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Pensamento Pedagógico Brasileiro Liberal

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Pensamento Pedagógico Brasileiro Liberal
Anísio Teixeira uma nova filosofia da educação
Conhecer a vida e a luta de Anísio Teixeira
Concluir a necessidade de romper com algumas tradições da escola tradicional tais como: o professor como detentor do saber, imposição de conteúdos descontextualizados etc.
Avaliar a grande contribuição de Anísio, para com a educação gratuita e laica e obrigatória.
Conteúdos:
Infância e Juventude e Formação Educacional (Vera Donato)
Viagens à Europa e aos Estados Unidos e Regresso à Bahia (Ana Patrícia)
Reforma Educacional no antigo Distrito Federal (Marilei )
Do Exílio no sertão, à Unesco, e criação do CAPES/ INEP/ CBPE. (Vera Donato)
Educação não é Privilégio, Memorial dos Bispos e Manifesto dos Pioneiros. (Ednéia)
Morte Prematura. 
 Pedagogia 3º período
Tempo Estimado: Uma hora (01h00min.)
Material Utilizado: Televisão, DVD, CD-ROM com fotografias, Cópias de cartas, a seus pais, Memorial dos Bispos e Manifesto dos Pioneiros da educação. Folhas com exercícios de avaliação.
Desenvolvimento:
Infância, Juventude e Formação Educacional.
 Nascido, em 12 de julho na cidade de Caetité, na (BA) Anísio Spínola Teixeira. Na cidade os habitantes orgulhavam-se da cultura e das escolas, da “Corte do Sertão”, como era conhecida na época por haver ali a escola normal e a escola complementar fundadas por seu pai, Deocleciano Pires Teixeira.
 Anísio Teixeira morava num amplo sobrado na Praça da Catedral, sob os cuidados de sua mãe D. Anna Spínola Teixeira. Estudou no colégio dos jesuítas chamado de Instituto São Luiz Gonzaga na própria Caetité, e depois, já em Salvador, concluiu o secundário no Colégio Antônio Vieira.
 
 Em 1914, o então jovem Anísio em convivência com os padres do colégio jesuíta cogita a idéia de entrar na Companhia de Jesus. Envia carta aos pais, (anexa) e comunica sua intenção sobre a qual não recebe consentimento. Seu pai desejava vê-lo político e mandou-o estudar no Rio de Janeiro, onde Anísio ingressa na Universidade do Rio de Janeiro e em 1922 sai de lá sai formado em Direito, entretanto, continua em dúvida quanto a sua vocação.
 Em 1924, o então bacharel em Direito Anísio, pede uma vaga de promotor público ao governador Francisco Marques de Góes Calmon e recebe uma surpreendente proposta para ocupar o cargo de Inspetor Geral do Ensino da Bahia. O convite que fora recusado inicialmente por Anísio se considerar despreparado, depois foi aceito. Com isto Anísio aprofunda seus estudos sobre a educação e ao ler o livro de Omer Buyse, Méthodes américaines d éducation (1908). Então inicia-se sua batalha pela melhoria do ensino na Bahia, e no mesmo ano que assumiu o cargo na Inspetoria de Ensino, publicou o artigo: “A propósito da Escola Única”.
Viagens a Europa e aos Estados Unidos e Regresso à Bahia
 Sua viagem à Europa dura quatro meses do ano de 1925, tudo é registrado em suas anotações pessoais, observações feitas sobre sistemas escolares de países como Espanha, Bélgica, Itália e França. Neste mesmo ano Anísio consegue transformar seu projeto de reforma do ensino baiano, na lei nº1846, de 14/08/1925, que defendia a concepção de que a escola deveria oferecer uma educação integral, desenvolvendo nos alunos qualidades cívicas, morais, intelectuais e de ação.
 Em 1927, em viagem pelos Estados Unidos observa a cultura americana e de volta ao Brasil em 1928 publica Aspectos americanos de educação, que contém além das observações de viagem, o primeiro estudo brasileiro sistematizado das idéias de John Dewey. Neste mesmo ano Anísio volta aos Estados Unidos para um curso de pós-graduação na Universidade de Columbia, em Nova York, onde conheceu o pedagogo John Dewey. 
 Ao regressar a sua terra Bahia em 1929, não consegue sensibilizar o novo governo a realizar suas propostas, então se demite do cargo e passa a se dedicar ao magistério, ocupando a cadeira de Filosofia e História da Educação da Escola Normal de Salvador. Em 1930, publica Vida e Educação dois ensaios que traduzira de John Dewey.
 Ainda em 1930, publica o artigo “Por que Escola Nova?” (anexo) onde Anísio condensa o significado de suas duas viagens à América. Neste artigo o educador, explica a necessidade de mudanças do ensino tradicional, voltado para as elites e que não forma cidadãos críticos pensantes, reivindica o direito da educação laica e gratuita para todos. Revela todos os pontos onde é contra a educação tradicional e em que deve ser mudada.
Reforma Educacional no antigo Distrito Federal
 Após a morte de seu pai, e a tentativa fracassada de tornar-se deputado federal da Bahia, Anísio parte em 1931, para o Rio de Janeiro, onde assume a Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, a convite do prefeito Pedro Ernesto Batista. Criou enquanto assumiu este cargo, a “rede municipal de ensino” da escola primária à Universidade. Introduziu a moderna arquitetura escolar, ampliando as matrículas e os serviços de extensão e aperfeiçoamento, as Escolas Técnicas Secundárias e a transformação da antiga Escola Normal, criada na gestão de Fernando Azevedo, em “Instituto de Educação”.
 Implementou disciplinas novas tais quais: canto-coral, educação física e a rádio-escola, dentre outros. Entretanto, a iniciativa que mais polêmica, foi a criação da Universidade do Distrito Federal, em abril de 1935. Tendo como primeiro reitor Afrânio Peixoto. Darcy Ribeiro falou que mais tarde a UDF “filha querida de Anísio, foi fechada e banidos seus professores, os mais brilhantes que o Brasil já teve.” A UDF mudou o ensino superior brasileiro, mas foi extinta em 1939, durante o Estado Novo.
 Casou-se com Emília Telles Ferreira em 1932, em São Paulo. Neste mesmo ano, tornou-se signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que divulgava, ao povo e ao governo, as principais diretrizes de um programa de reconstrução educacional de um grupo de educadores, alguns dos quais já haviam comandado reformas no ensino público do País, como, pó exemplo Lourenço Filho (Ceará /1922-23) e Fernando de Azevedo (DF/1927-30)
 Anísio Teixeira projetou-se nacionalmente pelos livros que escreveu e por suas realizações no antigo DF. Alguns livros que escreveu: Educação Progressiva- uma introdução à Filosofia da Educação(1932) e Em marcha para a Democracia (1934)
Do Exílio no sertão de Caetité, à Unesco a volta ao Brasil e a criação 
do CAPES/ INEP/CBPE
 Em dezembro de 1935, perseguido pelo governo de Getúlio Vargas, pede demissão de seu cargo, ainda que muitos amigos e simpatizantes não concordam e enviam abaixo-assinado em solidariedade. Neste período muitos foram perseguidos e alguns acabaram presos. Anísio refugia-se no sertão da Bahia, região de Caetite, fazenda Gurutuba. Ainda que afastado 10 anos da vida pública editou em 1936, Educação para a democracia introdução à administração escolar. 
 Em 1946, aceita o convite, para ser Conselheiro de Ensino Superior neste órgão por apenas um período de experiência. No ano seguinte, com o fim do Estado Novo, voltou ao Brasil e novamente toma posse da Secretaria de Educação de seu Estado.
 Nesta gestão criou, em 1950, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador, a Escola Parque. O sistema de ensino, idealizado por ele, previa edificações escolares de dois tipos: as escolas-classe, responsáveis pelo ensino da Matemática, Línguas, Ciências, História e Geografia e as escolas-parque, responsáveis pela educação social, pela educação física, musical, sanitária, pelo uso da leitura e pela assistência alimentar. Em 1951, assumiu o cargo de secretário –geralda Campanha de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (CAPES) e, no ano seguinte, o de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), e ainda na mesma função criou no Rio de Janeiro o Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), com o objetivo de coordenar estudos sociológicos, antropológicos estatísticos e históricos sobre a realidade brasileira. Muitos outros centros de estudos foram criados em várias cidades brasileiras. O CBPE chegou a ter uma biblioteca de educação com120.000 volumes e a editar uma publicação da maior importância para a área, a revista Educação e Ciências Sociais.
Educação não é privilégio, Memorial dos Bispos e Manifesto dos pioneiros.
 Sua gestão na CAPES e no INEP, promoveu a possibilidade de Anísio proferir inúmeras conferencias pelo País que lhe renderam perseguições. Seu livro Educação não é privilégio, publicado em maio de 1957,recebeu aplausos e críticas. Isto se deu porque o momento era de debates em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que acontecia entre educadores liberais, educadores católicos e proprietários de escolas particulares em torno dos rumos da educação no País. No momento mais acirrado os bispos gaúchos liderados por Dom Vicente Scherer defenderam, através de um documento, os interesses do ensino confessional católico.
 O chamado *Memorial dos Bispos, lançado em 1958, opunha-se aa “revolução social através da escola” e usava a Constituição Federal para atacar órgãos do governo e Anísio de “extremista”e pedia ao governo da República sua demissão do INEP.
 O então considerado “extremista”, distribuiu a imprensa um documento no qual apresentava suas diretrizes como educador e administrador público. Recebeu, em apoio um *manifesto assinado por 529 educadores de todo País e também a solidariedade do Cardeal Primaz da Bahia, Dom Augusto da Silva. O Presidente da República, Juscelino Kubitschek, não aceitou o pedido dos bispos e manteve Anísio no cargo.
 Anísio Teixeira prossegue com seus sonhos e cria a Universidade de Brasília ao lado de Darcy Ribeiro, a quem entregou a condução do projeto e reitoria. Alguns se levantaram contra, como Israel Pinheiro, que temiam a presença de estudantes, vistos, ao lado dos operários, como elementos de agitação, ou ainda dos que como Dom Helder Câmara, pretendia construção de uma Universidade Católica, sob a condução dos jesuítas.
 A Unb, nasceu como uma fundação, autônoma e que pretendia que nela ninguém fosse discriminado por convicções políticas ou religiosas.
 No início de 1971, mais uma vez pressionado por intelectuais, Teixeira aceita candidatar-se a vaga na Academia Brasileira de Letras. Em março deste mesmo ano, sua morte trágica é noticiada e debatida pelos jornais, interrompeu sua trajetória.
 O corpo deste celebre educador foi encontrado no fosso do elevador do prédio do imortal Aurélio, na praia de Botafogo no Rio de Janeiro. Era 14 d março de 1971.
 Pequeno trecho de um manuscrito encontrado em sua pasta, que carregava consigo.
 “Com efeito, todo o presente modo de pensar do homem é modo de pensar em termos de mudança. A essência do método científico está em sua posição de juízo suspenso. Tudo que fazemos se funda em hipóteses, sujeitas obviamente a mudanças. Tais mudanças decorrem de novas experiências e tais novas experiências do fluxo ininterrupto de mudanças...”
 Anísio Teixeira 1971
Conclusão:
 O pensamento de Anísio Teixeira, propunha mudanças na educação brasileira e ao mesmo tempo em que aconteciam mudanças na sociedade. Este movimento iniciado no Brasil por este educador opunha-se a práticas pedagógicas tradicionais, visando uma educação que pudesse integrar o indivíduo na sociedade e, ao mesmo tempo ampliar o acesso de todos à escola. O escolanovismo desenvolveu-se no Brasil no momento em que o país sofria importantes mudanças econômicas, políticas e sociais. O acelerado processo de urbanização e a expansão da cultura cafeeira trouxeram o progresso industrial e econômico para o país, porém, com eles surgiram graves conflitos de ordem política e social, acarretando assim uma transformação significativa da mentalidade intelectual brasileira. No cerne da expansão do pensamento liberal no Brasil, propagou-se o ideário escolanovista.
 Anísio Teixeira contribuiu significativamente para educação brasileira, em todas as suas áreas, tanto na formação de professores como no desenvolvimento de uma escola que tivesse o aluno como centro, e o desenvolvimento de Universidades que ampliassem as chances do educando. Entretanto, sua maior contribuição foram na organização de leis e pareceres que fizessem com que o governo “ cumprisse” alguns princípios como a gratuidade, a laicidade e a obrigatoriedade da educação.
Apresentaremos fotos ao longo da apresentação. Anísio Teixeira, família, residência, escola Carneiro Ribeiro etc...
 Anísio Teixeira ( 1900-1971)
Atividade Avaliativa:
Análise e Reflexão
O que você acha da educação integral?
A Escola Nova introduziu os trabalhos em grupo, a fim de forjar o “hábito de cooperação”. Escreva sobre as vantagens e desvantagens de fazer trabalho em grupo.
Bibliografia e Webliografia:
www.cpdoc.fgv.br/nav-jk/htm/ o Brasil de JK
www.prossiga.br/anisioteixeira
www.centrorefeducacional.com.br
GADOTTI, Moacyr. História das idéias pedagógicas. São Paulo : Cortez 1997
CHAVES, Miriam Waidenfeid. Educação Integral: uma proposta pedagógica na administração escolar de Anísio Teixeira no Rio de Janeiro dos anos 30. In: Educação Brasileira em tempo integral. Petrópolis, Vozes 2002

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