusão lógica, ou seja, o ato que se pretende praticar é logicamente incompatível com um ato já praticado. 
O JUIZ NÃO PODE ARGUIR (de ofício), a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício (súmula 33 do STJ) 
MP pode arguir nas causas em que ele for parte; 
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A) Absoluta:
Preliminar de contestação (art. 64, do NCPC)
Admite-se outras formas de alegação;
Forma de alegação
De acordo com o NCPC, ambas as incompetências, em regra, são arguidas como preliminar de contestação. Porém no processo do trabalho, a relativa acontece por meio de exceção de incompetência! 
FORMA DE ALEGAR INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA: 
Em regra -> deve ser arguida em preliminar de contestação, como também poderá ser arguida a qualquer momento. 
Não se submete a preclusão pois se trata de interesse público. Lembrar que o interesse público, nesses casos, se sobrepõe ao privado. Há uma certa desconsideração das formas, por isso que permite-se alegar incompetência absoluta em qualquer tempo! 
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B) Relativa
Exceção de incompetência – Art. 799, da CLT;
Regularidade formal: alegação + indicação do foro competente.
Sistemática do NCPC, se aplica?
Novo CPC: Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação.
FORMA DE ALEGAR INCOMPETÊNCIA RELATIVA ------- exceção de incompetência (esse instituto não mais existe no CPC, mas ainda se aplica para o processo do trabalho)
Lembrar que a incompetência relativa leva em consideração os interesses dos particulares e por conta disso pode ser prorrogada; com a prorrogação, devido a inércia do reclamado em arguir a objeção, o juízo que antes era incompetente torna-se competente. 
Lembrar também que o juiz não pode declarar incompetência relativa de ofício! 
É necessária a provocação promovida pela PARTE, por meio de EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA em razão do lugar, no mesmo prazo para apresentação da contestação, ou seja, quando da realização da audiência. 
- É inaplicável ao processo do trabalho a regra da modificação prévia da competência pela manifestação de vontade dos litigantes.
Art. 111: A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
Art. 799 - Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeiçãoou incompetência. 
§ 1º - As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa. 
§ 2º - Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão final.
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação -> NÃO SE APLICA AO DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA EM RELAÇÃO A INCOMPETÊNCIA RELATIVA!! Pois esta o sistema que se aplica é o de exceção de incompetência!! 
Art. 114: Prorroga-se a competência, se o réu não opuser exceção declinatória do foro e do juízo, no caso e prazo legais; 
OBS: se houver uma eventual cláusula contida em um contrato de trabalho, geralmente de adesão, que fixa o foro de eleição em local diverso daquele determinado pela lei, é nula de pleno direito. Inclusive essa nulidade pode ser declarada de ofício pelo juiz, com base no CPC. 
Art. 112, parag único: a nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu. 
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A) Absoluta
A qualquer momento;
Após o trânsito em julgado, pode?
No Recurso de Revista, pode ser alegado?
OJ de n. 62 da SDI-1: “É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.
B) Relativa
Prazo preclusivo de 5 dias após a notificação inicial.
Momento da Alegação
MOMENTO DA ALEGAÇÃO: 
Absoluta  Pode a qualquer momento, pois se trata de um interesse público. INCLUSIVE APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO! 
Obs: Recurso de Revista é um recurso de caráter extraordinário, admitido contra acórdãos proferidos em sede de Recurso Ordinário e Agravo de Petição e tem por objetivo a uniformização da jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho, não podendo ser utilizado para discutir matérias de fato, sendo admissível inclusive nas ações submetidas ao Rito Sumaríssimo. 
Pressuposto específico do recurso de revista é o prequestionamento. Significa dizer que a admissibilidade do recurso de revista pressupõe o pronunciamento explícito na decisão recorrida sobre a matéria veiculada. Em não havendo tal pronunciamento, cabe à parte interessada opor embargos de declaração, desde que a matéria tenha sido abordada no recurso ou nas contrarrazões, sob pena de preclusão. Se, ainda assim, persistir a omissão, será considerado prequestionado. 
Mesmo em se tratando de matéria de ordem pública, o Tribunal Superior do Trabalho tem exigido o prequestionamento. Ou seja, só poderá alegar incompetência absoluta tratando de recurso de revista se houver o prequestionamento! 
Relativa  Prazo de preclusão para alegar incompetência relativa é de 5 dias após a notificação inicial. 
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
§ 1o A contestação será submetida a livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta, seguindo-se a sua imediata remessa para o juízo da causa.
§ 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
§ 3o Alegada a incompetência nos termos do caput, será suspensa a realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada.
§ 4o Definida a competência, o juízo competente designará nova data para a audiência de conciliação ou de mediação.
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Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I as ações oriundas da (1) RELAÇÃO DE TRABALHO, abrangidos os entes de (2) DIREITO PÚBLICO EXTERNO e da (3) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Estão de fora:
A) Relação de Consumo;
B) Ações Penais
C) Ações de Cobranças de Honorários. (Súmula n. 363 do STJ)
Competência Material
Competência material, ou seja, matéria que a Justiça do Trabalho pode julgar:
Ações oriundas da relação de trabalho: após a promulgação do EC n. 45- de 2004, a competência da justiça do trabalho foi ampliada, no sentido de abranger não só os litígios da relação de emprego, mas todos aqueles derivados da relação de trabalho, sem necessidade de autorização expressa da lei. 
Lembrar que relação de trabalho é GÊNERO, que envolve relação de emprego, trabalhador autônomo, eventual, avulso e temporário. O elemento essencial para a caracterização da relação do trabalho na Justiça do Trabalho é o trabalho do prestador de serviços ser feito por pessoa física e não por pessoa jurídica!!! 
Tal regra não se aplica aos servidores públicos estatutários! 
 
 Direito público externo e interno 
Adm Pública direta e indireta da União, Estados, DF e Municípios; 
Estão de fora: 
Relações de consumo  obs: tal relação consumo for proveniente do trabalho, do emprego, envolvendo o cargo daquele que ajuizou a ação, pode ser Justiça Trab. 
Ações penais  a Justiça do Trabalho não possui competência criminal, em nenhuma hipótese! 
Ações de cobranças de honorários (súmula 363 STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente) 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I  as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II  as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III  as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
Obs: A Justiça do Trabalho, conforme prescreve o art. 114, §2º da CRFB/88, possui competência para processar e julgar os dissídios trabalhistas, que podem ser de natureza econômica, jurídica ou mista. Qualquer que seja a natureza do dissídio, o mesmo será sempre da competência de Tribunais Trabalhistas (TRT e TST), nunca sendo ajuizado perante a Vara do Trabalho. A depender da extensão das categorias em dissídio, será do TRT ou do TST. Se a categoria for restrita à área de um TRT, será dele a competência. Se ultrapassar a competência de um TRT, será competente o TST.
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Os Estados Estrangeiros praticam atos de 2 naturezas: 
Atos de Império  Livre exercício da soberania estatal, não precisa justificar. Ex: Conceder um visto; TEM IMUNIDADE!! 
Atos de Gestão  Ele terá imunidadePARCIAL! Só terá imunidade na fase de EXECUÇÃO; Não terá imunidade na fase de conhecimento, o poder jurisdicional nacional atua nessa fase e a Justiça do Trabalho pode apreciar, mas não pode executar a sentença, por exemplo, hipotecar imóvel pertencente a outro País para pagar; 
Nas organizações internacionais tem outro procedimento. Em regra, elas possuem imunidade de jurisdição TOTAL, salvo se o tratado que a constituiu excepcionar de alguma forma que ela não terá imunidade em algum assunto específico, nesse caso ela terá imunidade nos limites do tratado! 
Se o Tratado não expressar qualquer exceção, aplica-se a regra, ou seja, terá imunidade total. 
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3) Administração Pública Direta e Indireta.
STF utilizou a técnica da interpretação conforme a CF.
Se o regime for celetista  Competência da JT;
Se o regime for estatutário  Competência da JC.
Empresa Pública e sociedade de economia mista? (Art. 173, § 1º, II da CRFB)
Obs.: STF já decidiu que as Contratações por excepcional interesse público devem ser apreciadas pela JC.
A competência da Justiça do Trabalho fica reservada para conflitos entre os servidores celetistas e administração pública, bem como empregados das sociedades de economia mista e empresa pública (federal, estadual ou municipal); 
Em caso de contratação sem concurso público, a Justiça do Trabalho é competente para julgar o feito, inclusive para declaração de nulidade e os seus efeitos relativos à indenização devida ao trabalhador. 
A Justiça Comum, estadual ou federal, é competente para dirimir conflitos entre o servidor público estatutário e a administração pública.
Na hipótese de contratação por tempo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a competência é da Justiça Comum, em face do caráter administrativo do vínculo. 
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Art. 114, (...)
“II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;”
Súmula Vinculante n. 23:
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
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(03/2010 – FGV) O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito proibitório em face do Sindicato dos Bancários de determinado Município, nos termos do artigo 932 do CPC, postulando a expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a suspender ou a não mais praticar, durante a realização de movimento paredista, atos destinados a molestar a posse mansa e pacífica do autor sobre os imóveis de sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos, cavaletes, correntes, cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer empregado ao local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a realização de piquetes decorre do legítimo exercício do direito de greve assegurado pelo artigo 9º da Constituição da República e que o fechamento das agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os empregados ao movimento grevista.
Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Qual será a Justiça competente para julgar essa ação de interdito proibitório? (Valor: 0,2)
b) Durante a greve, é lícita a realização de piquetes pelo Sindicato com utilização de carros de som? (Valor: 0,4)
c) Procede a pretensão veiculada na ação no sentido de que o réu se abstenha de impedir o acesso dos empregados às agências bancárias? (Valor: 0,4)
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela LOCALIDADE ONDE o empregado, reclamante ou reclamado, PRESTAR SERVIÇOS AO EMPREGADOR, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
Se prestou serviço em mais de um local?
Competência Territorial
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
Regra: Local da Subordinação.
Exceção: Falta de subordinação
Excecao – viajante comercial – JUNTA DA LOCALIDADE QUE ESTEJA SUBORDINADA -> não sendo subordinado -> DOMICILIO OU LOCALIDADE MAIS PROXIMA 
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§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
(02/2010 – FGV – 2ª Fase) “Vindo da sua cidade natal, Aracaju, José foi contratado na cidade do Rio de Janeiro, para trabalhar como pedreiro,em Santiago do Chile, para empregador de nacionalidade uruguaia. Naquela cidade lhe prestou serviços por dois anos, ao término dos quais foi ali dispensado.
Retornando ao Brasil, o trabalhador ajuizou recalmação trabalhista, mas o juiz, em atendimento a requerimento do reclamado, extinguiu o processo, sob o fundamento de que a competência para apreciar a questão é da justiça uruguaia, correspondente à nacionalidade do ex-empregador.
Considere que entre Brasil, Chile e Uruguai não existe tratado definindo a questão da competência para a hipótese narrada.”
a) O juiz agiu acertadamente em sua decisão? Justifique.
b) Informe se cabe recurso da decisão proferida, estabelecendo, se for o caso, o recurso cabível e, por fim, em que momento processual pode ser impugnada a referida decisão. Justifique a resposta.
Redação da Reforma
Art. 652.  Compete às Varas do Trabalho:
(...)
f) decidir quanto à HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL em matéria de competência da Justiça do Trabalho.
Art. 855-B.  O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1o  As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2o  Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.’
Art. 855-C.  O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta Consolidação.’
‘Art. 855-D.  No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença.’
‘Art. 855-E.  A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único.  O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.
Homologação de acordo extrajudicial
Qual a importância?
1  Direito de Ação:
Conteúdo complexo
Provoca a atividade jurisdicional
Direito Abstrato
2  Afirmação de um direito em juízo
Ato concreto
Demanda: 1 + 2
Demanda
Relação entre os elementos da relação jurídica material e os elementos da demanda:
Elementos da Relação Jurídica
Livrosda parte geral do Código Civil
Elementosda ação
Sujeitos
Das Pessoas
(Livro I)
Partes
Objeto
Dos Bens
(Livro II)
Pedido
Fato
Dos fatosjurídicos
(Livro III)
Causa de Pedir
Impedimento do Juiz?
Coisa Julgada?
Interesse do Ministério Público?
Averiguar a necessidade de uma prova técnica?
Etc...
Importância da Demanda
Elemento subjetivo:
Partes
Parte Processual
Parte Material
Elementos da ação
Capacidade de ser parte
Capacidade de estar em juízo
Capacidade postulatória (Súmula 425 do TST)
Das Partes e dos ProcuradoresCausa de Pedir
A) Próxima – fundamentos jurídicos
B) Remota – fatos jurídicos
Foi adotada a Teoria da Substancialização ou da individualização?
Trata-se do núcleo da demanda, define aquilo que se pretende com o processo.
Art. 840 da CLT.
§ 1o  Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Pedido
É classificado em:
A) Imediato  Providência jurisdicional
B) Mediato  Bem da vida, resultado prático
Art. 324 do CPC.  O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção
Pedido genérico x reforma trabalhista
Classificação das Cumulações
Cumulação Própria: “e”
Simples: pedidos independentes
Sucessiva: pedidos dependentes
Cumulação Imprópria: “ou”
Subsidiária ou eventual: Há hierarquia entre os pedidos (Art. 326, NCPC)
Alternativa: Não há hierarquia.
Cumulação de Pedidos
Art. 327 do CPC.  É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum
I- Compatibilidade:
O desatendimento gera inépcia da inicial Art. 330, § 1º, IV, do CPC;
Pedido de nulidade cumulado com revisão contratual, pode?
Se for feito mediante cumulação imprópria?
II – Competência:
Exemplo: cumulação de condenação em furto com reconhecimento de justa causa.
III – Adequação
Há a possibilidade de se utilizar o procedimento comum ordinário.
a) Teoria concretista;
b) Teoria abstrativista;
c) Teoria eclética ou mista;
d) Teoria da Asserção.
Condições da ação
Concretista: processual e material mesma coisa; só tem direito de ação quem tem direito matel. 
Abstrativista: abstrai processual de material, um independe do outro.
Eclética: CPC; há condições para ajuizar ação, um independente do outro. 
Asserção: as condições da ação se dão pela mera alegação, se for preciso instruir o processo, a decisão será de mérito e não de admissibilidade. Se houver falta de legitimidade, é julgada improcedente. 
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FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município, 3ª Categoria (P3). José propõe demanda em face de Rafael alegando ter celebrado com este um contrato de mútuo e que, na data marcada para cumprimento da obrigação, nada foi pago. José formula pedido condenatório de R$ 100.000,00 (cem mil reais), o valor do contrato celebrado. Rafael nega haver celebrado o referido mútuo e afirma que a dívida existe, mas é oriunda de um jogo ilícito praticado por ambos. Partindo da premissa de que o julgador se convence de que não existiu mútuo algum, e após finda a instrução probatória, percebe-se que o valor cobrado foi originado em dívida de jogo ilícito, conforme narrado pelo réu, agirá corretamente o juiz, à luz da teoria da asserção, se
a) julgar extinto o feito por ilegitimidade ad causam da parte ré.
b) julgar extinto o feito por falta de interesse processual.
c) julgar extinto o feito por falta de possibilidade jurídica do pedido.
d) julgar improcedente o pedido, porque o réu provou que não existe o fato constitutivo do direito do autor.
e) julgar procedente o pedido, porque o réu reconheceu o pedido condenatório formulado.
Legitimidade para agir em juízo
Legitimidade:
A) Ordinária
B) Extraordinária
Substituição processual;
Sucessão Processual; 
Representação Processual.
Condições da ação
Legitimidade e interesse processual; 
Ordinária – nome próprio em defesa de direito próprio. 
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É parte? Substituto? Representante?
Precisa ser funcionário do reclamado?
Art. 843 da CLT (...)
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 3o  O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada. (Redação da Reforma)
Se nada souber do fato? (Art. 386 do NCPC)
Preposto
Preposto não é parte, ele representa o empregador na audiência.
Não precisa ser empregado da parte reclamada.
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Sua análise será sempre feita à luz do caso concreto.
Deve-se conjugar:
A) Utilidade: verificar se o processo pode propiciar ao demandante o resultado favorável pretendido.
B) Necessidade: A Jurisdição deve ser encarada como a última forma de solução de conflitos
Interesse de Agir
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Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista SERÁ SUBMETIDA à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria
Obrigatório ou facultativo?
Comissão de Conciliação Prévia
A Comissão de Conciliação Prévia - CCP é um espaço de negociação e solução de conflitos trabalhistas entre empresas e trabalhadores, antes de se ingressar na Justiça do Trabalho com reclamação trabalhista.
A Comissão de Conciliação Prévia é um instituto privado e facultativo, onde se busca a conciliação de empregado e empregador sem a interferência do poder estatal, podendo ser constituída no âmbito sindical ou no âmbito das empresas
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Requisito extinto no NCPC:
Novo CPC
Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Possibilidade jurídica do pedido
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho.
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.
Perempção
Lembrar: 2 anos para ajuizar ação e ao ser ajuizada, pode requerer direitos de 5 anos atrás. 
No CPC é três vezes seguidas do arquivamento, na CLT é por DUAS vezes seguidas der causa ao arquivamento da ação (art. 844), perderá, pelo período de 6 meses, o direito de propô-la novamente. 
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, designando nova audiência. 
É impedimento temporário de ajuizar a ação, e caracteriza-se em um pressuposto processual negativo de validade.
Parte da doutrina chama de perempção parcial, pois não há um impedimento permanente de ajuizar a mesma ação novamente, e sim uma prorrogação.
Diferentemente do processo civil, tais hipóteses não levam a extinção do processo, e sim á eventual perda de direitos pela impossibilidade de invocar a jurisdição pelo prazo de 6 meses. (EFEITO)
Lembrar: o arquivamento do processo tem que ser por motivo de AUSÊNCIADO AUTOR NA AUDIÊNCIA! 
Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731. 
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(OAB/FGV/2016/XX) Mário ajuizou reclamação trabalhista em face de seu ex-empregador. No dia da audiência, não compareceu, razão pela qual o processo foi arquivado. Em nova ação proposta em idênticos termos, o juiz extinguiu o feito sem resolução do mérito, pois a ré não foi localizada. Imediatamente, Mário ajuizou a demanda pela terceira vez. Na audiência, com todos presentes, o advogado da sociedade empresária aduziu que o juiz deveria extinguir o processo sem resolução do mérito em razão da perempção, pois não decorreu o prazo de seis meses entre o segundo e o terceiro processo.
Sobre a hipótese apresentada, na qualidade de advogado de Mário, assinale a afirmativa correta.
A) Deverá ser requerido que o juiz apenas suspenda o processo.
B) Deverá desistir da ação para evitar a condenação em custas.
C) Deverá aduzir que o prazo de seis meses é contado da primeira ação.
D) Deverá aduzir que não houve perempção e requerer o prosseguimento do feito.
Letra D
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Classificações:
1) Temporal (Art. 223, NCPC)
2) Preclusão Consumativa
3) Preclusão Lógica
Aplicam-se ao magistrado?
Preclusões
Preclusão é uma perda de oportunidade de praticar um ato processual:
Na preclusão temporal, a impossibilidade de certo sujeito praticar determinado ato decorre da circunstância de já haver sido esgotado o prazo para que o ato seja praticado. A parte deixa de exercitar um poder processual no prazo para tanto estipulado, ficando, por isto, impossibilitada de exercitá-lo. É fruto da inércia da parte.
 A impossibilidade de certo sujeito praticar determinado ato decorre da circunstância de haver ele praticado um ato anterior que esgotou os efeitos do ato que ele quer praticar. Ex: Amanda percebeu que deixou de alegar algo que só pode ser alegado na apelação, não poderá mais alegar, apesar de o prazo recursal ser de 15 dias, pois, com a apresentação, no décimo dia, da peça recursal, consumaram-se os efeitos do ato de interposição do recurso. 
Preclusão lógica: A impossibilidade de certo sujeito praticar determinado ato decorre da circunstância de outro ato, incompatível com o ato que ele quer praticar, haver sido anteriormente levado a cabo por ele próprio (venire contra factum proprium e o princípio da boa-fé processual). Ex: Indefere necessidade de prova e depois julga improcedente por insuficiência de provas; 
OBS: Tais preclusões aplicam-se ao magistrado. 
OBS 2: Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. 
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário. 
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. 
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Atendimento ao Cliente
Dever de Cautela;
Esclarecer riscos
Honorários da Sucumbência;
Litigância de Má-fé;
Honorários Periciais;
Multa pela ausência injustificada em audiência.
Fazer sempre contrato de honorários.
Procedimento em Geral
Redação original - CLT
Redaçãoda reforma - CLT
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Art. 840- A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1o  Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designaçãodo juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido,que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
§ 2o  Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo.
§ 3o  Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1o deste artigoserão julgados extintos sem resolução do mérito.” 
Petição inicial
 A petição inicial é pressuposto processual de existência da própria relação jurídica que se forma em JUIZO, se a petição for inválida será pressuposto processual de validade (ou desenvolvimento) do processo; 
O instrumento pelo qual o autor exerce o direito fundamental de acesso á justiça; 
Será na audiência que o juiz terá contato com a Petição Inicial pela primeira vez; 
Será feita a petição -> ajuizada na secretaria -> notificação -> audiência; 
Exceção: tutela provisória, onde vai direto para o juiz decidir! 
Requisitos da petição inicial se encontra no art. 840 da CLT, razão pela qual não se mostram aplicáveis, em principio, as regras subsidiarias do CPC. 
A petição inicial pode ser escrita ou verbal. Se verbal, deverá ser reduzida a termo (termo de reclamação), em duas vias datas e assinadas pelo Diretor de Secretaria ou escrivão. Nas localidades com mais de uma Vara ou Juízo, a PI deverá ser distribuída antes de ser reduzida a termo. A PI verbal deve observar no que couber as exigências para PI escrita. 
Após a reforma, agora é exigida a DESIGNAÇÃO DO JUÍZO e o PEDIDO DEVE SER LIQUIDADO (certo, determinado e com indicação do seu valor); tem-se a necessidade de se apresentar os valores discriminados das verbas pleiteadas e todos os seus reflexos, sob pena de extinção do processo; A importância de uma discriminação minuciosa dos valores pleiteados ganha especial relevância, uma vez que estes valores serão tomados por base para o pagamento das verbas de sucumbência. Deve dizer ao menos o GENERO E QUANTIDADE. 
Pedidos que não atendam o paragrafo 1,será julgado extinto sem resolução de mérito. 
OBS: Ausentes, contudo, os requisitos explicitados no parágrafo 1º do art. 840 da CLT, em sua nova redação, o juiz deverá conferir ao autor prazo de 15 dias para a correção da petição inicial, ao invés de, simplesmente, de imediato, extinguir o processo (ou os pedidos, se a falha for apenas parcial), sem resolução do mérito. É que deflui da regra inserta no art. 321 do CPC-15, harmônico, a propósito, ao fixado nos arts. 4º, 6º e 317 do mesmo diploma processual geral.”
a jurisprudência trabalhista já pacificou ser a regra do art. 321 do CPC plenamente aplicável ao processo do trabalho (Súmula 263 do TST)
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Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Inicial no CPC
Qual o momento?
É faculdade ou dever do magistrado?
Qual a consequência do desatendimento?
Emenda da Inicial
Até apresentação da defesa, antes da audiência. 
É dever do magistrado!
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Urgência
Art. 300 do CPC.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Evidência
Art. 311 do CPC.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente
Tutelas Provisórias
Redação da reforma:
Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1o  Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o  Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Honorários da sucumbência 
REGRAS:
serão devidos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora, ainda que esteja atuando em causa própria;
b) mínimo/máximo legal delimitado no art. 791-A, em 5% à 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, proveito econômico obtido ou valor atualizado da casa.
c) Critérios observados pelo juízo > quando o valor da causa não é mensurado. 
Os honorários se subdividem-se em Honorários contratuais (provém do contrato) e os de sucumbência (provém da sentença). É possível ao advogado ser devido ambos, pois são compatíveis e cumuláveis. 
Procedência PARCIAL -> Sucumbência recíproca: quando o autor e réu são vencidos e vencedores. Os dois pagam sucumbência; exemplo: PI -> 58 mil e sentença foi de 30 mil. Nesse caso o autor deixou de ganhar os 28 mil e o réu só teve que pagar 30 mil. VEDADA COMPENSAÇÃO! 
Quando o valor da causa não puder ser mensurado, observa-se os critérios do paragrafo 2. 
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Redação da reforma:
Art. 791-A.  (...)
§ 3o  Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, VEDADA A COMPENSAÇÃO entre os honorários.
§ 4o  Vencido o beneficiário da justiça gratuita, DESDE QUE não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 5o  São devidos honorários de sucumbência na RECONVENÇÃO
Honorários da sucumbência 
REGRAS:
d) havendo procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários;
e) se o vencido for beneficiário da justiça gratuita, o valor deverá ser compensado da quantia que tiver sido obtida na demanda ou em qualquer outro processo, e, se não tiver obtido nenhum valor, o crédito ficará sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderá ser executado se, nos próximos dois anos, o credor demonstrar que o beneficiário deixou a situação de insuficiência financeira, extinguindo-se o crédito caso o credor não se desincumba desse ônus.
(A parte que venceu exigirá o dinheiro da parte que foi vencida se ele ganhou um processo anterior) 
Reconvenção – contra-ataque ao pedido do autor; 
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Redaçãooriginária
Redação nova
Art. 790 da CLT
(...)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salárioigual ou inferior ao dobro do mínimo legal,OUdeclararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
Art. 790 da CLT
(...)
§ 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberemsalário igual ou inferior a 40%(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 4o  O benefício da justiça gratuita será concedidoà parte que comprovarinsuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
Gratuidade da justiça
Obs: Se o salário da parte for superior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social -> necessita comprovar ser beneficiária;
se for salário igual ou inferior a 40% não precisa comprovar ser beneficiária. 
Obs: O reclamado poderá também alegar insuficiência de recursos; nem sempre é o autor que a alega, o réu também pode!
Obs: impossível arcar com as custas processuais sem que prejudique sua subsistência e de seus familiares. 
REGRA: 
É FACULDADE do judiciário conceder por requerimento ou de oficio o beneficio da justiça gratuita! 
Hipossuficiente: salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL (não precisaria comprovação, presume-se hipossuficiente). 
OU poderá conceder á parte que COMPROVAR insuficiência de recursos para as custas do processo, nesse caso não há presunção de hipossuficiência. 
Na justiça do trabalho, como regra, o benefício será outorgado àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, ou seja, para os trabalhadores que se enquadrarem nessa faixa de renda há presunção legal de necessidade, dispensando-se a comprovação de hipossuficiência. 
Permite aos juízes e tribunais do trabalho a concessão da justiça gratuita independente de provocação (de oficio), é possível que o trabalhador ajuíze a sua demanda sem sequer conhecer a existência do benefício, assim, acaso derrotado, percebendo o juiz do trabalho a situação de hipossuficiência poderá conceder o benefício que, excepcionalmente, terá efeitos retroativos. 
A inclusão do § 4º no art. 790 da CLT pela Lei 13.467/13 reforça o entendimento acerca da admissibilidade da concessão da justiça gratuita às pessoas jurídicas, quando devidamente comprovada a sua dificuldade econômica .
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Art. 291.  A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Art. 292.  O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
VII - na ação em que os pedidossão alternativos, o de maior valor;
VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal
Valor da Causa
PRINCIPAIS, OS 4 ULTIMOS: 
1) Apenas aquele que sofreu o dano moral, poderá auferir o quanto que valerá a indenização. Então, o autor deverá colocar o VALOR pretendido nas ações de indenização, inclusive a por dano moral.
2) CUMULAÇÃO DE PEDIDOS -> SOMA DOS VALORES
3) PEDIDOS ALTERNATIVOS -> MAIOR VALOR
4) PEDIDO SUBSIDIÁRIO -> VALOR DO PEDIDO PRINCIPAL 
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Efeitos:
A) Processuais:
Formação de litispendência em relação ao réu;
Com relação ao autor, qual o momento da formação da litispendência?
Torna a coisa litigiosa
B) Materiais: Constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição 
Art. 11 da CLT
§ 3º  A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos. (Redação da reforma)
Citação
Citação: notifica a parte contrária para se defender; não sabe ainda da existência do processo.
Intimação: a parte já sabe da existência do processo; 
Efeitos:
Forma litispendência para o RÉU: quando há dois pedidos iguais ocorrendo em juízo; após autor ajuizar uma ação, o réu não poderá ajuizar uma ação idêntica pois resultará em litispendência. No momento em que é CITADO O RÉU, forma-se litispendência para ele, caso ele queira ajuizar uma mesma ação. 
Resultará em litispendência para o autor quando ele protocolar uma petição inicial de uma segunda demanda idêntica a primeira. 
 Torna litigiosa a coisa: a partir da citação, a coisa que foi pedida torna-se objeto da ação, ou seja, onde ela estiver, pertencerá ao processo. Mesmo que venda para terceiros, ela pertencerá ao processo, no momento em que o réu for citado! 
 Constitui em mora o devedor: a partir da citação, o réu torna-se devedor daquilo que o autor pede em juízo. 
Interrompe a prescrição: A partir da citação do réu, a prescrição é interrompida. Ou seja, se o autor após dois anos do ocorrido (direito ferido) e um ano da citação do réu do primeiro processo, ajuizar uma nova ação, não poderá o réu alegar a prescrição, pois se estiver no prazo de dois anos DA CITAÇÃO do primeiro processo, estará válida a ação trabalhista. COMEÇA A CONTAR DA CITAÇÃO DO RÉU E NÃO MAIS DO DIREITO FERIDO DO AUTOR. 
Lembrar -> 2 anos pra frente e 5 anos pra trás. 
REGRAS PARA PRESCRIÇÃO:
Ajuizamento da ação, mesmo que em juízo incompetente 
Ainda que extinta sem resolução do mérito 
PEDIDOS IDÊNTICOS (se houver pedido novo após a primeira ação arquivada, esse pedido novo estará prescrito, só podendo o autor exigir os pedidos iguais aos da ação anterior). 
OBS: Se houver qualquer reconhecimento do direito pelo devedor recentemente (com as devidas provas), haverá interrupção de prescrição. Exemplo: conversa pelo celular de devedor que demorou para realizar pagamento, justamente para prescrever os dois anos.
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Enunciados da 2ª Jornada da ANAMATRA
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO:INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO. INTEGRAÇÃO. SENDO A PRESCRIÇÃO REGULADA PELO CÓDIGO CIVIL, APLICAM-SE AO DIREITO DO TRABALHO AS HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PREVISTAS NO ART. 202 DO CÓDIGO CIVIL, NOS TERMOS DO ART. 8º DA CLT. ASSIM, É POSSÍVEL A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO FORA DA HIPÓTESE PREVISTA NO § 3º DO ART. 11 DA CLT.
Art. 202 do CC. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
(...)
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.
Interrupção da Prescrição
OBS: Se houver qualquer reconhecimento do direito pelo devedor recentemente (com as devidas provas), haverá interrupção de prescrição. Exemplo: conversa pelo celular de devedor que demorou para realizar pagamento, justamente para prescrever os dois anos.
Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. 
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper. 
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Citação pelo correio;
Regra no processo de Conhecimento;
É impessoal.
Chegando no endereço, já se presume a entrega (Súmula 16 do TST) 
Citação por mandado (Oficial de Justiça);
Regra da execução
Citação por mandado com hora certa;
Citação por edital;
Não cabe no rito sumaríssimo.
Citação eletrônica.
Modalidades
Modalidades: reais ou fictas; 
Citação pelo correio: PROCESSO DE CONHECIMENTO -> IMPESSOAL -> PRESUMIDA ENTREGA AO CHEGAR NO ENDEREÇO 
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário.
Impessoal -> não precisa necessariamente chegar na pessoa do reclamado; 
Citação por mandado -> OFICIAL DE JUSTIÇA: Acontece quando a citação por correio é infrutífera. É mais cara; É regida pela fé publica, ou seja, certifica com alto nível de veracidade. 
Ex: Quando a faixada de uma empresa de frente para o endereço registrado estava em reforma -> o correio não encontrou a empresa -> réu condenado e recorreu -> voltou para fase instrutória -> citação agora feita por OFICIAL DE JUSTIÇA pois a por correio foi infrutífera. 
Citação por mandado com hora certa: pouco utilizado; usada quando for para citar pessoalmente alguém de difícil acesso. Ex: caminhoneiro. 
Citação por edital: FICTA, não CABE no rito sumaríssimo. Ocorre quando alguém está fugindo, e então coloca no edital e presume-se que a pessoa foi notificada, e estará citada no final do prazo do edital que foi publicado. 
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1) Verificar as presenças das partes
Ausência do reclamante:
Art. 844 da CLT 
(...)
§ 2o  Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao PAGAMENTO DAS CUSTAS calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, AINDA QUE BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
§ 3o  O pagamento das custas a que se refere o § 2o É CONDIÇÃO PARA A PROPOSITURA de nova demanda
Ausência do reclamado: revelia (estudado posteriormente)
Audiência Una
1 fase- verifica-se a presença das partes: 
A ausência do reclamante (autor) gera arquivamento; 
AUTOR DEVE FAZER PAGAMENTO DE CUSTAS -> mesmo se ele for beneficiário da justiça gratuita!!! 
EXCEÇÃO: no prazo de 15 dias, comprovar motivo legalmente justificável. 
OBS: Autor só poderá realizar nova demanda se PAGAR AS CUSTAS PROCESSUAIS DA PRIMEIRA DEMANDA. 
AUSENCIA DO RÉU -> REVELIA; 
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2) Tentativa de conciliação;
Como avaliar um bom acordo?
Há sucumbência?
3) Recebimento da defesa;
Resposta do Réu;
Contestação
Exceção de Incompetência, impedimento e suspeição;
Reconvenção
Revelia
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RESPOSTA DO RÉU
Espécie de Defesas
A) Mérito e admissibilidade;
B) Objeções e exceções;
C) Peremptória e dilatória;
D) Direta e Indireta:
Direta: 1. Nega a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor; 2. Nega as consequências jurídicas de tais fatos;
Indireta: Traz fato novo que modifica, impede ou extingue o direito do autor.
Aspectos introdutórios
Mérito: Defesa MATERIAL, ataca o pedido -> fatos do pedido; Direta ou indireta; 
Admissibilidade: Defesa processual, ex: incapacidade da parte.. Litispendencia, coisa julgada… 
Objeções: Defesas processuais que podem ser conhecidas de ofício.Ex: perempção, litispendência, coisa julgada; 
Exceções: Não são conhecidas de ofício; ex: incompetência relativa, convenção de arbitragem. 
DEFESA PROCESSUAL: 
Peremptória: Se acolhida, extingue o processo. Ex: litispendência, coisa julgada. 
Lembrar que no processo do trabalho, perempção não extingue o processo!!! 
Dilatória: Não extingue o processo, mas dilata o curso normal do procedimento. Ex: suspeição, impedimento do juiz. 
Direta: Nega o fato constitutivo ou nega a consequência juridicias dos fatos -> O AUTOR PROVA
Indireta: Réu traz novo fato constitutivo que modificia, impede ou extingue direito do autor -> QUEM PROVA É O RÉU 
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Concentração das defesas na Contestação (art. 337):
Incompetência absoluta e relativa?
Impugnar o valor da causa;
Impugnar a concessão da justiça gratuita;
Arguição de falsidade (Art. 430 do NCPC)
Reconvenção (Art. 343 do NCPC)
Enunciado n. 45 do FPPC: Para que se considere proposta a reconvenção, não há necessidade de uso desse nomen iuris, ou dedução de um capítulo próprio. Contudo, o réu deve manifestar inequivocamente o pedido de tutela jurisdicional qualitativa ou quantitativamente maior que a simples improcedência da demanda inicial. 
Resposta do Réu
Defesas e Exceções. 
Exceções são defendidas antes da análise do mérito: art. 799 que: nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência, e o §1º esclarece que: as demais exceções serão alegadas como matéria de defesa (na contestação)”, silenciando, por outro lado, quanto à exceção de impedimento.
Apesar de suspenderem o curso do processo, a regra é que, em homenagem ao princípio da concentração dos atos processuais, as peças da contestação, reconvenção e das exceções sejam protocoladas juntas, sob pena de preclusão. 
OBS: Tanto a suspeição quanto o impedimento constituem matérias de relevante interesse público, porque se relacionam com a (im)parcialidade do juiz e com a própria credibilidade da sociedade no Poder Judiciário.
O princípio da eventualidade, o qual dispõe que a matéria a ser debatida deve ser apresentada de uma só vez, de modo que, embora não seja acolhida uma das pretensões, seja examinada a seguinte. 
- INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA (Preliminar de contestação) e INCOMPETÊNCIA RELATIVA (Exceção de incompetência)
- IMPUGNAR O VALOR DA CAUSA: O valor da causa, depois da reforma, deve ser liquidado na PETIÇÃO INICIAL! Certo e determinado. 
IMPUGNAR JUSTIÇA GRATUITA 
ARGUIR FALSIDADE : falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
RECONVENÇÃO: apesar de a reconvenção ter todas essas características de ação incidental, tem aceito que a contestação e a reconvenção sejam apresentadas na mesma peça, prestigiando o princípio da instrumentalidade das formas. 
68
Ilegitimidade Passiva
Art. 338 do CPC.  Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu.
Parágrafo único.  Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o.
ILEGITIMIDADE PASSIVA -> 15 DIAS PARA ALTERAR! 
Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa 
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Contestação:
CLT: Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Disciplina do NCPC, aplicação subsidiária:
A) Princípio da concentração da defesa, ou regra da eventualidade (Art. 336 do NCPC);
B) Ônus da Impugnação específica (art. 341 do NCPC).
No processo trabalhista, consoante dispõe o art. 847 da CLT, as partes devem comparecer à audiência inicial, na qual, não havendo conciliação, será concedido ao reclamado o tempo de 20 minutos para que apresente oralmente sua resposta, que será reduzida a termo. Assim, considerando que tal audiência ocorrerá dentro de um prazo mínimo de 5 dias depois do recebimento da notificação citatória (art. 841 da CLT), diz-se que o réu terá este prazo mínimo para organizar a sua defesa. Assim, em síntese, “o réu tem direito ao prazo mínimo de cinco dias para preparar a sua resposta e vinte minutos para apresenta-la em audiência”
De forma subsidiária, aplica-se à resposta do réu (no âmbito trabalhista chamado de reclamado), as normas do processo civil, já que a CLT só prevê expressamente a defesa, referindo-se à contestação, e duas exceções, a de foro e a de suspeição, não regrando as demais formas do gênero defesa, como, a título de exemplo, a reconvenção. 
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A) Regra da eventualidade – Art. 336, NCPC.
Art. 336.  Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Deve alegar toda matéria de defesa, sob pena de preclusão.
Podem ser conflitantes as teses?
Momento de arguir preliminares (art. 337, NCPC)
Obs.: as matérias de ordem pública não 	são afetadas pela regra da concentração da defesa.
As teses podem ser conflitantes! Deve apresentar toda a tese de defesa em um mesmo momento, mesmo que sejam incompatíveis. 
Incompetência absoluta, Suspeição e Impedimento, Decadência e Prescrição -> MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA -> são conhecidas de oficio e por isso não são afetadas pelo principio da eventualidade. 
71
Art. 337 do CPC.  Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Preliminares
INÉPCIA: Considera-se inepta ou não apta a petição inicial quando faltar pedido ou causa de pedir, o pedido for indeterminado (ressalvadas as possibilidades do pedido genérico), quando a narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão ou quando contiver pedidos incompatíveis entre si -> Admitindo-se até mesmo, a correção em audiência, mas claro, sem prejuízo da defesa, cujo prazo, deve ser devolvido. 
LITISPENDENCIA: uma vez que reste positivada, a existência de litispendência, necessita o juiz extinguir a ação, sem resolução de mérito. 
não pode ser confundida a litispendência com conexão, uma vez que esta última importa na união de ações propostas separadamente, enquanto na primeira uma das ações será extinta sem julgamento de mérito. 
INCAPACIDADE DA PARTE: Se a capacidade da parte ou de sua representação, seja de direito material ou processual, esteja irregular (arts. 70 a 75 do CPC), o magistrado deverá estabelecer prazo razoável para que o defeito seja sanado. Todavia, se decorrer o prazo e persistir o vício, o juiz poderá tomara uma das providências do art. 76 CPC 
INDEVIDA CONCESSÃO DE BENEFICIO DE GRATUIDADE: 37. Evidencia-se através deste dispositivo que se o reclamado ao formular a contestação, já tenha como prova a indevida concessão, poderá alegar o fato por meio de preliminar 
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B) Ônus da impugnação específica (art. 341 do NCPC)
Art. 341.  Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não

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