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Resenha Critiva filme - Disgrace (desonra) e cine-debate

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - UNISOCIESC
JULIANO ANDRESS MERTENS GARCIA
RESENHA CRÍTICA DO FILME “DISGRACE” E CINE-DEBATE
Apresentado à Disciplina de Direito Comercial Internacional
JOINVILLE
2019/1
Filme - “Disgrace”
A história narra a trajetória de David Lurie, professor universitário na África do Sul. A vida do personagem principal beira a letargia, vez que a falta de expressão inclusive no tom de voz inalterado do personagem é constante, sem esforço para sair dessa apatia, embora busque algumas satisfações pessoas, provavelmente para suprir o constante” tom de cinza” vivido, através da companhia de uma prostituta e mesmo da sua conduta como professor, vez que leciona com o mesmo desânimo com a qual conduz o resto de sua vida.
O personagem se utiliza de seu status de “homem branco” que na realidade e época em que se passa o filme, a cor da pele, é claramente determinante de vários privilégios e direitos, ou de outro lado, de vários deveres e obrigações. Em dado momento, o professor se envolve com uma aluna, claramente utilizando de sua posição e privilégios advindos de sua cor e posição, mas após ser denunciado, perde o cargo na universidade, o que não parece lhe incomodar, mostrando novamente a atitude pacata com que vive sua vida, em altos ou baixos.
O professor então deixa a Cidade do Cabo e segue para o interior do país, na casa de sua filha Lucy, que em sua fazenda, cultiva vários tipos de plantas e flores para venda em feiras. Nesse ínterim, fica claro a relação pouco amistosa entre pai e filha, quase se apresentando apenas como uma mera cortesia entre conhecidos que fingem se respeitar.
Apesar da saída da denúncia e da saída da Universidade, a vida de David seguia seu curso relativamente normal, contudo uma vez acompanhado da filha, ambos sofrem uma reviravolta que mudaria sua vida. David e a filha são brutalmente atacados por três homens que choca pela primeira vez, o personagem com a dura realidade de um processo de sobrevivência que permeia a África pós-apartheid. O professor é atormentado pelo fato de que não há o que possa ser feito, visto o contexto do lugar, a mácula causada por toda a dominação branca até então, que agora repentinamente é destronada e trazida a desforra pelos nativos. Sempre tão orgulhoso de sua erudição, David se vê pela primeira vez, confrontado com a impotência de ser, nesse momento e nesse local, alguém menos favorecido.
Conturbada também é a provação pela qual o personagem passa, quando tem todo o seu valoroso orgulho, conduta, e elitismo, são colocados à prova nesse processo de debilidade pós-ataque onde sua filha, tendo sido estuprada cruelmente, contrai gravidez e para desespero e repulsa do pai, toma a decisão de ter o filho.
Percebe-se que a difícil decisão, é tomada para conciliar duas verdades. A primeira que é o seu desejo em continuar na localidade e não voltar ao seu país de origem de onde fugiu em busca de encontrar um lugar onde pudesse fazer a diferença, e conviver com plenitude, inclusive pelo fato da sua sexualidade não aceita pelo pai. Em segundo lugar, por pura e simples sobrevivência, uma vez que ela compreende que nesse momento, ela é a parte hipossuficiente. Sendo assim, ela encontra-se desprotegida, e tenta assegurar essa sua vida, tendo o filho e casando-se com o cunhado de seu estuprador, pois sendo esse homem de certa influência na comunidade, o mesmo passaria a ver o filho bastardo dela como parte da família dele e assim, poderiam assegurar seu futuro naquela localidade.
David demora a entender e aceitar, tanto sua nova realidade pós-apartheid, como também que o seu próprio preconceito colocado a prova. Mas por fim, ao que parece, começa a compreender a sua debilidade, e atitudes falhas como por exemplo, a talvez, fazer um comparativo, salvo a devida diferença e uso de violência, de que a relação que manteve com sua aluna, baseada na influência e poder que exercia ou poderia exercer, em parte, assemelhou-se ao estupro sofrido pela filha, de forma que o faz retornar à fazenda para um reencontro com ela, e tentar um princípio de entendimento da própria filha.

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