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Prof. Fillipe Virgolino – Engº. Mecânico RECIFE, 2019.1 GRADUAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA : PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II (USINAGEM) CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RECIFE CAMPUS SAN MARTIN APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR • Doutorando em engenharia Mecânica • Mestre em engenharia Mecânica • Especialista Engenharia de Segurança do Trabalho • Engenheiro Mecânico; Contato: fsmecanica@gmail.com FILLIPE VIRGOLINO CONTEÚDO DO CURSO Unidade 1 Conceituação 1.1. Conceitos Básicos sobre usinagem. Unidade 2 Geometria das Ferramentas de Corte 2.1. Planos; 2.2. Ângulos e arestas; 2.3. Quinas e pontas. Unidade 3 Mecanismo de Formação do Cavaco e Formas de Cavacos 3.1 - Grau de recalque; 3.2 - Tipos e formas de cavacos; 3.3 - Quebra-cavacos; 3.4 - Cuidados de armazenagem e preservação do meio ambiente. Unidade 4 Materiais usados nas Ferramentas 4.1 - Tipos, características e restrições. Unidade 5 Força e Potência de Usinagem 5.1 - Pressão específica. CONTEÚDO DO CURSO UNIDADE 6 USINABILIDADE 6.1 - Conceitos. Unidade 7 Fluidos de Corte 7.1 - Tipos e características; 7.2 - Influência sobre o meio ambiente. Unidade 8 Falhas e Desgastes das Ferramentas 8.1 - Critérios de fim de vida. Unidade 9 Curva de Vida de uma Ferramenta 9.1 - Conceitos. Unidade 10 Determinação das Condições Ecônomicas de Usinagem 10.1 - Velocidade de corte de máxima produção e velocidade de mínimo custo; 10.2 - Intervalo de máxima eficiência. CONTEÚDO DO CURSO Unidade 11 Torno Paralelo Unidade 12 Tornos Unidade 13 Plainas Unidade 14 Furadeiras Unidade 15 Mandriladoras Unidade 16 Brochamento Unidade 17 Fresamento Unidade 18 Dentadoras • DINIZ, Anselmo Eduardo. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. São Paulo: mm editora. • FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo: Ed. Edgar Blücher Ltda, 1995, 9ª reimpressão. • TELECURSO 2000 PROFISSIONALIZANTE. Mecânica. Processos de Fabricação. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA TÓPICOS ABORDADOS 8 Unidade 2 Geometria das Ferramentas de Corte ➢Movimentos; ➢Grandezas do Processo de Usinagem; ➢Planos; ➢Ângulos e arestas; ➢Quinas e pontas. GEOMETRIA DA FERRAMENTA Prof.: FILLIPE S. S. VIRGOLINO JANEIRO / 2019 αa βn Уn Gume principal de corte I - A geometria da ferramenta influencia na: ➢ Formação do cavaco ➢ Saída do cavaco ➢ Forças de corte ➢ Desgaste da ferramenta ➢ Qualidade final da peça GEOMETRIA DA FERRAMENTA III - Normas que tratam da geometria da cunha de corte de ferramentas de usinagem NBR 6163, DIN 6581, ISO 13399. GEOMETRIA DA FERRAMENTA II - A geometria da ferramenta deve ser adaptada ao material da peça, ao material da ferramenta e às condições específicas da máquina ferramenta. 1. Ferramentas com ponta única ▪ Uma aresta de corte dominante ▪ Ponta é geralmente arredondada formando um raio na ponta ▪ Torneamento usa ferramenta de ponta única 2. Ferramentas com Multiplas arestas de corte ▪ Mais de uma aresta de corte ▪ Movimento relativo a peça é rotativo ▪ Fresamento e furação usam ferramentas com multiplas arestas Classificação da ferramenta de corte 1 2 GEOMETRIA DA FERRAMENTA Superfície a usinar: é a superfície da peça a ser removida pela usinagem Superfície usinada: é a superfície desejada, produzida pela ação da ferramenta de corte Superfície transitória: é a parte da superfície produzida na peça pelo gume da ferramenta e removida durante o curso seguinte de corte, durante a rotação seguinte da peça ou da ferramenta ou pelo gume seguinte. Geometria da Cunha cortante Blank de Aço Rápido Blank afiado para ferramenta Superfície de saída secundária deAresta corte de folgaSuperfície secundária Superfície de folga primária Aresta principal de corte Direção do avanço Direção do corte ponta daRaio da ferramenta Geometria da Cunha cortante Construção dos ângulos da Ferramenta Superfície de saída Aresta principal de corteAresta Secundária de corte Esmeril Construção dos ângulos da Ferramenta Superfície de saída Aresta principal de corte Aresta Secundária de corte n A A CorteA-A 1 2 2 1 Pontos 1, 2 e 3 : forte contato por atrito. O que fazer? 31 Pontos: 1– entre a superfície de saída e a superfície do cavaco; 2– entre a superfície de folga e a superfície que está sendo cortada; 3– entre a aresta secundária e a superfície usinada. O que fazer para evitar os contatos 2 e 3? Superfície de saída Aresta principal de corte Aresta Secundária de corte A A CorteA-A 2 1 Contato 2 : menor atrito 3 1 1Superfície de saída Aresta secundária de corte Superfície de folga 2 Superfície de folga Aresta Principal de corte Criar uma superfície de folga na ferramenta n Construção dos ângulos da Ferramenta Superfície de folga secundária Superfície de folga primária Superfície de saída Aresta principal de corteAresta Secundária de corte Construção dos ângulos da Ferramenta Superfície de saída Aresta principal de corte Aresta Secundária de corte n A A 3 Aresta Principal de corteAresta secundária de corte Superfície de folga secundária Superfície de folga primária Geometria da Cunha cortante Ferramenta de ponta única e de multiplas pontas Geometria da Cunha cortante Macho para Rosca Interna Fresa de Topo Broca Cunha de corte Cunha de corte Cunha de corte Geometria da Cunha cortante Geometria da Ferramenta de Tornear Corte a Direita Corte a esquerda = 75o n f ap L1 L2 ap f Ferramenta 2 = 60o Ferramenta 1 Corte a Direita Corte a esquerda GEOMETRIA DA FERRAMENTA PARTES CONSTRUTIVAS DE UMA FERRAMENTA Gume Cortante e Cunha Cortante é a parte da ferramenta na qual o cavaco se origina através do movimento relativo entre a ferramenta e peça. Os gumes de corte podem ser retilíneos, angulares ou curvilíneos. GEOMETRIA DA FERRAMENTA TODAS AS FERRAMENTAS DE CORTE SÃO COMPOSTAS POR UMA MAIS CUNHAS DE CORTES Talhadeira cunha Fita de serra cunha cunha Lima cunha Ferramenta de torno cunha Fresa cunha cunha Rebolo GEOMETRIA DA FERRAMENTA Princípio da cunha cortante talhadeira serra torno cunhacunhacunha GEOMETRIA DA FERRAMENTA • A geometria da ferramenta de corte exerce influência, juntamente com outros fatores, a usinagem dos metais. • É necessário, portanto, definir a ferramenta através dos ângulos da “cunha” para cortar o material Geometria da Cunha de Corte GEOMETRIA DA FERRAMENTA SUPERFÍCIES: Superfície de saída: é a superfície da cunha sobre a qual o cavaco se forma. Superfícies de folga (também chamadas de superfícies de incidência): são as superfícies da cunha que ficam diante da superfície usinada da peça. Elas podem ter um chanfro junto ao gume de corte. GEOMETRIA DA FERRAMENTA Superfícies: Superfície de saída secundária deAresta corte de folgaSuperfície secundária Superfície de folga primária Aresta principal de corte Direção do avanço Direção do corte GUMES Gume principal de corte: é o gume (ARESTA) cuja cunha correspondente indica a direção de avanço no plano de trabalho. Gume secundário de corte: é o gume cuja cunha correspondente não indica a direção de avanço no plano de trabalho.GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Quina de corte: é a quina na qual se encontram o gume principal e o secundário de corte de uma mesma superfície de saída. Arredondamento da quina: possui raio r, medido no plano de referência da ferramenta. Chanframento da quina: em vez do arredondamento da ponta de corte é executado um chanframento. GEOMETRIA DA FERRAMENTA PLANOS DA FERRAMENTA DE CORTE - Sistema de Ferramenta na Mão - GEOMETRIA DE FERRAMENTA DE CORTE SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA Para determinar os ângulos na cunha emprega-se um sistema de referência, o qual é constituído por 3 planos ortogonais, passando pelo ponto de referência do gume de corte. São eles: •Plano de referência, •Plano de corte, •Plano ortogonal (ou de medida). GEOMETRIA DA FERRAMENTA Plano de referência da ferramenta: plano perpendicular à direção de corte; GEOMETRIA DA FERRAMENTA Plano de corte da ferramenta: plano perpendicular ao plano de referência que é tangente ou contém o gume principal da ferramenta; Plano ortogonal (ou de medida) da ferramenta: é o plano ortogonal aos planos de referência e de corte da ferramenta; Sistema de Referência de Ferramenta Sistema de referência de uma ferramenta de torno Plano de Referência Plano de Base Plano de Medida Direção de Corte Direção de avanço Plano de Corte Plano de Base Plano de Referência Plano de Medida Plano de Corte 90º Direção do avanço Direção do corte Sistema de Referência de Ferramenta Ponto Selecionado na aresta Plano de referência da ferramenta Direção do avanço Direção do corte Sistema de Referência de Ferramenta Ponto Selecionado na aresta dePlano medida Direção do avanço Direção do corte Sistema de Referência de Ferramenta Ponto Selecionado na aresta Plano de corte Plano de trabalho: é o plano perpendicular ao plano de referência da ferramenta, definido pelas direções de avanço e de velocidade de corte; GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DE FERRAMENTA PLANOS DA FERRAMENTA DE CORTE - Sistema de Ferramenta na Mão - Plano normal ao gume principal: é o plano perpendicular ao gume principal. (Referência) (Corte/Gume) (Ortogonal/Medida) ÂNGULOS NA CUNHA CORTANTE •Ângulos úteis para determinar posição e a forma da cunha cortante. •Devem-se distinguir também os ângulos do sistema efetivo de referência e os ângulos do sistema de referência da ferramenta. •Os símbolos dos ângulos do sistema efetivo de referência levam o índice “e”. GEOMETRIA DA FERRAMENTA ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA(Pr) Ângulo de posição Ângulo de ponta Ângulo de posição secundário ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA Ângulo de Posição (ou r): é o ângulo entre o plano de corte e o plano de trabalho, medido no plano de referência. Controla o comprimento atuante no gume de corte da ferramenta. Ângulo de Quina : é o ângulo entre os planos de corte correspondentes (planos de corte e de medida) medido no plano de referência. GEOMETRIA DA FERRAMENTA ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE CORTE •Ângulo de Inclinação : ângulo entre o gume principal de corte e o plano de referência, medido no plano de corte. • O seu vértice indica a quina de corte. • É positivo quando a interseção de um plano paralelo ao de referência com o plano de corte fica fora da cunha. GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulos definidos no Plano de corte Ângulo de Inclinação :ângulo de inclinação da aresta de corte da ferramenta Aresta Principal + Aresta Principal - Ângulo secundário de folga Superfície de folga primária Aresta principal de corte Direção do corte Ângulos medidos no Plano de corte Plano de referência Plano de Corte: transparência Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida Plano de Medida Corte A-A Plano de Medida A A Plano de Referência P la n o d e C o rt e Plano de Referência P la n o d e C o rt e ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE MEDIDA DA CUNHA CORTANTE: ➢Ângulo de Folga : também é chamado de ângulo de incidência, é o ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte, medido no plano de medida da cunha cortante. ➢Ângulo de Cunha : é o ângulo entre a superfície de folga e a superfície de saída, medido no plano de medida da cunha cortante. ➢Ângulo de Saída : é o ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência, medido no plano de medida da cunha cortante. GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulos medidos no Plano de Corte e de Medida Ângulo de Saída - + Aresta Principal = 0o GEOMETRIA DA FERRAMENTA ÂNGULO DE PLANO DE MEDIÇÃO DEFINIÇÃO ESQUEMA GEOMÉTRICO POSIÇÃO Referência Ângulo entre o plano efetivo de corte e o plano de trabalho Plano de Trabalho Plano de Corte PONTA Referência Ângulo entre o plano principal de corte e o plano lateral de corte Plano Lateral de Corte Plano de Corte INCLINAÇÃO Corte Ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência Plano de Referência da Ferramenta FOLGA Medida Ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte Plano de Corte AB Referência Superfície Superfície de Folga de Saída Plano de Corte A B Plano de Medida Plano de Corte CUNHA Medida Ângulo entre a superfície de folga e a superfície de saída SAÍDA Medida Ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Variação do ângulo da cunha, em função da dureza do material. Menor dureza → Menor ângulo da cunha Maior dureza → Maior ângulo da cunha Ação de Separação Ação de Levantamento Efeito Cunha Continuo Enrugado Quebradiço Formas do cavaco GEOMETRIA DA FERRAMENTA ORIENTAÇÃO PARA ÂNGULOS DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA D U R E Z A D O M A T E R IA L Â N G U L O D E C U N H A ( n ) PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA Ângulo de cunha ( n ) É o ângulo de cunha da ferramenta. As ferramentas de corte, especialmente as pastilhas de corte, vêm de fabrica com ângulo apropriado para usinagem de materiais pré- estabelecidos em função do material da pastilha. Quando a ferramenta é de aço, o ângulo pode ser modificado mediante afiação. αa βn Уn GEOMETRIA DA FERRAMENTA PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA Ângulo de incidência principal ou de folga ( α ) ▪ A função do ângulo de incidência é evitar o atrito entre a peça e o flanco (superfície de incidência) da ferramenta e permitir que o gume penetre no material e corte-o livremente. ▪ Se o material da ferramenta é de alta resistência, pode-se usar ângulos de incidência grandes, sem perigo de quebra. αa βn Уn GEOMETRIA DA FERRAMENTA PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA Se o ângulo for muito pequeno 1. O gume não pode penetrar convenientemente no material e a ferramenta cega rapidamente; 2. Ocorre atrito contra a peça, gera sobre aquecimento da ferramenta e acabamento superficial ruim. Se o ângulo for muito grande 1. O gume quebra ou solta uma série de pequenas lascas, em virtude de apoio deficiente. O tamanho do ângulo de incidênciadepende de: 1. Resistência do material da ferramenta; 2. Resistência do material da peça a ser usinada. αa β n Уn ÂNGULO DE INCIDÊNCIA αa GEOMETRIA DA FERRAMENTA PRINCIPAIS ÂNGULOS DA FERRAMENTA Ângulo de saída do cavaco ( n ) É um dos ângulos mais importantes da ferramenta, pois influi decisivamente na força e na potência de corte, no acabamento de superfície usinada e no calor gerado. Sua função é a de facilitar o escoamento do cavaco. Em princípio, deve ser o maior possível, pois isto determina uma retirada mais fácil do cavaco. O ângulo de saída depende dos seguintes fatores: 1. Resistência à compressão e tenacidade do material da ferramenta de corte; 2. Resistência e dureza do material a usinar; 3. Quantidade de calor gerado pelo corte; 4. maiores velocidades de avanço, exigem menores ângulos de saída. αa βn Уn GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA ORIENTAÇÃO PARA ÂNGULOS DA FERRAMENTA 10º 40º 40º 8º 55º 27º 8º 62º 20º 8º 68º 14º 8º 74º 8º 6º 84º Alumínio Cobre Macio Aço muito macio Bronze Macio Ligas de Alumínio Aço Macio Bronze Macio Aço Médio Latão Macio Aço Fundido Aço Duro Latão Médio Ferro Fundido Extra Duro Aço Manganês GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de incidência (ou folga) : •Desgaste de flanco (caracterizado pela marca de desgaste de flanco VB) influenciado consideravelmente pelo ângulo de incidência (atrito entre a peça e a superfície de incidência). •Se cunha é enfraquecida duplamente: na ferramenta pode-se ter acúmulo de calor perda da dureza a quente; cunha muito pequena também aumenta o perigo do lascamento e quebra da ferramenta. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de saída : • determinado em função do material da peça, pois influencia a formação do cavaco, a força de corte, no acabamento da peça e no calor gerado. •influencia a estabilidade da cunha ferramentas positivas podem quebrar como decorrência do enfraquecimento demasiado da cunha. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de saída : • trabalho de dobramento do cavaco temperatura gerada ; •Em materiais de difícil usinagem aquecimento é mais próximo à quina, onde a dissipação de calor é mínima; neste caso, deve-se diminuir (isto é, aumentar ). •Quanto menor esforços de corte , temperatura gerada , vida da ferramenta resistência e a dureza do material a usinar são pontos primordiais na escolha de . INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de saída positivo : •forca de corte e força de avanço , bem como uma melhora considerável na qualidade da superfície da peça; •saída do cavaco é favorecida, entretanto muitas vezes apenas propicia uma quebra de cavaco insuficiente (tendência a um cavaco contínuo). INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de saída negativo : •estabilidade da ferramenta (aplicação por exemplo na usinagem de peças com interrupções de corte, em peças laminadas ou fundidas); •deformação plástica na usinagem forças de corte , solicitação térmica da cunha •desgaste de cratera vida das ferramentas INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de posição () tem as seguintes funções: •controlar o choque de entrada da ferramenta; •distribuir as tensões de corte favoravelmente no início e no fim de corte; •alterar a espessura do cavaco e o comprimento atuante da aresta de corte; •aumentar o ângulo de quina (); •gerar uma força passiva na ferramenta que ajuda a eliminar eventuais vibrações; •influir na direção de saída do cavaco. •Em trabalhos usuais, o ângulo pode variar de 30º a 60o •Na ferramenta de sangrar e no bedame, = 90o . •Não se aconselha usar > 90o para não acunhar a ponta da ferramenta no material. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de posição : •Avanço constante e profundidade de corte constante, com , a largura de usinagem “b” força específica por unidade de comprimento de gume ângulo de posição especialmente favorável na usinagem de materiais de alta resistência, pois o desgaste da ferramenta . •Por outro lado, a força passiva com a diminuição de instabilidade , vibrações regenerativas sobre a superfície da peça. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de inclinação λ: •Ângulo de inclinação negativo processo de usinagem pode ser estabilizado, porque o início do corte da ferramenta não se dá na quina e sim em direção à parte central do gume tem-se uma solicitação adequada, evitando-se o perigo da quebra do gume em decorrência de uma solicitação excessiva. •Ângulos de inclinação negativos também provocam forças passivas grandes, que devem ser absorvidas pela máquina ferramenta. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de inclinação λ: •Ângulo de inclinação também influencia o sentido e direcionamento da saída do cavaco ângulo de inclinação negativo direciona o cavaco sobre a superfície já usinada da peça e, com isso, a qualidade da superfície usinada pode piorar. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulo de Quina : •Ângulo formado pela projeção dos gumes lateral e principal de corte sobre o plano de referência. •Principal função aumentar a resistência mecânica da ferramenta, pois materiais de difícil corte exercem maior pressão próxima ao gume de corte e, por isso, exigem uma ponta menos aguda tais materiais provocam aquecimento na região mais próxima à quina da ferramenta área de dissipação de calor e resistência da ferramenta INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Raio de Quina r: •r o raio da curva de concordância medido no plano de referência da ferramenta que une o gume principal e o gume secundário da ferramenta objetivo de reforçar a quina e reduzir as forças atuantes na mesma. •Influencia a espessura do cavaco (h) na quina. •Se r apenas a parte final da espessura h é reduzida. •Se r redução gradual de h, diminuindo a pressão específica (Ks) na quina e reduzindo a quantidade de calor gerada na mesma. •Por outro lado, induz vibrações. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA • Raio de Quina r: • Escolha do raio de quina depende da profundidade de corte (ap) e do avanço (f) requeridos na operação de corte. • Grau de acabamento (quantificado pela rugosidade) obtido na superfície usinada depende em grande parte de r e do avanço (f). INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Efeito do avanço sobre o acabamento INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Raio de Quina r: •r afeta também a quebra dos cavacos gerados na operação de corte e a resistência mecânica do inserto. •r ideal para pequenos ap e reduz vibrações, em decorrência da força passiva menor; porém, diminui a resistência da quina. •r recomendado para grandes ap e f, já que o gume é mais robusto, melhora a qualidade superficial; porém, induz vibrações pelo aumento nas forças radiais. INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Raio de Quina r: •Forças radiais que tentamempurrar o inserto para fora da superfície de corte são alteradas para forças axiais quando a profundidade de corte aumenta. •Em geral quebra de cavacos melhora com um raio menor. Como regra geral, ap 2/3 r e/ou f = 1/2 r INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Ângulos da ferramenta para a usinagem do aço INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Recomendações de Ângulos de uma Ferramenta Monocortante Material HSS MD 1 2 χ1 χ2 1 2 χ1 χ2 Ligas de Al e Mg 20 15 12 10 5 0 5 5 5 15 Ligas de Cobre 5 10 8 8 5 0 5 5 5 15 Aços 10 12 5 5 15 -5 -5 5 5 15 Aços Inox 5 8-10 5 5 15 -5 – 0 -5 - +5 5 5 15 Ligas Altas temperat. 0 10 5 5 15 5 0 5 5 45 Ligas refratárias 0 20 5 5 5 0 0 5 5 15 Ligas de Ti 0 5 5 5 15 -5 -5 5 5 5 FoFo 5 10 5 5 15 -5 -5 5 5 15 Termoplásticos 0 0 20-30 15-20 10 0 0 20-30 15-20 10 Termorígidos 0 0 20-30 15-20 10 0 15 5 5 15 ângulo de inclinação ângulo de saída 1 ãngulo de folga principal 2 ângulo de folga lateral ou secundário χ1 ângulo de posição χ2 ângulo de posição lateral Ângulos de uma Broca D iâ m et ro d a B ro ca Folga do corpo Canal helicoidal Guia Quina com raio Quina com Chanfro Canto vivo Face de Folga Quina Guia com largura b Superfície de saída Ângulo de ponta Ângulos de uma Broca D iâ m et ro d a B ro ca Folga do corpo Canal helicoidal Guia Quina com raio Quina com Chanfro Canto vivo Face de Folga Quina Guia com largura b Superfície de saída Ângulo de ponta Ângulos de uma Broca Ângulo de folga correto Ângulo da aresta transversal correto Ângulo de folga muito grande 12º 45º Ângulo de folga negativo Ângulo da aresta transversal muito grande Ângulo da aresta transversal negativo Aresta transversal Arestas de corte Ângulos de uma Broca Ângulos de uma Broca Ângulo de Hélice pequeno Ângulo de Hélice Médio Ângulo de Hélice Grande Ângulos de uma Broca Geometria da Fresa L D L2 d1 Fresa com aresta dupla D: Diâmetro da Ferramenta L: comprimento da ferramenta L2: Comprimento útil d1: diâmetro da Fresa GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA Inserto especial da Iscar para operações de torneamento INFLUÊNCIA DA GEOMETRIA DA FERRAMENTA retífica plana ou de superfície retífica cilíndrica RETÍFICAS GEOMETRIA DA FERRAMENTA Componentes do rebolo de retífica. (ERASTEEL) abrasivos aglomerante poros GEOMETRIA DA FERRAMENTA • O rebolo (ou disco de retífica) é, basicamente, constituído de um aglomerado de partículas duras (abrasivas), unidas por um ligante. • A eficiência do rebolo está diretamente relacionado com o tipo do abrasivo empregado, o ligante e a porosidade existente. Desbaste → Estrutura aberta Acabamento → Estrutura fechada estrutura aberta estrutura densa aglomerante poros abrasivos GEOMETRIA DA FERRAMENTA • Quanto à dureza do rebolo: • Quanto à estrutura Material mole → Rebolo duro Material duro → Rebolo mole n D A A Direção dos movimentos de corte, avanço e efetivo de corte no torneamento. : ângulo da direção do avanço; : ângulo da direção efetiva Geometria do Torneamento Movimentos do Processo de Usinagem A-A Cunha de corte A A Superfície de folga Superfície de saída Aresta principal de corten V f Peça A-A A-A n D A A Direção dos movimentos de corte, avanço e efetivo de corte no torneamento. : ângulo da direção do avanço; : ângulo da direção efetiva Movimento efeitvo n Vf Peça A-A Ve Vc =90º Movimento de corte Ferramenta de corteMovimento de avanço Plano de trabalho Figura 1: Torneamento Movimentos do Processo de Usinagem Direção dos movimentos de corte, avanço e efetivo de corte no torneamento. : ângulo da direção do avanço; : ângulo da direção efetiva Figura 2: Furação Movimentos do Processo de Usinagem Plano de trabalho Movimento efetivo Broca helicoidal Movimento de corte Movimento de avanço PeçaVf Vc Ve = 90º n Figura 3: Fresamento Movimentos do Processo de Usinagem Plano de trabalho Movimento de corte Peça Vc Ve 90º Vf Movimento de avanço Movi ment o efetiv oDireção dos movimentos de corte, avanço e efetivo de corte no torneamento. : ângulo da direção do avanço; : ângulo da direção efetiva ▪ Passivos: Não promovem remoção de material ao ocorrerem: ▪ Movimento de ajuste (C): pré-determinação da espessura da camada de material a ser removida. Sangramento, furação e brochamento não ocorre este movimento ▪ Movimento de correção: compensação no posicionamento causado por fatores como desgaste, variações térmicas, def. plásticas, etc. ▪ Movimento de aproximação: antes da usinagem ▪ Movimento de recuo: após a usinagem ▪ Importância: Tempo total de fabricação depende do tempo gasto em cada um desses movimentos. Movimentos Passivos Movimentos Passivos D Movimento de Ajuste C ap A-A Movimento de ajuste (C): pré-determinação da espessura da camada de material a ser removida. Sangramento, furação e brochamento não ocorre este movimento Movimento de ajuste (C): pré-determinação da espessura da camada de material a ser removida. Sangramento, furação e brochamento não ocorre este movimento ap Vf n Sangramento: ap equivale a espessura da lâmmina que penetra no metal Peça Vf Vc n Furação: ap equivale ao diâmetro da broca dividido por 2 Movimentos Passivos Movimento de ajuste (C): pré-determinação da espessura da camada de material a ser removida. Sangramento, furação e brochamento não ocorre este movimento Brochamento: ap equivale a espessura da lâmina que penetra no metal até atingir a forma final Brochamento: Seqüência da operação Movimentos Passivos Movimentos Passivos n D A A desgaste x Movimento de Correção C A-A x A-A Movimento de correção: compensação posicionamento por fatores def. no causado co mo variaçõe s plástica s, desgaste, térmicas, etc. Movimentos Passivos D A R Movimento de aproximação: antes da usinagem Movimento de recuo: após a usinagem n Movimento de Recuo (R) Movimento de Aproximação (A) Grandezas do Processo de Usinagem cvn = D i 2 − D f a p = D i Profundidade de usinagem, ap (mm) Velocidade de corte, Vc (m/min) 1000 i cV = D n Rotação da peça, n (rpm) D i l D f vc ap n vf f Velocidade de avanço, Vf (mm/min) v f = n f Exemplo 1 - Determinar a velocidade de corte em uma operação de torneamento de uma peça de 45mm de diâmetro, girando a 750 rpm. 1000 45750 Vc= Vc = 106m/min 70 Exemplo 2 - Em uma operação de torneamento de uma peça de 70 mm, a velocidade de corte indicada é de 160m/min. Determinar a rotação a ser selecionada no torno. n= 1000 Vc n= 1000 160 D n = 728 rpm Exemplos Grandezas do Processo de Usinagem Onde: - Ângulo de Posição ap - Profundidade de Usinagem f - Avanço b - largura de corte h - Espessura de corte ap sen h = f sen b = 90º f Área da seção do cavaco (A) A = ap * f = seção do cavaco ( = 90º ) A= b * h = seção do cavaco ( 90º ) ap f A ap b A f h b h ap Grandezas do Processo de Usinagem f c v t = L D i L D f vc ap f n Tempo de corte tc (min) Onde L é comprimento de corte (mm) Taxa de remoção de material, Q , (mm3/min) Q = vc ap f Potência de corte (kW) P =Q u Onde u (W*seg/mm3) é a energia específica de corte e depende do material Necessidades de energia (aproxm.) em operações de usinagem (no motor rendimento de 80% e multiplicar por 1.25 para ferramentas desgastadas Energia específica (u) Material W.s/mm3 hp.min/in.3 Ligas de Alumínio 0,4-1,1 0,15-0,4 Ferros fundidos 1,6-5,5 0,6-2,0 Ligas de cobre 1,4-3,3 0,5-1,2 Ligas para altas temperaturas 3,3-8,5 1,2-3,1 Ligas de magnésio 0,4-0,6 0,15-0,2 Ligas de Níquel 4,9-6,8 1,8-2,5 Ligas Refratárias 3,8,9,6 1,1-3,5 Aços inoxidáveis 3,0-5,2 1,1-1,9 Aços em geral 2,7-9,3 1,0-3,4 Ligas de titânio 3,0-4,1 1,1-1,5 Grandezas do Processo de Usinagem ▪ Vc e f - parâmetros usados para otimização de corte ▪ ap - fixado para dimensões iniciais e finais - limitado pela ferramenta de corte Exemplo 4: Numa operação de torneamento cilíndrico de um aço ABNT 1045. O comprimento considerado para o corte é de 150 mm (L), o avanço (f) usado será de 0,15 mm/revolução, a velocidade de corte (vc) é de 150 m/min. O diâmetro inicial da peça é de 100 mm e o diâmetro final de 90mm. A profunidade de usinagem (ap) em cada passo será de 2,5 mm. Calcule: Rotação da peça; b) Velocidade de avanço, c) tempo de corte para realizar a operação ; d) taxa de remoção de material e; e) a potência de corte. L a) b) c) O tempo de corte para realizar a operação será o tc x 2 passos ou 4,18 minutos d) e) Grandezas do Processo de Usinagem Grandezas do Processo de Usinagem ▪ Velocidade de corte (Vc) variação de 5 mm/seg a 10 m/seg (podendo chegar a 50 m/seg) Típico: 50 mm/seg a 3 m/seg ▪ Avanço (f ) 13 m a 2.5 mm por revolução ▪ Profundidade de usinagem (ap) até 25,4 mm ▪ Volume de material removido pelo tempo (Q) > 28 cm3/seg (possível) Típico: 1.3 - 2.8 cm3/seg Exercício 1000 c v = 100700 = 219,9m / min Exercício Dada operação de torneamento cilíndrico utilizando as seguintes condições de corte: vc = 250 m/min; D = 150 mm; vf = 159 mm/min; ap = 4 mm; tc = 1,57 min; = 75º ; calcule: a)Rotação da peça (n); b)Avanço (f); c)Comprimento de corte (L); d)Espessura de corte (h) e)Largura de corte (b); f)Taxa de remoção (Q) OBRIGADO!
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