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Análise sobre o filme Toc Toc. 
 
Toc Toc é um filme de comédia produzido na Espanha do ano de 2017 dirigido 
por Vicente Villanueva. 
O filme conta a história de seis pacientes que estão juntos em uma sala de 
espera para uma consulta com o Dr. Palomero, especialista em transtorno 
psicológico. A secretária do consultório informa aos pacientes que todos tiveram 
seus horários marcados para a mesma hora. Além da confusão nos horários, o 
voo de Palomero estava atrasado e pedia para todos que esperassem o doutor 
na sala de espera do consultório. Com o tempo os seis desconhecidos resolvem 
fazer uma terapia em grupo para tentar lidar com seus problemas. 
O personagem estudado é Blanca (Alexandra Jiménez), Blanca é auxiliar de 
laboratório e que passa a impressão de possuir o famoso Toc de limpeza, não 
consegue pegar coisas e objetos sem o uso de luvas, pois possui uma crença 
exagerada em germes, bactérias, fungos e ácaros, o que a faz realizar 
constantes rituais de limpeza. Lava por diversas vezes as mãos de forma 
ritualizada. Não consegue tocar as pessoas ou tocar numa maçaneta para abrir 
a porta, por exemplo. 
As principais dificuldades de Blanca e enfrentar o seu medo, germes sujeira etc., 
por achar que aquilo vai fazer um mal bem a mais que o normal a ela, tem 
obsessões de pensamento, compulsão nos seus atos motores, acha que 
consegue obter a limpeza (real e perfeita) e tem um superego muito rígido pelo 
fato dos seus rituais de limpeza. 
Foram observados os seguintes sintomas observados e segundo o CID-10: 
F-42, F-42-0,F42-1. 
F-42 Transtorno Obsessivo Compulsivo Ideias obsessivas e comportamentos 
compulsivos recorrentes, o comportamento de limpeza de Blanca visa evitar um 
evento improvável, como o adoecimento por uma mínima quantidade de germes 
sujeira etc. 
Blanca reconhece a problemática e se mostra disposta a mudanças. 
F42.0 – Com predominância de ideias ou ruminações obsessivas, sua obsessão 
pela limpeza e querer tudo sempre limpo onde ela está. 
F42.1 – Com predominância de comportamentos compulsivos (rituais), seus 
rituais de limpeza, lavar as mãos sempre que toca em algo que acha estar sujo, 
colocar papeis no sofá para sentar, usar álcool em gel toda hora. 
As observações são feitas a partir dos dados coletados até o momento, não é 
um diagnóstico definitivo. 
Os sintomas obsessivos compulsivos interferem nas rotinas diárias, na vida 
social e no lazer de quem sofre com eles e da família, que muitas vezes ficam 
completamente comprometidos. A lentidão, a perda de tempo, bem como alguns 
casos, a dependência para a realização das atividades mais simples, como fazer 
uma refeição, tomar banho, escovar os dentes ou trocar de roupa, e, sobretudo, 
a imposição de regrar, provocam conflitos quase permanentes, discussões 
irritadas, raiva e ressentimento, comprometendo a harmonia e o ambiente 
familiar (CORDIOLI, 2008). As pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo 
apresentam dificuldades nas relações interpessoais, principalmente nas que 
envolvem uma convivência mais íntima e constante. Dessa forma, suas 
limitações nesse aspecto são mais observadas nas situações afetivas, sociais, 
profissionais ou escolares e familiares (SILVA, 2011). 
Os portadores de TOC enfrentam também inúmeras dificuldades principalmente 
na interação junto à sociedade o que ocasiona no afastamento parcial de suas 
atividades de vida diárias. Muitos tentam não expor seu transtorno como forma 
de evitar preconceitos, com a maximização dos problemas a vida social dos 
portadores pode ficar prejudicada (SALES et al., 2010). 
A Terapia Cognitivo-comportamental é considerada um dos tratamentos bem 
eficazes para o TOC, juntamente com medicamentos. A TCC baseia-se no fato 
de que se o paciente desafia seus medos, por exemplo, expondo-se às situações 
que evita ou tocando nos objetos que considera contaminados (exposição) e, ao 
mesmo tempo, deixa de realizar os rituais de descontaminação ou verificações 
(prevenção da resposta ou prevenção de rituais), em pouco tempo a ansiedade 
e o desconforto desaparecem espontaneamente (habituação), um fenômeno 
bastante conhecido: sensações desagradáveis, como ruídos intensos, cheiros, 
reações de medo desaparecem com o passar do tempo se ficarmos expostos a 
elas. 
No momento a chamada terapia comportamental de exposição e prevenção de 
rituais é considerada um tratamento eficaz para o TOC, ao lado dos 
medicamentos. Estudos mais recentes têm demonstrado inclusive que essa 
modalidade de tratamento tem um efeito maior que os medicamentos, na 
eliminação das compulsões, na intensidade com que reduz os sintomas e na 
prevenção de recaídas. Além da exposição e da prevenção de rituais, a TCC 
utiliza técnicas para correção das crenças e pensamentos distorcidos comuns 
em portadores do TOC, com o objetivo de realizar a assim chamada 
reestruturação cognitiva: treino dos pacientes na identificação de pensamentos 
e crenças distorcidas e disfuncionais; questionamento de tais crenças, discussão 
de evidências a favor ou contra tais crenças, testes quanto á sua veracidade, 
exposição aos pensamentos, ouvindo fitas gravadas ou escrevendo, são 
algumas das técnicas utilizadas para corrigi-las. 
Buscamos elaborar com o paciente uma lista de todas as suas obsessões, o que 
busca evitar, seus rituais e os classificar de acordo com o grau de aflição que 
imagina venha a sentir caso deixe de fazer seus rituais ou fugas que usualmente 
utiliza nas situações para não sentir tal aflição ou para neutralizá-la (rituais, 
evitação). 
A partir desta lista, buscaremos escolher tarefas de casa, de exposição e 
prevenção de rituais a serem realizadas nas sessões. Começaremos pelas mais 
fáceis e que produzem menos ansiedade e se deixa para mais adiante as mais 
difíceis. 
O paciente deverá dedicar um mínimo de tempo (1 a 2 horas) por dia para 
realizar suas tarefas, com um mínimo de 20 horas no total. Pediremos para que 
Blanca (o paciente) registre em um diário as tarefas realizadas, o grau de 
desconforto sentido e de dificuldade encontrada, para discussão nas sessões. 
As tarefas mais comuns de exposição e prevenção de rituais são as de tocar em 
objetos considerados contaminados evitando realizar lavagens após e etc. 
Ao propor as tarefas, auxiliamos o paciente a identificar os pensamentos e 
crenças errôneas (avaliação exagerada dos riscos e da responsabilidade, 
perfeccionismo, pensar é igual a agir, etc.) que muitas vezes o impedem de 
correr o risco de contrariar o que já está habituado a realizar como forma de 
livrar-se de seus sintomas, mesmo que desta forma acabe realimentando a 
doença eventualmente para toda a vida. 
Uma vez identificadas tais crenças, ensinamos ao paciente algumas técnicas 
que o auxiliam na sua correção e buscamos experimentos para testar sua 
veracidade, podendo corrigir tais erros de percepção e avaliação. 
Observando o seu desenvolvimento ou não em lidar com os traumas buscando 
novos repertórios de comportamentos para lidar com as situações diárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências Bibliográficas 
 
Beck, J. (2013). Terapia cognitivo-comportamental. (2ª ed.) Porto Alegre: 
Artmed. Borges, N. B., & Cassas, F. A. (2012). Clínica analítico-comportamental: 
aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed. 
SANTOS, Élem Guimarães dos; SIQUEIRA Marluce Miguel de. Prevalência dos 
transtornos mentais na população adulta brasileira: uma revisão sistemática de 
1997 a 2009. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. Vol. 59. No. 3. Rio de Janeiro, 2010. 
Copque, H., & Guilhardi, H. J. (2008). Omodelo comportamental na análise do 
TOC. Sobre comportamento e cognição. Análise comportamental aplicada. 
Abreu, P., & Prada, C. (2005). Relação entre os condicionamentos operante e 
respondente no transtorno obsessivo-compulsivo. Estudos de Psicologia. 
Cordioli, A. V. (2008b). Vencendo o transtorno obsessivo-compulsivo: manual de 
terapia cognitivo-comportamental para pacientes e terapeutas. (2ª. ed.) Porto 
Alegre: Artmed. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Toc Toc 
 
 
Nome: Wilber de Lima Silva 
Ra: N766HD6 
Turma: PS8A30

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