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Caso 2 - Estácio

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO Y, 
pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob nº, com sede à Rua, nº, bairro, 
Município Y, estado de São Paulo, CEP, e por seu representante legal, nome 
nacionalidade, estado civil, profissão, portador de identidade nº, inscrito no CPF sob nº, 
residente e domiciliado, por intermédio de seu advogado que este subscreve, com 
endereço profissional, para fins do art. 106,I do CPC, vem respeitosamente perante Vossa 
Excelência, com fulcro no artigo 5º LXXI, CRFB/88, e ainda no art. 24§ único da Lei 
8038/90, impetrar o presente 
 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
 
Pelo rito ESPECIAL em face do PREFEITO MUNICIPAL DO MUNICÍPIO Y, 
nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº, inscrito no 
CPF nº, residente e domiciliado a Rua, nº, bairro, Município Y, Estado de São Paulo, pelos 
fatos e fundamentos que passa a expor. 
 
 
 
 
DOS FATOS 
 
 
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, 
atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição 
constante a agentes nocivos à saúde. Assim como todos aqueles que trabalham nesta 
função, recebe adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores 
Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, 
compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do 
direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, 
o direito previsto na constituição estadual a tal benefício. 
 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
 
Em relação a competência para propor alteração no regulamento dos de aposentadoria 
especial dos servidores municipais de Y/SP, cabe ao Prefeito levantar projeto de lei que 
contemple tal pedido, conforme descrito na Lei Orgânica do Município Y: 
 
 “ Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a 
iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: III - 
regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e 
aposentadoria dos servidores.” 
 
A ausência de lei complementar municipal regulamentadora do direito previsto na 
Constituição Estadual (art. 126, § 4º, III), torna inviável o exercício do direito à 
aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que laboram em condições 
especiais que prejudicam a saúde ou integridade física (atividades consideradas penosas, 
insalubres ou perigosas), razão pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento 
adequado à satisfação da pretensão veiculada. 
 
“ Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos 
do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é 
assegurado regime de previdência de caráter contributivo 
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente 
público, dos servidores ativos e inativos e dos 
pensionistas, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
(...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios 
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos 
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, 
ressalvados, nos termos definidos em leis 
complementares, os casos de servidores: I- portadores 
de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - 
cujas atividades sejam exercidas sob condições 
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física.” 
 
 Conforme consta na CFRB, o Município tem autonomia para legislar sobre a 
aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência supletiva (art. 24, 
§ 3º c. C art. 30, II da Constituição Federal). 
 
“ Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre: (...) § 3º 
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados 
exercerão a competência legislativa plena, para atender 
a suas peculiaridades. Art. 30. Compete aos Municípios: 
(...) II - suplementar a legislação federal e a estadual no 
que couber;” 
 
Portanto a competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre 
previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é 
concorrente (artigo 24, XII da CF), de modo que ausente norma de caráter geral expedida 
pela União, haverá competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da 
lei, sem prejuízo, é claro, da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4º, artigo 24 da 
CF). 
 
Sendo assim, se mostra impreterível a necessidade em caráter de urgência de mandado 
injunção coletivo com o provimento dos requerimentos que seguem. 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 
Ante ao exposto, requer-se: 
 
1) Notificação da autoridade coatora para prestar informações; 
 
2) Aplicação analógica do disposto no art. 57, caput e § 1º da Lei nº 8.213/91, que disciplina o 
regime geral da previdência social, aos servidores que cumprirem as exigências legais; 
 
3) Intimação do MP para oferecer parecer; 
 
4) Condenação do Réu em custas judicias (Sumula. 512 do STJ e Sumula. 105 do STF); 
 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00, para fins fiscais; 
 
 
 
Termos em que Pede deferimento. 
 
 
Local/data 
Advogado/OAB n
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