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MANDANDO INJUNÇÃO - Prática V

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DO 
MUNICIPIO Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob nº, com 
sede à Rua, nº, bairro, Município Y, estado de São Paulo, CEP nº, e por seu 
representante legal, nome nacionalidade, estado civil, profissão, portador de 
identidade nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado, (endereço 
completo), por intermédio de seu advogado que este subscreve, com endereço 
profissional, (endereço completo), para fins do art. 106,I do CPC, vem 
respeitosamente perante Vossa Excelência , com fulcro no artigo 5º LXXI 
,CRFB/88, e ainda no art. 24§ único da Lei 8038/90 , impetrar o presente, 
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO 
Em face do Prefeito do Município Y, ante a ausência de regulamentação do 
direito Constitucional de aposentadoria especial dos servidores públicos, do 
Município, conforme § 4º, incisos II e III, do artigo 40, da Constituição Federal. 
 
l. DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 
O Sindicato supracitado é parte legítima no processo, conforme preconiza 
o art. 5 LXX CRFB Falar do Sindicato. Art. 12, III “III - por organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento 
há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e 
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou 
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial” 
 
III. DA LEGITIMIDADE PASSIVA 
 
 Cabe ao Prefeito levantar projeto de lei que contemple tal pedido, conforme 
descrito na Lei Orgânica do Município Y: 
“ Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de 
lei que disponham sobre: III - regime jurídico, provimento de cargos, 
estabilidade e aposentadoria dos servidores. ” 
 
IV. DOS FATOS 
 
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 
16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, 
submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. 
 Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, 
adicional por insalubridade. 
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do 
Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete 
ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício 
do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, 
efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício. 
 
V. DOS FUNDAMENTOS 
 
O mandado de injunção é o remédio constitucional cabível para conferir 
efetividade a direito fundamental subjetivo cujo exercício foi impedido em razão 
da ausência de norma regulamentadora, conforme prevê a CRFB/88 em seu 
artigo LXXI: 
“Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e 
à cidadania;” 
 
Diante da ausência de lei complementar municipal regulamentadora do 
direito, torna-se impossível o exercício do direito à aposentadoria especial dos 
servidores públicos municipais que exercem atividades em condições especiais 
prejudiciais a saúde ou integridade física. 
Razão pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à 
satisfação da pretensão veiculada. 
 
Constituição do estado de São Paulo - Artigo 126: 
“Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas 
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que 
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
(...) 
§ 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a 
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este 
artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos 
de servidores: 
portadores de deficiência; 
que exerçam atividades de risco; 
cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem 
a saúde ou a integridade física. ” 
Conforme prevê a CFRB/88, o Município tem autonomia para legislar 
sobre a aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência 
supletiva (art. 24, § 3º c. C art. 30, II da Constituição Federal). 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
(...) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
 (...) 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; ” 
 
Assim, a competência legislativa para editar normas sobre previdência 
social, em especial sobre o regime jurídico dos seus servidores públicos, é 
concorrente (artigo 24, XII da CF), então, se estiver ausente norma de caráter 
geral expedida pela União, haverá competência plena do Chefe do Executivo 
local para legislar sobre tal matéria. 
 
Dessa forma, se mostra incontestável a necessidade em caráter de 
urgência de mandado injunção coletivo com o devido provimento dos 
requerimentos a seguir. 
 
Vl. DOS PEDIDOS 
 
 Ante ao exposto, requer-se: 
 
1) Seja o presente Mandado de Injunção Coletivo julgado procedente, para que 
a omissão do Prefeito do Município Y seja sanada e o Direito à aposentadoria 
especial seja concretizado, observado o MI n. 721; 
2) Notifique-se a autoridade, Prefeito Municipal, nos termos do art. 5º, I da Lei nº 
13.300/16, a fim de que no prazo de 10 dias preste informações; 
3) A ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da 
pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, 
para que, querendo, ingresse no feito – art. 5 II da Lei; 
4) Intime-se o Ministério Público Federal, para atuar no caso, de acordo com o 
art. 7º da Lei nº 13300/16; condene-se o impetrado nas custas processuais e 
honorários advocatícios. 
 
Vll. DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00, para fins fiscais; 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
Local/data 
 
Advogado/OAB no ...

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