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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO DO PACIENTE Fatores que interferem na micção: As doenças renais agudas - reduzem o volume urinário; As renais crônicas - aumento de volume da urina pouco concentrada. Doenças febris - concentração aumenta. O cateterismo vesical de demora, praticado com o cateter de Foley, tem como principais indicações: 1 - Drenagem vesical por obstrução crônica; 2 - Disfunção vesical (bexiga neurogênica- doença SNC ou nervos controlam a micção); 3 - Drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas; 4 - Medida de diurese em pacientes graves; 5 - Assegurar a higiene perineal e o conforto de pacientes incontinentes de urina e comatosos. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Coleta de Urina: Assepsia dos genitais; colher em frasco estéril; colher o jato médio; tampar o frasco; encaminhar ao laboratório devidamente identificado, ou manter em geladeira. Urina de 24 horas: Orientar o enfermo; desprezar a primeira urina do dia; começar a coleta a partir daí (marcando o horário) até 24 horas após; Usar um recipiente estéril; colocar identificação no leito: COLETA DE URINA 24 HORAS; em alguns casos é necessário usar SVD p/ coleta e refrigeração da urina; identificar e encaminhar ao laboratório. CATETERIZAÇÃO As vias excretoras urinárias, como estruturas ocas, são passíveis de serem atingidas pela introdução de instrumentos de varia dos tipos e com finalidade diversa (exploração, dilatação, drenagem da urina, introdução de medicamentos na bexiga); Tipos de Cateteres: Há 3 tipos de cateteres: os coletores externos, os de alívio e os de demora. Cateterização: Introdução de um cateter através da uretra até a bexiga. Bolsa Coletora: aplicado sobre a pele, não é inserido dentro da bexiga; circunda o meato urinário;Coletor Externo FINALIDADE: Aliviar distensões da bexiga quando o enfermo não consegue urinar; Avaliar com precisão o equilíbrio de líquidos; Evitar que a bexiga se distenda durante procedimentos cirúrgicos; Medir o residual de urina deixado na bexiga após a eliminação; Obter amostra de urina estéril; Instilar medicação no interior da bexiga. Cateterização - Simples: Praticado habitualmente com a sonda uretral (cateter de Nélaton) e tem como principais indicações, as seguintes: 1 - Alívio para uma retenção urinária aguda; 2 - Determinação do resíduo urinário; 3 - Obtenção de uma amostra de urina para exame laboratorial; 4 - Instilação intravesical de medicamentos; 5 - Exploração da uretra. Cateterização - Demora: Trata-se, inegavelmente, de um problema diferente do cateter ismo simples, pois apresenta complicações sérias: como a infecção hospitalar, uma significativa morbidade, sepses e morte. De todas as infecções hospitalares, 40% estão localizadas no trato urinário, sendo que 60%destas infecções estão relacionadas com o cateter de demora. Cateteres de alívio: É uma sonda de PVC, colocada na bexiga até que a urina seja temporariamente drenada ou que tenha sido obtido um volume suficiente para constituir uma amostra de urina; Cateteres de demora: Também chamado de sonda de demora, porque é colocado no interior da bexiga e mantido ali durante um período de tempo. O tipo mais comum de cateter de demora é a sonda Foley; CATETERISMO / SONDAGEM VESICAL MATERIAL: Cuba rim, cuba redonda, gazes ou bolas de algodão, pinça Cheron, campo fenestrado; Sonda vesical de acordo com a indicação; Lidocaína gel; Gazes; Solução antisséptica (PVPI tópico ou clorexidine); 1 par de luva de procedimento e 1 par de luva estéril (ou 2 pares de luva estéril) Seringa 20ml, agulha para aspiração, solução de água destilada (AD); Bolsa coletora com sistema fechado; Saco plástico; Biombo (S/N). TÉCNICA: Reunir o material, lavar as mãos e explicar o procedimento e sua finalidade; Promover um ambiente iluminado e privativo (proteger o leito com biombo); Colocar o paciente em decúbito dorsal com as pernas afastadas, calçar as luvas de procedimento; Fazer a higiene íntima com água e sabão; Retirar as luvas de procedimento e lavar as mãos; Obs: Pode se solicitar ao paciente a higiene íntima Colocar um saco para lixo próximo a cama; Abrir pacote de coletor de urina e utilizar a embalagem como campo; Colocar sobre o campo: seringas, agulha, sonda vesical, gaze; Abrir ampola de AD e deixar fora do campo, ao alcance; Colocar solução antisséptica na cuba redonda; Calçar luvas estéril; Aspirar a AD com o auxílio de outra pessoa, se necessário; A segunda seringa pode ser utilizada para aspirar lidocaína gel para ser instilado no meato ou lubrificar a sonda; Testar balonete com 10 a 20 ml, conforme o fabricante; Conectar sonda ao coletor; Colocar campo fenestrado sobre a região genital, expondo o órgão; Realizar degermação com gazes montadas embebidas na solução antisséptica; Inserir a sonda até a bifurcação nos homens, ou retorno da urina nas mulheres; Encher o balonete, tracionar para fora e fixar. Recolher o material e registrar o procedimento ANTISSEPSIA: No homem: do meato para a periferia; Na mulher: sentido púbis-ânus, dos grandes lábios para a uretra; Na sondagem de alívio, utilizar um coletor convencional; ATENÇÃO: Na sondagem masculina ao invés de injetar a geleia anestésica na uretra pode-se lubrificar a sonda com a geleia; Nunca forçar a introdução da sonda; Para facilitar a saída da urina e prevenir a infecção, deve-se evitar que a extremidade da extensão fique mergulhada na urina coletada; Não desconectar a junção sonda-tubo de drenagem; Manter higiene perineal; Manter sempre o sistema de drenagem abaixo do nível do paciente. COMPLICAÇÕES: Infecção Hemorragia Dor e desconforto ao paciente; Lesões na uretra e bexiga; Problemas com o balão; SONDAGEM RETAL Via retal: É a via na qual a introdução de medicamentos é realizada através do ânus, sob a forma de supositório, pomada ou creme e/ou clister medicamentoso (é a introdução de pequena quantidade de líquidos via retal, até 150ml, sendo que acima desta quantidade é chamado de enteroclisma ou lavagem intestinal). Esta via é prescrita para medicações que seriam irritativas por outras vias, para clientes inconscientes, com vômitos frequentes ou que estejam impossibilitados de deglutir. Como a absorção por esta via é incerta a equipe de enfermagem deve estar atenta à resposta do cliente à medicação. FINALIDADES: Auxiliar na distênção abdominal e flatulências; Paciente incapacitados de defecar por conta propria; Preparar o cliente para cirurgias/exames; Administrar medicamentos. MATERIAL: 1 Par de luvas de procedimento; 1 sonda retal, 1 tubo de Xylocaína gel, 5 gazes não esterilizadas, 1 saco de lixo pequeno, 1 bandeja. Pré Execução: - Observar prescrição médica; - Observar calibre da sonda à ser utilizado; - Preparar material; - Lavar as mãos. Execução: Identificar-se; Checar o nome e o leito do cliente; Orientar o cliente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Dispor o material próximo ao cliente; Promover privacidade; Colocar o cliente em posição de SIMS (decúbito lateral esquerdo, com MIE estendido e MID fletido); Abrir os materiais sobre o campo; Calçar as luvas; Lubrificar a sonda com Xilocaína; Com a mão não dominante, afastar os glúteos, a fim de visualizar o ânus; Solicitar que o cliente inspire profundamente e introduzir vagarosamente a sonda no reto; Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance; Deixar o ambiente em ordem. Pós-Execução: Desprezar o material utilizado no expurgo; Lavar as mãos; Realizar as anotações necessárias. Avaliação: Eficácia do procedimento; Integridade da mucosa. Complicações: Infecções; Lesões na região; Desconforto ao paciente;
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