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Sistemas Comparados de Saúde Adriano de Aguiar Filgueira Histórico Foucault identificou 3 tipos de intervenções no nascimento da Medicina Social: Medicina Urbana – França: higienização das cidades; Polícia Médica – Alemanha: médico responsáveis pela vigilância distrital sobre a saúde dos indivíduos; Medicina da Força de Trabalho – Inglaterra: revolução industrial. Histórico Final do século XIX: modelo de seguro social ou de seguro público; 1948 – Reino Unido: Serviço Nacional de Saúde (NHS): Novo marco na organização dos sistemas de saúde contemporâneos; Garantia do acesso universal – financiados a partir de impostos; Saúde como um direito da cidadania. Fleury (1994) – modelos de proteção social e a influencia no tipo de sistema de saúde: Assistência; Seguro; Seguridade. Histórico Terris (1980) – correlacionou a organização do sistema de saúde com o desenvolvimento econômico e regime político: Assistência pública; Seguros; Serviços Nacionais. Na mesma década, surge nova classificação: Sistema empresarial-permissivo de mercado (EUA); Os seguros sociais públicos (França, Alemanha, entre outros); Sistema ou serviços nacionais (Reino Unido, Canadá, Espanha, Portugal). “Comparar é buscar semelhanças, diferenças ou relações entre fenômenos que podem ser contemporâneos ou não, que ocorram em espaços distintos ou não, para melhor compreendê-los.” Sistemas Comparados de Saúde Contexto histórico, socioeconômico, político e cultural; Grau de cobertura: Universal; Segmentada; Equilíbrio entre as fontes de financiamento: Impostos; Contribuições sociais; Seguro público ou privado; Pagamento direito; Sistemas Comparados de Saúde Grau de integração entre os agentes financiadores e prestadores: Número de agentes financiadores; Presença de um Ministério ou de um Seguro Nacional; Propriedade dos serviços: Públicos; Privados-lucrativos; Filantrópicos; Formas de organização da prestação de cuidados, remuneração e regulação dos profissionais: ato, salário, capitação, maior ou menor regulação. Sistemas Comparados de Saúde Estados Unidos da América População: mais de 300 milhões de habitantes; Gastos em saúde: US$ 7.960 (17,4% do PIB); Esperança de vida ao nascer: 78,9 anos; Mortalidade infantil: 6,5 mortes por 1.000 nascidos vivos; Desigualdades: mortalidade infantil é muito mais elevada na população negra. Estados Unidos da América A saúde sempre foi considerada um problema individual; Pobre e incapazes eram alvos de ações específicas; Setor público: Department of Health and Human Services (HHS); Centers for Diseases Control and Prevention (CDC) e Food and Drug Admnistration (FDA) – intervenções clássicas de saúde coletiva; National Institutes of Health (NIH) e a Agency for Health Care Research and Quality (AHRQ) – pesquisa e avaliação da qualidade dos serviços; Medcare e Medcaid – assistência médico-hospitalar a grupos específicos. Estados Unidos da América MEDCARE: Seguro social de responsabilidade federal; Cobertura médico-hospitalar de aposentados e seus dependentes, deficientes e portadores de doença renal crônica; Dois sistemas de cobertura: obrigatório e o complementar (adesão voluntária). MEDCAID: Reponsabilidade dos governos estaduais; Comprovar a situação de pobreza. Estados Unidos da América Principal forma da população americana obter cuidados em saúde é por meio dos seguros privados Estados Unidos da América Sistema plural; Altamente segmentado; 16% da população sem nenhum tipo de cobertura; Outra parcela com acesso reduzido; 60% das pessoas que devem é devido ao não pagamento das contas médicas. Estados Unidos da América The Patient Protection and Affordable Care Act (2010) – Obama: Expandir a oferta; Reduzir os gastos; Aumentar a qualidade. França População: 62 milhões de habitantes; Gastos em saúde: US$ 3.978 per capita (11,6% do PIB); Desses gastos, 77% advêm de fundos públicos; Esperança de vida ao nascer: 81,8 anos; Mortalidade infantil: 3,9 mortes para 1.000 nascidos vivos. França O Sistema de Saúde baseia-se em três grandes princípios: Solidariedade; Pluralismo; Medicina liberal. Financiamento advém de impostos e, principalmente, de contribuições de empregados e empregadores; A atenção à Saúde é garantida por meio de serviços públicos e privados; 87% contribuem com o Caisse Nationale d’Assurance Maladie – destinado aos trabalhadores assalariados. França Desde 2000 – lei de cobertura universal; Todos os residentes legais na França estão cobertos por esse regime; Existe uma relação de serviços em que o Estado se responsabiliza por cobrir ou reembolsar os usuários; Desde 2009 – incentivos financeiros são concedidos aos profissionais que cumpram com metas de prevenção; Existem dificuldades em manter os serviços com os gastos constantemente crescentes. Inglaterra Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Países de Gales e Irlanda do Norte); População: 61 milhões de habitantes; Gasto com saúde: US$ 3.487 per capita (9,8% do PIB); 83% dos gastos com saúde são públicos; Esperança de vida ao nascer: 78,5 anos; Mortalidade infantil: 4,3 mortes para 1.000 nascidos vivos. Inglaterra 1948 – Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS); Modelo de socialização de serviços de saúde; Universal; Financiamento através de fontes fiscais; Serviços com clínicos gerais – porta de entrada; Conseguiu implantar um sistema para reduzir o tempo de espera; A partir de 2010, o sistema de saúde inglês passou por uma reforma que consistiu num processo baseado na livre e escolha e competição. Canadá População: mais de 33 milhões de habitantes; Gastos com saúde: US$ 4.373 por habitante (11,4% do PIB); 71,1% gastos públicos; Expectativa de vida: 79,5 anos; Mortalidade infantil: 5,4 mortes por 1.000 nascidos vivos. Canadá Sistema de saúde universal; Financiado por fontes fiscais pelo governo federal, províncias e territórios; Médicos são credenciados aos sistema de saúde nacional e recebem do Estado pelos serviços prestados; Existem médicos assalariados que trabalham em centros de saúde ou ambulatórios de hospitais; Enfermeiros são geralmente assalariados; Demais profissionais trabalham em hospitais clínicas privadas; Canadá Espanha População: quase 46 milhões de habitantes; Gasto em saúde: US$ 3.067 per capita (9,5%); 73,6% são gastos públicos; Queda da natalidade; Predomínio das doenças crônico-degenerativas; Persistência de algumas disparidades de indicadores. Espanha Porta de entrada do sistema de saúde: médicos de família e comunidade que trabalham em Centros de Saúde como funcionários públicos; Sistema Nacional de Salud (SNS); Financiado por recursos fiscais que são repassados do governo central para as Comunidades; Há a existência de níveis de atenção bem definidos e integrados; Acesso garantido a todos os espanhóis ou residentes legais; Deve-se registrar em um Centro de Saúde e ter um cartão sanitário; Universalidade parcial. América Latina Colômbia Universalização incompleta; Sistema General de Seguridad Social em Salud (SGSSS) e o Regime contributivo e regime subsidiado; O financiamento se dá por meio de contribuições sociais, impostos e pagamento direto; Regulação: Ministério da Saúde e Superintendência Nacional de Saúde; Sistema ainda fragmentado e com gastos crescentes. Argentina Três subsetores: Sistema público, universal; Seguro social, afiliação compulsória; Seguro privado, voluntária; Financiamento: recursos fiscais, contribuições, seguros privados, pagamentos diretos; Governo Federal: normatização; Governos das províncias e dos municípios: prestação de serviços. Chile Seguro Nacional Fonasa (público); Isapre (privado); Universal segmentado sem dupla cobertura; Financiamento: contribuições (público, privado), impostos, copagamento, pagamentos diretos. Brasil Sistema Único de Saúde e seguros privados; Universal segmentado com dupla cobertura; Financiamento: recursos fiscais, seguros privados, pagamento direto;Ministério da Saúde, estados e municípios; Agência Nacional de Saúde Suplementar – seguros privados; Enfrenta dificuldades de financiamento, tempo de espera prolongados; Implantação de Redes de Atenção e fortalecimento da APS. Referência Bibliográfica CONIL, E. M. Sistemas Comparados de Saúde. IN: CAMPOS, G. W. S. et al., Tratado de Saúde Coletiva. 2ª ed. rev. aum. Cap. 18. p: 591-660, São Paulo, Hucitec, 2012. .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; }
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