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UNESA - 2019 II - BENS PRIVADOS E PÚBLICOS

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UNESA – DIREITO CIVIL I – 2019.II – PROFESSORA: CINTIA SOUZA 
- CLASSIFICAÇÃO DOS BENS EM RELAÇÃO AO TITULAR DO DOMÍNIO –
Dos Bens Públicos
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
IMPORTANTE - Ao definir o que seja um bem público, o Código Civil preferiu adotar um critério de titularidade a um critério de funcionalidade, ou seja, classifica-se o bem em função do regime jurídico a que se submete o titular do direito sobre o bem. 
1)BENS PARTICULARES OU PRIVADOS – São bens privados os bens que não são públicos, por exclusão. São aqueles bens que pertencem às pessoas físicas ou jurídicas de direito privado e atendem aos interesses de seu proprietário. 
2) BENS PÚBLICOS OU DO ESTADO - São bens que pertencem a uma entidade de direito público interno. 
Enunciado 287 da IV Jornada de Direito Civil – Art. 98 - O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos. ( rol do art. 98 do CC é exemplificativo)
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS – AR7. 99 do CC: 
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
-BENS DE USO GERAL OU COMUM DO POVO ( ART. 99, I, CC) – São os bens que a coletividade têm acesso de forma irrestrita, sem necessidade de permissão especial, pois não estão destinados a cumprir um serviço público específico. Mesmo que o Estado passe a cobrar pelo uso desses bens, não perdem a característica de uso comum, já que todos terão acesso a eles. Assim, é indiferente que o seu uso seja gratuito ou oneroso. São bens inalienáveis. 
Exemplos: rios, mares, estradas, etc.
- BENS DE USO ESPECIAL ( ART. 99, II, CC) – São aqueles que estão destinados a cumprir um serviço público específico. São os bens que foram destinados ao atendimento de necessidades públicas. 
São, na verdade, segundo Tartuce, “ ... os edifícios e terrenos utilizados pelo próprio Estado para a execução de serviço público especial, havendo uma destinação especial, denominada afetação.” .” ( Manual de direito civil: volume único. Flávio Tartuce. 8.ed.rev,atual.e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018. Pág. 223) 
	São bens públicos que se destinam especialmente à execução dos serviços públicos e são utilizados, de forma exclusiva, pelo poder público. São, também, inalienáveis. 
Exemplo.: Fórum, delegacia, prédios e repartições públicas.
- BENS DOMINICAIS OU DOMINIAIS ( ART. 99, III, CC) - 	Os bens dominicais constituem o patrimônio – disponível e alienável – da Pessoa Jurídica de Direito Público. Abrangem bens móveis e imóveis. São os bens que, apesar de integrarem o patrimônio da pessoa jurídica de direito público, não estão afetados diretamente à realização de nenhum serviço público. 
São os bens que, embora integrem o patrimônio de uma entidade de direito público, não estão diretamente afetados à realização de nenhum serviço público. 
Ex.: As terras devolutas, os imóveis que pertencem ao Estado e estão fechados, os carros não utilizados, etc.
IMPORTANTE: Os bens públicos de uso geral e os de uso especial são considerados bens do domínio PÚBLICO do Estado, já os bens dominicais são do domínio PRIVADO do Estado. Vale frisar que, por determinação de norma legal, os bens públicos dominicais podem ser convertidos em bens públicos de uso comum ou especial. 
CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS - 
Art. 100, CC. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101, CC. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
1a) INALIENABILIDADE – Os bens de uso comum e os de uso especial, enquanto estiverem cumprindo as suas finalidades, não podem ser alienados. Pela desafetação, podem perder essa característica. A desafetação é um processo administrativo que visa a declarar a perda da finalidade do bem de uso comum ou especial, tornando-o dominical, possibilitando-se a sua alienação onerosa ou gratuita, nos termos da lei (com controle legislativo e executivo.) 
Art. 102, CC. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmula 340 STF – Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais , como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião. 
2ª)IMPRESCRITIBILIDADE – Os bens públicos, móveis ou imóveis, são imprescritíveis, ou seja, não estão sujeitos a usucapião. Por mais tempo que um indivíduo ocupe ou tenha consigo um bem público, ele não poderá adquirir a propriedade desse bem pelo usucapião. Mesmo no que diz respeito ao bem dominical que não cumpre finalidade pública, a ocupação desse bem não levará à usucapião, já que o artigo 102 do CC não faz qualquer restrição. 
Obs.: Já há teses que propõem que os bens públicos são usucapíveis. 
3ª) IMPENHORABILIDADE – sistema de precatórios ( art. 100 CF)- Os bens públicos são impenhoráveis, ou seja, não podem ser usados, apreendidos para o pagamento de uma dívida determinada em sentença em que não haja mais recurso. A finalidade dessa regra é evitar o esgotamento dos bens públicos, inviabilizando a execução dos serviços públicos. Caso não houvesse a regra, o bens públicos seriam penhorados para pagamento das dívidas da Pessoa Jurídica.

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