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Revisão AP2 de Educação Especial 2019.1

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Revisão AP2 de Educação Especial
Aula 12 – Estimulação Precoce 
O que é a Estimulação Precoce? É o processo que visa à identificação, ao diagnóstico e ao tratamento dos desvios do desenvolvimento infantil. Por meio dela podemos remediar a evolução de deficiências, proporcionando à criança experiências significativas, através da interação com o meio e o pleno desenvolvimento de suas potencialidades nos primeiros anos de vida.
Qual é a estrutura e os procedimentos envolvidos no programa de EP? 
1) Modalidade Multifocal e Natureza Educacional: Caracteriza pelas ações estimuladoras e por sua interligação com áreas da educação, de assistência sociofamiliar e saúde.
2) Avaliação: Detecção clínica da provável deficiência.
3) Intervenção: Oferece à criança os recursos ambientais apropriados, para que seu processo evolutivo seja significativo. 
4) Profissionais: Ideal – Professores (com formação em Pedagogia, Psicologia ou E.F), psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas ocupacionais e médicos. Equipe mínima – Um único professor com habilitação em series iniciais, sobre a supervisão de equipe multiprofissional regional ou estadual. 
5) Locais de atendimento: Instituições educacionais, hospitais, berçários, creches, pré-escolas, postos de saúde, entre outros locais.
6) Formas de atendimento: Em geral, 2 sessões semanais de 20 e 40 minutos p/ crianças de até 2 anos e de 1h40min para atendimento em grupos. Para crianças maiores, o período pode ser ampliado. 
7) Recursos: Os espaços físicos, os materiais pedagógicos, os equipamentos e os mobiliários devem ser adequados e apropriados ao trabalho a ser realizado e de acordo com a necessidade da criança.
8) Currículos: O conteúdo dos currículos é organizado em função das áreas mais significativas do desenvolvimento da criança, do nascimento aos três anos. Eles devem ser adequados às necessidades, às características da criança e ao seu ambiente.
Quais os aspectos mais importantes do desenvolvimento motor? Ele ocorre em uma sequência e direção preestabelecida, vai da cabeça para os pés, chamado de cefalocaudal, e do tronco para as extremidades, chamado próximo-distal. 
Quais os aspectos mais importantes do desenvolvimento físico? Estabelece limites do que o indivíduo pode ou não fazer em determinada situações. O desenvolvimento dos ossos e dos músculos.
Explique o processo de maturação. Todas as mudanças morfológicas e fisiológicas que acontecem durante o processo de desenvolvimento da criança. A capacidade de se movimentar, pegar coisas com as mãos e usar os pés está diretamente ligado a maturação dos ossos e músculos da criança. 
Aula 13 – O momento da notícia 
Como cada autor analisa o momento da notícia? 1. Segundo Buscaglia (1993), a deficiência não é uma coisa desejável. Quase sempre causa sofrimento, desconforto, lágrimas, confusão, muito tempo e dinheiro. Há vários padrões de reação, uns vão encarar de forma realista e equilibrada, escolhendo formas adequadas de lidar com a situação. Outros, podem passar a vida inteira em autopiedade e martírio, sentindo-se perdido. Para o teórico, a maioria dos pais se encontra em algum ponto entre esses dois extremos. 
2. De acordo com Miller (1995), Esse processo tem 4 fases (Sobrevivência, Busca, Ajustamento e Separação), a forma como se recebe a notícia pode, muitas vezes, minimizar o choque diante da situação.
Como e por quem deve ser dada a notícia? Os profissionais da área de saúde devem ser preparados. Ao transmitirem a notícia, não devem levantar falsas esperanças e sempre procurar mostrar o bebê aos pais para evitar ansiedades, fantasias e angústias. Dar a notícia com clareza, sensibilidade e atenção é essencial nesse processo. A forma como a notícia é transmitida e o momento em que é dado, o tipo de apoio oferecido e as atitudes dos profissionais são variáveis fundamentais na determinação de uma mais rápida ou lenta aceitação e adaptação da família à nova situação que se apresenta. 
Aula 14 – Dinâmica Familiar 
Quando se trata da dinâmica familiar, cabe sempre a mãe o maior fardo de responsabilidades sobre a criança deficiente. No entanto, não podemos deixar de considerar que todos os familiares, de uma forma ou de outra, participam de quase tudo que acontece no ambiente familiar.
Entender a dinâmica familiar de uma criança deficiente implica conhecer as diferentes fases pelas quais a família passa, os sentimentos decorrentes de cada uma e como, particularmente, cada integrante da família reage ao deficiente.
Os integrantes da família. Pesquisas mostram que as atitudes positivas da mãe influencia diretamente a família na aceitação da criança. 
A maior parte das famílias tende a enfrentar o problema de forma realista e saudável, apesar de todas as exigências que a criança com necessidade poderá ter. Outras famílias só conseguem superar as fases se recorrerem à ajuda de especialistas. 
Qual é o papel da família de uma criança com necessidades especiais? Para atender às exigências do filho, há necessidade de muita boa vontade, empenho e cooperação de todos os membros da unidade familiar. É através dela que a criança aprende a conviver em sociedade, a enfrentar e resolver desafios do cotidiano, a conviver com o preconceito, enfim, aprendem a se tornar pessoas conscientes que têm potenciais e limitações. 
Conclusão: A família tende a se adaptar à nova situação, reorganizar seus próprios sentimentos em relação a si mesmo, à criança e aos demais integrantes da família. Estruturar uma nova dinâmica família diante do problema é um desafio que deve ser enfrentado por todos juntos, pois a família é a base do desenvolvimento da criança.
Aula 15 - Família e Escola 
Papel de ambas: São mediadores de ações educativas e ambos têm foco de atenção comum – a criança. Objetivos comuns são proporcionar o pleno desenvolvimento dessa criança, transmitir os conhecimentos adquiridos e necessários à sobrevivência e à vida em sociedade, além de dar informações sobre cuidados pessoais. 
A transformação da sociedade vem obrigando a escola e a família a se reorganizarem constantemente. 
Qual é o mais novo desfaio a ser vencido pela escola e a família? A inclusão. Incluir pressupõe modificar relações, posturas, estruturas e expectativas, revisar atitudes, formas de organização e estereótipos e redimensionar vínculos e agrupamentos. Ela só se torna viável quando há um movimento de mobilização de todos os envolvidos (sociedade, escola e família) em direção a um só objetivo: incluir. 
Quais a principais dificuldades no processo de inclusão? 
1) Posturas rígidas e valores cristalizados – Na sociedade, há o pensamentos de que a criança deficiente não deve participar de situações de aprendizagem junto com as crianças ditas normais. 
2) Atitude desfavorável a mudanças – As pessoa normalmente têm uma atitude negativa diante do desconhecido, isso dificulta a instalação de um novo modelo de convivência. 
3) Transformação de ambientes – Tem-se muita dificuldade de transformar a escola em um ambiente favorável ao trabalho da diversidade, que possibilita o aprendizado de todos os alunos juntos, incluindo os deficientes. 
4) Atitude preconceituosas e segregacionismo – Práticas e discursos cotidianos preconceituoso também dificultam a inclusão e concorrem para a segregação. 
Possibilidades no processo de inclusão: Estabelecimento de parcerias dentro da sala de aula que favorecerão a aprendizagem; melhoria nas relações interpessoais promoverá a cooperação e maior aproximação com o deficiente; valorizar as diferenças revertendo a exclusão, segregação e o preconceito; elaboração de estratégias de ações inclusivas.
Os desafios no processo de inclusão demandam mudanças na escola. Quais são elas? A escola e as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem devem estar preparadas para receber o aluno especial. Com professores capacitados, com currículos adequados, avaliação contínua, valorização de potencialidades e adequação de métodos.
Resumo: Família e escola precisam estar juntas em qualquerprocesso de escolarização, mesmo que o aluno tenho ou não necessidades educacionais especiais. Se tratando de inclusão, essa parceria é ainda mais necessária porque a família poderá agir como facilitadora do processo quando faz parte dele.
Aula 16 – Necessidades Educacionais Especiais
O que é Educação Especial? A atual LDB, define como uma modalidade de educação que deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas com necessidades educacionais especiais, deve perpassar todos os níveis de ensino e estar à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternativas de atendimento.
Quem são os alunos considerados “educando com necessidades educacionais especiais” e quais são suas características? Aqueles que apresentam as seguintes deficiências: Deficiência mental – É um conjunto de impedimentos orgânicos e funcionais que afetam a capacidade intelectual de um indivíduo, tem como característica um funcionamento intelectual abaixo da média em consonância a limitações em pelo menos dois aspectos do funcionamento adaptativo;
Deficiência física sensorial visual – Redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica e manifesta-se como cegueira ou visão reduzida (subnormal);
Deficiência física sensorial auditiva – Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido e manifesta-se como surdez leve/moderada e surdez severa/profunda. 
Deficiência física motora – Uma variedade de condições que afeta as pessoas comprometendo a mobilidade, coordenação motora geral ou da fala, em decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou más-formações congênitas ou adquiridas, amputados, poliomielite;
Paralisia cerebral – alteração no tônus muscular;
Deficiência múltiplas – Associação, na mesma pessoa, de duas ou mais deficiências (mental/auditiva/física). Com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa;
Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos – manifestações típicas de portadores de síndromes (autismo) e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos (psicoses) que acarretam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado; 
Altas habilidades/superdotação – Aprende com facilidade, domina rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes, apresentam notável desempenho e uma potencialidade muito elevada em aspectos isolados ou combinados.
Durante o processo educacional esses alunos apresentam: 
1 – Dificuldade acentuada de aprendizagem ou limitações que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares e podem ser divididos em dois grupos: 
1.1 – não vinculadas a uma causa orgânica específica;
1.2 – relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiência; 
2 – Dificuldades de comunicação e sinalização (surdez, cegueira, surdo-cegueira) necessitando de adaptações no ensino e reformulações no currículo.
2.1 – (DA), a escola deve providenciar aos surdos recursos específicos com o ensino em língua brasileira de sinais e em língua portuguesa; aos surdos-cegos o ensino em língua de sinais digital, tadoma e outras técnicas. 
2.2 – Aos alunos cegos, cabe os sistemas de ensino disponibilizar o material didático em braile, e aos alunos com visão subnormal, recursos para facilitar a percepção visual, bem como provas em caracteres ampliados, material didático e livro didático.
3 – Altas habilidades/superdotação, devem receber desafios suplementares em classe comum, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para concluir, em menos tempo, a série ou etapa escolar. 
Qual a diferença entre o modelo médico e o modelo pedagógico ou educacional? MM é centrado na doença, os alunos eram vistos como doentes e incapazes; o objetivo era mudar a pessoa, porque o “problema” está centrado nela. MP é centrado no aluno, nas suas potencialidades e metodologias adequadas e influências ambientais. 
O que é o serviço de apoio pedagógico especializado? São desenvolvidos nas classes comuns, por profissionais especializados e, em sala de recursos, onde os professores da educação especial fazem a complementação e/ou suplementação curricular, utilizando equipamentos e materiais específicos.
O que significa Enfoque Sistêmico? Significa que a Educação Especial faz parte da Educação geral e não se diferencia da Educação comum nos aspectos filosóficos. Mas na metodologia, nas estratégias de ação.
Em casos extraordinários onde deverão ser atendidos os alunos com necessidades educacionais especiais? A educação especial deverá ser oferecida em classes especiais, escolas especiais, classes hospitalares e em ambiente domiciliar. 
Qual a diferença entre integração e inclusão? O movimento de integração escolar surgiu com o objetivo de abolir o preconceito e integrar os alunos através de duas modalidades: Integração parcial nas classes especiais em que consistia em preparar o aluno para a Integração total na classe comum. Os alunos tinha que se adequar a escola, que permanecia inalterada, o discente que não conseguia alcançar níveis mais elevados de ensino eram excluídos do sistema educacional. Na abordagem educacional inclusiva, a escola deve ser uma escola para todos, sem preconceitos, sem discriminação. Todos devem ser educados juntos nas classes do ensino comum. 
Aula 17 – Formação do professor, adaptações curriculares e recursos pedagógicos na EE 
Qual o perfil do professor da escola inclusiva? Devem comprovar que em sua formação foram incluídos conteúdos e disciplinas específicas da área da educação especial, bem como, desenvolvidas competências como perceber as necessidades educacionais especiais do aluno; flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento; avaliar continuamente a eficácia do processo educativo e atuar em equipe, inclusive com professores especializais em educação especial. 
Como deve ser sua formação? Formação em cursos de Licenciatura em Educação Especial ou em uma de suas áreas, complementação de estudos ou pós-graduação em áreas especificas de EE, e formação continuada a professores que já exercem o magistério.
Quais a diferença “marcante” entre a escola inclusiva e a escola comum? A escola inclusiva não procura no aluno, a origem de um problema, não pressupõe que o aluno deve se ajustar aos padrões de normalidade para aprender, aponta para a escola o desafio de ajustar-se para atender à diversidade de seus alunos. 
Quais ações são importantes para o avanço das práticas inclusivas? Inovações na prática pedagógica, aplicação de novas tecnologias ao processo educativo e atividades de extensão junto às comunidades escolares. 
Qual o conceito da expressão “necessidades educacionais especiais”? São aqueles que apresentam necessidades próprias específicas e diferentes dos demais alunos, no que diz respeito ao domínio das aprendizagens curriculares, demandando recursos pedagógicos e metodológicos educacionais específicos. 
Como o professor de educação especial deve avaliar o aluno? No decorrer do processo educativo, devem ser feitas avaliações pedagógicas, com o objetivo de identificar barreiras que estejam dificultando a aprendizagem do aluno. Essa avaliação deve ser feita no enfoque educacional, diferente do clínico, o objetivo principal é o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno, bem como a melhoria da instituição escolar, para identificar potencialidades e necessidades educacionais dos alunos. 
Aula 18 – O processo de ensino e aprendizagem de educandos com deficiência intelectual 
Um pouco da história no Brasil: Com a chegada da psicóloga russa Helena Antipoff, são criados os Centros Experimentais de Psicologia para auxiliar a avaliação dos possíveis “débeis mentais” do sistema de ensino. Em 1935 é fundada a Pestalozzi. Em 1954, a primeira APAE, essas instituições ficaram por décadas, com a responsabilidade deoferecer educação a esse alunos. A partir de 1970 são implantas classes especiais nas escolas públicas e esses educando começaram a frequentar escolas regulares. 
O sistema clássico de avaliação de deficiência mental e implicações no campo da educação: O estudo da deficiência intelectual contava com uma classificação da doença, Leve (um coeficiente de inteligência entre 50-55 a 70), Moderado (35-40 a 50-55), Severo (25 a 35-40) e Profundo (20 ou 25). Essa classificação só serviu para aumentar o preconceito e a falta de oportunidade educacional para pessoas com deficiência intelectual. A definição da Associação Americana de Deficiência Intelectual enfatiza a importância das capacidades adaptativas. Ela se afasta do diagnóstico da estimativa do nível de deficiência (leve, moderado, severo, profundo) para a estimativa das intensidades de suporte necessárias (periódicas, limitadas, extensivas ou constantes).
Contribuição da Teoria Piagetiana e do Construtivismo para os educandos com deficiência intelectual: Estudos realizados na década de 80, baseados nessas teorias, reconheceram que as crianças e jovens com a deficiência possuíam condições de se alfabetizar e desenvolver competências escolares, que só faltava a possibilidade de vivenciarem um currículo e propostas pedagógicas desafiadoras. A partir dos anos 90, após a declaração de Salamanca e discussões acerca da Educação Inclusiva, os alunos com a deficiência começaram a frequentar as classes comuns das escolas públicas.
Modelo de Associação Americana de Deficiência Mental de 1992: Trouxe um novo olhar para a deficiência intelectual, quebrando paradigmas preconceituosos. Avaliar uma pessoa com a deficiência levando em consideração somente o déficit, só serve para reforçar um estigma. Se os portadores da deficiência recebem estímulos às capacidades adaptativa e apoio adequado, poderão ter uma funcionalidade próxima a dos não deficientes. 
Curiosidades sobre a deficiência intelectual: Não é algo que se expresse no nascimento, uma pessoa pode se manifestá-la até os 18 anos. As causas podem ser genéticas ou ambientais.
Algumas competências vinculadas às áreas de capacidade adaptativa: 
1. Comunicação: habilidade de compreender e expressar informações por meio de comportamentos simbólicos: (palavra falada, escrita, libras) ou não simbólico (expressão faciais, toques, gestos).
2. Cuidados pessoais: Habilidades para alimentar-se, vestir-se, pentear-se, cuidar da própria higiene, utilizar o banheiro.
3. Habilidades sociais: Referem-se comportamentos sociais apropriados e inapropriados. (Fazer amigos, sorrir, aceitar mudanças, demonstrar simpatia e ser agradável); (Acesso de raiva, ciúme, briga, egoísmo).
4. Independência: Possibilidade de fazer escolhas. Capacidade de aprender e seguir um programa, resolver problemas em contextos familiares, etc.
5. Lazer: Habilidade que envolve a possibilidade de escolher e iniciar uma atividade recreativa, com companheiros ou sozinho. 
Porque é importante a introdução das capacidades adaptativas no sistema de avaliação da deficiência intelectual? Traz novas dimensões, tanto no diagnostico quanto no acompanhamento desses educandos. 
O que envolve o diagnóstico da deficiência intelectual? Envolve a necessidade de uma equipe multiprofissional: médicos, psicólogos, fonoaudiólogos. Na etapa de avaliação das capacidades adaptativas, os papéis do professor e do pedagogo são fundamentais. 
Reforçando a importância do modelo de capacidades adaptativas: O deficiente deve ter uma redução em duas ou mais capacidades adaptativas, quando avaliado com pares da sua idade. Em vez de simplesmente definir a pessoa como deficiente intelectual, é necessário investigar quais são suas necessidades nas dez áreas adaptativas, depois definir os suportes necessários. O planejamento e a intervenção são importantes, que possibilitam dar o atendimento correto ao deficiente. 
Processo de inclusão desses educandos: A educação inclusiva retira o enfoque do aluno com deficiência ou necessidades especial e centra o enfoque na escola, o modelo atual de classificação da deficiência intelectual também retira o enfoque da deficiência e o repassa para o ambiente e o sistema de suportes que o aluno recebe.
Adaptações de currículo no ensino fundamental: Nas séries iniciais, durante o processo de alfabetização, o professor pode utilizar materiais concretos para a estruturação dos conceitos matemáticos (blocos lógicos, material dourado, jogos lúdicos e softwares). A aquisição da leitura e da escrita deve ser acompanhados pelas teorias de aprendizagem que priorizam a construção do conhecimento, podendo utilizar métodos como (representação das atividades da vida diária: nos rótulos dos produtos utilizados, nos logotipos). Fonetização e escrita podem ser estimulados através de jogos de linguagem, como rimas e paralendas que estimulem a percepção. 
Algumas crianças tem dificuldades em manter o foco da atenção e concentração, para isso deve-se evitar o excesso de exercícios numa folha de papel que podem confundi-las, o material oferecido pode ter letras grandes e com destaque e deixar o mais claro possível o exercício, se possível com um modelo. 
Resumo: É muito importante que o educador, muito mais do que identificar níveis de deficiência intelectual de seu aluno, relacionar quais as áreas de capacidades e habilidades nas quais esse educando necessita de suporte e de adaptação no currículo para maximizar seu desempenho acadêmico.
Aula 19 – O processo de ensino e aprendizagem de educandos com deficiência visual 
Quem são os educandos da educação visual? São os que possuem a Cegueira ou visão subnormal que tem alguns níveis, (Cego total = ausência total de visão); (Cego parcial = possui resíduo visual que permite a orientação à luz e percepção de massas); (Amblíope profundo = resíduo visual que permite definir volumes, perceber cores.) e (Amblíope propriamente dito = possui visão de perto que permite uma escolarização em tinta com métodos pedagógicos particulares).
Caminho da visão até o cérebro: Os raios de luz refletidos do objeto entram nos nossos olhos, atravessam as estruturas oculares - a córnea, a pupila, os humores, o cristalino – e chegam ao fundo do olho, até a retina, onde existem células sensíveis a luz. A imagem transformada em impulsos nervosos, é enviada a través do nervo óptico ao cérebro.
Afecções (doença): Os fatores que causam as perdas e anomalias das funções visuais podem ser hereditárias ou adquiridas. Exemplo: Catarata é uma infecção que causa opacidade e impossibilita a visão do ambiente, a leitura e autonomia. O Albinismo, é causa genética e pode levar a um tipo de cegueira diurna. A miopia, desvio em alguma estrutura anatômica do olho levando a erros na formação de imagem. 
A deficiência segundo a teoria de Vygotsky: Segundo ele havia possibilidade da educação e assistência aos cegos, incorporando-os a uma vida social e abrindo acesso a uma cultura. Enfatizou o meio social como primordial para o desenvolvimento da pessoa com deficiência visual. 
Importante: Valentin Haüy foi o criador da alfabetização dos cegos. E a criação do sistema braile possibilitou a leitura e escrita e superar o estigma do “sexto sentido”. 
Como identificar sinais de deficiência visual em alunos? Através de observações comportamentais, tais como: 
1) Esfrega os olhos com frequência ou durante trabalhos que exijam ficção visual. 
2) Incapacidade de localizar e acompanhar um objeto pequeno.
3) Dificuldade de realizar trabalhos escritos (sem conseguir respeitar as pautas do caderno) 
4) Olhos vermelhos, sempre molhados ou com corrimento, pálpebras caídas, etc.
5) Fecha ou cobre um dos olhos, demonstrando dificuldade de enxergar com aquele olho, ou inclina a cabeça lateralmente ou a projeta para frente. 
Orientação e Mobilidade: A restauração da mobilidade é um fator muito importante para o processo de desenvolvimento da pessoa deficiente visual. O treinamento desse indivíduo no uso correto dos sentidos remanescentes e nos instrumentosde locomoção, permite que se amplie o alcance dos sentidos para perceber todas as coisas do ambiente. Por meio da orientação e a mobilidade os deficientes encontram a possibilidade de se localizar no ambiente, levando em consideração os fatores como: perceber sua posição no momento; obstáculos do caminho, entre outros.
O sistema Braille: Processo de leitura e escrita, por meio de pontos em relevo. Os símbolos são produzidos dentro da cela braile, que é constituída por seis pontos. O aluno usa o reglete, onde encaixa o papel para escrita e faz os pontos utilizando a punção.
Adequação currículo: O professor deve adequar o currículo oferecendo oportunidade de seu aluno explorar seus sentidos remanescentes.
Adaptações curriculares no ensino fundamenta para que um aluno, com deficiência visual, possa ter acesso a educação: 
1) Promover a cooperação entre os pares da classe. 
2) Fornecer tarefas alternativas às visuais para os alunos não videntes.
3) Adequar a organização interna da sala de aula e de todo o espaço educativo.
5) Estabelecer um ambiente redundante em códigos alternativos aos visuais, tais como códigos orais, táteis.
6) Organizar a sala de maneira que a iluminação seja a correta, bem como o posicionamento do aluno em relação ao quadro, aos materiais, ao professor. 
Estratégias que o professor poderá adotar para ajudar alunos com problemas visuais: 
1) Ler em voz alta o que está escrito no quadro.
2) Encorajar o aluno a acompanhar a leitura com os dedos ou com outro tipo de instrumento.
3) Usar elogios verbais e também o toque para dar encorajamento ao aluno.
4) Colocar o sorobã à disposição da criança durante as aulas de matemática.
5) Organizar cadernos com pautas mais grossas se o aluno tiver dificuldade de enxergar as pautas do caderno. 
6) Uso de recursos como lentes de aumento.
7) Proporcionar uma aprendizagem tanto pelo tato quanto pela audição.
Ajudas técnicas na educação dos alunos: 
Ajudas Técnicas – Produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência. Exemplos: Relógios e calculadoras sonoras, lupas, dominós, cartas, dama adaptadas e bolas com guizos para prática desportiva.
Os computadores oferecem um apoio a esses alunos com recursos como: imprimir cópias ampliadas, usar softwares como o DOSVOX, o Virtual Vision, Jaws e NVDA que, permitem ao cego a leitura da tela. Ainda há recursos como máquinas de escrita em braile. 
Aula 20 – O Processo de ensino e aprendizagem de educandos com deficiência auditiva 
Educandos com deficiência visual: Aqueles com perda bilateral, parcial ou total de quarenta e um decibéis ou mais. Surdez leve = dificulta a percepção de todos os fonemas de uma palavra, pode passar como desatenta, porque solicita sempre que repita o que foi falado. 
Surdez moderada = Dificulta a percepção das palavras.
Surdez severa ou profunda = Causa grande atraso de linguagem. 
Mecanismos da audição: O processo de audição passa por uma grande condução mecânica quando os som entra pelo ouvido externo e atinge o ouvido médio. Até transformar esta energia em potencial elétrico enviando para o cérebro e formando o som. 
Tipos de perdas auditivas: Podemos ter dois tipos: a de condução e a neurossensorial. A 1ª é aquela que envolve os ouvidos externos e médio, a 2ª é quando envolve o nervo auditivo. 
Importância de saber quando acontece a perda: Pré-linguística – Criança até dois anos, antes da aquisição da linguagem. Pós-linguística – Depois da aquisição da linguagem. 
Qual a importância dessa classificação para o campo da educação? Para adequar a abordagem educativa que essa criança deve receber. No caso dos surdos pré-linguísticos, a (L1) é a Língua Brasileira de Sinais, aprendida em ambiente natural, a língua portuguesa será a (L2) para eles. 
Como identifica perdas auditivas? Observando comportamentos como solicitar que repita a pergunta, estar sempre desatento, trocar de fonemas na escrita, olhar mais fixo para boca do interlocutor. Otorrinolaringologista e fonoaudiólogo são profissionais capacitados para identificar essa perdas. 
Causas da surdez: Genéticas, ocorrendo em vários membros da família ou Ambientais, ocorridas ainda no útero como sífilis que pode causar surdez neurossensorial.
Abordagem de atendimento educacional para alunos surdos: Hoje está em vigor o modelo do Bilinguismo Diaglóssico, em que a língua de sinais passa a ser considerada como língua materna de base para o processo social e educacional da pessoa surda. 
Língua de Sinais: Não recorre à sons, mas sim às mãos, expressão facial, ao corpo. É independente da linguagem oral. Três componentes básicos: Localização; Configuração da mão e Movimento/orientação. 
Atendimento educacional ao aluno surdo: Na educação infantil é essencial, neste momento ele e sua família terão a chance de utilizar a língua de sinais para o processo de comunicação e interação. A atual Política Nacional de EE garante a contratação de assistentes educacionais para auxiliar o professor regente. Que pode servir como mediador e modelo linguístico do aluno.
Nas séries iniciais da alfabetização o professor deve oferecer formas para que seu aluno possa identificar o que está escrito, fazer fichas com vocabulário e dicionário visual, dramatização, cartazes com textos e letras pelos alunos, exercícios acompanhados de gravuras.
Na segunda etapa do Ensino fundamental, os alunos surdos podem estudar em classes inclusivas, mas sempre com a presença de um interprete de Libras e o apoio em salas de recursos do atendimento educacional especializados para dar apoio na aprendizagem. 
As tecnologias assistivas são essenciais no processo de inclusão de pessoa surdas. O professor deve privilegiar e estimular o uso desses recursos visuais da tecnologia como suporte educacional. 
Aula 21 – Aprendizagem de educandos com deficiência física e com necessidades de cuidados especiais de saúde 
Quem são os educandos com deficiência física? São aqueles que possuem uma alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando comprometimentos da função física, podendo ser congênita ou adquirida. 
Educandos com ostomias: Foram oficialmente reconhecidas na condição de deficientes físicas, passaram a ter direitos a todas as garantias dadas as pessoas com deficiências. Uma portaria proporcionou a atenção à saúde da pessoa ostomizada, garantindo apoio clínico a esta e a sua família.
Educandos com Encefalopatia crônica da infância – Paralisia Cerebral: A paralisia cerebral não implica em perda de órgãos, mas em um comprometimento da função motora por lesão cerebral, durante a gestação, no momento do parto ou nos primeiros anos de vida. 
Educandos com espinha bífida: Anomalia do sistema nervoso desenvolvida nos primeiros messes de gestação, causada pelo fechamento incompleto da coluna vertebral. O tecido nervoso sai pelo orifício, forma uma protuberância mole, e a medula fica sem proteção.
Doenças físicas por causas genéticas: Vinculadas a doenças familiares e hereditárias, como o nanismo. Tem também as causas ambientais que podem ser infecções na gestação, acidentes no momento do parto ou traumatismos adquiridos após o nascimento. 
Algumas formas de promover a acessibilidade e ajudas técnicas: Bolsas coletoras para os ostomizados, próteses (de membros), cadeiras de roda, muletas e medicamentos que minimizem a condição de incapacidade, jogos e brinquedos, que permitem a criança interagir com o meio, adaptação de aparelhos domésticos, ajudas técnicas em sistemas especiais com aplicativos para computadores, com mouses adaptados, teclado com colmeias, adaptações arquitetônicas para facilitas a acessibilidade e mobilidade, softwares livres como Microfênix, que facilita o acesso ao computador, entre outros. 
Atendimento educacional para esses alunos: É importante avaliar as condições de acessibilidade da escola ao receber um aluno com deficiência física. Há necessidade de construções de suportes, adaptações, adequações físicase curriculares. O professor pode disponibilizar cadernos com pautas maiores se o aluno encontrar dificuldade motora para escrita, as folhas de exercícios poderão ser presas as carteiras para facilitar a manipulação da criança, suporte para lápis poderão ser utilizados, podem ser estimulados a gravarem as aulas, etc.
O que são necessidades especiais de cuidados de saúde? Necessidade de aproximação com a educação para crianças em situação de vulnerabilidade de saúde por doenças crônicas e/ou infecciosas. Essas crianças e jovens podem não se sentir bem para fixar a sua atenção nos conteúdos, podem ter faltas excessivas devido a longos períodos de internação e/ou restrição de cuidados médicos. 
Como ajudar essas crianças? Organizando adequações curriculares, reorganizando o tempo escolar, mantendo atitudes positiva para encorajar os alunos, os alunos podem desenvolver tarefas em domicílio com apoio de um professor de sala de recursos ou da equipe de orientação pedagógica da escola.
Classe hospitalar e atendimento pedagógico hospitalar: É uma ajuda para atender as necessidades educacionais do aluno, deve desenvolver atividades curriculares flexíveis, manter o intercâmbio com os profissionais de saúde e os pais do aluno. 
Resumo: O intercâmbio entre as às ações de educação e saúde são fundamentais para um pleno desenvolvimento deste aluno. Novas adequações devem ser incorporadas às práticas pedagógicas para garantir o sucesso acadêmico desse aluno. 
Aula 22 – Aprendizagem de educandos com Transtornos Globais do Desenvolvimento 
Quem são os educandos com TGD? Aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesse e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Estes transtornos abordam: 
Transtorno autista.
Transtorno de Asperger.
Transtorno de Rett.
Transtorno Desintegrativo da Infância.
Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação.
Causas para o autismo: As causas para esta condição são multifatoriais, ou seja, envolvendo vários fatores: genéticos e ambientais. 
O Transtorno Autista: Presença de desenvolvimento anormal/ e ou comprometido que se manifesta antes dos três anos por um tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas: interação social, comunicação e comportamento restritivo e repetitivo. Apresentam maneirismos motores como abanar as mãos, são resistentes a mudanças de rotinas, a espaços físicos, acometidos a ataques de pânico e raiva. Possuem déficit de inteligência associado, quando maior o déficit, maiores são as dificuldades de interação. 
Antes da idade de três anos: Ao observar o comportamento de uma criança autista, antes dos três anos, é possível enxergar comprometimento qualitativos na interação social recíproca. Relativo à linguagem, apresentam, falta de uso dela, relativa ausência de criatividade, utilização do pronome tu com significado de eu. No comportamento apresenta ausência de apego afetivo, parecendo não distinguir os pais de outros estranhos, não procuram ser acariciadas e não esperam conforto quando choram, resistentes a mudança de rotina ou detalhes do meio ambiente pessoal. O autista não possui espontaneidade, iniciativa, criatividade e organização de seu tempo de lazer. Possui hipersensibilidade nas experiências sensórias: vibração, olfato, tato, textura, sons e dor. (Podendo entrar em pânico com o som de uma sirene).
Teoria da mente e Abordagem cognitivista: A teoria da mente descrita por Alan Leslie, afirmou que o autista possuía dificuldade de cognição e meta representação. Ele não consegue entender brincadeiras simbólicas, não conhece intenções. 
Transtorno de Asperger: Condição que envolve um comportamento social qualitativo, ausência de linguagem significativa, atrasos cognitivos e presença de interesses e comportamentos restritivos. Porém, diferente do autismo a síndrome de asperger não tem como característica o atraso da linguagem. 
Essas crianças podem apresentam ausências: 
1. Inteligência mediana ou acima da média.
2. Hiperlexia (ler antes da idade)
3. Dificuldade para entender intenções sociais, apresentando certa ingenuidade social.
4. Tendência a fazer comentários irrelevantes e interromper conversas.
 5. Dificuldades em ler emoções dos outros. 
Abordagens educativas para autismo: As crianças autistas necessitam aprender nos próprios ambientes e com objetos do seu mundo social. Um currículo funcional parte da análise das capacidades adaptativas para estabelecer as prioridades de aprendizado para o aluno em sua vida social.
Alguns exercícios que podem ser aplicados a essas crianças:
1) Reconhecer retratos e faces de alegria e tristeza, raiva e medo; 
2) Abrir o campo de interesse com ideias adicionais;
3) Jogos sensório-motores;
4) Fornecer explicações de forma clara;
5) Oferecer local na parte da frente da sala;
6) Reduzir a quantidade de tarefas;
Transtorno de Rett: Condição clínica que afeta principalmente meninas, tem como característica um severo comprometimento da linguagem e um grave retardo psicomotor, o que acarreta escoliose e prejuízo no tônus muscular, levando muitas a necessitar de cadeiras de rodas adaptadas. Porém, as meninas com síndrome de Rett, mantêm interação social e sorriso social. 
Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação: Se caracterizam pelo fato de surgirem após um desenvolvimento normal até dois anos de idade. A partir dessa etapa, a criança começa a perder funções de linguagem, habilidades sociais, surgindo movimentos repetitivos e estereotipados. Há também muita probabilidade de deficiência intelectual associada. 
 As Psicoses: A presença de delírio é fundamental para o diagnostico diferencial entre a esquizofrenia infantil e o autismo. A Esquizofrenia infantil só pode ser detectada após os 7-8 anos de idade, por ser nesta época que a criança inicia o pensamento operatório. As alucinações são presentes, fogem de lugares gritando, com expressão de terror e agarrando-se em adultos. Esta criança necessita de apoio da EE, pois os surtos podem comprometer o processo de aprendizagem. Por afetar áreas de atenção, percepção e raciocino lógico.
Atendimento educacional para elas na educação básica: 
a) Educação Infantil – A criança tem necessidades nas áreas de linguagem, nos processos de interações sociais e no comportamento, o atendimento pedagógico é fundamental para que ela possa desenvolver estas competências. O trabalho em parceria com a equipe multidisciplinar possibilitará o atendimento de cada suporte necessário a estes alunos. 
b) Ensino Fundamental – Para alguns alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento, podem precisar de ambientes mais restritivos como as classes especiais, por ter a possibilidade de ter um programa pedagógico mais individualizado e em grupos menores. E aos que se adaptam as salas inclusivas estão disponíveis.
Ajudas Técnicas: Quando o autista é exposto precocemente é possível que as intervenções clinicas e pedagógicas que substituam a linguagem verbal por outros meios (como figuras, desenhos e símbolos).
O sistema Bliss é um sistema logográfico que utiliza o ideograma chinês e permite combinações de símbolos que podem representar pessoas, ações, sentimentos, objetos.
Os pictogramas são divididos em 6 categorias, apresentando cores diferentes, ela facilita a localização do símbolo e auxilia na estruturação mental e os desenhos são facilmente identificados. 
Temos as ajudas técnica de baixo custo, feitas por meio de materiais como papel-cartão, cartolina, PVC) são um apoio fundamental para os professores. O professor pode criar PowerPoint com fotos do ambiente natural do aluno, de objetos de uso diário para criar as pranchas de comunicação. Trabalhar emoções por meio de fotos de rostos. 
Aula 23 – Aprendizagem de educandos com Deficiência Múltiplas 
Quem são os educandos com deficiências múltiplas?A deficiência múltipla envolve uma série de condições complexas, afetando a pessoa em duas áreas de seu desenvolvimento motor, sensorial e intelectual. Dois exemplos mais comuns são a surdo-cegueira e a deficiência intelectual e física. 
Causas da deficiências múltiplas: 
1. Causas genéticas envolvendo erro no agrupamento de cromossomos ou alteração nos genes.
2. Erros inatos do metabolismo que ocasionam a ausência ou alteração de enzimas importantes para o metabolismo, podendo apresentar complicações como autismo e deficiência intelectual. 
3. Medicamentos utilizados durante o pré-natal.
4. A baixo ou ausência de oxigênio no momento do parto. 
5. Causas pós-natais, doenças infecciosas, além de traumatismos devido a quedas, acidentes e violência. 
Os educando com surdo-cegueira: Deficiência que apresenta a perda do sentido da audição e visão concomitante em diferentes graus. Ele irá utilizar os sentidos remanescentes (tato, gustação, olfato) e se houver algum resíduo auditivo e visual vai usar como um canal para as trocas e participação no meio ambiente. 
Os 4 tipos graus de surdo-cegueira:
1) Cegueira congênita e surdez adquirida.
2) Surdez congênita e cegueira adquirida.
3) Cegueira e surdez adquiridas.
4) Baixa visão com surdez congênita ou adquirida. 
Pode ser classificada em relação ao surgimento da condição e o período de aquisição da linguagem: 
Pré-linguística – O indivíduo nasceu ou adquiriu a surdo-cegueira antes da aquisição da fala. 
Pós-linguística – Depois da aquisição da fala. 
Estratégias de Comunicação para alunos surdos-cegos: 
Libras – Pode ser utilizada para a comunicação com os surdos-cegos por meio do tato. 
Tadoma – Método de linguagem receptiva onde a pessoa surdo-cega, através do tato, decodifica a fala do seu interlocutor, possibilita a interpretação da emissão dos sons através do movimento dos lábios e da vibração das cordas vocais. 
Sistema braile – A comunicação acontece através do arranjo de seis pontos em alto relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. As diferentes posições desses seis pontos permitem a representação de todas as letras do alfabeto. 
Sistema moon – Sistema de comunicação composto por quatorze caracteres em vários ângulos e com contornos bem nítidos. As letras são substituídas por desenhos, por meio de símbolos e figuras para designar ações e objetos. 
Guia-intérprete – Intermedia a comunicação entre surdo-cego e as demais pessoas e também é seu guia durante a locomoção. Ele ajuda a estabelecer a comunicação do surdo-cego pré-linguístico.
Como se comunicar com pessoa com surdo-cegueira? É importante que ela perceba sua presença no ambiente, por meio de um toque suave e gentil, deve se informar sobre qual os sistemas de comunicação ela usa, deve auxilia-la nas orientações em relação ao ambiente e, ao sair do espaço, avise-a. Permita que ao caminhar, ela se apoie em seu ombro, nunca o coloque a frente. Ao caminhar, avise, de forma simples, a direção exata: “Vire agora à direita”, “no próximo passo tem um desnível no chão”.
Educando com demais deficiências múltiplas sensoriais: Ao receber um aluno com deficiência múltipla, o professor deve verificar suas necessidades, mas também aptidões e os suportes que serão utilizados para este aluno, um planejamento individualizado permite adaptar-se ao novo ambiente de forma gradativa. Disponibilizar o auxílio do guia-interprete, bem como o monitor ou cuidador dos alunos com necessidades de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras.
Atendimento educacional para esses alunos: Educação Infantil – Adequação curricular, trabalhar com o aluno usando materiais e objetos de seu contexto familiar e aos poucos introduzir novos objetos. Estabelecer um currículo que permita que a criança posso iniciar o processo de representação mental, utilizando pistas táteis para ações diretas e também antecipar eventos, como tocar o ombro para indicar que chegou.
Ensino Fundamental e Educação Básica – O papel do guia-intérprete é fundamental no apoio educacional para alguns alunos surdos-cegos, pois ele auxilia na interpretação do mundo sensorial. Técnicas de orientação e mobilidade são importantes para que o aluno possa utilizar os espaços da escola, da casa e de seus ambientes sócias com segurança e autonomia, aprendendo técnicas de deslocamento e utilizando os sentidos remanescentes. A interdisciplinaridade é fundamental, pois professores de vários campos podem colaborar para o planejamento pedagógico ao aluno. As avaliações podem ser adaptadas por meio de fotos, imagens, vídeos e audiogravações. Modelos de brinquedos podem ser confeccionados para estimular o desenvolvimento deles.
Acessibilidade e Ajudas Técnicas: Podem ser as de baixa tecnologia, confeccionada pelo professor ou as de alta tecnologia com uso de computadores e softwares. Os guias-intérpretes auxiliam na acessibilidade; adaptações em computadores, como mouse, nos ledores de tela, acionadores de voz, teclados com colmeia. 
 Aula 29 – Novas Tecnologias em Educação Especial 
As novas tecnologias têm sido para muitos deficientes a única saída, possibilidades para transpor os limites, superar as dificuldades e resgatar a autoestima. 
Alguns dos Recursos: 
1) O Sistema Operacional DOSVOX – Permite que pessoas deficientes visuais utilizem um computador comum para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo assim um nível alto de independência no estudo e no trabalho.
a) Ampliador de tela para pessoas com visão reduzida;
b) Leitores de janelas para Windows;
c) Aplicações para uso geral: caderno de telefones, agenda, calculadora.
2) Acesso à internet – Possibilita ao deficiente visual desfrutar de infinitas fontes de informação.
3) Utilização do Scanner – Escanear textos e livros, passando textos do papel para o computador, e convertendo-os em arquivos, para serem impressos em Braille, ou gravados em disquete. 
4) JAWS - Composto por um sistema que lê as informações dispostas na tela e por um sintetizador de voz para reconhecer comandos executados pelo usuário. Com o auxílio deste software, pessoas com deficiência visual podem usufruir dos recursos de informática e navegação na internet com mais facilidade e sem auxílio de terceiros.
5) MOTRIX – Software que permite que pessoas com deficiência motoras graves, possam ter acesso a microcomputadores, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. 
Aula 31 – O brincar, o processo criativo, o lazer de pessoas com necessidades educacionais especiais e a formação lúdica do educador 
Introdução: A formação lúdica é necessária, pois possibilita experiências pessoais e criativas que podem contribuir muito para facilitar a prática pedagógica, permitindo gerar novas formas de pensar e construir o pensamento. 
Tratando da criança com necessidades educacionais especiais, deve-se primar por uma educação adaptada às suas necessidades, e uma das formas de atingirmos este objetivo, é través do brincar dos processos criativos e do lazer. Essas atividades estimulam e beneficiam a inteligência, a motricidade, a linguagem. 
Piaget (1990): Para ele o impulso lúdico se manifesta nos primeiros anos de vida é denominado o jogo simbólico. Piaget explica como a criança aprende. É brincando que se adquire o conhecimento, por meio de ações com os objetos e de experiências cognitivas concretas. As etapas do desenvolvimento intelectual da criança de acordo com Piaget são: 
a) sensório-motor (0-2)
b) pré-operatório (2-7)
c) operatório concreto (7-11)
d) operatório formal (11-15)
Vygotsky: Sua teoria afirma a brincadeira é também uma atividade regida por regras que levam a criança a comportar-se de maneia mais evoluída do que a habitual para sua idade. 
Brinquedos e brincadeiras devem estar de acordo com o nível de pensamento e condição físicas da criança. Os brinquedos oferecidos à criança com deficiência devem atender às suas necessidades peculiares, ao tipo de deficiência ou limitação. 
Práticas Pedagógicas junto à criança comnecessidade educacionais especiais: valor funcional: O brinquedo corresponde as possibilidades da criança a quem é destinada e sua utilização não deve ser dificultada. 
Valor experimental: O brinquedo possibilita experiências novas.
Valor de estruturação: Ele ajuda na formação do “eu”, da personalidade.
Valor de relação: Permite que a criança se situe melhor no mundo das pessoas. 
Orientações para escolher um brinquedo: A indicação da faixa etária; qualidade; selo do IMETRO.
Brinquedoteca: Um espaço com vários brinquedos, jogos e brincadeiras em um ambiente alegre e colorido onde prevalece a ludicidade, exclusivo para crianças. Estimula a criatividade; o faz de conta; dramatizar; socializar e inventar.

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