Buscar

FARMACOCINETICA - resumo farmacologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Droga: qualquer substância química capaz de induzir uma resposta 
fisiológica no organismo. 
Definição social: droga ilícita 
Droga lícita: medicamento, cigarro, álcool 
- Fármaco: droga com intuito terapêutico 
- Medicamento: fármaco que ganha forma (possui fórmula) 
- Remédio: nome popular; meditação, massagem, carinho, medicamento. 
 
Farmacocinética o que o organismo faz com a droga. 
Farmacodinâmica parte da farmacologia que se preocupa com os 
mecanismos de ação. O que a droga faz no organismo. 
 
Os processos farmacocinéticos de absorção, distribuição e eliminação 
determinam com que rapidez e por quanto tempo o fármaco aparecerá no 
órgão-alvo. 
1. Absorção; 
2. Distribuição; 
3. Metabolismo; 
4. Excreção. 
 
 
ABSORÇÃO 
1º compartimento (estômago, pele, reto, olhos, de baixo da língua, etc). A 
absorção será o transporte da droga do 1º compartimento até o sangue. 
Quase sempre dissolve em um meio rico em água. Para isso a droga precisa 
passar pela membrana celular (micela). O aumento da cadeia carbônica de 
ácido facilita a produção da micela. Quanto maior a cadeia mais longa o 
caminho da droga pela micela. 
 
 
• Membrana celular: possui duas camadas de fosfolipídios, formada por 
uma molécula de glicerol, duas cadeias de ácidos graxos, sendo uma 
saturada e a outra insaturada, uma coligação fosfato e um grupamento polar. 
Portanto, uma molécula anfipática, ou seja, com uma extremidade polar ou 
hidrofílica, tendo afinidade por água; e a outra extremidade, caudalosa, com 
propriedades apolares ou hidrofóbicas, manifestando aversão à molécula de 
água. 
Para atravessar a membrana celular, as moléculas precisam ter 
características físico-químicas adequadas, ou seja, devem ter uma certa 
polaridade, não podem ser 100% lipossolúvel e não podem ser 
extremamente polar. 
 
• Ácidos graxos: Portanto, uma molécula anfipática, ou seja, com uma 
extremidade polar ou hidrofílica, tendo afinidade por água; e a outra 
extremidade, caudalosa, com propriedades apolares ou hidrofóbicas, 
manifestando aversão à molécula de água. 
 
• Difusão: principal, meio de transporte das drogas. Não tem gasto de 
energia. 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
 
 
Os fármacos usados para terapêutica são ácidos ou bases fracas. 
 
Ácido fraco: um ácido fraco é um ácido que não 
ioniza significativamente numa solução; ou seja, se o 
ácido, representado pela fórmula geral HA, quando 
dissolvido numa solução aquosa ainda restará uma 
quantidade significativa de HA não dissociado. 
(Parcialmente dissocia-se em água; poucos H). 
Um ácido fraco é melhor absorvido em meio ácido. 
Pois o ácido fraco em meio ácido, não perderá seu H, 
ou seja, não irá se dissociar e não ficará polar (pois a 
forma molecular não tem carga, é neutro). 
 
 
 
AH
0
 → A- + H+ 
 
 sem carga, apolar possui carga, polar 
 
*dissociação depende do meio em que se encontra 
 
AH passa no meio (micelas) por ser apolar (lipossolúvel). Drogas 
lipossolúveis passam com mais facilidade. 
 
 
Base fraca: baixo grau de dissociação. A quantia de carga disponíveis no 
meio é que determina para onde a reação ocorrerá, lembrando que cargas 
iguais se repelem e diferentes se aproximam. (Parcialmente dissocia-se em 
água). 
 
BH
+
 → B0 + H+ 
 tem carga, polar apolar 
 
*dissociação depende do meio em que se encontra 
 
Base fraca será bem absorvida em meio básico. Pois a 
base quanto está com o íon próton tem carga. Em meio 
básico, temos poucos íons livres, ou excesso de OH. A 
tendência da base em meio básico é perder o próton, ou 
seja, ficar na forma dissociada. Ficando sem carga, mais 
apolar e lipossolúvel. 
 
*No estômago há invaginações (criptas) com células parietais que 
produzem HCl. A formação de HCl é feita a partir da gastrina, histamina e 
acetilcolina (induzem a formação da bomba de próton). 
*Imidazol – inibe a formação de HCl. 
*Cimetidina e Ranitidina – inibidor de H2 no estômago, não há formação de 
HCl. 
 
Exemplo 1: Dona Jurema tem 50 anos, relatava gastura e queimação. Foi 
receitado Ranitidina (antiácido). Ela também tem hipertensão. O anti-
hipertensivo que ela usa é um ácido fraco. A Ranitidina vai aumentar ou 
diminuir a absorção do anti-hipertensivo? Ela toma antiácido e o estômago 
produz menos HCl, portanto maior a probalidade do anti-hipertensivo se 
dissociar. Mas ela pode tomar ambos pois o estômago é grande e será mais 
ou menos absorvido. 
→ O tamanho do intestino também influencia na absorção, as 
microvilosidades aumentam a área de absorção. 
 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Exemplo 2: Omeprazol, um inibidor da bomba de prótons, diminui a 
concentração de HCl no estômago. O Ácido acetil salicílico sendo usado 
por um paciente que faz uso de Omeprazol, teremos uma maior ou menor 
absorção de ácido acetil salicílico no estômago? A diminuição de HCl no 
estômago favorece a dissociação (ficando na forma iônica) de AAS o que 
diminui sua absorção, pois ele fica mais polar e menos lipossolúvel, para 
passar na membrana celular. No meio alcalino, como no duodeno tem 
menos íons livres, isso faz com que o ácido se dissocie passando a ter carga 
e é pouco absorvido. No caso de uma base fraca, ela perde íons livres, e na 
sua forma dissociada fica mais apolar e mais lipossolúvel, sendo melhor 
absorvida. Portanto o Omeprazol, pode aumentar a absorção de uma base. 
 
Biodisponibilidade: fração de uma dose oral que chega a circulação 
sistêmica na forma de fármaco intacto, levando em consideração tanto a 
absorção como a degradação metabólica local. Pode ser expresso em mg ou 
em %. O que influencia na biodisponibilidade? Interação medicamento-
alimento, interação com outras drogas, mudança de pH, diarreia, vomito, a 
forma farmacêutica, tempo de trânsito, desintegração do medicamento, 
mecanismo de absorção, degradação enzimática, glicoproteína P, ciclo 
enterro hepático, etc. 
 
Administração das drogas: A droga deve chegar ao sangue conforme a via 
de administração. Uma coisa é a porcentagem que entrou, outra é a 
porcentagem que chega ate o sangue, pois neste processo pode ocorrer 
varias coisas. 
• Via endovenosa: espera-se que tenha 100% de biodisponibilidade, pois 
está sendo aplicado diretamente na corrente sanguínea. 
Obs.: não passa primeiro pelo fígado. 
• Via oral: 
1) estômago → duodeno → jejuno → plexo mesentérico → veia porta 
→ fígado → vesícula biliar → duodeno → jejuno. (Esse sistema 
pode retardar o tempo e a quantidade de droga na corrente 
sanguínea). 
2) estômago → duodeno → jejuno → plexo mesentérico → veia porta 
→ fígado → veia cava inferior → coração → SNC, sistêmico, 
sangue venoso. 
• Via retal: mais ou menos 50% da droga segue o caminho do plexo 
mesentérico, outros 50% passam pelo sistema linfático (sem passar pelo 
fígado), vai basicamente direto para o coração. A absorção retal não sofre 
com o metabolismo de 1ª passagem. 
 
• Via sublingual: jugular → veia cava superior → coração. 
Obs.: não passa primeiro pelo fígado. 
• Via subcutânea: não passa primeiro pelo fígado. Absorvida lentamente 
pelos capilares, arteríola e artérias e segue pela circulação sistêmica 
chegando ao coração. 
• Administrada pela veia da perna: existe uma veia da perna que se liga a 
uma veia colateral ao fígado e segue para veia cava superior. O sangue que 
vem dos ductos sanguíneos inferiores não entra primeiro no fígado. 
 
*Órgãoscomo: coração, pulmão, SNC, fígado e rins são considerados 
órgãos vitais, ou seja, são mais perfundidos, irrigados por veias calibrosas e 
são os primeiros a receberem altas doses de medicamento. 
*Farmácos com ↓ lipossolubilidade ↓ absorção 
*Alguns fármacos como lvodopa precisam de transportador 
*A biodisponibilidade é a fração de uma dose ingerida de um fármaco que 
tem acesso à circulação sistêmica. Ela pode ser baixa porque é incompleta 
ou porque o fármaco é metabolizado na parede intestinal ou no fígado antes 
de alcançar a circulação sistêmica. 
*Na parede do intestino é encontrado glicoproteína P e ela pode prejudicar a 
quantidade de droga que foi absorvida. Captando a droga antes de chegar ao 
fígado, jogando-a de volta ao intestino. 
*Bioequivalência: se a formulação de um fármaco for substituída por outra; 
não haverá consequências clínicas indesejáveis. 
 
DISTRIBUIÇÃO 
Parte da farmacocinética que avalia para onde a droga será distribuída para 
o organismo. A droga deve sair do sangue para chegar ao órgão alvo de 
ação da droga. Ao sair do sangue a primeira coisa que encontra (depende do 
órgão) liquido intersticial. Ela chega mais rápido ou não dependendo da via 
de administração, além de outras características como a lipossolubilidade da 
droga e o tamanho da molécula. 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
*Quanto maior a lipossolubilidade mais distante do sangue e maior poder de 
penetração nas células. 
 
 
 
 
 
 
 
Na intravenosa não ocorreu absorção porque foi 
aplicada diretamente na corrente sanguínea. 
Nesse caso a droga vai para o coração, pulmão, 
cérebro, etc, por que sãos órgãos que mais 
recebe sangue por que trabalham demais. 
 
 
 
 
 
A droga irá passar pela artéria arteríola e capilar. 
 
Exemplo: Supondo que um vaso sanguíneo se projeta para o coração, a 
droga sai do endotélio e chega ao interstício, encontra as fibras musculares 
do coração. A droga começa a se ligar em estruturas que estão na membrana 
das fibras musculares, ou dentro da fibra muscular (adrenalina encontra 
receptor Beta-1 e a fibra muscular cardíaca se contrai). A droga passa por 
vários órgãos além do órgão alvo, onde esta pode causar efeitos 
indesejados. 
A droga também pode passar pelo SNC, onde o endotélio é mais protegido. 
Não há espaços interendoteliais, além disso há um tipo de célula que reveste 
as células endoteliais, que tem função de cobrir o endotélio. O conjunto do 
vaso com essas células que o revestem, denomina-se barreira 
hematoencefálica. As células que revestem são chamadas de células da glia 
ou astrócitos e são ricas em fosfolipídeos. Portanto a droga deve ter um grau 
de lipossolubilidade suficiente para sair do capilar e conseguir atravessar o 
endotélio e as células da glia e chegar ao interstício neuronal. 
 
• A droga estando na corrente sanguínea, poderá se ligar a albumina, 
algumas se ligam mais fortemente e outras não. Assim, teremos droga 
ligada a albumina e a droga livre no plasma, porém não necessariamente ela 
deve se ligar a albumina. 
• Somente a fração da droga livre no plasma: terá ação farmacológica, 
será distribuída, metabolizada e poderá ser excretada. 
Albumina: proteína; ponte dissulfeto ocorre na proteína cisteína com 
ligação de enxofre. Muitas drogas principalmente ácidos fracos se ligam a 
albumina; o fármaco só consegue passar a membrana se estiver sozinho, 
quando ligado à albumina não acontece nada. 
• A albumina é sintetizada no fígado. Logo, doenças hepáticas e desnutrição 
podem prejudicar a síntese desta proteína. 
• Diminuição de albumina pode implicar em aumento de concentração da 
droga livre no plasma, por drogas que se ligam fortemente a ela. O aumento 
da droga livre implica em aumento da ação farmacológica e pode ocorrer 
ação tóxica no organismo. 
• Albumina diminui a concentração do fármaco. 
 
 
Exemplo 1: Supondo que a droga A se liga 90% a albumina (apenas 10% é 
livre), ela é utilizada para diminuir pressão arterial. A droga B, receitada 
para o paciente se liga 95% a albumina. Ocorre que haverá competição 
pelos fármacos pela albumina e aumentara a concentração da droga A livre 
e com isso haverá aumento da ação farmacológica (baixará demais a 
pressão arterial). 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Exemplo 2: Dona Rosa usa lidocaína como antiarrítmico e tem baixa 
albumina. É necessário diminuir a dose de lidocaína, pois assim ficará 
pouca droga livre circulando. Lidocaína liga-se 70% a albumina. 
 
 
 
Exemplo 3: digamos 
que o fármaco A seja a 
lidocaína (liga-se 70% 
a albumina) e o 
fármaco B seja o 
ibuprofeno (liga-se 
99,5% a albumina). O 
ibuprofeno tem mais 
afinidade à albumina 
então irá se ligar a ela e a lidocaína vai ficar “livre”, como a lidocaína atua 
no coração pode acabar dando consequências. 
 
Volume de distribuição (VD): volume no qual a droga se distribui, o quanto 
a droga se dispersa dentro deste determinado volume. 
O primeiro ambiente em que a droga estará localizado é a corrente 
sanguínea, depois o interstício (meio aquoso, rico em eletrólitos). E a droga 
vai se espalhando dentro de um determinado volume. A distância do alvo 
principal (sangue) até o local mais distante dependera do tamanho e da 
lipossolubilidade da droga. 
Mais lipossolubilidade tem mais volume de distribuição, isto é, a droga 
poderá alcançar espaços muito mais distantes do que a corrente sanguínea, 
como por exemplo, o tecido adiposo (local pouco perfundido, e por isso a 
droga precisa ter uma característica especifica que é a lipossolubilidade). 
Exemplo 1: Tiopental faz parte dos ácidos barbitúricos. O ácido barbitúrico 
tem uma lipossolubilidade menor que o fenobarbital (gardenal - 
antiepiléptico), e o fenobarbital têm lipossolubilidade menor que o tiopental 
(devido a presença de enxofre na molécula). 
 
Ácido barbitúrico < Fenobarbital < Tiopental 
 
Quem terá o maior volume de distribuição é o tiopental, o qual é um ácido 
fraco, e anestésico endovenoso. E o primeiro local de chegada é no sangue, 
depois se dirige ao coração, ou seja, vai para os órgãos mais perfundido 
primeiros. Um destes órgãos é mais rico em gordura que é o SNC, alvo do 
tiopental que é bem lipossolúvel. Há um equilíbrio entre o órgão e o sangue. 
O pH do sangue é 7,4 (extremamente tamponado). Se o pH aumentar, 
ocorre uma diminuição da frequência respiratória, para aumentar o nível de 
CO2 e transforma-lo em acido carbônico. Se diminuir o pH ocorre 
hiperventilação para tentar diminuir o nível de CO2. 
 
Exemplo 2: (Volume de Distribuição; Absorção) Dois motoqueiros 
sofreram um acidente, um motoqueiro era magro e o outro tinha grande 
quantidade de tecido adiposo. Os dois foram para o pronto socorro. Os dois 
receberam 300mg de tiopental. 
 
a) Qual dos dois entrará primeiro em estado anestésico? 
Os dois estrarão em estado anestésico ao mesmo tempo, pois a droga foi 
aplicada dentro do vaso sanguíneo, e vai para os órgãos mais perfundidos e 
não para o tecido adiposo. 
 
b) Quem sai do estado anestésico primeiro e por quê? 
A droga fica em equilíbrio com vários órgãos, a droga sai do interstício e 
vai para o tecido adiposo, portanto ela se prende ao tecido adiposo. Num 
primeiro momento ela tem dificuldade em chegar ao tecido adiposo, devido 
à perfusão. E no tecido adiposo a droga fica aprisionada. No magro, terá 
muito mais droga em equilíbrio com o plasma, mais fácil de ser 
metabolizada e excretada, quem tem mais gordura tem mais dificuldade em 
metabolizar e excretar a droga. 
*Vasoconstrição: evita sangrar*Vasodilatação: ↑ fluxo sanguíneo; permite a passagem de drogas. 
 
Nas junções as células fisicamente unidas e 
formam uma parede contínua que impede vários 
fármacos de entrar no cérebro. 
*por fora do capilar cerebral tem podal de 
astrócito, a droga tem que ser APOLAR. 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
 
Grandes frestas permitem aos fármacos 
mover-se entre o sangue e o interstício 
nas junções. 
 
 
 
 
• inflamação nas meninges: a barreira permite a passagem do fármaco. 
Dependendo do antibiótico pode causar toxicidade. 
• barreira normal não permite qualquer droga passar pelo cérebro. 
 
→ Barreira placentária: não é tão seletiva, uma droga que a mãe metaboliza 
o feto não consegue. Na placenta a droga precisa alcançar o espaço da 
vilosidade (espaço interviloso) e penetra na vilosidade e alcança o feto. A 
droga deve ter um certo grau de lipossolubilidade. As drogas tem uma 
classificação de toxicidade no feto, A (seguro), B, C, D (má formação fetal) 
e X (grave). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bico do seio da 
mãe estimula o 
hipotálamo, tendo a 
liberação de alguns 
hormônios, 
ocitocina (ejeção 
do leite, contração 
dos canais 
produtoras do leite) 
e prolactina 
(estimula produção 
de leite). 
• Dopamina – inibe hipófise; há drogas que bloqueiam a dopamina, 
importante em homens. 
 
METABOLISMO 
Uma droga para ser absorvida precisa ser APOLAR, lipossolúvel. A droga 
precise sofrer aprisionamento iônico para ser excretada, para isso serve o 
metabolismo. 
• Hepatócito: no retículo endoplasmático existe o sistema microssomo 
hepático. Existe um sistema microssomal hepático que está no interior do 
reticulo endoplasmático, local onde existem muitas enzimas. 
Neste sistema microssomal pode ocorrer reações de primeira fase e de 
segunda fase. Se a droga não for suficientemente hidrossolúvel, ela 
retornará a corrente sanguínea e ao passar pelo fígado poderá ocorrer 
reações que modificam sua molécula, deixando-a mais hidrossolúvel. E para 
isso o fígado dispõe de enzimas que fazem parte de um grupo denominado 
CYP ou Citocromo P450. 
A enzimas CYP medeiam reações de oxidação, sulfatação, hidroxilação, 
desalquilação. Algumas destas enzimas são melhores em mediar algum tipo 
especifico de reação. 
• Fígado: tem papel de metabolização (anabolismo e catabolismo) e síntese 
de substâncias, transforma substancias lipossolúveis em hidrossolúveis. 
As substancias que conseguirem passar o fígado, terão ou não uma ação 
farmacológica ao encontrarem o alvo farmacológico. Para entrar neste 
sistema deve ter uma característica importante, lipossolubilidade. Por isso, 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
pelo menos 60% das drogas são de origem vegetal, e a grande maioria é 
lipossolúvel, para conseguir atravessar a barreira celular. Porem, para sair 
deve ter hidrossolubilidade, pois sai através do rim ou das fezes. O rim é um 
meio aquoso e rico em eletrólitos. 
E quem faz a conversão química de lipossolubilidade para hidrossolúvel é o 
fígado, para que seja excretado. 
• Uma droga administrada por via oral, ao ser absorvida passa pelo fígado, 
aonde pode já ser metabolizada. 
• Por via endovenosa no braço, não passa pelo fígado e não será 
metabolizado, e terá uma maior quantia de droga para chegar ao alvo 
farmacológico. Por isso a via de administração é muito importante. 
• A via retal é muito importante é muito importante, pois pelo menos 50% 
da droga passa pela via linfática e não passa pelo fígado, não sofrendo 
metabolização. 
 
 
Na FASE 1 a enzima reconhece algum grupamento especifico na molécula, 
desta maneira ela consegue induzir determinada reação, assim a enzima se 
encaixa no substrato e modifica a molécula. Se, ainda assim, a estrutura não 
for suficientemente hidrossolúvel para ser excretada, ela volta a circulação e 
passa pelo fígado novamente para ser metabolizada. Devido a modificação 
da molécula, pode não ter mais enzima que a consiga deixar hidrossolúvel, e 
devido a compatibilidade enzima-substrato. E ocorre então a reação de 
segunda fase, a qual o metabolito será conectado a outra estrutura que já 
vem pré-pronta e é muito hidrossolúvel, como por exemplo a glicose. O 
metabolito formado terá o nome inicial denominado Glucuronil-etc. assim, 
a substancia pode ser excretada nas fezes ou na urina. 
Normalmente, quando a molécula se liga ao conjugado, não tem mais 
atividade biológica. No entanto, o metabolito quando não ligado ao 
conjugado ainda pode ter atividade biológica. 
• Exemplo: metabolismo das benzodiazepínicos, os quais ainda podem ter 
atividade biológica. 
 
 
Metilparabeno: hidrossolúvel (sai fácil). 
Bencilparabeno: lipossolúvel (entra fácil). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CYP: fazem reações que ocorrem no fígado (não se localizam apenas no 
fígado), são enzimas responsáveis por diversas reações, transformando uma 
droga lipossolúvel em mais hidrossolúvel podendo ocorrer ou não a geração 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
de radicais livres. Alguns radicais livres não irão causar danos no fígado e 
outros podem causar (hepatoxicicidade – paracetamol). 
Estas enzimas recebem um número e uma letra, que classifica o subtipo de 
CYP e as reações que são responsáveis. Cada subtipo pode ter mais de um 
substrato (fármaco). 
 
Há uma série de drogas que podem bloquear a CYP1A2 e outas enzimas. 
Por exemplo, a cimetidina bloqueia se a pessoa utilizar clozapina (ficará 
muita quantidade de droga dentro da pessoa indo para o SNC), por que a 
cimetidina bloqueia a enzima que metaboliza a clozapina. 
• Exemplo 1: O fármaco deve ter uma concentração constante no sangue 
para fazer o efeito vasodilatador e diminuir a PA. Logo, se temos mais CYP 
temos mais enzimas para degradar o fármaco (droga X) e isso fara com que 
o fármaco diminua de concentração na corrente sanguínea e 
terapeuticamente pode ocorrer uma reversão e a PA aumentar novamente. 
 
• Exemplo 2: Um paciente, estudante, 21 anos, toma cerca de 2L de café 
por dia. O paciente foi ao medico com sintomas de arritmia cardíaca. O 
médico então prescreveu propranolol. (Lembrando que a CYP3A1 degrada 
propranolol e cafeína). Depois de cerca de uma semana de tratamento o 
paciente retorna o medico relatando os mesmos sintomas, e o medico 
aumenta a dose do medicamento. Passa mais uma semana o paciente retorna 
ao medico se queixando dos mesmos sintomas. 
a) O que pode estar acontecendo com o paciente? 
Devido a ingestão abusiva de cafeína a CYP estava aumentada (mesma 
enzima que degrada o propranolol) isso faz com que o fármaco seja 
degradado mais rapidamente e sua concentração diminuída não faz os 
efeitos esperados, assim, o paciente continua com os sintomas. 
 
*A isso denominamos interação medicamentosa nível farmacocinética. 
Quando uma droga induz a expressão da enzima, se aumenta a expressão, 
muito mais enzima irá degradar o substrato que é o fármaco. Afetando a 
ação farmacológica. 
 
COMT → principal substrato desta enzima é a adrenalina. A COMT 
degrada a adrenalina e está presente no endotélio vascular. 
• O pulmão é responsável pela degradação de vários peptídeos, bradsinina, 
endotelina, etc. 
• Muitas das substancias ingeridas devem ser metabolizadas pelo fígado. 
Para que a droga consiga entrar no organismo ela precisa ter um certo grau 
de lipossolubilidade e para que consiga ser excretada ela precisa ser 
hidrossolúvel. 
 
O fígado não ativa a droga, a mesma pode ter ou não atividade biológica.O fígado apenas torna algo lipossolúvel em algo mais hidrossolúvel. Pois 
a substância será excretada pelas fezes ou pelo sistema urinário. 
 
• Pró-droga: enquanto a substância for pró-droga a atividade biológica é 
muito reduzida. E ao passar pelo fígado a droga se torna biologicamente 
ativa, através de reações que deixa a molécula mais hidrossolúvel. 
• Exemplo 1: metildopa → passa pelo fígado e serve como substrato, 
substituindo o aa que da origem a noradrenalina → e metildopa é 
transformada em alfa-metilnoradrenalina. (processo ocorre no neurônio 
adrenérgico, não no fígado) 
• Exemplo 2: Acetoaminofeno → fígado → paracetamol (fígado). 
• A cocaína tem propriedade anestésica local, altera canais de sódio, porem 
centralmente a cocaína também estimula outras áreas do organismo que não 
são desejadas, por isso foi alterada sua molécula retirando a ação central da 
cocaína e deixando sua ação anestésica ainda mais potente. A esta droga 
damos o nome de Lidocaína. 
 
Radical Livre - Derivação: são muito reativos; algumas drogas podem 
produzir determinados radicais livres no processo de metabolismo e destruir 
o hepatócito, levando a hepatoxicidade. Paracetamol é um exemplo de 
fármaco hepatoxicicidade. O paracetamol tem algumas vias de metabolismo 
e pode ser transformado em um radical livre: N-acetil-bezoquinonelmina, 
ele terá que se ligar a glutationa (para neutralizar o radical formado), 
substrato radical livre e não há quantia de glutationa para neutralizar. Se o 
radical não se ligar a glutationa ele pode causar dano na medula renal. 
Um paciente com toxicidade a paracetamol o tratamento é acetilcisteína 
(mucolítico), mas serve como carreador que neutraliza o radical livre. Isso 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
só se der tempo. A ligação da acetilcisteína com o paracetamol é uma 
ligação covalente. 
 
Indução enzimática: fármaco → CYP → produto. Fatores que induzem o 
aumento da CYP. Ex.: nicotina. Pessoas que consomem muita cafeína tem a 
CYP1A2 elevada comparada com pessoas que não consomem; com 
↑CYP1A2 ↑ metabolismo do estradiol. 
Ex.: ↑CYP1A2 com uso de antiepilético, ↑ fenitoína, isso pode atrapalhar a 
lidocaína e diminui a eficácia da lidocaína como antiarrítmico. 
 
Inibição ou bloqueio enzimático: A droga Y se acoplou na enzima e 
bloqueou a mesma, fazendo com que a droga X aumentasse sua 
concentração sanguínea e seu efeito farmacológico. Pois não tem enzima 
para degradar a X e como o medico aumentou a dose para 300mg o fármaco 
causara mais vasodilatação, por isso que o paciente apresentou 
determinados sintomas, como hipotensão. 
Uma droga que causa inibição enzimática para quase todos os tipos de 
fármacos é o Clorofenicol, que sistemicamente pode ser utilizado em 
raríssimas ocasiões (é um antibiótico), utilizado para infecção bacteriana do 
ouvido, para uso local. Um dos seus efeitos tóxicos é a síndrome do bebe 
cinzento. 
 
Na FASE 2 ocorre a conjugação. Quando um metabólito não é 
suficientemente POLAR e enzimaticamente não há jeito. Glucoronídeo liga-
se na derivação da 1ª fase para transformar a molécula para mais polar para 
excreção. 
• Principais conjugações: ácido glicurônico, glicina e glutamina, acetato. 
Essa fase é mediada por enzimas também, que não necessariamente são as 
CYP. 
 
EXCREÇÃO 
Os dois locais principais para excreção de drogas é o intestino e o trato 
urinário (mas pode ocorrer no suor, muco, sêmen, lágrima, etc). Se o 
metabolito cair ainda ativo nas fezes pode ocorrer uma reabsorção, pois 
enquanto a droga tiver atividade biológica ela pode ser reabsorvida. 
 
 
Artéria vira arteríola até virar ateríola aferente (entra sangue); arteríola 
eferente (sai sangue). 
 
• A parede do glomérulo tem fenestras. Na 
junção de glomérulo e arteríola tem uma célula 
chamada Macula densa (dentro das células 
diferentes próximos as artérias que detectam 
os níveis de Na
+
 na urina) → controla a 
pressão arterial. 
• Pro líquido sair do glomérulo a cápsula de 
Bowman faz pressão negativa e o glomérulo 
pressão positiva. 
 
No intestino grosso a droga não conseguiria 
ser bem reabsorvida, pois temos uma 
quantidade grande de bolo fecal e a droga poderia ficar aprisionada no 
interior destas fezes. 
• Uma droga acida ou básica é melhor reabsorvida no estômago, no 
duodeno, no jejuno ou no intestino delgado? O intestino delgado é do 
duodeno até o íleo, portanto a droga será melhor absorvida no intestino 
delgado (sendo ela básica ou acida). 
 
Trato urinário: Temos 5L de sangue no corpo, ou seja, ele passa várias 
vezes nos rins, pois são filtrados de 120 a 160L por dia. 
 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Moléculas muito grandes não são filtradas (como a albumina). Nos tubos 
coletores existem vasos sanguíneos, algumas substâncias sofrem secreção 
de dentro do vaso, caem no interstício e são reabsorvidas. A partir da alça 
de Henle, nos túbulos coletores existem proteínas, onde as drogas se 
grudam e com perda de energia a proteína joga a droga para a luz do tubo e 
são excretadas. 
 
É possível inibir o processo de secreção, por exemplo a Probenicida é uma 
droga que inibe este processo. A vantagem de fazer isso em casos como a 
penicilina que é rapidamente secretada; com a probenicida é possível 
aumentar o tempo do antibiótico no organismo, diminuindo sua secreção. 
 
 
Droga sai do vaso sanguíneo → interstício → se aproxima da parede do 
túbulo coletor (rico em proteínas carreadoras) → as proteínas se fixam às 
drogas e elas jogam-as para luz do tubo coletor → o fluxo do filtrado 
arrasta a droga. 
 
 
• Se um fármaco não estiver suficientemente hidrossolúvel ele será 
reabsorvido. 
• Bexiga é rica em eletrólitos e água. O pH da urina é entre 4,5-8,5. Uma 
droga acida na urina será melhor absorvida em urina acida e melhor 
excretada em urina básica. 
• Droga básica melhor eliminada em urina ácida → ficará ionizada (não se 
dissocia) → não consegue passar a membrana da bexiga ou túbulos. 
• Vantagem em acidificar ou basificar a urina: pode ser útil em casos de 
intoxicação. Se um fármaco toxico for um ácido fraco é vantajoso basificar 
a urina para melhor excreção. 
 
Nunca alterar o pH do sangue! 
 
Extremos da idade: tem diferença do ponto de vista farmacocinético • 
Recém-nascido: fígado e baço aumentados de tamanho (hepatomegalia e 
esplenomegalia) fisiológica, o fígado do recém-nascido é hipofuncionante 
podendo ocasionar icterícia fisiológica, que se for muito grave pode causar 
encefalopatia. 
• Idoso: perda de água no interstício, diminuição da produção de queratina, 
radicais livres, aumento de gordura, insuficiência renal fisiológica. 
• Mulheres amamentando: o leite é uma emulsão, algumas drogas podem 
ser excretadas no leite materno, porem a lipossolubilidade não influencia. A 
criança quando suga o seio, e estimula as fibras sensitivas que se conectam 
ao SNC que se liga a hipófise, onde é induzida a liberação de prolactina 
(produção do leite) e a ocitocina (ejeção do leite). O fármaco pode alterar: o 
gosto do leite, pode se concentrar no leite e afetar a criança, além de afetar o 
instinto de “sugar” o leite (Ex.: Benzodiazepínico). 
 
POSOLOGIA 
T ½: tempo necessário para que ocorra a redução de 50% da concentração 
inicial da droga no plasma. Todo fármaco terá seu tempo de meia vida, 
porem ele não é preciso, ou seja, ele varia de acordo com cada organismo 
(dieta, doenças crônicas, estilo de vida podem interferir). 
• Obs.: A fase pré-clínica, é onde todos os testes são realizados antes de 
estudar o fármaco no ser humano. Na fase clínica, são feitos testes empacientes selecionados, pois o grupo amostral deve ter menos viés possível 
para não interferir em alguns parâmetros e mesmo assim haverá variação 
individual. 
 
Na via oral há biodisponibilidade, ou seja, mesmo que a droga tenha 50mg, 
por via oral ela não é toda absorvida. As moléculas são distribuídas, 
excretadas e metabolizadas em tempos diferentes. 
 
 
 
1- Droga está no plasma, já 
pode ter sido absorvido, 
excretado, distribuído. 
2- A absorção aqui já pode 
ter acabado e por isso começa a 
descer. 
 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Ex.1: ADME – intravenosa. 
Uma droga X foi administrada 50mg por via intravenosa o tempo de 
administração foi de no máximo 5 min. Depois de administrada foi 
verificada a concentração plasmática dentro de alguns tempos. 
 
Interpretação: 
Neste caso não há absorção 
do fármaco (que é a 
passagem da droga de um 
compartimento para o 
sangue), pois a droga foi 
jogada direto no sangue (via 
intravenosa). A 
farmacocinética é a 
absorção, distribuição, 
metabolização e excreção. 
Por que está diminuindo o nível plasmático da droga? A partir da 
administração intravenosa a droga será distribuída e ao passar pelo fígado, 
pode ser metabolizada. 
 
Ex.2: VIA ORAL 
Foi administrado 50mg por via 
oral. 
Interpretação: 
Depois de um certo tempo 
(pico máximo de absorção) a 
droga deixa de ser absorvida, 
pois não há mais nada para ser 
absorvido. Na subida do 
gráfico há absorção (por ser 
por via oral), distribuição, 
metabolização e excreção (pois 
tudo ocorre ao mesmo tempo), 
após o pico máximo, temos 
apenas distribuição, metabolização e excreção, pois não há mais nada para 
ser absorvido. Esse tipo de estudo serve para analisar formas farmacêuticas 
(drágeas, comprimidos, forma liquida), como que a forma ira se absorver 
em algumas partes do organismo humano e ver em qual temos o maior pico 
de absorção. 
 
Ex.3: VIA ORAL A CADA 2H 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação: A cada 2hrs (o tempo de meia vida) a pessoa toma o 
medicamento novamente. Na 4ª/5ª dose estabilizou = estado de equilíbrio. 
Quando absorção está em equilíbrio com distribuição, metabolismo e 
excreção; quando o sistema fica saturado entra em equilíbrio. Nesse estado 
tem Concentração máxima e Concentração mínima. 
 
Em cada subida é uma absorção, a quantia que está sendo absorvida. Levou 
de 4 a 5 doses (33 a 44 horas) para estar no estado de equilíbrio, então 
levará o mesmo tempo para ser excretado. 
 
Como parâmetro o tempo de meia vida é determinado a partir da utilização 
da via endovenosa, pois não há absorção (não há perdas). A via oral não é a 
melhor via para expressar tempo de meia vida. 
Para a maioria das drogas, após 4/5 dose começa a ter o estado de 
equilíbrio. 
 
É preciso levar em consideração a toxicidade, ação e T ½. 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
Janela terapêutica: deve-se levar em consideração a concentração 
plasmática da droga para dar uma resposta terapêutica. Deve-se ter margem 
de segurança. Entre Concentração máxima e mínima. Será a C máx e C 
mín que permite a melhor eficácia terapêutica com a menor toxicidade 
possível. 
 
Essa “janela” poderá ser terapêutica. 
Para diminuir a janela é necessário 
diminuir o ângulo. Para isso pode 
diminuir a dose e aumentar o tempo 
de administração. 
 
Obs.: janela muito estreita está próximo da toxicidade da ação. Ex: Lítio 
(usado para depressão bipolar), digitoxina, etc. 
Obs.2: janela mais larga casa mais efeitos indesejáveis. Ex: isotutinoína. 
 
Exemplo 1: O paciente faz uso de droga via oral que tem o T ½ de 20h. 
Quanto tempo levará para essa droga sumir do organismo? 
Resposta: 
20h x 4 = 80h 
20h x 5 = 100h 
Por que multiplicar? Por que na 4ª/5ª dose a droga estabilizou, ou seja, está 
em equilíbrio. Isso é por influencia da droga, dependendo do tamanho da 
molécula; se ela liga-se a albumina ou não, etc. Para a droga SUMIR do 
organismo leva o mesmo tempo para chegar no estado de equilíbrio, ou seja 
80h/100h. 
 
Exemplo 2: Ambas as drogas são anticoagulantes. A X tem T ½ de 5h e Y 
tem T ½ de 20h. Qual utilizar? 
Resposta: Não pode utilizar as 2 ao mesmo tempo. O paciente A usa a de 
5h e o B usa de 20h. Se o A quiser usar o de 20h precisa esperar pelo menos 
1 dia por que (5h x 4 = 20 ou 5h x 5= 25) para não ocorrer sinergismo. Se o 
B quiser usar o de 5h precisa esperar 4/5 dias por que (20h x 4=80 ou 20h x 
5= 100h). 
 
 
Exemplo 3: Consumir AAS em 100mg/d; 1.000mg/d; 3.000mg/d. 
Resposta: Quanto mais alta a dose, mais alta a toxicidade. Para ter uma 
ação anticoagulante usa-se 100mg/d, se eu quero uma ação 
analgésica/antitérmica usa-se 1.000mg/d, par ação antitérmica usa-se 
3.000mg/d. O T ½ do AAS é 3h, mas utiliza-se de 1 em 1 dia porque ele 
bloqueia enzimas e cada enzima demora em torno de 6h para voltar ativa. 
 
Exemplo 4: Um antibiótico, apenas disponível por via oral, o tempo de 
meia vida é de 10h. O paciente é uma criança de 6 anos com meningite 
meningocócica. O diagnóstico se feito rápido, tem no máximo 7 horas para 
tratá-la senão a criança entra em óbito. 
 
Resposta: O estado de equilíbrio entra após 4 a 5 doses, porém isso levaria 
mais tempo do que a criança tem para sobreviver, pois só começaria a fazer 
efeito no final do segundo dia (cerca de 50h). Como temos apenas a dose 
por via oral, faz-se uma dose de ataque, primeiro verifica a toxicidade do 
medicamento e quanto tempo de sobrevida o paciente tem, a partir disso, 
administra-se de 2 a 4 doses. 
Dose de ataque: seria uma dose única, maior que a normalmente 
recomendada (2 a 4 doses) para que o efeito seja o mais rápido em casos de 
urgência, é sempre uma exceção. Deve-se levar em consideração a 
toxicidade do medicamento. 
 
• Nem todos os medicamentos chegam no estado de equilíbrio de 4 a 5 
tempos de meia vida. Se diminuirmos o tempo de administração da droga, o 
estado de equilíbrio demorara menos para ser atingido, sua concentração 
ficará acima da concentração plasmática ideal. Exemplo: eram aplicados 
50mg a cada 5h, passou a ser administrado a cada 2h 50mg, isso poderia 
causar toxicidade no organismo, por isso devemos seguir o tempo de 
prescrição. 
 
 
 
 
 
 
Acadêmica: Maria Beatriz S. Albuquerque – Farmácia 4/10 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Outros materiais