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Direito das obrigações

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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1 - Direito das Obrigações
1.	Noções gerais
1.1	Fontes das obrigações
1.2 Distinção entre direitos obrigacionais ou pessoais e direitos reais
Unidade 2 - OBRIGAÇÃO
2.1 Conceito e natureza jurídica
2.2 Características e elementos constitutivos da obrigação
2.3 Fontes das obrigações
2.4 Distinção entre obrigação e responsabilidade
2.5 Classificação das obrigações
Unidade 3.	Conceito de obrigações
3.1	Elementos constitutivos das obrigações: sujeito, objeto e vínculo jurídico
Unidade 4.	Classificação das obrigações
4.1	Classificação quanto ao objeto
4.1.1	Obrigações de dar
4.1.2	Obrigação de fazer
4.1.3	Obrigação de não fazer
4.2	Classificação quanto aos elementos
4.2.1	Obrigações alternativas
4.2.2	Obrigações facultativas
4.2.3	Obrigações cumulativas
4.2.4	Obrigações divisíveis e indivisíveis
4.2.5	Obrigações solidárias
4.3	Classificação quanto à exigibilidade: obrigações civis e naturais
4.4	Classificação quanto ao conteúdo: obrigações de meio e de resultado e obrigações de garantia
4.5	Outras modalidades de obrigações
4.5.1	Obrigações principais e acessórias
4.5.2	Obrigações líquidas e ilíquidas
4.5.3	Obrigações condicionais
4.5.4	Obrigações modais
4.5.5	Obrigações a termo
Unidade 5- Transmissão das obrigações
5.1	Cessão de crédito
5.2	Assunção de dívida
5.3	Cessão de posição contratual (cessão de contrato)
Unidade 6-	Adimplemento e extinção das obrigações
6.1	Requisitos subjetivos do pagamento
6.2	Requisitos objetivos do pagamento
Unidade 7-	Modalidades especiais de pagamento
7.1	Pagamento em consignação
7.2	Pagamento com sub-rogação
7.3	Imputação do pagamento
7.4	Dação em pagamento
7.5	Novação
7.6	Compensação
7.7	Confusão
7.8	Remissão
7.9	Transação
Unidade 8-	Inadimplemento das obrigações
8.1	Inadimplemento absoluto e relativo
8.2	Mora do credor
8.3	Consequências do inadimplemento das obrigações
8.3.1	Perdas e danos
8.3.2	Dano patrimonial
8.3.3	Juros
8.3.4	Cláusula penal
8.3.5	Arras
1. DEFINIÇÃO DE OBRIGAÇÃO
1.1- Acepções da palavra “obrigação”
DEVER JURÍDICO: 
Nosso objeto de estudo: obrigação em sentido estrito = dever jurídico patrimonial.
Conclusão: OBRIGAÇÃO = Dever jurídico patrimonial - vínculo especial entre pessoas determinadas, dando a uma delas o poder de exigir da outra uma prestação de natureza patrimonial.
1.2 - Conceito de Obrigação
"A obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio". (Washington de Barros Monteiro).
A relação jurídica transitória, existente entre um sujeito ativo, denominado credor, e outro sujeito passivo, o devedor, e cujo objeto consiste em uma prestação situada no âmbito dos direitos pessoais, positiva ou negativa. Havendo o descumprimento ou inadimplemento obrigacional, poderá o credor satisfazer-se no patrimônio do devedor. (Flávio Tartuce)
Na acepção hodierna:
A obrigação deve ser vista como uma relação complexa, formada por um conjunto de direitos, obrigações e situações jurídicas, compreendendo uma série de deveres de prestação, direitos formativos e outras situações jurídicas. A obrigação é tida como um processo – uma série de atos relacionados entre si –, que desde o início se encaminha a uma finalidade: a satisfação do interesse na prestação. Hodiernamente, não mais prevalece o status formal das partes, mas a finalidade à qual se dirige a relação dinâmica. Para além da perspectiva tradicional de subordinação do devedor ao credor existe o bem comum da relação obrigacional, voltado para o adimplemento, da forma mais satisfativa ao credor e menos onerosa ao devedor. O bem comum na relação obrigacional traduz a solidariedade mediante a cooperação dos indivíduos para a satisfação dos interesses patrimoniais recíprocos, sem comprometimento dos direitos da personalidade e da dignidade do credor e devedor (Nelson Rosenvald).
Relação Jurídica:
Caráter Transitório:
Objeto:
Natureza Pessoal:
Econômica: 
Garantia do Adimplemento: patrimônio do devedor (art. 391, CC.).
1.3. Elementos Obrigacionais:
a) Elementos subjetivos: o credor (sujeito ativo) e o devedor (sujeito passivo);
b) elemento objetivo imediato: a prestação pessoal do devedor (dar, fazer ou não fazer);
c) elemento imaterial, virtual ou espiritual: o vínculo existente entre as partes (que liga sujeitos de direito ao objeto).
1.3.1. Elementos Subjetivos:
a) Sujeito Ativo: 
b) Sujeito Passivo: 
1.3.2. Elemento Imaterial, Virtual ou Espiritual da Obrigação:
- Três teorias buscam a essência e a natureza do vínculo obrigacional: monista, dualista e eclética.
- Antes de começar a falar das teorias, faz-se necessário o conhecimento de dois elementos integrantes do vínculo jurídico:
Schuld 	x 	Haftung
(débito) 		(responsabilidade) - art. 391/CC e 831 do CPC
Rel. dir. material 	Garantia no patrimônio do devedor
Dir. subjetivo 		Pretensão judicial
O Schuld é o dever legal de cumprir com a obrigação, o dever existente por parte do devedor. Havendo o adimplemento da obrigação surgirá apenas esse conceito.
Se a obrigação não é cumprida, surgirá a responsabilidade, o Haftung. 
a) Teoria Monista: 
a.1) clássica ou personalista (Savigny): 
Credor
Devedor
Débito (schuld)
a.2) objetivista (Brinz):
Credor
Devedor
Responsabilidade (haftung)
b) Teoria Dualista (Amira e Gierke):
Débito sem responsabilidade:
Débito sem responsabilidade própria:
Responsabilidade sem débito: 
Responsabilidade sem débito atual:
Conclusão: 	relação primária (originária) - essência: débito
	rel. secundária (derivada) - essência: responsabilidade/garantia
Débito (schuld)
Credor
Devedor
Responsabilidade (haftung)
c) Teoria Eclética (Ferrara):
Débito (schuld)
Credor
Devedor
Responsabilidade (haftung)
1.3.3. Elemento Objetivo ou Material:
Obrigação de dar
Obrigação de fazer
Obrigação de não fazer
Não confundir: objeto da obrigação (prestação do devedor) e objeto da prestação (coisa ou conduta devida).
O objeto tem que ser: 
possível, 
lícito, 
determinado/determinável, 
suscetível de estimação econômica (patrimonialidade).
Impossibilidade
física ou material: 
legal e jurídica: 
Lícito
Determinado ou determinável
Economicamente apreciável
ELEMENTOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL (ESTRUTURA)
1. SUJEITOS: 	Credor
	Devedor
2. OBJETO: prestação pessoal do devedor
	Modalidades: DAR, FAZER e NÃO FAZER
3. VÍNCULO JURÍDICO: liame que liga os sujeitos ao objeto.
	Elementos essenciais: débito (schuld) e responsabilidade (haftung)
1.4. Posição do Direito das Obrigações:
a) Código Civil 1916
A Parte Especial do Código assim estava dividida: 
1.º - Direito de Família: "pai de família"
2.º - Direito das Coisas: "proprietário"
3.º - Direito das Obrigações.
b) Código Civil 2002
1.5. Fontes das Obrigações
1.6. Evolução histórica do Direito das Obrigações
1.6.1- Da Despatrimonialização à Patrimonialização:
a) Fase Pré-Romana:
b) Direito Romano:
Lex Poetelia Papiria (312 ou 326 a.C.):
Lex Vallia (sec. II a.C.) - alguns casos, exclusão do "vindex".
Instituição da Bonorum Venditio (sec. II a.C.) -
Constituição Imperial de Antonino Pio (138 a 161 d.C.) - execução pelo "pignus in causa iudicati captum" - o pretor ouvia a postulação do credor e penhorava os bens do devedor suficientes ao pagamento. Havia prazo para o devedor resgatar seus bens. Passado o prazo, os bens eram vendidos em hasta pública (leilão).
1.6.2- Evolução Histórica
1.6.3- Da Patrimonialização à Despatrimonialização
- Lei n. 8.009/90.
- Art. 1.º, III da CF: 
- Art. 421 e 422 do Código Civil:
- CC/2002 e CF/1988:
2- CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
2.1. Quanto à Estrutura:
2.1.1- Quanto ao OBJETO (dar, fazer, não fazer)
Positivas: DAR e FAZER (uma prestação, um agir)
Negativas: NÃO FAZER
Pessoais: FAZER.
Materiais: DAR, destaque de bem do patrimônio do devedor para se agregar ao do credor.
2.1.1.1- Obrigação Positiva de Dar
OBRIGAÇÕES DE DAR: entrega de alguma coisa ao credor, seja transferindo-lhe a propriedade, a posse ou apenas o uso, ou restituindo-lhe a coisa (o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entregue ao devedor – ex.: comodato).
- Arts. 233 ao 246 do CC e 806 ao 813 do CPC.
a) obrigação de dar coisa certa, também denominada obrigação específica;
b) obrigação de dar coisa incerta ou obrigação genérica.
TRADIÇÃO: ato de entrega ou restituição da coisa.
- O domínio só se adquire pela tradição (coisa móvel) e pelo registro do título (imóvel). Arts. 1.226 e 1.227, CC.
Espécies:
- Real
- Simbólica
- Fícta
2.1.1.1.1- Obrigação Positiva de Dar Coisa Certa:
O credor não está obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa, nem o devedor, a entregar outra, ainda que menos valiosa (art. 313).
O acessório segue o principal (art. 233), mas as partes podem estipular o contrário. Ex.: casa com suas benfeitorias. 
Principal: tem existência própria; Acessório: a existência depende do principal (art. 92 do CC).
Acessórios: frutos, produtos e benfeitorias Pertenças (ex.: imobiliário) - art. 93 e 94 do CC.
a) Frutos: utilidades produzidas periodicamente por uma fonte. Não acarreta a destruição ou diminuição do valor da fonte. Ex.: cereais, frutas.
Classificação: 
Quanto à Origem:
Naturais:
Industriais:
Civis:
Quanto ao Estado:
Pendentes:
Percebidos ou Colhidos :
Estantes:
Percipiendos:
Consumidos :
b) Benfeitorias: necessárias, úteis e voluptuárias (art. 96, CC.)
c) Produtos: utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente.
I- OBRIGAÇÃO DE ENTREGA DE COISA:
Risco de perecimento ou deterioração do objeto, antes da tradição:
Regra: “res perit domino suo”.
1.º) Perda da coisa (perecimento, extravio, furto, roubo) – art. 234
Ausência de Culpa:
- Art. 393 do CC.
- Caso Fortuito:
- Força maior:
SEM Culpa Do Devedor: 
Responderá mesmo agindo sem culpa:
a) devedor em mora:
- art. 399 do CC;
 
b) previsão contratual:
- art. 393 do CC;
c) previsão legal:
COM Culpa Do Devedor:
Culpa:
- Sentido Amplo: 
a) dolo (intenção de descumprimento);
b) culpa em sentido estrito ou stricto sensu (descumprimento a um dever preexistente por imprudência, negligência ou imperícia).
Perdas e Danos:
- Art. 402 do CC
- Danos Emergentes (ou positivos): o que efetivamente se perdeu.
- Lucros Cessantes (ou danos negativos): o que se deixou de ganhar.
- Danos Morais: lesão a direito de personalidade (art. 5, V e X da CR).
Deterioração Da Coisa
- Dever de devolver coisa que não lhe pertence.
SEM Culpa do Devedor:
- Art. 235 do CC.
COM culpa do devedor:
- Art. 236 do CC.
 
II- OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR COISA (devolução da coisa recebida pelo devedor):
Perda da coisa:
SEM culpa do devedor: 
- Art. 238 do CC.
COM culpa do devedor: o devedor responde pelo valor do objeto, mais perdas e danos.
- Art. 239 do CC.
Deterioração Da Coisa 
SEM culpa do devedor:
- Art. 240 do CC.
COM culpa do devedor:
DIREITO AOS MELHORAMENTOS, ACRÉSCIMOS E FRUTOS
Melhoramentos: mudança para melhor, em valor, em utilidade, em comodidade, na condição e no estado físico da coisa. 
Acréscimos:- que se acrescenta a coisa, aumentando-a.
Na obrigação de entregar
- Art. 237 do CC.
Na obrigação de restituir
- Art. 241 e 242 do CC.
- Art. 1.219 do CC.
Possuidor de boa-fé (devedor) => indenização pelos acréscimos (benfeitorias) necessários e úteis. Direito de retenção. Para os acréscimos (benfeitorias) voluptuários, direito de levantá-las ou indenização quando autorizadas.
Possuidor de má-fé => indenização apenas pelos acréscimos necessários, sem direito de retenção. (art. 1.220, CC)
Quanto aos Frutos: art. 1.214.
1.1.1.2- OBRIGAÇÃO DE DAR: DINHEIRO (Obrigações pecuniárias)
Obrigações Pecuniárias: entregar dinheiro
Objeto da prestação: dinheiro (não uma coisa
Princípio do Nominalismo: 
- Art. 315 do CC.
Dívida em Dinheiro: 
Curso Legal:
Curso Forçado:
Moeda de Curso Forçado:
Cláusula de Escala Móvel ou Escalonamento:
- Art. 316 do CC.
Dívida de Valor: 
Teoria da Imprevisão:
- Art. 315 e 478 do CC.
Proibição de Convenções de Pagamento em Ouro ou Moeda Estrangeira
- Art. 318 do CC.
- Decreto-lei 857/1969:
- Lei 8.880/1994:
- Lei 10.192/2001:
Pagamento por medida ou peso:
- Art. 326 do CC.
Despesas com Pagamento e Quitação: => devedor.
- Art. 325 do CC.
1.1.1.3 – OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA: 
- Arts. 243 ao 249, CC; Arts. 811 a 813, CPC.
Direito de escolha: CONCENTRAÇÃO:
- Art. 246 e 247 do CC
Limites à Atuação do Devedor: Critério da qualidade média ou intermediária. 
Escolha pelo Credor:
- Art. 342 do CC.
- Art. 245 do CC.
- Art. 811 a 813 do CPC.
Gênero Nunca Perece:
Gênero Limitado:
1.1.2 - OBRIGAÇÕES DE FAZER: serviço humano em geral, seja material ou imaterial, a realização de obras e artefatos, ou a prestação de fatos que tenham utilidade para o credor.
Arts. 247 ao 249, CC; 497 ao 501, 536 e 537 do CPC
Podem Consistir Em:
Prestações de Serviços Fáticos ou Intelectuais:
Trabalho Determinado pelo Produto, ou seja, pelo Resultado: 
Distinção:
	Obrigação de dar
	Obrigação de fazer
	O interesse do credor concentra-se no objeto da prestação, sendo irrelevantes as características pessoais ou qualidades do devedor.
	As características pessoais ou qualidades do devedor são relevantes.
1.1.2.2- Espécies:
Infungível, Imaterial ou Personalíssima (Intuitu Personae) => (art. 247, CC).
Fungível, Material ou Pessoal (art. 249) => 
- Autotutela Civil: 
Contrato Preliminar:
- Art. 463 e 464 do CC
1.1.2.3- Inadimplemento da Obrigação de Fazer
- Art. 248 do CC
SEM CULPA
COM CULPA
Prestação Fungível: (art. 249, CC).
Prestação Infungível: (art. 247). 
1.1.3- OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER: o devedor tem como dever a abstenção de uma prática que poderia livremente satisfazer.
Ex.: 1) cabeleireira que vende salão de beleza e se obriga a não abrir outro no mesmo bairro; 2) não divulgar segredo industrial.
- Arts. 250 e 251 do CC e 497 ao 501, 536 e 537 do CPC.
1.1.3.1- Inadimplemento da Obrigação de Não Fazer
- Art. 390 do CC
- - Art. 250 do CC
1.2- OBRIGAÇÕES LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS
1.2.1- Obrigação Líquida: a obrigação é certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto.
1.2.2- Obrigação Ilíquida: o objeto depende de prévia apuração, pois o valor ou montante apresenta-se incerto.
1.3- Quanto ao VÍNCULO JURÍDICO
1.3.1- Obrigações Civis ou Perfeitas: o vínculo é perfeito, ou seja, dotado de débito e responsabilidade. 
1.3.2- Obrigações Naturais ou Imperfeitas: falta o poder de garantia ou a responsabilidade do devedor.
a) dívida prescrita (art. 882 do CC);
b) dívidas resultantes de jogo e aposta não legalizados (arts. 814 e 815 do CC);
c) mútuo feito a menor sem a prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver (art. 588 do CC) – originário do senatus consultus macedoniano.
Gorjetas e Propinas (Obrigação Natural):
1.3.3- Quanto à Natureza do Vínculo
a) Obrigações Reais: vínculo real: elo entre o titular de coisa e os não titulares.
b) Obrigações Creditícias: vínculo obrigacional: elo entre credor e devedor específico.
c) Obrigações Propter Rem
Características:
- acessórias de direito real, do qual decorrem;
- não geram direitos reais para o credor. Por exemplo, o fisco não tem direito real sobre o imóvel sobre o qual recai o IPTU;
- são típicas, enumeradas em lei.
2- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS ELEMENTOS
2.1- Obrigações Puras e Simples
2.2- Obrigações Condicionais
Subordinadas a um evento futuro e incerto.
2.3- Obrigações a Termo (ou a prazo)
2.4- Obrigações Modais ou com Encargo ou Onerosa
3- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS SUJEITOS
3.1- Quanto ao Conteúdo Fiduciário (Confiança)
a) Impessoais:
b) Pessoais ou Intuitu Personae: 
3.2- Quanto à Posição dos Sujeitos
a) obrigações simples
b) obrigações complexas
4- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO OBJETIVO VISADO (fim a que se destina):
4.1- Obrigações de Meio: o devedor promete empregar seus conhecimentos, meios e técnicas para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto, se responsabilizar por ele.
4.2- Obrigações de Resultado: o devedor dela se exonera somente quando o fim prometido é alcançado. Caso contrário, é considerado inadimplente.
4.3- Obrigações de Garantia: visa eliminar um risco que pesa sobre o credor, ou as suas consequências.
5- CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO DE EXECUÇÃO
5.1- Obrigação de Execução Instantânea ou Momentânea: que se consuma num só ato, sendo cumprida imediatamente após sua constituição.
 
5.2- Obrigação de Execução Diferida: o cumprimento também deve ser realizado em um só ato, mas em momento futuro.
5.3- Obrigação de Execução Continuada, Periódica ou de trato sucessivo: 
5.3.1 - Obrigação que se Prolonga no Tempo:
6- CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS RECIPROCAMENTE
6.1- Obrigações Principais: subsistem por si, sem depender de qualquer outra.
Obrigações Acessórias: têm sua existência subordinada a outra relação jurídica, isto é, dependem da obrigação principal. Ex.: fiança, cláusula penal, juros.
7- CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES QUANTO AO PAGAMENTO
Obrigação Simples:
7.1- Quanto aos SUJEITOS do pagamento
7.1.1- Obrigações Fracionárias ou Parciais:
lado passivo (devedor): 
lado ativo (credor): 
7.1.2- Obrigações Conjuntas ou Unitárias (Obrigações de Mão Comum):
lado passivo: 
lado ativo: 
7.1.3- Obrigações Solidárias
Arts. 264 ao 285, CC. 
a) Solidariedade Ativa: 
b) Solidariedade Passiva:
7.1.3.1- Diferença entre Solidariedade e Indivisibilidade
- Art. 264 do CC
7.1.3.2- Inexistência de Solidariedade Presumida
- Art. 265 do CC
Formas:
- Art. 266 do CC
7.1.3.3- Solidariedade Ativa
- Arts. 267 a 274 do CC.
Morte Do Credor Solidário
- Art. 270 do CC
Conversão da Obrigação Solidária em Perdas e Danos
- Art. 271 do CC
Credor Favorecido
- Art. 272 do CC
Defesas Opostas ao Credor
- Art. 273 do CC
Exceções Objetivas: concernentes ao próprio negócio
Julgamento Contrário a um dos Credores:
- Art. 274 do CC
a) se um dos credores vai a juízo e perde, qualquer que seja o motivo (acolhimento de exceção comum ou pessoal), essa decisão não tem eficácia em relação aos demais credores;
b) se o credor vai a juízo e ganha, essa decisão beneficiará os demais credores, salvo se o(s) devedor(es) tiver(em) exceção pessoal que possa ser oposta a outro credor não participante do processo, pois, em relação àquele que promoveu a demanda, o(s) devedor(es) nada mais pode(m) opor.
Solidariedade Passiva
- Arts. 275 a 285 do CC.
Morte do Devedor Solidário
- Art. 276 do CC
Direito de Regresso do Devedor
- Art. 283 a 285 do CC
Exceções Opostas pelo Devedor
- Art. 281 do CC
Pagamento Parcial e Remissão da Dívida
- Art. 277 do CC
Impossibilidade da Prestação por Dolo ou Culpa de um dos Devedores
- Art. 279 e 280 do CC
Renúncia da Solidariedade
- Art. 282 do CC
Renúncia Absoluta (todos os coobrigados).
- Renúncia Relativa: operada em proveito de um ou de alguns devedores.
7.1.3.2- Responsabilidade Subsidiária
7.2 - Quanto ao OBJETO do Pagamento
7.2.1- Obrigações Alternativas ou Disjuntivas: são aquelas que compreendem dois ou mais objetos e extinguem-se com a prestação de apenas um.
Diferenças entre obrigação de dar coisa incerta e obrigação alternativa:
	Obrigação de Dar Coisa Incerta
	Obrigação Alternativa
	Definição do objeto por ato de escolha;
	Definição do objeto por ato de escolha;
	O objeto é um só, apenas indeterminado quanto à qualidade;
	Dois ou mais objetos individualizados, devendo a escolha recair em apenas um deles;
	Não ocorre concentração compulsória, nem se altera a obrigação com a perda da coisa; princípio: “genus nunquam perit” (o gênero não perece).[2: Concentração: ato de escolha unilateral, de definição do objeto.]
Art. 246 – não pode o devedor alegar perda da coisa por força maior ou caso fortuito.
	Perecimento de um dos objetos: concentração, por força de lei, naquele que remanesce;
Direito de Escolha: aplicam-se as regras da obrigação de dar coisa incerta.
- Art. 252, CC
Indivisibilidade do Pagamento:
- Art. 252, § 1.º, CC
Concentração: ocorre com a cientificação da escolha.
7.2.1.1- Impossibilidade das Prestações:
- Art. 253 do CC
impossibilidade material:
impossibilidade jurídica: 
Escolha do Devedor:
- Art. 254 do CC
Escolha do Credor:
- Art. 255 do CC
- Impossibilidade de UMA das prestações com culpa do devedor.
Impossibilidade de TODAS as prestações com culpa do devedor.
- Impossibilidade de TODAS as prestações, sem culpa do devedor: extingue-se a obrigação, por falta de objeto, sem ônus para as partes.
- Art. 256 do CC
7.2.2- Obrigações Facultativas
Em caso de inadimplemento e execução judicial da obrigação:
Impossibilidade da Prestação:
Conclusões:
o credor só pode pedir a coisa propriamente dita;
se a prestação devida consistir em fato ilícito, coisa fora do comércio ou inexistente, a obrigação se torna nula, por se transformar numa obrigação sem objeto;
se a coisa principal perecer, a obrigação facultativa fica sem objeto, portanto, o devedor se desonera.
7.2.3- Obrigações Cumulativas ou Conjuntivas
- Art. 314, CC.
7.2.4- Obrigações Divisíveis e Indivisíveis:
- Caracteriza-se pela pluralidade de credores ou de devedores.
Arts. 257 ao 263, CC
OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL e OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA 
A obrigação indivisível passiva tem a sua origem na natureza da coisa, tarefa ou negócio, enquanto a segunda diz respeito aos sujeitos da obrigação e surge em decorrência de previsão em lei ou contrato.
7.2.4.1- Obrigação Indivisível:
- Art. 258 do CC.
- Pluralidade de Devedores: 
- Art. 259 do CC.
- Pluralidade de Credores:
- - Art. 260 do CC.
Regresso:
- Art. 261 do CC.
Remissão:
- Art. 262 do CC.
Perdas e Danos:
- Art. 263 do CC.
7.2.4.2- Obrigação Divisível:
Tem por objeto uma coisa ou um fato suscetíveis de divisão. É possível ao devedor executá-la por partes.
* Observar arts. 87 e 88 – bens divisíveis.
Consequências:
cada um dos credores só tem direito de exigir sua fração no crédito;
cada um dos devedores só tem de pagar a própria quota no débito;
se o devedor pagar integralmente a dívida a um só dos vários credores, não se desobrigará com relação aos demais concredores;
o credor que recusar o recebimento de sua quota, por pretender a dívida toda, pode ser constituído em mora;
a insolvência de um dos co-devedores não aumentará a quota dos demais;
art. 201, CC – a suspensão da prescrição, especial a um dos devedores, não aproveita aos demais;
Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível.
art. 204, § 2.º, CC.
8- TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
- O Direito Civil Brasileiro admite três formas de transmissão das obrigações:
a) Cessão de Crédito.
b) Cessão de Débito.
c) Cessão de Contrato.
8.1- Cessão de Crédito
- Arts. 286 a 298 do CC.
CESSÃO DE CRÉDITO
A cessão de crédito é uma alienação de bem imaterial (crédito). É um negócio jurídico bilateral pelo qual o credor transfere a um terceiro seu direito.
Partes: 	Cedente – aquele que aliena o direito.
		Cessionário – aquele que adquire.
		Cedido – é o devedor.
- Art. 286 do CC.
- A título gratuito ou oneroso.
- Capacidade:
- Acessórios.
- Art. 287 do CC.
- Art. 290 do CC.
- Art. 291 do CC.
Espécies de Cessão de Crédito:
a) convencional: 
- Art. 295 do CC.
b) legal: 
c) judicial: 
Formas:
Exceção:
- Art. 289 do CC.
Terceiros:
- Art. 288 do CC.
- A cessão de título de crédito é feita mediante endosso.
Oposições:
- Art. 294 do CC.
Responsabilidade do Cedente: 
- Art. 295 do CC.
a) cessão de crédito Pro Soluto: 
- Art. 296 do CC.
b) cessão de crédito Pro Solvendo: 
- Art. 297 do CC.
Penhora:
- Art. 298 do CC.
8.2- Assunção de Dívida ou Cessão de Débito:
Negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na relação obrigacional, responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus acessórios.
- Art. 299 do CC.
- Ex.: 1.145 e 1.146 do CC.
Substituição do devedor, sem alteração na substância do vínculo obrigacional.
Partes:
a) antigo devedor (cedente).
b) novo devedor (cessionário).
c) credor (cedido/assuntor).
Modalidades:
ajuste entre o terceiro (assuntor) e o credor;
ajuste entre o terceiro e o devedor.
Ojeto:
Diferença entre Assunção de Dívida e Fiança:
Espécies de Assunção de Dívida:
a) expromissão:
b) delegação:
Ambas podem ser:
a) liberatória: 
b) cumulativa: 
Efeitos:
a) substituição do devedor:
b) Exceções pessoais:
- Art. 302 do CC.
c) extinção das garantias especiais:
- Art. 300 do CC.
d) anulação:
- Art. 301 do CC.
Hipoteca:
- Art. 303 do CC.
8.3- Cessão de Contrato ou Cessão da Posição Contratual
- Art. 425 do CC.
É a faculdade concedida a qualquer dos contratantes de transmitir a sua própria posião contratual, envolvendo a cessão de direitos e obrigações, ou seja, créditos e débitos, por isso, pode abranger a cessão de crédito e a assunção de dívida.
- Trata-se de negócio jurídico atípico.
- Partes: cessionário, cedente e cedido.
Requisitos:
a) contratos bilaterais: 
b) necessário o consentimento do cedido:
Efeitos: 
9- PAGAMENTO
PAGAMENTO = solução, cumprimento, adimplemento, implemento ou satisfação obrigacional.
9.1- Requisitos do pagamento para produzir o efeito da extinção da obrigação:
existência de um vínculo obrigacional;
intenção de solvê-lo (animus solvendi): ao contrário pode ser uma doação;
cumprimento da prestação;
a pessoa que efetua o pagamento (solvens);
a pessoa que o recebe (accipiens).
9.2- Quem Deve Pagar
- Arts. 304 a 307 do CC.
Pagamento Efetuado por Pessoa Interessada (art. 304)
- Art. 304 do CC.
Interessado: 
Sub-rogação:
- Art. 346, III do CC.
Consignação:
- Art. 334 do CC.
 Pagamento Efetuado por Terceiro não Interessado:
- Art. 304 do CC.
- Pagamento da dívida em seu próprio nome próprio:
- Art. 305 do CC.
Pagamento da dívida em nome e à conta do devedor:
- Art. 306 do CC.
9.3- Daqueles a quem se Deve Pagar
9.3.1 - Pagamento Efetuado Diretamente ao Credor (art. 308)
Destinatário do Pagamento: 
- Art. 308 do CC.
- É o credor na data do cumprimento.
Recibo:
- Art. 311 do CC.
9.3.2- Pagamento Efetuado a Credor Putativo (art. 309)
- Credor putativo: aquele que aparenta ser o credor verdadeiro.
- Devedor: requisitos: boa-fé e erro escusável.
9.3.3- Pagamento ao Credor Incapaz (art. 310)
- Se feito a absolutamente incapaz => 
- Se feito a relativamente incapaz => 
- Se o devedor conhecia a incapacidade => 
- Se o devedor desconhecia a incapacidade =>
9.3.4 - Pagamento Efetuado ao Credor cujo Crédito foi Penhorado
- Art. 312 do CC.
9.4- Da Prova do Pagamento
- Quitação.
- Art. 319 do CC.
Regra geral: não se presume o pagamento, salvo nos casos expressos em lei.
Quitação: declaração unilateral escrita, emitida pelo credor, de que a prestação foi efetuada e o devedor fica liberado (recibo).
Consignação: quando o credor se recusa a dar quitação (art. 335, I).
9.4.1- Requisitos da Quitação:
- Art. 320 do CC.
a) valor expresso da obrigação;
b) especificidade da dívida quitada;
c) identificação do devedor ou de quem paga no seu lugar;
d) tempo e lugar de pagamento;
e) assinatura do credor ou o seu representante, dando quitação total ou parcial.
9.4.2- Presunção de Pagamento:
Quando a dívida é representada por título de crédito,
- Art. 324 do CC.
- Art. 321 do CC.
Quando o pagamento é feito em quotas sucessivas,
- Art. 322 do CC.
Quando há quitação do capital, sem reserva dos juros, que se presumem pagos (art. 323).
9.5- Do Lugar do Pagamento
- Art. 327 do CC:
- Local do cumprimento da obrigação.
as partes podem estipular;
a lei;
circunstâncias e natureza da obrigação;
domicílio do devedor (dívida querable).
Dívida querable ou quesível: o credor deve buscar o pagamento no domicílio do devedor.
Dívida portable ou portável: o devedor deve levar o pagamento ao domicílio do credor.
Regra geral: dívidas quesíveis.
Imóvel:
- Art. 328 do CC.
Motivo Grave:
- Art. 329 do CC.
Pagamento Feito em Outro Local:
- Art. 330 do CC.
9.6- Do Tempo do Pagamento
9.6.1- Obrigação Instantânea ou Execução imediata (pagamento à vista):
- Art. 331 do CC.
9.6.2- Obrigação pura com data para pagamento (a termo) => devem ser pagas na data, sob pena de inadimplemento.
- Pode ser:
a) de execução diferida (pagamento deve ocorrer de uma vez só, no futuro) ou
b) de execução periódica (pagamento de trato sucessivo no tempo).
Diferença das Obrigações Condicionais:
- Art. 332 do CC.
Vencimento Antecipado:
- - Art. 333 do CC.
a) pré-insolvência;
b) penhora de bens já penhorados;
c) insuficiência de garantia sem reforço.
9.7- Pagamentos Especiais:
9.7.1- Pagamento em Consignação
- Arts. 334 a 345 do CC e 539 a 553 do CPC.
É meio judicial ou extrajudicial adotado pelo devedor ou terceiro para se liberar da obrigação, depositando a coisa devida nos casos e formas legais.
Pagamento Judicial:
a) a consignação em pagamento do CPC (539 a 553) e
b) a consignação de aluguéis e encargos da locação (arts. 58 e 67 da Lei 8.245/1991 (Lei de Locação).
c) revisão de obrigação de empréstimo, financiamento ou de alienação de bens (art. 330 §§ 2º e 3º do CPC).
Pagamento pela Via Bancária:
- Art. 334 do CC e 539 do CPC.
Pagamento em Dinheiro:
- Art. 539. § 1º do CPC.
- Art. 336 do CC.
- Arts. 337 do CC e 540 do CPC.
- Art. 338 do CC.
- Coisa certa ou incerta (art. 342).
9.7.1.1- Hipóteses:
- Art. 335 do CC.
a) credor não puder ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma:
a.1) impossibilidade física => 
a.2) recusa injustificada => 
recusa da quitação => arts. 319 e 320.
b.1) sem justa causa: (arts. 394, 400).
credor incapaz, desconhecido, declarado ausente ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
c.1) credor incapaz: 
c.2) credor desconhecido:
c.3) credor declarado ausente: 
c.4) local incerto: 
c.5) local perigoso ou difícil:
dúvida sobre o legítimo credor:(art. 344). 
litígio entre credores: (art. 345):
 litígio sobre o objeto do pagamento.
Regras Processuais:
- Arts. 339 a 343 do CC.
9.7.2- Pagamento com Sub-Rogação 
- Arts. 346 a 351, CC.
Transferência da qualidade creditória para aquele que solveu obrigação de outrem ou emprestou o necessário para isso. Esta pessoa substitui o credor originário na relação obrigacional, sendo este satisfeito pelo pagamento.
- MERA SUBSTITUIÇÃO DO CREDOR.
9.7.2.1- Efeitos:
a) liberatório: 
b) translativo: (art. 349).
9.7.2.2- Espécies:
Sub-rogação legal ou de pleno direito – art. 346.
a.1- em favor do credor que solve o débito do devedor comum.
a.2- em
favor do adquirente do imóvel hipotecado, que paga o credor hipotecário.
a.3- terceiro interessado: vinculado juridicamente ao credor e ao devedor. Exemplos: fiador, devedor solidário.
- Art. 350 do CC.
Sub-rogação convencional:
- Art. 347 e 348 do CC.
b.1 – Acordo entre o terceiro não interessado e o credor (art. 347, I);
b.2 – Acordo entre o terceiro não interessado e o devedor.
	
9.7.2.3- Diferença entre Cessão de Débito e Sub-Rogação:
a) Pagamento com sub- rogação (arts. 346 a 351 do CC):
- Forma de pagamento indireto.
- Não há necessidade de notificação do devedor, a não ser na hipótese do art. 347, I, do CC. (art. 348).
- Caráter gratuito, tão somente.
b) Cessão de Crédito (arts. 286 a 298 do CC):
- Forma de transmissão das obrigações.
- Há necessidade e notificação do devedor para que o mesmo saiba a quem pagar (art. 290 do CC).
- Caráter gratuito ou oneroso.
- Art. 351 do CC.
9.7.3- Imputação ao Pagamento:
- Arts. 352 a 355, CC.
- IMPUTAR: indicar, apontar.
É a forma de determinação de um pagamento quando o devedor possui duas ou mais obrigações para com um mesmo credor.
9.7.3.1- Requisitos (art. 352):
dois ou mais débitos;
identidade de credor e devedor quanto às dívidas;
dívidas da mesma natureza;
obrigações líquidas e vencidas;
o(s) valor(es) pago(s) é (são) suficiente(s) à extinção de um dos débitos, mas não alcança o montante necessário para quitar as demais.
9.7.3.2- Modalidades:
imputação pelo devedor:
imputação pelo credor:
- Art. 353 do CC.
imputação legal:
- Art. 354 e 355 do CC.
9.7.4- Dação em Pagamento
- Arts. 356 a 359, CC
É uma modalidade de pagamento indireto em que o credor consente em receber objeto diverso ao da prestação originariamente pactuada, com efeito liberatório, extinguindo-se a obrigação anterior.
- Art. 358 do CC.
- Art. 359 do CC.
9.7.4.1- Requisitos: 
Preexistência de um vínculo obrigacional entre as partes.
Anuência do credor;
Diversidade entre a prestação devida e a oferecida em substituição.
9.8- Extinção das Obrigações sem Pagamento
9.8.1- Novação
- Arts. 360 a 367, CC.
Extingue-se, simultaneamente, uma obrigação em virtude da constituição de uma nova, que vem ocupar o lugar da primeira.
- Modo extintivo não satisfatório: não conduz à satisfação imediata do crédito.
- Não se trata de sub-rogação pessoal:
- Não é dação em pagamento:
9.8.1.1- Requisitos: 
a) existência de obrigação anterior válida:
- Art. 367 do CC.
b) constituição de nova dívida: 
c) “animus novandi”: 
- Art. 361 do CC.
c.1) A novação não se presume:
9.8.1.2- Modalidades:
a) Novação objetiva: art. 360, I
- a alteração de seu objeto:
- ou de sua natureza:
- ou da própria causa jurídica da obrigação:
b) Novação subjetiva: polo ativo (art. 360, III) ou no passivo (art. 360, II).
b.1) Novação passiva: 
b.1.2) Espécies:
	Expromissão: art. 362
	Delegação: entre o devedor e terceira pessoa que resgata o débito. 
- É a regra geral, dependendo da aceitação do credor (delegatário).
	* É pro soluto: (art. 363).
Não deve ser confundida com assunção de dívida ou cessão de débito (art. 299), pois esta é mera transferência da posição passiva na mesma relação obrigacional.
b.2) Novação Ativa: 
a) o consentimento do devedor perante o novo credor;
b) o consentimento do antigo credor que renuncia ao crédito e 
c) a anuência do novo credor que aceita a promessa do devedor.
Não confundir com cessão de crédito ou sub-rogação, nos quais a relação obrigação originária se mantém.
9.8.1.3- Efeitos:
a) extinção de acessórios e garantias da dívida:
- Art. 364 do CC.
b) exoneração do fiador:
- Art. 366 do CC.
9.8.2- Compensação: 
- Arts. 368 a 380, CC.
Verifica-se quando duas pessoas forem, reciprocamente, credor e devedor uma da outra. O encontro de créditos pode resultar na extinção total ou parcial do débito (art. 368).
- Art. 368 do CC.
9.8.2.1- Espécies: 
a) Legal: 
a.1- Requisitos da compensação legal:
Reciprocidade das Obrigações: 
Exceção:
- Art. 371 do CC.
Representação:
- Art. 376 do CC.
Cessão de Crédito:
- Art. 377 do CC.
	Exemplo: 	Cedente devedor => possibilidade de compensação.
Se o devedor não se opõe à cessão ou fica inerte,presume-se que renunciou ao direito de compensar. Se o devedor não foi notificado da cessão, pode opor ao cessionário a 
exceção
 de compensação que possuía contra o cedente.
		
		Cessionário devedor 
Lugar do Pagamento:
- Art. 378 do CC.
Prazo:
- Art. 372 do CC.
Várias Dívidas:
- Art. 379 do CC.
Prejuízos de Terceiros:
- Art. 380 do CC.
Fungibilidade das Prestações: art. 85, CC.
- Art. 369 do CC.
Liquidez e Exigibilidade das Dívidas: art. 369, CC.
- Dívida líquida: 
- Dívida exigível: 
b) Convencional: 
c) Judicial: 
9.8.2.2- Impossibilidade de Compensação: 
- Art. 373 do CC.
Esbulho, Furto ou Roubo:
Ex.: 	A se apropria de um bem de B.
	A deve B
Comodato ou Depósito:
Alimentos:
Bens Impenhoráveis:
9.8.2.3-Exclusão ou Renúncia:
- Art. 375 do CC.
9.8.3- Confusão:
- Arts. 381 a 384, CC.
Consiste na união, na mesma pessoa, das qualidades opostas de credor e devedor da obrigação, o que a inviabiliza no tocante à sua exigência, porquanto não há como exigi-la de si própria.
- Art. 381 do CC.
9.8.3.1- Requisitos: 
a) unidade da relação obrigacional:
b) identificação na mesma pessoa das qualidades de credora e devedora:
c) reunião efetiva de patrimônios:
9.8.3.2- Confusão Total ou Parcial
- Art. 382 do CC.
9.8.3.3- Solidariedade
- Art. 383 do CC.
9.8.3.4- Fim da Confusão
- Art. 384 do CC.
9.8.4- Remissão:
- Arts. 385 a 388, CC.
É espécie do gênero renúncia, consistindo na liberação espontânea do devedor pelo credor, exonerando-se aquele do cumprimento da obrigação de pagar o título, ou seja, é o perdão da dívida por parte do credor.
- Art. 385 do CC.
- Pode ser total ou parcial.
- Art. 386 do CC.
Devolução do Objeto Empenhado
- Art. 387 do CC.
Solidariedade:
- Art. 388 do CC.
10- INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
- Trata-se do não cumprimento da obrigação.
10.1- Inadimplemento Culposo (culpa ou dolo)
10.2- Inadimplemento Fortuito
- Art. 393 do CC.
- Requisitos para exoneração do devedor:
efetiva impossibilidade objetiva;
impossibilidade superveniente;
que a circunstância que a provoque seja inevitável e não derive da culpa do devedor nem surja durante sua mora.
10.3- Inadimplemento ABSOLUTO
- A obrigação não foi cumprida nem poderá sê-la de forma útil ao credor.
- Art. 389 do CC.
a) valor correspondente ao objeto obrigacional, acrescido das demais perdas e danos:
- Art. 402 e 403 do CC.
b) mais juros compensatórios:
juros compensatórios ou remuneratórios:
 
juros moratórios:
- Art. 407 do CC.
Os juros também podem ser:
convencionais: 
legais:
- Art. 406 do CC.
- - Art. 405 do CC.
c) cláusula penal:
- Art. 408 do CC.
Multa Compensatória:
- Art. 412 do CC.
Multa Moratória:
- Art. 9 da Lei de Usura.
- Art. 413 do CC.
d) atualização monetária: 
e) custas e honorários de advogado: 
Responsabilidade Patrimonial: 
- Art. 391 do CC.
Obrigações Negativas:
- Art. 390 do CC.
Contratos Benéficos:
- Art. 392 do CC.
10.3.1- Inadimplemento absoluto total => 
10.3.2- Inadimplemento absoluto parcial => 
10.4- Inadimplemento RELATIVO (MORA)
- Art. 394 do CC.
CRITÉRIOS: o tempo, o lugar e a forma de cumprimento.
- Art. 398 do CC.
- Mora e Inadimplemento Absoluto:
- Art. 395 do CC.
10.4.1- Espécies de Mora:
Mora do devedor (debitoris) ou mora solvendi (mora de pagar):
- Art. 396 do CC.
a.1- mora ex re ou mora automática:
- Arts. 397, caput e 398 do CC.
a.2- mora ex persona ou pendente: os demais casos. 
- Art.
397, parágrafo único do CC.
Caso Fortuito e Força Maior:
- Art. 399 do CC.
Mora do Credor (accipiendi, creditoris ou credendi):
Requisitos:
vencimento da obrigação;
oferta da prestação;
recusa injustificada em receber (art. 335, I – consignação);
constituição em mora, mediante a consignação em pagamento (art. 337 e 400);
c) Mora de Ambos os Contratantes:
10.4.2- Purgação e Cessação da Mora
- Purgar é neutralizar os efeitos da mora.
- Art. 401 do CC.
Devedor:
- oferta da prestação;
- acréscimo de juros;
- correção monetária;
- multa e honorários advocatícios e
- eventuais perdas e danos.
Credor: esse se oferece para receber a prestação do devedor, sujeitando-se aos efeitos da mora já ocorridos.
Credor e Devedor:
Cessação da Mora:
- Decorre da extinção da obrigação.
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