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MONOGAFIA DIREITO DO CONSUMIDOR

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INTRODUÇÃO
O relacionamento diário de consumo é uma realidade inseparável da vida de todas as pessoas, ou seja, o consumo é essencial no cotidiano do ser humano, somos consumidores a partir de nosso nascimento e durante toda nossa existência independentemente de cor, raça, ou classe social.
Consumimos por diversos motivos, desde necessidades básicas de sobrevivência até o consumo por mero desejo.
As relações de consumo são classificadas como bilaterais, pois são compostas por fornecedor (fabricante, comerciante, produtor, importador e prestador de serviços) aquele que disponibiliza bens e serviços; e consumidor. 
As relações de consumo vêm evoluindo gradativamente. O que era uma simples troca de mercadorias evoluiu para complexas operações de compra e venda, financiamentos, arrendamentos mercantis etc. devido a uma numerosa concentração populacional nos centros urbanos e em suas periferias o desenvolvimento comercial também evoluiu, tendo como conseqüência o surgimento de diversos estabelecimentos comercias, hipermercados, indústrias, todos com o objetivo de lucrar e suprir as necessidades dos consumidores, sem se preocuparem com a qualidade de seus bens e serviços disponibilizados ao mercado.
Essa evolução extraordinária no comércio resultou no aprimoramento da oferta, passando a utilizar a publicidade como meio de divulgação dos produtos para atrair mais consumidores e usuários, dando inicio ao consumo em massa.
Com essas mudanças nas relações de consumo inevitavelmente surgiu à necessidade de uma proteção para os consumidores em suas relações de consumo, passando assim a refletirem nas relações sociais, econômicas e jurídicas. 
Esse trabalho acadêmico objetiva expor os principais tipos de publicidade, suas características e seus limites diante do Código de Defesa do Consumidor.
É um tema muito instigante, porque a publicidade está presente de forma direta ou indiretamente no cotidiano de todas as pessoas, o consumidor não tem controle do que lhe é ofertado, mas se deter o conhecimento de seus direitos ele terá melhores condições de realizar uma escolha consciente do que vai consumir e de evitar que seus direitos sejam desrespeitados. 
 Diante de todo o exposto, constatamos que a legalização das relações de consumo veio para facilitar o cotidiano do Consumidor, dando assim uma maior segurança em suas ações.
Vejamos, a partir de agora, todas as peculiaridades deste instituto tão relevante em nosso sistema, que é a publicidade no Direito do Consumidor.
CAPÍTULO I
DIREITO DO CONSUMIDOR – PRESSUPOSTOS FUNDAMENTAIS.
 1.1 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
O ser humano vem evoluindo gradativamente com o decorrer dos anos, a cada geração ele sofre transformações devido à necessidade de adaptação ao meio em que vive; com o Direito não é diferente, porque essa ciência tem como finalidade regulamentar as relações humanas que se modificam constantemente. 
Entre os séculos dezoito e dezenove o Direito era tido como um instituto de acesso individual e restrito as pessoas que possuíssem poder aquisitivo para custear uma demanda judicial, o Estado não tinha a preocupação de garantir o acesso de todos ao judiciário, o que na prática infringia o princípio da igualdade; as relações de consumo eram tuteladas pelo Direito Civil, uma lei conservadora que foi sancionada no ano de 1917 que nas relações contratuais defende o pacta sunt servanda, ou seja, o que foi pactuado deve ser respeitado.
Durante quase todo o século para solucionar problemas relacionados ao consumo foram aplicadas equivocadamente normas contratuais, o que acarretou prejuízos para diversos consumidores, mas felizmente na medida em que a sociedade evoluiu a definição de direitos humanos também se conscientizou que as relações sociais possuíam predominantemente características coletivas.
As preocupações em regulamentar as atividades de consumo se iniciaram no século XIX nos Estados Unidos, país mais desenvolvido do mundo no mercado capitalista, mas foi em 1890 com a Lei Shermann que se iniciou a proteção ao consumidor�.
Foi com base na Constituição Francesa de 1946, e em direitos tutelados por recentes constituições, que se considerou a importância de existir um sistema jurídico atualizado e igualitário que acompanhasse o desenvolvimento social e garantisse efetivamente a aplicação dos direitos cominados�.
A conscientização social e cultural da defesa do consumidor somente ganhou força após a década de 1960 com o movimento consumerista, que se iniciou na data de 15 de março de 1962 após o presidente dos Estados Unidos da América John Fitzgerald Kennedy declarar: 
Consumidores, por definição, somos todos nós. Os consumidores são o maior grupo econômico na economia, afetando e sendo afetado por quase todas as decisões econômicas, públicas e privadas [...]. Mas são o único grupo importante da economia não eficazmente organizado e cujos posicionamentos quase nunca são ouvidos�.
O Presidente Kennedy através desta mensagem mostrou a todos a importância do consumidor na economia mundial, devendo ser considerado nas decisões econômicas do país e de forma resumida relacionou que à saúde, à segurança, à informação, o direito de escolha e o direito de ser ouvido seriam os alicerces do movimento consumerista e os direitos básicos dos consumidores. 
Com a Revolução Industrial as metrópoles que possuíam uma concentração de indústria tiveram seu índice populacional multiplicado por pessoas que migraram do campo para as cidades, em busca de trabalho e melhores condições de vida.
Já no período pós- Revolução Industrial essa população permaneceu nas metrópoles, tendo como conseqüência o aumento na demanda por produtos e serviços, possibilitando assim, o aumento da oferta.
Para suprir essa demanda às empresas tiveram que produzir mais, para venderem para um maior numero de pessoas; Vendo a necessidade de atender uma vasta clientela e a oportunidade de crescer e lucrar com a situação, a indústria criou a produção em série, é uma forma de produção em escala que possibilitou reduzir os custos, diminuindo o valor final do produto para o comprador e aumentou consideravelmente a oferta, por produzirem em grandes quantidades.
Este modelo de produção começou a se desenvolver entre o final do século XIX e o inicio de século XX, tendo como conseqüência positiva a oferta em massa de produtos e serviços com valores acessíveis, atingindo a maior quantidade possível de consumidores.
 Após a segunda metade do século XX esse sistema se expande por todo o globo terrestre com uma proporcionalidade que impactou na idéia de globalização e no surgimento da sociedade de massa. 
Como podemos verificar a relação de demanda e oferta vem evoluindo gradativamente com o decorrer do tempo, essas modificações ocasionaram nas transformações da economia capitalista, nos costumes e nos processos comerciais.
Com a evolução da relação de consumo surgiu à necessidade de mecanismos ágeis e dinâmicos capazes de agilizar a compra e venda de produtos, bens e serviços através da comunicação; A publicidade veio para facilitar o desenvolvimento da economia em massa.
Diane de tantas modificações e uma relação que envolve diversos consumidores e fornecedores praticando constantemente o ato de compra e venda começou a surgir diversos problemas com relação ao consumo, problemas na fabricação dos produtos, abuso econômico por parte do fornecedor, defeitos nos produtos, desencadeando assim, a necessidade de regulamentação por parte do Estado das relações de consumo.
No Brasil a lei de proteção ao consumidor chegou ao final do século XX, apesar de postergado o CDC, Código de Defesa do Consumidor foi elaborado por conceituados professores que tiveram seu texto de anteprojeto transformado na Lei nº8078 de 11 de setembro de 1990�. 
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro o Código de Defesa do Consumidor é considerado o direito positivado mais atualizado e moderno, servindo como inspiração para a proteção consumeristana Argentina, modificações na legislação do Paraguai e Uruguai e planos em países da Europa.
A regulamentação desse instituto trouxe diversos benefícios aos consumidores e fornecedores, pois essa legislação está próxima da realidade em que vivemos, defendendo os interesses de uma sociedade em massa que consome produtos fabricados em série dentro de um mercado capitalista. 
 1.2 O DIREITO CONSTITUCIONAL NA DEFESA DO CONSUMIDOR
Como se sabe a Constituição Federal no Estado de Direito é a lei superior, indiscutível e todas as pessoas físicas ou jurídicas e os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estão submetidos a ela.
A Carta Magna é a lei fundamental do Estado, é composta por um conjunto de normas supremas que regulam todo o ordenamento jurídico.
Ela estipula quais são os poderes, quem irá detê-los, como deverão ser exercidos e quais os direitos, deveres e garantias que as pessoas possuem.
Por ser a norma mais importante do nosso Estado de Direito Democrático todo o ordenamento jurídico é norteado por suas normas e princípios, que são as normas mais importantes da Constituição; logo o Código de Defesa do Consumidor também tem como base os princípios constitucionais.
O ordenamento jurídico deve respeitar e obedecer rigorosamente os princípios, eles são considerados alicerces que dão sustentação ao sistema jurídico, caso não sejam respeitados, como conseqüência o ordenamento terá sua estrutura abalada.
Conforme GERALDO ATALIBA ensina: “princípios são linhas mestras, os grandes nortes, as diretrizes magnas do sistema jurídico. Apontam os rumos a serem seguidos por toda a sociedade e obrigatoriamente perseguidos pelos órgãos do governo (poderes constituídos). 
Eles expressam a substância última do querer popular, seus objetivos e desígnios, as linhas mestras da legislação, da administração e da jurisdição.
Por estas não podem ser contrariados; têm que ser prestigiados até as ultimas conseqüências “�.
Existem diversos princípios constitucionais, porém iremos expor os principais, correlacionados com o direito do consumidor.
Em primeiro lugar está o Princípio da Presença do Estado, que através do artigo 5º, inciso XXXII, do artigo 170, V da Constituição Federal e do artigo 48 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias expressam a necessidade de proteção ao consumidor e mediante a efetiva intervenção estatal nas relações econômicas o Código de Defesa do Consumidor- CDC foi elaborado.
Outro importantíssimo princípio se não o mais importante é o da Dignidade da Pessoa Humana, é assegurado ao cidadão uma vida digna com acesso a saúde, educação, o trabalho, a segurança, alimentação etc. conforme o estipulado no artigo 6º da Constituição Federal além do previsto no caput do artigo 225 que garante ao cidadão o direito à sadia qualidade de vida, resultante de um meio ambiente equilibrado ecologicamente�
Para que exista uma sociedade consumidora é necessário primeiramente existir a dignidade do ser humano, que se exterioriza através da efetivação dos direitos relacionados acima. Por exemplo, através do trabalho se supre a necessidade de mão de obra na fabricação de produtos e serviços que serão disponibilizados no mercado comercial e com a remuneração salarial paga aos trabalhadores possibilita- lhes condições financeiras para se ter uma vida digna, suprindo suas necessidades e consumindo o que lhes convier, movimentando assim o mercado capitalista.
O Princípio da Legalidade garante que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; o da Liberdade assegura ao fornecedor o livre acesso para explorar o mercado, se lucrar com essa ação, o lucro é justo, mas o risco assumido será sempre do empreendedor, jamais deverá ser repassado ao consumidor, já o consumidor tem a liberdade de contratar ou adquirir produtos e serviços que quiser, sendo-lhe assegurado o direito de escolha.
Conforme descrito no artigo 3º, inciso I da Constituição Federal, o objetivo fundamental da República Federativa do Brasil é construir uma sociedade livre, justa e solidária.
Esse é um nobre objetivo, porém se analisarmos detalhadamente a liberdade que possui o consumidor, chegaremos à conclusão de que se trata de uma liberdade restrita.
O consumidor é livre para escolher, mas está limitado ao que lhe é disponibilizado no mercado e por não ter acesso ao ciclo de produção e conhecimento técnico do produto comercializado, se torna vulnerável diante do empreendedor. O Princípio da Vulnerabilidade está elencado no artigo 4º, inciso I do CDC, ele reconhece que na relação de consumo o consumidor é a parte mais vulnerável, devendo o Estado intervir, se utilizando do Princípio do Equilíbrio para harmonizar esta relação, disponibilizando ao consumidor benefícios, como por exemplo, a responsabilidade objetiva do fornecedor. 
Já o Princípio da Isonomia estabelece igualdade para todos, conforme dispõe o caput do artigo 5º da Constituição Federal: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade, nos termos seguintes”.
A explicação conveniente a esse princípio é que se deve tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades.
Os artigos 4º, inciso II, 6º, inciso V e o parágrafo 2º do artigo 20 do CDC tutelam os Princípios da Equidade e Proporcionalidade, as atividades comerciais devem possuir compatibilidade e proporcionalidade entre o valor cobrado e o produto ou serviço prestado pelo fornecedor, é necessário prezar pelo justo valor e o equilíbrio entre as partes contratantes; não devendo obviamente, desrespeitar os princípios da Livre Concorrência e Defesa do Consumidor.
É passível a concorrência entre empreendedores, conforme previsto o artigo 170, inciso IV da Carta Magna, os fornecedores devem disponibilizar ao mercado produtos com qualidade e preços acessíveis para conseguirem conquistar o maior número possível de clientes. A atividade de livre concorrência reflete ao consumidor como uma garantia, pois os produtos ofertados serão sempre melhores que os da concorrência, com melhores formas de pagamentos ou preços, resultado assim em um processo de melhora contínua.
Também é resguardado ao consumidor o Princípio da Publicidade, ou seja, o direito a informação que será dissertada no item 1.3, que se trata da Publicidade e o Direito Constitucional. 
Diante ao exposto é possível verificar a importância do Princípio da boa-fé, que dispõe sobre a expectativa das partes de uma relação de consumo seguirem um padrão comportamental ético e moral, devendo as partes cumprir com o que foi acordado; conforme disposto nos artigos 4º, inciso III e 51, inciso IV do CDC.
 1.3 PUBLICIDADE E O DIREITO CONSTITUCIONAL 
Todos os princípios anteriormente dissertados são relevantes e merecem respeito por parte do publicitário, no entanto a publicidade também possui princípios específicos.
Por ser um meio de apresentação, comercialização, mostra ou venda de um produto principal a publicidade também merece a devida atenção. 
Norteada pelo Princípio da Publicidade, que defende o direito a informação e transparência devendo o fornecedor agir de maneira clara na relação de consumo, informando as características e condições do produto, conforme o exposto no caput do artigo 4º e no artigo 8º do CDC.
O inciso II, do parágrafo 3º, do artigo 220 da Constituição Federal estabelece que a pessoa e a família devem ser protegidos da publicidade nociva à saúde e ao meio ambiente, garantindo assim os valores éticos da sociedade�
Este princípio assegura a todos o direito à informação de forma clara e honesta, devendo o publicitário utilizar-se do Princípio da Moralidade e em seu anuncio veiculado não poderá jamais faltar com a verdade. 
CAPÍTULO II
DIREITO DO CONSUMIDOR – CONCEITOS E DIREITOS BÁSICOS.1.1 CONCEITO DE CONSUMIDOR
No âmbito jurídico definir o conceito de Consumidor é uma tarefa muito complexa, pois apesar de já existir uma definição legal de consumidor no CDC – Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990) o simples fato de consumir gera impacto em diversos setores, refletindo assim nas relações sociais, econômicas e jurídicas.
Devido à relação de consumo ter atuação em diferentes campos, sua conceituação se torna ampla, pois cada área irá conceituá-lo conforme suas necessidades e forma de atuação no mercado.
Nessa exposição será delimitada a definição de Consumidor do ponto de vista econômico e jurídico conforme o entendimento de alguns autores.
Conforme JOSE GERALDO DE BRITO FILOMENO do ponto do ponto de vista econômico, Consumidor é “todo indivíduo que se faz destinatário da produção de bens, seja ele ou não adquirente, e seja ou não, a seu turno, também produtos de outros bens”.� Sua definição de consumidor engloba, não somente, aquele que compra para uso próprio, mas também aquele que adquire na condição de intermediário, para revender para outros fornecedores.
Do ponto de vista jurídico a conceituação de Consumidor possui diversas versões, conforme assinalados pelos autores abaixo.
O Professor WALDIRIO BULGARELLI, defende que Consumidor é “aquele que se encontra numa situação de usar ou consumir, estabelecendo-se, por isso, uma relação atual ou potencial, fática sem dúvida, porém a que se deve da uma valorização jurídica, a fim de protegê-lo, quer evitando quer reparando os danos sofridos”.�
 Na visão de OTHON SIDOU, Consumidor é “qualquer pessoa natural ou jurídica, que contrata, para sua utilização, a aquisição de mercadoria ou a prestação de serviço, independentemente do modo de manifestação de vontade; isto é, sem forma especial salvo quando a lei expressamente a exigir”.�
Para o Professor FABIO KONDER COMPARATO, Consumidores são aqueles “que não dispõem de controle sobre bens de produção e, por conseguinte, devem se submeter ao poder dos titulares destes”.�
Já para ANTONIO HERMAN DE V. E. BENJAMIN, Consumidor é definido como:
Todo aquele que, para seu uso pessoal, de sua família, ou dos que se subordinam por vinculação ou protetiva a ele, adquire ou utiliza produtos, serviços ou quaisquer outros bens ou informação colocados à sua disposição por comerciantes ou por qualquer outra pessoa natural ou jurídica, no uso de sua atividade ou conhecimento profissionais�.
Diante do exposto percebe-se que a posição de BENJAMIN é a mais completa e condizente com nossa legislação. Segundo o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990) em seu artigo 2º define Consumidor como “toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. Em seu parágrafo único a definição é mais abrangente e define por equiparação como “a coletividade de pessoas, ainda que determináveis, que haja intervindo nas elações de consumo”.
Porém, existem duas correntes doutrinárias denominadas Maximalista e Finalista que possuem definições distintas de consumidor.
A posição maximalista ou objetiva conceitua consumidor de forma ampla, considerando como tal qualquer pessoa física ou jurídica que simplesmente praticar o ato de consumir, independente se sua finalidade é para utilização ou intermediação profissional de atividades lucrativas.
Podemos verificar nas definições acima que os autores José Geraldo, Othon Sidou e Benjamim conceituam consumidor de forma mais abrangente, característica essa da posição objetiva.
Diferentemente, Waldirio Bulgarelli e Fábio Konder Comparato dissertam a conceituação de consumidor de forma restrita, conforme defende a corrente doutrinária subjetivista.
A teoria finalista ou subjetiva defende que consumidor se restringe a pessoas físicas ou jurídicas que consomem produtos ou serviços para utilização própria sem fins profissionais que visem lucro.
Atualmente a corrente adotada pelo Superior Tribunal de Justiça, STJ é a teoria finalista que foi considerada pelo Min. Barros Monteiro ao sentenciar: “não há falar em relação de consumo quando a aquisição de bens ou a utilização de serviços, por pessoa natural ou jurídica, tem como escopo incrementar a sua atividade comercial”�.
A visão do STJ é que a aquisição de produtos e serviços com a finalidade de realçar atividades comerciais se enquadra como atividade intermediária de consumo, o que foge da finalidade de consumir que é a atividade fim. 
1.2 CONCEITO DE FORNECEDOR
A conceituação de Fornecedor não possui a diversidade de posições como a definição de consumidor, que é discutida por diversos autores.
Sendo considerado um tema muito vasto o legislador definiu Fornecedor de forma bastante abrangente, tendo como intuito tutelar o maior número de consumidores possível, pois assim, o risco de serem lesados reduz, na medida em que as classes de Fornecedores aumentam.
Tutelado no artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078, de 11 de setembro de 1990):
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Se analisarmos, o termo “Fornecedor” é uma forma generalizada que o Código encontrou para englobar diversas espécies de agentes econômicos, industriais, comerciantes, etc. Sendo todos obrigados ou responsabilizados, conforme exposto em nossa legislação, em qualquer relação de consumo irregular.
Sendo assim, fornecedor é todo aquele que disponibiliza e oferece produtos ou serviços no mercado, para o consumidor.
Fornecedor poderá ser pessoa física ou jurídica, que desempenhar atividade civil ou mercantil, oferecendo no mercado produtos e serviços; podem ser nacionais ou estrangeiros, desde que exportem produtos, ou prestem serviços para o país.
O Poder Público, de forma direta ou indireta, (empresas públicas e concessionárias de serviços públicos) ou privado, também poderá ser classificado como fornecedor.
Já os entes despersonalizados, também são fornecedores, e conforme JOSE GERALDO DE BRITO FILOMENO “assim entendidos os que, embora não disponde de personalidade jurídica, quer no âmbito mercantil, quer no civil, exercem atividades produtivas de bens e serviços”�. Dentro desta modalidade encontraremos os camelôs, a massa falida, os ambulantes, ou seja, pessoas jurídicas de fato, que mesmo sem ter constituído uma pessoa jurídica, realizam, de fato, atividades, comerciais, industriais, etc. no mercado consumidor.
Tutela ainda o caput do artigo 3º do CDC do enquadramento dos fornecedores, conforme a atividade que exercem, sendo assim, aqueles que atuam em produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Ao colocarem no mercado produtos ou ofertarem serviços, se caracterizarão como Fornecedores.
Conforme o exposto o Código de Defesa do Consumidor preocupou - se em expandir sua tutela para diversas espécies e atividades de Fornecedores, garantindo assim, uma defesa mais vasta e concreta para o consumidor e tornando o mercado de consumo mais extenso e sólido. 
1.3 CONCEITO DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Ao realizar a definição de Produtos e Serviços o legislador os conceituou o mais abrangente possível.
Dispõe sobre Produto no parágrafo 1º do artigo 3º do CDC: “Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial”.
E no parágrafo 2º do artigo 3º do mesmo Código de Defesa do Consumidor define sobre o que é Serviço: “Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista”.
Diante ao exposto é nítida a intenção do legislador de assegurar todae qualquer relação de compra e venda, ao conceituar Produtos e Serviços de forma genérica ele garantiu uma vasta cobertura do direito nas relações de consumo.
1.4 DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Os direitos fundamentais do consumidor estão enumerados no artigo 6º e seus incisos do Código de Direito do Consumidor e serão apresentados a seguir.
São direitos essenciais do consumidor:
Direito a segurança – concede proteção contra produtos ou serviços que possam ser prejudiciais à vida, à saúde e a segurança do cidadão. 
Direito a educação e a informação sobre o uso adequado e as características dos produtos e serviços ofertados no mercado, para que seja possível o comprador escolher com consciência.
A informação deve ser clara e precisa sobre os produtos e serviços, para proteção contra a publicidade enganosa e abusiva. 
Direito a alterar ou rever clausulas contratuais que determinam prestações desproporcionais, caso ocorram fatos posteriores à contratação que as tornem exageradamente onerosas.
A reparação dos danos morais e patrimoniais.
Ter acesso aos órgãos judiciários e administrativos para precaver ou reparar os danos patrimoniais ou morais.
Direito a escolha na contratação e aquisição de qualquer produto, tendo o consumidor várias opções de produtos e serviços com qualidade e preço baixo. 
		A segurança do produto tem que ser avaliada no momento em que é disponibilizado ao consumidor, e não por ocorrência do dano.
		Os responsáveis pela indenização ou reparação dos danos causados por produtos com vícios de qualidade e segurança são os fabricantes, construtores, produtores etc., ou seja, fornecedores em geral.
		Todos os direitos acima descritos devem ser assegurados e priorizados; na relação entre fornecedor e consumidor a transparência é condição essencial.
		A informação sobre o produto ou serviço a ser prestado deve ser objetiva e clara, indicando sempre todas as suas características. 
CAPÍTULO III
DA PUBLICIDADE.
1.1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Publicidade significa tecnicamente divulgar, publicar, é o meio utilizado para ornar um produto ou serviço conhecido, ela aproxima o consumidor. Seu principal objetivo é estimular na massa consumidora a vontade de adquirir os itens anunciados.
Atualmente a publicidade é um poderoso meio de comunicação com os consumidores. É a grande força que impulsiona o progresso do mercado capitalista, o desenvolvimento do comércio e todas as demais atividades vinculadas direta ou indiretamente com o consumo.
O motivo de sua existência está vinculado a algum produto e serviço que se pretenda divulgar, ou seja, publicidade é o instrumento de apresentação ou comercialização de produtos e serviços.
Está definida no artigo 8º do Código Brasileiro de Auto- Regulamentação Publicitária como: “toda atividade destinada a estimular o consumidor de bens e serviços, bem como promover instituições, conceitos e idéias”.
A publicidade exerce uma imensa influência na vida das pessoas de forma tão intensa capaz de impactar no convencimento e na decisão do consumidor em uma relação de consumo.
Ressaltando que o consumidor se encontra em estado de submissão com relação aos meios de comunicação, FÁBIO KONDER COMPARATO (1988. p.40) disserta: 
O consumidor vítima de sua própria incapacidade crítica ou suscetibilidade emocional, dócil objeto da exploração de uma publicidade obsessora e obsidional, passa a responder ao reflexo condicionado da palavra mágica, sem resistência.
Compra um objeto ou paga por um serviço, não porque a sua marca atesta a boa qualidade, mas simplesmente porque ela evoca todo um reino de fantasias ou devaneio de atração irresistível.
Nessas condições, a distância que separa esse pobre Babbit do cão de Pavlov torna-se assustadoramente reduzida”�·.
A situação acima exposta relata que o consumidor é instigado a consumir, é submetido à publicidade massiva que o acompanha cotidianamente. Como conseqüência a esses estímulos o consumidor sem distinguir corretamente acaba consumindo por impulso.
Se a publicidade comum direcionada ao homem médio tem esse efeito, a publicidade abusiva, enganosa ou aquela direcionada a crianças e adolescentes poderá ter resultados devastadores. 
Devido a esses motivos o legislador oprimiu a publicidade abusiva e enganosa em todas as situações; estipulou punições administrativas e vinculou o fornecedor ao anúncio publicitário.
O Código de Defesa do Consumidor como dissertado, atua em harmonia com a Constituição Federal, regula a publicidade em caráter preventivo, evitando assim a publicidade irregular, anormal ou prejudicial ao consumidor, o que não significa que o CDC esteja interferindo indevidamente na livre criação ou expressão.
1.2 PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Os princípios norteadores da Publicidade e de sua relação com o consumidor irão proporcionar um maior entendimento do assunto.
O princípio da identificação da publicidade é encontrado no artigo 36 do CDC: “a publicidade deve ser de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. A intenção do legislador é reprimir a publicidade clandestina e subliminar”.
Já o princípio da veracidade tem como objetivo garantir a veiculação da verdade de forma clara e honesta, devendo o anúncio publicitário conter todas as características do produto, possibilitando ao consumidor condições necessárias para escolher conscientemente o que vai comprar.
No artigo 31 combinado com os parágrafos 1º e 3º do artigo 37 do CDC proíbe a publicidade enganosa.
E no artigo 31 concordado com o parágrafo 2º do artigo 37 do CDC é explicito a repressão a publicidade abusiva. Devendo seguir o princípio da não abusividade a publicidade não deverá induzir o consumidor a praticar atos que lhe são prejudiciais, preservando os valores éticos e morais da sociedade.
O Princípio da transparência da fundamentação é tutelado pelo parágrafo único do artigo 36 do CDC, que estipula que a publicidade deverá ser fundada em informações específicas que confirmem os dados veiculados, demonstrando sempre sua veracidade.
Também temos o princípio da obrigatoriedade do cumprimento ou da vinculação contratual da publicidade. Esse princípio compõe o contexto da regulamentação da oferta dos artigos 30 e 31 do CDC, que estabelecem:
Artigo 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Artigo 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidade, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores
.
Como exposto os artigos acima são auto-explicativos descrevendo exatamente as características e informações obrigatórias que deve conter a oferta.
A característica fundamental deste princípio na oferta é o da vinculação contratual, ou seja, veiculada a oferta o fornecedor fica vinculado ao contrato que vier a ser celebrado, sendo possível ao consumidor requerer o cumprimento do que foi veiculado, forçadamente conforme o estipulado no artigo 35 do CDC.
O artigo 35 do CDC estipula o dever do fornecedor de cumprir o que por ele foi ofertado, não podendo se recusar a isso e as formas disponíveis ao consumidor para exercer seu direito.
Expõem o artigo 35:
Artigo 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindiro contrato, com direito à restituição de quantia e eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
	Esse ordenamento exemplifica as formas de defesa que são disponibilizadas ao consumidor Diane das ofertas disponibilizadas ao mercado fazendo-se efetivo o princípio da obrigatoriedade.
E o princípio da inversão do ônus da prova esta correlacionado com o art.6º, VIII do CDC, que garante a facilitação da defesa do consumidor e por este ser a parte mais vulnerável da relação de consumo o legislador estipulou no artigo 38 do CDC, que cabe ao patrocinador da mensagem veiculada, corrigir o que foi informado erroneamente e provar sua veracidade.
1.3 TIPOS DE PUBLICIDADE
Como já descrito publicidade é a forma de despertar no consumidor o desejo de compra, mas existem diversas formas de veiculação e vários tipos de publicidade, os lícitos e os ilícitos nos quais iremos explanar.
Tecnicamente, a publicidade pode ser classificada como institucional ou promocional. Institucional veicula informações da marca ou da empresa fabricante e Promocional objetiva comercializar produtos e divulgar serviços�.
A publicidade subliminar induz de forma imperceptível o consumidor a adquirir produtos sem que ele perceba que está sendo influenciado; esse tipo de veiculação é proibido pelo Código de Defesa do Consumidor.
Já a publicidade comparativa tem como característica a comparação do produto anunciado com o de seu concorrente.
Essa prática é permitida, mas o anunciante deve tomar algumas precauções para não acabar denegrindo e prejudicando seu concorrente, o que é vedado.
O método de publicidade testemunhal está regulamentado no parágrafo 9º do artigo 27 do Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária.
É a técnica utilizada através de testemunho ou depoimento de pessoas públicas (famosos) ou de consumidores habituais para destacarem os benefícios dos produtos e suas vantagens. Esse método concede maior impulso na mensagem publicitária veiculada, lhe conferindo credibilidade e maior poder de persuasão.
A publicidade clandestina é proibida conforme as disposições do artigo 36 do CDC: “A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal” e no Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária em seu artigo 9º: “A atividade publicitária de que trata este código será sempre ostensiva, com indicação clara da marca, da firma ou da entidade patrocinada de qualquer anúncio ou campanha”. 
Esses dispositivos coíbem a publicidade praticada de forma indireta através da inclusão de produtos e serviços em programas e filmes, técnica denominada merchandising que apesar de contrariar as normas do CDC tem como principal função passar despercebido.
“Teaser” conhecida como exceção é a única publicidade subliminar permitida no artigo 9º parágrafo único do Código Brasileiro de Auto Regulamentação Publicitária, pois a sua finalidade é causar expectativa ou curiosidade no consumidor sobre um produto ou serviço que ainda será lançado no mercado.
A peça jornalística é permitida pelo mesmo instituto em seu artigo 30, mas deve atentar-se quanto às características do produto propagado, pois por fazer parte de um contexto de matérias jornalísticas com informações verídicas o convencimento do consumidor é viabilizado, podendo ser enganado quanto à veracidade das informações ofertadas. 
A veiculação de publicidade de tabaco, bebidas alcoólicas, medicamentos e terapias está regulamentada pela lei maior, por se tratar de produtos prejudiciais a saúde do consumidor a Constituição Federal determinou que a publicidade desses produtos sofrerá restrições legais e diante ao exposto do parágrafo 4º do artigo 220 e do inciso II, do parágrafo 3º, da Carta Magna foi sancionada a Lei nº 9294, de 15 de julho de 1996, que restringe a utilização e a veiculação publicitária de tais produtos.
E em se tratando de proibição de veiculação publicitária o legislador detalhou publicidade enganosa e abusiva da seguinte forma:
Publicidade enganosa é:
Qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços (artigo 37, parágrafo 1º do CDC).
E se caracterizará publicidade enganosa por omissão aquela que “deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço” (parágrafo 3º).
Nas duas situações a publicidade enganosa acaba maquiando a vontade do consumidor, que enganado, acaba comprando produto ou serviço diferente daquilo que pretendia.
Publicidade abusiva é: 
Publicidade descrimina tória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência de crianças, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança” (artigo 37, parágrafo 2º do CDC).
Esse tipo de publicidade distorce a vontade do consumidor e pode até influenciá-lo a praticar atos prejudiciais e perigosos a sua saúde e segurança, é um método obscuro, desvirtuado que chega até violar os princípios éticos e morais da sociedade.
Uma campanha publicitária exerce grande influência de ordem econômica e cultural sobre a massa populacional o que destaca a necessidade de regulamentação da publicidade de forma administrativa e judicialmente.
Podemos citar a responsabilidade pelo anúncio que está regulamentada administrativamente pelo artigo 3º da norma de autodisciplina publicitária e judicialmente pelo CDC, mas ambos reforçam que o fornecedor, a agência de publicidade que produziu ou transmitiu o anúncio e o veículo de divulgação, são responsáveis pelo anúncio solidariamente. 
1.4 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Dispõe o artigo 38 do Código de Defesa do Consumidor: “O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina”.
Baseado na informação que o consumidor atua no pólo vulnerável da relação de consumo e que para ele que não possui conhecimentos técnicos do produto e da arte publicitária, a responsabilidade de provar que a publicidade é abusiva ou enganosa é evidentemente difícil; devido aos motivos acima, o legislador estipulou que o ônus de provar a verdade ou corrigir a informação ou comunicação veiculada é do anunciante, ou seja, do fornecedor interessado na sua divulgação.
Então, fundado nas informações do parágrafo único, do artigo 36 do CDC que dispõe: “o fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem” entende-se que além de transmitir a verdade o veiculador precisa arquivar a prova da veracidade da informação veiculada, caso seja necessário utilizá-la futuramente.
Esse dispositivo visa proteger tanto o consumidor, quanto o fornecedor; necessitando, o consumidor terá como confirmar as informações anunciadas e o fornecedor tendo arquivado os dados técnicos que fundamentaram o anúncio terá como comprovar a veracidade da informação passada.
Caso o fornecedor não cumpra com o determinado no parágrafo único do artigo 36 do CDC, o mesmo estará sujeito à punição estipulada no artigo 69 do mesmo ordenamento jurídico.
 
CAPÍTULO IV
INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO.
A importância da Publicidade no mercado financeiro já foi citada por diversas vezes no decorrer deste trabalho acadêmico, neste capítulo também será demonstrada a sua magnitude, mas do ponto de vista financeiro.
Vejamos a seguir o quanto empresas renomadas investem por ano na divulgação de seus produtos e serviços:
Na data de 15 de março de 2009, o site Publicidade e Propaganda divulgou o ranking dos maiores anunciantesem Web em 2008 e os respectivos dados de seus investimentos (valores, percentuais aplicados nas mídias etc.) 
Confira abaixo:
Classificado como o maior anunciante em internet, de acordo com pesquisa divulgada pelo ibope Nielsen Online, o Banco Bradesco investiu R$ 221.628.000,00 na web no ano de 2008. 
Em segundo lugar está o Banco Itaú, que investiu o valor de R$ 100.862.000,00.
Ocupando o terceiro lugar do ranking está à marca de veículos Ford, que investiu o valor de R$ 72.368.000,00.
 A empresa Samsung detém o quarto lugar, totalizando o valor de R$59.915.000,00 em investimentos.
Em quinto lugar a marca de veículo Fiat, que investiu o valor de R$ 58.869.000,00 em divulgação de sua marca. 
Já a multinacional, líder em vendas de bens de consumo Unilever, ocupando o sexto lugar, investiu a quantia de R$ 54.263.000,00.
A marca de refrigerante Coca- Cola está em sétimo lugar, com o investimento no valor de R$ 51.043.000,00. 
Liderando o oitavo lugar do ranking a rede de televisão por assinatura Sky investiu a quantia de R$ 43.667.000,00.
No nono e penúltimo lugar está à marca de veículos Wolkswagen ao ter investido o valor de R$ 38.306.000,00.
E em último lugar com o valor de R$ 37.451.000,00 investidos está a empresa de telefonia Brasil Telecom. 
Outros do ranking investiram o valor de R$ 856.077.000,00, totalizando no ano de 2008 a quantia de R$ 1.594.449.000,00.
As 10 empresas que mais investiram no meio on line em 2008 representam 46% do valor total apresentado, o que significa uma porcentagem muito pequena se comparado com as mídias tradicionais (TV, rádio, impresso, etc.)�.
Diante dos dados apresentados constata-se o enorme prestígio da publicidade perante o Mercado Financeiro, é uma atividade que movimenta bilhões de reais por ano e o seu retorno reflete positivamente no crescimento comercial daqueles que acreditam que a propaganda é a alma do negócio.
 
 
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CAPÍTULO V
RESTRIÇÕES A PUBLICIDADE.
1.1 OS SISTEMAS DE CONTROLE DA PUBLICIDADE
O sistema de controle da publicidade é composto por duas espécies regulamentadoras, uma externa e a outra interna.
O controle externo é realizado através da intervenção do Poder Público, o órgão competente atua nos conflitos que envolvem a publicidade.
Nos casos de abusividade, publicidade mentirosa ou abusiva, as punições podem ser criminais ou administrativas, o órgão público competente se utilizando do princípio da legalidade, definirá se a punição será baseada no Direito Penal, criminalizando a ação publicitária ou apenas administrativa.
Já a regulamentação interna é motivada por interesses privados, estipulado no CBAP - Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária, editado em 05 de maio de 1980 e regulado pelo CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária.
O Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária foi criado como resposta à iminência de se sancionar uma lei de censura prévia à propaganda, tendo como principal finalidade a defesa da liberdade de expressão comercial bem como os interesses das partes envolvidas nas relações publicitárias, além de regulamentar a atividade publicitária na íntegra.
O CONAR é uma organização não governamental que regula a publicidade, ele não possui poder de polícia, mas é respeitado por todos profissionais da área por ser um órgão de classe, sua função é atender e julgar denúncias relacionadas a anúncios veiculados e se procedentes é de sua competência orientar o reclamado quanto a sua regularização ou até mesmo a suspensão do anuncio propagado.
Resumidamente esse órgão regulamenta a publicidade, restringe seus excessos e os punem, é a ação de autocontrole, que também é impulsionada pela livre-concorrência, que acaba incentivando um empreendedor a fiscalizar o outro, prezando sempre pela melhora contínua e no caso de abusos podem ser geradas sanções civis.
Também existe o controle feito por associações de consumidores, que se direcionam ao fornecedor para interromper a transmissão de propagandas mentirosas ou abusivas veiculadas, fazendo valer o seu direito como consumidor.
Assim é controlada a publicidade, por órgãos externos através da intervenção estatal que possui sanções administrativas e judiciais e por órgãos internos da publicidade com métodos de autocontrole, além é claro da atuação repressiva do próprio consumidor.
1.2 NORMAS DE PROIBIÇÃO ABSOLUTA OU RELATIVA
 O Código de Defesa do Consumidor possui normas de proibição absoluta e relativa quanto à veiculação de mensagens publicitárias, que são controladas pelos consumidores e por órgãos estatais que atuam através de aplicação de sanções penais e administrativas�.
Um exemplo de restrição absoluta é a publicidade que se refere aos médicos, farmacêuticos, dentistas, hospitais e casas de saúde que são absolutamente proibidos de atrair clientes através da publicidade, norma regulamentada no código de ética competente a cada profissão.
A proibição relativa impõe limites na forma ou no conteúdo da informação veiculada; temos como exemplo de proibição relativa os advogados, que em um anúncio somente é possível veicular indicação de títulos, suas especialidades e endereço de seu escritório�.
As normas podem ser positivas, estipulando o que deve ser informado, ou negativas, constando o que não deve ser incluso na publicidade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente� por exemplo, proíbe em seu artigo 79 à inclusão de imagens, fotografias, legendas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições em revistas e publicações direcionadas ao público infanto-juvenil.
Independente da restrição o anunciante sempre deverá respeitar os valores éticos e sociais que possuem seus consumidores.
1.2 TIPOS PROIBIDOS DE PROPAGANDA
O Código de Defesa do Consumidor proíbe em seu artigo 37 dois tipos de publicidade: a enganosa e a abusiva.
A publicidade enganosa está descrita em seu parágrafo 1º, se trata de informação falsa veiculada, capaz de induzir o consumidor a erro, adquirindo um produto enganado quanto as suas características.
No parágrafo 3º do artigo 37 está definido a enganosidade por omissão, que nada mais é, que a omissão por parte do fornecedor sobre informações essenciais sobre o produto ou serviço comercializado.
A publicidade abusiva está conceituada no parágrafo 2º do mesmo artigo, tutela situações relacionadas à saúde e segurança do consumidor, além se ações de interesses sociais.
Os dois métodos de excessos publicitários são de grande importância no direito do consumidor e por possuírem um extenso e interessante conteúdo metodológico, será os próximos capítulos reservados a sua exposição. 
CAPÍTULO VI
 PUBLICIDADE ENGANOSA.
1.1 CONCEITO
	A publicidade enganosa está prevista no parágrafo 1º do artigo 37 do CDC que estabelece:
É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
 	O legislador vislumbrou detalhadamente publicidade enganosa no ordenamento acima, possibilitando o fácil entendimento de seu conteúdo devido sua característica auto-explicativa.
	Elucidando a citação acima publicidade enganosa é a veiculação de informações falsas ou parcialmente falsas utilizadas para atrair consumidores; os anunciantes ofertam produtos com qualidades e benefícios que não existem, chegam até a utilizar um produto de melhor qualidade para chamar a atenção do cliente, com a intenção de vender outro produto com uma qualidade inferior a do que foi ofertado.
	A enganosidade consiste na capacidade de induzir o consumidor a erro, pois na oferta são apresentadas características do produto essenciais ao convencimento do clientee se essas informações forem enganosas, terá o consumidor adquirido um produto acreditando ser outro, no qual ele não teria consumido caso tivesse conhecimento de suas reais características.
	Essa prática é proibida pelo CDC (artigo37, caput.) porque além de acarretar descontentamento e prejuízos ao consumidor descaracteriza a função do anúncio que é ofertar produtos e serviços, destacando suas verídicas qualidades, possibilitando ao consumidor uma escolha consciente. 
1.2 CARACTERÍSTICAS
	A principal característica da publicidade enganosa é a sua capacidade de induzir a erro o consumidor, mesmo através da prática omissiva.
	Transmite ao consumidor um falso conhecimento da realidade através de uma ficção publicitária produzida unilateralmente pelo fornecedor ou agência publicitária.
	A enganosidade é tutelada em qualquer modalidade de anúncio, independente de sua veiculação ser realizada de forma escrita (impressa em páginas de revistas ou jornais, encartes, correspondências, folhetos ou quaisquer outras formas de impressos), oral (através de rádio, auto-falantes ou qualquer outro serviço de ampliação sonora), mista com propriedades sonoras e visuais (apresentada através de comerciais, televisores, gravações em vídeos etc.), visual (exemplo de veiculação visual são as publicidades realizadas através de cartazes ou “outdoors” com uma estrutura de grande porte e localização pública)� ou de qualquer outra modalidade, pois este dispositivo é amplamente interpretado.
	É preciso que no anúncio veiculado o grau de enganosidade e persuasão seja suficiente para iludir e induzir o cliente a adquirir o produto ou serviço erroneamente.
	Porém a eficácia deste ato jurídico será avaliada conforme o caso concreto, sendo o conteúdo publicitário analisado quanto a sua capacidade de influenciar a vontade consumidora do homem comum ou até mesmo o desprovido de conhecimentos.
	A validade do ato jurídico praticado em uma relação enganosa é questionável por que esta prática realizada pelo fornecedor tem como conseqüência o surgimento da vontade duvidosa do cliente, ele foi iludido a adquirir um produto que não condiz com a realidade, tendo sua capacidade de discernimento influenciada a erro, não devendo sua ação ser considerada eficaz, por nela conter vicio.
	O núcleo desta publicidade está na falsidade da mensagem veiculada quanto à natureza do produto, suas características, qualidades, quantidade, origem, preço ou qualquer outra informação sobre o produto disponibilizado no mercado comercial.
	Em síntese se o erro vicia a vontade do consumidor, no instante em que ele pratica o ato de consumir um bem ou serviço este ato jurídico não é válido por inexistir a real vontade que lhe impulsiona.
Nesta comercialização está sendo ofertado um produto, mas se analisar constata-se, que o seu conteúdo diverge do informado na embalagem.
1.3 PUBLICIDADE ENGANOSA POR OMISSÃO
	A publicidade enganosa por omissão está positivada no parágrafo 3º do artigo 37 do CDC que estipula: “Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço”.
	É considerado essencial toda informação ou dado do produto cuja sua ausência influencie diretamente na decisão de compra do consumidor ou não transmita adequadamente sua forma de uso ou consumo como ela realmente é.
	Um exemplo de omissão é vender um apartamento novo, com boa localização, com preço abaixo do comercializado no mercado, que não possui vaga de garagem. Pressupõe-se que apartamentos novos, com boa localização sempre possuem vaga de garagem.
	Se este em específico não tem, é uma informação essencial do produto que deve ser veiculada.� 
	Existem alguns dados essenciais de produtos e serviços contemplados pelo conhecimento regular do mercado consumidor, não havendo necessidade de serem mencionados. Porém sempre que se tratar de um dado essencial, mas não for de conhecimento do consumidor, por ser novo no mercado ou por ter seu método de uso divergente do normal, precisa ser informado.
	Além de ser necessário informar dados elementares capazes de influenciar a decisão de o cliente adquirir ou não produtos ou serviços, é preciso seguir tudo o que está determinado pela lei quanto ao conteúdo do anúncio publicitário.
	Por exemplo, a Lei nº 9294 estipula que em anúncios de cigarros deve conter algumas advertências.� Se não conter essas advertências a publicidade será considerada enganosa por omissão.
	Nesta senda, a mensagem publicitária deverá conter qualquer dado tido como obrigatório pelo Código Brasileiro de Auto- Regulamentação Publicitária, do contrário se caracterizará como enganosa por omissão.
	Subjetivamente, para certificar-se da enganosidade do anúncio não existe a necessidade de se caracterizar dolo ou culpa, pois mesmo com a ausência desses pressupostos, se identificado que a mensagem em si é enganosa a infração será caracterizada, porque a responsabilidade do fornecedor, da agência publicitária e do veículo é objetiva.
1.4 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FORNECEDOR ANUNCIANTE, DAS AGÊNCIAS PUBLICITÁRIAS E DO VEÍCULO
	O anunciante e / ou a agência publicitária produz livremente o anúncio de forma unilateral, podendo dizer e expor o que quiserem, em contra partida, assumem a responsabilidade do conteúdo veiculado.
	Todas as pessoas envolvidas na criação e veiculação de anúncio publicitário serão responsabilizadas solidariamente, conforme expresso no CDC: “Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo” (parágrafo único do artigo 7º do CDC).
	Vejamos a seguir a participação de cada responsável e a possibilidade de se eximir da mesma.
	O fornecedor sempre será responsável pelos danos causados aos consumidores devido às informações, por ele anunciadas.
	A agência publicitária, por ter produzido o anúncio, responderá solidariamente com o anunciante, independentemente de constar no contrato celebrado entre as partes (anunciante e agência) clausula contratual estipulando que o risco do anúncio causar danos, é de responsabilidade do fornecedor. Essa previsão contratual somente terá validade entre as partes contratantes, não interferindo na previsão legal conferida aos consumidores afetados pela publicidade. Sendo configurado o dano o cliente lesado pode acionar tanto o anunciante, quanto a agência, ou até mesmo os dois simultaneamente, pois são solidários, e após ressarcir o dano causado, acertarão as despesas entre si, conforme o estipulado na clausula contratual anteriormente citada.
A agência somente será desresponsabilizada nos casos em que a enganosidade não estiver objetivamente empregada na mensagem publicitária em si; ou se posteriormente a veiculação do anúncio o fornecedor passa a agir de forma distinta ao informado, por exemplo, é veiculado que todos os produtos da loja X terão o desconto de 30% a vista, porém é constatado pelos consumidores que o estabelecimento anunciante está trabalhando com uma margem de desconto de apenas 10%, o que caracteriza publicidade enganosa.
	Neste caso a agência não será responsabilizada, uma vez que somente produziu a publicidade encomendada pelo anunciante que no momento de sua veiculação era verídica, sendo constatado o engano após sua divulgação, na loja fornecedora.
	O veículo também é responsável solidariamente com o anunciante e a agência, uma vez que sem o veículo não existiria o anúncio.
	O veículo somente poderá ser desresponsabilizado se o engano não estiver objetivamente aplicado no anúncio em si, ou se a enganosidade é configurada após a veiculação da mensagem publicitária, devido o anunciante agir de forma oposta ao informado em seu anúncio.
	Tem o veículo a possibilidade de se negar a transmitir mensagem publicitária que considere ser enganosa, não podendo o fornecedor ou a agência obrigá-lo a praticar tal ato.
	Faz-se necessário destacar que a prática de publicidade enganosa estána Lei nº 8078 qualificada como crime, regulamentado em seu artigo 67 que prevê: “Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
Pena – Detenção de 3 (três) meses a 1(um) ano e multa.”
	Pode negar-se o veículo de realizar a transmissão de qualquer anúncio ilegal, bem como nos casos descritos abaixo, previstos no Código Brasileiro de Auto- Regulamentação Publicitária:
Em casos em que considerar o conteúdo publicitário evidentemente contrário aos princípios orientadores do ordenamento auto-regulamentador; 
Em situações que fira seu método profissional de programação, edição ou jornalística;
Quando o anúncio não possuir a identificação de seu fornecedor, exceto em situações de teaser;
Em casos de informações polêmicas ou de denúncia que não possuem autorização expressa de seu autor.
CAPÍTULO VII
 PUBLICIDADE ABUSIVA.
1.1 CONCEITO
	A publicidade abusiva é legalmente proibida no artigo 37 do CDC que dispõe: “É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.” 
	E regulamentada no parágrafo 2º do artigo 37 que estipula:
	É abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. 
	Verifica-se que o legislador descreveu minuciosamente as situações que configuram a publicidade abusiva.
	Estipula o CDC que se configura prática abusiva a veiculação de mensagem discriminatória, independente de sua natureza, que estimule a violência, que desacate valores ambientais, que cultive a superstição ou o medo, que se aproveite da inexperiência da criança ou adolescente, ou que induza o consumidor a praticar atos perigosos ou prejudiciais a sua integridade física, saúde ou segurança.
	Para a configuração do abuso não há necessidade de existir vinculo com o produto ou serviço ofertado, basta que o conteúdo veiculado cause constrangimento ou malefícios ao consumidor.
	É possível uma publicidade ser abusiva e enganosa ao mesmo tempo, sendo apenas necessário que o produto ou serviço ofertado não corresponda com a mensagem veiculada e que no anúncio contenha o conteúdo estipulado como abusivo.
	Proíbe a lei qualquer forma de discriminação, sendo verificado na publicidade abusiva, não contendo eficácia o argumento de que o princípio da liberdade de expressão previsto na Constituição Federal possibilita o debate público de questões discriminatórias, pois sua validade é considerada no campo artístico, científico, acadêmico e até político, mas não no mercado de consumo que tem como princípio primordial a dignidade da pessoa humana, que também é tutelada pela Lei maior (artigo 1º, inciso III, da CF).
	Desta forma, a publicidade comercial não pode em hipótese alguma conter discriminação em seu conteúdo, do contrário será caracterizado como abusivo.
	Para que uma publicidade tenha sua natureza considerada como abusiva não existe a necessidade de configuração do real dano ou abuso ao consumidor. Basta que exista a iminência de sua transgressão.
	O anúncio abusivo é analisado em sua conseqüente potencialidade de causar danos aos consumidores e o interesse amparado juridicamente é o social.
	Vejamos um típico exemplo de publicidade abusiva:
As imagens da TV mostram uma metrópole grande e barulhenta, cheia de carros, fumaça e repleta de prédios. A cena mostra na janela do 3º andar de uma escola um rapaz de aproximadamente 15 anos, com olhos grandes e vivos, procurando algo na rua. Ao longe, uma voz feminina pede socorro. 
A imagem volta-se rapidamente para a rua: uma mulher grita por socorro presa nas engrenagens de um automóvel acidentado ao lado de um caminhão-tanque de gasolina. Está saindo fumaça dos dois veículos. Tudo leva a crer que o caminhão vai explodir e a mulher morrer.
O rapaz, então revela-se: corre para o banheiro, troca-se e surge o Superboy, com aquele famoso uniforme e capa coloridos: vai para a janela e saí voando.
Desce a rua e salva a mulher alguns segundos antes da explosão.
As imagens se afastam, mostrando ao longe o Superboy, agora soprando o fogo para apagá-lo.
As cenas são, então, cortadas, e um fabricante anuncia que está à venda em todos os magazines e boas lojas do ramo a roupa do Superboy, feita com tecido resistente que não desbota. (Rizzato Nunes, 2008, p.513)
	O exemplo acima citado pode ser considerado como abusivo, sob a argumentação de que alguma criança ou adolescente, utilizando a roupa do Superboy, poderia saltar pela janela com o intuito de imitá-lo.
	Como exposto existem diversas situação em que pode ser configurada a publicidade abusiva, nas quais serão seqüencialmente aludidas.
1.2 INTERPRETAÇÕES ESSÊNCIAIS
	Ao tutelar a publicidade abusiva objetivou o legislador em garantir a segurança, a saúde, um saudável meio ambiente e uma pacífica sociedade, sendo os consumidores protegidos de ações praticadas contrariamente ao proposto pelo legislador. 
	A seguir examinaremos detalhadamente cada termo legalmente citado no parágrafo 2º do artigo 37 do CDC:
Dentre outras: é considerada abusiva toda ação praticada contrariamente ao legalmente previsto pelo direito.
A publicidade: veiculação de mensagem comercial, sobre produtos e serviços disponíveis no mercado.
Discriminatória: forma de tratamento desigual em situações idênticas, que ocasionam nas infrações previstas no parágrafo em questão; não é permitido o favorecimento ou incentivo de qualquer tipo de desfeita, discriminação racial ou distinção social, econômica, política ou religiosa. 
Qualquer natureza: consiste nas características da prática abusiva, sendo possível sua demonstração de diversas formas: sonora, estática, visual ou cinética.
Que incite: Influenciará ou induzirá eficazmente a publicidade abusiva na prática de atos prejudiciais ao consumidor. Será avaliado o grau de influência que exerce a publicidade veiculada sobre o homem comum.
Violência: em hipótese alguma poderá o anúncio veiculado conter qualquer espécie de informações que instigue ou estimule à violência.
Explore: Consiste na prática abusiva utilizando-se de métodos culturais ou psicológicos com o objetivo de o fornecedor-anunciante adquirir benefícios econômicos.
Medo e superstição: se trata de uma condição psicológica que é transmitida ao consumidor através da publicidade, o medo somente poderá ser utilizado em anúncios se existir razões socialmente admissíveis ou relevantes para seu uso; consiste a superstição em sentimentos religiosos motivados pela ignorância ou confirmação, do sobrenatural, tornando invulgar ao senso comum.
Aproveite: infração praticada com a intenção de adquirir ou provocar vantagem econômica.
Deficiência de julgamento e experiência da criança: 
Nos anúncios direcionados ás crianças e adolescentes deve ser considerado o aspecto psicológico de seu receptor;
A ingenuidade, a fidelidade, credibilidade e inocência das crianças devem ser respeitadas;
A mensagem veiculada não pode transmitir a sensação de inferioridade àqueles menores que não adquirir o produto ofertado, independente se for por condição financeira ou por opção do mesmo;
Não poderá a mensagem instigar o menor a forçar seus pais ou responsáveis a consumir o produto ou serviço ofertado;
As publicidades realizadas com a participação de menores deve se basear nos bons costumes.
Desrespeitar valores ambientais: não são permitidas mensagens publicitárias que induzam: o esbanjamento de recursos naturais ou qualquer espécie de poluição, do ar, das matas, águas, cidades etc.
Que seja capaz: que o conteúdo veiculado tenha a capacidade de convencer o homem comum (seu destinatário) a praticar atos contrários a sua vontade.
Induzir o consumidor: Também dispões sobre o poder de persuasão da mensagem para convencer o cliente a consumirseu produto ou serviço.
A se comportar: se trata da forma habitual de convivência de cada região, baseando-se em seus costumes e princípios, para se configurar publicidade abusiva é necessário que sua forma adotada seja contrária as práticas ou costumes regionais.
Forma prejudicial ou perigosa à sua segurança ou saúde: 
 Deverá o anúncio citar cuidados especiais a serem adotados de forma preventiva, se os mesmos forem essenciais para se evitar acidentes;
 Quando no anúncio veiculado houver a participação de menores ou se destinar aos mesmos, não poderá existir a desatenção com a segurança;
 Induzir a utilização perigosa do produto;
 No caso da necessidade de se adotar cuidado especial para se utilizar o produto deve o fornecedor especificá-los essencialmente. 
Não poderá jamais conter na publicidade informações que resultem em risco a integridade e dignidade da pessoa humana, independente de sua cor, raça, condição social ou qualquer outra característica existente.
1.3 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FORNECEDOR-ANUNCIANTE, DA AGÊNCIA PUBLICITÁRIA E DO VEÍCULO
	Estipula a norma auto-regulamentadora publicitária que são solidariamente responsáveis o fornecedor-anunciante, a agência publicitária e o veículo, devendo os mesmos restaurar os danos causados ao consumidor.
	O anunciante sempre será responsabilizado pelos danos ou prejuízos causados aos consumidores.
	A agência publicitária será solidariamente responsável pelos danos causados juntamente com o fornecedor, pois colaborou com a produção da publicidade veiculada e independente do acordo contratual celebrado entre as partes (anunciante e agência) ambos serão responsáveis perante o consumidor.
	É previsto legalmente a responsabilização de todos os envolvidos na produção e transmissão da publicidade veiculada, sendo assim, o veículo também responde solidariamente com o fornecedor e a agência, alias o veículo é parte essencial para a transmissão da mensagem e acesso ao público.
	Somente será o veículo desresponsabilizado se o abuso não estiver vinculado ao anúncio em si, sendo configurado a abusividade posteriormente e por motivos contrários à mensagem anunciada.
	Por se tratar de uma prática penalmente tutelada o veículo poderá se recusar a transmitir mensagem que considere seu conteúdo abusivo, não possuindo o fornecedor ou a agência poder de obrigá-lo a praticar tal ação. 
	Está a prática de publicidade abusiva tipificada como ato ilícito na Lei nº8078 em seus artigos 67 e 68 que estabelecem: “Artigo 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
	Pena: Detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano e multa.” 
	E especificadamente sobre a publicidade abusiva dispõe o artigo 68: “Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança;
	Pena: Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.” 
	E como já exposto anteriormente, também poderá o veículo negar-se a veicular qualquer outra espécie de mensagem ilícita ou prevista como imprópria pelo Código Brasileiro de Auto-Regulamentação Publicitária.
CAPÍTULO VIII
 ATOS PUNITIVOS A PUBLICIDADE ABUSIVA E ENGANOSA.
1.1 DERROGAÇÃO E IMPEDIMENTO DOS ANÚNCIOS ENGANOSOS E ABUSIVOS
	Tanto a publicidade enganosa, quanto à abusiva são controladas administrativamente pelo Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR), órgão auto-regulamentador da classe e pelos órgãos públicos que devem defender os direitos do consumidor conforme positivado nos artigos 55 a 60 do CDC e no Decreto nº 2.181, de 20 de março de 1997, em seu artigo 9º e seguintes, que determinam a defesa do consumidor.
	Havendo a provocação do Poder Judiciário, independente de ser de forma individual ou coletivamente, poderá o ordenamento determinar a anulação da mensagem veiculada total ou parcialmente, estando sujeito a esse veto toda e qualquer forma de veículo.
	São os magistrados contemplados com tal competência nos artigos 83 e seguintes do CDC.
	Poderá, ainda, o Judiciário proibir a veiculação ou a transmissão de anúncio publicitário por motivos preventivos, não havendo a necessidade de aguardar a realização do dano para depois agir repressivamente, sendo essa ação preventiva tutelada como direito básico do consumidor que em seu inciso VI do artigo 6º do DCD dispõe: “A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.”
	E a principal punição disponível a aplicação do Poder Judiciário ao anunciante é a Contrapropaganda, que será seqüencialmente esplanada.
1.2 CONTRAPROPAGANDA
	A Contrapropaganda é um método sentencial que consiste na punição imposta ao anunciante de produtos ou serviços, que deverá realizar a transmissão de anúncio esclarecedor do abuso ou engano praticado anteriormente em mensagem publicitária veiculada pelo mesmo.
	Atua no pólo ativo desta relação a autoridade legalmente competente a prática de tal ato com contemplação positivada no princípio constitucional da legalidade e no pólo passivo o fornecedor – anunciante penalizado com a obrigação de fazer (a contrapropaganda) devido a infração praticada, tendo o mesmo que custear sua produção e divulgação.
	Está a Contrapropaganda prevista como penalização no CDC conforme o expresso no caput do artigo 60, que estabelece: “A imposição de Contrapropaganda será cominada quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do artigo 37 e seus parágrafos, sempre a expensas do infrator”.
	O seu conteúdo deverá dispor de mensagem publicitária capaz de nulificar ou contradizer as informações abusivas ou enganosas anteriormente veiculadas.
	Para que, ao menos, sejam amenizados os danos causados aos consumidores, deverá à contrapropaganda possuir a mesma freqüência e proporção que o anúncio abusivo ou enganoso veiculado, sendo necessário utilizar-se do mesmo veículo, espaço, horário etc.
	Objetiva-se com essa medida atingir “os mesmos” consumidores que foram sujeitados a publicidade delituosa, diminuindo assim os malefícios causados.
	Tem esta conduta previsão legal no parágrafo 1º do artigo 60 do CDC que dispõe: “A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente, no mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.”
	Pode ainda, a autoridade competente determinar ao anunciante a produção e transmissão de contrapropaganda com uma proporção superior a publicidade anteriormente exposta.
1.3 “ASTREINTES”
	Com caráter punitivo a astreintes objetiva forçar o cumprimento de uma obrigação de fazer ou não fazer.
	Consiste na fixação de multa diária estabelecida pelo juiz ao fornecedor – anunciante penalizado, caso o mesmo não cumpra com sua obrigação.
	Sua finalidade é induzir, ou até mesmo pressionar o infrator a satisfazer sua obrigação, devendo a multa (astreinte) ser consideravelmente alta para efetivamente concretizar sua realização. 
	A astreinte deve ser estipulada sabiamente, para que sua finalidade seja alcançada através da transmissão da contrapropaganda, caso sua cominação seja uma multa de valor insignificante ou pequeno poderá o fornecedor preferir realizar o seu pagamento a custear a veiculação da contrapropaganda e arcar com suas conseqüências, dessa forma a função da astreintes não causará efeito.
CONCLUSÃO.
	A prática de consumir é um ato natural de sobrevivência humana, consumimos diariamente por diversos motivos, desde necessidades básicas até o consumo por mero desejo.
	As relações de consumo possuem grande importância no mercado financeiro, sendo essa atividade considerada essencial no aquecimento econômico.
	É constante o processo de compra e venda e por se tratar de uma relação comercial a presença do lucro econômico é inevitável, todos os fornecedores almejam lucros, fatoque reflete diretamente na prática da livre concorrência.
	Atualmente a publicidade é considerada o principal instrumento na apresentação de produtos e serviços ao consumidor, na realidade diariamente os consumidores são bombardeados por publicidades mercantis, independente de sua vontade estão de forma direta ou indiretamente sujeitos as mesmas.
	Com o aumento das veiculações publicitárias o surgimento de abusos, conflitos e enganos foram inevitáveis, o que resultou por necessidade no surgimento do Código de Defesa do Consumidor (CDC), competente ordenamento jurídico, que aprecia tais relações.
	Conclui-se, portanto, que a publicidade é fato inevitável e presente na vida de todos os consumidores e seu crescimento tende a aumentar gradativamente com o passar do tempo, o que torna essencial a conscientização consumidora de detectar ou reconhecer as infrações cometidas pelos anunciantes e fazer valer seus direitos, pois o nosso Estado Democrático de Direito nos disponibiliza o Código de Defesa do Consumidor, renomado ordenamento que regula as relações de consumo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
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__________. República e Constituição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1985.
COMPARATO Fábio Konder, Proteção do Consumidor: importante capítulo de direito econômico, in Defesa do Consumidor – textos básicos, 2. ed. , Brasília: CNDC/MJ,1988.
Autor desconhecido. Maiores anunciantes em Web em 2008. Disponível em: http://midiaticos.blogspot.com/2009/03/maiores-anunciantes-em-web-em-2008.html. Acesso em: 30 de junho de 2009. Às 19h: 27m. 
ALMEIDA, João Batista de. Manual de Direito do Consumidor. 2º edição, São Paulo: Editora Saraiva, 2007.
FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de direitos do consumidor. 9º edição, São Paulo: Atlas, 2007.
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FILHO, Sergio Cavalieri. Programa de direito do consumidor. São Paulo. Atlas S.A. 2008. 
Autor desconhecido. Uma breve história do Conar. Disponível em: http://www.conar.org.br/. Acesso em: 06 de julho de 2009. Às 18h: 10m.
NUNES, Luis Antonio Rizzato. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, doutrina e jurisprudência. São Paulo. Saraiva. 2002. 
CAPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre, Fabris, 1988.
 NUNES, Luis Antonio Rizzato. Curso de direito do consumidor. 3º edição, São Paulo. Saraiva. 2008. 
MARQUES, Cláudia Lima; BENJAMIN, Antonio Herma V; MIRAGEM, Bruno. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2003.
 
RESUMO.
O presente trabalho acadêmico objetiva enfatizar a importância que a publicidade comercial exerce no mercado financeiro e no cotidiano dos consumidores, tema de vasta compreensão e amplitude possui 
 
 
	
 
	 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
		
		 
	
 
 
 
 
 
 
� Nunes, Luis Antonio Rizzato. Curso de direito do consumidor. São Paulo. Saraiva. 2008. p.2.
� Cappelletti Mauro. Acesso à justiça. Tradução de Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre. Fabris. 1988. p.10.
� Filho, Sergio Cavalieri. Programa de direito do consumidor. São Paulo. Atlas S.A. 2008. p.5.
� Ibidem. P.3
� República e Constituição, p.6-7.
� Nunes, Luis Antonio Rizzato. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, doutrina e jurisprudência. São Paulo. Saraiva. 2002. p.51. 
� Ceneviva, Walter. Publicidade e direito do consumidor. São Paulo. Revisa dos Tribunais. 1991. p. 95.
� Curadoria de Proteção ao Consumidor – Cadernos Informativos, São Paulo: Ed, APMP, 1987, p. 12.
� Tutela do Consumidor na jurisprudência e “de lege ferinda”, Revista de Direito Mercantil, ano 22, nova série, v.49, p.44, jan./mar. 
� Proteção ao consumidor, Rio de Janeiro: Forense, 1977, p.2
� A proteção do consumidor: importante capítulo do Direito econômico, in Defesa do consumidor – Textos básicos, 2.ed, Brasília: CNDC/MJ, 1988, p.37. 
� O conceito jurídico do consumidor, RT, São Paulo, v628, p.78, fev. 1988.
� Filho, Sergio Cavalieri. Programa de direito do consumidor. São Paulo. Atlas S.A. 2008. p.54.
� FILOMENO, José Geraldo Brito apud GRINOVER, Ada Pellegrini [ET AL.] (2005: 44)
� Fábio Konder Comparato, Proteção do Consumidor: importante capítulo de direito econômico, in Defesa do Consumidor – textos básicos, 2. ed. , Brasília: CNDC/MJ,1988, p.40.
� Cf. CHAISE, Valéria Falcão. A publicidade em face do código de Defesa do Consumidor. p.13-14. 
� Autor desconhecido. Maiores anunciantes em Web em 2008. Disponível em: � HYPERLINK "http://midiaticos.blogspot.com/2009/03/maiores-anunciantes-em-web-em-2008.html" �http://midiaticos.blogspot.com/2009/03/maiores-anunciantes-em-web-em-2008.html�. Acesso em: 15 de março de 2009. 
� O último Capítulo do Título I e todo o título II do DCD é sobre sanções administrativas e dos artigos 55 a 80 do CDC referem-se às infrações penais.
� Código de Ética e Disciplina, Capítulo IV, artigo29. 
� Lei 8069, de 13 de julho de 1990. 
� Os “outdoors”, conforme sua localização está sujeitos a restrições administrativas municipais ou das autoridades ligadas ao controle de circulação de veículos.
� Ibidem. p.503.
� Ibidem. p. 505
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