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AO JUÍZO DE DIREITO DO _º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE RECIFE/PE
PEDRO AMERICO ,Brasileiro ,solteiro ,estudante, portador do RG nº 3.891.301, inscrito no CPF sob o nº 992.435.334-43, com o endereço eletrônico phfl966@hotmail.com., com residência fixada na Rua Projetada, nº 100, Bairro do Olimpio, Recife-PE, CEP 58081-443, por meio de seu advogado, conforme procuração anexada nos autos, com endereço profissional na Avenida Esperança, nº 78, Bairro de Tambáu, João Pessoa-PB, CEP 58091-884, e endereço eletrônico phadv@fernadesadv.com.br, vem por meio desta ação, ajuizar: 
AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face da GOL LINHAS AERIAS INTELIGENTES S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.164.253/0001-87, com sede na Rua Tamonios, nº1201 – São Paulo-SP,CEP 04630-000, e endereço eletrônico golinhasaerias@gol.com.br, e vem por meio deste, apresentar as razões fáticas e jurídicas expostas a seguir
I – DOS FATOS
O Requerente na qualidade de consumidor, mercou uma passagem junto a Companhia GOL LINHAS AÉRIAS, com destino ao Aeroporto Internacional Jorge NewBery,Buenos Aires – Argentina com Embarque no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes (voo GE 9970), conforme bilhete de passagem em anexo.
 Contudo ao Chegar à capital Argentina no dia 16/09/2017 por meados das 15h, foi surpreendido pelo fato de sua bagagem tinha sido extraviada.
Diante do Exposto, o requerente prejudicado, sem suas devidas bagagens, na tentativa de solucionar o caso, se apresentou no guichê da companhia Aérea Gol, Já no guichê foi orientado pelos funcionários a preencher um formulário de reclamação que deveria relatar o ocorrido, conforme o anexo.
Recebendo a única informação que o prazo de até 30 dias para a devolução da mala pela companhia, com parte dessa informação o promovente se dirigiu ao seu Hotel e por diversas vezes ligou diariamente para o RÉU, além de ir por repetidas vezes pessoalmente a companhia aérea na tentativa de solucionar o problema, contudo todos os contatos realizados não obtiveram êxito.
 Até que no penúltimo dia de viajem dia 26/09/2017,ás 12h,foi informado que sua bagagem havia sido encontrada, que foi devolvida no hotel onde o promovente se hospedava.
II – DOS DIREITOS
II. I DO DANO MORAL
Conforme Demostrado nos fatos ditados anteriormente e provas juntadas no presente processo, a empresa ré ao falhar no comprometimento de prestação de serviço, deixou de cumprir suas obrigações, Expondo o autor a um constrangimento, com isso gerando a um direito de indenizar.
O dano moral se encontra sedimentado no artigo 5º, da nossa Constituição Federal, que, em seus incisos V e X, dispõe:
“V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”
[…]
“X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
O Código Civil Brasileiro/2002, em seus artigos 186 e 927, autoriza o requerente a pleitear tal ressarcimento, senão vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Com efeito no presente caso, vislumbra-se os prejuízos experimentados pelo autor, que teve sua bagagem extraviada, quando realizava um passeio, a outro estado, tal situação que causaram transtornos para o autor, que ultrapassaram o limite de aborrecimento.
A ocorrência do dano moral é questão de ordem subjetiva, não exige do ofendido a prova efetiva do dano, bastando à demonstração dos fatos e a existência de constrangimento que atinja a dignidade da pessoa humana .
Sobre o assunto, convém destacar as seguintes jurisprudências, que são assente em reconhecerem a ocorrência do abalo moral decorrente do extravio de bagagem, se não vejamos:
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL – EXTRAVIO DE BAGAGEM – RESPONSABILIDADE DA COMPANHIA AÉREA – DANOS MATERIAIS E MORAIS – CONFIGURAÇÃO – NEXO CAUSAL – EXISTÊNCIA – DEVER DE INDENIZAR – FIXAÇÃO DA INDENIZAÇÃO – CRITÉRIO. Cabe à companhia aérea contratada responder por danos morais causados a passageiro, pelos aborrecimentos e frustrações experimentados em razão do extravio de bagagem, bem como pelos danos materiais comprovados. Para que haja a obrigação de indenizar, tanto por danos morais quanto materiais, é necessária a presença de três requisitos, quais sejam: ilicitude da conduta, nexo de causalidade e dano. Ao fixar valor da indenização deve-se ter em conta as condições do ofendido, do ofensor e do bem jurídico lesado. (TJMG. APELAÇÃO CÍVEL N° 1.0701.09.263493-3/001 – COMARCA DE UBERABA – RELATOR: EXMO. SR. DES. ALVIMAR DE ÁVILA. Data da Publicação: 01/02/2010)
[…] 3 O extravio de bagagem, em vôo nacional ou internacional, enseja indenização por dano moral, além da indenização pelo valor das roupas e objetos pessoais extraviados. 4 Arbitrada a indenização por danos morais em valor que atende os critérios da razoabilidade e da proporcionalidade, levada em consideração, ademais, as circunstâncias que envolveram o caso, as condições pessoais e financeiras das litigantes, bem como a gravidade das lesões produzidas, é de se manter o ‘quantum’ reparatório sentencial mente imposto (Ap. Civil, n. 2007.053379-9, da Capital, rel. Des. Trindade dos Santos, j. em 5-6-2008).
A INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O Código de Defesa do Consumidor prevê, em seu artigo 6º, inciso VIII, que diante da hipossuficiência do consumidor frente ao fornecedor, sua defesa deve ser facilitada com a inversão do ônus da prova. É o que se postula na presente demanda. NELSON NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY lecionam:
 “O processo civil tradicional permite a convenção sobre o ônus da prova, de sorte que as partes podem estipular a inversão em relação ao critério da lei (CPC 333 par. ún. a contrario sensu). O CDC permite a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, sempre que for ou hipossuficiente ou verossímil sua alegação. Trata-se de aplicação do princípio constitucional da isonomia, pois o consumidor, como parte reconhecidamente mais fraca e vulnerável na relação de consumo (CDC 4º, I), tem de ser tratado de forma diferente, a fim de que seja alcançada a igualdade real entre os partícipes da relação de consumo. O inciso comentado amolda-se perfeitamente ao princípio da isonomia, na medida em que trata desigualmente os desiguais, desigualdade essa reconhecida pela própria lei.” (Código civil anotado e legislação extravagante. 2 ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 914).
Considerando, sobretudo, a hipossuficiência técnica e econômica dos autor, encontram-se caracterizados os requisitos do art. 6º, VIII, do CDC para se impor a inversão do ônus probatório e, por conseguinte, promover o equilíbrio contratual entre os litigantes. Assim, requer-se a inversão do ônus da prova.
III– DOS PEDIDOS
a) a citação da requerida via Correio – Carta Registrada “AR”, para querendo, em audiência a ser designada por V.Exa., apresentem a defesa que melhor lhes convir, sob pena de revelia e confissão;
b) seja condenada indenização por danos morais, na quantia a ser arbitrado por V. Exa, sugerindo-se o valor de 18 (dezoito) salários mínimos;
c) a inversão do ônus da prova, em conformidade com o artigo 6°, inciso VIII do Código de Defesa do Consumidor;
d) a condenação da requerida ao pagamento das custas processuais, honorários advocatícios e demais emolumentos de estilo;
Dá-se à causa o valor de R$ 16.866,00 (Dezesseis mil Oitocentos e sessenta e seis Reais).
Termos em que, pede deferimento.
Pedro Henrique Fernandes de Lima
Advogado – OAB/PB 6352

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