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Sistema Sanguíneo e Hemograma

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Sangue:	transporta	O2,	nutrientes,	hormônios,	anticorpos	(do	sítio	de	produção	ao	sítio	de	ação)	e	os	produtos	
tóxicos	do	metabolismo	celular.	Contribui	para	homeostase	(distribuição	de	água,	solutos	e	calor).	
Composição	sanguínea:	O	plasma	possui	água	(maior	parte),	proteínas	(albumina,	globulina	e	fibrinogênio),	
íons	(sódio	potássio	cálcio,	etc),	nutrientes	(glicose	e	aminoácidos),	resíduos	(amônia	e	ureia),	vitaminas,	
hormônios	e	gases	(O2,	CO2	e	N2);	e	os	elementos	figurados,	que	são	as	hemácias	(Transporta	O2,	tem	forma	
discoidal	e	não	tem	núcleo),	os	leucócitos	(possui	núcleo,	faz	a	defesa	-	granulocitos	e	agranulocitos)	e	as	
plaquetas	(tem	formato	irregular,	sem	núcleo	e	participa	da	coagulação	sanguínea).	
Sistema	retículo	endotelial:	É	o	sistema	de	células	capazes	de	realizar	fagocitose;	o	macrófago	faz	a	defesa	
contra	os	antígenos	exógenos,	a	remoção	de	células	velhas	ou	danificadas,	estimula	o	processo	inflamatório	e	
faz	a	apresentação	do	antígeno.	
Hemostasia:	previne	a	perda	de	sangue	por	vasos	intactos	e	interrompe	o	sangramento	de	vasos	lesionados;	
envolvendo	os	processos	de	vasoconstrição,	agregação	de	plaquetas	e	coagulação	sanguínea.	
• Hemostasia	primária:	ocorre	como	resposta	a	uma	lesão	em	algum	vaso,	fazendo	a	vasoconstrição,	
que	diminui	o	fluxo	sanguíneo	no	local	(isso	evita	a	hemorragia	ou	a	trombose),	as	plaquetas	são	
ativadas	e	se	aderem	no	endotélio	dos	vasos	por	meio	do	fator	de	Von	Willebrand	e	começam	a	
liberar	o	seu	conteúdo	para	recrutar	mais	plaquetas	para	o	local	da	lesão,	cujo	se	aderem	uma	nas	
outras	formando	o	tampão	plaquetário	primário	(efeito	temporário).	
• Hemostasia	secundária:	A	cascata	de	coagulação	é	ativada	e	através	dos	fatores	de	coagulação	
(ativados	de	acordo	com	a	necessidade	do	organismo)	levando	a	transformação	do	fibrinogênio	em	
fibrina,	que	tem	como	função	reforçar	o	tampão	plaquetário	primário,	deixando	uma	estrutura	mais	
estável.	
• Fibrinólise:	É	o	processo	de	destruição	gradual	do	tampão	hemostático,	para	restaurar	o	fluxo	
sanguíneo	normal;	processo	mediado	pela	plasmina	(proveniente	do	plasminogênio)	
Coleta	de	sangue:	selecionar	uma	veia	palpável;	não	selecionar	um	local	com	o	braço	do	mesmo	lado	de	
mastectomia,	braço	com	infusão	intravenosa,	com	hematoma,	edema,	contusão	ou	com	múltiplas	punções.	A	
punção	é	feita	com	a	seringa	descartável,	no	ângulo	de	25	graus	(endovenoso),	atravessando	apenas	a	
epiderme.	Reencapar	a	agulha	é	a	principal	causa	de	contaminação	de	profissionais	da	saúde,	pois	nela	existem	
100	milhões	de	partículas	de	VHB/mL	de	sangue	(alta	viabilidade);	os	descartes	devem	ser	feitos	nos	sacos	
brancos	para	resíduos	potencialmente	infectantes.	
Anticoagulantes:	evitam	a	coagulação	de	sangue;	tubo	com	tampa	de	cores	diferentes	possuem	uma	
substância	diferente	(roxo:	ETDA,	amarelo:	Gel	separador	com	ativador	de	coagulo,	vermelho:	siliconizado	sem	
anticoagulante,	cinza:	fluoreto	de	sódio	e	EDTA)	
Sequência	de	coleta	para	evitar	a	hemólise:	
1. Tubo	para	hemocultura	(quando	houver).	
2. Tubo	sem	aditivo	(soro).	
3. Tubos	com	citrato	(tampa	azul	claro).	
4. Tubos	com	Heparina	com	ou	sem	Gel	Separador	de	plasma	(tampa	verde).	
5. Tubos	com	EDTA-K3	para	hematologia	(tampa	roxa).	
6. Tubos	com	fluoreto	de	sódio	(tampa	cinza).	
Hemólise:	é	a	ruptura	da	membrana	da	hemácia,	liberando	o	seu	conteúdo,	se	ocorrer	de	forma	intensiva	
causa	aumento	na	atividade	plasmática	de	algumas	enzimas,	mudando	a	composição	da	amostra.	
	Hemograma:	os	parâmetros	Diretos	e	Quantitativos	fazem	a	contagem	de	He,	leucócitos	e	plaquetas;	
hematócrito	(Ht);	e	dosagem	da	[Hb].	Os	parâmetros	Indiretos	fazem	os	índices	hematimétricos,	que	são	a	
variação	de	volume	das	hemácias	e	a	variação	de	volume	das	plaquetas.	
Hematimetria:	Contagem	do	número	de	hemácias	num	determinado	volume	de	sangue	(no	sexo	feminino:	4,2	
a	5,2	x	106/mm3	e	no	sexo	masculino:	4,6	a	6,2	x	106/mm3);	a	contagem	é	feita	na	Câmara	de	Neubauer,	
diluído	com	o	líquido	de	Gower	à	1:200;	seu	resultado	é	dado	em	número	por	mililitro	(ml).	
Hematócrito:	É	um	índice,	calculado	em	porcentagem,	definido	pelo	volume	de	todas	as	hemácias	de	uma	
amostra	sobre	o	volume	total	desta	amostra	(que	contém,	além	das	hemácias,	os	leucócitos,	as	plaquetas	e,	o	
plasma).	Os	valores	variam	com	o	sexo	e	com	a	idade.	Recém-nascidos	tem	valores	altos	que	vão	abaixando	
com	a	idade	até	o	valor	normal	de	um	adulto.	
Dosagem	de	Hemoglobina:	determina	a	quantificação	da	massa	de	hemoglobina	presente	nas	hemácias	em	um	
determinado	volume	de	sangue,	é	realizada	por	método	espectrométrico	da	cianometahemoglobina,	onde	é	
comparada	com	o	padrão	de	concentração	conhecida,	para	achar	a	concentração	da	amostra	->	Camostra	=			
Aamostra	X			Cpadrão	/	Apadrão	(unidade	g/dL)	
VCM	(Volume	Corpuscular	Médio):	é	o	índice	que	ajuda	na	observação	do	tamanho	das	hemácias	e	no	
diagnóstico	da	anemia:	se	pequenas	são	consideradas	microcíticas	(<	80fl,	para	adultos),	se	grandes	
consideradas	macrocíticas(>	96fl,	para	adultos)	e	se	são	normais,	normocíticas	(80	-	96fl).	Anisocitose:	é	
denominação	que	se	dá	quando	há	alteração	no	tamanho	das	hemácias.	As	anemais	microcíticas	mais	comuns	
são	a	ferropriva	e	as	síndromes	talassêmicas.	As	anemias	macrocíticas	mais	comuns	são	as	anemias	
megaloblástica	e	perniciosa.	O	resultado	do	VCM	é	dado	em	femtolitro.	
HCM	(Hemoglobina	Corpuscular	Média):	é	o	peso	da	hemoglobina	na	hemácia.	Seu	resultado	é	dado	em	
picogramas.	O	intervalo	normal	é	26-34pg	
CHCM	(concentração	de	hemoglobina	corpuscular	média):	é	a	concentração	da	hemoglobina	dentro	de	uma	
hemácia.	O	intervalo	normal	é	de	32	-	36g/dl.	Como	a	coloração	da	hemácia	depende	da	quantidade	de	
hemoglobina	elas	são	chamadas	de	hipocrômicas	(<	32),	hipercrômicas	(>	36)	e	hemácias	normocrômicas	(no	
intervalo	de	normalidade).	É	importante	observar	que	na	esferocitose	o	CHCM	geralmente	é	elevado.	
RDW	(Red	Cell	Distribution	Width):	é	um	índice	que	indica	a	anisocitose	(variação	de	tamanho),	sendo	o	normal	
de	11	a	14%,	representando	a	percentagem	de	variação	dos	volumes	obtidos.	Nem	todos	os	laboratórios	
fornecem	o	seu	resultado	no	hemograma.	
Velocidade	de	hemossedimentação	(VHS):	os	eritrócitos	ficam	em	suspensão	no	plasma,	através	da	
sedimentação;	as	proteínas	plasmáticas	podem	interferir;	é	realizado	os	métodos:	de	Wintrobe	(o	tubo	de	
Wintrobe	é	preenchido	até	a	marca	zero,	deixado	em	posição	vertical	e	a	leitura	é	realizada	após	1	hora);	e	o	
de	Westergren	(a	pipeta	de	Westergren	é	preenchida	até	a	marca	zero,	sendo	fixada	na	posição	vertical	em	um	
suporte	próprio	e	a	leitura	é	realizada	após	1	e	2	horas)	
Leucometria:	é	a	contagem	do	número	de	leucócitos	em	determinado	volume	de	sangue.	Valor	de	referência:	
5.000	a	10.000	leucócitos/mm3;	é	feita	em	Câmara	de	Neubauer,	com	o	líquido	de	Türk,	cujo	a	diluição	é	1:20;	
pode	ser	feita	a	contagem	automatizada.	
• Método	de	westergren:	tem	a	sedimentação	espontânea	no	processo	inflamatório	que	possui	alta	
concentração	de	proteínas,	então	ele	impede	ou	dificulta	a	sedimentação	aumentando	a	quantidade	
de	VHS.	
• A	contagem	pode	ser	global	(total	de	leucócitos)	que	é	feita	na	câmera	de	Neubauer;	ou	diferencial	
(identifica	os	leucócitos)	e	esta	é	subdividida	em	relativa	(%	de	cada	célula)	e	em	absoluta	(número	
exata	de	cada	célula);	Ex:	Se	tiver	10.000	leucócitos;a	relativa	10%	de	monócito	e	a	absoluta	1000	
monócito.	O	líquido	de	Türk	que	causa	hemólise	pois	é	hipertônica	em	relação	as	hemácias;	precisa	
sempre	descontar	o	volume	da	amostra;	ex:	se	o	volume	total	for	de	400	microlitros	e	o	da	amostra	de	
20	microlitros,	o	volume	da	diluição	deve	ser	de	380	microlitros.	
• Não	é	possível	diferenciar	morfologicamente	os	linfócitos	T	e	B	mas	dá	para	identificar	se	eles	estão	
ativados	ou	não.		(MANUAL)	
• Diferenciação	de	linfócitos	T	e	B	e	de	células	jovens	(blasto)/	Citometeria	de	fluxo:	tem	objetivo	de	
fazer	o	diagnósticode	hemácias	e	acompanhamento	de	pacientes	portadores	de	HIV	ou	com	AIDS;	
permitindo	a	identificação	de	proteínas	e	glicoproteínas	presentes	na	membrana	celular	e	assim	
permite	identificar	células	morfologicamente	idênticas;	são	utilizados	conjugados	(Ac)	marcados	como	
substância	fluorescentes,	que	se	reconhece	cada	um	dos	marcadores	de	membrana	celular	e	assim	
ocorre	a	identificação	de	cada	tipo	celular;	tornando	possível	a	observação	do	tamanho	e	estruturas	
citoplasmaticas;	usado	apenas	em	situações	específicas	por	conta	do	custo.	(AUTOMATIZADO)	
Plaquetometria:	É	a	contagem	do	número	de	plaquetas	em	determinado	volume	de	sangue;	valor	de	
referência:	150.000	a	400.000	plaquetas/mm3,	a	contagem	é	feita	na	Câmara	de	Neubauer	com	o	oxalato	de	
amônio	1%	(diluição	1:100),	pois	não	deixa	as	plaquetas	se	constatarem;	Contagem	automatizada.	
Hematoscopia:	é	a	confecção		da		lâmina	(Feita	para	tirar	alguma	dúvida);	o	processo	deve	ser	realizado	logo		
após		a		coleta	e	as	lâminas		e		lamínulas		devem		estar		limpas		e	desengorduradas;	a	extensão		deverá		ser		fina		
e		regular	(único	sentido);	deixar		a		extensão		secar		ao		ar	(naturalmente),		fixar,		corar	com	panóticos	
(associação	de	policrômio	azul	de	metileno	e	de	eosina	em	metanol;	;	capaz	de	corar	todas	as	células	do	
sangue;	Giemsa:	tem	que	usar	álcool	antes;	Roserfield:	não	precisa	do	álcool)	e	examinar	num	microscópio	
(área	1	mais	concentrada;	área	2	onde	deve	ser	feito	a	leitura;	e	área	3	menos	concentrado);	Etapas-fixação-
coloração-lavagem	e	secagem.	
Contadores	Automáticos:	Identifica	estruturas	diferentes	(através	dos	tamanhos	de	cada	uma)	e	estruturas	
citoplasmaticas	(se	tem	núcleos	e	ou	grânulos);	como	as	células	sanguíneas	não	são	boas	condutoras	de	
energia	é	necessário	o	uso	de	um	diluente,	por	conta	do	campo	elétrico	criado	por	2	eletrodos;	cada	célula	que	
passa	pela	abertura	aumenta	a	impedância	do	campo	elétrico,	gerando	um	pulso,	cujo	o	cada	pulso	equivale	a	
uma	célula	e	a	amplitude	do	pulso	equivale	o	volume.		
• Difração:	ao	bater	em	um	elemento	figurado,	a	luz	emitida	pelo	equipamento	é	desviada	e	o	detector	
vai	transformar	essa	informação	em	um	tipo	celular.	(contagem	global)	
• Reflexão:	ao	bater	em	um	elemento	figurado,	a	luz	não	consegue	atravessar-lo,	voltando	desviada	
para	o	ponto	inicial	e	o	detector	traduz	para	algum	tipo	de	elemento.	(contagem	global)	
• Refração:	ao	bater	em	um	elemento	figurado,	a	luz	será	desviada	de	acordo	com	a	presença	de	
estruturas	citoplasmáticas,	ou	seja,	do	núcleo	e	grânulos,	traduzindo	para	algum	tipo	de	elemento	
(contagem	global	e	identificação	de	grânulos).	
• Absorção:	ao	bater	no	elemento	figurado	caso	haja	núcleos	e	grânulos,	a	luz	não	passará	pela	partícula	
e	o	detector	traduzirá	a	informação.	
• Internal	Scaterring:	ocorre	o	desvio	da	luz	na	presença	de	qualquer	tipo	de	estrutura	ou	alteração	
citoplasmatica	tornando	possível	identificar	a	atípia	de	linfócitos	e	alterações	no	tamanho	das	células.	
Hematopoiese:	produção	dos	elementos	sanguíneos	na	medula	a	partir	de	uma	célula-tronco	hematopoiética	
(HSC)>>	porque	as	células	tronco	são	capazes	de	autorregeneração,	restrição,	proliferação	e	diferenciação.	
Órgãos	hematopoiéticos:	
• Até	6ª	semana:	são	produzidas	nas	ilhotas	sanguíneas	do	saco	vitelino;	apenas	eritropoiese	(produção	
de	hemácias	para	transporte	de	O2)		
• Da	6ª	semana	até	5º	mês	de	gestação,	são	produzidas	no	fígado	e	baço	fetal		
• A	partir	do	5º	mês	de	gestação	todas	as	células	sanguíneas	passam	a	serem	produzidas	na	medula	
óssea.	
Estroma	medular:	macroambiente	composto	por	células	e	estruturas	que	por	meio	da	produção	de	fatores	de	
crescimento	ou	por	contato	físico	vai	estimular	a	HSC	de	tal	forma	que	ela	produza	todos	os	elementos	
figurados.	
• Componente	celular:	miofibroblastos,	adipócitos,	macrófagos,	linfócitos,	células	endoteliais	
sinusóidesmedulares	e	células	tronco	hematopoeticas	
• Componente	acelular:	matriz	extracelular;	macromoléculas		-fibronectina,	colágeno,	trombospondina,	
tenascina-interações	entre	células	e	matriz	extracelular	e	Fatores	de	crescimento	hematopoeticos:(G-
CSF,	GM-CSF,	M-CSF),		interleucinas	(IL-1,	IL-2,	IL-3,	IL-4,	IL-5,	IL-6,	IL-7,	IL-11	e	TGF-BETA),	
eritropoetina	e	trombopoetina	
	Células	Troncos	HematopoIéticas:	Precursoras	imaturas	e	não	comprometidas,	capazes	de	originar	qualquer	
tipo	de	célula.	
• linhagem	linfoide:	linfócitos	T	e	B,	células	NK	e	células	dendríticas	linfoides	
• linhagem	mieloide:	monócitos,	eosinófilos,	neutrófilos,	basófilos,	eritrócitos,	plaquetas	
Eritropoiese:	adulto	produz	200	bilhões	hemácias	por	dia,	sendo	que	1/3	precursores	eritroides	ficam	na	
medula	óssea,	tem	capacidade	proliferativa	e	síntese	de	Hb.	Do	1	ao	6	não	aparece	na	circulação.	
1. Hematopoiese:	em	presença	de	fatores	de	crescimento	como	o	GM-CSF,	vai	se	comprometer	e	tornar-
se	uma	precursora	mieloide	que	pode	originar	eritrócito,	plaquetas,	monócitos	e	granulocitos.	
2. Essa	célula	precursora	mieloide	continua	a	ser	estimulada	com	os	fatores	de	crescimento	e	com	EPO	
se	compromete	com	a	linhagem	ele	eritroide	e	se	transforma	em	pronormoplasto	que	é	a	primeira	
célula	especifica	da	linhagem	e	tem	receptor	para	o	transferrina,	por	isso	ela	é	capaz	de	armazenar	
ferro.	
3. O	pronormoblasto	continua	sendo	estimulado	pela	EPO	passa	a	se	proliferar	e	acumular	moléculas	de	
ferro	na	forma	de	Ferritina	nesse	momento	poucas	moléculas	de	hemoglobina	são	produzidas.	
4. A	seguir	a	célula	se	transforma	em	um	normoblasto		basófilo	que	apresenta	no	seu	citoplasma	
ribossomos	em	alta	concentração,	tornando	o	citoplasma	azul	escuro.	
5. Devido	a	alta	concentração	de	ribossomos	a	célula	passa	a	ser	capaz	de	produzir	hemoglobina	em	
larga	escala	se	tornando	normoblasto	prolicromatico	com	o	citoplasma	rosado	devido	a	presença	da	
hemoglobina.	
6. A	concentração	de	hemoglobina	chega	ao	máximo	fazendo	com	que	o	núcleo	torna-se	picnotico,	
transformando	a	célula	em	um	normoblasto	ortocromatico	(ultima	célula	com	núcleo	desta	linhagem).	
7. Após	a	extrusão	núclear	as	células	se	transformam	em	um	elemento	figurado	chamado	de	
eritrocitopolicromado	ou	reticulocito,	que	apesar	de	não	produzir	mais	IGL	possui	RNA	ribossomico,	
fazendo	com	que	seja	percebido	pontos	azuis	no	citoplasma,	normalmente	os	reticulocitos	estão	
presentes	na	circulação	em	concentração	menor	a	2%.	
8. O	eritrocito	na	circulação	apresenta	alta	concentrações	de	hemoglobina	a	fim	de	realizar	o	transporte	
do	oxigenio.			
Há	presença	de	reticulocitos	em	maior	concentração	quando:	tem	destruição	excessiva/acelerada	de	
eritrocitos,	causada	por	conta	da	presença	de	um	agente	infeccioso	hemolítico	(plasmodio),	doenças	
autoimunes,	alterações	na	membrana	das	hemácias	que	facilitam	a	hemólise	na	circulação,	alteração	do	
funcionamento	do	baço	(pois	ele	é	o	responsável	pela	“reciclagem”	das	hemácias	senescentes)	ou	por	
alterações	da	estrutura	da	hemoglobina.	
Precursores	eritroides:	receptores	essenciais	para	maturação	(eritropoetina	e	transferrina)	e	glicoforina	A,	que	
é	uma	proteína	de	membrana.	
Modulação	da	produção	de	hemácias:	em	presença	de	baixas	concentrações	atmosféricas	do	oxigênio	(ar	
rarefeito),	para	que	haja	transporte	eficiente	de	oxigênio,	é	necessário	um	aumento	no	número	de	hemácias.	
Por	esse	motivo	os	receptores	celulares	sinalizam	a	presença	de	hipóxia	tecidual,		que	estimula	as	células	
intersticiais	renais	a	produzirem	e	secretarem	eretoproitina	(EPO).	Este	hormônio	vai	atuar	nas	células	
Hematopoiéticas	presentes	na	medula	aumentando	a	sua	taxa	de	mitose	(aumenta	o	número	de	células)	e	em	
presença	de	um	ligante	Kit	IL-3	e	GM-CBF	(Fator	de	crescimento	das	células	granuloide	e	mieloide),	acelera	a	
maturação	dos	eritroblastos	gerando	reticulócitos	e	hemácias	que	são	liberadas	e	passam	a	fazer	o	transporte	
de	O2.	Quando	houver	homeostase	tecidual	a	produção	de	eritoproteína	diminui	e	a	medulaóssea	volta	a	
produzir	as	células	e	hemácias	em	velocidade	normal.	
Citoesqueleto	e	Maleabilidade:	Para	que	a	hemácia	passe	pelo	capilar	é	necessario	a	capacidade	de	se	moldar,	
por	isso	elas	não	têm	núcleo	e	possuem	proteínas	da	banda	3	que	são	ancoradas	em	moléculas	de	espectrina,	
formando	uma	rede	conectada	por	glicoforina	C,	Actina	(quando	ligada	a	miosina	faz	a	contração)	e	
Tropomiosina,	além	disso	possui	moléculas	de	glicoforina	A,	presentes	no	citoplasma	para	consertar	possíveis	
lesões.	
Em	caso	de	deficiência	das	proteínas	do	citoesqueleto,	as	hemácias	ficam	mais	frágeis	e	são	hemolisadas	antes	
do	tempo	normal	(120	dias).	
Metabolismo	de	ferro:	O	ferro	utilizado	para	produção	de	hemoglobinas	pode	ser	obtido	a	partir	da	reciclagem	
de	hemácias	senescentes	(ocorre	a	fágocitose	por	macrófagos	presentes	na	medula	do	baço,	que	quebram	as	
moléculas	de	hemoglobinas	liberando	o	Fe)	ou	pode	ser	absorvido	pelo	epitélio	intestinal	através	da	dieta.	
Após	ser	digerido	o	ferro	é	absorvido	pelos	enterocitos	(epitélio	intestinal)	o	organismo	pode	utilizar	as	
moléculas	de	Fe,	armazenar	como	ferritina	ou	enviar	o	Fe	para	a	circulação	através	do	complexo	transportador	
formado	por	ferropotina-fefestina;	na	circulação	as	moléculas	de	ferro	não	podem	ficar	livres	pois	se	
acumulam	em	órgãos	e	tecidos,	por	isso	ela	se	ligam	ao	apotransferrina	se	transformando	em	transferrina;	o	
ferro	é	essensial	na	eritropoiese	que	ocorre	na	medula	óssea,	então	ele	pode	ser	obtido	a	partir	da	transferrina	
que	vai	para	medula,	que	possui	eritroblastos	com	receptores	para	que	o	ferro	seja	incorporado	para	a	
formação	da	hemoglobina.		
Causas	de	deficiência	de	ferro:	baixa	ingestão,	diminuição	da	absorção	intestinal	(por	conta	de	uma	inflámação	
da	mucosa,	ex.	Cronh,	deverticulite	e	celíaco;	ou	por	conta	de	alguns	tipos	de	cirrurgia	de	redução	de	estômago	
por	By-Pass).	
Sintese	de	Hemoglobina:	é	composta	por	quatro	grupos	heme,	sendo	que	cada	um	possui	duas	moléculas	de	
ferro	+	a	globina	que	possui	duas	cadeias	alfas	e	betas	(quatro	cadeias	ao	todo),	portanto,	para	que	haja	a	
produção	da	Hb	é	necessario	que	esses	componentes	sejam	produzidos	simuntaneamente.		
Quando	a	transferrina	se	liga	ao	resceptor	presente	no	eritoblasto	ela	é	endocipada	ligada	ao	receptor	e	então,	
as	moléculas	de	ferro	se	dessociam	da	transferrina	ainda	dentro	do	vácuolo;	a	transferrina	ligada	ao	receptor	é	
exocitada	enquanto	o	Fe	permanecem	no	citoplasma;		
Heme:	sua	produção	começa	dentro	das	mitocôndrias	quando	em	presença	da	vitamina	B6	a	glicina	reage	com	
o	sucinilacoA	gerando	ácido	delta	aminolivulinico,	que	vai	para	o	citoplasma	onde	sofrerá	alterações	
enzimaticas	consecutivas	gerando:	porfobalinogenico;	uroporfurico	e	coproporfirinogenico;	o	ultimo	volta	para	
a	mitocôndria	onde	é	transformado	em	protoporfirema	que	se	liga	ao	Fe	gerando	o	gerando	o	grupo	Heme;	
que	sai	da	mitocôndria	para	o	citoplasma	onde	se	liga	as	cadeias	alfa	e	beta	de	globinas	formando	a	
hemoglobina.	
Podem	ocorrer	alterações	de	produção	da	hemoglobina	devido	a	deficiência	de	ferro	(diminui	a	produção	do	
grupo	heme);	nas	reações	enzimáticas	que	acontecem	no	citoplasma	do	eritoblasto	(geram	um	grupo	heme	
alterado)	e	na	produção	das	cadeias	de	globina.	
O	assincronismo	na	produção	das	cadeias	alfa	e	beta	gera	alterações	estruturais	na	hemoglobina	caracteristicas	
das	talassemias.	
Produção	de	Globinas	ao	longo	da	vida:	Assim	que	começa	a	produção	de	eritrocitos	pelo	saco	vitelinico	
começa	a	produção	de	cadeias	alfa	de	globina	que	atinge	seu	ápice	entre	a	sexta	e	a	decima	semana	de	
gestação;	a	cadeia	beta	é	produzida	em	baixas	concentrações	durante	a	gestação,	já	que	cadeias	similares	a	ela	
são	produzidas	em	maior	concentração	(principalmente	a	gama),	após	o	nascimento	a	produção	de	cadeias	
cadeias	betas	vai	atingir	seu	ápice	até	a	18ª	semana	após	o	nascimento;	A	medula	é	mais	eficiente	na	produção	
da	beta;		
Em	algumas	patologias	a	produção	da	beta	não	se	normaliza	após	a	18ª	semana	de	vida	gerando	problemas	no	
transporte	de	O2	e	na	estrutura	da	hemácia;	Sem	a	cadeia	alfa	não	tem	hemoglobina.	
Reciclagem	de	hemácias	Senescentes:		
1. As	hemácias	senescentes	apresentam	alterações	de	membrana	e	são	fagocitadas	por	macrófagos	
presentes	na	polpa	vermelha	do	baço,	no	fígado	ou	na	medula	óssea.	
2. Dentro	dos	macrófagos	ocorre	a	hemólise	que	libera	a	hemoglobina	que	sofre	a	quebra	enzimática	
separando	o	grupo	heme	das	globinas.	
3. As	globinas	são	quebradas	gerando	aminoácidos	liberados	pelos	macrófagos	e	que	serão	reutilizados	
para	síntese	de	proteínas	nos	tecidos.	
4. O	grupo	heme	é	quebrado	gerando	a	separação	do	Fe	e	da	protopofirina.	
5. O	macrófago	libera	as	moléculas	de	ferro	que	se	ligam	a	transferrina	e	são	transportadas	pela	
circulação	até	o	fígado.	
6. No	fígado	as	moléculas	de	ferro	podem	ser	armazenadas	como	ferritina	ou	podem	se	acumular	como	
hemossiderina	dentro	dos	hepátocitos	gerando	um	processo	inflamátorio.	
7. A	transferrina	produzida	pelo	fígado	já	liberada	ligada	a	molécula	de	ferro	que	são	transportadas	até	a	
medula	óssea.	
8. Na	medula	óssea	as	moleculas	de	ferro	serão	utlizadas	durante	a	eritoproiese,	que	gera	hemácias	com	
viabilidade	de	aproximadamente	120	dias	na	circulação	sanguinea.	
9. Após	de	120	dias	as	hemácias	são	fagocitadas	pelos	macrófagos	e	grupo	heme	é	quebrado	em	
moleculas	de	ferro	e	protoporferina	que	é	metabolizada	nos	macrófagos	e	transportadas	em	
biliverdina	e	posteriormente	em	bilirrubina.	
10. A	bilirrubina	é	liberada	pelos	macrófagos	e	transportadas	na	circulação	até	o	fígado.				
11. No	fígado	a	bilirrubina	deve	ser	conjugada	a	fim	de	garantir	sua	metabolização	e	posterior	excreção.	
12. A	bilirrubina	conjugada	é	transportada	pelo	sistema	porta-hepático	até	o	intestino	delgado,	onde	
bactérias	da	microbiota	a	transformarão	a	bilirrubina	em	urobilirrogenio.	
13. O	urobilirrogenio	pode	ser	transportado	para	os	rins	onde	será	eliminado	na	urina	como	urobilina.	
14. Ou	o	urobilirrogenio	pode	ser	transformado	no	intesntino	grosso	em	estercobilina	que	será	nas	fezes.	
A	bilirrubina	quando	se	acumula	na	circulação	sanguinea	é	tóxica	para	o	sistema	nervoso	central	e	quando	se	
acumula	na	pele	gera	icterícia.	
Em	caso	de	hemólise	excessiva	vai	ocorrer	acumulo	de	bilirrubina	indireta	(não	conjugada),	ultrapassando	a	
capacidade	do	fígado	conjugar	essa	molécula	levando	à	dificuldade	de	excreção,	causando	icterícia,	urina	
escura	e	acólia	fecal	(fezes	sem	cor,	menos	frequente).	
Hemoglobinas	normais:	Hb-A1	(estrutura	2alfa	e	2beta;	97%	em	adultos	e	25%	em	recém	nascidos);	Hb-A2	
(2alfa	e	2delta;	2-3,5%	em	adultos	e	<1%	em	recém	nascidos);	e	Hb-F	(estrutura:	2alfa	e	2gama;	0,1-1%	em	
adultos	e	75%	em	recém	nascidos),	pois	a	Hb-F	(fetal)	apresenta	maior	avidez	pelo	O2,	então	ela	é	capaz	de	
desligar	o	oxigenio	da	Hb-A1	materna,	portanto,	durante	a	vida	fetal	durante	a	vida	fetal	a	Hb-F	é	a	responsável	
por	oxigenar	os	tecidos	do	feto,	tirando	o	O2	do	organismo	da	mãe	e	ao	nascimento	essas	hemoglobinas	ainda	
são	encontradas	em	quantidade	considerável,	ao	longo	do	crescimento	a	Hb-F	vão	sendo	substituídas	pela	Hb-
A1,	pois	não	é	mais	necessário	pegar	o	oxigênio	da	mãe,	já	que	após	o	nascimento	o	oxigênio	é	adquirido	pelo	
ar	respirado.	
Alterações	Qualitativas:		
Morfologia:		
Tamanho:	anisocitose	-	Normocitose	(tamanho	normal,	pequenas	variações	de	tamanho	entre	as	hemácias),	
Microcitose	(tamanho	menor	que	o	normal)	e	Macrocitose	(tamanho	maior	que	o	normal).	
Formato:	poiquilocitose	–	essa	alteração	é	sempre	relacionada	por	condições	patológicas	ou	genéticas.	
• Ovalócitos:	as	hemácias	são	ovais;	na	presença	de	eliptócitos	é	comum	em	pacientes	em	pacientes	
que	apresentam	alterações	ou	defeitos	nas	proteínas	do	citoesqueleto	das	hemácias;	geralmente	
causadas	por	doenças	heriditarias.		
• Acantócitos:	projeções	digitiformes	irregulares,	são	os	comunsem	dislipemias	(doenças	relacionadas	
no	metabolismo	de	lipídeos),	como	betalipoproteinemia	e	algumas	doenças	hepáticas.	
• Equinócitos:	Hemácias	crenadas,	espículas	com	Hb	normal,	causada	por	ressecamento	do	sangue	na	
lâmina	(arterfato),	ou	por	conta	do	aumento	da	osmolaridade	plasmática	(o	sangue	apresenta	mais	
soluto,	fazendo	a	hemácia	perder	água-	comum	em	pacientes	com	uremia,	proviniente	de	pacientes	
com	lesão	renal).	
• Esferócitos:	possui	coloração	uniforme,	não	tem	o	centro	mais	claro,	são	esferas;	Macroesferócitos	–	
anemia	hemolítica	autoimune;	Microesferócitos	–	queimaduras	severas;	esferocitose	hereditária	
causada	por	defeito	de	proteínas	do	citoesqueleto.	
• Dacriócitos:	hemácias	em	lágrima,	pois	possui	um	filamento	lateral,	causada	quando	a	eritropoiese	é	
feita	extramedulamente		(baço	ou	fígado),	tendo	defeito	no	citoesqueleto,	comum	na	anemia	
perniciosa,	desordens	mieloproliferativas	e	talassemias.	
• Esquizócitos:	são	fragmentos	de	eritrócitos,	causados	por	queimaduras	severas,	anemia	hemolítica	
microangiopática	e	anemia	hemolítica.	
• Estomatócitos:	parece	estômagos,	estruturas	presentes	em	vegetais,	causado	desbalanço	eletrolitico;	
alteração	de	osmolaridade	plasmática.	
• Codócitos:	hemácia	em	alvo,	ocorre	em	hepatopatias	e	hemonoglopatia	C	(doença	que	o	paciente	
possui	hemoglobina	C	ao	invés	de	Hb-A1).	
Coloração:	[Hb]	-	Normocromia	(concentração	normal	de	Hb,	com	o	centro	mais	clara,	pois	as	hemácias	de	
lado	parece	a	bala	soft,	já	que	perderam	o	núcleo);	Hipercromia	(maior	concentração	de	Hb,	deixando-a	
mais	escura	que	o	normal	e	o	centro	não	é	mais	claro);	Hipocromia	(menor	concentração	de	Hb,	deixando-
a	mais	clara	que	o	normal);	e	Policromasia	(reticulócitos	na	circulação,	são	mais	roxo;	quando	tiver	
hemólise	-	destruição	excessiva	de	hemácia	gerando	a	liberação	de	células	jovens	numa	tentativa	de	suprir	
o	oxigenio;	hemorragias	os	reticulociotos	aparecem	para	tentar	compensar	a	falta	de	hemácias	-	com	
hemorragia	por	mais	de	5	dias,	como	endomentriose,	sangramento	intestinal	eulcera	gástrica;	e	depois	do	
tratamentos	de	anemia	ferropriva	pois	o	organismo	acelera	a	produção	de	Hb).	
Presença	de	inclusões:		
• Corpos	de	Pappenheimer:	acumulo	de	ferro	nas	hemácias,	que	se	ligam	aos	reticulos;	comuns	nas	
talassemias	-	alteração	de	produção	de	cadeias	alfa	e/ou	beta,	consequentemente	não	consegue	se	
ligar	ao	ferro.	
• Pontilhados	Basófilos:	presença	de	ribossomos	e	mitocondrias;	Ocorre	em	caso	de	sepse,	uso	de	
droga.	
• Corpos	de	Howell-Jolly:	sobras	de	núcleo	dentro	das	hemácias;	ocorre	em	caso	de	disfunção	
esplenicas	(problema	no	baço)	ou	esplenectomia	(retirada	do	baço).	
• Aneis	de	cabot:	resto	de	fuso	mitotico,	ocorre	na	anemia	megonoblastica;	
• Corpos	de	Heinz:	só	são	visualizados	com	uma	coloração	especial,	são	Hb	desnaturadas	devido	a	
deficiencia	de	G6PD	(glicose	6	fosfato	desidrogenase-	gliocolise).	
• Normoblasto	Ortocromático:	acontece	em	recém	nascido	e	em	crises	hemóliticas.		
• Hemacias	em	Roleaux:	fica	aderida	um	nas	outras;	pode	ser	artefato,	ou	pode	ser	mieloma	multiplo,	o	
paciente	produz	anticorpos	alterados	em	alta	concentração.	
Grânulos	de	Schuffner:	presença	de	plasmoduim	vivax	na	hemácia	(malária);	coloração	tem	que	ser	feita	no	
máximo	em	3	horas.	
Alterações	quantitativas:		
§ Oligocitemia:	diminuição	de	eritrócitos,	comum	em	anemia;	causas	pela	a	diminuição	de	produção	
(deficiencia	medular),	por	conta	da	hemorragia	ou	aumento	de	destruição	(hemolise	acentuada,	
função	aumentada	do	baço-hiperesplenismo);	Policitemia:	aumento	de	eritrócitos	
Anemias:	redução	do	transporte	de	O2	no	sangue	e	hipóxia.	Sintomas:	fadiga,	palidez,	falta	de	ar,	vertigem,	
tonturas	ou	batimento	cardíaco	acelerado.	Tratamento	depende	do	diagnóstico	subjacente:	suplementos	com	
ferro;	suplementos	com	vitamina	B	e	transfusões	sanguíneas.	
• Anemias	Fisiologicas:	Diminuição	da	produção,	Aumento	da	Destruição	e	Perdas	hemorrágicas.	
• Anemias	Morfologicas:	Microcítica,	Normocítica	e	Macrocítica.	
Diagnostico:	diminuição	de	Hematócrito,	diminuição	de	Hemoglobina	e	diminuição	de	número	de	
Hemácias/volume	de	sangue.	
Exames:		
§ 	Índices	hematimétricos:	caracterização	
Tipo	de	Anemia	 CHCM	 VCM	
Normocítica	 >30	 80	–	90	
Macrocítica	 >30	 >94	
Microcítica	 >30	 <80	
Hipocrômica	microcítica	 <30	 <80	
													
§ Dosagem	de	Ferro:	a	dimuniuição	de	ferro	(por	conta	da	má	absorção	na	parte	superior	do	duodeno	e	
do	jejuno,	pH	gástrico	e	dieta),	problemas	com	a	ligação	com	a	transferrina	plasmática,	deficiência	de	
ferro	(por	conta	do	aumento	da	necessidade:	gravidez,	lactação,	crescimento;	diminuição	da	ingestão:	
dieta	pobre	em	proteína	animal;	diminuição	da	absorção:	cirurgias	ou	patologias;	e	por	perda	
excessiva:	sangramentos).	
§ Dosagem	de	ferritina:	proteína	de	reserva	do	ferro,	é	um	marcador	precoce	de	anemia,	pois	a	
concentração	de	ferritina	diminui	primeiro	que	a	de	ferro.	Ocorre	a	diminuição	por	conta	de	infecções,	
traumatismos	e	inflamações	agudas	e	ocorre	o	aumento	por	excesso	de	ferro,	após	transfusões,	
alguns	tipos	de	linfomas	e	carcinomas,	lesões	hepáticas,	anemias	hemolíticas	e	megaloblásticas.	
§ Dosagem	de	transferrina:	Proteína	de	transporte	de	ferro,	sua	síntese	é	hepática,	controla	a		[Fe]	livre,	
impedindo	a	diminuição	da	perda	urinária	e	efeitos	tóxicos	do	ferro	livre,	então	se	ocorrer	a	
diminuição	pode	ser	decorrente	de	doenças	hepáticas,	enteropatias,	síndrome	nefrótica,	desnutrição,	
inflamação,	tumores	e	o	aumento	pode	ser	hepatite	aguda,	gravidez,	estrogênios.	
§ Capacidade	de	ligação	de	Ferro	(CTLF	ou	TIBC):	realizada	junto	com	[Fe]	e	avalia	a	deficiência	ou	
sobrecarga	da	transferrina.	
doença	 Ferro	 Capacidade	
total	de	
transporte	de	
ferro	
Capacidade	de	
transporte	de	ferro	
não	saturada	
Saturação	de	
transferrina	
Ferritina	
Deficiência	de	Ferro	 👇 	 👆 	 👆 	 👇 	 👇 	
Hemocramatose	 👆 	 👇 	 👇 	 👆 	 👆 	
Doença	Crônicas	 👇 	 👇 	 👇 	ou	normal	 👇 	 Normal	
ou👆 	
Anemias	Hemolicas	 👆 	 Normal	ou	👇 	 👇 	ou	normal	 👆 	 👆 	
Anemias	
sideroblástica	
Normal	
ou👆 	
Normal	ou👇 	
	
👇 	ou	normal	 👆 	 👆 	
Envenenamento	
por	Ferro	
👆 	 normal	 👇 	 👆 	 normal	
	
§ Eletroforese	de	Hemoglobina:	identificação	e	quantificação	de	frações	normais	(HbA,	HbA2	e	HbF)	e	
alteradas	(HbS	e	HbC).	
§ Contagem	de	reticulócitos:	valores	relativos	normais	0,5	a	2,0%,	é	um	indicador	da	produção	de	
eritrócitos;	Reticulose	(aumento):	causas:	hemorragias	agudas,	anemias	hemolíticas	agudas	e	crônicas,	
resposta	ao	tratamento	com	ferro,	folato	e	vitamina	B12;	a	dimimuição	de	reticulóticos:	anemias	
aplásticas	e	anemias	carenciais	não	tratadas.	
Macrocíticas	Normocrômicas:	
§ 	Megaloblástica:	Presença	de	blastos	gigantes	na	medula,	devido	a	alteração	da	mitose;	deficiência	de	
b12	pois	para	utilizar	o	ácido	fólico	é	necessário	a	vitamina	B12	(é	um	cofator).	
▫ por	deficiência	de	vitamina	B12:		Falta	de	fator	intrínseco	(Anemia	perniciosa),	má	absorção	intestinal	
(Esteatorreia,	Doença	de	Crohn	e	Ressecção	do	íleo);	Infestação	por	Diphilobotrium	latum	e	Dieta	
vegetariana.		
« Anemia	perniciosa:	tipo	mais	comum	de	carência	de	vitamina	B12;	maior	incidência	acima	50	anos,	de	
ambos	os	sexos,	caucasianos	(pele	clara	e	olhos	azuis);	falta	de	fator	intrínseco,	que	causa	a	atrofia	
mucosa	gástrica,	o	intestino	terá	dificuldade	para	absorver;	Manifestações	Clínicas:	Cansaço,	palidez	
acentuada,	língua	lisa	e	careca,	ardor	lingual,	sensações	parestésicas	em	membros	inferiores	e	mãos,	
hipo	ou	hiper-reflexia,	perturbações	esfincterianas	e	perturbação	mental	(alucinação	e	demência);	
Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma:	VCM	↑	com	CHCM	normal,	Anisocitose	e	poiquilocitose	com	
macrovalócitos,	Hemácias	com	corpos	de	Howell-Jolly	e	Hipersegmentação	de	neutrófilo,	Mielograma:	
presença	de	hipercelularidade	com	megaloblastos,Diminuição	de	vit	B12,	Ácido	fólico	normal	e	
Aumento	de	bilirrubina	indireta;	Tratamento:	realizado	pelo	resto	da	vida	,	pois	é	um	defeito	
irreversível	com	cianocobalamina	ou	hidroxicobalamina.	
« por	deficiência	de	folatos:	a	falta	de	ácido	fólico	(cofator)	diminui	a	síntese	de	timidilatos	e	produção	
de	DNA;	Causas:	alcoolismo,	má	absorção	intestinal	(Neoplasias	intestinais,	Alcoolismo,	
Anticonvulsivantes),	aumento	das	necessidades	(Gravidez),	Alterações	metabólicas	como	a	inibição	da	
diidrofolatoredutase	(metotrexato	e	Hepatopatias	crônicas);	Manifestações	Clínicas:	palpitação,	
fraqueza,	palidez,	cefaleia,	irritabilidade,	icterícia	leve,	diarreia	e	perda	de	massa	(ácido	fólico);	
Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma-	Macrocitose	e	megaloblastos,	mielograma	-	hipercelularidade	
com	megaloblastos,	vitamina	B12	–	normal	ou	diminuída,	ácido	fólico	<	3	ug/L;		[Folato]	nos	Eritrócitos	
-	<	100	ug/L;	�	Tratamento:	correção	da	dieta	(ingestão	de	verduras)	e	administração	de	folatos.		
Normociticas	normocromicas:	são	causadas	por	deficiência	de	produção	
« Aplasia	Medular:	alteração	estrutural	na	medula	óssea,	que	não	responde	a	hormônios	e	fatores	de	
crescimento,	sem	produzir	nada;	Tipos	–	idiopática	(não	sabe	a	causa),	adquirida	(quimioterapia,	
gestantes	não	pode	usar	dipirona	pois	pode	causar	essa	anemia	no	feto)	e	constitucional	(genética);	
Linhagem	comprometida	(pura	ou	composta);	Manifestações	Clínicas:	Fraqueza,	palidez,	eventuais	
hemorragias;	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	–	pancitopenia,	Mielograma	–	hipocelularidade,	
[EPO]	aumentada,	[Fe]	e	saturação	da	transferrina	–	aumentados,	testes	de	coagulação	alterados;	
Tratamento	Sintomático:	transfusão	de	hemácias	e/ou	de	plaquetas;	Antibioticoterapia	profilática:	
Corticosteroides	/	imunossupressores;	Andrógenos;	Esplenectomia;	e	Transplante	de	medula.	
« Anemia	de	Fanconi:	é	Aplasia	Medular	Constitucional,	ou	seja,	é	genética	(herança	autossômica	
recessiva);	Manifestações	Clínicas:	Anemia	severa,	malformações	esqueléticas	diversas,	baixa	
estatura,	retardo	mental,	anomalia	renal,	surdez,	hiperpigmentação	cutânea,	microftalmia,	
estrabismo,	hipogonadismo,	divertículo,	ânus	imperfurado.	
« Lesão	renal:	diminuição	de	hemácias	devido	à	baixa	concentração	de	EPO	(eritropoietina),	causada	por	
lesão	renal	grave	(necrose,	atrofia	e	insulficiência	renal	crônica,	a	medula	continua	funcional,	o	que	
causa	problema	é	falta	de	estimulo.	Manifestações	Clínicas:	fraqueza	e	palidez.	Diagnóstico	
Laboratorial:	Hemograma	–	diminuição	de	He;	[EPO]	diminuída,	[Fe]	e	saturação	da	transferrina	
aumentados;	Função	renal	alterada	(alta	[ureia]	e	de	[creatinina]	no	plasma,	Clearence	ou	depuração	
de	creatinina	está	diminuido	–	baixa	[creatinina]	na	urina).	Uremia	emolaridade	plasmatica	levando	a	
hemólise.	Tratamento	-	Administração	de	EPO.	
Microcíticas	Hipocrômicas:	
§ Anemia	ferropriva:	causas	da	deficiência	de	ferro,	perda	de	sangue,	ingestão	insuficiente	através	da	
dieta,	transporte	e	metabolismo	de	ferro	deficitário	(deficiencia	da	transferrina	altera	a	captação	
eritoblasto),	má	absorção	de	ferro	(atrófia	e	cirrurgia)	necessidade	aumentada	(prematuridade,	
crescimento	e	gravidez);		Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	–	microcitose	e	hipocromia,[Fe]	<	
30mcg,[Ferritina]	<	10	ng;	CTLF	–	alta,	saturação	de	transferrina	-	diminuída;	Tratamento:	suplementos	
de	sais	ferrosos	em	jejum,	via	oral	(mais	seguro	e	barato),	via	parenteral	(quando	via	oral	não	
funciona,	aumenta	a	glicemia,	diabeticos	não	pode	usar).	
§ acúmulo	de	ferro	causa	patologias:	hemossiderose	(aumento	da	deposição	de	ferro	em	determinado	
órgão)	por	causa	hereditárias	ou	adquiridas	talassemia	major	(hemólise	atenuada	fazendo	com	que	as	
moléculas	de	ferro	fique	livres	no	sangue,	o	assincronismo	de	produção	do	grupo	heme	e	das	cadeias	
beta),	porfirias,	anemia	sideroblástica	hemocromatoses	(manifestação	clínica	secundária	ao	acúmulo	
de	ferro)	
§ Anemia	sideroblástica:	acúmulo	de	Fe	nos	eritroblastos.	Congênita:	rara	e	ligada	ao	X;	Adquirida:	por	
conta	do	cloranfenicol	e	intoxicação	por	Pb;	Manifestações	Clínicas:	palidez	progressiva,	pois	as	
hemácias	perdem	a	cor	por	conta	do	ferro;	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	–	microcitose	
hipocromia,	policromasia,	poiquilocitose,	Mielograma	–	hiperplasia	de	eritroblastos,	Coloração	de	
Perls	–	sideroblastos	em	anel	(>10%),	[Fe]	-	Aumentado.	Tratamento:	Piridoxina	e	Ácido	fólico,	e	
Transfusão	de	sangue.	
Anemias	com	reticulócitos	>	2%:	Normocíticas	Normocrômicas,	liberação	de	células	jovens;	
§ Anemia	Hemorrágica	Aguda:	Perda	de	sangue	volumosa,	por	hemorragia	interna,	amputação	de	
membro,	endometriose;	Diagnóstico	Laboratorial:	VCM	e	CHCM	normais	-	diminuição	de	He,	
inicialmente	não	apresenta	reticulocitose,	pois	é	compensatória	já	que	demora	um	tempo	para	os	
tecidos	não	perdem	a	oxigenação	imediatamente;	Tratamento:	depende	da	gravidade;	
§ Anemia	hemolítica	por	defeito	corpuscular:	sobrevida	das	hemácias	reduzida,	perda	da	maleabilidade	
(alteração	estrutural),	hereditárias	e	adiquiridas,		diminuição	de	viabilidade;	Tipos:	Hereditárias:	
esferocitose	e	eliptocitose	;	Adquirida:	Hemoglobinúria	Paroxística	Noturna	
▫ Esferocitose	hereditária:	Anemia	de	Minkowski-Chauffard	herança	(autossômica	variável),	alteração	
de	citoesqueleto	(acúmulo	de	Na)	tem	alteração	de	espectrina,	ankirina,	banda	3	e	proteína	banda	
4.2.;	gasto	de	glicose	(hemólise	no	baço);	Manifestações	Clínicas:	herança	autossômica	dominante	
(forma	leve:	anemia	discreta	ou	ausente,	icterícia	variável,	esplenomegalia	variável,	hiperfunção	
medular),	forma	moderada	(anemia	e	icterícia	com	intensidade	variável,	Esplenomegalia)	e		forma	
severa	(Anemia	e	icterícia	intensas,	alterações	corpóreas);	Diagnóstico	diferencial:	Hemograma	-	↓He,	
↓[Hb],	reticulocitose,	poiquilocitose	e	CHCM↑	�	Mielograma	-	hiperplasia	de	eritroblastos,	
Eletroforese	de	proteínas	de	membrana	–	ver	se	tem	a	diminuição	de	espectrina,	anquirina,	banda	3	e	
proteína	4.3,	Teste	de	Coombs	negativo	–	verifica	a	presença	de	anticorpos	anti	hemácias	(direto;	
pesquisa	presença	de	Acs	ligados	a	membrana	das	hemacias	–	amostra	de	sangue	com	com	EDTA	e	
Indireta:	pesquisa	de	Acs	anti	hemacia	no	soro	do	paciente	–	amostra	no	tubo	seco,	tubo	com	gel	
indutor>>	verifica	se	a	doença	é	auto	imune),	dosagem	de	Enzimas	Eritrocitárias	-	normais	(para	
diferenciar	da	glicose	6	fosfato	desidrogenase),	eletroforese	de	hemoglobina	–	normal,	Teste	de	HAM	
–	normal	(avalia	a	resistência	das	hemácias	à	hemólise,	em	meio	ácido,	por	complemento;	hemacia	+	
solução	ácida	+	soro	com	tudo	seco	ou	com	gel	indutor),	Teste	de	Resistência	Osmótica	de	Eritrócitos	-	
soluções	salinas	hipotônicas	-	baixa	resistência	havendo	hemólise	acentuada	(entra	água	na	hemacia,	-	
a	hemácia	normal	se	adapta	a	concentração	impedindo	a	entrada	de	água);	Tratamento	–	
Esplenectomia	e	suplementação	de	folatos.	
§ Eliptocitose	Hereditária	Comum:	Herança	autossômica	dominante,	homozigotos	é	severa	-	icterícia;	
Diagnóstico	diferencial:	Hemograma	-	>	20%	ovalócitos	em	sangue	periférico	com	Reticulocitose	
intensa,	Teste	de	Resistência	Osmótica	de	Eritrócitos	-	soluções	salinas	hipotônicas,	alta	resistencia	e	
não	sofrem	hemólise,	Eletroforese	de	proteínas	de	membrana	–	diminuição	de	espectrina,	anquirina,	
banda	3	e	proteína	4.3.,	Teste	de	Coombs	–	negativo,	Dosagem	de	Enzimas	Eritrocitárias	-	normais,	
Eletroforese	de	hemoglobina	–	normal,	Teste	de	HAM	–	normal;	Tratamento	-	suplementação	de	
folatos	e	esplenectomia.	
§ Hemoglobinúria	Paroxística	Noturna:	Herança	ligada	ao	gene	PIG-A	do	cromossomo	X;	deficiência	de	
proteínas	do	grupo	glicosilfosfatidilinositol	(GPI);	Manifestações	Clínicas:	fadiga,	falta	de	ar	e	cefaleia	
(trombose);	hemossiderinúria	(problema	de	medula);	Diagnóstico	Diferencial:	Hemograma	-	↑VCM,	
policromasia	e	reticulocitose,	neutropenia,	Mielograma	-	hiperplasia	eritroide,	Reação	de	Perls	–	
negativa,	Teste	de	Ham–	positivo,	Teste	de	Coombs	–	negativo,	Citometria	de	fluxo	(identificação	de	
marcadores	CD55,	CD59,	CD13);	Tratamento	Sintomático	-	transfusões	de	hemácias,	reposição	de	
ácido	fólico,	ferro	e	EPO,glicocorticoides	-	baixas	doses	para	reduzir	a	taxa	de	hemólise	em	certos	
pacientes,	Andrógenos	e	evitar	o	uso	de	anticoncepcionais	orais	(risco	de	trombose).	
§ Anemias	hemolíticas	por	defeito	corpuscular	em	enzimas	eritrocitárias:	que	leva	a	diminuição	de	
enzimas	que	atuam	no	metabolismo	da	glicose;	Tipos:	Alteração	na	via	das	pentoses	(deficiência	de	
glicose-6-fosfato	desidrogenase	(G6PD))	e	Alteração	na	via	da	glicose	anaeróbia.	
▫ Anemia	por	deficiêcia	de	grupo	G6PD:	É	uma	herança	recessiva	ligada	ao	cromossomo	X	(mais	
mutações);	Variantes:	Classe	I	-	brancos	-	G6PD<5%	-	crise	hemolítica	frequente	com	hemólise	severa;	
Classe	II	-	povos	mediterrâneos	-	G6PD<10%	-	crise	hemolítica	por	consumo	de	fava;	Classe	III:	
afrodescendentes	–	G6PD<60%	-	crise	hemolítica	por	ingestão	de	drogas	oxidantes;	Manifestações	
Clínicas:	fadiga,	palidez,	icterícia,	alterações	hemodinâmicas	e	cardiorrespiratórias,	esplenomegalia	e	
urina	escura;	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	–	corpos	de	Heinz;	[G6PD]	eritrocitária	(fora	da	
crise	hemolítica),	Eletroforese	de	proteínas	de	membrana	–	normal;	Teste	de	Coombs	–	negativo;	
Eletroforese	de	hemoglobina	–	normall;	Teste	de	HAM	–	normal;	Identificação	da	mutação.	
Tratamento:	Evitar	a	ingestão	de	drogas	oxidantes	(primaquina,	pentaquina,	sulfametoxazol,	
sulfanilamida,	nitrofurantoína),	evitar	contato	com	produtos	químicos	oxidantes	(naftalina,	nitratos	e	
nitritos,	fenilidrazina,	azul-detoluidina),	evitar	consumo	de	fava	e	esplenectomia.	
§ Anemia	hemolítica	por	defeito	extra	corpuscular:		
▫ Anemia	hemolítica	imunológica;	autoimune	por	IgG	(temperatura	elevada	facilita	a	ligação	das	
hemácias	e	a	hemólise	em	ausencia	de	complementos;	teste	coombs	é	possitivo;	hemograma:	
policromasia,	pontilhados	basófilos;	resto	tudo	normal.	Tratamento	com	corticoide,	esplenectomia	e	
plasmaferase	paliativa	~~~~	autoimune	por	Igm:	temperatura	abaixo	de	37°C	,	holise	moderada;	
Diagnostico	laboratorial:	aglutinação	espontania,	esferocitos,	policromasia	a	reticulose,	Mielogramas,	
eletrofores	é	tudo	normal;	teste	de	coombs	positivo,	neste	casoa	hemólise	é	dependente	da	atuação	
do	sistema	complemento	à	37°C	porém	à	4°C	é	dependente	somente	do	anticorpo;	~~~~iso	ou	
aloimune	presença	de	anticorpos	produzidos	por	outro	individuos,	causas	transfusão	de	sangue	total,	
que	possui	anticorpos	capazes	de	gerar	hemólise.	No	sistema	ABO	tem	a	presença	de	polisacarideos	
antigenicos,	por	isso	não	deve	ser	feito	transfusão	de	sangue	total,para	evitar	uma	resposta	
antigenicas;	coombs.	Eritroblastos	possuem	a	transferrina	de	Ac	anti	D	(contra	Rh),	maternos	para	o	
feto=	destuição	das	hemoglobinas	fetais;	coombs	positivo;	
§ Anemia	hemolítica	autoimune	por	IgG:	Manifestações	Clínicas:	palidez,	icterícia,	hepato	e	
esplenomegalia	(80%);	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	-	policromasia,	ponteados	basófilos,	
esferocitose,	aumento	de	reticulócitos,	Mielograma	-	hiperplasia	eritroide,	Eletroforese	de	proteínas	
de	membrana	–	normal,	Eletroforese	de	hemoglobina	–	normal,	Dosagem	de	enzimas	eritrocitárias	-	
normal,	Teste	de	Coombs	–	positivo,Teste	de	HAM	-	normal.	
§ Anemia	hemolítica	autoimune	por	IgM:	Temperatura	ambiental	abaixo	de	37°C	(hemólise	moderada);	
Manifestações	clínicas:	cianose	nas	extremidades	(aglutinação	das	hemácias)	diminuição	do	fluxo,	
palidez,	cansaço,	ICC	e	esplenomegalia;	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma	-	aglutinação	
espontânea,	poucos	esferócitos,	policromasia	e	reticulocitose,	Mielograma	-	hiperplasia	eritroide,	
Eletroforese	de	proteínas	de	membrana	–	normal,	Eletroforese	de	hemoglobina	–	normal,	Dosagem	
de	enzimas	eritrocitárias	-	normal,	Teste	de	Coombs	–	positivo,	Teste	de	HAM	–	normal.	Tratamento	-	
plasmaferese,	esplenectomia	e	agentes	alquilantes	-	poucos	resultados	
Anormalidades	Estruturais	na	Hb:	mutações	em	genes	que	regulam	a	síntese	dos	aminoácidos	da	globina,	
alteração	de	sequência	de	aminoácidos:	(Hemoglobinopatias)	por	HbS,	HbC,	HbD,	HbE.	
Anormalidades	na	síntese	de	cadeias	das	globinas:	causadas	pela	assincronia	na	síntese	de	uma	ou	de	
várias	cadeias	de	globina	(Talassemias)	
Hb-S:	é	causada	por	alteração	da	cadeia	beta	que	tem	a	substituição	do	ácido	glutâmico	por	uma	valina	na	
posição	6	do	segmento	A	da	cadeia	beta.	Manifestação	variável:	Homozigose	–	Anemia	falciforme	e	
Heterozigose	–	HbA+HbS	e	HbS	+	HbC	(portador,	anemia	leve).	
Anemia	Falciforme:	quando	a	Hb-s	esta	desoxigenada,	ela	polimeriza	alterando	a	forma	discoidal	da	He	
ficando	na	forma	de	foice,	perdendo	a	maleabilidade	podendo	obstruir	os	vasos.	A	mudança	de	formato	é	
chamada	de	crise	falcização,	que	a	hemacia	é	colocada	em	uma	solução	com	baixa	concentração	de	O2;	
Manifestações	Clínicas:	a	crise	leva	a	lesão	endotelial	gerando	a	trombose.	Pode	ser	causada	por	infecções,	
estresse,	frio,	desidratação.	Ocorre	hipóxia	tecidual	causando	dores	musculares	intensas	e	cãibra	
(obstrução),	no	pulmão	ocorre	síndrome	torácica	aguda	(febre,	tosse,	dor	no	peito,	taquipneia,	folego	
curto	e	dores	generalizadas);	ulceração	nas	pernas,	crise	de	hemólise	aguda,	crise	de	aplasia	medular	e	
crise	de	sequestro	esplênico.	A	hemolise	gera	fragmentos	que	obstruem	os	vasos	causando	acidente	
vascular	e	também	causa	lesão	renal.	Diagnostico:	Hemograma	[Hb]	↓	↓,	reticulocitose,	eritroblastose	e	
poiquilocitose,	policromasia,	anisocitose,	pontilhados	basófilos,	corpúsculos	de	Howell-Jolly;	leucocitose	
frequente	com	desvio	à	esquerda;	plaquetose,	Mielograma	(Hipercelularidade	–	eritroblastos;		crises	de	
aplasia	medular	-	hipocelularidade	global),	Técnicas	de	amplificação	de	DNA,	Teste	de	falcização	-	positivo,	
Eletroforese	de	hemoglobina,	Homozigose	-	ausência	de	HbA1,	HbA2	normal,	aumento	de	HbF.	
Tratamento:	suplementação	com	ácido	fólico,	medicamentos	que	aumentam	HbF	–	hidroxiureia,	profilaxia	
de	infecções.	Profilaxia	contra	as	crises	dolorosas	vasooclusivas:	terapêutica	transfusional	–	se	necessário	e	
cuidado	com	gestantes.	
Na	prova	de	solubilidade	as	He	falciformes	são	hemolizadas	no	teste	positivo	
Na	eletroforese	de	Hb	após	a	hemolise,	as	amostras	são	submetidas	a	uma	diferença	de	pontencial	que	
permite	a	separação	das	diferentes	hb	por	carga	eletrica	e	peso	molecular.	
Traço	ou	estigma	falciforme:	apresentao	pelo	menos	50%	de	Hb-a;	hemograma	com	[Fe]	normal	e	hemacia	
pequena		
Hbs	e	HbC:	HbC	tem	a	substituição,	na	posição	6	da	cadeia	beta,	de	ácido	glutâmico	por	lisina.	
Manifestação	Clínica:	doença	falciforme	moderada,	com	crises	hemolíticas	amenas,	porém	é	mais	grave	do	
que	o	traço;	esplenomegalia,	episódios	dolorosos	e	necroses	ósseas.	Diagnóstico	Laboratorial:	prova	de	
falcização	e	eletroforese	de	hemoglobina.	
Talassemia:	doença	genética	caracterizada	por	redução	ou	ausência	de	síntese	de	um	dos	tipos	de	cadeias	
de	globina	(alfa	ou	beta),	descendentes	da	populações	do	Mediterrâneo,	tipos:	alfa-talassemias	(alfa	Thal):	
redução	(a+)	ou	ausência	(ao)	das	cadeias	alfa	e	beta-talassemias	(beta	Thal):	redução	(b+)	ou	ausência	
(bo)	das	cadeias	beta;	Delta	beta	–talassemias:	são	raras	com	gravidade	clínica	variável,	redução	ou	
ausência	de	síntese	das	cadeias	beta	ou	delta.	Classificação:	Homozigose	–	Thal	major	e	Heterozigose	–	
Thal	minor	
Talassemia	B:mais	frequente	no	Brasil.	A	Thal	major:	é	a	anemia	mais	severa,	possui	hipocromia,	
microcitose,	poiclocitose,	fragmento	de	hemacias	(lesão	renal),	alterações	ósseas,	dentarias,	faciais	e	
articulares.	Manifestações	Clínicas:	Anemia,	Hipodesenvolvimento	somático	e	sexual,	Hiperplasia	medular,	
Alterações	ósseas,	dentárias,	faciais	e	articulares,	Esplenomegalia	ou	Hiperesplenismo,	Alterações	
endócrinas,	cardíacas	e	hepáticas	e	Lesão	renal.	Diagnóstico	Laboratorial:	Hemograma:	Microcitose	e	
hipocromia,	codócitos:hemácias	em	alvo,	de	pontilhados	basófilos	e	de	corpos	de	Howell-Jolly,	
eritroblastose,	corpos	de	Heinz,	reticulocitose	discreta	(4-10%);	Mielograma:	hiperplasia	de	série	vermelha	
com	hipoplasia	relativa	granulocítica;	eritropoiese	ineficiente;	Eletroforese	de	Hemoglobina;	Diminuição	de	
HbA	e	aumento	variável	de	HbA2	e	HbF,	Exames	Bioquímicos	-	[Fe],	[Ferritina],	saturação	da	transferrina,	
[Haptoglobina,	[Bilirrubinas],	Urobilinogênio	fecal	e	urinário;	Análise	Molecular	-	Identificação	de	
talassemia	alfa	e	beta	homozigóticas.	Tratamento:	Transfusões,	Terapia	quelante,	Esplenectomia,	Apoio	
psicológico,	Transplante	de	medula	óssea	e	Aconselhamento	genético.

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