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Administração de medicamentos

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💊 Administração de medicamentos 💊
Conceitos iniciais
Medicamento
É todo produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa ou para fim diagnóstico.
Medicação
Ato de medicar
Droga
É uma substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária.
Remédio
É um termo utilizado de forma ampla para designar o combate à dor, à doença ou qualquer mal e, ainda, para designar determinados tabus (simpatias), tratamentos dietéticos, cirúrgicos e (ou) alterações de hábitos.
Medicamento
Como já visto nos conceitos iniciais, o medicamento é um produto farmacêutico que possui uma finalidade no organismo. 
Finalidades
Existem diversas finalidades que o medicamento pode ter no corpo.
Profilática ou preventiva
Quando os utilizamos para evitar o aparecimento ou agravamento das doenças.
Diagnóstica
Para exploração e/ou auxílio na determinação de uma doença. Ex.: os contrastes
Terapêutica
Pode ser subdividida em:
Curativa ou específica - o medicamento é utilizado para atingir a causa da doença, corrigindo as funções alteradas.
Paliativa ou sintomática - atenua os sintomas ex.: analgésicos, antitérmico.
Substitutiva - repõe substâncias deficitárias no organismo ex.: insulina, eletrólitos, vitaminas.
Tipos de ação de medicamentos
Um indivíduo pode não responder da mesma forma a cada dose do medicamento. Uma idêntica dosagem pode provocar diferentes respostas.
Efeito terapêutico
Resposta esperada ou previsível do medicamento.
Ex.: nitroglicerina – reduz a carga de trabalho cardíaca e aumenta o aporte miocárdico de o2. Um único medicamento pode ter vários efeitos terapêuticos.
Efeitos colaterais
São efeitos secundários e não pretendidos que um medicamento causa de maneira previsível. Esses efeitos podem ser inócuos ou lesivos. 
Efeitos adversos
São considerados respostas graves e inesperadas ao medicamento. 
Efeitos tóxicos
Após ingesta prolongada do medicamento ou ele acumula no organismo devido ao metabolismo ou excreção comprometidos. Pode ser letal. 
Reações idiossincrásicas
Medicamento gerando efeito imprevisível; pessoa reage em excesso ou de forma deficiente. Ex anti-histamínico em criança: fica agitada ao invés de sonolenta.
Reações alérgicas
Outra resposta imprevisível aos medicamentos. Pessoa sensibilizada na dose inicial – administrações repetidas – resposta alérgica –medicamento atua como antígeno – liberando anticorpos. Pode ser branda ou grave (ex: prurido, rinite, urticária, reação anafilática). Comum com antibióticos.
Interações medicamentosas
Quando um medicamento modifica a ação de outro. Pode potencializar ou diminuir a ação de outro (absorção, metabolismo ou eliminação do corpo)
Responsabilidade legal
Negligência
Podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência (descuidado) ou preguiça mental, não age ou se comporta de modo diverso
Ex. Fazer uma medicação, sem conhecer indicação, principais efeitos adversos.
Imprudência
Ação precipitada, insensata, impulsiva ou sem cautela necessária, sem atender as circunstancias ou a razão.
Ex. Aminofilina administração rápida, não verificar pulso antes da administração da digoxina. A imprudência significa uma ação sem cuidado necessário.
Imperícia
Incapacidade, falta de conhecimento ou habilitação.
Ex: administrar analgesia por cateter sendo função do anestesista.
Regras gerais na administração de medicamentos
Todo medicamento deve ser prescrito por profissional legalmente capacitado. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergência, a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível.
Toda prescrição de medicamento deve conter:
Data;
Nome do paciente; registro; enfermaria; leito; idade;
Nome do medicamento;
Dose;
Via de administração;
Frequência;
Assinatura do responsável
Nunca administrar medicamento sem rótulo. Verificar data de validade do medicamento. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas. 
Inteirar-se sobre as diversos fármacos, para conhecer cuidados específicos ao administrá-las:
Melhor horário;
Diluição: formas, tempo de validade;
Ingestão com água, leite, sucos;
Antes, durante ou após as refeições;
Incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
Tendo dúvida sobre o medicamento, não administrá-lo. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis. Alguns medicamentos, como antibióticos, hormônios, vitaminas, precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor.
Orientar o paciente quanto: 
Ao nome do medicamento; 
À ação da medicação; 
Ao procedimento; ao autocuidado (horário, doses, cuidados gerais).
Orientar quanto ao perigo da automedicação.
Posicionar o paciente adequadamente mantendo-o confortável.
Evitar movimentos desnecessários na administração de medicamentos, o que acarreta erros de postura e desconforto físico. 
Identificar a seringa ou recipiente de via oral:
Quarto
Leito
Via
Nome do medicamento 
Após a administração do medicamento checar a prescrição imediatamente, evitando administração dobrada do medicamento.
Regra dos 5 certos
Paciente certo,
Via certa,
Dose certa,
Hora certa,
Medicamento certo.
Regra dos 9 certos
Paciente certo,
Via certa,
Dose certa,
Hora certa,
Medicamento certo,
Registro certo,
Orientação certa,
Forma certa,
Resposta certa
Vias de administração de medicamentos não parenterais
Gastrointestinal
Oral ou bucal
Sublingual
Retal
Respiratória
Vaginal
Cutânea
Ocular
Nasal
Auricular
Absorção gastrintestinal
Vias oral, sublingual, gástrica e retal. Consiste na administração de medicamento pelo trato digestório.
Objetivos
Obter efeitos locais no trato digestivo.
Produzir efeitos sistêmicos após a absorção na circulação sanguínea.
Via oral
É a administração de medicamentos pela boca.
Formas de apresentação: liquida, solução, outros forma sólida comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas outros.
Contraindicações
Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes.
Em casos de vômito.
Quando o paciente está em jejum para cirurgia ou exame
Cuidados importantes
Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle hídrico do paciente.
Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rótulo voltado para a palma da mão para evitar sujá-lo.
Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente.
Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida.
Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusa do paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório.
Medidas caseiras
15ml = 1 colher de sopa
10ml = 1 colher de sobremesa
5ml = 1 colher de chá
3ml = 1 colher de café
15ml = 1 medida adulta
5ml = 1 medida infantil
Via sublingual
Consiste em colocar o medicamento sob a língua do paciente.
Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos alimentares.
Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orientá-lo para não deglutir a saliva até dissolver o medicamento.
Não administrar por via oral porque o suco gástrico inativa a ação do medicamento.
A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral.
Via gástrica
É a introdução do medicamento através da sonda gástrica.
Colocar o paciente em posição elevada para evitar aspiração, exceto quando contraindicado.
Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio e aspiração do suco gástrico
Introduzir lentamente o medicamento, evitando desconforto para o paciente.
Não introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência.
Lavar a sonda com 4oml de água, em média, após a administração do medicamento, a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir todo medicamento até o estômago.
Caso a sonda tenha finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos após a administração de medicamentos.
Via retal
É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso. 
ObservaçõesO paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja esclarecido e orientado. Em se tratando de criança, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório.
Colocar o paciente em decúbito lateral ou sims expondo somente a área necessária para a introdução do medicamento. Calçar a luva para procedimentos.
Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor visualização do ânus.
Lubrificar as extremidades de sondas quando estas forem utilizadas.
Introduzir o produto além do esfíncter anal delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por trinta minutos, ou o máximo que suportar num prazo inferior a este.
 Via vaginal
É a introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser introduzido sob a forma de:
Tampões, supositórios, comprimidos.
Óvulos.
Lavagens e irrigação.
Cremes ou gel.
Objetivo
Diminuir a infecção vaginal
Prevenir infecção vaginal
Preparar pacientes para cirurgias dos órgãos genitais.
Fazer higiene íntima se necessário
Via tópica ou cutânea
É a aplicação de medicamentos na pele. Sua ação pode ser local ou geral. Ex.: pomadas, antissépticos.
• objetivo:
• obter ação local, principalmente, e sistêmica, eventualmente
Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, se necessário (pele oleosa e com sujidade)
Desprezar a primeira porção da pomada.
Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente.
Observar qualquer alteração na pele: erupções; prurido; edema; eritema etc.
Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retirá-lo com auxílio da espátula.
Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade.
Via nasal
Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido.
Objetivo
Facilitar a drenagem de secreções e a aeração.
Procedimentos e cuidados específicos
Preparar o paciente.
Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de modo que a cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão):
Paciente sentado: inclinar a cabeça para trás.
Pingar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque na mucosa nasal.
Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por mais alguns minutos, a fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal.
Via ocular
É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular.
Procedimentos e cuidados específicos
Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça inclinada para trás.
Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas.
Afastar a pálpebra inferior com o dedo polegar — com auxílio da gaze — apoiando a mão na face do paciente.
Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio.
Pedir ao paciente que olhe para cima.
Pingar o medicamento no núcleo da conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas ou o tubo de pomada na conjuntiva.
Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior.
Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular, a fim de dispersar o medicamento.
Remover o excedente do medicamento com a gaze.
Via auricular
É a introdução de medicamento no canal auditivo.
Objetivos
Prevenir ou tratar processos inflamatórios e infecciosos.
Facilitar a saída do cerúmen e corpo estranho
A medicação deve ser administrada à temperatura ambiente.
Se estiver na geladeira, retirar e aguardar o tempo necessário

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