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1 Análise Gravimétrica ABRIL / 2014 2 SUMÁRIO Definição de Análise Gravimétrica Características dos Precipitados Desenvolvimento do Precipitado Fatores que afetam o desenvolvimento do precipitado Contaminação dos Precipitados Precipitação em solução homogênea Secagem do precipitado Exemplos Aplicação 3 Análise Gravimétrica Na análise gravimétrica, a massa do produto é usada para calcular a quantidade do constituinte original. Uma análise gravimétrica extremamente meticulosa feita por T.W. Richards e col., determinou os pesos atômicos de Ag, Cl e N com seis algarismos de exatidão. O que lhe rendeu um prêmio Nobel. Características gerais das Análises Gravimétricas: Suporte das análises químicas de minérios e materiais industriais nos séculos dezoito e dezenove São processos demorados e enfadonhos para serem usados em análises de rotina Quando aplicável, a gravimetria é um dos métodos analíticos mais exatos Os padrões comerciais usados para calibrar os instrumentos mais elaborados são ou titulométricos ou gravimétricos. 4 Tabela 01. Análises gravimétricas representativas Espécie analisada Forma precipitada Forma pesada Espécies interferentes K+ KB(C6H5)4 KB(C6H5)4 NH4+, Ag+, Hg2+, Rb+, Cs+ Ca2+ CaC2O4.H2O CaCO3 ou CaO Vários metais exceto: Mg2+, Na+ e K+ Ba2+ BaSO4 BaSO4 Na+, K+, Li+, Ca2+, Al3+, Cr3+, Fe3+, ect Cr3+ PbCrO4 PbCrO4 Ag+, NH4+ Fe3+ Fe(HCO2)3 Fe2O3 Vários metais Ce4+ Ce(IO3)4 CeO2 Th4+, Ti4+, Zr4+ Pb2+ PbCrO4 PbCrO4 Ca2+, Sr2+, Ba2+, Hg2+, Ag+, HNO3 ,HCl Cl- AgCl AgCl Br-, I-, SCN-, S2-, S2O32-, CN- Br- AgBr AgBr Cl-, I-, SCN-, S2-, S2O32-, CN- Sn4+, Sn(cupferron)4 SnO2 Cu2+, Pb2+, As(III) NO3- Nitrato de Nitron Nitrato de Nitron ClO4-, I-, SCN-, CrO42-, ClO3-, NO2 Ni2+ Ni(dimetil- glioximato)2 Ni(dimetil- glioximato)2 Pd2+, Pt2+, Bi3+, Au3+ Al3+ Al(8- hidroxiquinolato)3 Al(8- hidroxiquinolato)3 Vários metais Exemplo de análise gravimétrica Determinação do Cl- pela precipitação com Ag+ Ag+ + Cl- AgCl(s) Kps= 1,8 x 10-10 O peso de AgCl produzido nos indica a quantidade de Cl- originalmente presente 10,00 mL de solução contendo Cl- foram tratados com excesso de AgNO3 precipitando 0,4300 g de AgCl. Qual a concentração molar de Cl- na amostra desconhecida? O peso molecular de AgCl é 143,321 Solução: Um precipitado pesando 0,4300 g contém: 0,4300 g AgCl 143,321 g AgCl/mol AgCl = 3,000 x 10-3 mol AgCl Como a estequiometria da reação é de 1:1, deve haver também 3 mmol de Cl- na amostra desconhecida [Cl-] = 3,000 x 10-3 mol 0,0100 L = 0,3000 M 6 Análise Gravimétrica O analito é convertido numa substância insolúvel (precipitado), no qual é isolado e pesado )(.)()( 242 2 42 2 sOHOCaCaqOCaqCa )()()( )()( 2 1200 42 3 500 42 gCOgCOsCaOOCaC gCOsCaCOOCaC C C o o 7 Por exemplo, a solubilidade de um precipitado geralmente é diminuída pelo resfriamento da solução Precipitação O produto ideal de uma análise gravimétrica deve ser insolúvel, facilmente filtrável e lavável, muito puro e deve possuir uma composição conhecida. Poucas substâncias reúnem esses requisitos e técnicas apropriadas devem auxiliar na otimização das propriedades dos precipitados gravimétricos As partículas do precipitado não devem ser muito pequenas Cristais maiores também devem ter área superficial menor Suspensão coloidal de partículas devem ser evitadas As condições de precipitação têm muito a ver com o tamanho de partícula resultante 8 Desenvolvimento do Cristal Mecanismo de Formação do Precipitado A cristalização ocorre em duas fases: a nucleação e o desenvolvimento da partícula Durante a nucleação, as moléculas formam pequenos agregados E durante o desenvolvimento da partícula, envolve a adição de mais moléculas ao núcleo para formar um cristal. A nucleação é mais rápida do que o desenvolvimento da partícula numa solução altamente saturada. Resultando em partículas bem pequenas ou, pior, um colóide. Uma solução que contém mais soluto do que pode estar presente no equilíbrio é dita supersaturada Numa solução menos saturada a nucleação é mais lenta e o núcleo se desenvolve em partículas maiores e mais estáveis. 9 GRAU DE SUPERSATURAÇÃO Como favorecer o crescimento em detrimento da nucleação? ou seja, manter a razão de supersaturação sempre pequena Grau de Supersaturação Relativa GSR = K( Q - S) S S = solubilidade do precipitado no estado de equilíbrio Q = Conc. dos íons em solução no instante anterior ao da precipitação K = Constante (Q - S) = Grau de supersaturação Fatores que Determinam o Tamanho das Partículas de Precipitados EM GERAL Se (Q-S)/S é grande, o precipitado tende a ser coloidal Se (Q-S)/S é pequeno, a formação de um sólido cristalino é mais provável 12 Desenvolvimento do Cristal Controle Experimental do Tamanho das Partículas As técnicas que promovem o desenvolvimento das partículas incluem: Elevar a temperatura para aumentar a solubilidade (S na equação) e, assim diminuir a supersaturação Adicionar o precipitante lentamente com agitação vigorosa, para evitar condição local com alta saturação Manter o volume da solução grande de forma que as concentrações de constituinte em análise e de precipitantes fiquem baixas - soluções diluídas Controle de pH 13 RECAPITULANDO 14 Equilíbrios de solubilidade A constante do produto de solubilidade, Kps • Considere • para o qual • Kps é o produto de solubilidade. (A [BaSO4] é ignorada, uma vez que é um sólido puro, logo, sua concentração é constante.) BaSO4(s) Ba2+(aq) + SO42-(aq) ]SO][Ba[ -24 2psK = 1,1 x 10-10 15 A constante do produto de solubilidade, Kps • Em geral: o produto de solubilidade é a concentração em quantidade de matéria dos íons elevados às suas potências estequiométricas. • A solubilidade é a quantidade (gramas) da substância que se dissolve para formar uma solução saturada. • A solubilidade molar é a quantidade de matéria do soluto dissolvida para formar um litro de solução saturada. 16 Fatores que afetam a solubilidade Efeito do íon comum • A solubilidade diminui quando um íon comum é adicionado. • Isto é uma aplicação do princípio de Le Châtelier: • À medida que se adiciona F- (do NaF, por exemplo), o equilíbrio desloca-se no sentido contrário ao aumento. • Conseqüentemente, forma-se CaF2(s) e ocorre uma precipitação. • À medida que se adiciona NaF ao sistema, a solubilidade do CaF2 diminui. CaF2(s) Ca2+(aq) + 2F -(aq) Kps = 3,9 x 10-11 17 Solubilidade e pH • Mais uma vez aplicamos o princípio de Le Châtelier: – Se o F- é removido, então o equilíbrio desloca-se no sentido da diminuição e o CaF2 se dissolve. – O F- pode ser removido pela adição de um ácido forte: – À medida que o pH diminui, a [H+] e a solubilidade aumentam. • O efeito do pH na solubilidade é dramático. Precipitados Coloidais Partículas pequenas, difíceis de filtrar e pesar CARACTERIZAÇÃO DOS PRECIPITADOS... O PRINCIPAL PRODUTO DA GRAVIMETRIA!!! 19 • Os colóides são suspensões nas quais as partículas suspensas são maiores do que as moléculas, mas pequenas demais para saírem da suspensão devido à gravidade. • Tamanho da partícula: 10 a 2000 Å. Colóides 20 – espuma sólida (sólido + gás; por exemplo, marshmallow), – emulsão sólida (sólido + líquido; por exemplo, manteiga), – sol sólido (sólido + sólido; por exemplo vidro rubi). • Efeito Tyndall: habilidade de um colóide de dispersar a luz. O feixe de luz pode ser visto através do colóide. Colóides Existem vários tipos de colóides: – aerosol (gás + líquido ou sólido; por exemplo,névoa e fumaça), – espuma (líquido + gás; por exemplo, creme chantilly), – emulsão (líquido + líquido; por exemplo, leite), – sol (líquido + sólido; por exemplo, tinta), 22 Remoção de partículas coloidais • As partículas coloidais são pequenas demais para serem separadas por meios físicos (por exemplo, a filtração). • As partículas coloidais são coaguladas (aumentadas) até que possam ser removidas por filtração. • Métodos de coagulação: – calor (as partículas de colóide se movem e são atraídas entre si quando colidem); – adição de um eletrólito (neutraliza as cargas de superfície nas partículas do colóide). – calor + agitação Colóides POR QUÊ PRECISAMOS COAGULAR AS SUSPENSÕES COLOIDAIS ? As suspensões coloidais são estáveis porque todas as partículas de um colóide são positiva ou negativamente carregadas. Essa carga é resultante dos cátions ou ânions que estão ligados à superfície das partículas. 24 Precipitação na presença de eletrólito Vamos ilustrar o exemplo do AgCl que é formado na presença de solução 0,1 M de AgNO3 Os compostos iônicos geralmente são precipitados na presença de um eletrólito. Uma partícula coloidal em suspensão de cloreto de prata presente em uma solução de nitrato de prata. Temos uma partícula coloidal de cloreto de prata em uma solução que contém um excesso de nitrato de prata. Ligada diretamente à superfície do sólido encontra-se a camada de adsorção primária, que consiste principalmente em íons prata. Ao redor da partícula carregada encontra-se uma camada de solução, chamada camada do contra-íon, que contém excesso suficiente de íons negativos (principalmente o nitrato) para balancear a carga da superfície da partícula. Os íons prata primeiramente adsorvidos e a camada do contra-íon constituem a dupla camada elétrica, que é responsável pela estabilidade da suspensão coloidal. À medida que as partículas coloidais se aproximam umas das outras, essa dupla camada exerce uma força eletrostática repulsiva, prevenindo que as partículas venham a colidir e a se aderir. 28 As partículas, portanto, devem possuir energia cinética suficiente para vencer a repulsão eletrostática antes de se aglutinarem O aquecimento da solução promove a aglutinação por meio do aumento da energia cinética das partículas O aumento da concentração do eletrólito diminui o volume da atmosfera iônica e permite que as partículas fiquem juntas umas das outras antes que a repulsão eletrostática se torne significativa. AUMENTO DA EFICIÊNCIA DE COAGULAÇÃO A superfície da partícula tem um excesso de carga positiva devido à adsorção de íons prata extra (excesso) em relação aos íons cloreto A superfície positivamente carregada atrai ânions e repele cátions da atmosfera iônica ao redor da partícula A partícula positivamente carregada e a atmosfera iônica negativamente carregada são chamadas de dupla camada elétrica RESUMINDO O efeito do AgNO3 e da concentração do eletrólito na espessura da dupla camada elétrica que recobre uma partícula coloidal de AgCl, presente em uma solução contendo excesso de AgNO3. A dupla camada elétrica de um colóide consiste em uma camada de carga adsorvida na superfície da partícula (a primeira camada de adsorção) e uma camada de carga oposta (a camada do contra-íon) da solução que está ao redor da partícula. A elevação da concentração do eletrólito tem o efeito de diminuir o volume da camada do contra- íon,aumentando, portanto, as chances da coagulação. 31 Envelhecimento do Precipitado (Digestão) Seguindo a precipitação, a maioria dos processos necessita de um período na presença da água-mãe, geralmente com aquecimento que recebe o nome de Digestão. Este processo promove uma lenta recristalização do precipitado. Aumenta o tamanho da partícula e as impurezas tendem a ser expulsas do cristal. A m ad u recim en to in te rno d e O stw a ld - d im in u í a á rea su p erfic ia l (m en o r ad so rsão ) - p erm ite a lib e ração d e im p u rezas 32 Peptização de colóides Processo pelo qual um colóide coagulado é revertido ao seu estado disperso original. Dilema: a lavagem é necessária para minimizar a contaminação, porém água pura pode causar perdas devido à peptização Solução: lavar com um eletrólito que sofre volatilização no processo de secagem. EXEMPLO: AgCl é lavado com HNO3 diluído o qual é volatilizado durante a etapa de secagem!!! 33 Afetando a Pureza do Precipitado... Adsorção Absorção Impurezas na superfície Impurezas dentro do cristal Inclusões Oclusões Nas inclusões o íon das impurezas possuem um tamanho e carga semelhantes aos de um dos íons que pertence ao produto As oclusões são bolsões de impurezas que estão literalmente retidos no interior do cristal em crescimento As impurezas adsorvidas, oclusas e inclusas são chamadas de co- precipitação, ou seja, a impureza é precipitada junto com o produto desejado. SUBDIVIDEM-SE EM 4 TIPOS PRINCIPAIS!!! 34contornando o problema Impureza do retículo cristalino Co precipitação por formação de soluções sólidas ou cristais mistos Ion contaminante substitui o anion ou cátion na rede cristalina (difícil de remover) Solução PbSO 4 e BaSO 4 BaSO 4 e BaCrO 4 BaSO 4 e KMnO 4 CrO42- Cr(III) 35 - Muitas vezes a adsorção é a principal fonte de contaminação em colóides coagulados, mas não é significativa em precipitados cristalinos. - Na adsorção, um composto normalmente solúvel é removido da solução sobre a superfície de um colóide coagulado. Esse composto consiste em um íon primariamente adsorvido e em um íon de carga oposta oriundo da camada de contra-íon. EXEMPLO : O nitrato de prata, um composto normalmente SOLÚVEL, é co-precipitado com o cloreto de prata. Amostra contendo Cl- tratada com AgNO3 para formar AgCl Pode ser minimizada através de: - digestão - reprecipitação 3 38 4 - APRISIONAMENTO Aprisionamento mecânico: Crescimento rápido do precipitado aprisiona uma parte da solução dentro do precipitado. Os íons irão permanecer após filtração Tanto a oclusão quanto o aprisionamento mecânico são mínimos quando a velocidade de formação do precipitado é lenta – isto é, sob condições de baixa supersaturação. Além disso, a digestão é marcadamente útil na redução desses tipos de co-precipitação. Indubitavelmente, a rápida dissolução e a reprecipitação que ocorrem sob as temperaturas elevadas de digestão abrem os invólucros e permitem que as impurezas escapem para a solução. 40 Acumulação Ocasionalmente, um componente-traço é isolado intencionalmente por co- precipitação com um componente principal da solução. O precipitado usado para coletar o componente-traço é dito ser um agente de acumulação, e o processo é chamado de acumulação. O Cu2+ tóxico pode ser retirado das águas naturais pela co-precipitação deliberada com Al(OH)3. SOLUCIONANDO O PROBLEMA!!! 41 Agente de Mascaramento Algumas impurezas podem ser tratadas com um agente de mascaramento para evitar que reajam com o precipitado Na análises gravimétrica do Be2+, Mg2+, Ca2+ ou Ba2+ com o reagente N-p-clorofenil-cinamoidroxâmico, impurezas como: Ag+, Mn2+, Zn2+, Cd2+, Hg2+, Fe2+ e Ga3+ mantém-se na solução pela presença do KCN em excesso. Ca2+ + 2RH CaR2(s) + 2H+ Constituinte em análise Ácido- N-p-clorofenilci- namoidrixâmico Precipitado Mn2+ + 6CN- Mn(CN)64- Impureza Agente de mascaramento Fica em solução Precipitação Homogênea A precipitação a partir de uma solução homogênea é um processo no qual um precipitado é formado pela geração lenta de um reagente precipitante de forma homogênea em toda a solução. 43 Precipitação Homogênea Precipitação de Fe3+ porformiato Na precipitação homogênea, a precipitação é formada lentamente por uma reação química, Por exemplo: CO(NH2)2 + 3H2O CO2 + 2NH4+ + 2OH- Desta forma o pH da solução pode ser elevado gradualmente e a formação lenta de OH- acentua o tamanho da partícula de formiato férrico CHOOH + OH- HCO2- + H2O (Uréia) Calor (Ácido fórmico) (Formiato) 3HCO2- + Fe3+ Fe(HCO2)3.nH2O(s) 44 Precipitação a partir de uma solução homogênea Melhor forma de se obter um baixo grau de saturação Oxalato de sódio Excesso local de precipitante 45 Precipitação a partir de uma solução homogênea (PSH) CO(NH2)2 H2C2O4 Meio ligeiramente ácido CO(NH2)2 +3 H2O 2 NH3 + CO2 Ca2+ + HC2O4- + NH3 CaC2O4 (s) + NH4+ 46 3 48 SECAGEM E CALCINAÇÃO DE PRECIPITADOS 49 CALCINAÇÃO 50 Estágios na Formação de um Precipitado Íons em solução supersaturada Núcleos não filtráveis Suspensão coloidal de partículas 1 a 100 nm Colóide estabilizado Agregados coloidais Cristais pequenos, filtráveis com flitros finos, 0,1 a 10 Agregados cristalinos III Cristais grandes, filtráveis > 10 m III 51 52 Dimetilglioximato de níquel – precipitado de cor vermelha vívida 53 Precipitação e separação de íons • Em qualquer momento, Q = [Ba2+][SO42-]. – Se Q > Kps, a precipitação ocorre até que Q = Kps. – Se Q = Kps, existe o equilíbrio. – Se Q < Kps, o sólido se dissolve até que Q = Kps. • Baseado nas solubilidades, os íons podem ser removidos seletivamente das soluções. BaSO4(s) Ba2+(aq) + SO42-(aq) 54 • Considere uma mistura de Zn2+(aq) e Cu2+(aq). CuS (Kps = 6 10-37) é menos solúvel do que ZnS (Kps = 2 10-25), o CuS será removido da solução antes do ZnS. • À medida que H2S é adicionado à solução verde, forma-se CuS preto e uma solução incolor de Zn2+(aq). • Quanto mais H2S é adicionado, forma-se um segundo precipitado de ZnS branco. Precipitação e separação de íons 55 Precipitação e separação de íons Precipitação seletiva de íons • Os íons podem ser separados uns dos outros com base nas solubilidades de seus sais. • Exemplo: se HCl é adicionado a uma solução contendo Ag+ e Cu2+, a prata precipita (Kps para AgCl é 1,8 10-10) enquanto o Cu2+ permanece em solução. • A remoção de um íon metálico de uma solução é chamada de precipitação seletiva. 56 Precipitação e separação de íons • A análise qualitativa foi desenvolvida para detectar a presença de íons metálicos. • A análise quantitativa foi desenvolvida para determinar quanto do íon metálico está presente. 57 5858 Exemplo de análise gravimétrica O cálcio presente em uma amostra de 200,0 mL de água natural foi determinado pela precipitação do cátion como oxalato de cálcio. O precipitado foi filtrado, lavado e calcinado em um cadinho com uma massa de 26,6002 g quando vazio. A massa do cadinho mais CaO (56,077 g/mol) foi de 26,7134 g. Calcule a concentração de Ca (40,078 g/mol) em água em unidades de gramas por 100 mL de água Um minério de ferro foi analisado pela dissolução de uma amostra de 1,1324 g em HCl concentrado. A solução resultante foi diluída em água e o ferro (III) foi precipitado na forma de óxido de ferro hidratado Fe2O3.xH2O pela adição de NH3. Após a filtração e a lavagem, o resíduo foi calcinado a alta temperatura para gerar 0,5394 g de Fe2O3 puro (159,69 g/mol). Calcule (a) a % de Fe (55,847 g/mol) e (b) a % de Fe3O4 (231,54 g/mol) presentes na amostra. 63 Uma amostra de 0,2356 g contendo apenas NaCl (58,44 g/mol) e BaCl2 (208,23 g/mol) gerou 0,4637 g de AgCl seco (143,32 g/mol). Calcule o percentual de cada composto de halogênio presente na amostra. Referências: 1. Daniel C. Harris, Análise Química Quantitativa, LTC, 2005 (capítulo 27). 2. D. A. Skoog, D. M. West, F.J. Holler, Fundamentos de Química Analítica, tradução da 8ª edição Americana, editora Thomson, 2006. (capitulo 12)
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