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PEDAGOGIA INTERDISCIPLINAR
Pedagogia interdisciplinar
 Uma postura do profissional da educação frente ao aluno e ao processo ensino aprendizado. Entender que o aluno aprende de formas e maneiras diferentes e que cabe ao professor propiciar esses espaços e oportunidades.
Pedagogo: significado
O pedagogo é o profissional formado em Pedagogia. A palavra pedagogia teve sua origem na Grécia Antiga: paidós (criança) e agogé (condução), conduzir a criança. Portanto, o pedagogo é aquele que conduz a criança, ou seja, faz que o aluno alcance o conhecimento.
Pedagogo
Na contemporaneidade, o termo pedagogo é utilizado para se referir aos estudiosos da educação e do processo de ensino-aprendizagem, entendendo que um pedagogo é o profissional capacitado para discutir o caminho que a aprendizagem percorre em todas as fases e espaços, já que se sabe que ela não se limita à escola, pois o ser humano aprende em todo e qualquer espaço.
A aprendizagem acontece em casa, na comunidade, na rua, na igreja, na internet, no convívio diário com as pessoas nas empresas, nos parques etc. Portanto, o pedagogo pode ter sua formação em: lato sensu — os profissionais que transitam na educação e lecionam nas mais variadas instituições educativas; e o strictu sensu — o profissional que trabalha na área da pesquisa, documentação, tem uma formação específica.
Se o conhecimento está em todos os espaços e não pertence mais unicamente à escola, a prática pedagógica deve ser repensada e modificada, adaptando-se à situação atual.
Pensar que a pedagogia apenas forma professores é pensar de forma muito simples. Ela deve preparar o profissional da educação para a pesquisa, para a reflexão e para a transformação. Pensar sistematicamente na educação e em seu processo requer uma reflexão sobre a prática educativa dos professores como parte do processo social. Essa prática exige um olhar amplo, que percorra as várias áreas do conhecimento – filosófica, científica e técnica, a fim de investigar o fenômeno educativo em pormenores.
Inter, multi e transdisciplinaridade
A interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade podem parecer muito semelhantes, mas se você interpretá-las com atenção perceberá que cada qual possui suas idiossincrasias.
Disciplinaridade
Nossa formação acadêmica foi disciplinar. Nossa pesquisa sempre foi disciplinar. Nossa atividade profissional tanto de cirurgião dentista como de docente é disciplinar. O disciplinar se apresenta como uma forma clássica produtora de cultura, como um método cotidiano de investigação.
A interdisciplinaridade deve ser entendida e concebida não apenas no campo do conhecimento e sim nas atitudes dos professores e dos diferentes profissionais que se proponham a tê-la como seu princípio de postura e de visão do mundo. Dessa forma, podemos considerá-la um meio de levar o aluno ao conhecimento dos fatos de uma forma ampla
Produção de conhecimento científico novo, a partir de duas ou mais áreas de conhecimento que se integram para tal. Coloca as disciplinas em diálogo entre si que permita uma nova visão da realidade. Trata-se de conhecimento que só existe porque duas ou mais áreas se encontraram e cooperaram na construção de um novo saber.
A interdisciplinaridade significa também troca e cooperação, o que faz com que a interdisciplinaridade possa vir a ser alguma coisa orgânica.
Disciplina
A Disciplina é uma categoria organizadora dentro do conhecimento científico; Institui a divisão e a especialização do trabalho e responde à diversidade das áreas que as ciências abrangem. Embora inserida em um conjunto mais amplo, uma disciplina tende naturalmente à autonomia pela delimitação das fronteiras, da linguagem em que ela se constitui, das técnicas que é levada a elaborar e a utilizar e, eventualmente, pelas teorias que lhe são próprias.
Multidisciplinaridade
 Encontro de pesquisadores de várias áreas de conhecimento trazendo cada qual suas descobertas para abordar um assunto, cada um debaixo de seu ponto de vista. Justaposição de informações de diferentes áreas na esperança de que o coletivo amplie a compreensão do fenômeno. Abordagens paralelas buscando objetivo comum. Um passo para além da disciplinaridade
A multidisciplinaridade constitui uma associação de disciplinas, por conta de um projeto ou de um objeto que lhes sejam comuns; as disciplinas ora são convocadas como técnicos especializados para resolver tal ou qual problema.
Transdisciplinaridade
Saber que percorre as diversas ciências, indo para além delas, sem se preocupar com limites ou fronteiras, mas integrando em sua investigação outros modos de conhecimento como a religião, o transcendente, o antropológico cultural com suas riquezas de tradições, com fenômenos paranormais. Seu objetivo: unidade do conhecimento, indo para além das investigações científicas e agregando novos saberes.
Trata-se frequentemente de esquemas cognitivos que podem atravessar as disciplinas, as vezes com tal virulência, que as deixam em transe. Portanto, são os complexos de intermulti- trans- disciplinaridade que realizaram e desempenharam um fecundo papel na história das ciências;
Aprender a conhecer
 combinando uma cultura geral, suficientemente ampla, com a possibilidade de estudar, em profundidade, um número reduzido de assuntos, ou seja: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida.
Aprender a fazer
 a fim de adquirir não só uma qualificação profissional, mas, de uma maneira mais abrangente, a competência que torna a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Aprender a fazer no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho.
Aprender a conviver
 desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências – realizar projetos comuns e preparar-se para gerenciar conflitos – no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz. 
 Aprender a ser, 
para desenvolver, o melhor possível, a personalidade e estar em condições de agir com uma capacidade cada vez maior de autonomia, discernimento e responsabilidade pessoal.
Competências
Competência significa ter o conhecimento e saber aplicá-lo adequadamente. Dominar o conhecimento de uma determinada disciplina não significa que o aluno conseguirá sair-se bem na prova, pois, para que isso aconteça é necessário fazer a transferência do saber para aquela situação, e, hoje, sabe-se que isso não acontece rapidamente ou mesmo após o conhecimento ser adquirido.
A competência se manifesta nas ações, e não no pensar. É necessário oferecer recursos para que as crianças se mobilizem nessa ação. Frequentemente, evoca-se a transferência de conhecimentos para a competência exigida em um determinado trabalho, isso faz da escola um espaço importante para desenvolver esses aspectos no aluno.
Habilidade
É o fazer de forma efetiva. Colocar em prática o conhecimento obtido.
Dez competências Perrenoud (2000)
1.Organizar e dirigir situações de aprendizagem; 2. Administrar a progressão da aprendizagem; 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 4. Envolver os alunos em suas situações de aprendizagem em seu trabalho; 5. Trabalhar em equipe; 6. Participar da administração da escola; 7. Informar e envolver os pais; 8. Utilizar novas tecnologias; 9. Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão; 10. Administrar as situações de aprendizagem
Qualidade
Segundo Enguita (1995), qualidade de ensino é uma palavra mobilizadora, pois ela pode exigir condições de trabalho e melhores salários. Muitas escolas cumprem seu papel ou função sem a preocupação da qualidade. Muitos professores acreditam que ministrar aula é apenas transmitir o conteúdo estipulado pela escola
Terezinha Rios (2010
 faz que pensemos na competência de diversas maneiras quando nos diz que, ao ministrarmos nossas aulas, a fala, a escrita e os desenhos de nossos educandos devem relacionar-se com a sociedade na qual estamos inseridos. Ela indica a importância do trabalhoem equipe, de ter iniciativa, da organização pessoal do educador e do educando na organização do ambiente de trabalho, bem como a importância do uso das novas tecnologias, uma vez que, atualmente, elas estão a nossa disposição nos diversos campos da educação.
Ela ressalta que em toda ação docente encontra-se a dimensão: técnica, política, estética, ética e moral. Rios (2010) explica como devemos compreender cada dimensão citada:
Técnica: um conjunto de meios ou maneiras de se fazer algo de forma poética e criadora; Estética: uma percepção sensível e consciente da realidade, acrescida à nossa intelectualidade; Ética ou Moral: uma função integradora, em que a ética atua criticamente sobre a moral. Política: esta deverá assegurar a todos o bem comum na participação coletiva da sociedade: direito e deveres.
Qualidade e qualidades Ela se refere a Aristóteles na diferenciação dos termos com “Q” e “q”. “A qualidade é uma das categorias que se encontram em todos os seres e indicam o que eles são ou como estão. As categorias são: substância, quantidade, qualidade, relação, tempo, lugar, ação, paixão, posição e estado”. São breves referências no que diz respeito à noção de qualidade, e pode-se trabalhar no campo da educação. Educação com Qualidade... As qualidades existentes na educação-atributos.
Projetos
Pensar em projeto é pensar em desenvolver, na criança ou no aluno, um olhar amplo sobre o assunto que está pesquisando. O caráter interdisciplinar é inerente ao processo de ensino que utiliza o projeto, como também a intervenção de professores de outras áreas e a participação dos elementos necessários à atividade. Geralmente o projeto requer observações, experimentação, busca de informação, coleta de dados, construção de meios, elaboração de resultados.
Pensemos em um trem, que passa em várias cidades, e, conforme as pessoas vão entrando, ele vai incorporando as informações e formando uma identidade com tudo o que foi acrescido. Aos poucos, as pessoas vão deixando seus hábitos, linguagens, jeitos, e o trem, ao ser visto e analisado por outra pessoa, terá um pouco de cada um que por lá passou e interagiu.
Quando um projeto interdisciplinar consegue ligar conceitos, encoraja os estudantes a encontrar respostas a partir de suas próprias perguntas e inquietações.
A pedagogia de projetos procura evitar que crianças, adolescentes e jovens sejam obrigados ignorar a imaginação e a criatividade ao entrar na escola, incentivando-os a pensar em coisas que gostariam de aprender e de fazer, cabendo ao professor procurar maneiras de, a atividade útil no desenvolvimento de competências e habilidades básicas importantes para que desenvolvam a autonomia e responsabilidade.
 Procura evitar que a aprendizagem se torne algo passivo, verbal e teórico, portanto, desinteressante. Restabelece um vínculo entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens, pois os projetos sugerem de questões relacionadas à vida e à experiência.
Etapas: Planejamento. Nome/Título Público-alvo: série: Justificativa (por que?) Objetivos (necessidades a alcançar) Atividades (o que fazer?) Estratégias (como fazer?) Acompanhamento (direcionamento) Avaliação (estímulo) Referência bibliográfica
Interdisciplinaridade e projeto
A interdisciplinaridade não é apenas integração de disciplinas. Após a integração, é preciso interação, viver a prática dialógica, atitude que cria zonas de interseção entre as disciplinas, entre as pessoas, entre o que se sabe de si mesmo e o que não se sabe. A partir desse movimento, possibilita-se ampliar as fronteiras e tornar-se capaz de produzir conhecimentos que em uma única disciplina não seriam possíveis.
Cada disciplina olha o mundo em uma perspectiva particular, em um paradigma próprio. O olhar interdisciplinar, por sua vez, não se limita à fronteira e, ao ultrapassá-la, permite a ambiguidade e, ao vivenciá-la, rompe os limites disciplinares. O projeto facilita a interação das disciplinas e a ampliação do olhar, sentir e fazer.
 [...] cultivar o professor num projeto interdisciplinar é, antes de mais nada, ajudá-lo a perceber-se interdisciplinar, pois um educar interdisciplinar não se constrói da noite para o dia; ele já se faz anunciar desde seu primeiro dia de contato com o conhecimento [...]. É, principalmente, um trabalho que poderia ser sintetizado num movimento de saída de uma consciência ingênua e ingresso numa consciência reflexiva – tendo o cultivo da erudição como paradigma. Fazenda (1994).
Afetividade
Vários teóricos da educação abordam a questão da afetividade na relação professor/aluno como um fator facilitador da aprendizagem. A afetividade pode ser definida como um sentimento de afeição por alguém, como uma simpatia e amizade pelo outro. Para Wallon (1959), a afetividade é o ponto de desenvolvimento do indivíduo, e, juntamente com os aspectos cognitivos (quando integrados), constituem um par inseparável e permitem à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados.
Escola é um espaço de multiplicidades, em que diferentes valores, experiências, concepções, culturas, crenças e relações sociais se misturam e fazem do cotidiano escolar uma rica e complexa estrutura de conhecimentos e de sujeitos. Essa rica heterogeneidade que permeia a escola acaba por se confrontar com uma estrutura pedagógica que está baseada num padrão de homem e de sociedade, que considera a diferença de forma negativa, gerando, assim, uma pedagogia excludente.
A afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento é dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma relação estreita tanto que as condições medíocres de um podem ser superadas pelas condições mais favoráveis do outro.
Essa relação recíproca impede qualquer tipo de determinismo no desenvolvimento humano, tanto que “(…) a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está ausente.”
A afetividade que, inicialmente, é determinada basicamente pelo fator orgânico, passa a ser fortemente influenciada pela ação do meio social. Tanto que Wallon defende uma evolução progressiva da afetividade, cujas manifestações vão se distanciando da base orgânica, tornando-se cada vez mais relacionadas ao social.
Fases do desenvolvimento
A primeira infância é o período de vida que se estende desde o nascimento até os três anos de idade, desenvolvimento de habilidades físico-motoras, linguagem, descoberta do próprio corpo e do meio ambiente. A segunda infância é o período que se estende dos três anos até os seis ou sete anos. Idade pré-escolar, organização e consolidação das atividades adquiridas na primeira infância. A terceira infância é o período de vida que se estende dos sete aos doze anos. Possui solidamente configurada toda uma estrutura de comportamento.
Arte
A arte é uma forma de o ser humano expressar suas: emoções, histórias e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia e equilíbrio. Ela pode ser representada de várias formas, em especial na música, na dança, na escultura, no teatro, no cinema, na pintura, entre outras a serem descobertas pelo homem.
 É um importante trabalho educativo, pois procura, através das tendências individuais, encaminhar a formação do gosto, estimula a inteligência e contribui para a formação da personalidade do indivíduo, sem ter como preocupação a formação artística. No seu trabalho criador, o indivíduo utiliza e aperfeiçoa processos que desenvolvem a percepção, a imaginação, a observação, o raciocínio, o controle gestual. Capacidade psíquica que influem na aprendizagem. No processo de criação, ele pesquisa a própria emoção, liberta-se da tensão, ajusta-se, organiza pensamentos, sentimentos, sensações e forma hábitos de trabalho.
Criatividade
Ostrower (1977) considera que a criatividade é um potencial inerente ao homem,e a realização desse potencial uma de suas necessidades. A natureza criativa do homem se elabora no contexto cultural. O indivíduo se desenvolve em uma realidade social. No indivíduo confrontam-se, por assim dizer, dois polos de uma mesma relação: a sua criatividade, que representa as potencialidades de um ser único; e sua criação, que será a realização dessas potencialidades já dentro do quadro de determinada cultura.
Vygotsky afirma que é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro, erigindo-o e modificando o seu presente. Para esse psicólogo e educador, a criação é a condição necessária da existência e tudo que ultrapassa os limites da rotina deve sua origem ao processo de criação do homem e que a obra de arte reúne emoções contraditórias, provoca um sentimento estético, tornando-se uma técnica social do sentimento.
Sob o ponto de vista humano
Criatividade é a obtenção de novos arranjos de ideias e conceitos já existentes, formando novas táticas ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum, ou obtenham resultados de valor para um indivíduo ou uma sociedade. Criatividade pode também fazer aparecer resultados de valor estético ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção forte em relação às “ideias convencionais”.
Sob o ponto de vista cognitivo
Criatividade é o nome dado a um grupo de processos que procura variações em um espaço de conceitos de forma a obter novas e inéditas formas de agrupamento, em geral, selecionadas por valor (ou seja, possuem valor superior às estruturas já disponíveis, quando consideradas separadamente). Podem também ter valor similar às coisas que já se dispunha antes, mas representam áreas inexploradas do espaço conceitual (nunca usadas antes)
Sob o ponto de vista neurocientífico
 É o conjunto de atividades exercidas pelo cérebro na busca de padrões que provoquem a identificação perceptual de novos objetos que, mesmo usando “pedaços” de estruturas perceptuais antigas, apresentem uma peculiar ressonância, caracterizadora do “novo valioso”, digno de atenção.
Sob o ponto de vista computacional
É o conjunto de processos cujo objetivo principal é obter novas formas de arranjo de estruturas conceituais e informacionais, de maneira a reduzir (em tamanho) a representação de novas informações, através da formação de blocos coerentes e previamente inexistentes.
Sensibilidade
A sensibilidade envolve sensações que são informações que os sentidos recebem do mundo exterior ao corpo. Os gregos usavam a palavra Aisthesis para significar a sensação em geral, ou a capacidade perceber. Numa disposição elementar, num permanente estado de excitabilidade sensorial, a sensibilidade é uma porta de entrada das sensações.
Percepção
Função cerebral que atribui significado e estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. O conceito deriva do latino perceptĭo e refere-se à ação e ao efeito de perceber, receber através de um dos sentidos as imagens, impressões ou sensações externas, ou compreender e conhecer algo.
A percepção delimita o que somos capazes de sentir e compreender, portanto, corresponde a uma ordenação seletiva dos estímulos e cria uma barreira entre o que percebemos e o que não percebemos. Articula o mundo que nos atinge, o mundo que chegamos a conhecer e dentro do qual nós nos conhecemos.
Literatura infantil
Até o início do século XVII, a criança era vista como um adulto em miniatura, no final deste século e no início do século XVIII, ela adquire um novo status: é considerada como um ser frágil, desprotegido, dependente, que necessita de valorização e proteção.
Embora a literatura infantil tenha surgido no século XVIII, foi somente no século XIX que, relativizando, ainda que de maneira incipiente, o flagrante pacto com as instituições envolvidas com a educação da criança, ela define com maior segurança os tipos de livros que mais agradam aos pequenos leitores
 É nesse contexto que a vertente brasileira do gênero emerge. Embora os livros para crianças comecem a ser publicados no Brasil, em 1808, com a implantação da Imprensa Régia, a literatura infantil brasileira nasce apenas no final do século XIX. Mesmo nesse momento, a circulação de livros infantis no país é precária e irregular, representada principalmente por edições portuguesas que só aos poucos passam a coexistir com as tentativas pioneiras e esporádicas de traduções nacionais.
Leitura na infância
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCNEI (1998, vol 3) ressalta a importância do manuseio de materiais, de textos (livros, jornais, cartazes, revistas, etc.), pelas crianças, uma vez que, ao observar produções escritas à criança, vai conhecendo de forma gradativa as características formais da linguagem.
E segundo RCN, organizando o espaço físico de forma atraente e aconchegante, com almofadas, iluminação adequada, livros de diversos gêneros, de diferentes autores, revistas, histórias em quadrinhos, jornais, trabalhos de outras crianças etc., sendo que as crianças devem ter livre acesso a este espaço.
Literatura
Para trabalhar literatura com as crianças, é preciso possibilitar a elas o contato com os dois materiais: aquele que é para ser lido (livros, revistas, jornais, entre outros) e, aquele que é para ser rabiscado (folha sulfite, caderno de desenho, lousa, chão).
Quanto mais cedo as crianças tiverem contato com histórias orais e escritas, maiores serão as chances de gostarem de ler. Ao folhear um livro, tocá-lo e observar suas figuras, mesmo que ainda não decodifique a língua escrita, a criança está, ao seu modo, praticando a leitura, e esta prática de leitura é denominada de “Letramento” por Magda Soares (apud MARICATO, 2005 p. 18).
O hábito da leitura é desenvolvido nos primeiros doze anos de vida, e se faz necessário que professores e pais se conscientizem do importante papel que terão: incentivar esses jovens a se concentrar nessa jornada. Sem dúvida, o meio social terá grande influência também, mas, por outro lado, hoje as escolas recebem inúmeros livros didáticos e paradidáticos.
Mesmo as classes menos privilegiadas podem ter acesso à Literatura Infantojuvenil, porém, é necessário que a escola disponibilize espaço e tempo para que os alunos tenham oportunidade de tocar, cheirar, ler e viajar nas histórias que encontrarão. Sendo assim, cabe ao professor desenvolver um trabalho criativo e sedutor, que desperte o interesse do educando para a leitura, porque é por meio deste veículo que poderá desenvolver suas habilidades na escrita e na leitura.
 Portanto, a leitura é uma ferramenta importante para a construção do conhecimento, do desenvolvimento intelectual, ético e estético do ser humano
Leitura para cada idade
 0 – 2 anos – livros plastificados ou de pano para manuseio e ser levado ao banho. 3 – 6 anos – imagens grandes e pouco enredo, álbuns de gravuras. 6 – 8 anos – imagem como ferramenta para ajudar a criança a entender o texto. Situações apresentadas devem ser simples. Contos de fadas. 8 – 11 anos – narrativas mais longas. 11 – 13 anos – histórias de viagens e aventuras. 13 – 15 anos – aventuras intelectuais.
Análise do texto literário
A análise do texto procura todas as possíveis relações entre a escrita literária e o universo criado por ela (que é a obra em seu todo). Também busca as relações entre a obra e seu momento histórico, social, político, econômico e cultural.
Uma análise literária avança a partir de uma série de perguntas: a) O que a obra transmite? b) Qual seu enredo, assunto, trama? c) Como isso é expresso em escritura literária? Quais os recursos de linguagem ou de estrutura escolhidos pelo autor? d) Qual a intenção que predomina nessa escolha: a estética ou a ética (a primeira dá ênfase ao fazer literário; a segunda, aos padrões de comportamento [...])?
e) Qual a consciência de mundo (ou sistema de valores) ali presente ou latente? Há ou não coerência orgânica na construção da obra entre estilo, recursos expressivos, problemática e consciência de mundo (é essaorganicidade que lhe dá o valor de obra literária)? f) Qual a intencionalidade do autor que pode ser percebida na obra? g) Qual seria sua finalidade em relação ao leitor? Divertir, instruir, educar, emocionar, conscientizar (COELHO, 1982, p. 27)?
Análise das gravuras
A ilustração de um texto ocorre fundamentalmente em livros para pequenos leitores, para aqueles que ainda não sabem ler as palavras, pois é um símbolo complexo e depende de um aprendizado para a relação convencionalmente estabelecida entre a palavra e o ser a que se refere. Para que se desenvolva o gosto pela futura leitura e o prazer pelas histórias que são lidas para as crianças, a ilustração é um recurso essencial a essa fase.
A imagem possibilita à criança mergulhar no universo encantado da Literatura Infantil; o ilustrador, o editor e o professor têm grande responsabilidade ao escolher um livro para as crianças que ainda não construíram seu processo de leitura e escrita. O livro de Literatura Infantil, quando escrito e ilustrado com arte, é o encontro de, pelo menos, dois artistas, que propiciam à criança o prazer por ler a imagem e contar sua história.
Poesia
 A poesia possibilita o despertar da criatividade e do sentimento do aluno, desenvolvendo sua percepção do todo e atribuindo significado a um contexto específico. Ela envolve componentes sensoriais, emocionais, intelectuais e culturais; na poesia, há um processo de expressão e compreensão tanto simbólico quanto formal.
Trava língua
Os versinhos trava-língua são, na verdade, parlendas com visíveis dificuldades de audição e de pronúncia. Este tipo de verso é bastante utilizado com o objetivo de melhorar a dicção e pretende fazer com que a criança perceba as diferenças sutis de muitas palavras, que, quando pronunciadas incorretamente, passam a ter outro significado.
História em quadrinhos
 Os homens primitivos registravam cenas do cotidiano nas paredes das cavernas. Pintavam relatos sobre a caça, a pesca, apresentavam pessoas correndo com armas atrás dos animais e outras cenas que possibilitaram, aos pesquisadores, conhecer o cotidiano, o hábito desses homens e seu meio. Era essa a forma de registro e comunicação “escrita” utilizada por eles. Dessa forma, pode-se afirmar que a história em quadrinhos já estava presente nessa época. É importante observarmos alguns desenhos para compreender como aconteceu o processo de construção das HQs.
Imprensa
No século XV, tivemos a invenção da imprensa por Johann Gutenberg, que, apesar de ser considerado o inventor, não foi o pioneiro, porém foi a sua invenção que se propagou. Antes dele, tivemos os chineses, em 1045, e os coreanos, com uma técnica de caracteres metálicos, em 1230. O primeiro livro impresso por Gutenberg foi a bíblia, conhecida como a Bíblia de 42 linhas, em 1452.
O compartilhar
No olhar de Vygotsky, construir conhecimentos refere-se a uma ação partilhada, já que é necessário haver o outro para que as relações entre sujeito e objeto de conhecimentos sejam estabelecidas. Isso é facilitado quando é permitido o diálogo, a cooperação e troca de informações entre os sujeitos, bem como o confronto de ideias divergentes, buscando uma relação que implique a divisão de tarefas com responsabilidades e uma interdependência na ação, que resultará num objetivo comum.

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