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15 principais exames laboratoriais que você não pode deixar de solicitar na sua prática clínica Olá, sou nutricionista formada há mais de 20 anos, com especialização nas áreas da Nutrição Clínica, Esportiva, Funcional e em Fitoterapia. Em 2003, decidi ouvir meu coração e permitir ecoar o dom por ensinar, e em 2007 ingressei no mestrado e assim me consolidei na área da docência, auxiliando na formação de futuros e já nutricionistas. Todos nós nascemos com dons e ao longo da minha caminhada, descobri o dom de ensinar e acreditar. A minha identificação na docência, nasceu quando percebi a beleza e o valor de ser um instrumento de transformação de pessoas. Afinal, cada um de nós pode superar dificuldades, lutar, vencer, ter fé em si mesmo, fazer sempre o melhor, evoluir e crescer. Como professora eu assumo o nobre ofício de exercer a arte de ensinar, de inspirar os alunos a aprender mais, através do meu jeito de explicar. Ensinando eu sei que dissemino sementes de conhecimento que serão cultivadas, auxiliando na consolidação profissional de futuros e já nutricionistas, para que sejamos cada vez mais reconhecidos e valorizados em nossa sociedade. JAYRA MUSIK Fernanda Neves Principais exames Hemograma completo Glicemia de jejum Hemoglobina glicada Insulina Perfil lipídico Ureia Creatinina Ácido úrico AST, ALT e GGT Homocisteína Vitamina B12 25-OH-Vitamina D Ferritina TSH, T3 e T4 livres PCR ultrassensível 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. JAYRA MUSIK www.fernandaneves.com.br www.fernandaneves.com.br O sangue é constituído por três diferentes linhagens celulares: eritrócitos ou hemácias, leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas. E o hemograma compreende um dos exames hematológicos, capaz de avaliar essas três células sanguíneas, em número e funcionalidade. Sua utilidade é destinada para: Diagnóstico de desordens hematológicas Dar base ao diagnóstico de diferentes infecções Analisar resposta adrenérgica e de estresse Avaliar o grau de hidratação, inflamação e imunidade do paciente É constituído pelos seguintes exames: Contagem total de hemácias Dosagem de Hemoglobina Determinação do Hematócrito Índices Hematimétricos: Contagem global e diferencial de leucócitos e de plaquetas Hemograma completo Ferritina É uma proteína de armazenamento de ferro para a formação de hemoglobina e outras hemoproteínas. Na prática clínica possui utilidade para diagnóstico de deficiência e sobrecarga de ferro no organismo. Porém, por ser uma proteína de fase aguda, sua investigação precisa ser cautelosa considerando o quadro clínico do paciente como um todo, já que sofre interferência mediante processos inflamatórios. www.fernandaneves.com.br Glicemia de jejum Hemoglobina Glicada Insulina plasmática A glicemia de jejum refere-se à dosagem de glicose no plasma após jejum mínimo de 8 horas. Sendo marcador bioquímico necessário para critério diagnóstico de pré-diabetes e diabetes., mas que também sinaliza grau de eficiência no metabolismo de carboidratos. É a principal forma de hemoglobina circulante no sangue, sendo formada a partir de reações não enzimáticas e permanentes entre a hemoglobina e açúcares redutores, como a glicose. Sua dosagem é de grande utilidade para a avaliação do controle do diabetes, assim como para predizer risco para diabetes (pré-diabetes). Diferentemente da glicemia, esse marcador reflete a glicemia média nos 2 a 4 meses anteriores à realização do exame. Insulina é um hormônio produzido pelas células beta pancreáticas essencial para a entrada da glicose para o interior da maioria das células orgânicas,. no entanto, sua ação primordial reserva-se ao fígado, músculo e tecido adiposo. Sua dosagem pode ser útil para avaliar intervenções que causem mudanças no padrão de secreção das suas células produtoras e permite também interpretar o perfil metabólico do paciente. www.fernandaneves.com.br O perfil lipídico é definido pelas determinações bioquímicas do colesterol total, colesterol ligado à HDL (HDL-colesterol), triglicerídeos e do colesterol ligado à LDL (LDL-colesterol). Os níveis plasmáticos de colesterol e triglicerídeos estão correlacionados à dislipidemia e com o aumento de doenças cardiovasculares. Essa correlação depende da concentração das lipoproteínas no sangue.. Do ponto de vista laboratorial, as dislipidemias podem ser classificadas em hipercolesetolemia isolada, hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidemia mista (aumento do colesterol total e dos trglicerídeos) e diminuição isolada do HDL- colesterol ou associada ao aumento dos triacilgliceróis ou LDL-colesterol. A avaliação do perfil lipídico deve ser realizada em todos os indivíduos com idade superior a 20 anos, com acompanhamento a cada 5 anos para aqueles que apresentam valores dentro da normalidade e para os pacientes com perfil lipídico alterado., deve ser acompanhado conforme necessidade e determinação do profissional de saúde (médico e nutricionista). O colesterol total representa a soma do colesterol contido nas frações LDL (60% a 70%), HDL (10% a 15%) e VLDL (10% a 15%). Colesterol LDL é responsável pelo transporte de colesterol para os tecidos periféricos. Seus níveis elevados está relacionado à ativação de citocinas e agentes quimiotáticos que levam ao desenvolvimento da aterosclerose. A HDL apresenta relação inversa com o risco cardiovascular, visto suas importantes funções no organismo, tais como: transporte reverso de colesterol dos tecidos extra-hepáticos para o fígado, inibição da expressão das moléculas de adesão e atividade anti-inflamatória e antioxidante. Perfil lipídico www.fernandaneves.com.br Uréia e Creatinina sérica Ácido úrico Os parâmetros laboratoriais compreendem uma das etapas da avaliação do estado nutricional. Alterações nos níveis plasmáticos de ureia e creatinina são proporcionais à massa do tecido renal perdida.. e quando detectadas precocemente, devem servir para que o paciente inicie um acompanhamento clínico e nutricional especializado.. A creatinina é um composto de aminoácido derivado do metabolismo da creatinina do músculo esquelético e da ingestão de dieta à base de carne. É liberada no plasma em uma taxa relativamente constante, filtrada livremente no glomérulo e não é reabsorvida ou metabolizada no rim. Portanto, a sua produção é proporcional à massa muscular. O aumento dos seus níveis séricos está associado a uma redução correspondente da função renal e vice-versa.. Em geral, uma duplicação dos valores normais da creatinina indica perda de 50% da função renal. A ureia é uma molécula de baixo peso molecular, solúvel em água, produzida no fígado a partir da degradação dos compostos nitrogenados e do metabolismo proteico. É excretada fundamentalmente pelos rins e portanto, é um indicador de função renal muito utilizado. No entanto, não deve ser utilizada de forma isolada, pois sua elevação pode ocorrer em casos de ingestão proteica elevada, de hemorragia gastrintestinal, do uso de algumas medicações, desidratação e em situações agudas graves (sepse, queimadura e trauma). É produto final da oxidação das purinas em seres humanos, e sua concentração é resultado do balanço entre a ingestão proteica, a síntese endógena e a taxa de excreção.. Predominantemente, sua elevação no plasma acima do normal deve-se a redução da excreção (85% a 90%), mas também podendo resultar do aumento na sua produção (10% a 15%) e anormalidades no metabolismo das enzimas envolvidas na síntese de nucleotídeos purínicos. www.fernandaneves.com.br As transaminases são parâmetros bioquímicos utilizados para o diagnóstico e acompanhamento das doenças hepáticas. TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT(alanina aminotransaminase):encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do hepatócito, o que torna o seu aumento mais específico de lesão hepática. Por ser um parâmetro utilizado para rastreamento de hepatite, é um marcador bioquímico que indica lesão aguda. Normalmente, sua elevação importante ocorre nas hepatites virais, sendo menos sensível que a TGO para hepatite alcoólica. Seu nível plasmático elevado também é muito comum em obesos, mesmo sem apresentar doença hepática ou muscular, pela esteatohepatite não alcoólica. TGO (transaminase glutâmico-oxaloacética) ou AST (aspartato aminotransaminase): não é exclusivamente utilizada para a avaliação da integridade dos hepatócitos, já que também é produzida em músculos esquelético e cardíaco, rins, pâncreas e eritrócitos. Pode estar elevada nas miopatias, em infartos renais, grandes tumores, anemias hemolíticas e no choque. E como é um parâmetro mitocondrial, sua elevação sempre indica lesão grave. GGT (Gamaglutamiltransferase): enzima encontrada no fígado, rins, pâncreas, intestino e na próstata, porém seu significado clínico refere-se principalmente às doenças do fígado e das vias biliares. Sua elevação sérica também sugere efeito tóxico por álcool e drogas. Além disso, é um indicador sensível de colestase e está diretamente associado ao processo inflamatório, estresse oxidativo e regulação dos níveis de glutationa. Transaminases hepáticas: AST, ALT e GGT www.fernandaneves.com.br A função tireoidiana pode ser avaliada pela dosagem de TSH e dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) livres, que são os de maior relevância e aplicabilidade diagnóstica. O TSH (hormônio tireoestimulante) é uma glicoproteína secretada pela adeno-hipófise, tendo como principal efeito o de estimular a tireoide a liberar T3 e T4, sendo importante ressaltar que sua secreção é controlada de uma maneira circadiana. Os hormônios T3 e T4 na forma livre são biologicamente ativos. O T4 livre quando abaixo da normalidade associado a níveis elevados de TSH caracterizam falência funcional da glândula tireoide (hipotireoidismo primário). Quando essa situação se repete com níveis de TSH no limite inferior ou abaixo do índice de normalidade, diferencia-se o hipotireoidismo secundário. De modo inverso, quando o T4 está elevado associado a TSH baixo caracteriza o hipertireoidismo. O T3 livre é o hormônio tireoidiano mais metabolicamente ativo e é utilizado para diagnóstico clínico e monitoramento do hipertireoidismo. Sob o aspecto metabólico e nutricional permite avaliar eficiência em sua conversão, visto que fatores nutricionais são determinantes. TSH e Hormônios Tireoideanos (T3 e T4 livres) www.fernandaneves.com.br É um produto intermediário da degradação da metionina. Nesse processo, cofatores como folato, vitamina B12 e vitamina B6 são requeridos. Seus níveis plasmáticos elevados tem sido associado a disfunção do endotélio, trombose e maior gravidade da aterosclerose e por isso é considerado como um forte e independente fator de risco para o desenvolvimento da doença cardiovascular, assim como está envolvida também com o desenvolvimento de muitas outras doenças, como neurológicas e hepáticas. Sua elevação plasmática pode ser atribuída à ocorrência de defeitos genéticos de algumas enzimas do metabolismo da homocisteína ou de deficiências nutricionais das vitaminas B6, B12, folato e betaína. O seu excesso está relacionado com danos oxidativos e gatilhos inflamatórios no endotélio vascular, em células neuronais e hepáticas. Homocisteína Vitamina B12 A cobalamina sérica ainda é o método mais utilizado para diagnóstico da deficiência de B12, visto ser um exame de baixo custo. Porém, substratos de duas enzimas dependentes desta vitamina, o ácido metilmalônico e homocisteína, são atualmente as técnicas mais acuradas para avaliar a deficiência em nível intracelular. No entanto, como os níveis de homocisteína sofrem influência quanto a adequação nutricional não apenas da B12, é necessário descartar se há deficiência dos demais nutrientes envolvidos em seu metabolismo.. www.fernandaneves.com.br A concentração de 25(OH)D3 no plasma é o melhor indicador do estado nutricional de indivíduos em relação à vitamina D. É o marcador mais fidedigno, sendo a forma predominantemente circulante e também a principal fonte de armazenamento no organismo, principalmente quanto associada a marcadores como paratormônio (PTH) e homeostase do cálcio. Como é necessária não apenas à mineralização óssea, mas também para a contração muscular, condução nervosa, resposta hormonal, imunológica e inflamatória, esta vitamina exerce influência na função geral do nosso organismo. Portanto, investigar o status nutricional da vitamina D é crucial para a avaliação e monitoramento da condição clínica dos nossos pacientes. 25-OH-vitamina D www.fernandaneves.com.br É uma proteína de fase aguda sintetizada no fígado sob estímulo de INFLAMAÇÃO e INFECÇÃO, por isso pode estar elevada em processos inflamatórios, infecciosos e neoplasias. Sua elevação na concentração sanguínea também tem sido associada a um alto risco para doença cardiovascular, uma vez que um processo inflamatório crônico está envolvido na aterosclerose. Portanto, é um biomarcador de inflamação e de grande utilidade na avaliação do risco cardiovascular. Proteína C reativa ultrassensível (PCR) Fernanda Neves Saber interpretar exames laboratoriais , permite avaliar o organismo de cada paciente , compreender os distúrbios cl ínicos em sua origem bioquímica, o seu grau de comprometimento e ass im poder estabelecer a intervenção nutricional individualizada necessária . www.fernandaneves.com.br Fernanda Neves Minha m i s s ã o é c ompa r t i l h a r c onh e c im en t o e a u x i l i a r n a e t e r n a c on s t r u ç ã o d e s e rmo s j un t o s , n u t r i c i o n i s t a s m e l h o r e s ! @fernandanevesnutri Fernanda Neves Porqu e a v a l i a ç ã o b i o q u ím i c a nu t r i c i o n a l p r e c i s a s e r c om Nu t r i c i o n i s t a ! @fernandanevesnutri Fernanda Neves Es t e e - b o o k f o i d e s e n v o l v i d o p e l a @fernandanevesnutri Msc em Ciências Médicas (UFF) Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional (UNICSUL/SP) Pós-graduada em Fitoterapia Funcional (UNICSUL/SP) Pós-graduada em Nutrição e Atividade Física (UERJ) Pós-graduada em Terapia Nutricional (CESANTA) Pós-graduada em Nutrição Clínica (UniRio) Experiência acadêmica em nível superior há mais de 15 anos Experiência clínica profissional há 20 anos Docente em Pós-graduação Fernanda Neves @fernandanevesnutricionista www.fernandaneves.com.br
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