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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA e NÃO INVASIVA

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Soniely Melo 
INSUFICIÊNCIA 
RESPIRATÓRIA 
Quando o sistema respiratório fica incapaz 
de captar O2 ou eliminar CO2 
suficientemente para suprir a demanda do 
organismo. 
Etiologia: 
• Alterações pulmonares e vias aéreas 
• Alterações do SNC 
• Alterações cardiovasculares 
• Alterações neuromusculares, 
periféricas 
• Disfunção da parede torácica e pleura 
Classificação: 
Tipo 1/ Hipoxêmica Tipo 2/ 
Hipercápnica 
PaO2 <60mmhg 
 
PCO2 >45mmHg 
pH < 7,35 
(acidemia) 
*se pH normal, 
pct é apenas 
retentor de CO2; 
Gradiente 
alveolocapilar >15 
(elevado) 
Gradiente <15 
(normal) 
Ocorre por 
prejuízo da 
difusão do O2 do 
alvéolo para o 
sangue: alvéolo – 
barreira 
alveolocapilar – 
difusão; 
 
Ventilação 
mantida; CO2 
normal; 
 
*SatO2 por oximetria avalia a ligação com a 
hemoglobina. Pode estar normal em 
intoxicações por CO, pode ser alterada por 
esmalte na unha, hemoglobina glicada 
elevada, pele escura, hipotermia, má 
perfusão periférica. 
GRADIENTE ALVEOLO-CAPILAR: 
PAO2 (alvéolo) – PaO2 (arterial) 
IRpA tipo I 
Mecanismos causadores: 
1. Distúrbio V/Q: + comum; 
a) Ventilação, sem perfusão: espaço 
morto; ex: TEP; gera hipercapnia; 
NÃO gera hipoxemia! 
b) Perfusão, sem ventilação: efeito 
shunt; ex: atelectasia; gera 
hipoxemia! 
2. Limitação da difusão de O2 por 
disfunção da barreira alveolocapilar: 
-Edema intersticial: insuf cardíaca, edema 
agudo de pulmão, SDRA; 
-Inflamação intersticial: pneumonia; 
-Fibrose 
3. Redução da FiO2: 
Incêndios; grandes altitudes; 
IRpA TIPO II 
Distúrbio principal é ventilatório: 
incapacidade de o ar entrar e sair do alvéolo. 
Acúmulo de gás carbônico no sangue com 
alteração do pH. 
Secundária à hipoventilação alveolar: 
Soniely Melo 
 
Mecanismos causadores: 
1. Redução drive respiratório: 
comandado pelo centro respiratório 
no bulbo; 
2. Acometimento das vias aéreas: 
obstrução de via aérea por queda da 
base da língua, causada por 
rebaixamento do nível de consciência; 
bronquite; enfisema; 
3. Doenças neuromusculares: esclerose 
lateral amiotrófica; miastenia gravis; 
Quadro clínico: 
• Alterações da consciência 
• Taquipneia, respiração paradoxal e 
uso de musculatura acessória; 
• MV diminuído, estertores crepitantes 
e sibilos; 
• Cianose, sudorese, taquicardia; 
Diagnóstico: 
Quadro clinico suspeito -> pensar em 
etiologia! 
Confirmação: oximetria de pulso + 
gasometria! 
Diagnósticos diferenciais: 
IC descompensada Dispneia 
paroxística 
noturna; 
Estase de 
jugulares; 
Edema pulmonar; 
Acidemia Hiperpnéia sem 
hipoxemia; 
Alt metabólicas; 
Respiração de 
Kussmaul; 
DPOC Tosse crônica 
produtiva; 
Dispneia aos 
esforços; 
Fatores de risco; 
Roncos/ sibilos 
Neuromusculares Dor à compressão 
muscular; 
Amiotrofia 
Asma Sibilos 
Uso de musculatura 
acessória; 
Roncos; 
 
Tratamento: 
 
SÍNDROME DO DESCONFORTO 
RESPIRATÓRIO AGUDO 
(SDRA) 
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é 
de suporte e inclui ventilação mecânica 
Soniely Melo 
protetora << ventilação mecânica invasiva 
com pressão positiva e PEEP está indicada 
>> 
Em pacientes com SDRA moderada a grave, 
ou seja, com relação [PaO2/FiO2] ≤200 
mmHg, está indicada intubação orotraqueal 
(ventilação invasiva) com pressão positiva na 
expiração (PEEP) ≥5 cm H2O. 
 
 
VENTILAÇÃO MECÂNICA 
INVASIVA 
A ventilação fisiológica é feita com pressão 
negativa, pois quando o diafragma 
contraí/abaixa, cria uma pressão negativa 
intratorácica, criando uma diferença de 
pressão entre o pulmão e a atm, sendo a 
inspiração um processo ativo. 
A expiração é um processo passivo, o 
diafragma relaxa, a pressão intratorácica 
fica equivalente a pressão atm, e o ar é 
exalado. 
A ventilação mecânica é feita com pressão 
positiva, o ventilador empurra o ar para 
dentro dos pulmões, abaixa artificialmente 
o diafragma, depois na expiração, ele para 
de insuflar o ar, o qual é exalado. 
 
PRESSÃO no modo PCV: 
 
Driving pressure (DP): pressão de distensão 
- diferença entre pressão zero e pressão de 
pico. 
DP = Pplatô – PEEP 
DP deve ser <15. 
FLUXO no modo PCV: 
 
Inspiração: + 
Expiração: - 
VOLUME no modo PCV: 
 
CONCEITOS EM VENTILAÇÃO 
MECÂNICA: 
1) Disparo: é o início do ciclo 
ventilatório; quando a máquina ou o 
paciente dispara o ventilador e 
começa a fase; 
Soniely Melo 
 
O disparo pode ser: 
a) A tempo: o profissional determina a 
frequência respiratória. 
b) A pressão: o ventilador percebe a 
contração muscular do doente; 
c) A fluxo: o ventilador percebe a 
contração muscular do doente; + 
utilizado por ser + fisiológico; 
fluxo=2l/min. 
 
*curva branca: representa o esforço do 
paciente. 
O disparo tem que ser ajustado em 
sensibilidade em que o paciente consiga 
disparar sem fazer muito esforço, ao mesmo 
tempo em que não pode ser sensível ao ponto 
de disparar sem o paciente puxar o ar. 
Se a sensibilidade for muito alta, o 
ventilador pode disparar por condições como 
secreção no tubo, manipulação do tubo ou 
pelo próprio batimento cardíaco (auto-
disparos). 
2) Ciclagem: passagem da fase 
inspiratória para a expiratória, 
quando o ventilador para de insuflar o 
ar, abre a válvula expiratória para 
permitir que o paciente exale o ar. 
 
3) Pressão de pico: pressão máxima 
atingida nas vias aéreas durante o 
ciclo ventilatório. Reflete a pressão 
nas vias aéreas. 
4) Pressão de platô: pressão de pausa 
inspiratória; o fluxo é zero; as 
pressões se igualam; isso permite 
estimar a pressão alveolar a partir da 
pressão do tubo. É a melhor maneira 
de medir a pressão alveolar. 
Soniely Melo 
 
5) PEEP (pressão positiva ao final da 
expiração): evitar o colapso alveolar; 
na ventilação fisiológica, a PEEP é 
feita através da glote, a qual fecha na 
expiração, mantendo certa 
quantidade de ar nos alvéolos. 
Inicia com 5cmH2O. 
Princípio da inercia: ventilar um alvéolo 
que já está aberto é mais fácil do que 
abrir um alvéolo. 
#no edema agudo de pulmão, aumenta a 
PEEP no intuito de aumentar o alvéolo, 
aumentando a superfície de contato com 
a membrana alveolocapilar, facilitando a 
distribuição do líquido para o espaço 
intersticial. 
#se SatO2 baixa = aumentar PEEP ou 
aumentar FiO2 (melhora troca gasosa) 
Porém, PEEP em excesso, “empurra “o 
capilar => piora troca gasosa => diminui 
retorno venoso => diminui débito 
cardíaco => cai pressão arterial 
#sepse: PEEP mais alta! 
Existe o cálculo da PEEP ideal! 
Cuidado com excesso de PEEP em 
pacientes hipovolêmicos! 
Perceber na curva de pressão, que a 
pressão NUNCA toca o zero; a diferença 
entre a pressão mínima e a pressão zero 
é a PEEP (pressão mínima). 
Exceção: PEEP zero é usada em algumas 
cirúrgicas torácicas e cardíacas. 
 
6) Volume corrente: representado pelo 
ar que entra e sai a cada ciclo 
ventilatório. 
Baseado no peso predito do paciente: 6 a 
8ml/kg; 
7) Frequência respiratória: é a 
frequência com que o paciente dispara 
o ventilador; n° de ciclos ventilatórios 
em um minuto; 
8) Volume minuto: produto do volume 
corrente X frequência respiratória. 
#paciente com acidose respiratória= 
aumentar volume-minuto = aumentar FR ou 
aumentar volume corrente 
Hipercapnia permissiva= tolerar até 
PaCO2=70 e pH=7,2 
9) Tempo inspiratório: tempo que o 
paciente passa na inspiração. 
10) Tempo expiratório: tempo que o 
paciente passa na expiração. 
11) Relação I:E: em geral 1:2; 1:3; 
12) FiO2: fração inspirada de O2. 
21% - 60% 
#se SatO2 baixa e/ou PaO2 baixa = 
aumentar FiO2 ou aumentar PEEP; 
13) Complacência estática= volume 
corrente/ (Pplantô – PEEP) 
Soniely Melo 
Quanto maior a complacência, melhor! Avalia 
só o pulmão! 
Normal= >60 
O ideal é comparar os valores do próprio 
paciente! 
14) Relação P/F (PaO2/FiO2): 
Se >400= diminuir O2 
Se entre 300-400= diminuir O2 
Se entre 300-200= mantenho O2Se <=200= aumentar O2 (aumentando PEEP 
ou FiO2) 
#PaO2 cai primeiro do que a SatO2 
MODOS VENTILATÓRIOS 
• Controlados: o ventilador faz todo o 
trabalho, há pouca ou nenhuma 
interação com o paciente. 
-DISPARO a tempo 
• Assistidos/controlado: a maior parte 
da ventilação é pelo ventilador 
mecânico, mas o paciente interage um 
pouco, principalmente em relação ao 
disparo. 
- Assistido -> disparo a fluxo ou a pressão 
- Controlado -> disparo a tempo 
• SIMV (ventilação mandatória 
intermitente sincronizada): assistida 
+ controlada + espontânea; não é mais 
usado porque o paciente fica confuso 
e acaba não ventilando espontâneo; 
• PSV (PRESSÃO DE SUPORTE 
VENTILATÓRIO): espontâneo, mais 
próximo da ventilação fisiológica. A 
maioria dos parâmetros são 
determinadas pelo paciente; o 
paciente não pode estar sedado! 
- DISPARO: fluxo ou tempo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODOS VENTILATÓRIOS 
A PRESSÃO A VOLUME 
Pressão fixa 
(pressão inspiratória 
determinada 
indiretamente o Vc) 
Volume fixo (determina 
volume corrente) 
Volume variável Fluxo fixo 
Fluxo livre Pressão variável (Ppico, 
Pplatô) 
MODOS: 
PCV ou A/C-P ou 
SIMV-P*: 
• Pressão insp: 
inicia com 15 e 
vai 
aumentando 
até atingir o 
Vc desejado 
• PEEP=5 
• Tempo 
inspiratório= 
1,0 a 1,3s 
(adultos) 
0,4 a 0,8s 
(recém-
nascido); 
MODOS: 
VCV ou A/C-V ou 
SIMV-P* 
• Vc =6-8ml/kg 
• Fluxo= 10%Vc 
• PEEP=5 
• FiO2= <60% 
• FRvm= 12-20 
irpm 
• FRvm*= 6-8irpm 
Soniely Melo 
• FiO2= <60% 
• FRvm=12 a 
20irpm 
• FRvm*= 6 a 
8irpm 
MODO PSV: 
• FiO2= <60% 
• Pressão para 
Vc entre 6-
8ml/kg 
• PEEP=5 
• FRvm=0 
Na prática: pct covid 
Na prática: asmático 
 
 
MODO VCV: 
Vantagens: controle de fluxo e volume; útil 
na síndrome do desconforto respiratório 
aguda. 
Desvantagem: ausência de controle de 
pressão e volume corrente fixo. 
MODO PCV: 
Vantagens: controle da pressão, fluxo e 
volume corrente variáveis; 
Evita barotrauma (pneumotórax, 
pneumomediastino, enfisema subcutâneo). 
Desvantagens: incapacidade de controlar o 
volume corrente. 
MODO PSV: 
Vantagens: ventilação próxima do 
fisiológico. 
Desvantagens: limitação da monitorização 
da VM e necessidade de cooperação do 
paciente. Útil no desmame ventilatório. 
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO 
INVASIVA 
Refere-se ao suporte respiratório com 
pressão positiva aplicada em vias aéreas 
superiores por meio de mascaras, prongs ou 
capacetes. 
• Correção da hipoxemia: através do 
fornecimento de uma FiO2; aplicação 
de pressão positiva nas vias aéreas, 
principalmente, no final da expiração, 
reduz o n° de alvéolos colabados, 
reduzindo o shunt funcional pulmonar, 
aumentando a complacência pulmonar. 
• Redução do trabalho respiratório: uso 
da assistência inspiratória não 
invasiva com pressão de suporte 
reduz até 50% do trabalho 
respiratório, reduz o desconforto 
respiratório; melhora a ventilação 
alveolar. 
• Melhora do conforto respiratório: 
reduz o desconforto respiratório; 
OBS: reduzir o desconforto não 
significa reduzir o trabalho 
respiratório! 
• Redução de complicações infecciosas; 
• Reduz a chance de reinalação de CO2: 
presença de EPAP garante o efluxo do 
gás. 
• Interfaces: 
- Máscaras nasais: adequadas para DPOC e 
situações de uso prolongado de VNI; 
- Orofaciais (full face) 
- Faciais totais (total face) 
- Capacetes (helmet): aplica pressão de 
suporte (em níveis de 10 a 20cmH2O) 
eficientemente, é gerador de alto e de baixo 
fluxo. 
Soniely Melo 
- Prongs nasais 
MODOS DE VENTILAÇÃO: 
• Ventilação com pressão positiva em 
modalidade assistida 
• Modalidade limitada a pressão 
• Modalidade limitada a volume: relação 
mais próxima com a insuflação 
gástrica no uso noturno. 
Os ventiladores usados para VNI tem a 
capacidade de compensar perdas por 
vazamentos ou perdas intencionais para 
evitar a reinalação de CO2. Em pacientes 
obstruídos, em situações passíveis de 
vazamentos progressivos, os ventiladores 
não invasivos como o BiPAP Vision e o 
ventilador invasivo com módulo para VNI 
Servo são os ventiladores capazes de 
manter a eficácia da VNI. 
CONTRAINDICAÇÕES: 
 
EFEITOS COLATERAIS: 
• Dor e hiperemia na região de apoio da 
máscara, podendo chegar à necrose e 
infecção. 
• Ressecamento ocular, associado ao 
vazamento de ar da máscara. 
• Aerofagia com distensão abdominal -> 
pode evoluir p/ síndrome 
compartimental abdominal. 
• Aspiração pulmonar; 
PREDITORES DE FALHA 
NO USO: 
• Paciente DPOC com nível 
de consciência reduzido, 
pH muito baixo e alta 
frequência respiratória. 
• Síndrome do 
desconforto respiratório agudo – 
situação perigosa 
• Após 30 a 60 minutos do uso da VNI, 
uma melhora das trocas gasosas ou da 
FR se relaciona com sucesso do 
suporte ventilatório. 
USO CLÍNICO DA VNI: 
Doenças nas quais o uso da VNI é 
comprovado: 
• DPCO 
• Edema agudo dos pulmões 
• Imediatamente após extubação de 
alto risco 
Doenças em que a VNI deve ser utilizada 
com cautela: 
• Insuficiência respiratória hipoxêmica 
• Crise asmática 
• Pacientes em fim de vida 
DPOC – DOENÇA PULMONAR 
OBSTRUTIVA CRÔNICA: 
Os pacientes em surto de agudização da 
DPOC, que não apresentam resposta 
satisfatória às medidas terapêuticas iniciais 
e sinais clínicos e gasométricos de 
necessidade imediata de entubação 
traqueal, são potencialmente candidatos à 
VNI. 
Paciente ideal: 
• Estar alerta 
Soniely Melo 
• Ser cooperativo e interativo 
• Possuir reflexos protetores de vias 
aéreas intactos e estabilidade 
hemodinâmica 
Critérios para proceder a entubação 
traqueal: 
• Diminuição progressiva do nível de 
consciência com perda dos reflexos 
protetores das vias aéreas, em 
especial tossir e expectorar. 
• Incapacidade de cooperação com 
tratamento clássico. 
• Sinais objetivos de fadiga e exaustão 
muscular que podem evoluir para 
parada cardiorrespiratória. 
• Acidemia grave, com pH <= 7,25 e 
PaCO2 muito elevada, causando 
arritmias cardíacas, instabilidade 
hemodinâmica e edema cerebral. 
EFEITOS BENEFICOS DA VNI EM 
PACIENTES DPOC AGUDIZADO: 
• Melhores trocas gasosas 
• Diminuição da sensação da dispneia 
• Menor trabalho muscular respiratório 
• Menor necessidade de entubação 
traqueal e utilização do suporte 
ventilatório invasivo 
• Redução da mortalidade dos 
pacientes durante a exacerbação 
Nos pacientes com suspeita de 
Hiperinsuflação dinâmica (auto-PEEP), a 
utilização de CPAP pode ser benéfica. 
O valor ideal de CPAP é aquele que 
proporciona a melhor resposta terapêutica 
(redução da dispneia, frequência 
respiratória e acidose respiratória). 
- titulação a partir de 3 a 5cmH2O 
A PSV deve ser ajustada em níveis que 
determinem volume corrente de 5 a 8ml/kg. 
FiO2 deve ser suficiente para manter uma 
SaO2>90% ou PaO2>55mmHg. 
Indicador de sucesso da VNI: melhora do 
padrão ventilatório, da PaCO2 e da SaO2 
após 45 a 60 minutos. 
CPAP sem suporte pressórico inspiratório 
reduz o trabalho respiratório, mas sem 
aumentar a ventilação alveolar. 
O desmame deve ser gradual, com redução 
das pressões inspiratórias e expiratórias ou 
com a descontinuação. 
EDEMA AGUDO DOS PULMÕES: 
Pressão positiva intratorácica reduz o 
retorno venoso, o qual diminui a pré-carga, 
colabora com a queda da pressão transmural 
em parede de ventrículo esquerdo, que 
encolhe a pós-carga. O apoio pressórico 
inspiratório reduz o consumo de oxigênio da 
musculatura respiratória, que, em condições 
basais, é de 5% e pode atingir de 40 a 50% 
do débito cardíaco em condições de 
estresse, diminuindo o trabalho cardíaco. 
O uso de 10cmH2O de CPAP reduz a 
necessidade de entubação traqueal, assim 
como BiPAP com expiratória entre 5 e 
10cmH2O e inspiratória entre 10 e 
15cmH2O. 
Não há evidências de que BiPAP é superior à 
CPAP no tratamento do paciente com edema 
agudo de pulmão cardiogênico. 
EXTUBAÇÃODE ALTO RISCO: 
A falência de extubação é quandohá 
desconforto e/ou insuficiência respiratória 
de inicio nas primeiras 48h após a 
extubação. 
VNI não é recomendado se o paciente 
apresentar falha de extubação. 
Soniely Melo 
Em pacientes de alto risco, como DPOC 
exacerbada, insuficiência cardíaca 
descompensada, falha previa de extubação e 
doenças restritivas previas, o uso da VNI é 
associado à redução do n° de falhas, menor 
mortalidade, redução do tempo de 
internação na UTI e no hospital. 
Aplica-se VNI após a extubação com as 
variáveis que o paciente estava ventilando e 
em até 30 minutos deverá mostrar 
capacidade de fornecer suporte adequado. 
Se não apresentarem melhoras na 
oxigenação, frequência respiratória e 
conforto subjetivo, é aconselhável a 
reentubação. 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
HIPOXÊMICA: 
A implantação da VNI em pacientes com 
insuficiência respiratória hipoxêmica, cuja 
causa não seja edema agudo dos pulmões, é 
discutível. 
Usar em paciente com estabilidade 
hemodinâmica e gravidade geral pequena 
(SAPS II<34) no início. 
Após o início da VNI, a não melhora da 
relação PaO2/FiO2, da FR e do conforto 
respiratório em um período de 1h indica a 
falência do método. 
CRISE AGUDA DE ASMA: 
O uso da VNI deve ser cauteloso, pois pode 
piorar a retenção de gás pulmonar e gerar 
transtornos hemodinâmicos associados à 
hiperinsuflação, como choque. 
PACIENTES EM FIM DE VIDA: 
O sucesso do uso da VNI em pacientes 
terminais é ligado à doença de base que 
causou a insuficiência respiratória. 
A aceitação do enfermo em usar a VNI deve 
sempre ser considerada. 
OXIGENIOTERAPIA DE ALTO FLUXO: 
Não é propriamente um modo de VNI. 
Consiste em administrar ao paciente 
oxigênio através de um cateter nasal 
específico aquecido e umidificado em um 
fluxo de até 60l/min com concentração de 
oxigênio ajustável de até 100%. 
Vantagens: conforto ao paciente, melhora do 
clareamento de secreções das vias aéreas, 
remoção de CO2, aumento de pressão nas 
vias aéreas semelhante ao CPAP, sem 
desconforto causado pela interface da VNI.

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