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A Gestão do Orçamento no Planejamento Estratégico das Empresas

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A Gestão do Orçamento no Planejamento Estratégico das Empresas
Rosana da Silva
Introdução
 O mundo dos negócios mudou e hoje realizar o planejamento estratégico não é mais um luxo reservado a apenas grandes organizações e sim uma necessidade, exigindo das empresas cada vez mais o aprimoramento de seus processos de planejamento, avaliação e controle, tendo em vista a necessidade de tomada de decisões rápidas e de melhor qualidade que lhe assegurem o atendimento de seus objetivos de continuidade, expansão e lucratividade. 
 O orçamento empresarial é uma valiosa ferramenta não apenas de planejamento, mas útil também para controle das operações da empresa, independentemente de seu ramo de atividade, natureza ou porte. Estabelece, da forma mais precisa possível, como se espera que transcorram os negócios da empresa, proporcionando uma visão bem aproximada da situação futura desejada. E não há como realizar um bom planejamento estratégico sem alinhar as metas e objetivos ao orçamento empresarial.
 Costumamos dizer que o orçamento empresarial é a tradução do planejamento estratégico em números e que com ele é possível estabelecer metas e objetivos, estimando como se espera que transcorram os negócios da empresa e proporcionando uma visão clara das ações. 
 
Fundamentação Teórica
 Planejamento e Controle Empresarial Gitman (1997) apud Castanheira e Sauaia (2007) destacam que o planejamento financeiro é um procedimento importante para o funcionamento de toda organização, pois esta ferramenta fornece subsídios para dirigir, coordenar e controlar suas ações em detrimento de seus objetivos. 
 O planejamento e controle financeiro de uma organização é uma ferramenta de apoio à gestão, estudos mostram que as organizações podem ser bastante flexíveis quanto as rápidas mudanças e, para Lavarda e Pereira (2011), o comportamento dos gestores influenciam nas metas definidas pela organização, tornando necessário seu devido acompanhamento. Tavares (2000) diz que a primeira fase do planejamento nasceu na metade do século XX, nos Estados Unidos, quando o planejamento financeiro, representado pelo orçamento, começou a ter aceitação crescente. Para Anthony (1970), o planejamento financeiro é o processo de decidir o que a empresa vai fazer. O principal dispositivo formal para fazer planos na empresa é o orçamento, uma demonstração dos planos em termos financeiros. 
A partir da década de 1960 surge o planejamento de longo prazo, que segundo especialistas da época, tinha o orçamento como base para o controle dos planos. Tavares (2000) apud Lunkes (2009) dizem que o planejamento de longo prazo extrapola o contexto organizacional por meio da avaliação dos impactos das decisões e suas características principais a projeção de tendências e análise de lacunas. 
Em meados de 1970 surge o planejamento estratégico que, para Cunha (2000) se caracteriza por um processo que consiste em uma análise sistemática dos pontos fortes da empresa, das oportunidades e ameaças do ambiente. 
Divisão Orcamentária
Em geral um orçamento é composto das seguinte peças:
Orçamento de vendas - É a etapa inicial de todo o processo orçamentário. Trata-se de uma estimativa que determina quanto de um produto será vendido por um determinado preço e período.
Orçamento de produção - Finalizada a projeção de vendas, inicia-se a elaboração do orçamento de produção, que consiste na formulação do plano de produção por tipo e unidade. O orçamento de produção é a conversão do orçamento de vendas em plano de produção, levando-se em conta as diretrizes formuladas na política de estoques de produtos acabados escolhida pela empresa. 
Orçamento de matérias-primas - O orçamento de matérias-primas contribui, com os gestores do processo, na avaliação da necessidade física de cada tipo de matéria-prima utilizada nos diversos produtos da linha. Além disso, proporciona uma análise mais apurada, facilitando na tomada de decisão sobre a adequação dos estoques, baseado em políticas de estocagem definidas previamente.
Orçamento de mão de obra direta - O orçamento de mão de obra direta visa estabelecer a quantidade e o custo de horas aplicadas diretamente na produção, distribuídas por produtos, departamentos e períodos.
Orçamento de custos indiretos de fabricação - Os gastos gerais de fabricação abrangem todos os custos fabris não atribuídos diretamente ao produto. Portanto, precisam de critérios de rateio para que sejam agregados aos custos dos produtos.
Orçamento do custo de produção e do custo de vendas - Depois de conhecido o plano de produção da empresa, pode-se determinar o custo dos produtos que devem ser fabricados. Assim, devem ser estimados os preços futuros das matérias-primas, dos componentes, custo da mão de obra direta, outros custos diretos, depreciação e outros custos indiretos de fabricação, como demonstrado anteriormente.
Orçamento de despesas comerciais e administrativas - O orçamento de despesas com vendas tem por objetivo prever os gastos necessários para a realização das vendas. As despesas de vendas são compostas por: despesas com pessoal de vendas, comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, provisão para devedores duvidosos, viagens e representações, fretes e carretos.
Orçamento do fluxo de caixa – E o orçamento que determina o quanto temos de capital em caixa ou a receber em determinado período de tempo
Orçamento do resultado - O orçamento da demonstração de resultados espelha o resultado final da operação de uma empresa. Nessa demonstração, podemos verificar o lucro ou prejuízo de um determinado período projetado. Na maioria das vezes, as empresas almejam o lucro líquido.
 A Demonstração de Resultados é uma das peças mais importantes do Orçamento, pois é nessa demonstração que se reflete o resultado final das operações que indica o lucro líquido (ou prejuízo) do período
Orçamento do balanço patrimonial - é uma peça orçamentária bastante importante devido à sua função de permitir a reflexão sobre a posição financeira futura da empresa em decorrência dos planos estabelecidos por todas as áreas da empresa.
Demonstração do Resultado do Exercício
	RECEITA BRUTA DE VENDAS
	181500,00
	ICMS SOBRE VENDAS
	-5610,00
	 
	 
	RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS
	175890,00
	 
	 
	CMV
	-77550,00
	 
	 
	RESULTADO BRUTO OPERACIONAL
	98340,00
	 
	 
	RESULTADO FINANCEIRO
	 
	RECEITA DE JUROS
	6270,00
	 
	 
	TOTAL RESULTADO FINANCEIRO
	6270,00
	 
	 
	DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	 
	SALÁRIO
	22715,00
	COMBUSTÍVEL
	3795,00
	ALUGUEL
	45980,00
	 
	 
	TOTAL DE DESPESAS
	72490,00
	 
	 
	RESULTADO LIQUIDO OPERACIONAL
	19580,00
	 
	 
	OUTRAS RECEITAS
	 
	LUCRO VENDA MAQUINA
	14190,00
	 
	 
	OUTRAS DESPESAS
	 
	PREJUÍZO VENDA VEÍCULO
	7040,00
	 
	 
	RESULTADO ANTES IR E CSL
	26730,00
	 
	 
	PROVISÃO IR
	13893,00
	PROVISÃO CSL
	9262,00
	 
	 
	RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIO
	3575,00
De acordo com a apuração acima podemos ver que a empresa teve um resultado positivo no período analisado.
https://www.treasy.com.br/blog/a-importancia-do-orcamento-empresarial-como-ferramenta-de-planejamento-estrategico/
https://blog.runrun.it/como-fazer-um-orcamento-empresarial/
CATELLI, A. Controladoria: Uma Abordagem da Gestão Econômica GECON. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001
LUNKES, R. J. Manual de Orçamento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LAVARDA, C. E. F.; PEREIRA, A. M. Planejamento e Controle Orçamentário Empresarial como Ferramenta de Apoio à Tomada de Decisão. ABCustos Associação Brasileira de Custos, São Leopoldo, v. 6, n.1, p. 37-55, jan/abr 2011.

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