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Correntes eletroterapeuticas

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Professora Débora Silva 
 
Fisioterapeuta - Especialista 
Doutora em Ciências Cardiovasculares (PGCCV) 
Faculdade de Medicina 
Hospital Universitário Antônio Pedro 
Universidade Federal Fluminense 
Laboratório Multiusuário de Pesquisa Biomédica (LMPB) 
Pesquisadora CNPQ 
 
 Corrente elétrica flui de um polo (-) (cátodo) 
 
a um polo (+) (ânodo) 
↑ concentração de elétrons 
↓ concentração de elétrons 
 Cada tipo produz efeitos específicos nos tecidos 
 
 É capaz de gerar ampla variedade de respostas 
terapêuticas 
 
 Todas têm determinadas características 
semelhantes 
 
 Classificadas em: 
 Correntes diretas (CD) 
 Correntes alternadas (CA) 
Depende do percurso do fluxo 
 Correntes diretas (CD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Possui efeitos polares 
Caracterizadas por fluxo contínuo de elétrons de forma unidirecional 
Seus elétrons se deslocam em única direção 
Gerador pode manter os extremos de um circuito 
carregados negativamente e o outro positivamente 
 Correntes diretas (CD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Seu gráfico tem apenas uma fase 
 Positiva ou negativa 
 
 
 Correntes alternadas (CA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Não possui efeitos polares 
Caracterizadas por corrente bidirecional 
Seus elétrons se deslocam ora em uma direção, ora em outra 
Gerador de corrente alternada origina troca contínua 
de polaridade nos extremos de um circuito 
 Correntes alternadas (CA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Seu gráfico tem 2 fases 
 Positiva e negativa 
 
 
 Correntes em Pulso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma corrente modificada para produzir efeitos biofísicos específicos 
Caracterizadas por períodos sem fluxo de corrente 
O fluxo de elétrons é periodicamente interrompido 
 Correntes em Pulso 
 
 Unidade fundamental das correntes em pulso 
▪ Fase → Corte individual de um pulso, por um período de 
tempo mensurável 
 
 Número e o tipo de fases classificam o tipo de pulso 
 
 Tipos + comuns são 
▪ Triangular, quadrática, senoidal (sinusoidal) e contínua 
 
 
 Correntes em Pulso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Correntes em Pulso 
 Monofásicos e Bifásicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monofásicas 
Bifásicas 
 Correntes em Pulso 
 Duração do Pulso 
 
▪ Tempo decorrido do começo da fase até a conclusão da fase 
final 
 
▪ Importante na determinação do tipo de tecido que será 
estimulado 
Muito curta → Corrente não conseguirá produzir nenhum tipo de PA 
↑ duração da fase → Diferentes tecidos poderão ser despolarizados 
 Correntes em Pulso 
 Frequência do Pulso 
 
▪ Medida pelo n° de pulsos por segundo 
 
 
 
▪ Comumente medida em Hertz (Hz) 
É a frequência com que os elétrons passam na corrente elétrica 
 Correntes em Pulso 
 Frequência do Pulso 
 
 
 
 Emprego de corrente direta, constante ou 
contínua com fins terapêuticos 
 
 
 Considerada de baixa frequência 
 
 Utilizada para promover várias modificações 
fisiológicas 
 Podem ser utilizadas terapeuticamente 
Intensidade da corrente é constante em valor e em direção 
 Benefícios fisiológicos e terapêuticos 
 Relacionados aos efeitos polar e vasomotor, à 
reação ácida em volta do polo positivo e à reação 
alcalina no polo negativo 
 
 Principais efeitos 
▪ Produção de calor 
 
▪ Efeitos vasomotores 
Entre 1 e 3ºc 
Vasoconstricção e vasodilatação 
↑ de 300 a 500% do fluxo 
 Benefícios fisiológicos e terapêuticos 
 Principais efeitos: 
▪ ↑ ação de defesa 
 
 
▪ Eletrólise 
 
▪ Fenômeno do eletrotônus 
▪ ↑ metabolismo 
▪ ↑ aporte de O2 
Vasodilatação, ↑ da irrigação sanguínea, ↑ 
elementos fagocitários e anticorpos 
Dissociação eletrolítica 
Altera a excitabilidade e a 
condutibilidade do tecido tratado 
 Benefícios fisiológicos e terapêuticos 
 Principais efeitos: 
▪ Aneletrotônus 
 
▪ Cateletrotônus 
 
▪ Efeito analgésico 
 
▪ Efeito anti-inflamatório 
 
▪ Estimulação nervosa 
No polo (+) → Depressão da excitabilidade, 
que leva ao alívio da dor 
No polo (-) → ↑ excitabilidade, que facilita 
atividades específicas do tecido nervoso 
 Técnicas de administração 
 Antes de iniciar a aplicação 
▪ Quanto menor for a área do eletrodo, maior será a concentração 
de energia 
▪ Identificar os polos positivo e negativo 
 
 Dosimetria 
▪ ~0,5 a 1 mA por cm2 de área do eletrodo ou de 2 a 20 mA 
▪ Depende da sensação de formigamento referida pelo paciente 
 
 Sensação para o paciente seja sempre agradável 
 
 Tempo de aplicação ~15 a 30 minutos 
 Formas de aplicação 
 Longitudinal 
▪ Eletrodos se mantêm na mesma face anatômica 
 Transversal 
▪ Eletrodos se dispõem em faces anatômicas diferentes 
 Banho de galvanização 
▪ Utiliza água para ↑ campo de atuação 
 Cuidados importantes na aplicação 
 Colocar esponjas de ~1 cm sob os eletrodos metálicos 
 Não cruzar os cabos 
 Não realizar aplicação em áreas com perda de 
sensibilidade 
 Observar polaridade do cabo 
 Certificar que a intensidade da corrente esteja na 
tolerância do paciente e seja ↑ à medida da acomodação 
 Usar eletrodos de tamanho igual sobre gaze molhada em 
solução salina e levemente espremida 
 Aplicar com a pele intacta 
 Indicações 
 ↓ edemas 
 Afecções da estética 
 Eletrólise depilatória 
 Algias (polo positivo) 
 Lesões de nervos periféricos (polo negativo) 
 Transtornos circulatórios 
 Estimulação da irrigação sanguínea 
 Iontoforese 
Agulha especial, sendo o cátodo para reação alcalina 
 Contra Indicações 
 
 Extremos cronológicos 
 Neoplasias 
 Pacientes com distúrbios de sensibilidade 
 Ferida aberta 
 Região das gônadas e dos olhos 
 Útero gravídico 
 Confusão mental 
 Irritabilidade cutânea 
 Implantações metálicas no campo de aplicação 
 Marca-passo 
 Iontoforese 
 Introdução de íons medicamentosos dentro da pele 
humana utilizando-se uma corrente de baixa voltagem 
 
 + comuns 
▪ anestésicos, analgésicos e anti-inflamatórios 
 
 Duração de um tratamento individual depende da 
intensidade e dose terapêutica desejada 
 
 Administrados em dias alternados, por ~3 semanas 
 Iontoforese 
 Iontoforese 
 
 Indicações 
 
▪ Algias 
▪ Processos inflamatórios 
▪ Fibrinólise 
▪ Cicatrização 
▪ ↓ edema 
▪ Doenças reumáticas 
▪ Artrites 
 
 Iontoforese 
 
 Contra Indicações 
 
▪ Cefaleias 
▪ Vertigens 
▪ Alergia ao medicamento 
▪ ↓ sensibilidade a passagem de corrente elétrica 
▪ Ferida aberta 
▪ Região das gônadas e dos olhos 
▪ Útero gravídico 
▪ Confusão mental 
 
 Emprega estimuladores elétricos de canal 
múltiplo controlado por microprocessador 
para recrutar músculos em sequência 
sinergística programada 
 
 Possibilita ao paciente executar um padrão 
de movimento funcional específico 
 
 Correntes elétricas de baixa frequência 
 
 
 
 
 
 
 
Produção da contração por meio da estimulação elétrica 
Despolariza o motoneurônio 
Produz uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo 
Esse sincronismo promove uma contração eficiente 
Para isso, é necessário treinamento específico 
A fim de evitar a fadiga precoce 
Que impediria a utilização funcional do método com o objetivo de reabilitação 
 Parâmetros de funcionamento 
 Intensidade 
 
 Frequência 
 
 Duração do pulso ou largura do pulso 
Ajustada de acordo com os objetivos 
Variável de 5 Hz a 200 Hz 
Variável de 50 µs a 400 µs 
 Parâmetros defuncionamento 
 Tempo de subida (rise) 
 
 
▪ Regula a velocidade de contração 
Tempo de subida do pulso, variável de 1 a 10 s 
Tempo desde o começo até a 
máxima contração muscular 
Tempos altos produzem uma lenta (mas gradual) contração 
Tempos pequenos produzem uma contração repentina (súbita) 
 Parâmetros de funcionamento 
 Tempo de descida (decay) 
 
 
▪ Regula a velocidade com que a contração ↓ 
 
 
 
 
 
Tempo de descida do pulso, variável de 1 a 10 s 
Tempo desde a máxima contração até o relaxamento muscular 
Tempos altos produzem relaxamento lento 
Tempos baixos produzem relaxamento repentino (súbito) 
 Parâmetros de funcionamento 
 Ciclo on 
▪ Regula o tempo em que a corrente circula pelo eletrodo 
durante cada ciclo de estimulação 
 
 Ciclo off 
▪ Regula o tempo em que a corrente não circula pelos eletrodos 
 
 Sincronizado 
 
 Recíproco 
Tempo de máxima contração muscular variável de 0 a 30 s 
Tempo de repouso da contração muscular, variável de 0 a 60 s 
Os 2 canais funcionam ao mesmo tempo no ciclo on e off 
selecionados 
Os canais funcionam alternadamente 
Enquanto um está no ciclo on, o outro está no ciclo off 
 Critérios de avaliação dos pacientes 
 Observar 
▪ Obesidade 
▪ Neuropatias periféricas 
▪ Distúrbios sensoriais importantes 
 
 Aceitação do paciente 
 Avaliação completa e cuidadosa do paciente 
 Capacidade de resposta à corrente 
 Graduação da sua espasticidade 
 Avaliação da articulação pela movimentação passiva e pela 
goniometria 
 Indicações 
 Facilitação neuromuscular 
 Fortalecimento muscular 
 Ganho ou manutenção da ADM 
 Controle das contraturas 
 Controle da espasticidade 
 Substituição ortótica 
 Escoliose idiopática 
 Subluxação de ombro 
 Esclerose múltipla 
 Hipotrofia por desuso 
 Hemiplegia 
 Lesão medular 
 Contra Indicações 
 
 Disritmia cardíaca 
 Marca-passo 
 Região dos olhos 
 Região das mucosas 
 Útero gravídico 
 Lesão nervosa periférica 
 
 Corrente de média frequência 
 
 Os nervos são estimulados, ela é interrompida 
para produzir uma estimulação de baixa 
frequência de 50 Hz 
 
 Apresenta pulsos curtos → Passa através da pele 
 
 Objetivos excitomotores 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estimulação elétrica máxima 
Pode fazer com que quase todas as unidades motoras em um músculo se 
contraiam de maneira sincronizada 
Algo que não pode ser conseguido na contração voluntária, segundo se alega 
Possibilitaria a ocorrência de contrações musculares mais fortes com a 
estimulação elétrica 
Maior hipertrofia muscular 
 Efeitos fisiológicos e terapêuticos 
 Mudanças na capilaridade 
 
 Mudança na característica de resposta do 
motoneurônio 
 
 ↓ velocidade de condução 
 
 ↑ excitabilidade 
 
 Indicações 
 
 Incremento de força muscular 
 Modificação do tecido muscular 
 Melhora da estabilidade articular 
 Melhora de rendimento físico em esporte de alto nível 
 Manutenção da qualidade e quantidade do tecido 
muscular 
 ↑ circulação sanguínea no músculo 
 Recuperação da sensação da contração nos casos de perda 
de sinestesia 
 Incontinência esfincteriana 
 Estética 
 Contra Indicações 
 Lesões musculares, tendinosas e ligamentares 
 Inflamações articulares em fase aguda 
 Fraturas não consolidadas 
 Espasticidade 
 Miopatologias que impeçam a contração muscular 
fisiológica 
 Lesão nervosa periférica 
 Confusão mental 
 ↓ sensibilidade à passagem da corrente elétrica 
 
 Utilizado para descrever uma abordagem 
eletroterapêutica específica para o controle da dor 
 
 Modalidade corresponde ao processo de alterar a 
percepção da dor por meio de uma corrente elétrica 
 
 Resultado depende 
 Natureza da dor 
 Limiar individual da dor 
 Colocação do eletrodo 
 Intensidade de estimulação 
 Características elétricas do estímulo 
 Mecanismo de alívio da dor 
 
 
 
 
 
 Classificação 
 Parâmetros a serem configurados no aparelho 
▪ Frequência 
▪ Duração do pulso 
▪ Intensidade 
 
 Modulações 
▪ Convencional (em caso de dor aguda e dor crônica) 
▪ Acupuntural 
▪ Burst ou trem de pulso 
▪ Breve e intensa 
Sofrerão variação de acordo com os objetivos 
de tratamento 
 TENS convencional 
 Estimulação de alta frequência e baixa intensidade 
 
 Frequência: ~40 a 150 Hz 
 
 Duração dos pulsos: Pulsos curtos de 50μs a 100 μs 
 
 Acomodação 
 
 Estimula preferencialmente fibras mielinizadas aferentes 
de diâmetro largo 
 
 Esse método também é o + usado para autotratamento 
 TENS acupuntural 
 Alta intensidade e baixa frequência 
 
 Frequência: até ~10 Hz 
 
 Duração dos pulsos: 100 μs a 300 μs 
 
 Intensidades que provocam contrações musculares visíveis 
 
 Geralmente aplicado aos pontos de acupuntura, mas pode ser 
aplicado a pontos motores do músculo em questão 
 
 Estimula preferencialmente fibras mielinizadas aferentes de pequeno 
diâmetro 
 
 
 
 TENS burst ou de pulso 
 Série de pulsos repetidos 
 
 Alta frequência (60 a 100 Hz) moduladas em trens de 
baixa frequência (1 a 4 Hz) 
 
 Combina a TENS convencional e a de acupuntura 
▪ Propicia alívio de dor por 2 rotas 
 TENS breve e intensa 
 Usa pulsos de duração maior 
 Com frequências mais altas ~100 Hz 
 Intensidade mais alta que for tolerada 
 
 Baseado em evidências 
▪ Aplicação feita por ~15 minutos por vez 
 
 Indicações 
 Processos dolorosos em geral 
 
 Contraindicações 
 Dores não diagnosticadas (de origem desconhecida) 
 Marca-passo 
 Cardiopatias ou disritmias 
 Pacientes nos 3 primeiros meses de gestação 
 Região da boca 
 Feridas de pele 
 Ataque isquêmico transitório (AIT) 
 Epilepsia 
 
 Tende a ser aplicado em nível subsensorial ou 
sensorial muito baixo 
 
 Corrente que opera a menos que 1000 µA 
 
 Liberam no corpo uma corrente elétrica com 
amperagem de cerca de 1/1000 da TENS, mas 
com duração de pulso que pode ser até 2500 
vezes maior 
 
 Não visa excitar nervos periféricos 
 Efeitos fisiológicos e terapêuticos 
 
 Se baseia no efeito que uma corrente de baixa amperagem 
exerce sobre os níveis de ATP → Em resposta à lesão 
 
 Catalisadora nos processos iniciais e de sustentação em 
numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no 
processo cicatricial 
 
 Acelera em até 500% a produção do ATP 
 
 
 
 
c 
Grande responsável pela síntese proteica e 
regeneração tecidual 
 Efeitos fisiológicos e terapêuticos 
 
 Analgesia 
 Aceleração do processo de reparação tecidual 
 Reparação de fraturas 
 ↑ osteogênese 
 Efeito anti-inflamatório 
 Efeito bactericida 
 Indicações 
 Dor aguda e crônica 
 Inflamação 
 Edema 
 Disfunções musculoesqueléticas 
 Síndrome pré-menstrual 
 Lesões esportivas 
 Osteoartrite (OA) 
 Lombociatalgia 
 DTMs 
 Fibromialgia 
 Fascite plantar 
 Epicondilite 
 Fraturas e calcificação óssea 
 Cicatrização de feridas e úlceras isquêmicas 
 Contra Indicações 
 Síndromes dolorosas e de etiologia não estabelecida 
 Gravidez 
 Marca-passo 
 Região com feridas infectadas 
 Região com tumores 
 Região do globo ocular 
 Região do sino carotídeo

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