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JORNADA RH ESTRATÉGICO RESUMO AULA 01 Hoje em dia as empresas estão ficando cada vez mais conscientes da importância de um RH realmente estratégico, que esteja diretamente ligado aos resultados através das pessoas. Esta temática vem sendo o centro dos eventos e discussões na atualidade. Cada vez mais o mercado vai tender a expelir automaticamente os profissionais que são só operacionais na área e que não geram resultados estratégicos de Recursos Humanos dentro da empresa. As empresas não querem mais replicadores, que são aqueles profissionais de entram e só replicam o que já estava sendo feito. As empresas buscam profissionais que geram e implantam projetos atuais, novas visões de mercado e que aproveitem seu capital humano da forma mais assertiva possível. Uma pesquisa feita pela minha equipe mostra que o mercado busca profissionais generalistas, que entendem de todos os subsistemas, e que sejam estratégicos, que gerem indicadores e utilizem uma metodologia de Gestão de RH que exclua a subjetividade da análise da nossa área e inclua análises mensuráveis e palpáveis. Por este motivo, nesta aula, você verá o modelo de Gestão de RH mais desejado e valorizado no mercado. Talvez você seja parecido comigo e com alguns dos vários profissionais de RH que já passaram pelo meu caminho e pelas minhas equipes. Eles só querem serem valorizados e se sentirem profissionais completos. Vivem uma rotina de atividades operacionais, de “apagar fogo” de problemas que acontecem devido a falta de planejamento e estratégia da área, e se sentem sobrecarregados pelos líderes que jogam muitas responsabilidades em cima do RH. Profissionais que se veem em uma rotina onde fazem sempre as mesmas coisas e cuidam sempre de apenas um ou dois subsistemas de RH e que sabem o quanto o RH pode mais, pode gerar resultados incríveis, mas a sua voz ainda não é ouvida na alta cúpula. Muitas vezes porque você ainda não conseguiu romper as barreiras dentro da empresa e muitas vezes porque você realmente não tem ainda a segurança que só o conhecimento técnico e domínio das ferramentas de traz. Mas antes de falarmos do método para se tornar um profissional de RH estratégico, generalista e desejado no mercado, você precisa entender a base que esse método está pautado! Existe um modelo de Gestão de RH que é o mais desejado e valorizado no mercado atualmente e que é o modelo do futuro. E se você aprender e aplicar esta mesma base se tornará também um profissional desejado e valorizado no mercado. Antes de mais nada, gestão é o ato de administrar algo! Não é um cargo especificamente, mas sim o meio utilizado para gerir um projeto ou uma equipe. Existem diversos modelos eficazes de gestão e, quando falamos especificamente da Gestão de Pessoas, é importante que você conheça o modelo mais atualizado que recebe cada vez mais investimento em desenvolvimento de pessoas. Isso porque o mercado está cada vez mais compreendendo que as pessoas são seus verdadeiros diferenciais de qualidade e resultados. Se partirmos do princípio de que todos os resultados são realizados pelas pessoas e que o modelo de Gestão determina maior ou menor produtividade e qualidade através das Pessoas, a saída é investir em um modelo de Gestão que esteja alinhado com resultados. O maior benefício deste modelo de gestão de pessoas é que ele acaba com a subjetividade que as pessoas atrelam a área de RH. E quando eu falo de diminuir a subjetividade não estou falando de diminuir o humano ou nosso senso de observação, estou falando de diminuir aquela sensação de que a área de gestão de pessoas não lida com coisas concretas, palpáveis e mensuráveis, que fica tudo à mercê da subjetividade e da interpretação de cada um. Este modelo de gestão que estou falando é o modelo de Gestão de Pessoas por Competências Uma pesquisa da revista Melhor gestão de pessoas mostra que o objetivo principal dos Rh’s é utilizar na sua estratégia as habilidades e competências dos indivíduos. A Gestão por Competências é um conjunto de ferramentas práticas consistentes, objetivas e mensuráveis que torna possível para as empresas equipar o RH e os Gestores para fazerem Gestão e Desenvolvimento de pessoas com foco, critério e clareza. Isso é feito através de ferramentas mensuráveis, personalizadas e construídas com base nas competências comportamentais, técnicas e organizacionais. O conjunto de subsistemas da Gestão por Competências serve para fornecer todas as ferramentas necessárias para organizar os Recursos Humanos, levando com consideração o perfil certo no lugar certo e investir no desenvolvimento de competências necessárias para atingir os resultados esperados de cada colaborador. Esse conjunto de ferramentas entrega ao RH todas as informações necessárias para atrair o perfil certo para cada cargo e desenvolver talentos humanos com foco, clareza e objetividade, investindo especificamente no desenvolvimento das competências que geram resultados. O ponto principal deste modelo de Gestão e que é a base para todos os subsistemas é justamente o mapeamento das competências. O primeiro passo fundamental é a definição das [competências organizacionais ou corporativas.] Este grupo de competências são mapeadas com base na missão, visão, valores, estratégias, princípios, filosofias e objetivos da empresa. São aquelas competências que representam a cultura da empresa, aquilo que é realmente importante que TODOS os colaboradores em qualquer cargo (do mais operacional até o mais estratégico) tenha em seu perfil. Resumindo, é a identificação das competências necessárias para que a empresa cumpra suas estratégias e atinja suas metas e objetivos. Muitas empresas cometem o erro de fazer uma reunião para decidir quais são as suas competências, relacionar uma série de competências e, por discussão e consenso, fazer a escolha das competências organizacionais. Isso é um grande erro, porque acaba sendo uma escolha sem técnica, sem método, baseada em “achômetro” dos participantes da reunião, que, por mais bem-intencionados que sejam, não estão tecnicamente preparados para fazer a escolha e acabam por cometer erros dos mais diversos. Vamos a um exemplo prático: Nessa tabela você está vendo exemplos da missão da minha consultoria DMO Desenvolvimento Humano e Empresarial. Indicadores de Competências Competências Desenvolver produtos e serviços de ponta para atender às necessidades de aperfeiçoamento dos Talentos Humanos de nossos clientes Oferecer serviços personalizados com o objetivo de atender às necessidades específicas de cada cliente. Neste exemplo estão os indicadores da missão, mas você deve colocar todos os indicadores da empresa, exemplo: missão, valores, visão, estratégias, princípios, filosofias, objetivos, etc. Na segunda parte da tabela você deve mapear quais competências são realmente necessárias para que aquele indicador aconteça. Neste caso, a título de exemplo, as competências destes indicadores foram: Criatividade, Foco no Cliente e Planejamento. Indicadores de Competências Competências Desenvolver produtos e serviços de ponta para atender às necessidades de aperfeiçoamento dos Talentos Humanos de nossos clientes Criatividade Foco no Cliente Oferecer serviços personalizados com o objetivo de atender às necessidades específicas de cada cliente. Foco no Cliente Planejamento É importante entender que se forem mapeadas uma grande quantidade de competências, você precisa fazer um agrupamento de competências similares para que fique no final uma média de 5 a 6 competências no total. O segundo passo fundamental é a definição das [competências técnicas e comportamentais.]É incontestável que o mapeamento mais consistente é construída tendo como base as atribuições do cargo, portanto, a descrição de cargos atualizada é a ferramenta chave que vai fornecer todos os indicadores de competências do cargo, e vai ser a base para a mensuração de competências. A primeira coisa é identificar, na descrição de cargos, todos os indicadores de competências. Mas, Elis, o que é um indicador de competências? São as atribuições ou as atividades do cargo que constam nas descrições destes cargos, desde que estejam totalmente corretas e atualizadas. Todas as frases que tenham um verbo de ação são indicadores de competência. Vamos a um exemplo prático: Nesta tabela você está vendo 2 indicadores de um cargo fictício de secretária: Indicadores de Competências Competências Técnicas (Conhecimentos e Habilidades) Competências Comportamentais (Atitudes) Realizar o agendamento dos compromissos dos diretores controlando-os em planilha padrão. Realizar atendimento telefônico, repassando-o aos diretores ou ao setor responsável. Depois disso, você vai analisar cada um dos indicadores, extraindo as competências técnicas, que são os conhecimentos e habilidades) e as competências comportamentais (que são as atitudes) necessárias para a realização do indicador, ou seja, daquela atividade específica do cargo. Então no exemplo destes dois indicadores, teremos como competências técnicas o conhecimento das normas e procedimentos da empresa, o domínio de informática (mais especificamente Excel) e o domínio do padrão de atendimento da empresa. Indicadores de Competências Competências Técnicas (Conhecimentos e Habilidades) Competências Comportamentais (Atitudes) Realizar o agendamento dos compromissos dos diretores controlando-os em planilha padrão. Conhecimento das normas e procedimentos da empresa Domínio de informática Realizar atendimento telefônico, repassando-o aos diretores ou ao setor responsável. Domínio do padrão de atendimento da empresa E como competências comportamentais teríamos Organização, Comunicação e relacionamento interpessoal. Indicadores de Competências Competências Técnicas (Conhecimentos e Habilidades) Competências Comportamentais (Atitudes) Realizar o agendamento dos compromissos dos diretores controlando-os em planilha padrão. Conhecimento das normas e procedimentos da empresa Domínio de informática Organização Realizar atendimento telefônico, repassando-o aos diretores ou ao setor responsável. Domínio do padrão de atendimento da empresa Comunicação Relacionamento Interpessoal É importante lembrar que, assim como as competências organizacionais, se forem mapeadas uma grande quantidade de competências, você precisa fazer um agrupamento de competências similares para que fique no final uma média de 5 a 6 no total de competências técnicas e 5 a 6 no total de competências comportamentais. Então, no final você vai ter as competências organizacionais, que são as mesmas para todos os cargos, e as competências técnicas e comportamentais, que são diferentes para cada cargo. Agora preste atenção para não cair em alguma dessas 2 armadilhas perigosas no momento da implantação da Gestão por Competências. Armadilha 01: Existem muitos casos de empresas que seguiram exemplos de outras que já tinham implantado a Gestão por Competências, copiando exatamente o que tinham feito, mas acabaram fazendo isso sem compreender a metodologia e sem fazer as devidas adaptações e customizações precisam. Isso porque cada empresa é um universo totalmente diferente e tem necessidades, cargos e atribuições específicos. Armadilha 02: Existem também no mercado “métodos” que inventam competências para os cargos usando critérios questionáveis, sem qualquer base consistente. Esses métodos desconsideram que os indicadores dos cargos são suas atribuições. Já tive a oportunidade de socorrer várias empresas que tentaram implantar uma dessas metodologias e pararam no meio do caminho sem conseguir avançar. Nesta aula você entendeu que existe uma oportunidade para você, de realmente dominar o melhor modelo de Gestão de Pessoas e também o melhor método de mapeamento de competências, que é primeiro passo desta jornada para se tornar um profissional de RH estratégico, generalista e desejado no mercado! O segundo passo desta jornada, daremos juntos na aula que vem, onde veremos como deixar de ser um RH operacional e se tornar Estratégico para as organizações Então continue comigo na próxima aula, pois você vai finalmente entender seu real papel nesta jornada, como vender este modelo de gestão na empresa, como preparar a equipe gestora para este projeto e como divulga-lo na empresa. Até a próxima aula. Atenciosamente, Elissandra da Mata.
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