Buscar

caso concreto 02 - MANDADO DE INJUNÇÃO - 2014089276305

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluno: Cláudio Ferreira de Araújo 
Mat. 201408276305 
Pratica V – Alcântara - Noite 
Caso concreto 2 – Mandato de Injunção. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICIPIO 
Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob nº, com sede à Rua, nº, bairro, 
Município Y, estado de São Paulo, CEP, e por seu representante legal, nome 
nacionalidade, estado civil, profissão, portador de identidade nº, inscrito no CPF sob nº, 
residente e domiciliado, (endereço completo), por intermédio de seu advogado que este 
subscreve, com endereço profissional, (endereço completo), para fins do art. 106,I do 
CPC, vem respeitosamente perante Vossa Excelência , com fulcro no artigo 5º LXXI 
,CRFB/88, e ainda no art. 24§ único da Lei 8038/90 , impetrar o presente, 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
Pelo rito ESPECIAL em face do PREFEITO MUNICIPAL DO MUNICIPIO Y, 
nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº, inscrito no 
CPF nº, residente e domiciliado a Rua, nº, bairro, Município Y , Estado de São Paulo , 
pelos fatos e fundamentos que passa a expor. 
 
 
I. DOS FATOS 
 
 Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 
anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à 
exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que 
trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos 
Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do 
município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular 
o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, 
efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício. 
 
II. DOS FUNDAMENTOS 
 
 No que tange a competência para propor alteração no regulamento dos de 
aposentadoria especial dos servidores municipais de Y/SP, cabe ao Prefeito levantar 
projeto de lei que contemple tal pedido, conforme descrito na Lei Orgânica do Município 
Y: “ Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que 
disponham sobre: III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e 
aposentadoria dos servidores. ” A ausência de lei complementar municipal 
regulamentadora do direito previsto na Constituição Estadual (art. 126, § 4º, III), torna 
inviável o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos 
municipais que laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade 
física (atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas), razão pela qual o 
mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da pretensão 
veiculada. “ Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas 
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo 
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e 
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e 
atuarial e o disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios 
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata 
este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de 
servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas 
atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. ” Conforme consta na CFRB, o Município tem autonomia para 
legislar sobre a aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência 
supletiva (art. 24, § 3º c. C art. 30, II da Constituição Federal). “ Art. 24. Compete à 
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) § 3º 
Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Art. 30. Compete aos Municípios: 
(...) II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; ” Portanto a 
competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social, 
em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente (artigo 
24, XII da CF), de modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá 
competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da lei, sem prejuízo, 
é claro, da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4º, artigo 24 da CF). 
 
Sendo assim, se mostra impreterível a necessidade em caráter de urgência de mandado 
injunção coletivo com o provimento dos requerimentos que seguem. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
 Ante ao exposto, requer-se: 
 
1) Notificação da autoridade coatora para prestar informações; 
 
2) Aplicação analógica do disposto no art. 57, caput e § 1º da Lei nº 8.213/91, que 
disciplina o regime geral da previdência social, aos servidores que cumprirem as 
exigências legais; 
 
3) Intimação do MP para oferecer parecer; 
 
4) Condenação do Réu em custas judicias (S. 512 do STJ e S. 105 do STF); 
 
IV. DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se à causa o valor de R$ 2.000,00, (dois mil reais) para fins fiscais; 
 
 
Termos em que Pede deferimento. 
 
 
Local/data 
 
Advogado/OAB no

Continue navegando