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Obrigações 
 
Curso de Teoria e Questões - Analista Processual - MPU. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo1. 
1. Teoria Geral do Pagamento. 
 
O que é pagamento? 
 
1.1. Requisitos ou Condições do Pagamento. 
 
a) Subjetivos: 
 
> Quem deve pagar? 
 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios 
conducentes à exoneração do devedor. 
 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que 
pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. 
 
O devedor pode se opor ao pagamento feito pelo terceiro? 
 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar 
aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. 
 
> A quem se deve pagar? 
 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de 
por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. 
 
E o credor putativo? 
 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. 
 
b) Objetivos. 
 
I. Princípio da Identidade. 
 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
 
II. Princípio da Indivisibilidade. 
 
Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, 
nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. 
 
III. Princípio do Nominalismo. 
 
Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo 
o disposto nos artigos subseqüentes. 
 
1 Advogado. Sócio Fundador do Luciano Figueiredo Advocacia e Consultoria. Doutorando em Direito Civil pela Pontifícia Uni-
versidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Mestre em Direito Privado e Econômico pela Universidade Federal da Bahia 
(UFBA). Especialista (Pós-Graduado) em Direito do Estado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduado em Direito 
pela Universidade Salvador (UNIFACS). Professor de Direito Civil. Palestrante. Autor de Artigos Científicos e Livros Jurídicos. 
Periscope: @lucianofigueiredo. Fanpage: Luciano Lima Figueiredo. Twitter: @civilfigueiredo. Instagram: 
@lucianolimafigueiredo. E-mail: luciano@lucianofigueiredo.adv.br. 
 
 
 
 
 
 
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IV. Princípio do Aumento Progressivo. 
 
Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. 
 
c) Prova do pagamento. 
 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja 
dada. 
 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da 
dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura 
do credor, ou do seu representante. 
 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das 
circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. 
 
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em 
benefício dele efetivamente reverteu. 
 
Presunções relativas de pagamento: 
 
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, 
a presunção de estarem solvidas as anteriores. 
 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. 
 
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. 
 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pa-
gamento. 
 
d) Lugar do pagamento. 
 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou 
se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no 
lugar onde situado o bem. 
 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor 
fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. 
 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao pre-
visto no contrato. 
 
2. Inadimplemento. 
 
2.1 Absoluto. 
 
Pode ser por fato do interesse do credor? 
 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores 
monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. 
 
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satis-
fação das perdas e danos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Segundo o Enunciado 162 do CJF, todavia, “A inutilidade da prestação que autoriza a recusa da prestação por 
parte do credor deve ser aferida objetivamente, consoante o princípio da boa-fé e a manutenção do sinalagma e 
não de acordo com o mero interesse subjetivo do credor”. 
 
2.2 Relativo ou Mora. 
 
a) Do Devedor. 
 
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no 
tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. 
 
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora. 
 
Precisa da culpa? 
 
A corrente majoritária entende que a comprovação da mora exigirá a prova da culpa, como já entendeu o 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ao sustentar que “Não cabe a multa moratória se não há fato imputável ao 
devedor” (REsp. 474.395/RS). 
 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores mo-
netários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. 
 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de 
caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o 
dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
 
b) Do Credor. 
 
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga 
o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorá-
vel ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação. 
 
Segundo a súmula 380 do Egrégio SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA a “simples propositura da ação de revisão de 
contrato não inibe a caracterização da mora do autor”. 
 
c) Constituição em Mora 
 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o 
devedor. 
 
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. 
 
O que é a mora ex re e o dies interpellat pro homine? 
 
O que é a mora ex persona? 
 
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. 
 
De acordo com a Súmula 76 do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no compromisso de compra e venda, ainda que 
não registrado, aplica-se a necessidade interpelação prévia. 
 
Na forma do art. 398 do CC e da súmula 54 do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, nas obrigações provenientes de 
ato ilícito, considera-se o devedor em mora desde a data do ato ilícito.Eis o conteúdo da Súmula: “os juros 
moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual”. É da denominada 
mora presumida ou irregular. 
 
d) Purgação da Mora 
 
Art. 401. Purga-se a mora: 
 
 
 
 
 
 
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I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da ofer-
ta; 
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a 
mesma data. 
 
3. Arras. 
 
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem 
móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo 
gênero da principal. 
 
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a 
inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolu-
ção mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e 
honorários de advogado. 
 
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como 
taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as 
arras como o mínimo da indenização. 
 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal 
terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem 
as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar. 
 
Súmula 412: No compromisso de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por 
quem o deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a título de perdas e 
danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo. 
 
4. Cláusula Penal. 
 
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obri-
gação ou se constitua em mora. 
 
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo. 
 
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização 
suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, compet-
indo ao credor provar o prejuízo excedente. 
 
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-
se-á em alternativa a benefício do credor. 
 
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal. 
 
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em 
parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade 
do negócio. 
 
Enunciado 355 do CJF vaticina que: “Não podem as partes renunciar à possibilidade de redução da cláusula 
penal se ocorrer qualquer das hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, por se tratar de preceito de ordem 
pública”. 
 
E é na linha desta perspectiva cogente, que o Enunciado 356 do mesmo CJF conclui que: “Nas hipóteses previs-
tas no artigo 413 do Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula penal de ofício” por se tratar de ius cogente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Transmissão das Obrigações. 
 
5.1 Cessão de Débito ou Assunção de Dívida. 
 
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. 
 
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, 
interpretando-se o seu silêncio como recusa. 
 
Requisitos da cessão de débito ou assunção de dívida: 
 
I. Existência de uma obrigação válida 
II. Anuência expressa do credor (pois muda a garantia patrimonial da dívida) 
III. A substituição do devedor, mantendo-se a mesma a obrigação. 
 
Confunde-se com novação subjetiva passiva? 
 
Observações: 
 
a) As garantias dadas pelo devedor primitivo só permanecem se ele consentir (art. 300). 
 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívi-
da, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. 
 
b) O novo devedor pode opor as antigas defesas pessoais do devedor primitivo? Não! Pode apenas opor as exce-
ções comuns (Art. 302 CC). 
 
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. 
 
5.2 Cessão de crédito. 
 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a conven-
ção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não cons-
tar do instrumento da obrigação. 
 
Onerosa ou Gratuita? 
 
A regra geral é que o crédito pode ser cedido. Porém, há exceções: 
 
I. Natureza do crédito não permite – Ex: direito aos alimentos 
 
II. A lei proíbe – Ex: Art. 1749, III (aqui a lei proíbe a cessão do crédito). 
 
Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade: 
 
III - constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor. 
 
III. Se o contrato vedar por cláusula expressa (pacto non cedendo). 
 
Confunde-se com a novação subjetiva ativa? 
 
O devedor tem que consentir? 
 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por 
notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. 
 
Notificado o devedor, poderá ele opor ao novo credor, defesas que tinha contra o credor original? 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento 
em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. 
 
É possível a prática de atos conservatórios? 
 
Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos con-
servatórios do direito cedido. 
 
Como fica a responsabilidade civil do credor originário? 
 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessioná-
rio pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe na cessão por título 
gratuito, se tiver procedido de má-fé. 
 
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. 
 
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daque-
le respondeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarci-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário 
houver feito com cobrança. 
 
Crédito penhorado pode ser cedido? 
 
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da 
penhora; mas o devedor que pagar, não tendo notificação daquela, fica exonerado, subsistindo somente em face 
do credor os direitos de terceiros 
 
5.3 Cessão de Contrato ou Cessão de Posição Contratual. 
 
Existe no Brasil? Necessária? 
 
Há divergência sobre a relevância de seu regramento: 
 
a) Doutrina Unitária 
 
b) Doutrina atomista 
 
Requisitos da cessão e contrato: 
 
I. Anuência da parte contrária. 
II. A celebração de um negócio jurídico entre cedente e cessionário. 
III. Integralidade da cessão (deveser global). 
 
Questões 
 
01. (Banca: CESPE. Analista Judiciário – Área Judiciária) Em 20/5/2014, o carro conduzido por Fernando 
foi atingido na traseira pelo automóvel conduzido por Rafael, o qual não respeitou sinalização de parada 
obrigatória. Os dois convencionaram que Fernando apresentaria a Rafael três orçamentos dos reparos no 
automóvel e que Rafael lhe pagaria o de menor valor. No dia 2/6/2014, Fernando, então, apresentou os três 
orçamentos, mas Rafael recusou-se a efetuar o pagamento, sob o argumento de que os valores estavam 
muito altos. Em 10/6/2014, Rafael fez contraproposta, que não foi aceita por Fernando. Fernando, então, 
ingressou com ação de cobrança e, em 14/6/2014, Rafael foi citado. Após o regular trâmite do processo, o 
juiz reconheceu a culpa de Rafael e o condenou, em 2/3/2015, a pagar quantia certa a Fernando. 
 
Considerando-se o disposto no Código Civil e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, nessa 
situação hipotética o termo inicial dos juros de mora é: 
 
A) 14/6/2014. 
B) 2/3/2015. 
 
 
 
 
 
 
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C) 20/5/2014. 
D) 2/6/2014. 
E) 10/6/2014. 
 
02. (Banca: CESPE. Analista Judiciário - Área Judiciária). No que se refere ao adimplemento das obriga-
ções, assinale a opção correta. 
 
A) Será inválido pagamento de dívida de menor que seja efetuado, de forma ciente, pelo pai dele, ainda que de-
monstre que o benefício foi efetivamente revertido em favor do incapaz. 
B) O pagamento da dívida deverá ser feito, em qualquer caso, exclusivamente ao credor. 
C) Caso seja ofertada prestação diversa da que lhe é devida, o credor deverá consentir em recebê-la, desde que 
seja mais valiosa que a original. 
D) Devedor cuja dívida seja paga por terceiro e que, tendo ciência da perda da pretensão do credor, se opuser ao 
adimplemento, não estará obrigado a reembolsar o pagador. 
E) Terceiro não interessado que pague dívida em nome próprio se sub-rogará nos direitos do credor. 
 
03. (Banca: CESPE. Analista Judiciário - Área Judiciária). No que tange ao adimplemento, ao inadimple-
mento e à extinção de obrigações, julgue os itens que se seguem. 
 
I. O pagamento de dívida quesível deverá ser feito no domicílio do devedor, ficando o credor obrigado a buscar o 
adimplemento. 
II. O Código Civil adota o princípio do nominalismo monetário nas dívidas em dinheiro, admitindo, contudo, que as 
partes convencionem cláusula de escala móvel. 
III. Poderá ocorrer mora em caso tanto de inadimplemento absoluto quanto de inadimplemento relativo de uma 
obrigação. 
IV. Multa moratória e multa compensatória poderão ser cumuladas com a exigência de cumprimento regular da 
obrigação principal. 
 
Estão certos apenas os itens: 
 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e IV. 
D) I, III e IV. 
E) II, III e IV. 
 
04. (Banca: CESPE. Analista Judiciário - Área Judiciária). Pedro, com o objetivo de pagar uma dívida que 
possuía com Roberto, cedeu-lhe, de forma onerosa, crédito vincendo que tinha a receber de Carlos, res-
ponsabilizando-se somente pela existência do referido crédito. Na data do vencimento da dívida, Roberto 
descobriu que Carlos era insolvente. 
 
Nessa situação hipotética, a dívida que Pedro tinha com Roberto: 
 
A) não estará extinta, pois Pedro assumiu a obrigação de garantir a existência do crédito. 
B) estará quitada, pois o crédito foi cedido em caráter pro soluto. 
C) não estará extinta, pois a cessão de crédito é sempre em caráter pro soluto. 
D) estará quitada, pois não há distinção entre a cessão de crédito pro soluto e a cessão de crédito pro solvendo. 
E) estará quitada, pois a cessão de crédito é sempre em caráter pro solvendo. 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
GABARITO: 
 
1 – C 
2 – D 
3 – A 
4 – B

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