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Antibacterianos Helissara Diefenthaeler UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA Disciplina de Farmacologia Básica Primeiro Antibiótico- 1928 Alexander Fleming, que trabalhava no Hospital St. Mary, em Londres, observou que uma placa de cultura na qual estavam crescendo estafilococos havia sido contaminada por um fungo do gênero Penicillium e que, nas proximidades deste fungo, o crescimento bacteriano havia sido inibido. Fleming isolou o fungo em cultura pura e demonstrou que ele produzia uma substância antibacteriana, que denominou de penicilina. HISTÓRICO A descoberta dos antimicrobianos na década de 30 utilização em larga escala no combate as doenças infecciosas geraram, inicialmente Solução contra as infecções bacterianas HISTÓRICO Expectativa Uso inadequado Fenômeno biológico natural novo agente AM na prática clínica cepas de bactérias resistentes. (WHO, 2001) 10 anos após a descoberta da penicilina beta-lactamases em bactérias. (MOREIRA, 2004) Uso desmedido e irracional de AM •Qualidade dos serviços de saúde • Não aderência a protocolos clínicos •Qualidade duvidosa de alguns medicamentos BRONZWAER et al., 2002 LIPSITCH, SAMORE, 2002 GOSSENS et al., 2006) RESISTÊNCIA BACTERIANA Microrganismo Sensível Microrganismo Resistente Gene de transferência mutação Microrganismo Resistente XX RESISTÊNCIA BACTERIANA XX XX XX XX XX XX XX Cepas resistentes raras Exposição ATB Cepas resistentes Dominantes SELEÇÃO DE CEPAS Microrganismo -Mecanismo de Resistência -Facilidade de transferência do Gene -Capacidade de Sobrevivência Fatores relacionados ao paciente -Presença de corpos estranhos -Sistema Imune -Flora Normal -Colonização Uso de Atb -Dose -Número de ATB -Duração do tratamento -Espectro de atividade -Conc. teciduais Fatores relacionados ao ambiente (hospitalar) -Transmissão cruzada -Limpeza ambiente e equipamentos FATORES ENVOLVIDOS NA DISSEMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA MICROBIANA • Bacteriostático: Inibe o crescimento microbiano. Ação reversível. • Bactericida: Mata microrganismos. Ação irreversível. • Efeito sinergismo: Aumenta atividade dos fármacos. • Amplo espectro de ação: ativo contra Gram-positivas e negativas • Pequeno espectro de ação: ativo contra Gram-positivas ou Gram- negativas CONCEITOS IMPORTANTES Tratamento Empírico Deve ser utilizado: • levando em consideração a coloração pelo Gram, • conhecimento prévio da microbiota prevalente no sítio da infecção • conhecimento do padrão epidemiológico de resistência bacteriana CRIAÇÃO DE EVIDENCIAS • A racionalidade biológica do uso de antimicrobianos é sustentada por sua eficácia in vitro, pressupondo-se que se reproduza em pacientes, até mesmo antes de esses adquirirem uma infecção (antibioticoprofilaxia). • Eficácia microbiológica Corresponde à capacidade de um antibacteriano eliminar (efeito bactericida) ou inibir a multiplicação das bactérias (efeito bacteriostático). Essas propriedades são medidas por métodos microbiológicos CRIAÇÃO DE EVIDENCIAS Incerteza diagnóstica (Terá o paciente uma infecção?). Indicação: frequentemente antibióticos são usados como medicamentos sintomáticos ou indicados para processos cujos agentes não são a eles suscetíveis É comum o não reconhecimento de que antimicrobianos são medicamentos específicos e, portanto, só eficazes para determinados agentes infecciosos Seleção de antimicrobianos. ALGUNS MOTIVOS QUE LEVAM A PRESCRIÇÕES INADEQUADAS 1. Com base nos achados clínicos, está indicado um antimicrobiano? Se existe infecção bacteriana evidente, esta é localizada ou apresenta sintomas de repercussão clínica ou de gravidade (febre, adenopatias, prostração, bacteremia)? Os sinais e sintomas sugerem infecção bacteriana provável ou infecção viral? Considerar a urgência da situação para início de antibiótico empírico: infecções localizadas, como pneumonia, infecção do trato urinário e biliar, sinais de sepse, paciente leucopênico febril, possibilidade de endocardite aguda, meningite bacteriana, celulite necrotizante aguda PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 2. Foram obtidas amostras apropriadas para bacterioscopia e cultura antes de iniciar antimicrobiano empírico? • Amostras de sangue, escarro, urina, fluidos corporais, exsudatos devem ser coletadas • realizar culturas para aeróbios e aneróbios. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 3. Qual o organismo mais provável? • Considerar características epidemiológicas: infecção adquirida na comunidade ou em hospital, uso prévio de antimicrobianos, culturas prévias. • Considerar achados locais (geniturinários, pulmonares, pele, trato biliar), idade e gravidade da doença. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 4-Qual o melhor agente antimicrobiano para este paciente? • Considerando o microrganismo identificado ou presumido, qual a primeira escolha segundo a eficácia microbiológica in vitro e confirmada em ensaios clínicos? • Pode ser usado neste paciente, considerando alergia, penetração no sítio da infecção, efeitos adversos potenciais, contra-indicações, comodidade de uso e custo? PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS • A grande maioria das infecções pode ser tratada com um único agente antimicrobiano. • Algumas situações em que está justificada a associação com outro fármaco que favorece seu efeito, melhorando os desfechos clínicos. Combinação pode produzir sinergismo PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 5. É apropriada associação de antimicrobianos? 5. É apropriada associação de antimicrobianos? O uso de combinações de antibióticos pode estar justificado nas seguintes situações: • No tratamento empírico de uma infecção cuja causa é desconhecida • Tratamento de infecções polimicrobianas • Quando é necessário aumentar a atividade antimicrobiana em uma infecção específica (sinergismo) • Quando é necessário evitar a emergência de uma resistência PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 5. É apropriada associação de antimicrobianos? O uso de combinações de antibióticos pode estar justificado nas seguintes situações: • No tratamento empírico de uma infecção cuja causa é desconhecida Essa é a razão mais comum para a utilização de combinações de antibióticos. Doenças graves, e pouca certeza quanto à infecção específica quanto ao agente etiológico pode exigir uma cobertura inicialmente ampla, e por isso necessário o uso de combinações para assegurar que o esquema terapêutico inclua um fármaco contra os potenciais patógenos. Por exemplo: PMN adquirida na comunidade PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS Cuidado: Administração empírica prolongada de amplo espectro ou de combinações devem evitadas. • Geralmente desnecessário e dispendiosa. • Pode levar a surgimento de resistência, além de efeitos adversos 5. É apropriada associação de antimicrobianos? O uso de combinações de antibióticos pode estar justificado nas seguintes situações: • No tratamento empírico de uma infecção cuja causa é desconhecida • Tratamento de infecções polimicrobianas O tratamento de: • Abcessos intra-abdominais, • Abcessos hepáticos • Abcessos cerebrais, • Algumas infecções do trato genital PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS • Pode exigir a utilização de uma combinação de antibióticos para erradicar tais infeções. • Geralmente o incluem micro-organismos patógenos aeróbicos e anaeróbicos Essas e outras infecções podem ser causadas por dois ou mais micro-organismos que apresentam sensibilidades antibióticas tão diferentes que nenhum antibiótico utilizado isoladamente pode assegurar a cobertura necessária. 5.É apropriada associação de antimicrobianos? O uso de combinações de antibióticos pode estar justificado nas seguintes situações: • No tratamento empírico de uma infecção cuja causa é desconhecida • Tratamento de infecções polimicrobianas • Quando é necessário aumentar a atividade antimicrobiana em uma infecção específica (sinergismo) Antibióticos administrados simultaneamente podem produzir efeitos sinérgicos. (apenas em um número pequeno de infecções) PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS Associação de betalactâmicos e aminoglicosídeos Tratamento da endocardite enterocócica Tratamento da endocardite Streptococcus viridans Penicilina e gentamicina Penicilina e Streptomicina Penicilina e aminoglicosídeo aumenta a penetração do segundo na célula bacteriana 5. É apropriada associação de antimicrobianos? O uso de combinações de antibióticos pode estar justificado nas seguintes situações: • No tratamento empírico de uma infecção cuja causa é desconhecida • Tratamento de infecções polimicrobianas • Quando é necessário aumentar a atividade antimicrobiana em uma infecção específica (sinergismo) • Quando é necessário evitar a emergência de uma resistência PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS • 6. Fatores do hospedeiro podem modificar a escolha ou o esquema terapêutico? • Gravidez/lactação, função renal, função hepática, imunidade, próteses, fatores genéticos. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 7. Qual a melhor via? • A via intravenosa é indicada quando é desejável alto nível plasmático (sepse, meningite), na presença de hipotensão e diabetes, mas deve ser trocada pela oral tão logo o paciente apresente melhora clínica, para completar o curso do tratamento. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 8. Qual é a dose apropriada? • Deve atingir concentração plasmática de pelo menos duas vezes a MIC e considerar a menor dose eficaz, diminuindo efeitos adversos, superinfecção e custo. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS 9. Deverá ser modificado o esquema • inicial após o resultado das culturas? • Substituir por antimicrobiano de menor espectro de acordo com antibiograma; se culturas negativas, considerar outros diagnósticos; diferenciar colonização de infecção. PRINCÍPIOS PARA O USO DE ANTIBACTERIANOS • Existe infecção? • É comunitária ou hospitalar? • Qual o sítio mais provável? • Qual o microrganismo mais provável? • Qual o perfil de sensibilidade do microrganismo no meu universo? • Qual o melhor fármaco para este microrganismo neste sítio e com menor toxicidade? • Existem fatores do hospedeiro importantes? • Qual a dose correta? • Qual o custo do tratamento? • Quanto tempo devo tratar? • O paciente está muito grave o qual deve usar um esquema amplo inicial? Proposta de diretrizes Nacionais para Política de ATB QUESTIONAMENTOS ANTES DE INICIAR A TERAPIA PROFILAXIA ANTIBACTERIANA Profilaxia apropriada quando cirurgia associada a alto risco de infecção, ou quando as consequências de infecção seriam desastrosas (mesmo que o risco seja baixo) A parede celular dos microrganismos gram-positivos (coloração azul) é uma estrutura relativamente simples, com espessura de 15 a 50 nm. Ela é composta de 50% de peptídeoglicanos, 40% a 45% de polímeros ácidos e 5% a 10% de proteínas e polissacarídeos. A parede celular dos microrganismos gram-negativos (coloração vermelha) é muito mais complexa. Sendo constituída de espaço periplasmático contendo enzimas; camada de peptídeoglicanos; membrana externa que consiste em uma dupla camada lipídica; Polissacarídeos complexos que formam componentes importantes da superfície externa. A dificuldade em penetrar nesta camada externa complexa é a razão pela qual alguns antibióticos são menos ativos contra as bactérias gram-negativas. PAREDE CELULAR BACTERIANA Mecanismo de Ação Antimicrobianos CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato Histórico 1930- Domagk Ensaiou diversas tinturas sintetizadas pelo Laboratório Bayer - Alemanha Prontosil- corante. Pró-droga inativa in vitro que metabolizada in vivo produzia a Sulfanilamida N NNH 2 NH 2 SO 2 NH 2 Grupo sulfonamida: SO2NH2 CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS SULFONAMIDAS Mecanismo de Ação A sulfanilamida é um análogo do PABA (ácido p-aminobenzóico) essencial para Síntese do Ácido Fólico nas bactérias. O folato é necessário para a síntese do DNA e RNA (para bactérias e mamíferos). Antagonistas metabólicos competitivos do ácido p-amino benzóico (antimetabólitos do PABA). Competem com o PABA pela enzima Diidropteroato Sintase (transforma o PABA em folato) Ação BACTERIOSTÁTICA Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS SULFONAMIDAS NH 2 C O OH NH 2 C O N H CH CH 2 COOH CH 2 COOH Ácido p-amino benzóico Ácido fólico Sulfonamida Análogo do PABA X diidropteroato sintase diidropteroato sintase NH 2 SO 2 NH2 Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato Presença de PUS faz com que a ação bacteriostática destes compostos seja impedida, pois o pus é produto da degradação tecidual que contém TIMIDINA e PURINAS que são então utilizadas pelas bactérias para contornar a necessidade de ácido fólico. Observação PABA em excesso pode reduzir a ação das Sulfas Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS SULFONAMIDAS SULFONAMIDAS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato RESISTÊNCIA Bactérias que carecem das enzimas necessárias para a síntese do folato, ou seja não utilizam o PABA para obtenção do ácido fólico, este deve ser adquirido por fontes exógenas Natural Adquirida Mutações que causam produção excessiva de PABA CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS SULFONAMIDAS -Maioria rapidamente absorvidas no trato gastrintestinal - Atingem concentração plasmática máxima em 4-6h -Aplicação tópica é rara devido risco de reações alérgicas, apenas Sulfadiazina de Prata -Atravessam barreira placentária -Atinge conc. Eficazes no LCR, mas são mais usadas para infecções do SNC Aspectos Farmacocinéticos Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato • Orais absorvíveis • Orais não Absorvíveis • Tópicas CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato SULFONAMIDAS Espectro de ação Sulfas exercem ação bacteriostática sobre bactérias gram-positivas e negativas. Escherichia coli – causadora de infecções adquiridas na comunidade, especialmente urinárias – é ainda suscetível. Também são sensíveis Neisseria meningitidis, Chlamydia, Toxoplasma e algumas espécies de Nocardia. No entanto, muitos desses patógenos apresentam cepas resistentes às sulfas. Mostram atividade contra Streptococcus pyogenes, -constituem alternativa na prevenção de febre reumática em pacientes com hipersensibilidade à penicilina. Observa-se resistência adquirida crescente, proveniente de utilização de rotas metabólicas alternativas ou aumento de PABA, principalmente com gonococo, estafilococo, meningococo, estreptococo beta-hemolítico, Shigella e várias cepas de Escherichia coli. Várias circunstâncias (pus, sangue e presença de PABA no meio, uso de anestésicos locais de tipo éster) diminuem a atividade antimicrobiana das sulfas. Há mínimas diferenças de atividade antimicrobiana entre os vários representantes CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato SULFONAMIDAS Usos ClínicosRaramente usadas como agentes únicos Atualmente úteis em infecções do trato urinário Devido atingir concentração terapêutica no LCR usado para tratamento da toxoplasmose aguda Sulfas Absorvíveis Sulfas Não Absorvíveis Colite ulcerativa Enterite e outras doenças intestinais inflamatórias CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou na Ação do Folato SULFONAMIDAS Usos Clínicos Sulfacetamida- Solução oftálmica- conjuntivite Sulfadiazina de prata- prevenção de infecções em queimaduras Sulfas Tópicas • sulfanilamida, • sulfisoxazol, sulfacetamida, • sulfadiazina e sulfametoxazol, CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS • Sulfas são comumente administradas por via oral, • Sulfadiazina e sulfisoxazol possam ser usados por vias intravenosa e subcutânea. • Não se usa a via intramuscular devido à irritação local. • Preparados tópicos são administrados por vias conjuntival, cutânea e mucosa (vias vaginal e retal). • Aplicados em queimados, sofrem significativa absorção percutânea. • Sulfas não absorvíveis exercem ação no lúmen digestivo, • Sulfas absorvíveis rapidamente atingem níveis séricos bacteriostáticos. SULFONAMIDAS Efeitos adversos das Sulfas CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS ASSOCIAÇÃO Sulfametoxazol e trimetoprima CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou dano da parede celular peptídeoglicana Inibidores da ligação cruzada de polímeros Peptidoglicano: composição peptídica e de açúcar, é uma rede tridimensional de polímeros de açúcares com ligação cruzada peptídica. Anel beta-lactâmico confere afinidade por enzimas- transpeptidases e carboxipeptidades Essas enzimas formam ligações cruzadas das cadeias peptídicas ligadas ao arcabouço do peptídeoglicano Ligação de peptídeoglicanos, último passo da síntese da parede bacteriana Microrganismos desprovidos de parede celular- Resistência natural Mecanismo de Ação CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes Antimicrobianos que interferem na Síntese ou dano da parede celular peptídeoglicana BETALACTÂMICOS Transpeptidases bacterianas estão localizadas no espaço periplasmático, entre a membrana citoplasmática e a parede celular betalactâmicos precisam atravessar a parede celular e, no caso das bactérias gram-negativas, a membrana externa para exercer seus efeitos. O espectro de ação de um agente betalactâmico é determinado por dois fatores: • Capacidade de penetrar na membrana externa e na parede celular e, uma vez no espaço periplasmático, sua capacidade de inibir transpeptidases específicas. • Extensão com que o fármaco, após alcançar o espaço periplasmático, inibe determinada transpeptidase. Determinado, pela afinidade do betalactâmico pela transpeptidase CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS RESISTÊNCIA: - PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASES - REDUÇÃO DA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA EXTERNA - MODIFICAÇÃO DOS SÍTIOS DE LIGAÇÃO BETALACTÂMICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS A maior parte da resistência aos betalactâmicos é conferida por proteínas denominadas betalactamases, que são codificadas no cromossomo ou em plasmídios de DNA extracromossômicos As betalactamases são enzimas que inativam os betalactâmicos por clivagem (hidrolítica) do anel betalactâmico. Foram identificadas mais de 100 betalactamases diferentes, exibindo, cada uma delas, atividade contra determinado betalactâmico ou conjunto de betalactâmicos RESISTÊNCIA Betalactamases CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS RESISTÊNCIA Inibidores de Betalactamases O anel betalactâmico destas substâncias se liga fortemente à betalactamases, protengendo os demais fármacos. São sempre utilizados em associação com betalactâmicos no mesmo medicamento ESTRATÉGIAS PARA NEUTRALIZAR AS BETALACTAMASES: -COMBINAR LACTÂMICOS COM INIBIDOR DAS LACTAMASES -EXEMPLOS: Cefoperazona/ sulbactam Amoxicilina/ clavulanato Ticarcilina/ clavulanato Piperacilina/ tazobactam CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS Inibidores de Betalactamases CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS RESISTÊNCIA Inibidores de Betalactamases Indicações ESTRATÉGIAS PARA NEUTRALIZAR AS BETALACTAMASES: -CRIAR LACTÂMICOS QUE SEJAM ESTÁVEIS ÀS LACTAMASES Meticilina Oxacilina Cloxacilina Cefalosporinas de espectro expandido Carbapenens CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS • Vias de administração: IV (preferencial) e IM • tmax: 30 min (VIM) ; 10 min (VIV) • A penicilina G é utilizada no tratamento de infecções graves por bactérias gram-positivas, como pneumococo e S. pyogenes (algumas cepas de cada um deles), diplococos gram-negativos, como espécies de Neisseria (exceto N. gonorrhoeae, produtora de penicilinase), bacilos gram-positivos do gênero Clostridium, a maioria dos anaeróbios (exceto Bacteroides) e espiroquetas, como Treponema e Leptospira. • Benzilpenicilina (PenicilinaG) • Fenoximetilpenicilina (PenicilinaV) Vias de administração: Via Oral É utilizada na prevenção de febre reumática recidivista em pacientes com episódio anterior e de celulite estreptocócica recorrente em pacientes com linfedema. esta é administrada principalmente no tratamento de infecções aeróbico-anaeróbicas mistas de cabeça e pescoço, como abscessos dentários. Penicilina V Penicilina G CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS • C: Eliminação rápida • Procaína e Benzatina: Injeção de depósito • Benzilpenicilina (PenicilinaG) • Fenoximetilpenicilina (PenicilinaV) Benzilpenicilina Dose: Cristalina : 12 a 24 milhões UI /dia Procaína: 6 milhões UI/dia Benzatina: 1.200.000 UI/dia • Oxacilina, • Coxacilina, • Dicloxacilina, • Nafcilina • Meticilina Esses fármacos são estruturalmente resistentes à betalactamase estafilocócica CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS • São utilizados, em sua maior parte, no tratamento de infecções da pele ou dos tecidos moles ou infecções documentadas por S. aureus sensível à meticilina. • O uso das penicilinas antiestafilocócicas orais (cloxacilina e dicloxacilina) é limitado, em decorrência de seus efeitos adversos gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarreia associada a antibióticos), bem como do desenvolvimento secundário de colite por C. difficile. • Os efeitos adversos da nafcilina IV incluem flebite no local de injeção; ocorrem agranulocitose Oxacilina pode causar hepatotoxicidade, reversível após a interrupção do fármaco MRSA ORSA Cepas resistentes que limitam o uso destas penicilinas antiestafilocócicas PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO • Ampicilina • Amoxicilina • Amoxicilina + Ácido Clavulânico CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS Esses agentes são efetivos contra uma variedade de cocos gram-positivos, cocos gram-negativos como Neisseria gonorrhoeae e N. meningitidis, e bacilos gram-negativos, como E. coli e Haemophilus influenzae, seu espectro, porém, é limitado por sua sensibilidade à maioria das betalactamases PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO • Ampicilina (usada via intravenosa) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS • Amoxicilina Espectro idêntico a Ampicilina Uso via oral ampicilina: BD (35-50%) amoxicilina: > BD (75-90%) Dose máxima 4g ao dia • Amoxicilina + Ácido Clavulânico PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO Prescrita no tratamento de infecções otorrinolaringológicas não complicadas, na prevenção da endocardite em pacientes de alto risco submetidos a procedimentosdentários e como componente da terapia de combinação para a infecção causada por Helicobacter pylori. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS PENICILINAS Reações advesas urticária acompanhada ou não de prurido generalizado. edema generalizado ou localizado- face e pescoço (edema de Quincke) ou glote (risco de asfixia) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS As cefalosporinas de primeira geração ativas contra espécies gram-positivas, bem como contra os bacilos gram-negativos Proteus mirabilis e E. coli, que causam infecções do trato urinário, e Klebsiella pneumoniae, que provoca pneumonia, além de infecções do trato urinário. Esses agentes são sensíveis a muitas betalactamases, porém não são degradados pela betalactamase de K. pneumoniae codificada por cromossomo, nem pela betalactamase estafilocócica comum. Tanto a cefalexina quanto a cefazolina são utilizadas no tratamento de infecções de pele e tecidos moles; a cefazolina é também utilizada para profilaxia cirúrgica . Primeira geração • Cefazolina • Cefalexina • Cefalotina • Cefadroxil CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Primeira geração • Cefazolina • Cefalexina • Cefalotina • Cefadroxil Indicações comuns CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Primeira geração • Cefalexina X Cefadroxil CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Primeira geração • Cefalotina X Cefazolina CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Segunda geração Ativas Contra Bactérias G+ Melhor atividade frente a G – (cepas de Klebsiella, Cinetobacter, Enterobacter, E. Coli) Atividade frente a Haemophilus influenzae Não apresentam atividade contra Pseudomonas • Cefuroxima • Cefoxitina CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Segunda geração • Infecções respiratórias (faringoamigdalite, otite média aguda, pneumonia comunitária)- • Infecções de pele e subcutâneo- (celulite sem porta de entrada- alternativa a Amoxicilina/ácido clavulânico ou cefalexina) • Casos refratários- pneumococo penicilino-resistente - Cefuroxima • Infecções urinárias por bacilo gram negativo entérico. • Cefuroxima • Cefoxitina CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Terceira geração Menos ativas frente a Staphylococcos que a primeira geração Muito mais ativas frente a G – Particularmente úteis em infecções nosocomiais por cepas hospitalares multiresistentes • Ceftriaxona • Ceftazidima • Cefotaxima São resistentes a muitas betalactamases e mostram-se, portanto, altamente ativas contra Enterobacteriaceae (E. coli, Proteus indol-positivo, Klebsiella, Enterobacter, Serratia e Citrobacter) e contra Neisseria e H. influenzae CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Terceira geração • Ceftriaxona • Ceftazidima • Cefotaxima CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Quarta geração • Cefepime- Única disponível • Espectro de ação semelhante aos agentes da terceira geração • Atividade frente a Pseudomonas aeruginosas e algumas enterobactéricas resistentes aos agentes da terceira geração • Mais ativos que os agentes da terceira geração frente as bactérias G+ • Contra Gram + atua bem contra Estafilococo oxa-S • NÃO atua contra enterococo CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Quarta geração • Cefepime- Única disponível Indicações CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CEFALOSPORINAS Quinta geração • Ceftarolina • Ceftobiprol (ainda não aprovado) Esses fármacos são distintos, uma vez que apresentam atividade antimicrobiana contra S. aureus resistente a múltiplos fármacos, incluindo S. aureus resistente à meticilina e de resistência intermediaria à vancomicina e cepas resistentes a vancomicina, bem como S. pneumoniae e patógenos gram-negativos das vias respiratórias, como Moraxella catarrhalis e H. influenzae, incluindo cepas que expressam a betalactamase. Ambos os compostos precisam de administração IV. A ceftarolina foi aprovada para tratamento de pneumonia adquirida na comunidade e infecções de pele Ainda não disponíveis no Brasil CARBAPENES E MONOBACTÂMICOS CARBAPENES Foram desenvolvidos para atividade frente aos Gram negativos produtores de beta-lactamases resistentes às penicilinas de amplo espectro e espetro ampliado. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS São administrados por via endovenosa ou intramuscular. Por serem de amplo espectro e, podem ser utilizados no tratamento de infecções em que exista com penetração na maioria dos sítios de Infecção uma forte suspeita de microrganismos aeróbios e anaeróbios, ou infecções causadas por organismos multirresistentes. # Meropenem: mais estável contra bactérias Gram negativas # Imipenem: possui atividade um pouco superior contra Gram positivos # Ertapenem: não apresenta atividade contra Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumanii. É uma alternativa para tratamento de infecções por Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamase de espectro extendido CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS CARBAPENÊMICOS BETALACTÂMICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS CARBAPENÊMICOS • Imipenen • Meropenem • Doripenem • Ertapenem Todos apresentam amplo espectro e proporcionam cobertura contra a maioria dos microrganismos gram-positivos, gram- negativos e anaeróbios Nenhum deles é ativo contra MRSA, VER (enterococo resistene a vancomicina) ou Legionella, e as bactérias gram-negativas com carbapenemases (particularmente K. pneumoniae) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS BETALACTÂMICOS MONOBACTÂMICOS • Aztreonan Ativo contra a maioria das bactérias gram-negativas, incluindo P. aeruginosa. O aztreonam mostra-se particularmente útil em pacientes com grave alergia à penicilina e que apresentam infecções por microrganismos gram-negativos resistentes Não é absorvido por via oral, e sua absorção se dá por via intramuscular ou endovenosa. Possui boa distribuição tecidual e penetra na maior parte de tecidos e Líquidos orgânicos incluindo Ossos, Próstata, Pulmão, Secreção Traqueal, SNC e TGI. Normalmente as enterobactérias são sensíveis ao Aztreonam. Não é ativo em infecções por Gram positivos e ou anaeróbios. Usado com sucesso em infecções do trato urinário, bacteremias, infecções pélvicas, intra-abdominais e respiratórias. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Mecanismo de Ação As tetraciclinas entram na célula por difusão, em um processo dependente de gasto de energia. Ligam-se, de maneira reversível, à porção 30S do ribossoma, bloqueando a ligação do RNA transportador, impedindo a síntese protéica CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS TETRACICLINAS • Tetraciclina • Oxitetraciclina • Doxiciclina • Minociclina • Tigecilina BACTERIOSTÁTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Apresentam Amplo Espectro -Gram negativas e Gram Positivas Aspectos Farmacocinéticos Administradas por Via oral (em geral), mas algumas podem ser via parenteral Absorção da maioria pelo intestino é irregular e incompleta, melhora quando administradas sem a ingestão de alimentos. •Tetraciclinas são quelatos de íons metálicos (cálcio, magnésio, ferro, alumínio) •Formação de complexos não absorvíveis •Ocorre redução da absorção caso ingeridos com leite, antiácidos ou preparações contendo Ferro. TETRACICLINASCLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína TETRACICLINAS Reações Adversas • Toxicidade renal • Distúrbio gastrintestinal • Náuseas e vômitos • Superinfecção por micro-organismos patogênicos- Podem levar a interrupção do tratamento Atualmente há resistência de graus variados em praticamente todas as espécies bacterianas, à exceção de alguns microrganismos intracelulares como: • Chlamydia spp., • Plasmodium spp., • Toxoplasma gondii, • Trichomonas vaginalis • Entamoeba histolytica Indicações CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína TETRACICLINAS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Isolado de culturas de Streptomyces Mecanismo de Ação Inibe a síntese de proteína Apresenta Amplo Espectro -Gram negativas, Gram Positivas e anaeróbias CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS CLORANFENICOL Bacteroides fragilis), Mycoplasma spp. Rickettsia spp. Tem atividade contra os principais agentes causais de meningites bacterianas (Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis). Além disso, tem excelente penetração no sistema nervoso central (SNC), devido à lipossolubilidade. Cloranfenicol faz parte da composição de várias formulações oftálmicas, empregadas em quadros de conjuntivite bacteriana suspeita ou confirmada Reações Adversas CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína CLORANFENICOL Os principais efeitos adversos de cloranfenicol são hematológicos. Mais comumente, cloranfenicol pode causar toxicidade dose-dependente, observada principalmente em indivíduos que recebem mais de 4 g/dia ou apresentam níveis séricos superiores a 25 µg/mℓ (o que pode ocorrer com posologias usuais em hepatopatas). Nesses casos, observam-se leucocitopenia, anemia, trombocitopenia ou combinação dessas condições Síndrome do bebê cinzento Acúmulo de cloranfenicol não metabolizado caracteriza-se por distensão abdominal, vômitos, diarreia, hipotonia, hipotermia, cianose, taquipneia e choque CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína AMINOGLICOSÍDEOS São utilizados principalmente no tratamento de infecções causadas por bactérias gram negativas (aeróbios) Praticamente sem atividade frente gram positivas Não apresentam biodisponibilidade oral • Gentamicina • Amicacina • Neomicina • Estreptomicina • Tobramicina Bactericidas OTOTOXICIDADE NEFROTOXICIDADE CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína AMINOGLICOSÍDEOS Boa atividade contra Mycobacterium tuberculosis e M. bovis, sendo, no entanto, usada em esquemas alternativos contra tuberculose, quando há resistência a isoniazida e/ou rifampicina ou quando a terapia parenteral é necessária. Estreptomicina Gentamicina • Utilizada no tratamento de infecções por bacilos gram-negativos • Ação contra P. aeruginosa (gram neg) ou Serratia marcescens (gram neg). T • ambém usada em esquemas combinados com ß-lactâmicos para infecções mais graves por enterococos. Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Amicacina Tem o maior espectro de ação do grupo e é usada em infecções por bacilos gram-negativos resistentes a gentamicina. É também útil na terapia das micobacterioses, em casos específicos de infecções por M. tuberculosis ou no tratamento de infecções pelo M. fortuitum e M. avium. Pseudomonas sp., E. Coli, Proteus sp., Klebsiella sp., Enterobacter sp., Serratia sp., Providencia sp., Acinetobacter sp. e Citrobacter freundii. Possui também atividade, in vitro, contra estafilococos resistentes a penicilina e meticilina. Quando associada a agentes cefalosporínicos e penicilínicos, aumenta sua eficácia contra Pseudomonas. AMINOGLICOSÍDEOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína AMINOGLICOSÍDEOS • A segurança da utilização após 14 dias de tratamento não está bem estabelecida. • Atravessa a placenta, podendo causar prejuízos auditivos ao feto quando administrada a mulheres grávidas- é categorizada como risco C para a gestação. • evitar o uso simultâneo com agentes ototóxicos ou nefrotóxicos • Para minimizar a irritação química nos túbulos renais, deve-se manter o paciente bem hidratado. A hidratação deve ser aumentada caso apareçam cilindros, leucócitos, eritrócitos ou albumina na urina. • A função renal deve ser monitorada durante o tratamento. • Deve-se ter cautela se houver danos renais, vestibulares ou auditivos pré-existentes Precauções CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína MACROLÍDEOS Importantes no tratamento de infecções pulmonares, incluindo a doença dos legionários. Esses agentes exibem excelente penetração no tecido pulmonar e atividade intracelular igualmente relevante contra Legionella • Eritromicina • Azitromicina • Claritromicina Bacteriostáticos Espectro de ação é ESTREITO A eritromicina- alternativa segura e eficaz em pacientes sensíveis a penicilina Ativo contra bactérias Gram + e espiroquetas, mas não contra Gram negativas, exceto N. Gonorrhoeae e em menor grau H. influenzae.. Azitromicina- menos ativa contra bactérias Gram positivas do que eritromicina Mais eficaz contra H. influenzae Claritromicina- ativo igual a eritromicina contra H. influenzae enquanto seu metabólito é Duas vezes mais ativos CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS MACROLÍDEOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Aspectos Farmacocinéticos • Administrados por V.O. • Meia-Vida: Eritromicina 90min, Claritromicina 3x e Azitromicina 16x Reações Adversas Distúrbios gastrintestinais comuns MACROLÍDEOS CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína Podem estimular diretamente a motilidade intestinal e causar náuseas, vômitos, diarreia e, algumas vezes, anorexia CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína • Clindamicina • Lincomicina LINCOSAMIDAS São bactericidas ou bacteriostáticas, na dependência de dose empregada, tamanho do inóculo e espécie bacteriana Espectro antimicrobiano Seu espectro abrange cocos aeróbios gram-positivos, como Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus sensível a meticilina e microrganismos anaeróbios CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem ou alteração da síntese de proteína LINCOSAMIDAS Clindamicina Administrada por vias oral, intramuscular e intravenosa. Absorção pelo trato gastrointestinal é alta (90%) e não influenciada pela presença de alimentos. Doses orais usuais: • Adultos: de 150 a 300 mg, a cada 6 h • Crianças: 10 a 25 mg/kg, divididas em quatro tomadas Reações Adversas • Diarreia é a queixa mais frequente, ocorrendo entre 2 e 20% dos pacientes. • Colite pseudomembranosa causada por C. difficile. • Reações alérgicas, glossite, estomatite e gosto metálico. • Dor local e flebite podem ocorrer com uso parenteral. • Cuidado com a ingestão, garantindo suficiente ingestão de água, pois pode ficar retida na mucosa esofágica, induzindo esofagite CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem as Topoisomerases QUINOLONAS Inibem a atividade da DNA girase (topoisomerase II) a topoisomerase IV A DNA girase torna a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir essa enzima, a molécula de DNApassa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. Quinolonas Fluoroquinolonas • Ácido nalidíxico: primeira quinolona de ação clínica Década de 80 Agentes antimicrobianos que inibem as Topoisomerases CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Aumento do espectro para bacilos gram-negativos e boa atividade contra alguns cocos gram-positivos Espectro antimicrobiano O espectro do ácido nalidíxico é reduzido in vivo, devido a toxicidade- Restrito para Infeções Urinárias Segunda geração: Têm maior atividade contra microrganismos gram-negativos e menor atividade contra gram- positivos, especificamente Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus. Boa atividade contra gram-negativos aeróbios, membros da família das Enterobacteriaceae (E. coli, Klebsiella spp.), Haemophilus e cocos gram-negativos (Neisseria spp. e Moraxella catarralis). Além disso, ciprofloxacino e levofloxacino têm atividade contra Pseudomonas aeruginosa. Terceira geração: Têm atividade contra bactérias gram-positivas e anaeróbias. Ciprofloxacino é o mais ativo contra organismos gram-negativos. 2a Geração • 1o Grupo: Norfloxacino, lomefloxacino, enoxacino (VO) • 2o Grupo: Ciprofloxacino, ofloxacino, pefloxacino (VO,EV) • Elevada potência antimicrobiana contra cocos e bacilos Gram • Ação frente Pseudomonas (ciprofloxacino e levofloxacino ) • Atividade contra estafilococos Oxacilina (S) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem as Topoisomerases QUINOLONAS 3a Geração • Levofloxacino • Gatifloxacino • Moxifloxacino CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Agentes antimicrobianos que inibem as Topoisomerases QUINOLONAS •Ação contra Gram (-) e Gram (+) (estreptococos hemolíticos, pneumococo e bactérias atípicas) •Gatifloxacino e Moxifloxacino: ação contra alguns anaeróbios de pele e vias aéreas Indicações Clínicas • Ác nalidíxico é indicado, exclusivamente, para ITUs baixas. • ITUs não complicadas (mulheres jovens). • Fluorquinolonas podem ser utilizadas em pielonefrites complicadas. • Altas concentrações na próstata e atividade contra os microrganismos mais frequentemente causadores de prostatites • Ativas contra bactérias do trato genital como Chlamydea trachomatis e Mycoplasma hominis (uretrite inespecífica). • Não apresentam boa atividade contra o Treponema pallidum. Trato Urinário CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Trato Gastrintestinal • Todos os patógenos bacterianos causadores de gastroenterites são suscetíveis às quinolonas, inclusive as salmoneloses • • Alta concentração destes agentes nas fezes: diarréia do viajante, shigelose CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Indicações Clínicas Trato Respiratório • Sinusites de repetição - Novas quinolonas (levofloxacina e moxifloxacina): ação contra cocos gram- positivos, principalmente pneumococos. • Exacerbação aguda das bronquites crônicas: bacilos gram-negativos. • Pneumonia adquirida na comunidade: novas quinolonas- espectro de ação contra pneumococos. • Novas quinolonas são muito úteis no tratamento de pneumonias atípicas como as causadas porLegionella spp. e Mycoplasma spp. e C. Pneumoniae • Exacerbação de infecção respiratória, leve ou moderada, de pacientes com fibrose cística (P.aeruginosa é o agente prevalente) CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Indicações Clínicas Partes Moles • Necessidade de tempo prolongado de tratamento •Infecções de pele e de tecido celular subcutâneo complicadas: escaras infectadas, úlceras crônicas e infecções em pacientes diabéticos (pé-diabético). • Associação de agente com ação anaerobicida • Infecções de pele e de tecido celular subcutâneo não complicadas: novas quinolonas. • Fluorquinolonas não devem ser empregadas de rotina: espectro de ação restrito para os gram positivos Osteomelite CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Indicações Clínicas Ação contra micobactérias Boa atividade contra micobactérias, especialmente a ciprofoxacina, ofloxacina e levofloxacina. • São ativas contra M. tuberculosis, M. fortuitum, M. kansasii, entretanto, apresentam pouca atividade contra M. avium-intracellulare. são menos efetivas que os agentes antituberculostáticos de primeira linha CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Indicações Clínicas CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS QUINOLONAS Reações Adversas Gastrointestinais: diarreia, náuseas, vômitos, constipação intestinal e dor abdominal. Discrasias sanguíneas, e reações hematológicas: eosinofilia, anemia, eritrossedimentação elevada, leucocitose ou leucopenia, trombocitose, monocitose e trombocitopenia transitórias. Nefrotoxicidade Reações de hipersensibilidade e fotossensibilidade. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS GLICOPEPTÍDIOS • Vancomicina • Teicoplanina Apresentam um múltiplo mecanismo de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano, além de alterar a permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na síntese de RNA citoplasmático. Desta forma, inibem a síntese da parede celular bacteriana Juntamente com estreptograminas, oxazolidinonas e lipopeptídios, constituem-se em antimicrobianos primariamente utilizados em infecções por Staphylococcus aureus e S. epidermidis meticilinorresistente (MRSA). Vancomicina permanece como agente de escolha Vancomicina • Alternativa terapêutica para infecções por estafilococos R Penicilina G • Oxacilina e Meticilina • 1980 - MRSA e ORSA, e Enterococo R Ampicilina • Bactericida (exceto contra streptococos) ➢ Inibe síntese da parede celular de bactérias ➢Eficaz: Gram-positivas (estafilococos resistentes à meticilina e enterococos resistentes). ➢Sinergismo com aminoglicosídeos em alguns MO – Uso clínico: ➢Colite pseudomembranosa (Clindamicina) ➢ Infecções estafilocócicas resistentes a múltiplas fármacos CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS GLICOPEPTÍDIOS Vancomicina • Não é absorvda pelo intestino, somente é administrada via oral para infecções gastrointestinais por clostridium difficile. • uso IV- infusão rápida causa vermelhidão •Eliminação- Urina • Níveis terapêuticos: líquido pericárdio, pleural, sinovial e ascítico, no fígado, pulmões, coração, aorta, interior de abscessos, ossos, urina e pouca em bile. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS GLICOPEPTÍDIOS Vancomicina •Dor local, flebite, febre, calafrios, formigamento e náuseas. • Síndrome do homem vermelho: histamina angioedema, prurido, eritema, congestão, e raramente choque. • Erupções cutâneas – 5% • Leucopenia e eosinofilia • Nefrotoxicidade- • Otoxicicidade – Reações Adversas CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS GLICOPEPTÍDIOS Raras • Polimixina B • Colistina Mecanismo de ação Apresentam propriedades detergentes e desta forma interagem com os fosofolipídeos presentes na membrana bacteriana e desagregam a estrutura da membrana. mecanismo de ação distinto dos demais antimicrobianos utilizados atualmente. Dessa forma, a possibilidade de resistência cruzada com outros antimicrobianos é muito remota, permitindo que as polimixinas sejam ativas contra muitas espécies de bactérias multirresistentes. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS AGENTES POLIMIXÍNICOS Atuam exclusivamente contra bactérias gram-negativas, incluindo Enterobacter, E. coli, Klebsiella spp., Salmonella, Pasteurella, Bordetella, Shigella, Stenotrophomonas maltophilia, P. aeruginosa, Acinetobacter. Proteus e Serratia spp CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS AGENTES POLIMIXÍNICOS • Polimixina B • Colistina Reações adversas • Na administração sistêmica são potencialmente nefro e neurotóxicas. • Podem interferir com a neurotransmissãona placa motora, levando de fraqueza a apneia. Parestesias, vertigem e fala desarticulada são outros efeitos adversos neurológicos.
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