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aula 05

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VENTILAÇÃO NÃO
INVASIVA
GEÓRGIA GUIMARÃES
• Perfusão:é a passagem de sangue na barreira
hemato-gasosa, através do capilar.
• Difusão: é a troca gasosa através da barreira
hemato-gasosa.
• Ventilação: é a entrada de ar no alvéolo.
•
•
Trocas gasosas:
“ Técnica de ventilação na qual se
interpõe uma máscara ou
dispositivo semelhante entre o
paciente e o ventilador em
substituição às próteses
endotraqueais.”
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
POR QUÊ UTILIZAR?
sedação
fatores de risco para infecções
Favorece a tosse
Permite fala e deglutição
Mantém integridade dos de defesa de vias aéreas
Custo reduzido
mecanismos
Pode promover redução no tempo de permanência hospitalar
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
TIPOS
Ventilação com pressão positiva (VPP)
Ventilação com pressão negativa (VPN)
Cinta pneumática (Pneumobelt)
Marca-passo	diafragmático	(diafragm
pacing)
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Formas de aplicação da VNI
Ventiladores ciclados a volume
Ventiladores ciclados a pressão
BiPAP : Bilevel Positive Airway Pressure
CPAP : Continuos Positive Airway Pressure
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO VNI
PRINCIPAIS FORMAS DE APLICAÇÃO
• Máscaras faciais e nasais
• Prongas nasais
• Bocais
• Ortodônticas
A ESCOLHA DA INTERFACE
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
QUANDO INDICAR?
VNI na Insuficiência Respiratória
Hipoxêmica
• Edema pulmonar
cardiogênico
• Pneumonia
• ALI / SDRS
• Imunocomprometidos
• Trauma Torácico
• Fibrose pulmonar idiopática
• Pós-cirúrgica
Hipercápnica
• DPOC
• Asma
• Fibrose cística
• Bronquiectasia
• Depressão do SNC
• Lesão medular
• Neuropatia
• Neuromuscular
• Miopatia
• Cifoescoliose
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
HIPERCÁPNICA
Mecanismos de ação
Melhora relação V/Q
Minimiza trabalho respiratório
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
HIPOXÊMICA
Mecanismos de ação
CRF
Mantém adequada a relação V/Q
Trabalho respiratório
Melhora da função ventricular esquerda
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
QUANDO NÃO INDICAR?
Contra-indicações absolutas
Instabilidade hemodinâmica
Angina instável
Presença de fatores de risco para aspirações
Traumas de face
Pneumotórax não tratado
Contra-indicações relativas
IAM recente
Intolerância à interface utilizada
Necessidade de sedação/curarização
Falta de colaboração do paciente
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Principais complicações
Necrose facial/septo nasal
Aerofagia (distensão abdominal)
Aspiração de conteúdo gástrico
Flutuação nas PaO2
Ressecamento das mucosas
Barotrauma
Metha S, Hill N. AJRCCM 2001;163:540–577
Complicação
Ocorrência
Relacionadaamáscara
%
Desconforto
Eritemafacial
Claustrofobia
Úlceranasal
RushAcneiforme
30-50
20-345-105-105-10
Relacionadaapressãoefluxoaéreo
Congestãonasal
DorsinusaledoouvidoRessecamentonasal/oralIrritaçãoocular
InsuflaçãogástricaVazamentos
20-5010-3010-2010-20
5-10
80-100
Complicaçõesmaiores
PneumoniaaspirativaHipotensão
Pneumotórax
<5
<5
<5
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Como obter sucesso em
sua aplicação?
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
1.	Posicione a cabeceira do paciente a 45º
2.
Explique ao paciente a técnica e suas vantagens, obtendo a sua confiança e colaboração
3.	Conecte a máscara ao respirador
4.	Ligue o respirador e ajuste os parâmetros iniciais
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
5. Silencie os alarmes
6. Inicie com um modo assistido
7.
Prefira os modos limitados a pressão (PSV, BIPAP, PCV), pois gera melhor conforto ao paciente.
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
8.	Ajustes iniciais:
•	PEEP = 0,
•	PSV / IPAP = 10 cm H2O,
•
Sensibilidade = (-1 a -2) cm H2O ou 1-5 L/min,
•	FiO2 para SaO2 > 90 %,
•	Se modo VCV (A/C) limite a
pressão a 40 cm H2O.
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala NMeduri GH. Critical Care Medicine 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
9.	Ajuste a máscara gentilmente e
a fixe manualmente quando
iniciar o método
•
Observe a sincronia entre o respirador e o paciente
•	Atente	para	pontos	de
vazamento e maior atrito
•
Se necessário proteja-os com adesivos
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala NMeduri GH. Critical Care Medicine 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
10. Após a sincronia ser obtida , fixe a máscara com
tiras elásticas
•
Evite apertar demais (o ideal é que dois dedos possam passar sob a tira)
•
Pequenos vazamentos podem ser permitidos se não comprometerem a eficácia da ventilação
•	Distribua igualmente a pressão sobre a máscara
•
Proteja do atrito as áreas de contato com as
tiras
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000, V26
Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
11. Incremente lentamente os parâmetros
para o ajuste definitivo
•
PEEP
• PEEP mínimo de 5 cm H2O
• Incrementos de 2 a 3 cm H2O, até SaO2 >90%, com FiO2 menor ou igual a 60% (até 10 -15 cm H2O)
• Em DPOC: buscar 85% do auto- PEEP (ou empiricamente 5-8 cm H2O)
•
Volume corrente
• Ajustar a pressão para um VC de 7ml/kg (habitualmente pico de pressão < 25 cm H2O) e FR < 25
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala NMeduri GH. Critical Care Medicine 1998
Ajustando os Parâmetros da Ventilação
12. Observe vazamentos e FR
13. Questione o paciente quanto ao seu conforto
14. Regule os parâmetros de alarme e vent. de apnéia do
respirador
15. Solicite ao paciente que informe qualquer
desconforto ou necessidade
16. Estabeleça vigilância especial na primeira hora
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000
Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
MONITORIZAÇÃO DA VNI
Avaliação clínica (vigilância especial na 1ª hora) (D)
ØConforto
ØNível de consciência 
ØMovimentação da parede torácica
ØUtilização de musculatura acessória da respiração ØSincronia com o respirador
ØFreqüência respiratória e cardíaca 
Avaliação de gases sanguíneos (B)
ØHabitualmente entre 1-2 horas e após 4-6 horas, se 
houve pequena melhora inicial.
ØSe pH e PaCO2 não melhorarem após este período, com ajuste otimizado da VNI, esta deve ser descontinuada.
BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure.
VNI - Monitorização
Máscara
 Ajuste
 Conforto
 Vazamento
 Secreção
 Necrose facial
Abdome
P. Subjetivos	P. Objetivos
 Dispnéia	 Fr
 Conforto	 FC
 Estado mental
Carga respiratória
P. Fisiológicos
 Distensão abdominal
 Expiração ativa
 MM esternocleido
 M. Paradoxal abdominal
 VE
 Oximetria
 Gases arteriais
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Precauções
Irritação ocular
Queda de SatO2
Hiper-insuflação dinâmica
Vazamentos nos circuitos
Uso de musculatura acessória
Distensão gástrica
Conforto do paciente(fixação das presilhas)
SUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Quais os principais fatores
implicados no insucesso de
sua utilização?
Necessidade de FIO2 > 60%
Distúrbios ácido-básicos
W respiratório
Queda no nível de consciência
Intolereância à técnica
Descompensação cardíacaSUPORTE VENTILATÓRIO
NÃO-INVASIVO
Quando Retirar? Pois
paciente obteve melhora.
Reversão	ou	melhora	do
desconforto respiratório
Melhora na oxigenacão/ventilação
Considerar	condição	cárdio-
respiratória sem uso da VNI

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