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transtorno afetivo bipolar

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1 Amanda Uetanabara Piai 
Saúde Mental 
Transtorno Afetivo Bipolar – Dra. Sânia 
Introdução 
Nem sempre quando falamos que uma pessoa é ‘’bipolar’’ ela tem de fato o transtorno afetivo bipolar. As vezes possui 
apenas a variação do humor; 
Fica atento em: essas mudanças de humor está me atrapalhando? Está incomodando meus colegas? Estou perdendo 
aula? Estou perdendo amizade? Estou perdendo coisa com isso? 
Precisa ter um prejuízo. 
 
Conceito 
• É uma doença mental de elevado impacto no individuo, na família e na sociedade. 
• Segundo a OMS: 6º cauda de incapacidade (indivíduos de 15 a 44 anos) 
• Formas clássicas: TAB I e TAB II 
- TAB I: episódios de mania e depressão 
- TAB II: episódios de hipomania e depressão 
• As formas clássicas de mania e depressão são conhecidas desde a Grécia Antiga, mas o grande sistematizador 
da psicopatologia do TAB foi Kraepelim (psiquiatra alemão) no final do século XIX. 
- Já observava nas pessoas que elas faziam essas fases de mania e depressão. Antes era chamado de psicose maníaca, 
fase de mania. 
- Kraepelim dizia ser uma demência precoce, ele observação tanto os pacientes esquizofrênicos quanto os bipolares 
uma mesma característica, depois ele foi diferenciando o que era demência e o que era transtorno afetivo bipolar; 
- A demência precoce está relacionada com a esquizofrenia 
- Hoje é um diagnostico diferencial um do outro, pior na fase de mania a pessoa pode cursar com sintomas psicoativos, 
de grandeza 
- Quando um paciente esta no pronto socorro em surto, você PODE questionar um surto psicótico, mas não vai 
caracterizá-lo como esquizofrenia logo de cara., em um primeiro surto 
• Diferenciou da dementia praecox – Separando transtorno do humor da esquizofrenia 
 
Epidemiologia 
• Início da vida adulta; 
• Recorrente e grave. Vai tendo ciclos; 
 
2 Amanda Uetanabara Piai 
• Altas tacas de morbimortalidade. Risco bem alto de suicídio (15%) 
• Prejuízo para o portador e para sociedade 
• Tem mais dias de trabalho perdido que um portador de depressão unipolar. 
- Pode estar no episodio depressivo ou de mania. 
- No hipomania a pessoa acaba não tendo tanto prejuízo. 
• Prevalência: 2,4% 
- Aumento da prevalência nos últimos anos devido: 
→Mudanças dos critérios diagnósticos 
→Melhor reconhecimento da doença 
→Exposição a fatores ambientais por mecanismos epigenéticos (dieta, estresse, privação do sono) 
• Fatores de risco: Histórico familiar e gênero. 
 
SEXO MASCULINO SEXO FEMININO 
Mais comum o TB I Predomínio TB II 
Predomínio de polaridade maníaca ou numero 
semelhantes de episódios maníacos e depressivos 
Predomínio da polaridade depressiva 
Frequência de padrão episódio de mania seguido de 
depressão 
Risco e incidência de tentativas de suicídio 
Intercorrência jurídico-legais Frequência de padra episódico de depressão seguido de 
mania 
Comorbidades com transtorno por uso de substancias Comorbidades com transtornos ansiosos, alimentares; 
enxaqueca; alteração tireoidiana 
 Sintomas mistos; ciclagem rápida 
 
• TB I: Tem mais prejuízo porque o paciente tem que ter necessariamente a fase mania. 
- Intercorrências jurídico-legais: paciente na fase mania, pode ficar psicótico, tem distúrbio de grandeza (acha 
que é Deus, enviado de Deus). Pode ameaçar, matar (achar que ele é policial), fazendo coisas que podem ter 
prejuízo jurídico (acha que pode fazer qualquer coisa). 
- O envolvimento com droga na fase de mania é super comum (Tomar cuidado com criança no inicio da 
adolescência); Mania esta relacionada a humor, fica mais irritável. 
• Às vezes você tende a falar que o paciente é bipolar, mas não fecha diagnostico, fica na dúvida. Ele não forme, 
está inquieto está mais ansiosa, mas não fecha critérios. Você percebe que o paciente está mais irritado, dosa a 
tireoide e ele está com hipertireoidismo 
• Muitos pacientes com depressão apresentam alteração na tireoide (alguns já fazem uso de Puran). 
• Mania: relação ao humor. O humor fica mais exaltado, mais irritável 
• Sempre perguntar como está tomando o medicamento, para saber se está correto. 
- Deve ser de jejum, sem nenhum outro medicamento 
- Esperar 30 min 
 
3 Amanda Uetanabara Piai 
- Quando o remédio não está agindo de forma correta, favorece os hipotireoidismos e o paciente apresenta 
sintomas depressivos. 
• Genética: 
- Alta herdabilidade 
- Parentes de primeiro grau de portadores tem 9% de risco de apresentar o transtorno 
- Risco da população geral 1 -2 % 
- Gêmeos monozigóticos 38 – 43% 
- Gêmeos dizigoticos 4-6% 
Etiologia 
• Neurobiologia: Ainda tem muita coisa a ser estudada, não tem nada fechado hoje, são teorias, combinações, são 
coisas que sustentam o estudo, as medicações; 
- Estudos de neuroimagem estrutural, funcional e neuroquímica sugerem que os sintomas efetivos, cognitivos e 
neuro vegetantes do TAB estão relacionados a alterações anatômicas, neuroquímicas ou metabólicas – circuito que 
envolve corpo estriado, tálamo, córtex pré-frontal e estruturas límbicas (amigdala e o hipocampo). Isso não é tão 
importante, mas temos que saber que tem alterações nessas estruturas. Podem ser alterações anatômicas (cicatriz 
no local), que é mais complicado. 
- Foi proposto um modelo neuro anatômico do TAB. Não será cobrado, só a título de curiosidade; 
• Estudos de RNM e post mortem 
- Anormalidades funcionais, anatômicas e neuroquímicas: córtex pré-frontal, córtex temporal, estruturas subcorticais 
→Redução do volume de substancias cinzas 
→Alteração na integridade de fascículos axonais 
→Redução de N-acetato-aspartato (NAA- marcador da integridade neural). Não está tão integro como deveria. 
→Aumento de níveis de neurotransmissores – Glutamato (~e mais excitatório) 
→Diminuição do volume ou densidade de neurônios e das células da glia 
→HIPERATIVAÇÃO: de áreas límbicas e subcorticais (estriado, tálamo, amigdala) – emoções. Tem tanto alteração 
nas emoções quanto cognitivas 
→HIPOATIVAÇÃO: de áreas pré-frontais – cognição 
→NEUROBIOLOGIA: aqui entra um pouco a forma de tratamento. 
- Lítio e outros estabilizadores do humor: estão relacionados ao aumento do volume de substancia cinza (o estudo 
de Lítio como neuro protetor ainda não está finalizado) 
- Quem usa lítio tem que fazer dosagem da tireoide, função hepática em tempos- tem alta toxidade. 
 
 
 
4 Amanda Uetanabara Piai 
Classificação diagnostica do transtorno bipolar TB 
TRANSTORNO BIPOLAR (2000) 
- TB I 
- TB II 
- Transtorno ciclotimicco 
- TB SOE 
- Outro não especificado 
 
TRANSTORNO BIPOLAR (2013) 
- TB I 
- TB II 
- Transtorno ciclotimicco 
- TB induzido por substancias/medicamentos * 
(PRINCIPAL ALTERAÇÃO) 
- TB induzido por outra condição 
- Outro TB (duração menor, sintomas insuficientes, 
hipomania sem depressão) 
- Outros TB não especificado (sem conhecimento para 
afirmar) 
 
Episódios depressivos 
 
• Alteração de humor: humor deprimido, apatia/perda de interesse (um desses dois sintomas é necessário) 
• Psicomotricidade 
• Cognição (córtex pré-frontal) – O córtex pré-frontal está relacionado com fadiga, concentração e prazer. 
• Funções executivas: pessoa não consegue executar. 
 
 
5 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
• O diagnóstico de Depressão segundo a DMS V: duas semas de apresentação desses sintomas para fechar 
diagnostico 
 
 
6 Amanda Uetanabara Piai 
★ Alteração do humor: 
- Tristeza e melancolia 
- Irritável 
- Disfórico 
- Baixa tolerância a frustração 
- Pessimismo 
- Desesperança 
- Anedomia (perda do prazer)
 
★ Alteração da psicomotricidade 
- Retardo psicomotor (falta de iniciativa, indecisão e inibição, dificuldade para comer, lavar-se ou 
vestir-se;catatonia) 
- Agitação psicomotora (inquieto, andando de um lado para o outro) 
 
★ Alteração dos pensamentos 
- Lentificação 
- Diminuição da concentração, da memória e da atenção 
- Conteúdo pessimista, com medo irracionais, culpa excessiva, menos-valia e ruminações de 
atos passados. 
- Em casos graves: delírios de ruina, hipocondria ou delírios niilistas. 
→Alteração de pensamento grave. Paciente tem certeza que vai morrer, que vai acontecer 
uma tragédia, as vezes tem a certeza que já morreu e que todos estão mortos. É 
extremamente pessimista, nível delirante. 
 
★ Queixas somáticas 
- Alteração do sono 
- Alteração do apetite 
- Piora no período matinal 
- Despertares precoces 
- Dores 
- Sintomas físicos de 
ansiedade: taquicardia, 
tremores, sudorese aumento 
da frequência urinaria. 
- Diminuição da libido: mesmo 
sem a medicação pode correr 
a diminuição 
 
★ Depressão e ansiedade: MISTO 
- Para ser um transtorno misto (ansiedade e depressão) o paciente não fecha diagnostico nem pra 
ansiedade nem para depressão. Geralmente tem somatória de sintomas ansiosos, mas não fecha 
diagnostico para ansiedade 
★ Disfunções da Dopamina, Noradrenalina e Serotonina 
 
7 Amanda Uetanabara Piai 
 
O paciente depressivo (só depressivo, não bipolar) pode apresentar humor deprimido, perda da felicidade, perda do 
interesse/prazer, perda de energia/entusiasmo, diminuição da vigilância, diminuição da autoconfiança = Sintomas 
associados a disfunção de dopamina e noradrenalina 
Tratamento usual: Venlafaxina, Desvenlafaxina e Duloxetina; 
 
Sintomas como culpa, medo, ansiedade, irritabilidade, solidão, hostilidade, estão relacionados a disfunção de Serotonina e 
Noradrenalina 
 
Episódios maníacos 
- Alteração do humor; 
- Psicomotricidade; 
- Cognição 
 
8 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação 
As vezes o paciente tem uma fábrica, não dorme, trabalha muito, vira a noite; 
 
9 Amanda Uetanabara Piai 
Não é uma coisa que são todos os dias da vida dele, são períodos que ele entra e fica dessa forma. Ele estava bem, 
tranquilo, cumprindo os horários. De repente começa a trabalhar muito mais horas, à noite, aumenta a atividade dirigida. 
No inicio pode ser que ele faz mais e faz bem, se torna mais produtivo. Chega um ponto que começa a fazer as coisas 
rasas, em excesso, não rende, começa a ter prejuízo. Os pacientes dessa fase são mais difícil de tratar pois eles gostam 
dessa fase (reduz a necessidade de sono, dorme 2 horas na noite e acorda bem, parece uma máquina). Gosta de 
correr riscos, esportes radicais, sair para beber muito, experimentar varias drogas diferentes. 
Com um tempo vai perdendo a concentração, não consegue focar em uma atividade, começa uma e não termina, fica 
muito acelerado; ocorre fuga de ideias. 
 
 
★ Alteração do humor: 
- Eufórico 
- Expansivo 
- Irritável 
- Lábeis 
 
★ Pensamentos 
- Grandiosidade 
- Fuga de ideias 
- Aceleração do pensamento 
- Diminuição da concentração 
- Distraibilidade 
- Pressão de discurso 
- Delírios: de grandiosidade com 
conteúdo religioso, de poder, as 
vezes persecutórios (variam 
conforme o estado do paciente) 
 
 
10 Amanda Uetanabara Piai 
 
★ Outras alterações: 
- Insônia ou necessidade diminuída de sono (80% dos casos) 
- Hipersexualizados (50% dos casos) 
- Verborragia (90% dos casos) 
 
Episódios Hipomaníacos 
Depressivo – Eutimania – Hipomania – Mania 
→Mania é mais exaltado 
Hipomania: é quase chegando na eutimia, mas ainda tem alterações. Humor mais exaltado, mais confiante. 
 
No TAB I: paciente tem episódio depressivo e mania. 
- Sem tratamento, o curso da doença é de 3-4 meses. 
- De 3-4 meses fica na depressão, depois vai para episódios de mania de 3-4 meses 
- Na mania tem algumas medicações que não pode usar. Para diagnostico de mania, o paciente tem que estar com 
todos os sintomas por pelo menos DUAS semanas 
- Na Hipomania ele estará com aqueles sintomas por pelo menos 4 dias 
 
• Semelhantes ao episódio maníaco 
• Ausência de sintomas psicóticos 
• Menor gravidade 
• Não causa prejuízo acentuado no 
funcionamento social ou laboral 
 
• Não exige hospitalização 
• Humo elado e exaltado 
• Confiante e algumas vezes irrado 
 
No pronto socorro tem muito paciente com Transtorno induzido por substancia (ex: cocaína). Chega agressivo: ‘’ eu 
que mando aqui ‘’. Ele fez sintomas maníacos e psicoativos, ele não fez episódio maníaco. 
 
11 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
Transtorno Ciclotimico 
 
Espectro Bipolar 
 
 
 
 
12 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
 
Prevalência baixa, bem difícil fazer diagnostico de transtorno Ciclotimico 
 
Espectro Bipolar 
• Desde a década de 1970 Akiskal vem propondo formas intermediarias do TAB 
• Curiosidade: Tem o bipolar tipo I ½, tipo II ½, tipo III, tipo III ½, tipo IV, tipo V, tipo VI 
 
 
13 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
14 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
15 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
16 Amanda Uetanabara Piai 
 
As vezes a gente descobre que o paciente tem mais chance de ser TAB quando a gente começa a tratar, pois as 
vezes só teve episódios depressivos na vida, ou é o primeiro episodio 
- Chega o paciente com episódio depressivo, você passa estabilizador de humor (inibidor seletivo) porque está no 
protocolo. Paciente faz virada, você retira. Explica para o paciente o que aconteceu. Paciente fica ótimo, vem, 
superprodutivo. Isso não existe. Ele pode estar fazendo uma fase de Hipomania. Não deixa o ego inflar 
- Agora você trata o paciente com depressão, ele fica bem, isso pode. Isso é uma depressão unipolar 
- Se for uma depressão bipolar, já muda o tratamento 
 
 
 
17 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
18 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
19 Amanda Uetanabara Piai 
 
 
 
 
 
 
 
20 Amanda Uetanabara Piai 
Tratamento 
 
 
 
 
21 Amanda Uetanabara Piai

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