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Metabolismo de Proteínas e Aminoácidos Prof.ª Livia Barbosa livia.barbosa@estacio.br CONTEÚDO ❑Digestão de proteínas da dieta ❑Absorção e transporte dos aminoácidos às células ❑Desaminação dos aminoácidos ❑Transaminação ❑Desaminação oxidativa ❑Ciclo da ureia ❑As reações do ciclo ❑Regulação do ciclo da ureia ❑Origem dos aminoácidos ❑Outros compostos nitrogenados VISÃO GERAL DO METABOLISMO DIGESTÃO DE PROTEÍNAS DA DIETA ❑A maior parte do nitrogênio da dieta é consumido na forma de proteína (vegetal ou animal) – cerca de 70 a 100 g ao dia ❑As proteínas são muito grandes para serem absorvidas pelo intestino e, sendo assim, devem ser hidrolisadas até seus aminoácidos, os quais serão absorvidos ❑As enzimas proteolíticas são produzidas por três órgãos: estômago, pâncreas e intestino delgado DIGESTÃO DE PROTEÍNAS DA DIETA ❑O estômago secreta o suco gástrico, que contém o ácido clorídrico e a proenzima pepsinogênio: o ácido desnatura proteínas da dieta e ativa o pepsinogênio, formando pepsina ❑O pepsinogênio é ativado também por outras moléculas de pepsina já ativas ❑A pepsina libera peptídeos e alguns aminoácidos livres das proteínas da dieta A gastrina é um hormônio peptídeo de cadeia linear com 17 aminoácidos liberado por células endócrinas do trato gastrointestinal que estimula a secreção de ácido clorídrico (parte do suco gástrico) e estimula a motilidade do estômago. DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ❑Ao entrar no intestino delgado, os polipeptídeos grandes produzidos no estômago pela ação da pepsina são subsequentemente clivados a oligopeptídeos e aminoácidos por quimotripsina, na forma de um grupo de proteases pancreáticas: tripsina, elastase e carboxipeptidases, todas secretadas proenzimas e ativadas pela tripsina ❑A liberação e ativação das proenzimas pancreáticas é mediada pela secreção de colecistocinina e secretina ❑Aminoácidos livres e dipeptídeos são absorvidos pelas células epiteliais intestinais, onde os dipeptídeos são hidrolisados antes de entrarem na corrente sanguínea ❑Os aminoácidos são metabolizados pelo FÍGADO ❑A concentração de aminoácidos livres nos líquidos extracelulares é significativamente menor do que no meio intracelular ❑Sistemas de transporte ativo são necessários para o movimento de aminoácidos do meio extra para o meio intracelular, sendo que há diferentes sistemas de transporte para diferentes aminoácidos TRANSPORTE DOS AMINOÁCIDOS Via catabólica de peptídeos endógenos e exógenos por peptidases DESTINO DOS AMINOÁCIDOS ❑Transferência de grupo amino de um aminoácido para outro, através de um cetoácido ❑Os aminoácidos são desaminados por transaminação: transferência do seu grupo amino a um cetoácido para produzir o cetoácido do aminoácido original e um novo aminoácido ❑O grupo aceptor predominante é o a-cetoglutarato, produzindo glutamato e o novo cetoácido ❑O grupo amino do glutamato pode ser transferido ao oxaloacetato em uma segunda reação de transaminação, produzindo aspartato, formando novamente a-cetoglutarato ❑As enzimas que catalisam a transaminação são designadas AMINOTRANSFERASES ou TRANSAMINASES, que necessitam da coenzima PIRIDOXAL-FOSFATO (PLP – derivado da vitamina B6) TRANSAMINAÇÃO TRANSAMINAÇÃO FIGURA 18-4 Transaminações catalisadas por enzimas. Em muitas reações de aminotransferases, o a-cetoglutarato é o aceptor do grupo amino. Todas as deaminotransferases necessitam piridoxal-fosfato (PLP) como cofator. Embora a reação esteja mostrada aqui no sentido da transferência do grupo amino para o a-cetoglutarato, ela é facilmente reversível. Relação entre o metabolismo de carboidratos e aminoácidos No músculo, a alanina é produzida a partir do piruvato por transaminação, e no fígado a alanina, por nova transaminação, é convertida a piruvato novamente ❑O glutamato produzido por transaminação pode ser oxidativamente desaminado, que resulta no cetoglutarato e na liberação do grupo amino como amônia livre ❑São reações que ocorrem predominantemente no fígado e rins, e fornecem a-cetoácidos e amônia, que é uma fonte de nitrogênio na síntese de ureia ❑A glutamato desidrogenase catalisa a desaminação oxidativa do glutamato, único aminoácido que sofre desaminação rápida ❑A glutamato desidrogenase usa NAD+ ou NADP+ como coenzima ❑A ação sequencial de transaminação e subsequente desaminação do glutamato provê uma rota através da qual os grupos amino da maioria dos aminoácidos podem ser liberados como amônia DESAMINAÇÃO DESAMINAÇÃO A glutamato- desidrogenase do fígado de mamíferos tem a capacidade incomum de utilizar tanto NAD+ quanto NADP+ como cofator. As glutamato-- desidrogenases de plantas e microrganismos normalmente são específicas para um ou outro desses aceptores de elétrons. A enzima dos mamíferos é regulada alostericamente por GTP e ADP. Ciclo da Ureia em 5 reações 1 2 CICLO DA UREIA AS REAÇÕES: As duas primeiras reações ocorrem na mitocôndria, enquanto todas as enzimas restantes do ciclo estão localizadas no citosol 1.Formação do carbamoil fosfato: ação da carbamoil fosfato sintase I dependente da clivagem de duas moléculas de ATP.A amônia incorporada ao carbamoil fosfato é proveniente da desaminação do glutamato. O átomo de N derivado desta amônia torna-se um dos N da ureia. 1 3 2 4 5 CICLO DA UREIA 2. Formação de citrulina: a ornitina e citrulina são aminoácidos básicos que participam no ciclo da ureia mas não são incorporados nas proteínas. A ornitina é regenerada em cada volta do ciclo da ureia. A liberação do fosfato do carbamoil fosfato em forma de Pi direciona a reação. A citrulina, o produto, é transportado ao citosol. 3. No citosol, a citrulina condensa-se ao aspartato argininosuccinato. para formar O aspartato fornece o segundo N que é incorporado à uréia. O terceiro ATP é consumido. 1 3 2 4 5 CICLO DA UREIA 4. O argininosuccinato é clivado para originar arginina arginina formada e fumarato. A por esta reação serve como precursor uréia 5. A arginase cliva a imediato da arginina em ornitina e ureia. A arginase ocorre quase exclusivamente no fígado. 1 3 2 4 5 Assim, enquanto outros tecidos podem sintetizar a arginina, somente o fígado pode clivar a arginina e sintetizar ureia. A ureia difunde-se a partir do fígado e é transportada no sangue até os rins, onde é filtrada e excretada na urina. A ornitina entra novamente na mitocôndria para continuar o ciclo. REGULAÇÃO DO CICLO DA UREIA Aminoácidos glicogênicos são aqueles que dão origem ao piruvato ou intermediários do ciclo de Krebs, pela transaminação e desaminação (quadro vermelho) Aminoácidos cetogênicos aqueles que são dão origem ao e/ou acetil CoAacetoacetato (quadro azul) Alguns possuem vias alternativas, como isoleucina, treonina, fenilalanina, triptofano e tirosina AMINOÁCIDOS PRECURSORES DE HORMÔNIOS E/OU NEUROTRANSMISSORES
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