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Revisão de civil III – AV1 1.3. PRINCIPIOLOGIA CONTRATUAL Estado Liberal (pós Revolução Francesa), Liberalismo econômico e influência da burguesia; Objetivos: acumular riqueza e adquirir propriedade; O Código Napoleônico(1804)–coloca a propriedade como centro do direito privado(Artigo1.134:“laforceobligatoireducontrat”). CódigoPatrimonialistaeindividualista:protegiaapropriedadeprivada; Estado abstenseísta (mínimo): atuava como mero espectador das relações privadas. A liberdade contratual praticamente absoluta; •Vigia a autonomia da vontade: “O poder que o ordenamento jurídico outorgava ao indivíduo para manifestar sua vontade na busca, satisfação, de um interesse próprio, privado, particular.” •Nesse contexto, liberal surge a Teoria Geral dos Contratos; •Três princípios foram fundados: PRINCÍPIO DA LIBERDADE CONTRATUAL É a faculdade que têm as partes de se vincularem a um contrato, adquirindo direitos e obrigações. PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS Mediante a comunhão de vontade sem um contrato, aquilo que foi pactuado torna-se obrigatório entre as partes “Pacta sunt servanda” = o contrato faz lei entre as partes, não podendo ser alterado (imutabilidade do contrato). PRINCÍPIODA RELATIVIDADE SUBJETIVA DOS CONTRATOS O contrato somente produz efeito em relação às partes contratantes, isto é, àqueles que manifestaram sua vontade vinculando-o são seu conteúdo. Não afeta terceiros nem seu patrimônio. Princípios protetores PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO. O contrato visa a atingir objetivos que, além de individuais, são também sociais. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. Cláusula geral que impõem às partes um dever de conduta. É um compromisso, primordialmente, de fidelidade e cooperação nas relações contratuais. PRINCÍPIO DA JUSTIÇA CONTRATUAL (EQUILÍBRIO ECONÔMICO- FINANCEIRO DO CONTRATO). Relação jurídica contratual as prestações assumidas devem ser equilibradas de modo que nenhuma das partes suporte mais sacrifícios que a outra. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS Aceitação Realizar contra proposta: inversão dos polos. CC, art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta. CC, art. 432: “Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa”. ENTRE PRESENTES: a aceitação será expressa e imediata. ENTRE AUSENTES: com a expedição da aceitação ou o recebimento da aceitação pelo proponente. Teoria da expedição (regra): CC, art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: -no caso do artigo antecedente; -se o proponentes e houver comprometido a esperar resposta; -se ela não chegar no prazo convencionado. Teoria da recepção (quando a aceitação chegar tarde ao conhecimento do proponente): CC, art. 430: “Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos”. “CC, art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.” Trata-se de regra dispositiva e não impositiva. As partes podem dispor de modo diverso. As partes podem eleger o foro competente (foro de eleição). VÍCIOS REDIBITÓRIOS Defeitos presentes nos contratos que o desvaloriza ou o torna impróprio ao uso. Pressupõe que as obrigações devem ser cumpridas, mas, além disso, devem ser bem cumpridas. CC, art. 441: “A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor”. Vício oculto que: REDUZA O VALOR DO BEM–pode o contratante requerer abatimento proporcional do preço. IMPOSSIBILITE O SEU USO–pode o contratante rejeitar a coisa. O direito potestativo advindo dos vícios redibitórios podem ser requeridos através de duas ações EDILÍCIAS denominadas edilícias: AÇÃO REDIBITÓRIA e AÇÃOESTIMATÓRIA(“QUANTIMINORIS”) Ações edilícias são ações pelas quais o adquirente reclama a existência do efeito oculto frente ao alienante. ]EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 3.3.1. RESILIÇÃO (ARTS. 472 E 473, A resilição é a forma de extinção dos contratos por ato de manifestação de vontade das partes. Ninguém é obrigado a se manter em uma relação jurídica contratual. Manifestação de vontade pode ser: RESILIÇÃO UNILATERAL (DENÚNCIA) opera mediante a denúncia notificada à outra parte. RESILIÇÃO BILATERAL (DISTRATO) as duas partes entram em acordo. RESOLUÇÃO CC, art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Cada contraente tem a faculdade de pedir a resolução do contrato, se o outro não cumprir as obrigações avençadas. RESOLUÇÃO DO CONTRATO POR DESCUMPRIMENTO VOLUNTÁRIO Descumprimento ocorre por culpa ou dolo do devedor. A parte prejudicada pode: -Pedir a resolução do contrato + perdas e danos -Exigir o cumprimento + perdas e danos RESOLUÇÃO DO CONTRATO POR DESCUMPRIMENTO INVOLUNTÁRIO. CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR Descumprimento ocorre SEM culpa ou dolo do devedor, por exemplo, por CASO FORTUITO ou FORÇA MAIOR. Em regra, NÃO obriga o devedor ao ressarcimento das perdas e danos. RESCISÃO É a ruptura do contrato onde houver lesão e não seja possível restaurar o equilíbrio contratual. Aproxima-se tal hipótese da anulação, já que há necessidade de sentença judicial para sua declaração. Dois são os caso sem que se admite a rescisão: a) quando o contrato é celebrado em estado de perigo; b) quando acarreta uma lesão sofrida por uma das partes, determinada por uma situação de necessidade que a impulsionou a concluí-lo. MORTE DO CONTRATANTE Pela regra geral, as obrigações assumidas por um contratante se transmitem a seus herdeiros a partir do momento de sua morte. Mas, existem algumas obrigações que, por serem personalíssimas, geram a extinção do contrato de pleno direito quando uma das partes falece. EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO CC, Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. TEORIA DA IMPREVISÃO E RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA A resolução por onerosidade excessiva ocorre quando a prestação da obrigação não é impossível, mas se tornou muito mais onerosa do que quando o contrato foi firmado. Surge um DESEQUILÍBRIO no contrato, por causa de um IMPREVISTO Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. A onerosidade excessiva é um óbice ao cumprimento da prestação em decorrência de uma extrema dificuldade, involuntária, de cumprir a obrigação. COMPRA E VENDA RETROVENDA A retrovenda é uma cláusula especial por meio do qual o vendedor terá o direito de recomprar a coisa do comprador. Aplica-se exclusivamente a bens imóveis. VENDA A CONTENTO E SUJEITA A PROVA CC, art. 509: “A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”. VENDA SUJEITA À PROVA O comprador utiliza o bem, antes da efetivação do contrato, para verificar se o bem, o qual pretende adquirir, possui todas as características que dispõe ter (requisito objetivo). PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA É a cláusula que assegura ao vendedor o direito de preferência, em igualdade de condições com terceiros, caso o comprador do bem móvel ou imóvel tenha o interesse em vender a coisa ou dá-la em pagamento. Tem que ser expressa e pode incidir sobre bem móvel ou imóvel VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO A prerrogativa do vendedor manter para si a propriedade até que o bem seja integralmente pago. Tem que ser expressa e é sobre bem móvel VENDA SOBRE DOCUMENTOS Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos. Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado. CONTRATO DE DOAÇÃO REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO REVOGAÇÃO POR INGRATIDÃO CC, art .556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário. Art.557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: I -se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele; II -se cometeu contra ele ofensa física; III -se o injuriou gravemente ou o caluniou; IV -se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava REVOGAÇÃO PELA INEXECUÇÃO DO ENCARGO CC, art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida. Mas, depois que recebeu a doação, se não conseguiu cumprir com o encargo, o doador pode revogar a doação.
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