Aula ADM - Bens Públicos 1

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Direito Administrativo
Bens Públicos e Contratos Administrativos
Prof. André Faustino
Apresentação
• Advogado e Professor. Doutorando em Direito pela FADISP. Mestre em
Direito na Sociedade da Informação pela FMU. Especialista em Direito
Imobiliário pela FMU. Especialista em Direito Civil pela FMU. Especialista
em Direito Digital Aplicado pela FGV/ SP. Extensão em Compliance e Lei
AnFcorrupção pela FAAP. Extensão em Compliance pela AASP. Extensão em
Direito Digital pela FAAP. Bacharel em Direito pela FMU. Bacharel em
Música pela FAMOSP. Extensão em Law and Economics Of Media PlaLorms
– University Of Chicago – The Law School. Professor da Faculdade de
Direito – Faculdades Metropolitanos Unidas - FMU. Professor do Curso de
Direito da Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL. Professor de
Antropologia e Sociologia Jurídica – Faculdade de Nova Mutum –
FAMUTUM. Professor do Curso de Formação de DPO – CERS. Autor do livro
Fake News: A liberdade de expressão nas redes sociais na sociedade da
informação. Desenvolve pesquisa na área do Direito e da Sociologia
voltadas para a liberdade de expressão, redes sociais e uso dos algoritmos.
Ementa Curso
• Aborda a parte especial do Direito Administra1vo, com especial
destaque para o tratamento jurídico dos bens públicos e das
licitações, dos contratos administra1vos e dos serviços públicos.
• Trata da atuação do Estado na ordem econômica e na
propriedadeprivada e sua responsabilidade extracontratual.
CONTEÚDO DO CURSO
1. BENS PÚBLICOS;
2. LICITAÇÕES PÚBLICAS;
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA;
4. SERVIÇO PÚBLICO;
5. A ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO;
6. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA;
7. RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA;
8. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA;
BIBLIOGRAFIA
AVALIAÇÕES
N2
PESO 
6
A2
AVALIAÇÃO
PROVA DISSERTATIVA
(9,0 pontos)
APS – ATIVIDADE 
PRÁTICA 
SUPERVISIONADA
(1,0 ponto)N1
PESO
4
A1
AVALIAÇÃO(ÕES) ATÉ 2 
INSTRUMENTOS A CRITÉRIO 
DO PROFESSOR
0 à 10
SUB
SUB – AVALIAÇÃO SUBSTITUTIVA (APENAS SE O ALUNO NÃO 
REALIZAR A A2 OU NÃO ALCANÇAR A MÉDIA 6,0 NA DISCIPLINA. SUBSTITUI 
A NOTA DA A2 APENAS QUANDO A NOTA DA SUB FOR SUPERIOR)
0 à 10
Ou
+
Faltas
• NÃO FALTE!!!
BENS PÚBLICOS
• Conceito:
• HELLY LOPE MEIRELLES - Todas coisas corpóreas ou incorpóreas,
imóveis, móveis e semoventes, créditos, direitos e ações que
pertençam a qualquer título, às entidades estatais, autárquicas,
fundacionais.
• Todos os demais são considerados particulares. 
BENS PÚBLICOS
• Conceito:
• Bandeira de Mello: Bens da Administração Direta, Autárquica e
Fundacional são públicos.
• Empresa pública e sociedade de economia mista:
• a)Se não forem prestadoras de serviço público, os bens são privados;
• b) Se forem prestadoras de serviço público, os bens são públicos.
BENS PÚBLICOS
• Conceito:
• Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público interno; todos os outros são par;culares, seja qual for
a pessoa a que pertencerem.
• Art. 99. São bens públicos:
• I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
• II - os de uso especial, tais como ediCcios ou terrenos des;nados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
• III - os dominicais, que cons;tuem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas en;dades.
BENS PÚBLICOS
• CLASSIFICAÇÃO:
• Bens públicos de uso Comum: utilização concorrente de toda a
comunidade (praças, ruas), são bens necessários ou úteis à existência
de todos os seres vivos, que não devem ser submetidos à fruição
privativa de ninguém, esta categoria abrange também os rios de
domínio público e as vias públicas;
• O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso,
conforme for estabelecida por meio da lei da pessoa jurídica a qual o
bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso
desses bens públicos é oneroso.
BENS PÚBLICOS
• CLASSIFICAÇÃO:
• Bens públicos de uso Especial: utilização para cumprimento das
funções públicas (repartições estatais, serviços públicos);
• Bens de uso especial são destinados para consecução dos seus
objetivos, como os imóveis onde estão instaladas as repartições
públicas, os bens móveis utilizados a realização dos serviços públicos
(veículos oficiais, materiais de consumo, navios de guerra), as terras
dos silvícolas, os mercados municipais, os teatros públicos, os
cemitérios públicos.
BENS PÚBLICOS
• CLASSIFICAÇÃO:
• Bens públicos de uso Dominicais: são bens que não tem finalidade pública,
não são de uso comum do povo e não são de uso especial como, por
exemplo, um terreno baldio, as terras devolutas.
• Não tem des9nação definida;
• São bens de patrimônio disponível, pois, são alienáveis. Submetem-se a um
regime jurídico de direito privado, pois a Administração Pública age, em
relação a eles, como um proprietário privado.
• Podem ser alienados por meio de ins9tutos do direito privado (compra e
venda, doação, permuta) ou do direito público (inves9dura, legi9mação de
posse e retrocessão).
BENS PÚBLICOS
• CLASSIFICAÇÃO:
• Afetação: corresponde à des*nação de um determinado bem a uma
finalidade pública, transformando-o em bem de uso comum ou bem
de uso especial, mediante lei ou ato administra*vo.
• Desafetação: consiste na re*rada da des*nação conferida ao bem
público, transformando-o em bem dominical, mediante lei ou ato
administra*vo.
BENS PÚBLICOS
• Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. 
• Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação 
anteriormente conferida a ele. 
• Os bens dominicais não apresentam nenhuma destinação pública, ou seja, não 
estão afetados. Assim, são os únicos que não precisam ser desafetados para que 
ocorra sua alienação. 
• Tanto a afetação quanto a desafetação pode ser expressas ou tácitas.
• Por exemplo, a Administração pode publicar um decreto estabelecendo que
determinado imóvel integrante dos bens dominicais da Administração Pública
será destinado a uma escola ou simplesmente instalar a escola no prédio.
• O que não pode ocorrer é desafetação pelo não uso, como por exemplo uma rua
que deixa de ser utilizada. Expressa decorre de ato de lei ou ato administrativo;
tácita resulta da atuação direta da Administração Pública, sem manifestação da
sua vontade.
BENS PÚBLICOS
• Regime Jurídico
• INALIENABILIDADE 
• Transferência de propriedade, remunerada ou gratuita, sob a forma
de venda, permuta, doação, dação em pagamento, investidura,
legitimação de posse ou concessão de domínio. A Regra geral é que
os bens públicos não podem ser alienados (vendidos, permutados ou
doados).
BENS PÚBLICOS
• Regime Jurídico
• INALIENABILIDADE
• Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso
especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação,
na forma que a lei determinar.
• Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,
observadas as exigências da lei.
BENS PÚBLICOS
• Regime Jurídico
• INALIENABILIDADE
• Para realizar a alienação de um bem público além da condição de
desafetação também se exige os requisitos previsto no art. 17 da Lei
no 8.666/93 – alterada pela lei 11.952/09.
• - Exige-se: autorização legislaPva (quando o bem for imóvel e
pertencer a uma pessoa jurídica de direito público), uma declaração
de interesse público, avaliação prévia e licitação, sendo essa
dispensada em algumas hipóteses expressas no citado disposiPvo.
BENS PÚBLICOS
• Regime Jurídico
• IMPRESCRITIBILIDADE
• Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
• CF - ART. 183, § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.
• ART. 191 - Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos
por usucapião.
• ENUNCIADO DE Súmula 340 – STF - editada em 13/12/1963
• Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais
benspúblicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
BENS PÚBLICOS
• Regime Jurídico
• IMPRESCRITIBILIDADE
• NÃO INDUZ POSSE, MAS MERA TOLERÊNCIA
• Função Social – Bens Dominicais - Desafetação?
• Bens materialmente públicos - são aqueles aptos a preencher critérios de
legitimidade e merecimento, já que são dotados de função social.
• Bens formalmente públicos – são aqueles que são registrados no nome da
pessoa jurídica de direito público, mas não possuem nenhuma destinação,
não cumprem com sua função social, visto que, são excluídos de qualquer
forma de atividade produtiva.
• Nelson Rosenvald - Cristiano Chaves de Farias
BENS PÚBLICOS
• RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA – REJEITADA– AGRAVO RETIDO IMPRÓVIDO – AÇÃO DE
REINTEGRAÇÃO DEPOSSE. AUSÊNCIA DE PROVA DA POSSE ANTERIOR. ÔNUS DAPROVA –
REQUISITOS DO ART. 927, DO CPC NÃO DEMONSTRADOS– IMÓVEL PÚBLICO
DESAFETADO – PRETENSÃO AQUISITIVA POR USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA –
POSSIBILIDADE – REQUISITOS PRESENTES – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Ao juiz é
permiLdo a prolação de sentença quando entender que as provas carreadas aos autos
são suficientes para a formação de seu convencimento. É ônus do requerente da ação de
reintegração de posse comprovar o preenchimento dos requisitos do art. 927, do CPC,
dentre eles, o exercício da posse anterior e o esbulho praLcado pelo requerido. É possível
a prescrição aquisiLva da propriedade em favor da possuidora do imóvel pela usucapião
especial urbana (art. 183 da ConsLtuição Federal e art. 1.240 do Código Civil), quando o
bem, no início do prazo da pretensão aquisiLva, embora desafetado, ainda era
propriedade do poder público. SaLsfeitos os requisitos consLtucionais para o
reconhecimento da usucapião especial urbana, deve ser julgado improcedente o pedido
possessório. (4ª Câmara Cível do E. Tribunal de JusLça do Estado do Mato Grosso do Sul;
Relator Des. Dr. Odemilson Roberto Castro Fassa; Data do julgamento: 02/09/2015).